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Princípios de Sustentabilidade e Conforto




Dos dados climáticos aos
  elementos de projeto
      Mestrando: Francisco B C Rasia
   Orientador: Prof. Eduardo Leite Krüger




             UTFPR | 18.set.2009
Roteiro


1. Considerações iniciais
2. Ferramentas
3. Estratégias
  3.1. Desenho urbano
  3.2. Edificação
4. Referências

                        2
“A melhor eficiência energética de uma habitação, seja ou não de
interesse social, é alcançada sempre que o binômio ‘necessidade
do usuário-oferta de qualidade’ da edificação é otimizado.
“Isto implica na busca de soluções de projeto arquitetônico com o
maior grau de individualidade possível. Significa conhecer a rotina
do público-alvo e a região em que estas habitações serão
inseridas, além de utilizar os conceitos bioclimáticos e as
tecnologias já disponíveis.
“Conseguimos, assim, realçar as vantagens encontradas em
determinado local e corrigir ou diminuir os incômodos existentes e
previsíveis.” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2005)




                               3
Solar Decathlon
4
Solar Decathlon
5
Solar Decathlon
6
• Tecnologias exóticas (PV, turbinas eólicas...)
• Transferência e dependência (steelframe,
  drywall...)
• ...E a nossa realidade tecnológica?




                         7
?
   Como construir de maneira segura,
  com custos adequados, respeitando
nossa cultura e com bom desempenho




                    8
Literatura (livros, manuais,
                               artigos)



                          Normas técnicas
Onde conseguir
informação?
                              Internet



                              Software




                 9
Estratégias de
desenho urbano



       10
Leitura do sítio:
     • acessos
     • elementos de
       destaque
     • infraestrutura
       existente
     • geologia
     • carta de ventos




11
Frequência de ventos por direção




(séries históricas: US DOE, LabEEE, etc...)




                    12
Padrão urbano
recomendável para
climas temperados,
hemisfério sul




                     Fonte: adaptado de BROWN & DEKAY 2004


                                   13
Potencialidade do sítio:
                                             Resfriamento natural
                                             (presença do parque e
                                             áreas verdes na direção
                                             dos ventos dominantes)




Fonte: adaptado de BROWN & DEKAY 2004


                                        14
Combinando as estratégias: orientação da avenida
principal e das barreiras vegetais no sentido Norte-Sul
para penetração profunda dos ventos oriundos do norte, e
o efeito de deflexão e redução da velocidade dos ventos
oriundos de nordeste a sudeste; áreas verdes mescladas
às residências ajudam a controlar o efeito ilha de calor.




                         15
16
Estratégias de
projeto das edificações



           17
• NBR 15220: Zona 2 do
   zoneamento bioclimático
   brasileiro

• A carta bioclimática da
   edificação sugere o
   emprego de ventilação
   natural para resfriamento no
   verão, aquecimento solar
   passivo no inverno e uso de
   massas térmicas para a
   redução das variações
   diárias de temperatura.




                                  18
Carta Solar

    19
Carta Solar
http://solardat.uoregon.edu/PolarSunChartProgram.html
                         19
PEC Solar Calculator: mais informações e
ângulos exatos para qualquer orientação

                       20
Os ângulos exatos podem ser usados para
dimensionamento de brises, quebra-sóis, e janelas.

                              21
Enfim...
• Ter em vista a adequabilidade das tecnologias
  propostas – toda solução deve ser segura, de
  fácil apropriação pelos moradores e compatível
  com nosso sistema de produção.
• Priorizar soluções que tenham impacto positivo
  sobre a renda familiar.



                       22
Solução proposta 1: materiais
               e sistema construtivo

•   Preferência por materiais produzidos num raio de 50km da área de
    interesse do projeto;
•   Os materiais alternativos analisados devem estar disponíveis em
    escala industrial e com controle tecnológico adequado;
•   Concentração das instalações hidráulicas em um único volume;
•   Construção com blocos estruturais de concreto. Além de reduzir o
    consumo de concreto aço e madeira (para caixaria), esse sistema
    construtivo facilita o embutimento de tubulações elétricas e
    hidráulicas, eliminando a necessidade de recorte das alvenarias –
    reduzindo retrabalhos, desperdício de material e geração de entulho.


