1) O crescimento populacional brasileiro vem diminuindo desde os anos 1960 devido à queda acelerada na taxa de natalidade.
2) A taxa de mortalidade caiu após a Segunda Guerra Mundial, fazendo o crescimento vegetativo aumentar até os anos 1960.
3) A transição demográfica brasileira, com queda das taxas de natalidade e mortalidade, faz o país seguir o padrão dos países desenvolvidos de crescimento populacional reduzido.
1. Capítulo 1 ta uma queda maior que a verificada na taxa de nata-
lidade, no entanto, o crescimento vegetativo aumen-
O CRESCIMENTO ta. Para que ele diminua, a queda da natalidade tem
E A DISTRIBUIÇÃO de ser mais acentuada que a de mortalidade. Logo
após a Segunda Guerra Mundial, em todos os paí-
DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ses, houve uma queda brutal nas taxas de mortali-
dade, graças aos progressos obtidos na medicina
O Brasil chega ao ano 2000 com um pouco mais de durante o conflito. A taxa de crescimento vegetativo,
166 milhões de habitantes, conforme estimativa do portanto, aumentou significativamente. A partir da
IBGE. A população continua a crescer em uma velo- década de 60, com a urbanização acelerada no Brasil,
cidade menor e é maior o número de idosos. A queda a taxa de natalidade passou a cair de forma mais
de natalidade é uma das principais causas. acentuada que a taxa de mortalidade. Conseqüente-
A diminuição do crescimento da população a partir mente, o crescimento vegetativo começou a diminuir,
dos anos 60 deve-se basicamente a uma queda acele- embora ainda apresentasse valores muitos altos, tí-
rada na taxa de fecundidade, ou seja, as mulheres picos de países subdesenvolvidos.
passam a ter cada vez menos filhos. Co o avanço da
urbanização e o esgotamento da economia rural fami- O CRESCIMENTO POPULACIONAL
liar de subsistência, os filhos deixam de ser mão-de- (taxas médias anuais)
obra para o trabalho no campo e passam a ser a razão
3
de gastos cada vez maiores. Além disso, têm um aces-
2,99
so cada vez maior a métodos contraceptivos. 2,8
2 2,39 2,48
Isso se reflete na taxa de fecundidade e, a partir dos
1,99
anos 70, as mulheres das classes média e alta urba-
1
nas passam ater um menor número de filhos por
casal. Durante os anos 80 essa diminuição se gene-
0
raliza entre famílias de menor renda no meio urbano
e entre as de renda mais alta e no meio rural. O grau
de escolarização da mulher também contribui para a
opção de reduzir o número de filhos.
A Transição demográfica
Fecundidade TAXA POR REGIÃO
A expressão transição demográfica designa as alte-
Regiões 1970 1980 1990 1996 rações no comportamento da curva demográfica em
Norte 6,7 5,5 4,0 2,8 (*) curso no Brasil. Ela se refere a uma transição entre
Nordeste 6,9 5,8 4,0 2,9 duas situações de crescimento demográfico relativa-
Sudeste 4,4 3,2 2,4 2,0 mente reduzido: a primeira, resultado de altas taxas
Sul 5,2 3,4 2,3 2,1 de mortalidade e de natalidade; a segunda, resulta-
Centro-Oeste 5,9 4,2 2,9 2,3 do da diminuição da mortalidade e natalidade. Du-
Total 5,4 4,0 2,7 2,3 rante a fase de transição, registra-se um crescimen-
(*)
Não inclui a população da área rural de Rondônia, Acre,
to demográfico acelerado.
Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Nos países desenvolvidos, a transição demográfica
Fonte: Tendências Demográficas: Uma Análise a partir dos completou-se nas primeiras décadas do século XX.
