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Planejamento, Gestão e Avaliação do uso das
                                      mídias na Educação - Unidade 03: Políticas
                                               Públicas, TV e Educação

Tópico 01: Gestão de Projetos de Mídias Educativas no
Âmbito das Políticas Públicas                         Créditos | Referências                    1 2

Gestão de Projetos com Tecnologias Educacionais
 As escolas vêm utilizando, cada vez mais, tecnologias para auxiliar o processo de ensino e
 aprendizagem. Embora possamos definir como tecnologias utilizadas em sala de aula o giz e o
 quadro-negro, as tecnologias educacionais modernas dizem respeito ao uso de retro-projetores,
 computadores, aparelhos de videocassetes, aparelhos de DVD, TV e Internet. O Ministério da
 Educação (MEC) brasileiro está investindo na divulgação, capacitação e aparelhamento de
 professores em diversas escolas brasileiras, para que possam desenvolver projetos que utilizem as
 tecnologias de Informação e Comunicação contemporâneas com seus alunos. Projetos como a TV
 Escola e o Proinfo (São 5.564 municípios beneficiados, compreendendo mais de 13
 milhões de alunos em todo Brasil) conseguiram abranger todos os estados brasileiros,
 possuindo uma estrutura de gerência ramificada que liga o MEC às secretarias estaduais de
 educação, mantendo representantes destes projetos em cada estado para coordenar as ações nas
 localidades contempladas. A fim de permitir uma administração racional e eficiente dos recursos
 tecnológicos, foram criados, no âmbito das escolas e instituições de ensino, projetos educacionais
 que incorporem uma ou mais áreas de conhecimento e que façam uso dos equipamentos e
 tecnologias de comunicação que estejam disponíveis nas escolas. Estes projetos, muitas vezes,
 envolvem mais de um professor, como é o caso dos projetos envolvendo Informática, que
 normalmente envolvem o professor desta área, além daquele que esteja relacionado à outra área,
 como Português ou Matemática.

 Definir os objetivos e metas do projeto onde se vão aplicar as tecnologias, a maneira como ele será
 desenvolvido, e a forma de avaliar seus resultados permitem que as formas de uso dos recursos
 tecnológicos disponíveis na instituição de ensino sejam racionalizadas com a re-aplicação deste
 projeto, procurando sempre melhorá-lo e corrigir eventuais erros. No entanto, para que um projeto
 possa dar certo, não se depende apenas do planejamento. Esta é uma parte importante, porém,
 outros pontos são igualmente necessários: executar, controlar e encerrar um projeto. Todos estes
 elementos juntos definem o processo de gestão de projetos. Gerir um ou mais projetos de forma
 eficiente e eficaz é a maneira mais segura de se obter êxito na implantação de novas idéias dentro
 das escolas. O processo de Execução integra as pessoas e os outros recursos para colocar em
 prática o plano do projeto, o que, no contexto das tecnologias educacionais, diz respeito aos
 educadores, educandos e técnicos envolvidos. Nesta fase do projeto, geralmente ocorre a maior
 parte do esforço/dispêndio do projeto. Na fase de Controle, que ocorre em paralelo ao processo de
 execução, mede e monitora o progresso do projeto para identificar variações em relação ao
 planejado, podendo executar ações corretivas quando necessário. Por fim, o processo de
 Enceramento formaliza a aceitação do projeto, serviço ou resultado. Analisa a evolução do projeto
 para que erros não se repitam no futuro.

 Neste contexto, a inserção de diferentes mídias dentro das instituições educativas para auxiliar no
 processo de ensino aprendizagem, deve refletir em ações e procedimentos novos dentro dos
 projetos educacionais. Leia os artigos sugeridos abaixo e reflita um pouco sobre este impacto das
 mídias nos projetos desenvolvidos no âmbito da escola.

                          Para Ler e Refletir:
                          1) Leia o texto Pedagogia de Projetos e Integração de Mídia,
                          de Maria Elizabeth B. Almeida, presente no endereço
                          http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003
                          /ppm/tetxt5.htm.
                          2) Leia o artigo O relacionamento entre parceiros na gestão
                          de projetos de educação a distância: desafios e perspectivas
                          de uma ação transdisciplinar, de Maria Elizabeth B. Almeida,
                          presente no endereço:
                          http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net
                          /file.php/




                                                                                                       1 de 6
1/Artigos_dos_membros_da_Rede
                         /Trabalhos_apresentados_no_II_Congresso_Mundial/
                         Artigo_Maria_Elizabeth_Biaconcini_de_Almeida.pdf.

Agora que conhecemos um pouco mais sobre a gestão de projetos que envolvam tecnologias
educacionais, vejamos os projetos relacionados com a inserção de mídias no processo de
aprendizagem, desenvolvidos pelo Governo Federal brasileiro.

