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Simulação	
  e	
  análise	
  da	
  dispersão	
  
de	
  poluentes	
  nas	
  avenidas	
  
estruturais	
  em	
  Curitiba,	
  Paraná


Francisco	
  Bemquerer	
  Costa	
  Rasia	
  

Orientador:	
  Prof.	
  Dr.	
  Eduardo	
  Leite	
  Krüger




Dissertação	
  de	
  Mestrado	
  |	
  11	
  de	
  Março	
  de	
  2011
Sumário


1.Considerações	
  iniciais	
  

2.Poluição	
  do	
  ar	
  na	
  camada	
  limite	
  urbana

3.Método	
  e	
  equipamentos

4.Resultados:	
  simulação	
  da	
  dispersão	
  de	
  poluentes	
  nos	
  setores	
  
estruturais

5.Conclusões

6.Referências




                                               2
Considerações	
  iniciais

O	
  Plano	
  Preliminar	
  de	
  Urbanismo,	
  de	
  
1965,	
  direcionou	
  o	
  crescimento	
  
urbano	
  de	
  Curitiba	
  ao	
  longo	
  de	
  quatro	
  
eixos	
  estruturais,	
  sistemas	
  trinários	
  
caracterizados	
  pela	
  concentração	
  de	
  
infraestrutura	
  de	
  transporte	
  de	
  
massa,	
  vias	
  de	
  tráfego	
  rápido	
  de	
  
veículos	
  e	
  alta	
  densidade	
  de	
  
ocupação,	
  com	
  uso	
  misto	
  residencial	
  e	
  
comercial.	
  Embora,	
  em	
  anos	
  recentes,	
  
novos	
  polos	
  de	
  urbanização	
  tenham	
  
surgido	
  em	
  Curitiba,	
  as	
  vias	
  
estruturais	
  ainda	
  preservam	
  
importância	
  como	
  elementos	
  
direcionadores	
  do	
  crescimento	
  
urbano.

                                                   3
Objetivo	
  e	
  pergunta	
  de	
  pesquisa


Objetivo:	
  a	
  avaliação	
  dos	
  impactos	
  da	
  morfologia	
  urbana	
  
sobre	
  a	
  dispersão	
  de	
  poluentes	
  em	
  áreas	
  do	
  Setor	
  Estrutural	
  
e	
  do	
  Setor	
  Especial	
  Nova	
  Curitiba	
  (Ecoville).
Pergunta	
  de	
  pesquisa:	
  Quais	
  as	
  con*igurações	
  urbanas	
  
(distanciamento	
  entre	
  prédios,	
  altura	
  das	
  edi*icações,	
  
orientação	
  das	
  edi*icações	
  e	
  orientação	
  das	
  vias	
  em	
  relação	
  
aos	
  ventos	
  dominantes)	
  que	
  poderiam	
  assegurar	
  a	
  dispersão	
  
adequada	
  de	
  poluentes	
  nas	
  vias	
  estruturais?




                                             4
Trajetória	
  dos	
  Setores	
  Estruturais

O	
  Plano	
  Preliminar	
  foi	
  sancionado	
  em	
  1966,	
  e	
  estão	
  entre	
  
suas	
  principais	
  diretrizes:	
  

•	
  Uso	
  e	
  ocupação	
  diferenciados	
  do	
  solo;	
  
•	
  Expansão	
  linear	
  da	
  cidade	
  ao	
  longo	
  de	
  eixos	
  estruturais	
  
que	
  integrariam	
  sistema	
  de	
  transportes	
  e	
  uso	
  do	
  solo;	
  

•	
  A	
  criação	
  de	
  uma	
  paisagem	
  urbana	
  típica	
  de	
  Curitiba	
  
(eventualmente	
  resultando	
  no	
  Plano	
  Massa).	
  
Apoiava-­‐se	
  no	
  tripé	
  “sistema	
  viário,	
  uso	
  do	
  solo	
  e	
  transporte	
  
de	
  massa”.
No	
  ano	
  2000,	
  a	
  Lei	
  9.800/00	
  institui	
  o	
  afastamento	
  lateral	
  
de	
  H/6.	
  

                                               5
Trajetória	
  dos	
  Setores	
  Estruturais

                                          Sistema	
  trinário	
  -­‐	
  planta




 Fonte:	
  Campos,	
  2005,	
  p.	
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                                                             6
Trajetória	
  dos	
  Setores	
  Estruturais


                                         Sistema	
  trinário	
  -­‐	
  perZil




Fonte:	
  Campos,	
  2005,	
  p.	
  55




                                                          7
Legislação	
  ambiental	
  brasileira

O	
  controle	
  e	
  o	
  monitoramento	
  da	
  qualidade	
  do	
  ar	
  no	
  Brasil	
  têm	
  
fundamento	
  na	
  Política	
  Nacional	
  do	
  Meio	
  Ambiente	
  (Lei	
  
6.938/81)	
  e	
  é	
  regulada	
  por	
  uma	
  série	
  de	
  resoluções	
  do	
  CONAMA.	
  
É	
  responsabilidade	
  dos	
  Estados	
  o	
  monitoramento	
  da	
  qualidade	
  
do	
  ar.

