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MINERAIS
O que são minerais?
2
DEFINIÇÕES
MINERAIS – Mineral é um corpo natural sólido e
cristalino formado em resultado da interação
de processos físico-químicos em ambientes
geológicos.
Os minerais ocorrem geralmente na forma
cristalizada. Todos os materiais cristalizados possuem
arranjo tridimensional ordenado e regular dos átomos
ou íons constituintes, formando retículos atômicos e
iônicos (veja figura no próximo slide). Conforme o
arranjo ordenado, cada cristal apresenta planos de
cristalização específicos.
Sistemas de cristalização
Ilustração esquemática de estrutura cristalina de diamante (A, B, C) e grafita (D, E, F).
4
DEFINIÇÕES
Quanto ao termo “cristalizado”, refere-se ao arranjo interno
tridimensional para os minerais. Os átomos constituintes de um
mineral encontram-se distribuídos ordenadamente, formando uma
rede tridimensional, denominada de retículo cristalino.
A unidade que se repete é
denominada de cela unitária,
que serve de base para a
construção do retículo
cristalino.
Madureira et al.(2000)
ORIGEM
Os minerais podem ser classificados de acordo com sua origem, sendo:
Minerais magmáticos são aqueles que
resultam da cristalização do magma e
constituem as rochas ígneas ou
magmáticas.
Os magmas podem ser considerados
soluções químicas em temperaturas muito
elevadas, que originam fases cristalinas
de acordo com as leis das soluções, sendo
extremamente rara a cristalização de um
magma gerar apenas uma fase cristalina;
o normal é a presença de vários minerais
com composições e propriedades
diferentes.
Diamante
ORIGEM
De um modo geral, a formação dos minerais nos magmas
com o resfriamento e mudanças no ambiente de pressão
litostática ou de fluídos, entre outros fatores, é controlada
especialmente pela concentração dos elementos e
solubilidade dos constituintes na solução magmática.
Quanto mais rápido for o processo de cristalização,
menores serão as fases cristalinas e maior o volume de
material não cristalino (obsidianas ou vidros vulcânicos),
podendo chegar a resultar apenas vidro; por outro lado
quanto mais lenta a cristalização maiores serão os
constituintes, gerando os pegmatitos.
ORIGEM
Minerais metamórficos originam- se
principalmente pela ação da
temperatura, pressão litostática e
pressão das fases voláteis sobre
rochas magmáticas, sedimentares e
também sobre outras rochas
metamórficas.
Granada
ORIGEM
Minerais sublimados são
aqueles formados
diretamente da cristalização
de um vapor, como também
da interação entre vapores e
destes com as rochas dos
condutos por onde passam.
Enxofre
Minerais Pneumatolíticos
são formados pela reação dos
constituintes voláteis
oriundos da cristalização
magmática, desgaseificação
do interior terrestre ou de
reações metamórficas sobre
as rochas adjacentes.
ORIGEM
Turmalina
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Elementos Nativos
Ouro (Au)
Sulfetos
Galena (PbS)
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Óxidos
Hematita (Fe2O3)
Halóides
Fluorita (CaF2)
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Nitratos
Salitre (KNO3)
Boratos
Bórax
Na2B4O5(OH)4.8(H2O)
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Carbonatos
Malaquita (CuCO3)
Sulfatos
Barita (BaSO4)
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Volframatos e Molibdatos
Scheelita (CaWO4)
Fosfatos
Apatita
(Ca5(PO4)3(F,OH,Cl))
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Silicatos
Quartzo (SiO2)
Feldspato –
Microclínio(KAlSi3O8)
PROPRIEDADES
Para a identificação dos minerais através de suas
propriedades físicas e morfológicas, que são decorrentes
de suas composições químicas e de suas estruturas
cristalinas, utilizamos características como: hábito,
transparência, brilho, cor, traço, dureza, fratura,
clivagem, densidade relativa, geminação e propriedades
elétricas e magnéticas.
IDENTIFICAÇÃO
Hábito – Forma geométrica externa, habitual, exibida
pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura
cristalina.