Projetos de Mídias Educativas apoiados pelo MEC
Foram diversos os esforços do Ministério da Educação brasileiro, bem como do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para introduzir novas Tecnologias de
Informação e Comunicação nas escolas públicas. Desde a criação do projeto Educom (Para saber
mais sobre o Projeto Educom consulte o endereço http://edutec.net/Textos
/Alia/PROINFO/edprhist.htm), em 1984, que fora fundamental para o desenvolvimento da
Informática Educativa, até os dias de hoje, pudemos verificar o crescimento no uso de tecnologia
nas escolas e sua importância para o processo de ensino-aprendizagem. Segue abaixo alguns dos
mais significativos projetos desenvolvidos pelo MEC e que estão introduzindo novas mídias e
tecnologias nas escolas. Mesmo que a mídia não seja nova, como é o caso do Rádio, sua utilização
o é, fazendo com que o processo seja algo diferente do que já foi feito no passado, quando este
recurso foi utilizado para a Educação a Distância. Os textos abaixo listados tem como origem o site
do Ministério da Educação, acessível através do endereço http://www.mec.gov.br.

Mídias
 Mídias na Educação é um programa a distância, com estrutura modular, com
 o objetivo de proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das
 diferentes tecnologias da informação e da comunicação – TV e vídeo,
 informática, rádio e impressos – de forma integrada ao processo de ensino e
 aprendizagem, aos profissionais de educação, contribuindo para a formação
 de um leitor crítico e criativo, capaz de produzir e estimular a produção nas
 diversas mídias.

 O programa possibilita diferentes percursos de aprendizagem e certificação.
 Estão previstos três níveis de certificação constituindo ciclos de estudo: o
 Ciclo Básico, de Extensão com 120 horas de duração; o Intermediário, de Aperfeiçoamento, com
 180 horas: e o Avançado, de Especialização, com 360 horas.

 Em 2005 foi implementada versão piloto, on-line, no ambiente e-ProInfo, para 1.200 potenciais
 multiplicadores e tutores de todos os estados brasileiros. Em 2006, iniciou a versão on line do
 Ciclo Básico, com certificação em extensão, para dez mil profissionais de Educação Básica em todo
 o País.

 O programa está sendo desenvolvido pela SEED/MEC em parceria com secretarias de educação e
 universidades públicas , estas responsáveis pela produção, oferta e certificação dos módulos,
 assim como pela seleção e capacitação de tutores. Com foco na pedagogia da autoria, na
 integração de tecnologias, na democratização e flexibilização do acesso à formação e no trabalho
 colaborativo, o Programa pretende ser uma referência para cursos on line. Mídias na Educação: a
 autoria com estratégia de aprendizagem.

TV Escola
 A TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que
 capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. A
 proposta da TV Escola é proporcionar ao educador acesso ao canal e
 estimular a utilização de seus programas, contribuindo para a melhoria da
 educação construída nas escolas.

 Na implantação do Canal, cada escola pública com mais de 100 alunos
 recebeu um kit, composto por uma antena parabólica para sintonizar o
 canal e um vídeo-cassete. Assim, o educador pode gravar os programas e
 exibi-los em sala de aula ou usá-los para uso próprio, enriquecendo se
 conhecimento e sua prática pedagógica.



                                                                                                      2 de 6
Sua programação exibe, durante 24 horas diárias, séries e documentários estrangeiros,
 produções da própria TV Escola, e é dividida em faixas: Educação Infantil, Ensino Fundamental,
 Ensino Médio, Salto Para o Futuro e Escola Aberta.

 Existe ainda, em horário especial, uma faixa destinada a cursos para a formação continuada de
 educadores, onde são oferecidos cursos de aperfeiçoamento das línguas inglesa, espanhola e
 francesa.
 Hoje a TV Escola atinge 400 mil professores em 21 mil escolas públicas do país (INEP, 2006).

 Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede
 pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do
 ensino.

 Assim, há inúmeras possibilidades de uso autônomo da TV Escola: (1) desenvolvimentos
 profissionais de gestores e docentes (inclusive preparação para vestibular, cursos de progressão
 funcional e concurso público); (2) dinamização das atividades de sala-de-aula; (3) preparação de
 atividades extra-classe, recuperação e aceleração de estudos; (4) utilização de vídeos para
 trabalhos de avaliação do aluno e de grupos de alunos; (5) revitalização da biblioteca; (6)
 aproximação escola-comunidade, especialmente a partir da programação da faixa Escola Aberta.

 A criatividade e autonomia de cada escola encontrarão outros usos importantes para a
 programação da TV Escola.
 A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o País. Seu
 sinal está disponível, também, nas TVs por assinatura Directv (canal 237) e Sky (canal 27).

DVD Escola
 O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria
 de Educação a Distância - SEED, está ampliando o
 alcance da TV Escola.

 Foram adquiridos e serão enviados a 50 mil escolas públicas
 de ensino básico um aparelho de reprodução de DVD e uma
 caixa com 50 mídias DVD, contendo, aproximadamente, 150
 horas de programação produzida pela TV Escola.

 O Projeto DVD Escola integra um conjunto de políticas e
 ações do Ministério da Educação cujo foco é garantir a
 universalização, o elevado padrão de qualidade e a eqüidade da educação básica no Brasil. O
 Projeto sinaliza, também, o compromisso com a atualização tecnológica e democratização da TV
 Escola, uma vez que o acervo e os modernos aparelhos de DVD alcançarão escolas públicas ainda
 não atendidas.
 Além de atender novas escolas, esta ação do governo federal alcançará os 375 Núcleos de
 Tecnologia Educacional - NTEs cadastrados pela SEED que receberão aparelhos de gravação de
 DVD para que possam atuar como pólos de difusão e atualização permanente das novas
 programações da TV Escola.