O	
  monitoramento	
  da	
  qualidade	
  do	
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  na	
  RMC	
  é	
  feito	
  pelo	
  IAP,	
  com	
  
13	
  estações	
  de	
  coleta.	
  No	
  município	
  de	
  Curitiba,	
  a	
  qualidade	
  do	
  ar	
  
é	
  geralmente	
  boa,	
  com	
  algumas	
  instâncias	
  de	
  alta	
  concentração	
  
de	
  NO2	
  e	
  O3.

Para	
  esse	
  estudo,	
  elegeram	
  os	
  óxidos	
  de	
  nitrogênio	
  (NOx)	
  como	
  
substância	
  de	
  interesse.

Limite	
  de	
  concentração	
  do	
  NO2:	
  190	
  µg/m3


                                                    8
Métodos	
  e	
  Equipamentos

Método	
  experimental,	
  abordagem	
  consagrada	
  de	
  comparação	
  
entre	
  Cenário	
  Atual	
  e	
  Cenário	
  Alternativo.

Foi	
  adotado	
  o	
  modelo	
  ENVI-­‐met,	
  em	
  um	
  processo	
  de	
  simulação	
  
que	
  envolve	
  dados	
  de	
  diversas	
  fontes:	
  climáticos	
  (INMET	
  e	
  UWYO,	
  
medições	
  in	
  loco),	
  características	
  de	
  desenho	
  urbano	
  e	
  ocupação	
  
do	
  solo	
  (obtidos	
  da	
  PMC,	
  imagens	
  de	
  satélite	
  e	
  levantamento	
  in	
  
loco)	
  e	
  inventário	
  de	
  tráfego.

Equipamentos	
  empregados:	
  estações	
  meteorológicas	
  HOBO	
  Onset	
  
(adaptadas	
  a	
  um	
  veículo	
  tipo	
  picape),	
  contadores	
  estatísticos,	
  
máquina	
  fotográlica	
  digital,	
  computador	
  para	
  execução	
  das	
  
simulações.

Todos	
  os	
  resultados	
  das	
  simulações	
  devem	
  ser	
  compreendidos	
  
como	
  indicadores	
  de	
  tendências.


                                                9
Fluxo	
  de	
  trabalho




                          10
Seleção	
  dos	
  pontos	
  de	
  interesse




                             11
Seleção	
  dos	
  pontos	
  de	
  interesse




                  Ponto	
  P8	
  -­‐	
  Av	
  Sete	
  de	
  Setembro


                                         12
Seleção	
  dos	
  pontos	
  de	
  interesse




                       Ponto	
  P3	
  -­‐	
  Ecoville



                                    13
Method	
  and	
  model	
  workllow




                    Uma	
  folha	
  de	
  levantamento	
  em	
  
                    campo,	
  criada	
  a	
  partir	
  da	
  planta	
  
                    cadastral.
                              14
Fluxo	
  de	
  trabalho	
  -­‐	
  Geometria




                    Modelagem	
  no	
  software	
  Eddi
                                    15
Fluxo	
  de	
  trabalho	
  -­‐
Dados	
  climáticos
O	
  modelo	
  foi	
  calibrado	
  
através	
  da	
  comparação	
  entre	
  
velocidades	
  de	
  vento	
  médias	
  
(a	
  3	
  e	
  5m)	
  de	
  altura	
  medidas	
  
em	
  campo	
  e	
  aquelas	
  previstas	
  
nas	
  simulações.	
  

Medições	
  foram	
  feitas	
  em	
  
pontos	
  localizados	
  dentro	
  dos	
  
cânions	
  urbanos	
  estudados.

Foi	
  realizada	
  uma	
  campanha	
  
de	
  medição,	
  entre	
  dezembro	
  
de	
  2009	
  e	
  abril	
  de	
  2010.

Estação	
  meteorológica	
  -­‐	
  (a)	
  e	
  (b)	
  Av	
  Sete	
  
de	
  Setembro;	
  (c)	
  e	
  (d)	
  Ecoville
                                                                       16
Fluxo	
  de	
  trabalho	
  -­‐	
  Calibração



Comparação	
  entre	
  
velocidades	
  médias	
  de	
  
vento	
  medidas	
  e	
  preditas	
  
-­‐	
  Sete	
  de	
  Setembro




Comparação	
  entre	
  velocidades	
  
médias	
  de	
  vento	
  medidas	
  e	
  
preditas	
  -­‐	
  Ecoville


                                            17
Fluxo	
  de	
  trabalho	
  -­‐	
  Inventário	
  de	
  tráfego




     Sete	
  de	
  Setembro	
  (a)	
  Composição	
  da	
  frota	
  (b)	
  PerZil	
  horário	
  de	
  tráfego




                                                       18
Fluxo	
  de	
  trabalho:	
  Cenários


Cenário	
  Atual:	
  conZiguração	
  presente	
  do	
  Setor	
  
Estrutural	
  e	
  do	
  Ecoville,	
  volumes	
  de	
  tráfego	
  
medidos	
  in	
  loco.
Cenário	
  alternativo:	
  uma	
  hipotética	
  reconZiguração	
  
do	
  Setor	
  Estrutural	
  segundo	
  a	
  lei	
  9.800/00	
  
(aplicando	
  o	
  afastamento	
  de	
  H/6)	
  e	
  consolidação	
  
do	
  Ecoville,	
  manutenção	
  do	
  volume	
  de	
  tráfego	
  
atual.