Resultados do Censo Demográfico de 1991 e Indicadores Hoje, as taxas e incrementos demográficos vigentes
Sociais Mínimos - IBGE nesses países são bastante reduzidos. Nos países
A proporção de mulheres chefes de família aumenta subdesenvolvidos, a transição demográfica só estará
a cada ano. De acordo com o IBGE, elas chefiam 26% terminada nas primeiras décadas do próximo século,
das famílias em 1999. Esse aumento do número de mas grande parte deles já exibe uma redução signifi-
famílias lideradas por mulheres é um fenômeno mais cativa nas taxas de natalidade e, e, conseqüência,
urbano, decorrente da separação de casais. Com a do crescimento demográfico. O caso brasileiro ilus-
ruptura do casamento, quase sempre a mulher se tra com exatidão esse fenômeno.
Apesar disso, o mito da explosão demográfica segue
encarrega da guarda dos filhos e passa a dirigir a
presente no discurso de muitos políticos e planeja-
família. Também o fato das mulheres viverem mais
dores e na opinião pública em geral. Mais de vinte
tempo contribui para que um grande número delas
anos de publicidade sobre essa “ameaça” continuam
assuma a família quando se tornam viúvas.
assustando muita gente.
Observamos que o crescimento vegetativo ou natu-
ral corresponde à diferença entre as taxas de natali-
dade e de mortalidade. No Brasil, embora essas duas
ESQUEMA TEÓRICO DA
taxas tenham declinado no período de 1940-1960, TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
foi somente a partir da década de 60 que o cresci- A esperança ou expectativa de vida ao nascer e a
mento vegetativo passou a diminuir. taxa de mortalidade infantil são importantes indica-
Podemos notar, que a taxa de mortalidade apresen- dores da qualidade de vida da população de um país.
1
2. Analisando os dados da tabela a seguir, verificamos Ao processo de crescimento do numero de idosos e
que, principalmente na região Nordeste, os indica- diminuição do número de crianças e de adolescentes
dores brasileiros são parecidos com os de países afri- dá-se o nome de envelhecimento populacional. Esse
canos, enquanto nas regiões Sul e Sudeste as taxas processo também vem atingindo o Brasil, nos últi-
podem ser comparadas às de países desenvolvidos. mos anos.
Lembre-se de que esses indicadores correspondem
a uma média e, portanto, não apresentam as gran- EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
des variações existentes entre as classes sociais de
cada região.
1. (CN) No Brasil, o índice de natalidade tem acusa-
do uma sensível redução depois dos anos 70. Pas-
GRANDES ESPERANÇA DE VIDA TAXA DE MORTALIDADE
REGIÕES AO NASCER INFANTIL
sou de 44%, na década de 50, para 26%, em 1990.
(ANOS) 1990 (%) 1990 Essa significativa redução deve ser explicada por di-
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total versas causas, EXCETO:
Norte 67,35 63,82 71,01 53,20 60,30 45,80 a) O fenômeno da urbanização e o retardamento dos
Nordeste 64,22 60,84 67,74 98,20 95,60 80,60 casamentos.
Sudeste 67,53 63,58 71,66 30,00 37,00 22,80 b) As intensas migrações internas.
Sul 68,68 65,00 72,51 26,70 33,60 19,60
c) O maior uso métodos anticonceptivos.
d) Uma maior participação feminina no mercado de
Centro-Oeste 67,80 84,30 71,45 33,00 40,00 25,60
trabalho.
Brasil 65,62 62,28 59,09 49,70 56,80 42,30
e) A grande emigração brasileira.
(Anuário estatístico do Brasil 1995)
Na distribuição populacional do Brasil, notamos que 2. (CN) Sobre o Brasil e as condições de sua popula-
a região que ainda concentra maior população é a re- ção, é possível afirmar que:
I – o PNB nacional coloca o Brasil como uma das
gião Sudeste, acompanhada da região Nordeste. En-
últimas economias do mundo.
tretanto, as regiões Centro-Oeste e Norte são as que
II – o baixo consumo da sociedade brasileira deve-se
apresentam o menor número de população absoluta.
à renda per capta nacional, uma das mais baixas do
POPULAÇÃO DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO mundo.