Proinfo
 O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) é um programa
 educacional criado pela Portaria nº 522, de 9 de abril de 1997, pelo
 Ministério da Educação, para promover o uso pedagógico da informática na
 rede pública de ensino fundamental e médio.

 O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do
 Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de
 Educação Estaduais e Municipais.

 O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe
 uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das
 tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as
 atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia
 Educacional (NTEs).



                                                                                                     3 de 6
Rived
 O RIVED é um programa da Secretaria de Educação a Distância - SEED,
 que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na
 forma de objetos de aprendizagem. Tais conteúdos primam por estimular o
 raciocínio e o pensamento crítico dos estudantes, associando o potencial da
 informática às novas abordagens pedagógicas. A meta que se pretende
 atingir disponibilizando esses conteúdos digitais é melhorar a
 aprendizagem das disciplinas da educação básica e a formação cidadã do
 aluno. Além de promover a produção e publicar na web os conteúdos
 digitais para acesso gratuito, o RIVED realiza capacitações sobre a
 metodologia para produzir e utilizar os objetos de aprendizagem nas
 instituições de ensino superior e na rede pública de ensino.
 Em 1997 houve o acordo Brasil-Estados Unidos sobre o desenvolvimento
 da tecnologia para uso pedagógico. A participação do Brasil teve início em
 1999 por meio da parceria entre Secretaria de Ensino Médio e Tecnológica
 (hoje SEB) e a Secretaria de Educação a Distância (SEED). Brasil, Peru e
 Venezuela participaram do projeto. A equipe do RIVED, na SEED, foi responsável, até 2003, pela
 produção de 120 objetos de Biologia, Química, Física e Matemática para o Ensino Médio. Em 2004
 a SEED transferiu o processo de produção de objetos de aprendizagem para as universidades cuja
 ação recebeu o nome de Fábrica Virtual. Com a expansão do RIVED para as universidades,
 previu-se também a produção de conteúdos nas outras áreas de conhecimento e para o ensino
 fundamental, profissionalizante e para atendimento às necessidades especiais. Com esta nova
 política, o RIVED - Rede Internacional Virtual de Educação passou a se chamar RIVED - Rede
 Interativa Virtual de Educação.

 Um objeto de aprendizagem é qualquer recurso que possa ser reutilizado para dar suporte ao
 aprendizado. Sua principal idéia é "quebrar" o conteúdo educacional disciplinar em pequenos
 trechos que podem ser reutilizados em vários ambientes de aprendizagem. Qualquer material
 eletrônico que provém informações para a construção de conhecimento pode ser considerado um
 objeto de aprendizagem, seja essa informação em forma de uma imagem, uma página HTM, uma
 animação ou simulação.

 Os objetos de aprendizagem produzidos pelo RIVED são atividades multimídia, interativas, na
 forma de animações e simulações. A possibilidade de testar diferentes caminhos, de
 acompanhar a evolução temporal das relações, causa e efeito, de visualizar conceitos de
 diferentes pontos de vista, de comprovar hipóteses, fazem das animações e simulações
 instrumentos poderosos para despertar novas idéias, para relacionar conceitos, para despertar a
 curiosidade e para resolver problemas. Essas atividades interativas oferecem oportunidades de
 exploração de fenômenos científicos e conceitos muitas vezes inviáveis ou inexistentes nas
 escolas por questões econômicas e de segurança, como por exemplo: experiências em laboratório
 com substâncias químicas ou envolvendo conceitos de genética, velocidade, grandeza, medidas,
 força, dentre outras.

UAB




 O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação de professores
 para a Educação Básica. Para atingir este objetivo central a UAB realiza ampla articulação entre
 instituições públicas de ensino superior, estados e municípios brasileiros, para promover, através
 da metodologia da educação a distância, acesso ao ensino superior para camadas da população
 que estão excluídas do processo educacional.

 O Sistema Universidade Aberta do Brasil foi criado pelo Ministério da Educação em 2005 no
 âmbito do Fórum das Estatais pela Educação com foco nas Políticas e a Gestão da Educação
 Superior sob 5 eixos fundamentais:
      Expansão pública da educação superior, considerando os processos de democratização e



                                                                                                      4 de 6
acesso;
     Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior, possibilitando
     sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos estados e municípios;
     A avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de flexibilização e
     regulação em implementação pelo MEC;
     As contribuições para a investigação em educação superior a distância no país.
     O financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos humanos
     em educação superior a distância.
 Tendo como base o aprimoramento da educação a distância, o Sistema UAB visa expandir e
 interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Para isso, o sistema tem como
 base, fortes parcerias entre as esferas federais, estaduais e municipais do governo.