                                    19
Resultados:	
  Av	
  Sete	
  de	
  Setembro	
  -­‐	
  Cenário	
  Atual

A	
  comparação	
  de	
  
concentrações	
  simuladas	
  
de	
  poluente,	
  entre	
  o	
  SE	
  e	
  as	
  
ZR-­‐4	
  lindeiras,	
  sugere	
  que	
  a	
  
combinação	
  de	
  tráfego	
  
intenso	
  com	
  o	
  
adensamento	
  cria	
  um	
  “eixo	
  
de	
  poluição”	
  sobreposto	
  ao	
  
Eixo	
  Estrutural.




Concentração	
  simulada	
  de	
  NOx	
  a	
  3,00	
  m,	
  
às	
  18h00	
  (a)	
  Cenário	
  Junho	
  Atual-­‐Leste	
  
Mínimo	
  (b)	
  Cenário	
  Junho	
  Atual-­‐
Nordeste	
  Mínimo	
  (c)	
  Escala

                                                           20
Resultados:	
  Av	
  Sete	
  de	
  Setembro	
  -­‐	
  Cenário	
  Alternativo




    Concentração	
  simulada	
  de	
  NOx	
  a	
  3,00	
  m,	
  
    às	
  18h00	
  (a)	
  Cenário	
  Junho	
  Alternativo-­‐
    Leste	
  Mínimo	
  (b)	
  Cenário	
  Junho	
  
    Alternativo-­‐Nordeste	
  Mínimo	
  (c)	
  Escala

                                                               21
Resultados:	
  Ecoville	
  -­‐	
  Cenário	
  Atual




Concentração	
  simulada	
  de	
  NOx	
  a	
  3,00	
  m,	
  
às	
  18h00	
  (a)	
  Cenário	
  Junho	
  Atual-­‐Leste	
  
Mínimo	
  (b)	
  Cenário	
  Junho	
  Atual-­‐Nordeste	
  
Mínimo	
  (c)	
  Escala

                                                         22
Resultados:	
  Ecoville	
  -­‐	
  Cenário	
  Alternativo




Concentração	
  simulada	
  de	
  NOx	
  a	
  3,00	
  m,	
  
às	
  18h00	
  (a)	
  Cenário	
  Junho	
  Alternativo-­‐
Leste	
  Mínimo	
  (b)	
  Cenário	
  Junho	
  
Alternativo-­‐Nordeste	
  Mínimo	
  (c)	
  Escala

                                                           23
Conclusões


Para	
  o	
  Setor	
  Estrutural,	
  as	
  simulações	
  do	
  cenário	
  Alternativo	
  
sugerem	
  a	
  melhoria	
  da	
  dispersão	
  de	
  poluentes	
  sob	
  as	
  condições	
  de	
  
vento	
  mínimo,	
  as	
  mais	
  críticas.	
  Sob	
  outras	
  condições	
  climáticas,	
  no	
  
entanto,	
  os	
  resultados	
  do	
  cenário	
  alternativo	
  foram	
  inconclusivos.

Para	
  o	
  Ecoville,	
  as	
  simulações	
  do	
  cenário	
  Atual	
  apontaram	
  boas	
  
condições	
  de	
  dispersão	
  de	
  poluentes;	
  as	
  simulações	
  do	
  cenário	
  
Alternativo	
  sugerem	
  que,	
  mesmo	
  que	
  a	
  área	
  atinja	
  a	
  densidade	
  
máxima	
  de	
  construção	
  prevista	
  na	
  Lei	
  9.800/00,	
  deve	
  se	
  manter	
  a	
  
boa	
  condição	
  de	
  ventilação	
  e	
  dispersão	
  de	
  poluentes.




                                                24
Conclusões


 Pergunta	
  1:	
   as	
  condições	
  de	
  ventilação	
  nos	
  Setores	
  Estruturais	
  são	
  
 su*icientes	
  para	
  a	
  garantia	
  de	
  salubridade	
  e	
  controle	
  da	
  exposição	
  
 dos	
  moradores	
  às	
  substâncias	
  nocivas?

 De	
  maneira	
  geral,	
  nos	
  cenários	
  com	
  vento	
  não	
  mínimo,	
  a	
  
 dispersão	
  de	
  poluentes	
  nos	
  Setores	
  Estruturais	
  é	
  adequada.	
  Nas	
  
 situações	
  de	
  vento	
  mínimo	
  a	
  dispersão	
  é	
  severamente	
  
 prejudicada,	
  com	
  aumentos	
  signilicativos	
  das	
  concentrações	
  
 média	
  e	
  máxima	
  do	
  poluente	
  estudado	
  e	
  formação	
  de	
  extensivas	
  
 manchas	
  de	
  alta	
  concentração	
  ao	
  longo	
  dos	
  cânions,	
  e	
  instâncias	
  
 em	
  que	
  a	
  concentração	
  do	
  poluente	
  potencialmente	
  ultrapassa	
  o	
  
 limiar	
  delinido	
  na	
  legislação.




