O documento descreve os principais planos econômicos do Brasil entre 1939 e 1979, incluindo o I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND) de 1972-1974 e o II PND de 1975-1979. O I PND visava preparar a infraestrutura para o desenvolvimento futuro do país, enquanto o II PND respondeu à crise do petróleo de 1974 e buscou reduzir a dependência energética e dominar o ciclo industrial brasileiro, porém levou a uma explosão da dívida externa.
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
I PND, o plano econômico brasileiro de 1972-1974
1. I PND
O I Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamado I PND (1972 - 1974), foi um plano
econômico brasileiro. Foi instituído durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici
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Durante o período até 1939 são raras as atividades planejadas, com o Estado mantendo-se afastado das
atividades econômicas internas. Em janeiro de 1939, houve a primeira tentativa de planejamento da
Economia, com o Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional. Em dezembro
de 1943 surgiu o Plano de Obras e Equipamentos. Finalmente, em maio de 1950 foi instituído o Plano
SALTE. Outros planos que se seguiram foram:
Plano de Metas (1956-1961)
Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1963-1965)
Programa de Ação Econômica do Governo (1964-1966)
Programa Estratégico de Desenvolvimento (1967-1970)
O I Plano Nacional de Desenvolvimento foi instituído pela Lei 5.727, promulgada em 4 de
novembro de 1971
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. Na mesma época foi instituido o programa Metas e Bases para a Ação de
Governo (1970-1974).
Idealizado pelos ministros João Paulo dos Reis Velloso e Mário Henrique Simonsen, tinha como meta
um crescimento econômico de 8% a 9% ao ano, inflação anual abaixo de 20% e um aumento de US$
100 milhões nas reservas cambiais
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O principal objetivo do PND era preparar a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento do Brasil
nas décadas seguintes, com ênfase em setores como transportes etelecomunicações, além de prever
investimentos em ciência e tecnologia e a expansão das indústrias naval, siderúrgica e petroquímica.
Para isso, articulava empresas estatais, bancos oficiais e outras instituições públicas na elaboração de
políticas setoriais. Assim, segundo economistas como Roberto Campos, o período ficou marcado como o
ponto alto da intervenção do Estado na economia brasileira
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Fizeram parte do plano grandes obras de infra-estrutura, como a usina hidrelétrica de Itaipu, a Ponte Rio-
Niterói e a rodovia Transamazônica.
Nos primeiros anos, as metas propostas por Velloso e Simonsen foram atingidas, com crescimento
médio de 11,2% ao ano (chegando a 13,9% em 1973), e inflação média abaixo de 19%. A crise do
petróleo de 1974, porém, interrompeu o ciclo e forçou uma mudança de rumo na economia, levando o
general Ernesto Geisel, sucessor de Médici, a lançar o II Plano Nacional de Desenvolvimento
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II Plano Nacional de Desenvolvimento
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O II Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamado II PND (1975 -1979), foi um plano
econômico brasileiro, lançado no final de 1974. Foi instituído durante o governo do general Ernesto Geisel e
tinha como finalidade estimular a produção de insumos básicos, bens de capital, alimentos e energia.
O II PND foi uma resposta à crise econômica decorrente do primeiro choque do petróleo, no fim do chamado
"milagre econômico brasileiro", período de 6 anos consecutivos com taxas de crescimento superiores a 10%
ao ano. Os ministros João Paulo dos Reis Velloso, Mário Henrique Simonsen e Severo Gomes foram os
principais arquitetos do plano, extremamente ambicioso, que visava enfrentar os problemas advindos do
2. choque do petróleo e da crise internacional decorrente. Foi o último grande plano econômico do
ciclo desenvolvimentista e provavelmente, o mais amplo programa de intervenção estatal na economia do
país.1
O plano firmou-se politicamente graças ao capital financeiro nacional e às oligarquias tradicionais. Entretanto,
apesar dos investimentos feitos, o II PND não obteve o êxito que pretendia e a dívida externa do Brasil
aumentou consideravelmente no período de vigência do Plano.
O II PND se propôs a realizar um ajuste estrutural na economia brasileira. Enquanto os ajustes conjunturais se
referem a medidas de regulação da economia ou de gestão da política econômica no curto prazo (através da
utilização instrumentos tais como taxa de câmbio, taxa básica de juros, regras
para exportação e importação, tributação, etc.), o ajuste estrutural tem como objetivo reorganizar as bases da
economia.
À época da crise do petróleo, o Brasil era altamente dependente do petróleo, principal componente da sua
matriz energética. O consumo vinha crescendo a taxas altíssimas, sendo que cerca de 80% do petróleo
consumido provinha de importações. Uma das diretrizes propostas pelo PND era a redução da dependência
do petróleo árabe, através do investimento em pesquisa, prospecção, exploração e refinamento de petróleo
dentro do Brasil, e o investimento em fontes alternativas de energia, como oálcool e a energia nuclear. Em
outra frente, o plano buscou dominar todo o ciclo produtivo industrial ao investir pesadamente na produção de
insumos básicos e bens de capital.
O sucesso do II PND dependia de grande volume de recursos e de financiamento de longo prazo. Grande
parte destes financiamentos foi conseguida com os petrodólares. Outra parte veio das linhas públicas de
crédito, oferecidas pelo BNDES (antigo BNDE).
O plano conseguiu êxito parcial, uma vez que, pela primeira vez na história, o Brasil conseguiu dominar todo o
ciclo produtivo industrial. Contudo essa industrialização ocorreu a um preço alto, que fez a dívida externa
explodir, o que acabou resultando na moratória, no final de 1982.2