SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
Adaptações agudas e crônicas



Adaptações agudas e crônicas do exercício físico
no sistema cardiovascular

                                                                                 Patricia Chakur BRUM*                * Escola de Educação
                                                                       Cláudia Lúcia de Moraes FORJAZ*                  Física e Esporte da

                                                                                          Taís TINUCCI*
                                                                                                                        USP

                                                                               Carlos Eduardo NEGRÃO*



Introdução
   Os pesquisadores que hoje compõem os Labora-             nossos estudos uma abordagem genética e molecular
tórios Fisiologia e Hemodinâmica da Atividade               onde investigamos a influência de polimorfismos
Motora da Escola de Educação Física e Esporte da            genéticos dos receptores a e b- adrenérgicos sobre a
Universidade de São Paulo têm como principal li-            resposta cardiovascular durante o exercício em
nha de pesquisa, as adaptações agudas e crônicas do         cardiopatas e obesos. Além disso, temos utilizado
exercício físico sobre o sistema cardiovascular. Os         animais geneticamente modificados para o estu-
estudos realizados nesta linha de pesquisa, hoje são        do de mecanismos celulares envolvidos nas adap-
bastante abrangentes, e envolvem desde estudos clí-         tações cardiovasculares ao treinamento físico na
nicos até estudos com experimentação animal, com            insuficiência cardíaca.
intuito de investigar os mecanismos pelo qual o exer-          No presente artigo faremos uma exposição re-
cício físico agudo e crônico influenciam o sistema          trospectiva dos principais estudos realizados na
cardiovascular de indivíduos controle e portadores          linha de pesquisa “Adaptações agudas e crônicas
de diversas cardiopatias e distúrbios metabólicos.          do exercício físico sobre o sistema cardiovascular”
Mais recentemente, também acrescentamos aos                 nos últimos 10 anos.



Efeitos agudos do exercício físico sobre a
função cardiovascular
   O exercício físico caracteriza-se por uma situação       movimento articular) e estáticos ou isométricos (há
que retira o organismo de sua homeostase, pois impli-       contração muscular, sem movimento articular), sen-
ca no aumento instantâneo da demanda energética da          do que cada um desses exercícios implica em res-
musculatura exercitada e, conseqüentemente, do or-          postas cardiovasculares distintas (FORJAZ & TINUCCI,
ganismo como um todo. Assim, para suprir a nova             2000). Nos exercícios estáticos observa-se aumento
demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são      da freqüência cardíaca, com manutenção ou até re-
necessárias e, dentre elas, as referentes à função          dução do volume sistólico e pequeno acréscimo do
cardiovascular durante o exercício físico.                  débito cardíaco. Em compensação, observa-se au-
   Na TABELA 1 observa-se um sumário das                    mento da resistência vascular periférica, que resulta
principais respostas cardiovasculares ao exercício físico   na elevação exacerbada da pressão arterial. Esses efei-
agudo. No entanto, o tipo e a magnitude da resposta         tos ocorrem porque a contração muscular mantida
cardiovascular dependem das características do              durante a contração isométrica promove obstrução
exercício executado, ou seja, o tipo, a intensidade, a      mecânica do fluxo sangüíneo muscular, o que faz
duração e a massa muscular envolvida.                       com que os metabólitos produzidos durante a con-
   Em relação ao tipo de exercício, podemos carac-          tração se acumulem, ativando quimiorreceptores
terizar dois tipos principais: exercícios dinâmicos         musculares, que promovem aumento expressivo da
ou isotônicos (há contração muscular, seguida de            atividade nervosa simpática. É interessante observar

                                                               Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 21
BRUM, P.C. et al.

FC, freqüência cardía-
                                               TABELA 1 - Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular.
ca; VS, volume sistólico;
DC, débito cardíaco;
RVP,resistência vascular
periférica; PA, pressão           EXERCÍCIO            FC        VS       DC       RVP         PA           MECANISMO
arterial; PAS, pressão ar-
terial sistólica;PAD, pres-
são arterial diastólica.
                                                                                                          Mecanorreceptores
                                                                                             ⇑ PAS           musculares e
                                                                                                           comando central
                                  DINÂMICO              ⇑         ⇑         ⇑          ⇓     ⇒/⇓
                                                                                             PAD         ⇑ atividade simpática

                                                                                                             Ativação dos
                                                                                                          quimiorreceptores
                                   ESTÁTICO                                        ⇑ /⇒                  ⇑ atividade simpática
                                                        ⇑      ⇒/⇓          ⇑                   ⇑

                                   RESISTIDO            ⇑         ⇓         ⇓          ⇒        ⇑                    ?


                              que a magnitude das respostas cardiovasculares du-       prática diária, os exercícios executados apresentam
                              rante o exercício estático é dependente da intensi-      componentes dinâmicos e estáticos, de modo que a
                              dade do exercício, de sua duração e a da massa           resposta cardiovascular a esses exercícios depende da
                              muscular exercitada, sendo maior quanto maiores          contribuição de cada um desses componentes. Nesse
                              forem esses fatores (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Por        sentido, os exercícios resistidos ou exercícios de
                              outro lado, nos exercícios dinâmicos, como as con-       musculação (exercícios localizados contra resistên-
                              trações são seguidas de movimentos articulares, não      cias) possuem papel de destaque, pois quando exe-
                              existe obstrução mecânica do fluxo sangüíneo, de         cutados em altas intensidades, apesar de serem feitos
                              modo que, nesse tipo de exercício, também se ob-         de forma dinâmica apresentam componente
                              serva aumento da atividade nervosa simpática, que        isométrico bastante elevado (FORJAZ, REZK, MELO,
                              é desencadeado pela ativação do comando central,         SANTOS, TEIXEIRA, NERY & TINUCCI, 2003), fazen-
                              mecanorreceptores musculares e, dependendo da            do com que a resposta cardiovascular durante sua
                              intensidade do exercício, metaborreceptores mus-         execução assemelhe-se àquela observada com exer-
                              culares (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Em resposta ao         cícios estáticos, ou seja, aumento da freqüência car-
                              aumento da atividade simpática, observa-se aumento       díaca e, principalmente, aumento exacerbado da
                              da freqüência cardíaca, do volume sistólico e do         pressão arterial, que se amplia à medida que o exer-
                              débito cardíaco. Além disso, a produção de               cício vai sendo repetido (FORJAZ et al., 2003). De
                              metabólitos musculares promove vasodilatação na          fato, em nosso laboratório, elevações pressóricas na
                              musculatura ativa, gerando redução da resistência        ordem de 60/50 mmHg para a pressão arterial sistólica/
                              vascular periférica. Dessa forma, durante os exercí-     diastólica tem sido observadas com a medida intra-
                              cios dinâmicos observa-se aumento da pressão arte-       arterial da pressão arterial em indivíduos normotensos,
                              rial sistólica e manutenção ou redução da diastólica     que realizam uma série de movimentos de extensão de
                              (F ORJAZ , M ATSUDAIRA , R ODRIGUES , N UNES &           pernas na mesa romana com carga correspondente a
                              NEGRÃO, 1998a). Essas respostas são tanto maiores        80% da carga voluntária máxima até a exaustão, o
                              quanto maior for a intensidade do exercício, mas não     que corresponde em média entre seis a 12 repetições
                              se alteram com a duração do exercício, caso ele seja     (dados não publicados).
                              realizado numa intensidade inferior ao limiar               Além das alterações cardiovasculares observa-
                              anaeróbio. Além disso, quanto maior a massa muscu-       das durante a execução do exercício físico, algu-
                              lar exercitada de forma dinâmica, maior é o aumento      mas modificações ocorrem após a finalização do
                              da freqüência cardíaca, mas menor é o aumento da         exercício. Dentre elas, uma que tem atraído muito
                              pressão arterial (FORJAZ & TINUCCI, 2000).               a atenção é o fenômeno da “Hipotensão Pós-
                                 Embora as respostas cardiovasculares aos exercícios   Exercício”, que tem sido alvo de várias pesquisas
                              dinâmicos e estáticos sejam bem características, na      do Laboratório de Hemodinâmica da Atividade

22 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
Adaptações agudas e crônicas


Motora desta Escola (FORJAZ, REZK , SANTAELLA,          intensidade reduz a pressão diastólica. De forma
M ARANHÃO , S OUZA , N UNES , N ERY , B ISQUOLO ,       semelhante, em mulheres hipertensas, o exercício
RONDON, MION JUNIOR & N EGRÃO, 2000a).                  resistido de baixa intensidade também reduz a pres-
   A hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela       são arterial por até duas horas após sua finalização
redução da pressão arterial durante o período de        (dados não publicados). Nesses estudos, a queda
recuperação, fazendo com que os valores pressóricos     pressórica obtida após o exercício resistido é seme-
observados pós-exercícios permaneçam inferiores         lhante à observada com o exercício aeróbio, porém
àqueles medidos antes do exercício ou mesmo aque-       sua duração por períodos prolongados ainda preci-
les medidos em um dia controle, sem a execução de       sa ser mais bem investigada.
exercícios. Para que a hipotensão pós-exercício te-        Em relação ao exercício aeróbio, a influência da
nha importância clínica é necessário que ela tenha      duração desse exercício está bem demonstrada,
magnitude importante e perdure na maior parte das       apontando para o fato de que exercícios mais pro-
24 horas subseqüentes à finalização do exercício. Em    longados possuem efeitos hipotensores maiores e
nossos estudos com indivíduos normotensos (FORJAZ       mais duradouros (FORJAZ et al., 1998b), porém o
et al. 1998a; FORJAZ , C ARDOSO J UNIOR , REZK ,        efeito da intensidade do exercício ainda é contro-
SANTAELLA & TINUCCI, no prelo; FORJAZ, RAMIRES,         verso. Em um de nossos estudos (FORJAZ et al.,
TINUCCI, ORTEGA, SALOMÃO, IGNÊS, WAJCHENBERG,           1998a) verificamos que, em indivíduos normotensos
NEGRÃO & MION JUNIOR, 1999; FORJAZ, SANTAELLA,          jovens, os exercícios de diferentes intensidades (30,
REZENDE, BARRETTO & NEGRÃO, 1998b; SANTAELLA,           50 e 80% da VO 2pico) promoviam reduções
2003) temos observado que a execução de uma única       pressóricas pós-exercício semelhantes, enquanto que
sessão de 45 minutos de exercício em cicloergômetro     num segundo estudo (FORJAZ et al., no prelo), ob-
em 50% do VO2pico reduz a pressão arterial              servamos que o exercício mais intenso (75% do
sistólica/diastólica em torno de -7/-4 mmHg. Além       VO2pico) promovia maior redução pressórica. Na
disso, nessa população, essa redução perdura por        realidade, a execução de outras medidas conjuntas
um período prolongado pós-exercício, visto que a        à medida da pressão arterial pode ser responsável
média da pressão arterial nas 24 horas pós-exercício    pela diferença de respostas observada entre os estu-
estava diminuída (F ORJAZ , T INUCCI , O RTEGA ,        dos, ou seja, o exercício mais intenso promove uma
SANTAELLA, MION JUNIOR & NEGRÃO, 2000b). En-            maior redução da resposta de alerta às medidas
tretanto, na população normotensa idosa (RONDON,        hemodinâmicas, fazendo com que quando essa
ALVES, BRAGA, TEIXEIRA, BARRETTO, KRIEGER &             medida for feita junto com a medida de PA, o efei-
NEGRÃO, 2002), observamos que uma sessão de exer-       to hipotensor dessa execução seja evidente.
cício similar não promove redução da pressão arte-         Um outro fator relevante quando se aborda a
rial após sua execução. Por outro lado, em              hipotensão pós-exercício é o mecanismo responsá-
hipertensos, tanto jovens (SANTAELLA, 2003) quan-       vel pela redução pressórica. Entretanto, esses me-
to idosos (RONDON et al., 2002), a queda pressórica     canismos parecem diferir de acordo com o tipo de
é mais evidente que em normotensos.                     exercício empregado e a população estudada. As-
   Um aspecto importante diz respeito às caracte-       sim, em indivíduos hipertensos idosos (RONDON et
rísticas do exercício (tipo, intensidade e duração)     al., 2002), verificamos que a queda pressórica pós-
que promovem maior queda pressórica após sua            exercício aeróbio se deve à redução do débito car-
execução (FORJAZ et al., 2000a). Em relação ao tipo,    díaco, em função da diminuição do volume
a hipotensão pós-exercício está bastante demons-        sistólico. Por outro lado, em jovens normotensos
trada em resposta aos exercícios aeróbios (dinâmi-      (FORJAZ et al., no prelo), o mecanismo responsável
cos, cíclicos, com intensidade leve a moderada e        pela redução da pressão arterial parece diferir entre
longa duração) (FORJAZ et al., 2000a), porém, tem       os indivíduos, de modo que alguns respondem em
crescido o interesse sobre o efeito do exercício re-    função da redução do débito cardíaco e outros, em
sistido sobre a pressão arterial pós-exercício. Nesse   função da redução da resistência vascular periféri-
sentido, num estudo recente (REZK, 2004), demons-       ca. Independentemente do mecanismo
tramos em indivíduos normotensos que após os            hemodinâmico sistêmico, a resistência vascular
exercícios localizados, tanto de baixa (40% da car-     muscular está reduzida após o exercício, o que se
ga voluntária máximo - CVM) quanto de alta (80%         deve à vasodilatação muscular mantida após o exer-
da CVM) intensidade ocorre redução da pressão           cício (FORJAZ et al., 1999). Um dos mecanismos
arterial sistólica, porém apenas o exercício de baixa   responsáveis por essa vasodilatação é a redução da