Limonita – hábito cúbico Quartzo – hábitoprismático
• Equidimensional: as formas assumidas pelos
cristais tendem a apresentar dimensões iguais nas
3 direções espaciais. Incluem-se aqui as formas
cúbicas, piramidais, romboédricas, octaédricas,
etc..;
• Prismático: uma das dimensões predomina sobre
as outras duas, resultando formas alongadas;
• Acicular: o predomínio exagerado de uma das
dimensões confere a forma agulha (prisma muito
alongado) aos cristais
• Tabular: duas das dimensões predominam sobre
uma terceira, configurando formas achatadas;
• Placóides: o mineral se apresenta em folhas ou
placas. Distingue-se em hábito cristalino (cada
indivíduo cristalino se apresenta) e hábito dos
agregados cristalinos (formado por muitos
indivíduos da mesma espécie, e nos quais,
frequentemente, não se consegue a observaçãode
cada indivíduo isoladamente);
• Compacto (maciço): massas homogêneas nas
quais não se conseguem observar os indivíduos;
IDENTIFICAÇÃO
Transparência – Os minerais que não absorvem ou absorvem pouco
a luz são ditos transparentes. Os que absorvem a luz
consideravelmente são translúcidos e dificultam que imagens sejam
reconhecidas através deles. Obviamente, estas características
dependem da espessura do mineral: a maioria dos minerais
translúcidos torna-se transparente quando em lâminas muito finas.
Existem, contudo, os elementos nativos metálicos, óxidos e sulfetos
que absorvem totalmente a luz, independentemente da espessura. São
os minerais opacos.
Quartzo -Transparente Obsidiana-Translucida
Granada-Opaca
IDENTIFICAÇÃO
Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfície de um
mineral. Os minerais que refletem mais de 75% da luz exibem brilho
metálico.
• Metálico: aparênciabrilhante demetal;
• Submetálico: um brilho metálico mais oumenosintenso;
• Não metálico: vítreo, sedoso, gorduroso,resinoso,etc...
IDENTIFICAÇÃO
Galena com brilhometálico Topázio com brilhovítreo
IDENTIFICAÇÃO
Cor – A cor exibida por um mineral é o resultado da
absorção seletiva da luz. O fato de o mineral absorver
mais um determinado comprimento de onda do que os
outros faz com que os comprimentos de onda restantes se
componham numa cor diferente da luz branca que
chegou ao mineral. Os principais fatores que colaboram
para a absorção seletiva são a presença de elementos
químicos de transição como Fe, Cu, Ni, V e Cr
.
• Idiocromáticos: apresentamcorprópria,constante, inerenteà
composição química;
• Alocromáticos: quando puros são incolores eassumem diversas
cores em função da presença de impurezas, variações na
composição químicaou imperfeiçõesno retículocristalino.
IDENTIFICAÇÃO
Vanadinita
Pb5(VO4)3Cl
Azurita
Cu3(CO3)2(OH)2
Granada -
Fe3Al2(Si3O12)
IDENTIFICAÇÃO
Traço – Trata-se da cor do pó do mineral, sendo obtida riscando
o mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de
cor branca.
IDENTIFICAÇÃO
Dureza – É a resistência que o
mineral apresenta ao ser riscado.
Para a classificação utiliza-se a
escala de Mohs, que utilizacomo
parâmetros a dureza de minerais
comuns, variando de 1 até 10.
IDENTIFICAÇÃO
Clivagem e Fratura – Quando
minerais são submetidos a
uma força externa destrutiva,
como um forte impacto por um
martelo, estes se rompem.
Existem várias maneiras de
rompeimento físico, ou seja
desintegração mecânica, no
qual, clivagem, partição e
fraturas são típicos.
IDENTIFICAÇÃO
Densidade relativa –Adensidade depende da dureza das partículas (átomosou
iões) que constituem o mineral e do tipo de arranjo dessaspartículas.
Um dos métodos possíveis para avaliar a densidade consiste em determinar:
• O peso do mineral no ar – P;
• O peso do mineral mergulhado na água – P’.
Adiferença P - P’dá o valor da impulsão (I), ou seja, o valor do peso de umvolume
de água igual ao volume do mineral mergulhado.