Rádio Escola
 O Programa Rádio Escola desenvolve ações que utilizam a linguagem
 radiofônica para o aprimoramento pedagógico de comunidades escolares, o
 desenvolvimento de protagonismos cidadãos e o treinamento de grupos
 profissionais. Entende-se que o salto tecnológico que tem causado
 profundas modificações culturais pode efetivamente trazer melhorias
 sociais, sobretudo quando se ampliarem as oportunidades de apreensão do
 saber através das variadas mídias existentes.
Os projetos vistos acima podem ser encontrados em todo o Brasil, e abrangendo, cada vez mais, as
escolas públicas de nosso país. Contudo, implantar e desenvolver estes projetos no âmbito de
nossas instituições de ensino exige a formação de gestores que possam administrá-los e os
executar. A capacitação destes gestores é o assunto abordado na próxima etapa deste tópico.

Formação de Gestores de Tecnologias nas Escolas
Atualmente, a noção de gestão no âmbito das organizações engloba os processos sociais que nelas
se desenvolvem e as complexas relações que se estabelecem em seu interior e exterior. Gestão
organizacional passou a ser um conceito abrangente e dinâmico, que extrapola a concepção de
organização administrada como máquina e se aproxima dos paradigmas associados à sociedade da
informação e às mudanças de suas práticas com o intenso uso das tecnologias de informação e
comunicação, o que gera uma outra dimensão da gestão, que trata da gestão de informações e
conhecimentos (Vieira, Almeida e Alonso, 2003).
À semelhança dos organismos vivos, as organizações educacionais englobam distintas dimensões
do sistema educativo, destacando-se as dimensões cognitivas, sociais, políticas, pedagógicas,
técnico-administrativas e as redes de conexões que articulam os distintos elementos que
interferem em sua vida e funcionamento (Alonso e Almeida, 2003).
A visão de gestão no contexto escolar representa a orientação e a liderança da rede de relações
complexas que se estabelecem em seus espaços, caracterizada pela diversidade, pluralidade de
interesses e movimentos dinâmicos de interação e mudanças que emergem no conflito de
interesses e dinamizam a dialética das relações (Alonso e Almeida, 2003).
Nessa perspectiva, a concepção de gestão educacional assume um significado abrangente,
democrático e transformador, que supera e relativiza o conceito de administração escolar, embora
não o despreze, porque ele constitui uma das dimensões da gestão escolar voltada à compreensão
da escola como espaço de conflitos de relações interpessoais; de negociação entre interesses
coletivos e projetos pessoais para a construção do projeto político-pedagógico da escola; de
democratização dos processos e produtos; de emergência e alternância de lideranças; de
socialização de tecnologias e sua utilização na produção de saberes, no acompanhamento de suas
atividades; na identificação e articulação entre competências, habilidades e talentos das pessoas
que atuam na escola, com vistas à resolução de suas problemáticas (Almeida e Prado, 2003).

A gestão de tecnologias na escola implica compreender e articular duas concepções essenciais a
esse processo: gestão e tecnologias, cuja conexão se viabiliza nas práticas escolares com o uso de
tecnologias. (Alonso e Almeida, 2003).
Compreender as potencialidades inerentes à cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e
aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um
processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz



                                                                                                     5 de 6
subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação (Almeida, Sem Ano).

Para que seja possível usufruir as contribuições das tecnologias na escola, é importante considerar
suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar, ordenar, o que se
aproxima das características da concepção de gestão. Tratar de tecnologias na escola engloba
processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações
dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção
(Almeida, Sem Ano).

Atualmente, muitos autores colocam o foco de seus estudos na gestão escolar. Lück (2001)
acentua a importância da tomada de consciência dos gestores para a sua atuação nas mudanças,
uma vez que a realidade pode ser mudada a qualquer momento, quando as pessoas se
compreendem como produtoras de sua realidade por meio de seu trabalho – práxis. Ela reafirma “a
importância de se dirigir a instituição não impositivamente, mas, sim, a partir dela mesma, em sua
relação integrada com a comunidade a que deve servir. Isso porque o homem, para conhecer as
coisas em si, deve primeiro transformá-las em coisas para si”. Lück traz importantes contribuições
para se compreender a gestão escolar transformadora e democrática. Embora ele não leve em
conta as contribuições das tecnologias para sua concretização, não direcionando seu olhar para a
gestão de tecnologias, os aspectos que enfatiza ajudam a entender a apropriação e gestão das TIC
no contexto escolar.

                        Referências
                        ALONSO, M.; ALMEIDA, M. E. B. Formação de Gestores para
                        uma escola em transformação: a contribuição das TICs. III
                        Congresso Luso Brasileiro de Administração da Educação,
                        Recife, Pernambuco, 2003.
                        ALMEIDA, M. E. B.; PRADO, M. E. B. B. Criando situações de
                        aprendizagem colaborativa. In: Valente, J. A., Almeida, M. E. B.
                        e Prado M. E. B. (org.). Internet e formação de educadores a
                        distância. São Paulo: Avercamp, 2003.
                        ALMEIDA, M. E. B. Gestão de Tecnologias na Escola:
                        Possibilidades de uma prática democrática. Artigo publicado no
                        web       site    da    TVE      Brasil.    Disponível      em:
                        http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005
                        /itlr/tetxt2.htm. Acessado em: 20 de Agosto de 2008
                        LÜCK H. (2001). Administração: Gestão não é substituto da
                        administração.        http://www.educareaprender.com.br
                        /gestao.asp?RegSel=40&Pagina=1#materia              CONSULTA
                        REALIZADA EM ABRIL, 2005.
                        VIEIRA, A. T.; ALMEIDA, M. E. B.; ALONSO, M. (2003).
                        Formação de Educadores: Gestão Educacional e Tecnologia.
                        São Paulo: Avercamp, 2003.