                                  23
Solução proposta 2: consumo
              energético e de água

•   Emprego de solução arquitetônica que possibilite a instalação de
    coletores solares, a partir do qual poderá se obter ganhos através
    da redução do consumo e do enquadramento em faixa de
    consumo menor (com valor unitário do kWh mais baixo), o que se
    traduz em ganhos econômicos para os moradores;
•   Através da integração das áreas comuns – cozinha, copa e sala –
    e do uso de janelas de grandes dimensões, espera-se otimizar o
    aproveitamento da luz natural.




                                 24
Solução proposta 3:
               resfriamento no verão

•   As residências térreas foram orientadas de maneira a captar os
    ventos oriundos do norte e nordeste, no verão. A integração dos
    espaços de uso comum e a rotação dos lotes em relação ao norte
    favorecem a ventilação cruzada. A boa ventilação ajuda a
    controlar a umidade;
•   As janelas voltadas para nordeste e noroeste receberam proteção
    com brise fixo em argamassa armada, calculado para sombrear a
    janela entre Dezembro e Janeiro, mas que permite a entrada de
    luz do sol direta nos meses de outono, inverno e primavera.
•   A parede central em alvenaria tem função de acumulação térmica,
    reduzindo as variações diárias de temperatura.


                                25
Solução proposta 4:
              aquecimento no inverno

•   Através do uso de esquadrias de boa qualidade, podem-se reduzir
    as perdas térmicas por infiltração. Optou-se por esquadrias de
    abrir, máximo-ar e basculantes, por estas apresentarem maior
    estanqueidade que as de correr;
•   Redução em cerca de 20% nas perdas térmicas através da pele
    ao se optar por casas geminadas;
•   Grandes janelas voltadas para o noroeste e nordeste, sheds e o
    aumento do pé-direito nas áreas comuns, possibilitam a insolação
    profunda nas residências, estratégia complementada pela
    acumulação térmica nas paredes e piso.


                                26
“PRISMAS DE SOL podem ser
usados para garantir a insolação de
edificações, ruas e espaços abertos”




                                            BedZED (Inglaterra)
                                       27
“Uma INSOLAÇÃO PROFUNDA em
edificações espessas depende de uma
organização eficaz dos espaços,
relacionando-os tanto horizontalmente (em
planta) quanto verticalmente (em corte)”




                  28
“Uma INSOLAÇÃO PROFUNDA em
edificações espessas depende de uma
organização eficaz dos espaços,
relacionando-os tanto horizontalmente (em
planta) quanto verticalmente (em corte)”




                  28
“A VENTILAÇÃO CRUZADA através
dos recintos é incrementada com o
uso de grandes aberturas nos lados
de pressão e sucção dos ventos”




                                     29
SEGUNDAS PELES e ZONAS DE TRANSIÇÃO
TÉRMICA podem ser usadas para amenizar as perdas e
ganhos térmicos das edificações.




Sustentabilidade

  TRANSIÇÕES CLIMÁTICAS                         Residência unifamiliar no Chile
POR BIANCA ANTUNES FOTOS CRISTOBAL PALMA

                                           30
35%. As superfícies próximas ao piso estão tensionadas com tecido
antiinseto. A abertura é feita por três zíperes dispostos em locais distintos.
Essa membrana mantém uma distância máxima da camada de policarbonato
de 4,5 metros,PELES e ZONAS DE TRANSIÇÃO
 SEGUNDAS proporcionando um espaço no quase-exterior que pode ser
utilizado. A podem distância entre as amenizar as perdas cobertura, atingindo
 TÉRMICA menor ser usadas para duas camadas é na e
apenas 45 cm. Esse espaço, no entanto, tem função primordial: a circulação
 ganhos térmicos das edificações.
de ar, ao extrair o ar quente que se junta abaixo da cobertura vindo de duas
janelas no interior da casa.




      FICHA TÉCNICA
                                                   Residência unifamiliar no Chile
      Projeto arquitetônico: FAR Frohn & Rojas (Marc Frohn, Mario
      Rojas, Amy Thoner, Pablo Guzman, Isabel Zapata)
                                    31
Clima
          Topografia
  Sítio                      Estratégias
          Programa

Cultura
           Técnicas/
          tecnologias



                             PROJETO


                        32
Referências
BROWN, G. Z. DEKAY, Mark. Sol, vento & luz: estratégias para o
projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre : Bookman 2004.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Cadernos Mcidades Parcerias 9:
Eficiência Energética em Habitações de Interesse Social. Brasil :
Ministério das Cidades, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos. Rio de Janeiro, 2004.
_____________. NBR 15220-3: Desempenho térmico de edificações
– Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas
para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro,
2005.