                                                           Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 23
BRUM, P.C. et al.


                    atividade nervosa simpática, que pode ser medida               mecanismo parece ser o mesmo nos exercícios de
                    de forma direta pela técnica da microneurografia               baixa e alta intensidade. Porém quando se conside-
                    (FORJAZ et al., 1999). É interessante observar que,            ra período mais longo após o exercícios de alta in-
                    em todos os nossos estudos (FORJAZ et al., 1998a,              tensidade, a resistência vascular periférica no início
                    1998b, 1999, no prelo; SANTAELLA, 2003; RONDON                 da recuperação, compensa parcialmente a redução
                    et al., 2002), a freqüência cardíaca permaneceu ele-           do débito cardíaco, impedindo a redução da pres-
                    vada após o exercício, sugerindo um aumento da                 são arterial diastólica, mas não a redução da pressão
                    atividade nervosa simpática cardíaca e, demonstran-            arterial sistólica. Em indivíduos hipertensos, esses
                    do, que a regulação simpática para o coração e a               mecanismos ainda não foram investigados.
                    circulação periférica podem sofrer adaptações dife-               Um outro aspecto importante é que, além do exercí-
                    rentes após o exercício. Vale a pena ressaltar que             cio, outras condutas comumente utilizadas em sessões de
                    além dos mecanismos hemodinâmicos envolvidos                   condicionamento físico, como o relaxamento também
                    na hipotensão pós-exercício, em trabalhos realiza-             possuem efeito hipotensor após sua realização (SANTAELLA,
                    dos com ratos espontaneamente hipertensos (SILVA,              2003). Além disso, quando o relaxamento é associado ao
                    BRUM, NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Demonstramos                    exercício aeróbio, a queda pressórica obtida é ainda maior
                    um aumento na sensibilidade barorreflexa até 60                e mais duradoura, sugerindo que a prática conjunta des-
                    minutos após a execução de exercício realizado em              sas intervenções deva ser aplicada.
                    50% do VO2 pico durante 30 minutos. Esses dados                   Diante do exposto, observa-se que mesmo aguda-
                    sugerem que alterações reflexas no controle da pres-           mente, o exercício físico tem um papel hipotensor de
                    são arterial também podem influenciar na resposta              relevância clínica, principalmente para indivíduos
                    observada na fase de recuperação.                              hipertensos, o que sugere que o exercício deve ser in-
                       Em relação aos exercícios resistidos, verificamos           dicado no tratamento não-farmacológico da hiperten-
                    (REZK, 2004) que a queda da pressão arterial pós-              são arterial. Entretanto, apesar dos grandes avanços
                    exercício em indivíduos normotensos se deve à re-              no estudo dos efeitos agudos do exercício várias lacu-
                    dução do débito cardíaco por diminuição do volume              nas ainda existem e precisam ser preenchidas. Este tem
                    sistólico, sendo que essa queda não é compensada               sido o estímulo para os novos projetos e pesquisa dos
                    pelo aumento da resistência vascular periférica. Esse          laboratórios desta Escola.



                    Efeito crônico do exercício físico aeróbio
                    sobre a pressão arterial
                        Os efeitos do treinamento físico sobre o nível tensional   Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício e
                    em repouso de indivíduos normotensos e hipertensos tem         Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração da Fa-
                    sido objeto de vários estudos. Há um consenso na litera-       culdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
                    tura de que o treinamento físico leva à diminuição da              Nossa contribuição iniciou-se na década de 90
                    pressão arterial de repouso (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HI-       quando observamos que a eficácia do treinamento
                    PERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SO-            físico em reduzir a pressão arterial era dependente da
                    CIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2002). No entanto,           intensidade de exercício realizado nas sessões de
                    esse efeito é mais pronunciado em indivíduos hipertensos,      treinamento (VÉRAS-SILVA, MATTOS, GAVA, BRUM,
                    uma vez que a maioria dos estudos realizados em                NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Somente o treinamento
                    normotensos não mostrou modificação da pressão arte-           físico realizado em intensidade leve a moderada,
                    rial (SILVA et al., 1997) ou, então, reduções de pequena       correspondente a 55% do VO2 de pico, atenuou a
                    magnitude, tanto na pressão arterial de consultório como       hipertensão arterial de ratos com hipertensão severa
                    na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24        quando comparados a ratos sedentários e treinados
                    horas (VAN HOOF, HESPEL, FAGARD, LIJNEN, STAESSEN &            em 85% do VO2 de pico (FIGURA 1). O mecanismo
                    AMERY, 1989). Portanto, a seguir, discorreremos sobre os       hemodinâmico envolvido na atenuação da hipertensão
                    efeitos do treinamento físico na hipertensão arterial com      nesses animais foi a redução do débito cardíaco
                    enfoque nos trabalhos realizados pelos grupos de Fisiolo-      associada a bradicardia de repouso (VÉRAS-SILVA et al.,
                    gia da Atividade Motora da Escola de Educação Física e         1997) e redução do tônus simpático cardíaco (GAVA,
                    Esporte da Universidade de São Paulo e pela Unidade de         VÉRAS-SILVA, NEGRÃO & KRIEGER, 1995).

24 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
Adaptações agudas e crônicas

                                                                                                                            PAM, pressão arterial me-
                      220                                                                                                   dia; PAS, pressão arterial
                                                                                         SE D                               sistólica; PAD, pressão ar-
                      210
                                                                                         TA                                 terial diastólica; SED, ratos
                      200                                                                TB                                 sedentários. Os dados es-
                                                                *
                      190                                                                                                   tão representados na for-
                                                                                                                            ma de media ± erro pa-
                      180
                                                                                                                            drão da média. (Adaptado
                      170                                                                                                   de VERAS-SILVA et al., 1997).
                                          *
               mmHg




                      160                                                                                                   *- diferença significante vs.
                      150                                                                                                   SED e TA, respectivamen-
                                                                                                                            te (p>0,05).
                      140
                                                                                         *
                      130
                      120
                      110
                      100
                                   PA M                  PA S                     PA D
                        * p<0,05

FIGURA 2 - Efeito do treinamento físico de baixa (TB) e alta (TA) intensidades sobre a pressão arterial de ratos
                  *

           espontaneamente hipertensos.

   Entretanto, um aspecto importante quando se es-         cardiopulmonar em ratos espontaneamente
tuda a hipertensão são as alterações fisiopatológicas      hipertensos. Nesse aspecto, observamos que o treina-
que a acompanham. Neste sentido, uma das disfunções        mento físico restaura a sensibilidade do reflexo
neurovegetativas associadas à hipertensão arterial é a     pressorreceptor e cardiopulmonar (SILVA et al., 1997),
diminuição da sensibilidade dos reflexos                   além de aumentar a atividade aferente pressorreceptora
cardiovasculares, tais como, o reflexo pressorreceptor     a variações na pressão arterial (BRUM, SILVA, MOREIRA,
e cardiopulmonar, que são importantes para a               IDA, NEGRÃO & KRIEGER, 2000).
regulação momento-a-momento da pressão arterial               Mais recentemente comprovamos em seres humanos,
(KRIEGER, 1989). De fato a disfunção do reflexo            os resultados obtidos em animais de laboratório. Verifica-
pressorreceptor está associada a um alto índice de         mos redução da PA clínica em indivíduos hipertensos sus-
mortalidade por doenças cardiovasculares, especial-        tentados e hipertensos do avental branco, após um período
mente na insuficiência cardíaca (MORTARA, LA ROVERE,       de quatro meses de exercício físico aeróbio de baixa inten-
PINNA, PRPA, MAESTRI, FEBO, POZZOLI, OPASICH &             sidade (SOUZA, 2003). Portanto, a prática regular e ade-
TAVAZZI, 1997; OSTERZIEL, HANLEIN, WILLENBROCK,            quada de exercício físico deve ser recomendado para a
EICHHORN, LUFT & DIETZ, 1995) representando, por-          prevenção e o tratamento da hipertensão arterial. Por fim,
tanto, um tema de grande relevância clínica. Uma das       o treinamento físico pode se associar ao tratamento
importantes contribuições do nosso grupo neste tema        farmacológico minimizando seus efeitos adversos e redu-
foi o estudo do efeito do treinamento físico sobre a       zindo o custo do tratamento para o paciente e para as
sensibilidade dos reflexos pressorreceptor e               instituições de saúde (RONDON & BRUM, 2003).



Efeito crônico do exercício físico sobre a freqüência cardíaca
   Estudos epidemiológicos demonstram uma re-              m e n o r p ro b a b i l i d a d e d e d e s e n vo l v e re m
lação inversa entre a capacidade funcional,                cardiopatias (S ECCARECIA & M ENOTTI , 1992).
morbidade e mortalidade cardiovasculares (LEE,                Dessa forma, um dos objetos de estudo do nosso
HSIEH & PAFFENBARGER, 1993). No tocante à fre-             grupo foi verificar os efeitos do treinamento físico
qüência cardíaca, vários estudos têm demons-               sobre a resposta da freqüência cardíaca de repouso e
trado uma relação direta entre a freqüência                durante o exercício físico, assim como, os
cardíaca de repouso ou submáxima e risco de                mecanismos neurais envolvidos nessas respostas. Em
desenvolvimento de doenças cardiovasculares,               1992, NEGRÃO, MOREIRA, SANTOS, FARAH e KRIEGER
ou seja, indíviduos com menor freqüência car-              demonstraram que o treinamento físico aeróbio
díaca em repouso ou menor taquicardia du-                  resultava em bradicardia de repouso e que o
rante o exercício físico submáximo apresentam              mecanismo associado a essa resposta era uma

                                                                Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 25
BRUM, P.C. et al.


                    diminuição na freqüência cardíaca intrínseca. Mais             Dentre as adaptações da freqüência cardíaca
                    recentemente, observamos que os mecanismos                  ao treinamento físico também está a menor res-
                    envolvidos na bradicardia de repouso pós-                   posta taquicardica durante a execução de exercí-
                    treinamento físico sofrem influência da modalidade          cios físicos em mesma intensidade absoluta. Nesse
                    do treino, visto que em ratos submetidos ao                 sentido, observamos menor resposta taquicárdica
                    treinamento físico de baixa intensidade com natação,        ao exercício progressivo em ratos normotensos
                    a bradicardia está associada ao aumento ao tônus            treinados quando comparados aos sedentários
                    vagal cardíaco (MEDEIROS, OLIVEIRA, GIANOLLA,               (NEGRÃO, MOREIRA , BRUM, DENADAI & KRIEGER,
                    CASARINI, NEGRÃO & BRUM, no prelo).                         1992a). Em relação ao balanço autonômico du-
                        Além de sofrer influência da modalidade de treinamen-   rante esse exercício incremental, observamos uma
                    to, o mecanismo envolvido na bradicardia de repouso tam-    progressiva retirada vagal seguida por uma in-
                    bém se modifica no processo de doenças cardiovasculares,    tensificação simpática. Ao estudarmos os meca-
                    como, a hipertensão arterial. Assim, em ratos esponta-      nismos envolvidos na menor resposta
                    neamente hipertensos, observamos que bradicardia de         taquicardica ao exercício físico, observamos uma
                    repouso pós-treinamento está associada à diminuição         modificação no balanço autonômico cardíaco
                    do tônus simpático cardíaco (GAVA et al., 1995). Essa       pós-treinamento. Dessa forma ratos treinados
                    resposta foi, na época, surpreendente uma vez que a         apresentaram menor taquicardia associada a uma
                    hiperatividade simpática observada nos ratos                menor retirada vagal e menor intensificação sim-
                    hipertensos foi normalizada pelo treinamento físico.        pática quando comparados aos ratos controles.