                        Para Ler e Refletir
                        Leia o artigo Gestão de Tecnologias na Escola: Possibilidades de
                        uma prática democrática, de Maria Elizabeth B. Almeida,
                        presente no endereço http://www.tvebrasil.com.br/SALTO
                        /boletins2005/itlr/tetxt2.htm.

                                                    Topo
                           Tópico 01: Gestão de Projetos com Tecnologias Educacionais




                                                                                                      6 de 6

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Gestão de projetos de mídias educativas e políticas públicas

  • 1. Planejamento, Gestão e Avaliação do uso das mídias na Educação - Unidade 03: Políticas Públicas, TV e Educação Tópico 01: Gestão de Projetos de Mídias Educativas no Âmbito das Políticas Públicas Créditos | Referências 1 2 Gestão de Projetos com Tecnologias Educacionais As escolas vêm utilizando, cada vez mais, tecnologias para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem. Embora possamos definir como tecnologias utilizadas em sala de aula o giz e o quadro-negro, as tecnologias educacionais modernas dizem respeito ao uso de retro-projetores, computadores, aparelhos de videocassetes, aparelhos de DVD, TV e Internet. O Ministério da Educação (MEC) brasileiro está investindo na divulgação, capacitação e aparelhamento de professores em diversas escolas brasileiras, para que possam desenvolver projetos que utilizem as tecnologias de Informação e Comunicação contemporâneas com seus alunos. Projetos como a TV Escola e o Proinfo (São 5.564 municípios beneficiados, compreendendo mais de 13 milhões de alunos em todo Brasil) conseguiram abranger todos os estados brasileiros, possuindo uma estrutura de gerência ramificada que liga o MEC às secretarias estaduais de educação, mantendo representantes destes projetos em cada estado para coordenar as ações nas localidades contempladas. A fim de permitir uma administração racional e eficiente dos recursos tecnológicos, foram criados, no âmbito das escolas e instituições de ensino, projetos educacionais que incorporem uma ou mais áreas de conhecimento e que façam uso dos equipamentos e tecnologias de comunicação que estejam disponíveis nas escolas. Estes projetos, muitas vezes, envolvem mais de um professor, como é o caso dos projetos envolvendo Informática, que normalmente envolvem o professor desta área, além daquele que esteja relacionado à outra área, como Português ou Matemática. Definir os objetivos e metas do projeto onde se vão aplicar as tecnologias, a maneira como ele será desenvolvido, e a forma de avaliar seus resultados permitem que as formas de uso dos recursos tecnológicos disponíveis na instituição de ensino sejam racionalizadas com a re-aplicação deste projeto, procurando sempre melhorá-lo e corrigir eventuais erros. No entanto, para que um projeto possa dar certo, não se depende apenas do planejamento. Esta é uma parte importante, porém, outros pontos são igualmente necessários: executar, controlar e encerrar um projeto. Todos estes elementos juntos definem o processo de gestão de projetos. Gerir um ou mais projetos de forma eficiente e eficaz é a maneira mais segura de se obter êxito na implantação de novas idéias dentro das escolas. O processo de Execução integra as pessoas e os outros recursos para colocar em prática o plano do projeto, o que, no contexto das tecnologias educacionais, diz respeito aos educadores, educandos e técnicos envolvidos. Nesta fase do projeto, geralmente ocorre a maior parte do esforço/dispêndio do projeto. Na fase de Controle, que ocorre em paralelo ao processo de execução, mede e monitora o progresso do projeto para identificar variações em relação ao planejado, podendo executar ações corretivas quando necessário. Por fim, o processo de Enceramento formaliza a aceitação do projeto, serviço ou resultado. Analisa a evolução do projeto para que erros não se repitam no futuro. Neste contexto, a inserção de diferentes mídias dentro das instituições educativas para auxiliar no processo de ensino aprendizagem, deve refletir em ações e procedimentos novos dentro dos projetos educacionais. Leia os artigos sugeridos abaixo e reflita um pouco sobre este impacto das mídias nos projetos desenvolvidos no âmbito da escola. Para Ler e Refletir: 1) Leia o texto Pedagogia de Projetos e Integração de Mídia, de Maria Elizabeth B. Almeida, presente no endereço http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003 /ppm/tetxt5.htm. 2) Leia o artigo O relacionamento entre parceiros na gestão de projetos de educação a distância: desafios e perspectivas de uma ação transdisciplinar, de Maria Elizabeth B. Almeida, presente no endereço: http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net /file.php/ 1 de 6