                                              25
Conclusões

 Pergunta	
  2:	
  há	
  diferença	
  de	
  qualidade	
  ambiental	
  entre	
  o	
  Ecoville	
  e	
  
 os	
  Setores	
  Estruturais?

 As	
  simulações	
  apontaram	
  diferenças	
  quantitativas	
  e	
  qualitativas	
  
 nas	
  condições	
  de	
  ventilação	
  e	
  dispersão	
  de	
  poluentes.

 Os	
  valores	
  médios	
  e	
  máximos	
  para	
  a	
  concentração	
  do	
  poluente	
  no	
  
 Setor	
  Estrutural	
  são	
  mais	
  elevados	
  que	
  os	
  encontrados	
  para	
  o	
  
 Ecoville,	
  em	
  todos	
  os	
  cenários.

 Através	
  das	
  simulações	
  percebeu-­‐se	
  também	
  que	
  a	
  morfologia	
  
 urbana	
  do	
  Ecoville	
  é	
  mais	
  permeável	
  aos	
  lluxos	
  de	
  ar,	
  
 aumentando	
  o	
  contraste	
  entre	
  as	
  áreas	
  de	
  máxima	
  concentração	
  
 de	
  poluente	
  e	
  a	
  concentração	
  média	
  para	
  o	
  trecho	
  simulado.




                                                26
Conclusões


 Pergunta	
  3:	
  o	
  afastamento	
  de	
  H/6	
  melhoraria	
  as	
  condições	
  de	
  
 ventilação	
  e	
  dispersão	
  de	
  poluentes	
  nos	
  Setores	
  Estruturais?

 As	
  simulações	
  sugerem	
  que	
  a	
  maior	
  permeabilidade	
  
 proporcionada	
  pelo	
  afastamento	
  de	
  H/6	
  melhoraria	
  a	
  ventilação	
  e	
  
 a	
  dispersão	
  de	
  poluentes	
  nos	
  Setores	
  Estruturais,	
  com	
  diferenças	
  
 mais	
  expressivas	
  nas	
  condições	
  de	
  vento	
  mínimo.

 A	
  análise	
  qualitativa	
  dos	
  lluxos	
  de	
  vento	
  sugere	
  que,	
  mesmo	
  com	
  
 o	
  maior	
  afastamento	
  entre	
  as	
  torres,	
  os	
  embasamentos	
  parecem	
  
 ser	
  um	
  impedimento	
  à	
  dispersão	
  de	
  poluentes	
  na	
  altira	
  de	
  3	
  m.	
  
 Para	
  a	
  altura	
  de	
  15	
  m,	
  há	
  grandes	
  melhorias	
  no	
  lluxo	
  de	
  vento	
  
 entre	
  os	
  edilícios,	
  com	
  potencial	
  melhoria	
  das	
  condições	
  de	
  
 ventilação	
  no	
  interior	
  das	
  edilicações.


                                                 27
Conclusões


  Pergunta	
  4:	
  a	
  adoção	
  do	
  afastamento	
  de	
  H/6	
  reduziria	
  o	
  
  contraste	
  entre	
  os	
  SE	
  e	
  as	
  ZR-­4	
  lindeiras?
  As	
  simulações	
  do	
  cenário	
  alternativo	
  sugerem	
  que	
  a	
  
  maior	
  permeabilidade	
  da	
  morfologia	
  deZinida	
  pela	
  Lei	
  
  9.800/00	
  promoveria	
  melhorias	
  na	
  dispersão	
  de	
  
  poluentes	
  nos	
  SE	
  e	
  nas	
  ZR-­‐4,	
  atenuando	
  o	
  “eixo	
  de	
  
  poluição”.




                                           28
Conclusões



 Finalmente,	
  os	
  resultados	
  sugerem	
  que	
  os	
  parâmetros	
  atuais	
  de	
  
 ocupação	
  e	
  uso	
  do	
  solo,	
  embora	
  benélicos,	
  não	
  serão	
  sulicientes	
  
 para	
  a	
  solução	
  das	
  condições	
  desfavoráveis	
  à	
  dispersão	
  de	
  
 poluentes	
  nos	
  Setores	
  Estruturais.	
  

 A	
  simples	
  adoção	
  do	
  afastamento	
  de	
  H/6	
  sem	
  mudanças	
  mais	
  
 profundas	
  na	
  legislação	
  -­‐	
  como	
  o	
  abandono	
  do	
  Plano	
  Massa,	
  por	
  
 exemplo	
  -­‐	
  e	
  sem	
  a	
  revisão	
  do	
  modelo	
  de	
  mobilidade	
  urbana	
  não	
  
 será	
  suliciente	
  para	
  a	
  melhoria	
  das	
  condições	
  de	
  dispersão	
  de	
  
 poluentes	
  ao	
  nível	
  da	
  rua.




                                                29
Referências



 BRUSE,	
  Michael.	
  	
  ENVI-­met	
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  <http://www.envi-­‐met.com>.	
  
 Acesso	
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  11/2009.