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TS1 - Seminário Tecnologia e Meio Ambiente - 27.abr.2009
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Dos dados climáticos aos elementos de projeto

  • 1. Princípios de Sustentabilidade e Conforto Dos dados climáticos aos elementos de projeto Mestrando: Francisco B C Rasia Orientador: Prof. Eduardo Leite Krüger UTFPR | 18.set.2009
  • 2. Roteiro 1. Considerações iniciais 2. Ferramentas 3. Estratégias 3.1. Desenho urbano 3.2. Edificação 4. Referências 2
  • 3. “A melhor eficiência energética de uma habitação, seja ou não de interesse social, é alcançada sempre que o binômio ‘necessidade do usuário-oferta de qualidade’ da edificação é otimizado. “Isto implica na busca de soluções de projeto arquitetônico com o maior grau de individualidade possível. Significa conhecer a rotina do público-alvo e a região em que estas habitações serão inseridas, além de utilizar os conceitos bioclimáticos e as tecnologias já disponíveis. “Conseguimos, assim, realçar as vantagens encontradas em determinado local e corrigir ou diminuir os incômodos existentes e previsíveis.” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2005) 3
  • 7. • Tecnologias exóticas (PV, turbinas eólicas...) • Transferência e dependência (steelframe, drywall...) • ...E a nossa realidade tecnológica? 7
  • 8. ? Como construir de maneira segura, com custos adequados, respeitando nossa cultura e com bom desempenho 8
  • 9. Literatura (livros, manuais, artigos) Normas técnicas Onde conseguir informação? Internet Software 9
  • 11. Leitura do sítio: • acessos • elementos de destaque • infraestrutura existente • geologia • carta de ventos 11
  • 12. Frequência de ventos por direção (séries históricas: US DOE, LabEEE, etc...) 12
  • 13. Padrão urbano recomendável para climas temperados, hemisfério sul Fonte: adaptado de BROWN & DEKAY 2004 13
  • 14. Potencialidade do sítio: Resfriamento natural (presença do parque e áreas verdes na direção dos ventos dominantes) Fonte: adaptado de BROWN & DEKAY 2004 14
  • 15. Combinando as estratégias: orientação da avenida principal e das barreiras vegetais no sentido Norte-Sul para penetração profunda dos ventos oriundos do norte, e o efeito de deflexão e redução da velocidade dos ventos oriundos de nordeste a sudeste; áreas verdes mescladas às residências ajudam a controlar o efeito ilha de calor. 15
  • 16. 16
  • 17. Estratégias de projeto das edificações 17
  • 18. • NBR 15220: Zona 2 do zoneamento bioclimático brasileiro • A carta bioclimática da edificação sugere o emprego de ventilação natural para resfriamento no verão, aquecimento solar passivo no inverno e uso de massas térmicas para a redução das variações diárias de temperatura. 18
  • 21. PEC Solar Calculator: mais informações e ângulos exatos para qualquer orientação 20
  • 22. Os ângulos exatos podem ser usados para dimensionamento de brises, quebra-sóis, e janelas. 21
  • 23. Enfim... • Ter em vista a adequabilidade das tecnologias propostas – toda solução deve ser segura, de fácil apropriação pelos moradores e compatível com nosso sistema de produção. • Priorizar soluções que tenham impacto positivo sobre a renda familiar. 22
  • 24. Solução proposta 1: materiais e sistema construtivo • Preferência por materiais produzidos num raio de 50km da área de interesse do projeto; • Os materiais alternativos analisados devem estar disponíveis em escala industrial e com controle tecnológico adequado; • Concentração das instalações hidráulicas em um único volume; • Construção com blocos estruturais de concreto. Além de reduzir o consumo de concreto aço e madeira (para caixaria), esse sistema construtivo facilita o embutimento de tubulações elétricas e hidráulicas, eliminando a necessidade de recorte das alvenarias – reduzindo retrabalhos, desperdício de material e geração de entulho. 23