  • 2. 1/Artigos_dos_membros_da_Rede /Trabalhos_apresentados_no_II_Congresso_Mundial/ Artigo_Maria_Elizabeth_Biaconcini_de_Almeida.pdf. Agora que conhecemos um pouco mais sobre a gestão de projetos que envolvam tecnologias educacionais, vejamos os projetos relacionados com a inserção de mídias no processo de aprendizagem, desenvolvidos pelo Governo Federal brasileiro. Projetos de Mídias Educativas apoiados pelo MEC Foram diversos os esforços do Ministério da Educação brasileiro, bem como do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para introduzir novas Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas públicas. Desde a criação do projeto Educom (Para saber mais sobre o Projeto Educom consulte o endereço http://edutec.net/Textos /Alia/PROINFO/edprhist.htm), em 1984, que fora fundamental para o desenvolvimento da Informática Educativa, até os dias de hoje, pudemos verificar o crescimento no uso de tecnologia nas escolas e sua importância para o processo de ensino-aprendizagem. Segue abaixo alguns dos mais significativos projetos desenvolvidos pelo MEC e que estão introduzindo novas mídias e tecnologias nas escolas. Mesmo que a mídia não seja nova, como é o caso do Rádio, sua utilização o é, fazendo com que o processo seja algo diferente do que já foi feito no passado, quando este recurso foi utilizado para a Educação a Distância. Os textos abaixo listados tem como origem o site do Ministério da Educação, acessível através do endereço http://www.mec.gov.br. Mídias Mídias na Educação é um programa a distância, com estrutura modular, com o objetivo de proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação – TV e vídeo, informática, rádio e impressos – de forma integrada ao processo de ensino e aprendizagem, aos profissionais de educação, contribuindo para a formação de um leitor crítico e criativo, capaz de produzir e estimular a produção nas diversas mídias. O programa possibilita diferentes percursos de aprendizagem e certificação. Estão previstos três níveis de certificação constituindo ciclos de estudo: o Ciclo Básico, de Extensão com 120 horas de duração; o Intermediário, de Aperfeiçoamento, com 180 horas: e o Avançado, de Especialização, com 360 horas. Em 2005 foi implementada versão piloto, on-line, no ambiente e-ProInfo, para 1.200 potenciais multiplicadores e tutores de todos os estados brasileiros. Em 2006, iniciou a versão on line do Ciclo Básico, com certificação em extensão, para dez mil profissionais de Educação Básica em todo o País. O programa está sendo desenvolvido pela SEED/MEC em parceria com secretarias de educação e universidades públicas , estas responsáveis pela produção, oferta e certificação dos módulos, assim como pela seleção e capacitação de tutores. Com foco na pedagogia da autoria, na integração de tecnologias, na democratização e flexibilização do acesso à formação e no trabalho colaborativo, o Programa pretende ser uma referência para cursos on line. Mídias na Educação: a autoria com estratégia de aprendizagem. TV Escola A TV Escola é um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores da rede pública desde 1996. A proposta da TV Escola é proporcionar ao educador acesso ao canal e estimular a utilização de seus programas, contribuindo para a melhoria da educação construída nas escolas. Na implantação do Canal, cada escola pública com mais de 100 alunos recebeu um kit, composto por uma antena parabólica para sintonizar o canal e um vídeo-cassete. Assim, o educador pode gravar os programas e exibi-los em sala de aula ou usá-los para uso próprio, enriquecendo se conhecimento e sua prática pedagógica. 2 de 6
  • 3. Sua programação exibe, durante 24 horas diárias, séries e documentários estrangeiros, produções da própria TV Escola, e é dividida em faixas: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Salto Para o Futuro e Escola Aberta. Existe ainda, em horário especial, uma faixa destinada a cursos para a formação continuada de educadores, onde são oferecidos cursos de aperfeiçoamento das línguas inglesa, espanhola e francesa. Hoje a TV Escola atinge 400 mil professores em 21 mil escolas públicas do país (INEP, 2006). Os principais objetivos da TV Escola são o aperfeiçoamento e valorização dos professores da rede pública, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem e a melhoria da qualidade do ensino. Assim, há inúmeras possibilidades de uso autônomo da TV Escola: (1) desenvolvimentos profissionais de gestores e docentes (inclusive preparação para vestibular, cursos de progressão funcional e concurso público); (2) dinamização das atividades de sala-de-aula; (3) preparação de atividades extra-classe, recuperação e aceleração de estudos; (4) utilização de vídeos para trabalhos de avaliação do aluno e de grupos de alunos; (5) revitalização da biblioteca; (6) aproximação escola-comunidade, especialmente a partir da programação da faixa Escola Aberta. A criatividade e autonomia de cada escola encontrarão outros usos importantes para a programação da TV Escola. A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o País. Seu sinal está disponível, também, nas TVs por assinatura Directv (canal 237) e Sky (canal 27). DVD Escola O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação a Distância - SEED, está ampliando o alcance da TV Escola. Foram adquiridos e serão enviados a 50 mil escolas públicas de ensino básico um aparelho de reprodução de DVD e uma caixa com 50 mídias DVD, contendo, aproximadamente, 150 horas de programação produzida pela TV Escola. O Projeto DVD Escola integra um conjunto de políticas e ações do Ministério da Educação cujo foco é garantir a universalização, o elevado padrão de qualidade e a eqüidade da educação básica no Brasil. O Projeto sinaliza, também, o compromisso com a atualização tecnológica e democratização da TV Escola, uma vez que o acervo e os modernos aparelhos de DVD alcançarão escolas públicas ainda não atendidas. Além de atender novas escolas, esta ação do governo federal alcançará os 375 Núcleos de Tecnologia Educacional - NTEs cadastrados pela SEED que receberão aparelhos de gravação de DVD para que possam atuar como pólos de difusão e atualização permanente das novas programações da TV Escola. Proinfo O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) é um programa educacional criado pela Portaria nº 522, de 9 de abril de 1997, pelo Ministério da Educação, para promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio. O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs). 3 de 6