Adensidade relativa é calculada através da seguinte fórmula:
Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3.Alguns minerais
que contém elementos de alto peso atômico (Ba, Sn, Pb, Sr, etc. ) apresentam uma
densidade superior a 4.
IDENTIFICAÇÃO
Densidade relativa > 4 = minerais pesados (anatásio, rutilo, magnetita,
diamante, monazita, granada, etc)
Cassiteria (SnO2) –
densidade relativa: 6,8 – 7,1
Anatásio Granada Monazita
Propriedades elétricas – Muitos minerais são bons condutores de
eletricidade, como é o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.)
e outros, são classificados como semicondutores (sulfetos). Alguns
minerais são classificados como magnéticos, como é o caso da
magnetita e a pirrotita, pois geram um campo magnético em sua
volta com intensidade variável.
IDENTIFICAÇÃO
Magnetita (Fe3O4)
Polimorfismo – Propriedade de minerais que possuem a mesma
composição química mas estruturas cristalinasdiferentes.
IDENTIFICAÇÃO
Ex: Diamante e
Grafite
Estes dois minerais são compostos de
(carboCno
virtude
diferentes,
elementar), no entanto, em
de organização cristalina
apresentam propriedades
químicas e físicas totalmente diferentes.
Enquanto o diamante é o mais duro dos
minerais, a grafite é extremamente macia,
a ponto de deixar um traço sobre uma
folha de papel. Apesar de formas
cristalinas distintas, apresentam as
mesmas composições químicas, carbono
puro.
Isomorfismo – Propriedade apresentada por minerais que possuem a
mesma, ou quase a mesma, estrutura cristalina mas composições
químicas levemente diferentes.
Ex: Plagioclásios – Ca Feldespato - Na Feldspato
semelhantes a
mas que não atendem a todas as condições
para serem
vulcânico (amorfo, i.e.,
considerados como tais. P
.ex.: vidro
sem arranjo atômico
(orgânico) e outros
tridimensional ordenado), carvão
compostos de origem orgânica.
Obsidian
a
Carvã
o
Mineralóide
Elementos ou com po stos químicos
minerais,
• Minerais formadores de rocha:
– Silicatos: feldspatos; mica; quartzo; serpentina;
dorita e talco; (97% do volume da crosta)
– Óxidos: hematita; magnetita; limonita;
– Carbonatos: Calcita e dolomita;
– Sulfatos: gesso e anidrita.
MINERALOGIA
Plagioclásio Feldspato Quartzo
Piroxênio Mica Anfibólio
MINERAIS MAIS COMUNS DA CROSTA
CONTINENTAL

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Os principais minerais e suas propriedades

  • 2. O que são minerais? 2
  • 3. DEFINIÇÕES MINERAIS – Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interação de processos físico-químicos em ambientes geológicos. Os minerais ocorrem geralmente na forma cristalizada. Todos os materiais cristalizados possuem arranjo tridimensional ordenado e regular dos átomos ou íons constituintes, formando retículos atômicos e iônicos (veja figura no próximo slide). Conforme o arranjo ordenado, cada cristal apresenta planos de cristalização específicos.
  • 4. Sistemas de cristalização Ilustração esquemática de estrutura cristalina de diamante (A, B, C) e grafita (D, E, F). 4
  • 5. DEFINIÇÕES Quanto ao termo “cristalizado”, refere-se ao arranjo interno tridimensional para os minerais. Os átomos constituintes de um mineral encontram-se distribuídos ordenadamente, formando uma rede tridimensional, denominada de retículo cristalino. A unidade que se repete é denominada de cela unitária, que serve de base para a construção do retículo cristalino. Madureira et al.(2000)
  • 6. ORIGEM Os minerais podem ser classificados de acordo com sua origem, sendo: Minerais magmáticos são aqueles que resultam da cristalização do magma e constituem as rochas ígneas ou magmáticas. Os magmas podem ser considerados soluções químicas em temperaturas muito elevadas, que originam fases cristalinas de acordo com as leis das soluções, sendo extremamente rara a cristalização de um magma gerar apenas uma fase cristalina; o normal é a presença de vários minerais com composições e propriedades diferentes. Diamante
  • 7. ORIGEM De um modo geral, a formação dos minerais nos magmas com o resfriamento e mudanças no ambiente de pressão litostática ou de fluídos, entre outros fatores, é controlada especialmente pela concentração dos elementos e solubilidade dos constituintes na solução magmática. Quanto mais rápido for o processo de cristalização, menores serão as fases cristalinas e maior o volume de material não cristalino (obsidianas ou vidros vulcânicos), podendo chegar a resultar apenas vidro; por outro lado quanto mais lenta a cristalização maiores serão os constituintes, gerando os pegmatitos.