                    Insuficiência cardíaca e exercício físico
                       A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica          exercício físico e o estresse mental (MIDDLEKAUFF,
                    caracterizada por anormalidades da função do                NGUYEN, NEGRÃO, NITZSCHE, HOH & NATTERSON,
                    ventrículo esquerdo e regulação neuro-hormonal,             1997; NEGRÃO et al., 2001a), evidenciando o estado
                    que resulta em intolerância aos esforços, retenção          vasoconstritor decorrente da insuficiência cardíaca.
                    de fluído e redução da longevidade (PACKER, 1997).              Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência
                    Representa um importante problema de saúde pú-              cardíaca, temos verificado que o exercício físico re-
                    blica, considerando-se sua morbi-mortalidade e              presenta, hoje, uma alternativa extremamente im-
                    prevalências crescentes.                                    portante no tratamento desses pacientes. Nesse
                       Nos últimos anos, o nosso grupo tem se dedicado          sentido, constatamos que quatro meses de um
                    bastante ao estudo do paciente com insuficiência            programa de treinamento físico aeróbio, com in-
                    cardíaca e às possíveis condutas que possam melhorar        tensidade entre o limiar anaeróbio até 10% abai-
                    o estado clínico e mesmo o prognóstico de vida desses       xo do ponto de compensação respiratória melhora
                    pacientes. Neste sentido, observamos que a atividade        significativamente a capacidade física desses pa-
                    nervosa simpática é uma variável fidedigna para avaliar     cientes com complicações cardíacas (R OVEDA ,
                    a gravidade da doença (NEGRÃO, RONDON, TINUCCI,             MIDDLEKAUFF , RONDON, REIS, SOUZA, NASTARI,
                    ALVES, ROVEDA, BRAGA, REIS, NASTARI, BARRETTO,              BARRETO, KRIEGER & NEGRÃO, 2003). Mais im-
                    KRIEGER & MIDDLEKAUFF, 2001a), uma vez que ela              portante ainda foi o fato de verificarmos que a
                    aumenta progressivamente do indivíduo saudável              atividade nervosa simpática muscular é muito re-
                    para o paciente com insuficiência cardíaca leve,            duzida após esse programa de exercícios físicos.
                    moderada e severa (FIGURA 2). Resultados                    Sendo essa redução tão expressiva, que chegou a
                    semelhantes foram verificados em relação ao fluxo           normalizar a atividade nervosa simpática mus-
                    sangüíneo muscular, isto é, quanto menor o fluxo            cular (R OVEDA et al., 2003). Outro resultado
                    sangüíneo muscular pior o estado clínico do paciente        marcante foi que o fluxo sangüíneo muscular au-
                    com insuficiência cardíaca (NEGRÃO et al., 2001a).          mentou proporcionalmente à redução da ativi-
                    Outro aspecto, também foi descrito pelo nosso grupo,        dade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al.,
                    é que pacientes com insuficiência cardíaca apresentam       2003). Destes resultados, três aspectos muito
                    atividade nervosa simpática muscular e fluxos               importantes emergem. Primeiro, o treinamento
                    sangüíneos muscular basais diminuídos durante o             físico melhora a qualidade de vida do paciente com

26 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
Adaptações agudas e crônicas


insuficiência cardíaca. Segundo, o treinamento                 vida do paciente com insuficiência cardíaca e
físico pode corrigir a disfunção neurovascular na              o treinamento físico provavelmente melhora
insuficiência cardíaca. E, terceiro, concluindo-               o prognóstico de vida desses pacientes, embo-
se que a atividade nervosa simpática muscular                  ra esse ponto ainda necessite de comprovação
está diretamente relacionada ao prognóstico de                 científica mais específica.



                  Controle
                  H- 52anos
                                                                                                                          A quantificação da ati-
                                                                                                                          vidade nervosa simpá-
                                                                                                                          tica foi realizada atra-
                                                                                                                          vés de um integrador
                                                        27 impulsos/min
                                                                                                                          de sinais biológicos
                                                                                                                          com posterior conta-
                                                                                                                          gem do número de
                                                                                                                          espícolas por unidade
                  ICC leve                                                                                                de tempo. (Adaptado
                  H- 55 anos                                                                                              de NEGRÃO et al., 2001).




                                                        41 impulsos/min
                   ICC grave
                   M- 50 anos




                                                            51 impulsos/min
                                                                                        2s


FIGURA 2 - Atividade nervosa simpática muscular medida através da impactação de um eletrodo no nervo
           fibular em indivíduos controle e portadores de insuficiência cardíaca leve (ICC leve) e grave (ICC
           grave), respectivamente.



    Cabe ainda colocar em perspectiva que a diminuição         BERNSTEIN & KOBILKA, 2002). Esse modelo consiste
da atividade nervosa simpática muscular e a melhora do         em camundongos nocaute para os receptores a2A/a2C-
fluxo sangüíneo muscular podem ainda provocar dimi-            adrenérgicos, cuja principal característica é disfunção
nuição nas espécies reativas de oxigênio e, conseqüente-       ventricular associada a hiperatividade simpática, refle-
mente, diminuição nos níveis de citoquinas, explicando,        tindo um quadro semelhante à insuficiência cardíaca.
portanto, os achados de outros autores (GIELEN, ADAMS,         Após desenvolver um protocolo de treinamento físico
MOBIUS-WINKLER, LINKE, ERBS & YU, 2003) de que o               para esses camundongos (EVANGELISTA, BRUM &
exercício físico regular diminui a expressão de TNF-alfa,      KRIEGER, 2003), constatamos que o treinamento físi-
IL-1-beta, IL-6 e iNOS na musculatura esquelética na           co atenuou a taquicardia e a intolerância aos esforços
presença de insuficiência cardíaca. Em conjunto, o au-         característicos deste modelo de cardiomiopatia. Além
mento na condutância vascular e a diminuição de                disso, o treinamento físico restaurou a função contrátil
citoquinas podem contribuir decisivamente para a me-           cardíaca, que se apresentava diminuída nos camun-
lhora da capacidade oxidativa muscular e, em última            dongos nocaute para os receptores a2A/a2C-adrenérgicos
instância, da capacidade física de pacientes com insu-         (MEDEIROS et al., no prelo). Assim, com esse modelo
ficiência cardíaca.                                            genético, iniciaremos, em um futuro próximo, o estu-
    Mais recentemente iniciamos alguns estudos em um           do dos efeitos dos mecanismos celulares associados à
modelo genético de cardiomiopatia induzida por                 disfunção ventricular e a restauração dessa função pelo
hiperatividade simpática (BRUM, KOSEK, PATTERSON,              treinamento físico.


                                                                   Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 27
BRUM, P.C. et al.


                    Obesidade e exercício físico
                        Um outro objeto de estudo de nossos laboratórios          BARRETTO, HALPERN & VILLARES, 2001b). Ao con-
                    é a avaliação do efeito do exercício na obesidade.            trário, com o treinamento físico associado à dieta a
                        A obesidade pode ser visualizada como um dos              perda do peso se devia somente à perda de massa
                    maiores problemas de saúde pública nos países in-             gorda. Outro resultado de destaque foi o fato da
                    dustrializados. No Brasil, lamentavelmente, o nú-             dieta associada ao exercício físico levar a uma me-
                    mero de pessoas com sobrepeso ou obesas tem                   lhora muito mais expressiva na sensibilidade à insu-
                    crescido consideravelmente nos últimos anos. Co-              lina do que a dieta isolada (NEGRÃO et al., 2001b).
                    nhecimentos atuais explicam a prevalência da obe-                Dando continuidade a esta linha de investiga-
                    sidade como o resultado da interação de fatores               ção, passamos a estudar os efeitos da dieta associada
                    genéticos com fatores ambientais (K OPELMAN ,                 ao exercício físico na atividade nervosa simpática
                    2000). Na tentativa de contribuir para o conheci-             muscular, fluxo sangüíneo muscular e pressão arte-
                    mento da obesidade e para o tratamento de pessoas             rial, de indivíduos obesos. Nesta seqüência verifica-
                    obesas, nosso grupo tem estudado as alterações                mos, que a dieta isolada e a dieta mais o exercício
                    cardiovasculares e seus mecanismos na obesidade               provocavam diminuição expressiva na atividade
                    humana, bem como, os efeitos da dieta hipocalórica            nervosa simpática muscular e na pressão arterial
                    e do exercício físico regular.                                (T ROMBETTA , B ATALHA , R ONDON , L ATERZ A ,
                        Assim, em relação à obesidade estudos recentes            K UNIYOSHI , B ARRETTO , H ALPERN , V ILLARES &
                    do nosso grupo têm mostrado que a obesidade au-               NEGRÃO, 2003). Foi curioso, no entanto, verificar
                    menta os níveis de leptina plasmática e provoca re-           que apenas a dieta associada ao treinamento físico
                    sistência à insulina (K UNIYOSHI , T ROMBETTA ,               levava à melhora no fluxo sangüíneo muscular e na
                    BATALHA, RONDON, LATERZA, GOWDAK, BARRETTO,                   resposta vasodilatadora muscular. Estes resultados
                    HALPERN, VILLARES, LIMA & NEGRÃO, 2003). Além                 sugerem que a melhora no fluxo sangüíneo perifé-
                    disso, indivíduos obesos têm atividade nervosa sim-           rico não é explicada somente pela diminuição da
                    pática muscular aumentada, fluxo sangüíneo mus-               atividade nervosa simpática, já que dieta isolada e
                    cular diminuído e conseqüentemente pressão arterial           dieta associada ao treinamento, provocaram dimi-
                    aumenta (RIBEIRO, TROMBETTA, BATALHA, RONDON,                 nuição semelhante na atividade nervosa simpática
                    FORJAZ, BARRETTO, VILLARES & NEGRÃO, 2001).                   (TROMBETTA et al., 2003). Como explicar este au-
                        Baseados nestes conhecimentos, o nosso grupo              mento no fluxo sangüíneo muscular, então? A res-
                    passou a investigar intervenções que possibilitasse a         posta mais atualizada para esta indagação é que o
                    reversão deste quadro de alterações metabólica,               exercício físico aumenta a biodisponibilidade de
                    neurovascular e hemodinâmico da obesidade. As-                óxido nítrico e, com isto, o fluxo sangüíneo muscu-
                    sim, começamos a estudar o impacto da dieta                   lar, em indivíduos obesos.
                    hipocalórica isolada e associada ao exercício físico             Em conjunto, nossos resultados demonstram
                    na obesidade humana. Os resultados desse estudo               que a perda de peso corporal leva à diminuição
                    mostraram-se extremamente interessantes, pois ve-             dos níveis plasmáticos de leptina e insulina,
                    rificamos que, apesar de a dieta isoladamente pro-            diminuição da atividade nervosa simpática e
                    vocar a mesma perda de peso corporal que a dieta              queda na pressão arterial. Além disso, eles
                    associada ao treinamento físico num período de                sugerem que a dieta hipocalórica associada ao
                    quatro meses, esta perda ocorria em função de mas-            treinamento físico deve ser a estratégia de escolha
                    sa gorda e massa magra (NEGRÃO, TROMBETTA, BA-                para o tratamento não-farmacológico de
                    TALHA , R IBEIRO , R ONDON , T INUCCI , F ORJAZ ,             indivíduos obesos.



                    Considerações finais
                      No p r e s e n t e a r t i g o a p re s e n t a m o s o s   arterial, demonstramos através de trabalhos
                    principais estudos conduzidos pelo nosso                      clínicos, o efeito hipotensor do exercício agudo
                    grupo nos últimos 10 anos. Em relação aos                     principalmente em indivíduos hipertensos.
                    efeitos do exercício físico sobre a pressão                   Esse efeito hipotensor apresenta relevância

28 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
Adaptações agudas e crônicas


clínica, sendo que demonstramos que o                                  Em relação ao estudo dos efeitos do exercício na
treinamento físico foi eficaz em atenuar a                          insuficiência cardíaca e obesidade, os estudos clínicos
hipertensão arterial em hipertensos do avental                      do nosso grupo tem contribuído, sobremaneira, para
b r a n c o. Em p a r a l e l o , r e a l i z a m o s v á r i o s   os conhecimentos sobre o controle neurovascular nessas
trabalhos com experimentação animal que                             doenças. Mais recentemente, abordagens genéticas e
foram conduzidos com o intuito de estudar                           moleculares para o estudo dos efeitos do exercício sobre
os mecanismos neurais e hemodinâmicos                               o sistema cardiovascular tem aberto novas perspectivas
envolvidos na atenuação da hipertensão. Nesse                       para o nosso grupo de pesquisa e sem dúvida
sentido, os resultados obtidos contribuíram em                      enriquecerão os conhecimentos na área de fisiologia
muito para essa área do conhecimento.                               do exercício.