  • 4. Rived O RIVED é um programa da Secretaria de Educação a Distância - SEED, que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de objetos de aprendizagem. Tais conteúdos primam por estimular o raciocínio e o pensamento crítico dos estudantes, associando o potencial da informática às novas abordagens pedagógicas. A meta que se pretende atingir disponibilizando esses conteúdos digitais é melhorar a aprendizagem das disciplinas da educação básica e a formação cidadã do aluno. Além de promover a produção e publicar na web os conteúdos digitais para acesso gratuito, o RIVED realiza capacitações sobre a metodologia para produzir e utilizar os objetos de aprendizagem nas instituições de ensino superior e na rede pública de ensino. Em 1997 houve o acordo Brasil-Estados Unidos sobre o desenvolvimento da tecnologia para uso pedagógico. A participação do Brasil teve início em 1999 por meio da parceria entre Secretaria de Ensino Médio e Tecnológica (hoje SEB) e a Secretaria de Educação a Distância (SEED). Brasil, Peru e Venezuela participaram do projeto. A equipe do RIVED, na SEED, foi responsável, até 2003, pela produção de 120 objetos de Biologia, Química, Física e Matemática para o Ensino Médio. Em 2004 a SEED transferiu o processo de produção de objetos de aprendizagem para as universidades cuja ação recebeu o nome de Fábrica Virtual. Com a expansão do RIVED para as universidades, previu-se também a produção de conteúdos nas outras áreas de conhecimento e para o ensino fundamental, profissionalizante e para atendimento às necessidades especiais. Com esta nova política, o RIVED - Rede Internacional Virtual de Educação passou a se chamar RIVED - Rede Interativa Virtual de Educação. Um objeto de aprendizagem é qualquer recurso que possa ser reutilizado para dar suporte ao aprendizado. Sua principal idéia é "quebrar" o conteúdo educacional disciplinar em pequenos trechos que podem ser reutilizados em vários ambientes de aprendizagem. Qualquer material eletrônico que provém informações para a construção de conhecimento pode ser considerado um objeto de aprendizagem, seja essa informação em forma de uma imagem, uma página HTM, uma animação ou simulação. Os objetos de aprendizagem produzidos pelo RIVED são atividades multimídia, interativas, na forma de animações e simulações. A possibilidade de testar diferentes caminhos, de acompanhar a evolução temporal das relações, causa e efeito, de visualizar conceitos de diferentes pontos de vista, de comprovar hipóteses, fazem das animações e simulações instrumentos poderosos para despertar novas idéias, para relacionar conceitos, para despertar a curiosidade e para resolver problemas. Essas atividades interativas oferecem oportunidades de exploração de fenômenos científicos e conceitos muitas vezes inviáveis ou inexistentes nas escolas por questões econômicas e de segurança, como por exemplo: experiências em laboratório com substâncias químicas ou envolvendo conceitos de genética, velocidade, grandeza, medidas, força, dentre outras. UAB O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação de professores para a Educação Básica. Para atingir este objetivo central a UAB realiza ampla articulação entre instituições públicas de ensino superior, estados e municípios brasileiros, para promover, através da metodologia da educação a distância, acesso ao ensino superior para camadas da população que estão excluídas do processo educacional. O Sistema Universidade Aberta do Brasil foi criado pelo Ministério da Educação em 2005 no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação com foco nas Políticas e a Gestão da Educação Superior sob 5 eixos fundamentais: Expansão pública da educação superior, considerando os processos de democratização e 4 de 6
  • 5. acesso; Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos estados e municípios; A avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de flexibilização e regulação em implementação pelo MEC; As contribuições para a investigação em educação superior a distância no país. O financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos humanos em educação superior a distância. Tendo como base o aprimoramento da educação a distância, o Sistema UAB visa expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Para isso, o sistema tem como base, fortes parcerias entre as esferas federais, estaduais e municipais do governo. Rádio Escola O Programa Rádio Escola desenvolve ações que utilizam a linguagem radiofônica para o aprimoramento pedagógico de comunidades escolares, o desenvolvimento de protagonismos cidadãos e o treinamento de grupos profissionais. Entende-se que o salto tecnológico que tem causado profundas modificações culturais pode efetivamente trazer melhorias sociais, sobretudo quando se ampliarem as oportunidades de apreensão do saber através das variadas mídias existentes. Os projetos vistos acima podem ser encontrados em todo o Brasil, e abrangendo, cada vez mais, as escolas