  • 8. ORIGEM Minerais metamórficos originam- se principalmente pela ação da temperatura, pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas. Granada
  • 9. ORIGEM Minerais sublimados são aqueles formados diretamente da cristalização de um vapor, como também da interação entre vapores e destes com as rochas dos condutos por onde passam. Enxofre
  • 10. Minerais Pneumatolíticos são formados pela reação dos constituintes voláteis oriundos da cristalização magmática, desgaseificação do interior terrestre ou de reações metamórficas sobre as rochas adjacentes. ORIGEM Turmalina
  • 15. CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA Volframatos e Molibdatos Scheelita (CaWO4) Fosfatos Apatita (Ca5(PO4)3(F,OH,Cl))
  • 17. PROPRIEDADES Para a identificação dos minerais através de suas propriedades físicas e morfológicas, que são decorrentes de suas composições químicas e de suas estruturas cristalinas, utilizamos características como: hábito, transparência, brilho, cor, traço, dureza, fratura, clivagem, densidade relativa, geminação e propriedades elétricas e magnéticas.
  • 18. IDENTIFICAÇÃO Hábito – Forma geométrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina. Limonita – hábito cúbico Quartzo – hábitoprismático
  • 19. • Equidimensional: as formas assumidas pelos cristais tendem a apresentar dimensões iguais nas 3 direções espaciais. Incluem-se aqui as formas cúbicas, piramidais, romboédricas, octaédricas, etc..; • Prismático: uma das dimensões predomina sobre as outras duas, resultando formas alongadas; • Acicular: o predomínio exagerado de uma das dimensões confere a forma agulha (prisma muito alongado) aos cristais • Tabular: duas das dimensões predominam sobre uma terceira, configurando formas achatadas; • Placóides: o mineral se apresenta em folhas ou placas. Distingue-se em hábito cristalino (cada indivíduo cristalino se apresenta) e hábito dos agregados cristalinos (formado por muitos indivíduos da mesma espécie, e nos quais, frequentemente, não se consegue a observaçãode cada indivíduo isoladamente); • Compacto (maciço): massas homogêneas nas quais não se conseguem observar os indivíduos;
  • 20. IDENTIFICAÇÃO Transparência – Os minerais que não absorvem ou absorvem pouco a luz são ditos transparentes. Os que absorvem a luz consideravelmente são translúcidos e dificultam que imagens sejam reconhecidas através deles. Obviamente, estas características dependem da espessura do mineral: a maioria dos minerais translúcidos torna-se transparente quando em lâminas muito finas. Existem, contudo, os elementos nativos metálicos, óxidos e sulfetos que absorvem totalmente a luz, independentemente da espessura. São os minerais opacos. Quartzo -Transparente Obsidiana-Translucida Granada-Opaca
  • 21. IDENTIFICAÇÃO Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfície de um mineral. Os minerais que refletem mais de 75% da luz exibem brilho metálico. • Metálico: aparênciabrilhante demetal; • Submetálico: um brilho metálico mais oumenosintenso; • Não metálico: vítreo, sedoso, gorduroso,resinoso,etc...
  • 22. IDENTIFICAÇÃO Galena com brilhometálico Topázio com brilhovítreo
  • 23. IDENTIFICAÇÃO Cor – A cor exibida por um mineral é o resultado da absorção seletiva da luz. O fato de o mineral absorver mais um determinado comprimento de onda do que os outros faz com que os comprimentos de onda restantes se componham numa cor diferente da luz branca que chegou ao mineral. Os principais fatores que colaboram para a absorção seletiva são a presença de elementos químicos de transição como Fe, Cu, Ni, V e Cr .