1998* 1999** III – o ritmo de crescimento da população brasileira
Norte 7.592.118 12.133.705 está se reduzindo, tendo entre suas causas, o in-
Nordeste 45.924.812 46.289.042 tensivo processo de urbanização que ocorre no país.
Centro-Oeste 11.048.474 11.220.747 Assinale a alternativa correta.
Sudeste 69.174.339 69.858.115
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
Sul 24.223.412 24.445.950
Brasil 158.232.252 163.947.554 b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras
* Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar
(não inclui a população rural de RO, AC, AM, RR, PA, AP) d) Somente a afirmativa III é verdadeira.
** Estimativa do IBGE e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.
Sabemos que a expansão econômica pode ampliar o 3. (ESA) Reconhecemos como espaço tipicamente
processo de urbanização e, conseqüentemente, de- “anecumênico” (desfavorável à ocupação normal pelo
sacelerar o crescimento populacional do país. As re- homem), pertencente ao território brasileiro, o(a):
giões Centro-Oeste e Norte foram as que mais apre- a) Pantanal Mato-grossense.
sentaram desenvolvimento de crescimento vegetativo b) Campanha Gaúcha.
percentual, em função dos fortes deslocamentos mi- c) Vale do Jequitinhonha.
gratórios para essas áreas, iniciados nos anos 70 d) Rochedos de São Pedro e São Paulo.
com as frentes pioneiras agrícolas. e) Sertão Nordestino.
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO 4. (ESA) Uma tendência relacionada à dinâmica da
BRASILEIRA – 1940/2000 população brasileira, registrada no Censo de 1980 e
TAXA GEOMÉTRICA ANUAL confirmada pelas informações do Censo de 1991, é
ANO POPULAÇÃO RESIDENTE
DE CRESCIMENTO o(a):
1940* 41.236.315 - a) Predomínio da população rural sobre a urbana.
1950* 51.944.397 2,39 b) Aumento da taxa de mortalidade.
1960 70.070.457 2,99 c) Melhor distribuição de renda nacional.
1970 93.139.037 2,89 d) Aumento da taxa de natalidade.
1980 119.002.706 2,48 e) Queda da taxa de natalidade.
1991 146.825.475 1,93
2000 169.799.170 1,64 5. (CESGRANRIO) Ao afirmar que “o superpovoamento
é sempre relativo” queremos dizer que:
Fonte: Censo Demográfico 2000
* População presente – conta também as pessoas que não residem a) Tal noção aplica-se, apenas, a espaços onde há
naquele lugar, mas que estavam presentes no momento da pesquisa. atividade industrial;
2
3. b) O tamanho da população e do território são deter- b) Introdução de legislações específicas que desesti-
minantes para se definir se uma área é ou não su- mulam casamentos precoces.
perpovoada; c) Mudança na legislação que normaliza as relações
c) Áreas com fracas densidades de população não po- de trabalho, suspendendo incentivos para trabalha-
dem ser consideradas superpovoadas doras com mais de dois filhos.
d) As áreas urbanizadas, por possuírem fortes con- d) Aumento significativo de esterilidade decorrente
tingentes populacionais, sempre são consideradas de fatores ambientais.
superpovoadas; e) Maior esclarecimento da população e maior parti-
e) Uma área que possua características ou superpo- cipação feminina no mercado de trabalho.
voamento sempre manterá estas características.
9. (UFJF) O censo demográfico que será realizado no
6. (UGF/RJ) “Os países subdesenvolvidos apresen- ano 2000 deverá trazer novas informações a respeito
tam uma população jovem e numerosa, resultante do perfil da população brasileira.
das elevadas taxas de natalidade. Essa situação exi- Podemos considerar como objetivos de um censo
ge grandes investimentos no campo social e uma re- demográfico EXCETO:
dução de investimentos nos setores econômicos.
a) O número total de habitantes e sua distribuição
Portanto o crescimento populacional é responsável
no território;
pelo subdesenvolvimento.”
b) A distribuição de habitantes por número de vagas
A teoria demográfica relacionada no texto acima é:
nas escolas públicas;
a) Reformista.
c) As características dos domicílios;
b) Neomalthusiana.
d) O processo migratório e a ocupação da população.
c) Marxista.
d) Malthusiana.