 OKE,	
  T.	
  R.	
  	
  Boundary	
  layer	
  climates.	
  	
  Nova	
  York	
  :	
  Methuen,	
  1978.

 ________.	
  Initial	
  guidance	
  to	
  obtain	
  representative	
  meteorological	
  
 observations	
  at	
  urban	
  sites.	
  	
  	
  WMO,	
  2006.	
  

 DANNI-­‐OLIVEIRA,	
  I.	
  M.	
  	
  A	
  Cidade	
  de	
  Curitiba	
  e	
  a	
  Poluição	
  do	
  Ar:	
  
 Implicações	
  de	
  seus	
  atributos	
  urbanos	
  e	
  geoecológicos	
  na	
  
 dispersão	
  de	
  poluentes	
  em	
  período	
  de	
  inverno.	
  In:	
  MONTEIRO,	
  C.	
  
 A.	
  F.;	
  MENDONÇA,	
  F.	
  	
  Clima	
  Urbano.	
  São	
  Paulo	
  :	
  Contexto,	
  2003.



                                                   30
Referências

 CALIXTO,	
  A.	
  	
  O	
  Ruído	
  gerado	
  pelo	
  Tráfego	
  de	
  Veículos	
  em	
  
 “Rodovias-­Grandes	
  Avenidas”,	
  situadas	
  dentro	
  do	
  perímetro	
  urbano	
  
 de	
  Curitiba,	
  analisados	
  sobre	
  parâmetros	
  acústicos	
  objetivos	
  e	
  seu	
  
 impacto	
  ambiental,	
  Curitiba.	
  Dissertação	
  de	
  mestrado	
  em	
  
 Engenharia	
  Mecânica,	
  Universidade	
  Federal	
  do	
  Paraná,	
  2002.

 KESSLER,	
  C.	
  NIEDERAU,	
  A.	
  SCHOLZ,	
  W.	
  Estimation	
  of	
  NO2/NOx	
  
 relations	
  of	
  traflic	
  emissions	
  in	
  Baden-­‐Württemberg	
  from	
  1995	
  to	
  
 2005.	
  2nd	
  Confe	
  Environment	
  &	
  Transport	
  and	
  15th	
  Conf.	
  
 Transport	
  and	
  Air	
  Pollution.	
  Proceedings	
  of...	
  

 BORTOLI,	
  P.	
  S.	
  	
  Análise	
  da	
  poluição	
  sonora	
  urbana	
  em	
  zoneamentos	
  
 distintos	
  da	
  cidade	
  de	
  Curitiba.	
  103f.	
  Dissertação	
  –	
  Programa	
  de	
  
 Pós-­‐Graduação	
  em	
  Tecnologia.	
  Universidade	
  Tecnológica	
  Federal	
  
 do	
  Paraná,	
  Curitiba,	
  2002.	
  Disponível	
  em	
  <http://
 www.ppgte.ct.utfpr.edu.br/dissertacoes/2002/bortoli.pdf>

                                               31
Referências



 INSTITUTO	
  AMBIENTAL	
  DO	
  PARANÁ	
  (IAP).	
  Relatório	
  Qualidade	
  
 do	
  Ar	
  na	
  Região	
  Metropolitana	
  de	
  Curitiba,	
  Ano	
  de	
  2008.	
  Paraná,	
  
 2009a.

 INSTITUTO	
  DE	
  PESQUISA	
  E	
  PLANEJAMENTO	
  URBANO	
  DE	
  
 CURITIBA	
  (IPPUC).	
  Uso	
  do	
  Solo:	
  Legislação.	
  Lei	
  nº	
  9.800	
  de	
  3	
  de	
  
 Janeiro	
  de	
  2000	
  e	
  Leis	
  Complementares.	
  Curitiba:	
  IPPUC,	
  2002.	
  
 Disponível	
  em	
  <	
  http://www.ippuc.org.br/pensando_a_cidade/
 textos_zoneamento/legisla%C3%A7%C3%A3o%20de%20uso
 %20do%20solo(%20lei%209800%20e%20leis
 %20complementares).pdf	
  >.	
  Acesso	
  em	
  23/03/2010.




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Simulação e análise da dispersão de poluentes nas avenidas estruturais em Curitiba, Paraná