Referências
BRUM, P.C.; KOSEK, J.; PATTERSON, A.; BERNSTEIN, D.; KOBILKA, B. Abnormal cardiac function associated
with sympathetic nervous system hyperactivity in mice. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology,
Bethesda, v.283, p.H1838-45, 2002.
BRUM, P.C.; SILVA, G.J.J.; MOREIRA, E.D.; IDA, F.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Exercise training increases
baroreceptor gain-sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.36, p.1018-22, 2000.
EVANGELISTA, F.S.; BRUM, P.C.; KRIEGER, J.E. Duration-controlled swimming exercise training induces cardiac
hypertrophy in mice. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, v.36, n.12, p.1751-9, 2003.
FORJAZ, C.L.M.; CARDOSO JUNIOR, C.G.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; TINUCCI, T. Post-exercise
hypotension and hemodynamics: the role of exercise intensity. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Turin,
2004. No prelo.
FORJAZ, C.L.M.; MATSUDAIRA, Y.; RODRIGUÊS, F.B.; NUNES, N.; NEGRÃO, C.E. Post-exercise changes in
blood pressure, heart rate and rate pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Brazilian
Journal Medicine Biological Research, Ribeirão Preto, v.31, n.10, p.1247-55, 1998a.
FORJAZ, C.L.M.; RAMIRES, P.R.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SALOMÃO, H.E.H.; IGNÊS, E.C.;
WAJCHENBERG, B.L.; NEGRÃO, C.E.; MION JUNIOR, D. Post-exercise responses of muscle sympathetic nerve
activity, and blood flow to hyperinsulinemia in humans. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.87, n.2, p.824-9,
1999.
FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; MELO, C.M.; SANTOS, D.A.; TEIXEIRA, L.; NERY, S.S.; TINUCCI, T. Exercício
resistido para o paciente hipertenso: indicação ou contra-indicação. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto,
v.10, n.2, p.119-24, 2003.
FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; MARANHÃO, G.D.F.A.; SOUZA, M.O.; NUNES, N.; NERY, S.;
BISQUOLO, V.A.F.; RONDON, M.U.P.B.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Hipotensão pós-exercício: caracte-
rísticas, determinantes e mecanismos. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, São Paulo, v.10,
p.16-24, 2000a. Suplemento 3.
FORJAZ, C.L.M.; SANTAELLA, D.F.; REZENDE, L.O.; BARRETTO, A.C.P.; NEGRÃO, C.E. A duração do exercí-
cio determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.70,
n.2, p.99-104, 1998b.
FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T. A medida da pressão arterial no exercício. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão
Preto, v.7, n.1, p.79-87, 2000.
FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SANTAELLA, D.F.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Factors
affecting post-exercise hypotension in normotensive and hypertensive humans. Blood Pressure Monitoring, London, v.5,
n.5/6, p.255-62, 2000b.
GAVA, N.S.; VÉRAS-SILVA, A.S.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intensity exercise training attenuates cardiac
beta-adrenergic tone during exercise in spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.26, p.1129-33, 1995.
GIELEN, S.; ADAMS, V.; MOBIUS-WINKLER, S.; LINKE, A.; ERBS, S.; YU, J. Anti-inflamatory effects of exercise
training in the skeletal muscle of patients with chronic heart failure. Journal of American College of Cardiology, New
York, v.42, p.861-8, 2003.


                                                                       Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 29
BRUM, P.C. et al.


                    KOPELMAN, P.G. Obesity as a medical problem. Nature, London, v.404, p.635-43, 2000.
                    KRIEGER, E.M. Arterial baroreceptor resetting in hypertension (the J. W. McCubbin memorial lecture). Clinical
                    Experimental Pharmacology and Physiology, Victoria, v.15, p.3-17, 1989. Supplement.,
                    KUNIYOSHI, F.H.S.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; GOWDAK,
                    M.G.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; LIMA, E.G.; NEGRÃO, C.E. Abnormal neurovascular
                    control during sympathoexcitation in obesity. Obesity Research, Silver Spring, v.11, p.1411-9, 2003.
                    LEE, I.M.; HSIEH, C.C.; PAFFENBARGER, R.S.J.R. Exercise intensity and longevity in men: the Harvard alumni
                    health study. Journal of American Medical Association, Chicago, v.273, n.15, p.1179-84, 1993.
                    MEDEIROS, A.; OLIVEIRA, E.M.; GIANOLLA, R.; CASARINI, D.E.; NEGRÃO, C.E.; BRUM, P.C. Swimming
                    training increases cardiac vagal effect and induces cardiac hypertrophy in rats. Brazilian Journal of Medical and Biological
                    Research, Ribeirão Preto, 2004. No prelo.
                    MIDDLEKAUFF, H.R.; NGUYEN, A.H.; NEGRÃO, C.E.; NITZSCHE, E.U.; HOH, C.K.; NATTERSON, B.A.
                    Impact of acute mental stress on muscle sympathetic nerve activity in patients with advanced heart failure. Circulation,
                    New York, v.96. p.1835-42, 1997.
                    MORTARA, A.; LA ROVERE, M.T.; PINNA, G.D.; PRPA, A.; MAESTRI, R.; FEBO, O.; POZZOLI, M.; OPASICH,
                    C.; TAVAZZI, L. Arterial baroreflex modulation of heart rate in chronic heart failure: clinical and hemodynamic correlates
                    and prognostic implications. Circulation, New York, v.96, n.10, p.3450-8, 1997.
                    NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; BRUM, P.C.; DENADAI, M.L.D.R.; KRIEGER, E.M. Vagal and sympathetic
                    controls of the heart rate during exercise in sedentary and trained rats. Brazilian Journal of Medical and Biological
                    Research, Ribeirão Preto, v.25, p.1045-52, 1992a.
                    NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; SANTOS, M.C.; FARAH, V.M.; KRIEGER, E.M. Vagal function impairment after
                    exercise training. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.72, n.5, p.1749-53, 1992b.
                    NEGRÃO, C.E.; RONDON, M.U.P TINUCCI, T.; ALVES, M.J.; ROVEDA, F.; BRAGA, A.M.; REIS, S.F.; NASTARI,
                                                            .B.;
                    L.; BARRETTO, A.C.; KRIEGER, E.M.; MIDDLEKAUFF, H.R. Abnormal neurovascular control during exercise is
                    linked to heart failure severity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.280,
                    p.H1286-92, 2001a.
                    NEGRÃO, C.E.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RIBEIRO, M.M.; RONDON, M.U.R.P.; TINUCCI, T.;
                    FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F. Muscle metaboreflex control is diminished
                    in normotensive obese women. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.281,
                    p.H469-75, 2001b.
                    OSTERZIEL, K.J.; HANLEIN, D.; WILLENBROCK, R.; EICHHORN, C.; LUFT, F.; DIETZ, R. Baroreflex sensitivity
                    and cardiovascular mortality in patients with mild to moderate heart failure. British Heart Journal, London, v.73, n.6,
                    p.517-22, 1995.
                    PACKER, M. Effects of beta-adrenergic blockade on survival of patients with chronic heart failure. American Journal of
                    Cardiology, New York, v.80, p.46-54, 1997.
                    REZK, C.C. Influência da intensidade do exercício resistido sobre as respostas hemodinâmicas pós-exercício e seus
                    mecanismos de regulação. 2004. 64f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São
                    Paulo, São Paulo.
                    RIBEIRO, M.M.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.;
                    VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Muscle sympathetic nerve activity and hemodynamic alterations in middle-age
                    obese women. Brazilian Journal of Medical Biological Research, Ribeirão Preto, v.34, p.475-478, 2001.
                    RONDON, M.U.P.; ALVES, M.J.N.N.; BRAGA, A.M.F.W.; TEIXEIRA, O.T.U.N.; BARRETTO, A.C.P.; KRIEGER,
                    E.M., NEGRÃO, C.E. Postexercise blood pressure reduction in elderly hypertensive patients. Journal of the American
                    College of Cardiology, New York, v.30, p.676-82, 2002.
                    RONDON, M.U.P.B.; BRUM, P.C. Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Revista
                    Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.10, p.134-9, 2003.
                    ROVEDA, F.; MIDDLEKAUFF, H.R.; RONDON, M.U.P.; REIS, S.F.; SOUZA, M.; NASTARI, L.; BARRETTO, A.C.P.;
                    KRIEGER, E.M.; NEGRÃO, C.E. The effects of exercise training on sympathetic neural activation in advanced heart
                    failure: A randomized controlled trial. Journal of American College of Cardiology, New York, v.42, p.854-60, 2003.
                    SANTAELLA, D.F. Efeitos do relaxamento e do exercício físico nas respostas pressórica e autonômica pós-intervenção
                    em indivíduos normotensos e hipertensos. 2003. 215f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade
                    de São Paulo, São Paulo.


30 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
Adaptações agudas e crônicas


SECCARECCIA, F.; MENOTTI, A. Physical activity, physical fitness and mortality in a sample of middle aged men
followed-up 25 years. Journal of Sports Medicine Physical Fitness, Turin, v.32, n.2, p.206-13, 1992
SILVA, G.J.J.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M.. Acute and chronic effects of exercise on baroreflexes in
spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.30, p.714-9, 1997.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE
BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. IV diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. Campos do Jordão: SBH/SBC/
SBN, 2002. p.40.
SOUZA, M.O. Efeito do treinamento físico aeróbio nos níveis pressóricos clínicos e de 24 horas de indivíduos hipertensos.
2003. 113f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.
TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; KUNIYOSHI, F.H.S.; BARRETTO,
A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Weight loss improves muscle metaboreflex control in
obesity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.285, p.H974-82, 2003.
VAN HOOF, R.; HESPEL, P.; FAGARD, R.; LIJNEN, P.; STAESSEN, J.; AMERY, A. Effect of endurance training on
blood pressure at rest, during exercise and during 24 hours in sedentary men. American Journal of Cardiology, New York,
v.63, p.945-9,1989.
VÉRAS-SILVA, A.S.; MATTOS, K.C.; GAVA, N.S.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intesity
exercise training decreases cardiac output and hypertension in spontaneously hypertensive rats. American Journal of
Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.273, n. 42, p.H2627-31, 1997.




                                               ENDEREÇO
                             Patricia Chakur Brum
Depto. Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano
          Escola de Educação Física e Esporte /USP
                        Av. Prof. Mello Moraes, 65
           05508-900 - São Paulo - SP - BRASIL




                                                                  Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 31

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Workshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph FisiotrainerWorkshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph Fisiotrainersimoneroselin
 
Workshop phfisiotrainer
Workshop phfisiotrainerWorkshop phfisiotrainer
Workshop phfisiotrainersimoneroselin
 
Trançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki Queiroz
Trançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki QueirozTrançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki Queiroz
Trançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki QueirozKiran Gorki Queiroz
 
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos IdososBenefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos IdososMárcio Borges
 
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesões
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesões
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesFernando Farias
 
Reabilitação aquática débora marques
Reabilitação aquática débora marquesReabilitação aquática débora marques
Reabilitação aquática débora marquesDebora_Marques
 
Efeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pse
Efeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pseEfeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pse
Efeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na psegemusc
 
Fisioterapia aquática traumatologia
Fisioterapia aquática   traumatologiaFisioterapia aquática   traumatologia
Fisioterapia aquática traumatologiaPriscila Freitas
 
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...Fernando Farias
 
CORE - Métodos de treinamento da estabilização central
CORE - Métodos de treinamento da estabilização centralCORE - Métodos de treinamento da estabilização central
CORE - Métodos de treinamento da estabilização centralFernando Farias
 
Hidroterapia
HidroterapiaHidroterapia
Hidroterapiasannyzia
 
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...Fernando Farias
 
Avaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadores
Avaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadoresAvaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadores
Avaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadoresFUAD HAZIME
 
Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de tronco
Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de troncoAvaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de tronco
Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de troncoDra. Welker Fisioterapeuta
 

Mais procurados (17)

Workshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph FisiotrainerWorkshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph Fisiotrainer
 
Workshop phfisiotrainer
Workshop phfisiotrainerWorkshop phfisiotrainer
Workshop phfisiotrainer
 
Trançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki Queiroz
Trançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki QueirozTrançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki Queiroz
Trançados Musculares - Aula 05 - Kiran Gorki Queiroz
 
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos IdososBenefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
 
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesões
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesões
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesões
 
Reabilitação aquática débora marques
Reabilitação aquática débora marquesReabilitação aquática débora marques
Reabilitação aquática débora marques
 
Efeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pse
Efeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pseEfeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pse
Efeito da ordem dos exercicios no numero de repeticoes e na pse
 
Força
ForçaForça
Força
 
Fisioterapia aquática traumatologia
Fisioterapia aquática   traumatologiaFisioterapia aquática   traumatologia
Fisioterapia aquática traumatologia
 
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...
 
Artigo 1
Artigo 1Artigo 1
Artigo 1
 
CORE - Métodos de treinamento da estabilização central
CORE - Métodos de treinamento da estabilização centralCORE - Métodos de treinamento da estabilização central
CORE - Métodos de treinamento da estabilização central
 
Hidroterapia
HidroterapiaHidroterapia
Hidroterapia
 
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...Efeito agudo do alongamento estático e facilitação  neuromuscular proprioceti...
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...
 
Avaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadores
Avaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadoresAvaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadores
Avaliação eletromiográfica dos músculos estabilizadores
 
Efeito metodo pilates
Efeito metodo pilatesEfeito metodo pilates
Efeito metodo pilates
 
Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de tronco
Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de troncoAvaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de tronco
Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexao de tronco
 

Destaque

TargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina Shashkina
TargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina ShashkinaTargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina Shashkina
TargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina ShashkinaTargetSummit
 
Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011
Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011
Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011Ministerio_Educacao
 
Degree Certificate
Degree CertificateDegree Certificate
Degree CertificateBhavik Patel
 
AJC Little girl comes home 6.12.16
AJC Little girl comes home 6.12.16AJC Little girl comes home 6.12.16
AJC Little girl comes home 6.12.16David Ibata
 
Kinder Morgan Terminal Gelena Park
Kinder Morgan Terminal Gelena ParkKinder Morgan Terminal Gelena Park
Kinder Morgan Terminal Gelena ParkCurtis Wallace
 
Маркетинговый кит ООО Империал Групп Украина
Маркетинговый кит ООО Империал Групп УкраинаМаркетинговый кит ООО Империал Групп Украина
Маркетинговый кит ООО Империал Групп УкраинаImperial Group Ukraine LLC
 
Nasko Keremidchiyski - Letter of Recommendation
Nasko Keremidchiyski - Letter of RecommendationNasko Keremidchiyski - Letter of Recommendation
Nasko Keremidchiyski - Letter of RecommendationNasko Keremidchiyski
 
M62 fireworks card_powerpoint_2010_slides
M62 fireworks card_powerpoint_2010_slidesM62 fireworks card_powerpoint_2010_slides
M62 fireworks card_powerpoint_2010_slidesLê Hoà
 
CERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILA
CERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILACERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILA
CERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILAEdwin AVILA Osorio
 
El cuerpo humano
El cuerpo humanoEl cuerpo humano
El cuerpo humanojuancho256
 

Destaque (20)

Ref ltr
Ref ltrRef ltr
Ref ltr
 
TargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina Shashkina
TargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina ShashkinaTargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina Shashkina
TargetSummit Moscow Late 2016 | Lingualeo, Irina Shashkina
 
Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011
Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011
Boletim Oficial Nº 37, de 25 de Novembro de 2011
 
Amizade
AmizadeAmizade
Amizade
 
Apresentação3
Apresentação3Apresentação3
Apresentação3
 
BP Shah Deniz Alpha
BP Shah Deniz AlphaBP Shah Deniz Alpha
BP Shah Deniz Alpha
 
Os três porquinhos
Os três porquinhosOs três porquinhos
Os três porquinhos
 
5. Alphabet FINAL
5. Alphabet FINAL 5. Alphabet FINAL
5. Alphabet FINAL
 
Degree Certificate
Degree CertificateDegree Certificate
Degree Certificate
 
AJC Little girl comes home 6.12.16
AJC Little girl comes home 6.12.16AJC Little girl comes home 6.12.16
AJC Little girl comes home 6.12.16
 
Kinder Morgan Terminal Gelena Park
Kinder Morgan Terminal Gelena ParkKinder Morgan Terminal Gelena Park
Kinder Morgan Terminal Gelena Park
 
Маркетинговый кит ООО Империал Групп Украина
Маркетинговый кит ООО Империал Групп УкраинаМаркетинговый кит ООО Империал Групп Украина
Маркетинговый кит ООО Империал Групп Украина
 
Nasko Keremidchiyski - Letter of Recommendation
Nasko Keremidchiyski - Letter of RecommendationNasko Keremidchiyski - Letter of Recommendation
Nasko Keremidchiyski - Letter of Recommendation
 
SCU Degree
SCU DegreeSCU Degree
SCU Degree
 
Collage
CollageCollage
Collage
 
M62 fireworks card_powerpoint_2010_slides
M62 fireworks card_powerpoint_2010_slidesM62 fireworks card_powerpoint_2010_slides
M62 fireworks card_powerpoint_2010_slides
 
CERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILA
CERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILACERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILA
CERTIFICADO LABORAL GSS FINAL-EDWIN AVILA
 
reportcard 1
reportcard 1reportcard 1
reportcard 1
 
El cuerpo humano
El cuerpo humanoEl cuerpo humano
El cuerpo humano
 
Сухомлинський Урок мислення
Сухомлинський Урок мисленняСухомлинський Урок мислення
Сухомлинський Урок мислення
 

Semelhante a Adaptações Cardiovasculares

Adaptacoes agudas e cronicas
Adaptacoes agudas e cronicas Adaptacoes agudas e cronicas
Adaptacoes agudas e cronicas Geo Carvalho
 
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascularAdaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascularRafael Pereira
 
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais Evelyn Feitosa
 
aula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptx
aula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptxaula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptx
aula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptxTharykBatatinha
 
Workshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph FisiotrainerWorkshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph Fisiotrainersimoneroselin
 
Aula fisioterapia uel. respostas cardiovasculares durante o exercicio
Aula fisioterapia uel.  respostas cardiovasculares durante o exercicioAula fisioterapia uel.  respostas cardiovasculares durante o exercicio
Aula fisioterapia uel. respostas cardiovasculares durante o exercicioWalter Sepúlveda Loyola
 
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...Rafael Pereira
 
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmicaExercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmicawashington carlos vieira
 
Reabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e IIIReabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e IIIMonique Migliorini
 
Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...
Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...
Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...Marcio Oliveira-Ramos
 
Hipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio FisicoHipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio FisicoMelissa Possa
 
Componentes da aptidão física
Componentes da aptidão físicaComponentes da aptidão física
Componentes da aptidão físicafabioalira
 
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...Fernando Farias
 
Prescrição de atividade_fisica
Prescrição de atividade_fisicaPrescrição de atividade_fisica
Prescrição de atividade_fisicaIsabel Teixeira
 

Semelhante a Adaptações Cardiovasculares (20)

Adaptacoes agudas e cronicas
Adaptacoes agudas e cronicas Adaptacoes agudas e cronicas
Adaptacoes agudas e cronicas
 
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascularAdaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
 
Diretriz de r cv
Diretriz de r cvDiretriz de r cv
Diretriz de r cv
 
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
Noções de Atividade Física e Treinamento para Grupos Especiais
 
aula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptx
aula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptxaula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptx
aula 1 - EXERCÍCIO FISICO RESISTIDO.pptx
 
Palestra SVV Cref
Palestra SVV CrefPalestra SVV Cref
Palestra SVV Cref
 
Hipotensão e exercício
Hipotensão e exercícioHipotensão e exercício
Hipotensão e exercício
 
Sna
SnaSna
Sna
 
Workshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph FisiotrainerWorkshop Ph Fisiotrainer
Workshop Ph Fisiotrainer
 
Aula fisioterapia uel. respostas cardiovasculares durante o exercicio
Aula fisioterapia uel.  respostas cardiovasculares durante o exercicioAula fisioterapia uel.  respostas cardiovasculares durante o exercicio
Aula fisioterapia uel. respostas cardiovasculares durante o exercicio
 
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados com diferentes interv...
 
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmicaExercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
Exercício resistido e hipertensão arterial sistêmica
 
Reabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e IIIReabilitação cardíaca fases II e III
Reabilitação cardíaca fases II e III
 
Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...
Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...
Dissertação: Efeitos Subagudos do Exercício Físico Dinâmico Máximo sobre a re...
 
Hipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio FisicoHipertensão e o Exercicio Fisico
Hipertensão e o Exercicio Fisico
 
Componentes da aptidão física
Componentes da aptidão físicaComponentes da aptidão física
Componentes da aptidão física
 
Fadiga | Recuperação
Fadiga | RecuperaçãoFadiga | Recuperação
Fadiga | Recuperação
 
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
INFLUÊNCIA DA ORDEM DA SESSÃO DO TREINAMENTO CONCORRENTE SOBRE A RESPOSTA AGU...
 
Prescrição de atividade física
Prescrição de atividade físicaPrescrição de atividade física
Prescrição de atividade física
 
Prescrição de atividade_fisica
Prescrição de atividade_fisicaPrescrição de atividade_fisica
Prescrição de atividade_fisica
 

Último

Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 

Último (20)

Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 

Adaptações Cardiovasculares

  • 1. Adaptações agudas e crônicas Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular Patricia Chakur BRUM* * Escola de Educação Cláudia Lúcia de Moraes FORJAZ* Física e Esporte da Taís TINUCCI* USP Carlos Eduardo NEGRÃO* Introdução Os pesquisadores que hoje compõem os Labora- nossos estudos uma abordagem genética e molecular tórios Fisiologia e Hemodinâmica da Atividade onde investigamos a influência de polimorfismos Motora da Escola de Educação Física e Esporte da genéticos dos receptores a e b- adrenérgicos sobre a Universidade de São Paulo têm como principal li- resposta cardiovascular durante o exercício em nha de pesquisa, as adaptações agudas e crônicas do cardiopatas e obesos. Além disso, temos utilizado exercício físico sobre o sistema cardiovascular. Os animais geneticamente modificados para o estu- estudos realizados nesta linha de pesquisa, hoje são do de mecanismos celulares envolvidos nas adap- bastante abrangentes, e envolvem desde estudos clí- tações cardiovasculares ao treinamento físico na nicos até estudos com experimentação animal, com insuficiência cardíaca. intuito de investigar os mecanismos pelo qual o exer- No presente artigo faremos uma exposição re- cício físico agudo e crônico influenciam o sistema trospectiva dos principais estudos realizados na cardiovascular de indivíduos controle e portadores linha de pesquisa “Adaptações agudas e crônicas de diversas cardiopatias e distúrbios metabólicos. do exercício físico sobre o sistema cardiovascular” Mais recentemente, também acrescentamos aos nos últimos 10 anos. Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular O exercício físico caracteriza-se por uma situação movimento articular) e estáticos ou isométricos (há que retira o organismo de sua homeostase, pois impli- contração muscular, sem movimento articular), sen- ca no aumento instantâneo da demanda energética da do que cada um desses exercícios implica em res- musculatura exercitada e, conseqüentemente, do or- postas cardiovasculares distintas (FORJAZ & TINUCCI, ganismo como um todo. Assim, para suprir a nova 2000). Nos exercícios estáticos observa-se aumento demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são da freqüência cardíaca, com manutenção ou até re- necessárias e, dentre elas, as referentes à função dução do volume sistólico e pequeno acréscimo do cardiovascular durante o exercício físico. débito cardíaco. Em compensação, observa-se au- Na TABELA 1 observa-se um sumário das mento da resistência vascular periférica, que resulta principais respostas cardiovasculares ao exercício físico na elevação exacerbada da pressão arterial. Esses efei- agudo. No entanto, o tipo e a magnitude da resposta tos ocorrem porque a contração muscular mantida cardiovascular dependem das características do durante a contração isométrica promove obstrução exercício executado, ou seja, o tipo, a intensidade, a mecânica do fluxo sangüíneo muscular, o que faz duração e a massa muscular envolvida. com que os metabólitos produzidos durante a con- Em relação ao tipo de exercício, podemos carac- tração se acumulem, ativando quimiorreceptores terizar dois tipos principais: exercícios dinâmicos musculares, que promovem aumento expressivo da ou isotônicos (há contração muscular, seguida de atividade nervosa simpática. É interessante observar Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 21
  • 2. BRUM, P.C. et al. FC, freqüência cardía- TABELA 1 - Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular. ca; VS, volume sistólico; DC, débito cardíaco; RVP,resistência vascular periférica; PA, pressão EXERCÍCIO FC VS DC RVP PA MECANISMO arterial; PAS, pressão ar- terial sistólica;PAD, pres- são arterial diastólica. Mecanorreceptores ⇑ PAS musculares e comando central DINÂMICO ⇑ ⇑ ⇑ ⇓ ⇒/⇓ PAD ⇑ atividade simpática Ativação dos quimiorreceptores ESTÁTICO ⇑ /⇒ ⇑ atividade simpática ⇑ ⇒/⇓ ⇑ ⇑ RESISTIDO ⇑ ⇓ ⇓ ⇒ ⇑ ? que a magnitude das respostas cardiovasculares du- prática diária, os exercícios executados apresentam rante o exercício estático é dependente da intensi- componentes dinâmicos e estáticos, de modo que a dade do exercício, de sua duração e a da massa resposta cardiovascular a esses exercícios depende da muscular exercitada, sendo maior quanto maiores contribuição de cada um desses componentes. Nesse forem esses fatores (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Por sentido, os exercícios resistidos ou exercícios de outro lado, nos exercícios dinâmicos, como as con- musculação (exercícios localizados contra resistên- trações são seguidas de movimentos articulares, não cias) possuem papel de destaque, pois quando exe- existe obstrução mecânica do fluxo sangüíneo, de cutados em altas intensidades, apesar de serem feitos modo que, nesse tipo de exercício, também se ob- de forma dinâmica apresentam componente serva aumento da atividade nervosa simpática, que isométrico bastante elevado (FORJAZ, REZK, MELO, é desencadeado pela ativação do comando central, SANTOS, TEIXEIRA, NERY & TINUCCI, 2003), fazen- mecanorreceptores musculares e, dependendo da do com que a resposta cardiovascular durante sua intensidade do exercício, metaborreceptores mus- execução assemelhe-se àquela observada com exer- culares (FORJAZ & TINUCCI, 2000). Em resposta ao cícios estáticos, ou seja, aumento da freqüência car- aumento da atividade simpática, observa-se aumento díaca e, principalmente, aumento exacerbado da da freqüência cardíaca, do volume sistólico e do pressão arterial, que se amplia à medida que o exer- débito cardíaco. Além disso, a produção de cício vai sendo repetido (FORJAZ et al., 2003). De metabólitos musculares promove vasodilatação na fato, em nosso laboratório, elevações pressóricas na musculatura ativa, gerando redução da resistência ordem de 60/50 mmHg para a pressão arterial sistólica/ vascular periférica. Dessa forma, durante os exercí- diastólica tem sido observadas com a medida intra- cios dinâmicos observa-se aumento da pressão arte- arterial da pressão arterial em indivíduos normotensos, rial sistólica e manutenção ou redução da diastólica que realizam uma série de movimentos de extensão de (F ORJAZ , M ATSUDAIRA , R ODRIGUES , N UNES & pernas na mesa romana com carga correspondente a NEGRÃO, 1998a). Essas respostas são tanto maiores 80% da carga voluntária máxima até a exaustão, o quanto maior for a intensidade do exercício, mas não que corresponde em média entre seis a 12 repetições se alteram com a duração do exercício, caso ele seja (dados não publicados). realizado numa intensidade inferior ao limiar Além das alterações cardiovasculares observa- anaeróbio. Além disso, quanto maior a massa muscu- das durante a execução do exercício físico, algu- lar exercitada de forma dinâmica, maior é o aumento mas modificações ocorrem após a finalização do da freqüência cardíaca, mas menor é o aumento da exercício. Dentre elas, uma que tem atraído muito pressão arterial (FORJAZ & TINUCCI, 2000). a atenção é o fenômeno da “Hipotensão Pós- Embora as respostas cardiovasculares aos exercícios Exercício”, que tem sido alvo de várias pesquisas dinâmicos e estáticos sejam bem características, na do Laboratório de Hemodinâmica da Atividade 22 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
  • 3. Adaptações agudas e crônicas Motora desta Escola (FORJAZ, REZK , SANTAELLA, intensidade reduz a pressão diastólica. De forma M ARANHÃO , S OUZA , N UNES , N ERY , B ISQUOLO , semelhante, em mulheres hipertensas, o exercício RONDON, MION JUNIOR & N EGRÃO, 2000a). resistido de baixa intensidade também reduz a pres- A hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela são arterial por até duas horas após sua finalização redução da pressão arterial durante o período de (dados não publicados). Nesses estudos, a queda recuperação, fazendo com que os valores pressóricos pressórica obtida após o exercício resistido é seme- observados pós-exercícios permaneçam inferiores lhante à observada com o exercício aeróbio, porém àqueles medidos antes do exercício ou mesmo aque- sua duração por períodos prolongados ainda preci- les medidos em um dia controle, sem a execução de sa ser mais bem investigada. exercícios. Para que a hipotensão pós-exercício te- Em relação ao exercício aeróbio, a influência da nha importância clínica é necessário que ela tenha duração desse exercício está bem demonstrada, magnitude importante e perdure na maior parte das apontando para o fato de que exercícios mais pro- 24 horas subseqüentes à finalização do exercício. Em longados possuem efeitos hipotensores maiores e nossos estudos com indivíduos normotensos (FORJAZ mais duradouros (FORJAZ et al., 1998b), porém o et al. 1998a; FORJAZ , C ARDOSO J UNIOR , REZK , efeito da intensidade do exercício ainda é contro- SANTAELLA & TINUCCI, no prelo; FORJAZ, RAMIRES, verso. Em um de nossos estudos (FORJAZ et al., TINUCCI, ORTEGA, SALOMÃO, IGNÊS, WAJCHENBERG, 1998a) verificamos que, em indivíduos normotensos NEGRÃO & MION JUNIOR, 1999; FORJAZ, SANTAELLA, jovens, os exercícios de diferentes intensidades (30, REZENDE, BARRETTO & NEGRÃO, 1998b; SANTAELLA, 50 e 80% da VO 2pico) promoviam reduções 2003) temos observado que a execução de uma única pressóricas pós-exercício semelhantes, enquanto que sessão de 45 minutos de exercício em cicloergômetro num segundo estudo (FORJAZ et al., no prelo), ob- em 50% do VO2pico reduz a pressão arterial servamos que o exercício mais intenso (75% do sistólica/diastólica em torno de -7/-4 mmHg. Além VO2pico) promovia maior redução pressórica. Na disso, nessa população, essa redução perdura por realidade, a execução de outras medidas conjuntas um período prolongado pós-exercício, visto que a à medida da pressão arterial pode ser responsável média da pressão arterial nas 24 horas pós-exercício pela diferença de respostas observada entre os estu- estava diminuída (F ORJAZ , T INUCCI , O RTEGA , dos, ou seja, o exercício mais intenso promove uma SANTAELLA, MION JUNIOR & NEGRÃO, 2000b). En- maior redução da resposta de alerta às medidas tretanto, na população normotensa idosa (RONDON, hemodinâmicas, fazendo com que quando essa ALVES, BRAGA, TEIXEIRA, BARRETTO, KRIEGER & medida for feita junto com a medida de PA, o efei- NEGRÃO, 2002), observamos que uma sessão de exer- to hipotensor dessa execução seja evidente. cício similar não promove redução da pressão arte- Um outro fator relevante quando se aborda a rial após sua execução. Por outro lado, em hipotensão pós-exercício é o mecanismo responsá- hipertensos, tanto jovens (SANTAELLA, 2003) quan- vel pela redução pressórica. Entretanto, esses me- to idosos (RONDON et al., 2002), a queda pressórica canismos parecem diferir de acordo com o tipo de é mais evidente que em normotensos. exercício empregado e a população estudada. As- Um aspecto importante diz respeito às caracte- sim, em indivíduos hipertensos idosos (RONDON et rísticas do exercício (tipo, intensidade e duração) al., 2002), verificamos que a queda pressórica pós- que promovem maior queda pressórica após sua exercício aeróbio se deve à redução do débito car- execução (FORJAZ et al., 2000a). Em relação ao tipo, díaco, em função da diminuição do volume a hipotensão pós-exercício está bastante demons- sistólico. Por outro lado, em jovens normotensos trada em resposta aos exercícios aeróbios (dinâmi- (FORJAZ et al., no prelo), o mecanismo responsável cos, cíclicos, com intensidade leve a moderada e pela redução da pressão arterial parece diferir entre longa duração) (FORJAZ et al., 2000a), porém, tem os indivíduos, de modo que alguns respondem em crescido o interesse sobre o efeito do exercício re- função da redução do débito cardíaco e outros, em sistido sobre a pressão arterial pós-exercício. Nesse função da redução da resistência vascular periféri- sentido, num estudo recente (REZK, 2004), demons- ca. Independentemente do mecanismo tramos em indivíduos normotensos que após os hemodinâmico sistêmico, a resistência vascular exercícios localizados, tanto de baixa (40% da car- muscular está reduzida após o exercício, o que se ga voluntária máximo - CVM) quanto de alta (80% deve à vasodilatação muscular mantida após o exer- da CVM) intensidade ocorre redução da pressão cício (FORJAZ et al., 1999). Um dos mecanismos arterial sistólica, porém apenas o exercício de baixa responsáveis por essa vasodilatação é a redução da Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 23