10. (FUVEST) No Brasil, os temas “crescimento po-
e) Progressista.
pulacional” e “exclusão social” aparecem, muitas
7. (MACKENZIE/SP) Assinale a alternativa INCOR- vezes, vinculados às discussões sobre o crescimen-
RETA sobre a população brasileira. to urbano. Considerando as associações menciona-
a) A partir da década de 1970, a taxa de fecundidade das, assinale a alternativa correta.
tem apresentado constante declínio, com conseqüen- a) As altas de crescimento populacional, decorren-
tes reflexos nas taxas de natalidade e de crescimen- tes da industrialização, produzem a exclusão social
to vegetativo. nas grandes cidades.
b) Desde a década de 1950, a taxa de mortalidade b) As altas taxas de crescimento vegetativo nas gran-
tem decrescido e hoje é semelhante às verificadas des cidades produzem crise na habitação, sendo res-
nos países desenvolvidos. ponsáveis pela existência dos “sem-teto”.
c) Com o declínio da taxa de natalidade e o aumento c) O alto índice de crescimento demográfico e os bai-
da expectativa de vida, a pirâmide de idades tem se xos investimentos privados em infra-estrutura ur-
transformado com o estreitamento da base e o alon- bana geram, uma população socialmente excluída.
gamento do topo. d) A macrocefalia urbana, decorrente da superpopu-
d) Desde a década de 1950, verifica-se o aumento da lação e da ampliação da megalópole, gera uma popu-
população urbana, com reflexos na distribuição da lação socialmente excluída.
população ativa que, hoje, apresenta maior concen- e) As altas taxas de crescimento populacional nas
tração no setor terciário. grandes cidades e a má distribuição de renda condu-
e) A descentralização das atividades econômicas re- zem à exclusão social.
verteu a tendência de concentração da população na
faixa litorânea, atualmente, distribuída de forma 11. (PUC/RJ) A população brasileira cresceu 7% en-
homogênea por todo o território. tre o Censo de 1991 e as estimativas de 1996, atin-
gindo 157 milhões de habitantes. A taxa de cresci-
8. (ENEM) Os dados da tabela mostram a tendência mento anual foi de 1,38%, a mais baixa já registrada
de distribuição, no Brasil, do número de filhos por no país. Essas tendências vão provocar mudanças
mulher. significativas no perfil da população brasileira.
Evolução das Taxas de Fecundidade Assinale a alternativa que indica uma dessas mudanças:
Época Número de filhos por mulher a) Aumento percentual da população jovem;
Século XIX 7 b) Diminuição do contingente de jovens e velhos;
1960 6,2 c) Diminuição da população potencialmente produtiva;
1980 4,01 d) Aumento, em números absolutos, do contingente
1991 2,9 com mais de 65 anos;
1996 2,32 e) Manutenção da composição da população por fai-
Fonte: IBGE, contagem da população de 1996. xas de idade.
Dentre as alternativas, a que melhor explica essa
tendência é: 12. (CESGRANRIO) Quando se fala da primeira re-
a) Eficiência da política demográfica oficial por meio gião brasileira a ser densamente povoada organizada
de campanhas publicitárias. em torno dos pólos canavieiro e algodoeiro, e con-
3
4. siderada atualmente a segunda mais populosa do IV – Rondônia e a calha este do vale do Amazonas
país, está se fazendo referência à região: estão em processo de ocupação.
a) Sul; b) Sudoeste; c) Centro-Oeste; V – uma área a oeste do vale do São Francisco ainda
d) Nordeste; e) Norte. se apresenta com densidades muito baixas.
As afirmativas corretas são:
a) Somente I, II e III.