  • 1. Simulação  e  análise  da  dispersão   de  poluentes  nas  avenidas   estruturais  em  Curitiba,  Paraná Francisco  Bemquerer  Costa  Rasia   Orientador:  Prof.  Dr.  Eduardo  Leite  Krüger Dissertação  de  Mestrado  |  11  de  Março  de  2011
  • 2. Sumário 1.Considerações  iniciais   2.Poluição  do  ar  na  camada  limite  urbana 3.Método  e  equipamentos 4.Resultados:  simulação  da  dispersão  de  poluentes  nos  setores   estruturais 5.Conclusões 6.Referências 2
  • 3. Considerações  iniciais O  Plano  Preliminar  de  Urbanismo,  de   1965,  direcionou  o  crescimento   urbano  de  Curitiba  ao  longo  de  quatro   eixos  estruturais,  sistemas  trinários   caracterizados  pela  concentração  de   infraestrutura  de  transporte  de   massa,  vias  de  tráfego  rápido  de   veículos  e  alta  densidade  de   ocupação,  com  uso  misto  residencial  e   comercial.  Embora,  em  anos  recentes,   novos  polos  de  urbanização  tenham   surgido  em  Curitiba,  as  vias   estruturais  ainda  preservam   importância  como  elementos   direcionadores  do  crescimento   urbano. 3
  • 4. Objetivo  e  pergunta  de  pesquisa Objetivo:  a  avaliação  dos  impactos  da  morfologia  urbana   sobre  a  dispersão  de  poluentes  em  áreas  do  Setor  Estrutural   e  do  Setor  Especial  Nova  Curitiba  (Ecoville). Pergunta  de  pesquisa:  Quais  as  con*igurações  urbanas   (distanciamento  entre  prédios,  altura  das  edi*icações,   orientação  das  edi*icações  e  orientação  das  vias  em  relação   aos  ventos  dominantes)  que  poderiam  assegurar  a  dispersão   adequada  de  poluentes  nas  vias  estruturais? 4
  • 5. Trajetória  dos  Setores  Estruturais O  Plano  Preliminar  foi  sancionado  em  1966,  e  estão  entre   suas  principais  diretrizes:   •  Uso  e  ocupação  diferenciados  do  solo;   •  Expansão  linear  da  cidade  ao  longo  de  eixos  estruturais   que  integrariam  sistema  de  transportes  e  uso  do  solo;   •  A  criação  de  uma  paisagem  urbana  típica  de  Curitiba   (eventualmente  resultando  no  Plano  Massa).   Apoiava-­‐se  no  tripé  “sistema  viário,  uso  do  solo  e  transporte   de  massa”. No  ano  2000,  a  Lei  9.800/00  institui  o  afastamento  lateral   de  H/6.   5
  • 6. Trajetória  dos  Setores  Estruturais Sistema  trinário  -­‐  planta Fonte:  Campos,  2005,  p.  52 6
  • 7. Trajetória  dos  Setores  Estruturais Sistema  trinário  -­‐  perZil Fonte:  Campos,  2005,  p.  55 7
  • 8. Legislação  ambiental  brasileira O  controle  e  o  monitoramento  da  qualidade  do  ar  no  Brasil  têm   fundamento  na  Política  Nacional  do  Meio  Ambiente  (Lei   6.938/81)  e  é  regulada  por  uma  série  de  resoluções  do  CONAMA.   É  responsabilidade  dos  Estados  o  monitoramento  da  qualidade   do  ar. O  monitoramento  da  qualidade  do  ar  na  RMC  é  feito  pelo  IAP,  com   13  estações  de  coleta.  No  município  de  Curitiba,  a  qualidade  do  ar   é  geralmente  boa,  com  algumas  instâncias  de  alta  concentração   de  NO2  e  O3. Para  esse  estudo,  elegeram  os  óxidos  de  nitrogênio  (NOx)  como   substância  de  interesse. Limite  de  concentração  do  NO2:  190  µg/m3 8
  • 9. Métodos  e  Equipamentos Método  experimental,  abordagem  consagrada  de  comparação   entre  Cenário  Atual  e  Cenário  Alternativo. Foi  adotado  o  modelo  ENVI-­‐met,  em  um  processo  de  simulação   que  envolve  dados  de  diversas  fontes:  climáticos  (INMET  e  UWYO,   medições  in  loco),  características  de  desenho  urbano  e  ocupação   do  solo  (obtidos  da  PMC,  imagens  de  satélite  e  levantamento  in   loco)  e  inventário  de  tráfego. Equipamentos  empregados:  estações  meteorológicas  HOBO  Onset   (adaptadas  a  um  veículo  tipo  picape),  contadores  estatísticos,   máquina  fotográlica  digital,  computador  para  execução  das   simulações. Todos  os  resultados  das  simulações  devem  ser  compreendidos   como  indicadores  de  tendências. 9
  • 11. Seleção  dos  pontos  de  interesse 11
  • 12. Seleção  dos  pontos  de  interesse Ponto  P8  -­‐  Av  Sete  de  Setembro 12
  • 13. Seleção  dos  pontos  de  interesse Ponto  P3  -­‐  Ecoville 13
  • 14. Method  and  model  workllow Uma  folha  de  levantamento  em   campo,  criada  a  partir  da  planta   cadastral. 14