  • 25. Solução proposta 2: consumo energético e de água • Emprego de solução arquitetônica que possibilite a instalação de coletores solares, a partir do qual poderá se obter ganhos através da redução do consumo e do enquadramento em faixa de consumo menor (com valor unitário do kWh mais baixo), o que se traduz em ganhos econômicos para os moradores; • Através da integração das áreas comuns – cozinha, copa e sala – e do uso de janelas de grandes dimensões, espera-se otimizar o aproveitamento da luz natural. 24
  • 26. Solução proposta 3: resfriamento no verão • As residências térreas foram orientadas de maneira a captar os ventos oriundos do norte e nordeste, no verão. A integração dos espaços de uso comum e a rotação dos lotes em relação ao norte favorecem a ventilação cruzada. A boa ventilação ajuda a controlar a umidade; • As janelas voltadas para nordeste e noroeste receberam proteção com brise fixo em argamassa armada, calculado para sombrear a janela entre Dezembro e Janeiro, mas que permite a entrada de luz do sol direta nos meses de outono, inverno e primavera. • A parede central em alvenaria tem função de acumulação térmica, reduzindo as variações diárias de temperatura. 25
  • 27. Solução proposta 4: aquecimento no inverno • Através do uso de esquadrias de boa qualidade, podem-se reduzir as perdas térmicas por infiltração. Optou-se por esquadrias de abrir, máximo-ar e basculantes, por estas apresentarem maior estanqueidade que as de correr; • Redução em cerca de 20% nas perdas térmicas através da pele ao se optar por casas geminadas; • Grandes janelas voltadas para o noroeste e nordeste, sheds e o aumento do pé-direito nas áreas comuns, possibilitam a insolação profunda nas residências, estratégia complementada pela acumulação térmica nas paredes e piso. 26
  • 28. “PRISMAS DE SOL podem ser usados para garantir a insolação de edificações, ruas e espaços abertos” BedZED (Inglaterra) 27
  • 29. “Uma INSOLAÇÃO PROFUNDA em edificações espessas depende de uma organização eficaz dos espaços, relacionando-os tanto horizontalmente (em planta) quanto verticalmente (em corte)” 28
  • 30. “Uma INSOLAÇÃO PROFUNDA em edificações espessas depende de uma organização eficaz dos espaços, relacionando-os tanto horizontalmente (em planta) quanto verticalmente (em corte)” 28
  • 31. “A VENTILAÇÃO CRUZADA através dos recintos é incrementada com o uso de grandes aberturas nos lados de pressão e sucção dos ventos” 29
  • 32. SEGUNDAS PELES e ZONAS DE TRANSIÇÃO TÉRMICA podem ser usadas para amenizar as perdas e ganhos térmicos das edificações. Sustentabilidade TRANSIÇÕES CLIMÁTICAS Residência unifamiliar no Chile POR BIANCA ANTUNES FOTOS CRISTOBAL PALMA 30
  • 33. 35%. As superfícies próximas ao piso estão tensionadas com tecido antiinseto. A abertura é feita por três zíperes dispostos em locais distintos. Essa membrana mantém uma distância máxima da camada de policarbonato de 4,5 metros,PELES e ZONAS DE TRANSIÇÃO SEGUNDAS proporcionando um espaço no quase-exterior que pode ser utilizado. A podem distância entre as amenizar as perdas cobertura, atingindo TÉRMICA menor ser usadas para duas camadas é na e apenas 45 cm. Esse espaço, no entanto, tem função primordial: a circulação ganhos térmicos das edificações. de ar, ao extrair o ar quente que se junta abaixo da cobertura vindo de duas janelas no interior da casa. FICHA TÉCNICA Residência unifamiliar no Chile Projeto arquitetônico: FAR Frohn & Rojas (Marc Frohn, Mario Rojas, Amy Thoner, Pablo Guzman, Isabel Zapata) 31
  • 34. Clima Topografia Sítio Estratégias Programa Cultura Técnicas/ tecnologias PROJETO 32
  • 35. Referências BROWN, G. Z. DEKAY, Mark. Sol, vento & luz: estratégias para o projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre : Bookman 2004. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Cadernos Mcidades Parcerias 9: Eficiência Energética em Habitações de Interesse Social. Brasil : Ministério das Cidades, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. _____________. NBR 15220-3: Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro, 2005. 33