  • 24. • Idiocromáticos: apresentamcorprópria,constante, inerenteà composição química; • Alocromáticos: quando puros são incolores eassumem diversas cores em função da presença de impurezas, variações na composição químicaou imperfeiçõesno retículocristalino.
  • 26. IDENTIFICAÇÃO Traço – Trata-se da cor do pó do mineral, sendo obtida riscando o mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de cor branca.
  • 27. IDENTIFICAÇÃO Dureza – É a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado. Para a classificação utiliza-se a escala de Mohs, que utilizacomo parâmetros a dureza de minerais comuns, variando de 1 até 10.
  • 28. IDENTIFICAÇÃO Clivagem e Fratura – Quando minerais são submetidos a uma força externa destrutiva, como um forte impacto por um martelo, estes se rompem. Existem várias maneiras de rompeimento físico, ou seja desintegração mecânica, no qual, clivagem, partição e fraturas são típicos.
  • 29. IDENTIFICAÇÃO Densidade relativa –Adensidade depende da dureza das partículas (átomosou iões) que constituem o mineral e do tipo de arranjo dessaspartículas. Um dos métodos possíveis para avaliar a densidade consiste em determinar: • O peso do mineral no ar – P; • O peso do mineral mergulhado na água – P’. Adiferença P - P’dá o valor da impulsão (I), ou seja, o valor do peso de umvolume de água igual ao volume do mineral mergulhado. Adensidade relativa é calculada através da seguinte fórmula: Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3.Alguns minerais que contém elementos de alto peso atômico (Ba, Sn, Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade superior a 4.
  • 30. IDENTIFICAÇÃO Densidade relativa > 4 = minerais pesados (anatásio, rutilo, magnetita, diamante, monazita, granada, etc) Cassiteria (SnO2) – densidade relativa: 6,8 – 7,1 Anatásio Granada Monazita
  • 31. Propriedades elétricas – Muitos minerais são bons condutores de eletricidade, como é o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e outros, são classificados como semicondutores (sulfetos). Alguns minerais são classificados como magnéticos, como é o caso da magnetita e a pirrotita, pois geram um campo magnético em sua volta com intensidade variável. IDENTIFICAÇÃO Magnetita (Fe3O4)
  • 32. Polimorfismo – Propriedade de minerais que possuem a mesma composição química mas estruturas cristalinasdiferentes. IDENTIFICAÇÃO Ex: Diamante e Grafite Estes dois minerais são compostos de (carboCno virtude diferentes, elementar), no entanto, em de organização cristalina apresentam propriedades químicas e físicas totalmente diferentes. Enquanto o diamante é o mais duro dos minerais, a grafite é extremamente macia, a ponto de deixar um traço sobre uma folha de papel. Apesar de formas cristalinas distintas, apresentam as mesmas composições químicas, carbono puro. Isomorfismo – Propriedade apresentada por minerais que possuem a mesma, ou quase a mesma, estrutura cristalina mas composições químicas levemente diferentes. Ex: Plagioclásios – Ca Feldespato - Na Feldspato
  • 33. semelhantes a mas que não atendem a todas as condições para serem vulcânico (amorfo, i.e., considerados como tais. P .ex.: vidro sem arranjo atômico (orgânico) e outros tridimensional ordenado), carvão compostos de origem orgânica. Obsidian a Carvã o Mineralóide Elementos ou com po stos químicos minerais,
  • 34. • Minerais formadores de rocha: – Silicatos: feldspatos; mica; quartzo; serpentina; dorita e talco; (97% do volume da crosta) – Óxidos: hematita; magnetita; limonita; – Carbonatos: Calcita e dolomita; – Sulfatos: gesso e anidrita. MINERALOGIA
  • 35.
  • 36. Plagioclásio Feldspato Quartzo Piroxênio Mica Anfibólio MINERAIS MAIS COMUNS DA CROSTA CONTINENTAL