  • 15. Fluxo  de  trabalho  -­‐  Geometria Modelagem  no  software  Eddi 15
  • 16. Fluxo  de  trabalho  -­‐ Dados  climáticos O  modelo  foi  calibrado   através  da  comparação  entre   velocidades  de  vento  médias   (a  3  e  5m)  de  altura  medidas   em  campo  e  aquelas  previstas   nas  simulações.   Medições  foram  feitas  em   pontos  localizados  dentro  dos   cânions  urbanos  estudados. Foi  realizada  uma  campanha   de  medição,  entre  dezembro   de  2009  e  abril  de  2010. Estação  meteorológica  -­‐  (a)  e  (b)  Av  Sete   de  Setembro;  (c)  e  (d)  Ecoville 16
  • 17. Fluxo  de  trabalho  -­‐  Calibração Comparação  entre   velocidades  médias  de   vento  medidas  e  preditas   -­‐  Sete  de  Setembro Comparação  entre  velocidades   médias  de  vento  medidas  e   preditas  -­‐  Ecoville 17
  • 18. Fluxo  de  trabalho  -­‐  Inventário  de  tráfego Sete  de  Setembro  (a)  Composição  da  frota  (b)  PerZil  horário  de  tráfego 18
  • 19. Fluxo  de  trabalho:  Cenários Cenário  Atual:  conZiguração  presente  do  Setor   Estrutural  e  do  Ecoville,  volumes  de  tráfego   medidos  in  loco. Cenário  alternativo:  uma  hipotética  reconZiguração   do  Setor  Estrutural  segundo  a  lei  9.800/00   (aplicando  o  afastamento  de  H/6)  e  consolidação   do  Ecoville,  manutenção  do  volume  de  tráfego   atual. 19
  • 20. Resultados:  Av  Sete  de  Setembro  -­‐  Cenário  Atual A  comparação  de   concentrações  simuladas   de  poluente,  entre  o  SE  e  as   ZR-­‐4  lindeiras,  sugere  que  a   combinação  de  tráfego   intenso  com  o   adensamento  cria  um  “eixo   de  poluição”  sobreposto  ao   Eixo  Estrutural. Concentração  simulada  de  NOx  a  3,00  m,   às  18h00  (a)  Cenário  Junho  Atual-­‐Leste   Mínimo  (b)  Cenário  Junho  Atual-­‐ Nordeste  Mínimo  (c)  Escala 20
  • 21. Resultados:  Av  Sete  de  Setembro  -­‐  Cenário  Alternativo Concentração  simulada  de  NOx  a  3,00  m,   às  18h00  (a)  Cenário  Junho  Alternativo-­‐ Leste  Mínimo  (b)  Cenário  Junho   Alternativo-­‐Nordeste  Mínimo  (c)  Escala 21
  • 22. Resultados:  Ecoville  -­‐  Cenário  Atual Concentração  simulada  de  NOx  a  3,00  m,   às  18h00  (a)  Cenário  Junho  Atual-­‐Leste   Mínimo  (b)  Cenário  Junho  Atual-­‐Nordeste   Mínimo  (c)  Escala 22
  • 23. Resultados:  Ecoville  -­‐  Cenário  Alternativo Concentração  simulada  de  NOx  a  3,00  m,   às  18h00  (a)  Cenário  Junho  Alternativo-­‐ Leste  Mínimo  (b)  Cenário  Junho   Alternativo-­‐Nordeste  Mínimo  (c)  Escala 23
  • 24. Conclusões Para  o  Setor  Estrutural,  as  simulações  do  cenário  Alternativo   sugerem  a  melhoria  da  dispersão  de  poluentes  sob  as  condições  de   vento  mínimo,  as  mais  críticas.  Sob  outras  condições  climáticas,  no   entanto,  os  resultados  do  cenário  alternativo  foram  inconclusivos. Para  o  Ecoville,  as  simulações  do  cenário  Atual  apontaram  boas   condições  de  dispersão  de  poluentes;  as  simulações  do  cenário   Alternativo  sugerem  que,  mesmo  que  a  área  atinja  a  densidade   máxima  de  construção  prevista  na  Lei  9.800/00,  deve  se  manter  a   boa  condição  de  ventilação  e  dispersão  de  poluentes. 24
  • 25. Conclusões Pergunta  1:   as  condições  de  ventilação  nos  Setores  Estruturais  são   su*icientes  para  a  garantia  de  salubridade  e  controle  da  exposição   dos  moradores  às  substâncias  nocivas? De  maneira  geral,  nos  cenários  com  vento  não  mínimo,  a   dispersão  de  poluentes  nos  Setores  Estruturais  é  adequada.  Nas   situações  de  vento  mínimo  a  dispersão  é  severamente   prejudicada,  com  aumentos  signilicativos  das  concentrações   média  e  máxima  do  poluente  estudado  e  formação  de  extensivas   manchas  de  alta  concentração  ao  longo  dos  cânions,  e  instâncias   em  que  a  concentração  do  poluente  potencialmente  ultrapassa  o   limiar  delinido  na  legislação. 25
  • 26. Conclusões Pergunta  2:  há  diferença  de  qualidade  ambiental  entre  o  Ecoville  e   os  Setores  Estruturais? As  simulações  apontaram  diferenças  quantitativas  e  qualitativas   nas  condições  de  ventilação  e  dispersão  de  poluentes. Os  valores  médios  e  máximos  para  a  concentração  do  poluente  no   Setor  Estrutural  são  mais  elevados  que  os  encontrados  para  o   Ecoville,  em  todos  os  cenários. Através  das  simulações  percebeu-­‐se  também  que  a  morfologia   urbana  do  Ecoville  é  mais  permeável  aos  lluxos  de  ar,   aumentando  o  contraste  entre  as  áreas  de  máxima  concentração   de  poluente  e  a  concentração  média  para  o  trecho  simulado. 26