  • 4. BRUM, P.C. et al. atividade nervosa simpática, que pode ser medida mecanismo parece ser o mesmo nos exercícios de de forma direta pela técnica da microneurografia baixa e alta intensidade. Porém quando se conside- (FORJAZ et al., 1999). É interessante observar que, ra período mais longo após o exercícios de alta in- em todos os nossos estudos (FORJAZ et al., 1998a, tensidade, a resistência vascular periférica no início 1998b, 1999, no prelo; SANTAELLA, 2003; RONDON da recuperação, compensa parcialmente a redução et al., 2002), a freqüência cardíaca permaneceu ele- do débito cardíaco, impedindo a redução da pres- vada após o exercício, sugerindo um aumento da são arterial diastólica, mas não a redução da pressão atividade nervosa simpática cardíaca e, demonstran- arterial sistólica. Em indivíduos hipertensos, esses do, que a regulação simpática para o coração e a mecanismos ainda não foram investigados. circulação periférica podem sofrer adaptações dife- Um outro aspecto importante é que, além do exercí- rentes após o exercício. Vale a pena ressaltar que cio, outras condutas comumente utilizadas em sessões de além dos mecanismos hemodinâmicos envolvidos condicionamento físico, como o relaxamento também na hipotensão pós-exercício, em trabalhos realiza- possuem efeito hipotensor após sua realização (SANTAELLA, dos com ratos espontaneamente hipertensos (SILVA, 2003). Além disso, quando o relaxamento é associado ao BRUM, NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Demonstramos exercício aeróbio, a queda pressórica obtida é ainda maior um aumento na sensibilidade barorreflexa até 60 e mais duradoura, sugerindo que a prática conjunta des- minutos após a execução de exercício realizado em sas intervenções deva ser aplicada. 50% do VO2 pico durante 30 minutos. Esses dados Diante do exposto, observa-se que mesmo aguda- sugerem que alterações reflexas no controle da pres- mente, o exercício físico tem um papel hipotensor de são arterial também podem influenciar na resposta relevância clínica, principalmente para indivíduos observada na fase de recuperação. hipertensos, o que sugere que o exercício deve ser in- Em relação aos exercícios resistidos, verificamos dicado no tratamento não-farmacológico da hiperten- (REZK, 2004) que a queda da pressão arterial pós- são arterial. Entretanto, apesar dos grandes avanços exercício em indivíduos normotensos se deve à re- no estudo dos efeitos agudos do exercício várias lacu- dução do débito cardíaco por diminuição do volume nas ainda existem e precisam ser preenchidas. Este tem sistólico, sendo que essa queda não é compensada sido o estímulo para os novos projetos e pesquisa dos pelo aumento da resistência vascular periférica. Esse laboratórios desta Escola. Efeito crônico do exercício físico aeróbio sobre a pressão arterial Os efeitos do treinamento físico sobre o nível tensional Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício e em repouso de indivíduos normotensos e hipertensos tem Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração da Fa- sido objeto de vários estudos. Há um consenso na litera- culdade de Medicina da Universidade de São Paulo. tura de que o treinamento físico leva à diminuição da Nossa contribuição iniciou-se na década de 90 pressão arterial de repouso (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HI- quando observamos que a eficácia do treinamento PERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SO- físico em reduzir a pressão arterial era dependente da CIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2002). No entanto, intensidade de exercício realizado nas sessões de esse efeito é mais pronunciado em indivíduos hipertensos, treinamento (VÉRAS-SILVA, MATTOS, GAVA, BRUM, uma vez que a maioria dos estudos realizados em NEGRÃO & KRIEGER, 1997). Somente o treinamento normotensos não mostrou modificação da pressão arte- físico realizado em intensidade leve a moderada, rial (SILVA et al., 1997) ou, então, reduções de pequena correspondente a 55% do VO2 de pico, atenuou a magnitude, tanto na pressão arterial de consultório como hipertensão arterial de ratos com hipertensão severa na monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 quando comparados a ratos sedentários e treinados horas (VAN HOOF, HESPEL, FAGARD, LIJNEN, STAESSEN & em 85% do VO2 de pico (FIGURA 1). O mecanismo AMERY, 1989). Portanto, a seguir, discorreremos sobre os hemodinâmico envolvido na atenuação da hipertensão efeitos do treinamento físico na hipertensão arterial com nesses animais foi a redução do débito cardíaco enfoque nos trabalhos realizados pelos grupos de Fisiolo- associada a bradicardia de repouso (VÉRAS-SILVA et al., gia da Atividade Motora da Escola de Educação Física e 1997) e redução do tônus simpático cardíaco (GAVA, Esporte da Universidade de São Paulo e pela Unidade de VÉRAS-SILVA, NEGRÃO & KRIEGER, 1995). 24 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
  • 5. Adaptações agudas e crônicas PAM, pressão arterial me- 220 dia; PAS, pressão arterial SE D sistólica; PAD, pressão ar- 210 TA terial diastólica; SED, ratos 200 TB sedentários. Os dados es- * 190 tão representados na for- ma de media ± erro pa- 180 drão da média. (Adaptado 170 de VERAS-SILVA et al., 1997). * mmHg 160 *- diferença significante vs. 150 SED e TA, respectivamen- te (p>0,05). 140 * 130 120 110 100 PA M PA S PA D * p<0,05 FIGURA 2 - Efeito do treinamento físico de baixa (TB) e alta (TA) intensidades sobre a pressão arterial de ratos * espontaneamente hipertensos. Entretanto, um aspecto importante quando se es- cardiopulmonar em ratos espontaneamente tuda a hipertensão são as alterações fisiopatológicas hipertensos. Nesse aspecto, observamos que o treina- que a acompanham. Neste sentido, uma das disfunções mento físico restaura a sensibilidade do reflexo neurovegetativas associadas à hipertensão arterial é a pressorreceptor e cardiopulmonar (SILVA et al., 1997), diminuição da sensibilidade dos reflexos além de aumentar a atividade aferente pressorreceptora cardiovasculares, tais como, o reflexo pressorreceptor a variações na pressão arterial (BRUM, SILVA, MOREIRA, e cardiopulmonar, que são importantes para a IDA, NEGRÃO & KRIEGER, 2000). regulação momento-a-momento da pressão arterial Mais recentemente comprovamos em seres humanos, (KRIEGER, 1989). De fato a disfunção do reflexo os resultados obtidos em animais de laboratório. Verifica- pressorreceptor está associada a um alto índice de mos redução da PA clínica em indivíduos hipertensos sus- mortalidade por doenças cardiovasculares, especial- tentados e hipertensos do avental branco, após um período mente na insuficiência cardíaca (MORTARA, LA ROVERE, de quatro meses de exercício físico aeróbio de baixa inten- PINNA, PRPA, MAESTRI, FEBO, POZZOLI, OPASICH & sidade (SOUZA, 2003). Portanto, a prática regular e ade- TAVAZZI, 1997; OSTERZIEL, HANLEIN, WILLENBROCK, quada de exercício físico deve ser recomendado para a EICHHORN, LUFT & DIETZ, 1995) representando, por- prevenção e o tratamento da hipertensão arterial. Por fim, tanto, um tema de grande relevância clínica. Uma das o treinamento físico pode se associar ao tratamento importantes contribuições do nosso grupo neste tema farmacológico minimizando seus efeitos adversos e redu- foi o estudo do efeito do treinamento físico sobre a zindo o custo do tratamento para o paciente e para as sensibilidade dos reflexos pressorreceptor e instituições de saúde (RONDON & BRUM, 2003). Efeito crônico do exercício físico sobre a freqüência cardíaca Estudos epidemiológicos demonstram uma re- m e n o r p ro b a b i l i d a d e d e d e s e n vo l v e re m lação inversa entre a capacidade funcional, cardiopatias (S ECCARECIA & M ENOTTI , 1992). morbidade e mortalidade cardiovasculares (LEE, Dessa forma, um dos objetos de estudo do nosso HSIEH & PAFFENBARGER, 1993). No tocante à fre- grupo foi verificar os efeitos do treinamento físico qüência cardíaca, vários estudos têm demons- sobre a resposta da freqüência cardíaca de repouso e trado uma relação direta entre a freqüência durante o exercício físico, assim como, os cardíaca de repouso ou submáxima e risco de mecanismos neurais envolvidos nessas respostas. Em desenvolvimento de doenças cardiovasculares, 1992, NEGRÃO, MOREIRA, SANTOS, FARAH e KRIEGER ou seja, indíviduos com menor freqüência car- demonstraram que o treinamento físico aeróbio díaca em repouso ou menor taquicardia du- resultava em bradicardia de repouso e que o rante o exercício físico submáximo apresentam mecanismo associado a essa resposta era uma Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 25
  • 6. BRUM, P.C. et al. diminuição na freqüência cardíaca intrínseca. Mais Dentre as adaptações da freqüência cardíaca recentemente, observamos que os mecanismos ao treinamento físico também está a menor res- envolvidos na bradicardia de repouso pós- posta taquicardica durante a execução de exercí- treinamento físico sofrem influência da modalidade cios físicos em mesma intensidade absoluta. Nesse do treino, visto que em ratos submetidos ao sentido, observamos menor resposta taquicárdica treinamento físico de baixa intensidade com natação, ao exercício progressivo em ratos normotensos a bradicardia está associada ao aumento ao tônus treinados quando comparados aos sedentários vagal cardíaco (MEDEIROS, OLIVEIRA, GIANOLLA, (NEGRÃO, MOREIRA , BRUM, DENADAI & KRIEGER, CASARINI, NEGRÃO & BRUM, no prelo). 1992a). Em relação ao balanço autonômico du- Além de sofrer influência da modalidade de treinamen- rante esse exercício incremental, observamos uma to, o mecanismo envolvido na bradicardia de repouso tam- progressiva retirada vagal seguida por uma in- bém se modifica no processo de doenças cardiovasculares, tensificação simpática. Ao estudarmos os meca- como, a hipertensão arterial. Assim, em ratos esponta- nismos envolvidos na menor resposta neamente hipertensos, observamos que bradicardia de taquicardica ao exercício físico, observamos uma repouso pós-treinamento está associada à diminuição modificação no balanço autonômico cardíaco do tônus simpático cardíaco (GAVA et al., 1995). Essa pós-treinamento. Dessa forma ratos treinados resposta foi, na época, surpreendente uma vez que a apresentaram menor taquicardia associada a uma hiperatividade simpática observada nos ratos menor retirada vagal e menor intensificação sim- hipertensos foi normalizada pelo treinamento físico. pática quando comparados aos ratos controles. Insuficiência cardíaca e exercício físico A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica exercício físico e o estresse mental (MIDDLEKAUFF, caracterizada por anormalidades da função do NGUYEN, NEGRÃO, NITZSCHE, HOH & NATTERSON, ventrículo esquerdo e regulação neuro-hormonal, 1997; NEGRÃO et al., 2001a), evidenciando o estado que resulta em intolerância aos esforços, retenção vasoconstritor decorrente da insuficiência cardíaca. de fluído e redução da longevidade (PACKER, 1997). Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência Representa um importante problema de saúde pú- cardíaca, temos verificado que o exercício físico re- blica, considerando-se sua morbi-mortalidade e presenta, hoje, uma alternativa extremamente im- prevalências crescentes. portante no tratamento desses pacientes. Nesse Nos últimos anos, o nosso grupo tem se dedicado sentido, constatamos que quatro meses de um bastante ao estudo do paciente com insuficiência programa de treinamento físico aeróbio, com in- cardíaca e às possíveis condutas que possam melhorar tensidade entre o limiar anaeróbio até 10% abai- o estado clínico e mesmo o prognóstico de vida desses xo do ponto de compensação respiratória melhora pacientes. Neste sentido, observamos que a atividade significativamente a capacidade física desses pa- nervosa simpática é uma variável fidedigna para avaliar cientes com complicações cardíacas (R OVEDA , a gravidade da doença (NEGRÃO, RONDON, TINUCCI, MIDDLEKAUFF , RONDON, REIS, SOUZA, NASTARI, ALVES, ROVEDA, BRAGA, REIS, NASTARI, BARRETTO, BARRETO, KRIEGER & NEGRÃO, 2003). Mais im- KRIEGER & MIDDLEKAUFF, 2001a), uma vez que ela portante ainda foi o fato de verificarmos que a aumenta progressivamente do indivíduo saudável atividade nervosa simpática muscular é muito re- para o paciente com insuficiência cardíaca leve, duzida após esse programa de exercícios físicos. moderada e severa (FIGURA 2). Resultados Sendo essa redução tão expressiva, que chegou a semelhantes foram verificados em relação ao fluxo normalizar a atividade nervosa simpática mus- sangüíneo muscular, isto é, quanto menor o fluxo cular (R OVEDA et al., 2003). Outro resultado sangüíneo muscular pior o estado clínico do paciente marcante foi que o fluxo sangüíneo muscular au- com insuficiência cardíaca (NEGRÃO et al., 2001a). mentou proporcionalmente à redução da ativi- Outro aspecto, também foi descrito pelo nosso grupo, dade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al., é que pacientes com insuficiência cardíaca apresentam 2003). Destes resultados, três aspectos muito atividade nervosa simpática muscular e fluxos importantes emergem. Primeiro, o treinamento sangüíneos muscular basais diminuídos durante o físico melhora a qualidade de vida do paciente com 26 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
  • 7. Adaptações agudas e crônicas insuficiência cardíaca. Segundo, o treinamento vida do paciente com insuficiência cardíaca e físico pode corrigir a disfunção neurovascular na o treinamento físico provavelmente melhora insuficiência cardíaca. E, terceiro, concluindo- o prognóstico de vida desses pacientes, embo- se que a atividade nervosa simpática muscular ra esse ponto ainda necessite de comprovação está diretamente relacionada ao prognóstico de científica mais específica. Controle H- 52anos A quantificação da ati- vidade nervosa simpá- tica foi realizada atra- vés de um integrador 27 impulsos/min de sinais biológicos com posterior conta- gem do número de espícolas por unidade ICC leve de tempo. (Adaptado H- 55 anos de NEGRÃO et al., 2001). 41 impulsos/min ICC grave M- 50 anos 51 impulsos/min 2s FIGURA 2 - Atividade nervosa simpática muscular medida através da impactação de um eletrodo no nervo fibular em indivíduos controle e portadores de insuficiência cardíaca leve (ICC leve) e grave (ICC grave), respectivamente. Cabe ainda colocar em perspectiva que a diminuição BERNSTEIN & KOBILKA, 2002). Esse modelo consiste da atividade nervosa simpática muscular e a melhora do em camundongos nocaute para os receptores a2A/a2C- fluxo sangüíneo muscular podem ainda provocar dimi- adrenérgicos, cuja principal característica é disfunção nuição nas espécies reativas de oxigênio e, conseqüente- ventricular associada a hiperatividade simpática, refle- mente, diminuição nos níveis de citoquinas, explicando, tindo um quadro semelhante à insuficiência cardíaca. portanto, os achados de outros autores (GIELEN, ADAMS, Após desenvolver um protocolo de treinamento físico MOBIUS-WINKLER, LINKE, ERBS & YU, 2003) de que o para esses camundongos (EVANGELISTA, BRUM & exercício físico regular diminui a expressão de TNF-alfa, KRIEGER, 2003), constatamos que o treinamento físi- IL-1-beta, IL-6 e iNOS na musculatura esquelética na co atenuou a taquicardia e a intolerância aos esforços presença de insuficiência cardíaca. Em conjunto, o au- característicos deste modelo de cardiomiopatia. Além mento na condutância vascular e a diminuição de disso, o treinamento físico restaurou a função contrátil citoquinas podem contribuir decisivamente para a me- cardíaca, que se apresentava diminuída nos camun- lhora da capacidade oxidativa muscular e, em última dongos nocaute para os receptores a2A/a2C-adrenérgicos instância, da capacidade física de pacientes com insu- (MEDEIROS et al., no prelo). Assim, com esse modelo ficiência cardíaca. genético, iniciaremos, em um futuro próximo, o estu- Mais recentemente iniciamos alguns estudos em um do dos efeitos dos mecanismos celulares associados à modelo genético de cardiomiopatia induzida por disfunção ventricular e a restauração dessa função pelo hiperatividade simpática (BRUM, KOSEK, PATTERSON, treinamento físico. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 27