EXERCÍCOS PROPOSTOS b) Somente II, III e IV.
c) Somente II, III e V.
1. (VN) A variação do crescimento vegetativo brasi- d) Somente I III, IV e V.
leiro, no presente século, é fruto de uma série de e) I, II, III, IV e V.
mudanças estruturais ocorridas no país. Assim sen-
do, assinale a única alternativa INCORRETA que faz 3. (PUC/RS)
jus a esta realidade.
a) No início deste período, o crescimento natural era
mais reduzido, uma vez que tanto as taxas de nata-
lidade quanto as de mortalidade eram elevadas.
b) No período de 1940-1960 verificamos um sensível
aumento no crescimento populacional, já que taxas
de mortalidade passaram a declinar numa velocida-
de maior que as taxas de natalidade.
c) Atualmente presenciamos um crescimento demo-
gráfico em franco processo de expansão resultado tanto
das melhorias higiênico-sanitárias, verificadas espe-
cialmente nos centros urbanos, como na erradicação
de um número cada vez maior de doenças endêmicas.
d) A urbanização é um fator fundamental para en-
tendermos melhor o declínio das taxas de crescimen-
to populacional a partir de 1960.
e) Entre 1945-60 observou-se um incremento nas
taxas de crescimento natural, uma vez que o desen-
volvimento dos setores secundário e terciário con-
tribuíram decisivamente para a diminuição junto às
taxas de mortalidade, principalmente a dita infantil. Pela interpretação do gráfico, conclui-se que:
a) No período entre 1872 a 1990, o planejamento fa-
2. (CESGRANRIO) ESTIMATIVA 1990 miliar possibilitou ao país um pequeno crescimento
demográfico.
b) O aumento populacional, a partir de 1950, é con-
seqüência da diminuição da mortalidade, em função
dos avanços médico-sanitários.
c) O desaceleramento do aumento da população na
década de 90 do século XX mostra que o país conse-
guiu entrar na segunda fase de crescimento mundial
da população, atingida pelos países não desenvolvi-
dos industrializados.
d) Até 1950, o Brasil, permaneceu em equilíbrio po-
pulacional, pois não tinha recebido contingentes
imigratórios.
e) O Brasil é um país populoso, conseqüentemente
povoado.
Como pode ser verificar no mapa acima, a distribui- 4. (Especex) O crescimento populacional nas diver-
ção da população brasileira pelo espaço geográfico sas regiões do mundo obedece basicamente a fases.
permite afirmar que: Uma dessas fases mais conhecida como “segunda
I – a grande maioria da população brasileira ainda se fase do ciclo demográfico”, caracteriza-se por um ele-
encontra no antigo limite de Tordesilhas. vado crescimento demográfico, provocando em algu-
II – mais de 1/3 do país, apesar doas 150 milhões de mas regiões subdesenvolvidas, a chamada “EXPLO-
habitantes, ainda é quase um “vazio demográfico”. SÃO DEMOGRÁFICA”.
III – o sul e sudeste da Região Centro-Oeste se in- Essa fase de grande crescimento demográfico nor-
corporam rapidamente à faixa de maior concentração malmente é causado pelo(a):
demográfica. a) Redução significativa da taxa de mortalidade
4
5. b) Aumento expressivo da natalidade. e) Transformação das estruturas socioeconômicas do
c) Imigração. com grande mobilidade espacial.
d) Conjugação da e alta mortalidade com alta natali-
dade. 7. (Vassouras) No fim do ano passado, a população do
e) Emigração. estado do Rio de Janeiro atingiu um total de 14,3 mi-
lhões de habitantes. Supondo-se que neste mesmo
5. (ENEM-2001) Ao longo do século XX, a taxa de vari- ano tenha havido 220 mil nascidos vivos e 130 mil
ação na população do Brasil foi sempre positiva (cres- óbitos, qual foi a taxa de crescimento natural?
cimento). Essa taxa leva em consideração o número de a) 2,44% b) 1,54% c) 0,90%
nascimentos (N), o número de mortes (M), o de emi- d) 0,63% e) 0,36%
grantes (E) e o de imigrantes (I) por unidade de tempo.