  • 27. Conclusões Pergunta  3:  o  afastamento  de  H/6  melhoraria  as  condições  de   ventilação  e  dispersão  de  poluentes  nos  Setores  Estruturais? As  simulações  sugerem  que  a  maior  permeabilidade   proporcionada  pelo  afastamento  de  H/6  melhoraria  a  ventilação  e   a  dispersão  de  poluentes  nos  Setores  Estruturais,  com  diferenças   mais  expressivas  nas  condições  de  vento  mínimo. A  análise  qualitativa  dos  lluxos  de  vento  sugere  que,  mesmo  com   o  maior  afastamento  entre  as  torres,  os  embasamentos  parecem   ser  um  impedimento  à  dispersão  de  poluentes  na  altira  de  3  m.   Para  a  altura  de  15  m,  há  grandes  melhorias  no  lluxo  de  vento   entre  os  edilícios,  com  potencial  melhoria  das  condições  de   ventilação  no  interior  das  edilicações. 27
  • 28. Conclusões Pergunta  4:  a  adoção  do  afastamento  de  H/6  reduziria  o   contraste  entre  os  SE  e  as  ZR-­4  lindeiras? As  simulações  do  cenário  alternativo  sugerem  que  a   maior  permeabilidade  da  morfologia  deZinida  pela  Lei   9.800/00  promoveria  melhorias  na  dispersão  de   poluentes  nos  SE  e  nas  ZR-­‐4,  atenuando  o  “eixo  de   poluição”. 28
  • 29. Conclusões Finalmente,  os  resultados  sugerem  que  os  parâmetros  atuais  de   ocupação  e  uso  do  solo,  embora  benélicos,  não  serão  sulicientes   para  a  solução  das  condições  desfavoráveis  à  dispersão  de   poluentes  nos  Setores  Estruturais.   A  simples  adoção  do  afastamento  de  H/6  sem  mudanças  mais   profundas  na  legislação  -­‐  como  o  abandono  do  Plano  Massa,  por   exemplo  -­‐  e  sem  a  revisão  do  modelo  de  mobilidade  urbana  não   será  suliciente  para  a  melhoria  das  condições  de  dispersão  de   poluentes  ao  nível  da  rua. 29
  • 30. Referências BRUSE,  Michael.    ENVI-­met  website.  <http://www.envi-­‐met.com>.   Acesso  em  11/2009. OKE,  T.  R.    Boundary  layer  climates.    Nova  York  :  Methuen,  1978. ________.  Initial  guidance  to  obtain  representative  meteorological   observations  at  urban  sites.      WMO,  2006.   DANNI-­‐OLIVEIRA,  I.  M.    A  Cidade  de  Curitiba  e  a  Poluição  do  Ar:   Implicações  de  seus  atributos  urbanos  e  geoecológicos  na   dispersão  de  poluentes  em  período  de  inverno.  In:  MONTEIRO,  C.   A.  F.;  MENDONÇA,  F.    Clima  Urbano.  São  Paulo  :  Contexto,  2003. 30
  • 31. Referências CALIXTO,  A.    O  Ruído  gerado  pelo  Tráfego  de  Veículos  em   “Rodovias-­Grandes  Avenidas”,  situadas  dentro  do  perímetro  urbano   de  Curitiba,  analisados  sobre  parâmetros  acústicos  objetivos  e  seu   impacto  ambiental,  Curitiba.  Dissertação  de  mestrado  em   Engenharia  Mecânica,  Universidade  Federal  do  Paraná,  2002. KESSLER,  C.  NIEDERAU,  A.  SCHOLZ,  W.  Estimation  of  NO2/NOx   relations  of  traflic  emissions  in  Baden-­‐Württemberg  from  1995  to   2005.  2nd  Confe  Environment  &  Transport  and  15th  Conf.   Transport  and  Air  Pollution.  Proceedings  of...   BORTOLI,  P.  S.    Análise  da  poluição  sonora  urbana  em  zoneamentos   distintos  da  cidade  de  Curitiba.  103f.  Dissertação  –  Programa  de   Pós-­‐Graduação  em  Tecnologia.  Universidade  Tecnológica  Federal   do  Paraná,  Curitiba,  2002.  Disponível  em  <http:// www.ppgte.ct.utfpr.edu.br/dissertacoes/2002/bortoli.pdf> 31
  • 32. Referências INSTITUTO  AMBIENTAL  DO  PARANÁ  (IAP).  Relatório  Qualidade   do  Ar  na  Região  Metropolitana  de  Curitiba,  Ano  de  2008.  Paraná,   2009a. INSTITUTO  DE  PESQUISA  E  PLANEJAMENTO  URBANO  DE   CURITIBA  (IPPUC).  Uso  do  Solo:  Legislação.  Lei  nº  9.800  de  3  de   Janeiro  de  2000  e  Leis  Complementares.  Curitiba:  IPPUC,  2002.   Disponível  em  <  http://www.ippuc.org.br/pensando_a_cidade/ textos_zoneamento/legisla%C3%A7%C3%A3o%20de%20uso %20do%20solo(%20lei%209800%20e%20leis %20complementares).pdf  >.  Acesso  em  23/03/2010. 32