públicas de nosso país. Contudo, implantar e desenvolver estes projetos no âmbito de nossas instituições de ensino exige a formação de gestores que possam administrá-los e os executar. A capacitação destes gestores é o assunto abordado na próxima etapa deste tópico. Formação de Gestores de Tecnologias nas Escolas Atualmente, a noção de gestão no âmbito das organizações engloba os processos sociais que nelas se desenvolvem e as complexas relações que se estabelecem em seu interior e exterior. Gestão organizacional passou a ser um conceito abrangente e dinâmico, que extrapola a concepção de organização administrada como máquina e se aproxima dos paradigmas associados à sociedade da informação e às mudanças de suas práticas com o intenso uso das tecnologias de informação e comunicação, o que gera uma outra dimensão da gestão, que trata da gestão de informações e conhecimentos (Vieira, Almeida e Alonso, 2003). À semelhança dos organismos vivos, as organizações educacionais englobam distintas dimensões do sistema educativo, destacando-se as dimensões cognitivas, sociais, políticas, pedagógicas, técnico-administrativas e as redes de conexões que articulam os distintos elementos que interferem em sua vida e funcionamento (Alonso e Almeida, 2003). A visão de gestão no contexto escolar representa a orientação e a liderança da rede de relações complexas que se estabelecem em seus espaços, caracterizada pela diversidade, pluralidade de interesses e movimentos dinâmicos de interação e mudanças que emergem no conflito de interesses e dinamizam a dialética das relações (Alonso e Almeida, 2003). Nessa perspectiva, a concepção de gestão educacional assume um significado abrangente, democrático e transformador, que supera e relativiza o conceito de administração escolar, embora não o despreze, porque ele constitui uma das dimensões da gestão escolar voltada à compreensão da escola como espaço de conflitos de relações interpessoais; de negociação entre interesses coletivos e projetos pessoais para a construção do projeto político-pedagógico da escola; de democratização dos processos e produtos; de emergência e alternância de lideranças; de socialização de tecnologias e sua utilização na produção de saberes, no acompanhamento de suas atividades; na identificação e articulação entre competências, habilidades e talentos das pessoas que atuam na escola, com vistas à resolução de suas problemáticas (Almeida e Prado, 2003). A gestão de tecnologias na escola implica compreender e articular duas concepções essenciais a esse processo: gestão e tecnologias, cuja conexão se viabiliza nas práticas escolares com o uso de tecnologias. (Alonso e Almeida, 2003). Compreender as potencialidades inerentes à cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz 5 de 6
  • 6. subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação (Almeida, Sem Ano). Para que seja possível usufruir as contribuições das tecnologias na escola, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar, ordenar, o que se aproxima das características da concepção de gestão. Tratar de tecnologias na escola engloba processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção (Almeida, Sem Ano). Atualmente, muitos autores colocam o foco de seus estudos na gestão escolar. Lück (2001) acentua a importância da tomada de consciência dos gestores para a sua atuação nas mudanças, uma vez que a realidade pode ser mudada a qualquer momento, quando as pessoas se compreendem como produtoras de sua realidade por meio de seu trabalho – práxis. Ela reafirma “a importância de se dirigir a instituição não impositivamente, mas, sim, a partir dela mesma, em sua relação integrada com a comunidade a que deve servir. Isso porque o homem, para conhecer as coisas em si, deve primeiro transformá-las em coisas para si”. Lück traz importantes contribuições para se compreender a gestão escolar transformadora e democrática. Embora ele não leve em conta as contribuições das tecnologias para sua concretização, não direcionando seu olhar para a gestão de tecnologias, os aspectos que enfatiza ajudam a entender a apropriação e gestão das TIC no contexto escolar. Referências ALONSO, M.; ALMEIDA, M. E. B. Formação de Gestores para uma escola em transformação: a contribuição das TICs. III Congresso Luso Brasileiro de Administração da Educação, Recife, Pernambuco, 2003. ALMEIDA, M. E. B.; PRADO, M. E. B. B. Criando situações de aprendizagem colaborativa. In: Valente, J. A., Almeida, M. E. B. e Prado M. E. B. (org.). Internet e formação de educadores a distância. São Paulo: Avercamp, 2003. ALMEIDA, M. E. B. Gestão de Tecnologias na Escola: Possibilidades de uma prática democrática. Artigo publicado no web site da TVE Brasil. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005 /itlr/tetxt2.htm. Acessado em: 20 de Agosto de 2008 LÜCK H. (2001). Administração: Gestão não é substituto da administração. http://www.educareaprender.com.br /gestao.asp?RegSel=40&Pagina=1#materia CONSULTA REALIZADA EM ABRIL, 2005. VIEIRA, A. T.; ALMEIDA, M. E. B.; ALONSO, M. (2003). Formação de Educadores: Gestão Educacional e Tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003. Para Ler e Refletir Leia o artigo Gestão de Tecnologias na Escola: Possibilidades de uma prática democrática, de Maria Elizabeth B. Almeida, presente no endereço http://www.tvebrasil.com.br/SALTO /boletins2005/itlr/tetxt2.htm. Topo Tópico 01: Gestão de Projetos com Tecnologias Educacionais 6 de 6