  • 8. BRUM, P.C. et al. Obesidade e exercício físico Um outro objeto de estudo de nossos laboratórios BARRETTO, HALPERN & VILLARES, 2001b). Ao con- é a avaliação do efeito do exercício na obesidade. trário, com o treinamento físico associado à dieta a A obesidade pode ser visualizada como um dos perda do peso se devia somente à perda de massa maiores problemas de saúde pública nos países in- gorda. Outro resultado de destaque foi o fato da dustrializados. No Brasil, lamentavelmente, o nú- dieta associada ao exercício físico levar a uma me- mero de pessoas com sobrepeso ou obesas tem lhora muito mais expressiva na sensibilidade à insu- crescido consideravelmente nos últimos anos. Co- lina do que a dieta isolada (NEGRÃO et al., 2001b). nhecimentos atuais explicam a prevalência da obe- Dando continuidade a esta linha de investiga- sidade como o resultado da interação de fatores ção, passamos a estudar os efeitos da dieta associada genéticos com fatores ambientais (K OPELMAN , ao exercício físico na atividade nervosa simpática 2000). Na tentativa de contribuir para o conheci- muscular, fluxo sangüíneo muscular e pressão arte- mento da obesidade e para o tratamento de pessoas rial, de indivíduos obesos. Nesta seqüência verifica- obesas, nosso grupo tem estudado as alterações mos, que a dieta isolada e a dieta mais o exercício cardiovasculares e seus mecanismos na obesidade provocavam diminuição expressiva na atividade humana, bem como, os efeitos da dieta hipocalórica nervosa simpática muscular e na pressão arterial e do exercício físico regular. (T ROMBETTA , B ATALHA , R ONDON , L ATERZ A , Assim, em relação à obesidade estudos recentes K UNIYOSHI , B ARRETTO , H ALPERN , V ILLARES & do nosso grupo têm mostrado que a obesidade au- NEGRÃO, 2003). Foi curioso, no entanto, verificar menta os níveis de leptina plasmática e provoca re- que apenas a dieta associada ao treinamento físico sistência à insulina (K UNIYOSHI , T ROMBETTA , levava à melhora no fluxo sangüíneo muscular e na BATALHA, RONDON, LATERZA, GOWDAK, BARRETTO, resposta vasodilatadora muscular. Estes resultados HALPERN, VILLARES, LIMA & NEGRÃO, 2003). Além sugerem que a melhora no fluxo sangüíneo perifé- disso, indivíduos obesos têm atividade nervosa sim- rico não é explicada somente pela diminuição da pática muscular aumentada, fluxo sangüíneo mus- atividade nervosa simpática, já que dieta isolada e cular diminuído e conseqüentemente pressão arterial dieta associada ao treinamento, provocaram dimi- aumenta (RIBEIRO, TROMBETTA, BATALHA, RONDON, nuição semelhante na atividade nervosa simpática FORJAZ, BARRETTO, VILLARES & NEGRÃO, 2001). (TROMBETTA et al., 2003). Como explicar este au- Baseados nestes conhecimentos, o nosso grupo mento no fluxo sangüíneo muscular, então? A res- passou a investigar intervenções que possibilitasse a posta mais atualizada para esta indagação é que o reversão deste quadro de alterações metabólica, exercício físico aumenta a biodisponibilidade de neurovascular e hemodinâmico da obesidade. As- óxido nítrico e, com isto, o fluxo sangüíneo muscu- sim, começamos a estudar o impacto da dieta lar, em indivíduos obesos. hipocalórica isolada e associada ao exercício físico Em conjunto, nossos resultados demonstram na obesidade humana. Os resultados desse estudo que a perda de peso corporal leva à diminuição mostraram-se extremamente interessantes, pois ve- dos níveis plasmáticos de leptina e insulina, rificamos que, apesar de a dieta isoladamente pro- diminuição da atividade nervosa simpática e vocar a mesma perda de peso corporal que a dieta queda na pressão arterial. Além disso, eles associada ao treinamento físico num período de sugerem que a dieta hipocalórica associada ao quatro meses, esta perda ocorria em função de mas- treinamento físico deve ser a estratégia de escolha sa gorda e massa magra (NEGRÃO, TROMBETTA, BA- para o tratamento não-farmacológico de TALHA , R IBEIRO , R ONDON , T INUCCI , F ORJAZ , indivíduos obesos. Considerações finais No p r e s e n t e a r t i g o a p re s e n t a m o s o s arterial, demonstramos através de trabalhos principais estudos conduzidos pelo nosso clínicos, o efeito hipotensor do exercício agudo grupo nos últimos 10 anos. Em relação aos principalmente em indivíduos hipertensos. efeitos do exercício físico sobre a pressão Esse efeito hipotensor apresenta relevância 28 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
  • 9. Adaptações agudas e crônicas clínica, sendo que demonstramos que o Em relação ao estudo dos efeitos do exercício na treinamento físico foi eficaz em atenuar a insuficiência cardíaca e obesidade, os estudos clínicos hipertensão arterial em hipertensos do avental do nosso grupo tem contribuído, sobremaneira, para b r a n c o. Em p a r a l e l o , r e a l i z a m o s v á r i o s os conhecimentos sobre o controle neurovascular nessas trabalhos com experimentação animal que doenças. Mais recentemente, abordagens genéticas e foram conduzidos com o intuito de estudar moleculares para o estudo dos efeitos do exercício sobre os mecanismos neurais e hemodinâmicos o sistema cardiovascular tem aberto novas perspectivas envolvidos na atenuação da hipertensão. Nesse para o nosso grupo de pesquisa e sem dúvida sentido, os resultados obtidos contribuíram em enriquecerão os conhecimentos na área de fisiologia muito para essa área do conhecimento. do exercício. Referências BRUM, P.C.; KOSEK, J.; PATTERSON, A.; BERNSTEIN, D.; KOBILKA, B. Abnormal cardiac function associated with sympathetic nervous system hyperactivity in mice. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.283, p.H1838-45, 2002. BRUM, P.C.; SILVA, G.J.J.; MOREIRA, E.D.; IDA, F.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Exercise training increases baroreceptor gain-sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.36, p.1018-22, 2000. EVANGELISTA, F.S.; BRUM, P.C.; KRIEGER, J.E. Duration-controlled swimming exercise training induces cardiac hypertrophy in mice. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, v.36, n.12, p.1751-9, 2003. FORJAZ, C.L.M.; CARDOSO JUNIOR, C.G.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; TINUCCI, T. Post-exercise hypotension and hemodynamics: the role of exercise intensity. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Turin, 2004. No prelo. FORJAZ, C.L.M.; MATSUDAIRA, Y.; RODRIGUÊS, F.B.; NUNES, N.; NEGRÃO, C.E. Post-exercise changes in blood pressure, heart rate and rate pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Brazilian Journal Medicine Biological Research, Ribeirão Preto, v.31, n.10, p.1247-55, 1998a. FORJAZ, C.L.M.; RAMIRES, P.R.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SALOMÃO, H.E.H.; IGNÊS, E.C.; WAJCHENBERG, B.L.; NEGRÃO, C.E.; MION JUNIOR, D. Post-exercise responses of muscle sympathetic nerve activity, and blood flow to hyperinsulinemia in humans. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.87, n.2, p.824-9, 1999. FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; MELO, C.M.; SANTOS, D.A.; TEIXEIRA, L.; NERY, S.S.; TINUCCI, T. Exercício resistido para o paciente hipertenso: indicação ou contra-indicação. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.10, n.2, p.119-24, 2003. FORJAZ, C.L.M.; REZK, C.C.; SANTAELLA, D.F.; MARANHÃO, G.D.F.A.; SOUZA, M.O.; NUNES, N.; NERY, S.; BISQUOLO, V.A.F.; RONDON, M.U.P.B.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Hipotensão pós-exercício: caracte- rísticas, determinantes e mecanismos. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, São Paulo, v.10, p.16-24, 2000a. Suplemento 3. FORJAZ, C.L.M.; SANTAELLA, D.F.; REZENDE, L.O.; BARRETTO, A.C.P.; NEGRÃO, C.E. A duração do exercí- cio determina a magnitude e a duração da hipotensão pós-exercício. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.70, n.2, p.99-104, 1998b. FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T. A medida da pressão arterial no exercício. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.7, n.1, p.79-87, 2000. FORJAZ, C.L.M.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SANTAELLA, D.F.; MION JUNIOR, D.; NEGRÃO, C.E. Factors affecting post-exercise hypotension in normotensive and hypertensive humans. Blood Pressure Monitoring, London, v.5, n.5/6, p.255-62, 2000b. GAVA, N.S.; VÉRAS-SILVA, A.S.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intensity exercise training attenuates cardiac beta-adrenergic tone during exercise in spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.26, p.1129-33, 1995. GIELEN, S.; ADAMS, V.; MOBIUS-WINKLER, S.; LINKE, A.; ERBS, S.; YU, J. Anti-inflamatory effects of exercise training in the skeletal muscle of patients with chronic heart failure. Journal of American College of Cardiology, New York, v.42, p.861-8, 2003. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 29
  • 10. BRUM, P.C. et al. KOPELMAN, P.G. Obesity as a medical problem. Nature, London, v.404, p.635-43, 2000. KRIEGER, E.M. Arterial baroreceptor resetting in hypertension (the J. W. McCubbin memorial lecture). Clinical Experimental Pharmacology and Physiology, Victoria, v.15, p.3-17, 1989. Supplement., KUNIYOSHI, F.H.S.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; GOWDAK, M.G.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; LIMA, E.G.; NEGRÃO, C.E. Abnormal neurovascular control during sympathoexcitation in obesity. Obesity Research, Silver Spring, v.11, p.1411-9, 2003. LEE, I.M.; HSIEH, C.C.; PAFFENBARGER, R.S.J.R. Exercise intensity and longevity in men: the Harvard alumni health study. Journal of American Medical Association, Chicago, v.273, n.15, p.1179-84, 1993. MEDEIROS, A.; OLIVEIRA, E.M.; GIANOLLA, R.; CASARINI, D.E.; NEGRÃO, C.E.; BRUM, P.C. Swimming training increases cardiac vagal effect and induces cardiac hypertrophy in rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, 2004. No prelo. MIDDLEKAUFF, H.R.; NGUYEN, A.H.; NEGRÃO, C.E.; NITZSCHE, E.U.; HOH, C.K.; NATTERSON, B.A. Impact of acute mental stress on muscle sympathetic nerve activity in patients with advanced heart failure. Circulation, New York, v.96. p.1835-42, 1997. MORTARA, A.; LA ROVERE, M.T.; PINNA, G.D.; PRPA, A.; MAESTRI, R.; FEBO, O.; POZZOLI, M.; OPASICH, C.; TAVAZZI, L. Arterial baroreflex modulation of heart rate in chronic heart failure: clinical and hemodynamic correlates and prognostic implications. Circulation, New York, v.96, n.10, p.3450-8, 1997. NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; BRUM, P.C.; DENADAI, M.L.D.R.; KRIEGER, E.M. Vagal and sympathetic controls of the heart rate during exercise in sedentary and trained rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, Ribeirão Preto, v.25, p.1045-52, 1992a. NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; SANTOS, M.C.; FARAH, V.M.; KRIEGER, E.M. Vagal function impairment after exercise training. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.72, n.5, p.1749-53, 1992b. NEGRÃO, C.E.; RONDON, M.U.P TINUCCI, T.; ALVES, M.J.; ROVEDA, F.; BRAGA, A.M.; REIS, S.F.; NASTARI, .B.; L.; BARRETTO, A.C.; KRIEGER, E.M.; MIDDLEKAUFF, H.R. Abnormal neurovascular control during exercise is linked to heart failure severity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.280, p.H1286-92, 2001a. NEGRÃO, C.E.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RIBEIRO, M.M.; RONDON, M.U.R.P.; TINUCCI, T.; FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F. Muscle metaboreflex control is diminished in normotensive obese women. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.281, p.H469-75, 2001b. OSTERZIEL, K.J.; HANLEIN, D.; WILLENBROCK, R.; EICHHORN, C.; LUFT, F.; DIETZ, R. Baroreflex sensitivity and cardiovascular mortality in patients with mild to moderate heart failure. British Heart Journal, London, v.73, n.6, p.517-22, 1995. PACKER, M. Effects of beta-adrenergic blockade on survival of patients with chronic heart failure. American Journal of Cardiology, New York, v.80, p.46-54, 1997. REZK, C.C. Influência da intensidade do exercício resistido sobre as respostas hemodinâmicas pós-exercício e seus mecanismos de regulação. 2004. 64f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo. RIBEIRO, M.M.; TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; FORJAZ, C.L.M.; BARRETTO, A.C.P.; VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Muscle sympathetic nerve activity and hemodynamic alterations in middle-age obese women. Brazilian Journal of Medical Biological Research, Ribeirão Preto, v.34, p.475-478, 2001. RONDON, M.U.P.; ALVES, M.J.N.N.; BRAGA, A.M.F.W.; TEIXEIRA, O.T.U.N.; BARRETTO, A.C.P.; KRIEGER, E.M., NEGRÃO, C.E. Postexercise blood pressure reduction in elderly hypertensive patients. Journal of the American College of Cardiology, New York, v.30, p.676-82, 2002. RONDON, M.U.P.B.; BRUM, P.C. Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.10, p.134-9, 2003. ROVEDA, F.; MIDDLEKAUFF, H.R.; RONDON, M.U.P.; REIS, S.F.; SOUZA, M.; NASTARI, L.; BARRETTO, A.C.P.; KRIEGER, E.M.; NEGRÃO, C.E. The effects of exercise training on sympathetic neural activation in advanced heart failure: A randomized controlled trial. Journal of American College of Cardiology, New York, v.42, p.854-60, 2003. SANTAELLA, D.F. Efeitos do relaxamento e do exercício físico nas respostas pressórica e autonômica pós-intervenção em indivíduos normotensos e hipertensos. 2003. 215f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo. 30 • Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp.
  • 11. Adaptações agudas e crônicas SECCARECCIA, F.; MENOTTI, A. Physical activity, physical fitness and mortality in a sample of middle aged men followed-up 25 years. Journal of Sports Medicine Physical Fitness, Turin, v.32, n.2, p.206-13, 1992 SILVA, G.J.J.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M.. Acute and chronic effects of exercise on baroreflexes in spontaneously hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.30, p.714-9, 1997. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. IV diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. Campos do Jordão: SBH/SBC/ SBN, 2002. p.40. SOUZA, M.O. Efeito do treinamento físico aeróbio nos níveis pressóricos clínicos e de 24 horas de indivíduos hipertensos. 2003. 113f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo. TROMBETTA, I.C.; BATALHA, L.T.; RONDON, M.U.P.B.; LATERZA, M.C.; KUNIYOSHI, F.H.S.; BARRETTO, A.C.P.; HALPERN, A.; VILLARES, S.M.F.; NEGRÃO, C.E. Weight loss improves muscle metaboreflex control in obesity. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.285, p.H974-82, 2003. VAN HOOF, R.; HESPEL, P.; FAGARD, R.; LIJNEN, P.; STAESSEN, J.; AMERY, A. Effect of endurance training on blood pressure at rest, during exercise and during 24 hours in sedentary men. American Journal of Cardiology, New York, v.63, p.945-9,1989. VÉRAS-SILVA, A.S.; MATTOS, K.C.; GAVA, N.S.; BRUM, P.C.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M. Low-intesity exercise training decreases cardiac output and hypertension in spontaneously hypertensive rats. American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.273, n. 42, p.H2627-31, 1997. ENDEREÇO Patricia Chakur Brum Depto. Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano Escola de Educação Física e Esporte /USP Av. Prof. Mello Moraes, 65 05508-900 - São Paulo - SP - BRASIL Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004. N.esp. • 31