É correto afirmar que, no século XX: 8. (UFPI) O conceito de crescimento natural, ou ve-
a) M > I + E + N getativo, é a diferença entre:
b) N + I > M + E a) Os índices de natalidade e os de vida média.
c) N + E < M + I b) As taxas de emigração e de imigração.
d) M + N < E + I c) As taxas de natalidade e as de mortalidade.
e) N < M – I + E d) As taxas de mortalidade geral e mortalidade infantil.
e) O número de nascimentos e o número de imigrantes.
6. (CESGRANRIO)
9. (UFMG) O Censo Demográfico do Brasil de 2000,
entre outras conclusões, confirmou alguns compor-
tamentos da população de Minas Gerais, já eviden-
ciados anteriormente.
Esses comportamentos estão corretamente expres-
sos em todas as alternativas, EXCETO em
a) Manutenção das taxas de crescimento da popula-
ção masculina superior ao da feminina nas áreas
urbanas.
b) Maiores taxas de crescimento populacional no
estado registradas em alguns municípios da Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
c) Variação negativa de crescimento de população ru-
ral revelada desde o Censo de 1970.
d) Taxas de crescimento demográfico dos municípios
do interior maiores que as do município da Capital.
10. (PUC) A população brasileira modificou, ao longo
Observando-se o quadro acima, conclui-se que a ex- do século XX, seus comportamentos demográficos,
pectativa de vida do brasileiro, ao nascer, vem au- como mostra o gráfico:
mentando a partir da década de 90. O declínio das
taxas de fecundidade e de natalidade, combinado com EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO VEGETATIVO NO BRASIL
a queda das taxas de mortalidade, explica a tendên-
cia deste quadro, que, junto com o crescimento do
número de idosos, vem elevar a expectativa média
de vida. Com esta estrutura estaria vigente, configu-
ram-se alterações no perfil da população.
Um dos reflexos deste fato na sociedade brasileira é o(a):
a) Aumento dos encargos econômicos e a necessida-
de de uma política social voltada para a nova realida-
de do país.
b) Crescente emprego do trabalho infantil, face à ex-
cessiva oferta de mão-de-obra, tal como ocorreu no
período imediatamente posterior à Revolução Indus-
trial inglesa. Sobre estas mudanças, avalie as afirmativas a se-
c) Crescente ingresso da mulher no mercado formal guir:
do país, elevando os padrões demográficos típicos de I - Nas primeiras décadas do século XX, as princi-
países de trabalho, resultando numa melhoria da pais cidades brasileiras passaram por um processo
qualidade de vida deste segmento da população. de higienização com a utilização de vacinas, criação
d) Maior atuação da igreja, na tentativa de estimular o de rede de esgotos e fornecimento de água potável, o
controle de natalidade por meios naturais, como expli- que iniciou um processo de redução das taxas de
citam as encíclicas Rerum Novarum e Humanae Vitae. mortalidade.
5
6. II - Em meados do século XX ocorreu uma redistri- NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS NA FAMÍLIA
buição espacial da população com a aceleração de 5 4,4
urbanização o que acarretou a redução das taxas de 3,9 3,8 4,0
4 3,5 3,4
natalidade.
III - A partir da década de 70, os investimentos em 3
infra-estrutura territorial possibilitaram aos meios 1991 2
de comunicação difundir novos padrões de compor- 2000 1
tamento para parcelas maiores da população o que 0
contribui para uma maior redução nas taxas de fe- Total Urbana Rural
cundidade. Fonte: Censo 2000 IBGE
IV - A partir da crise da década de 80, as políticas
Assinale a opção que apresenta considerações ade-
governamentais de controle de natalidade permiti-
quadas acerca da redução quantitativa de componen-
ram a queda do crescimento vegetativo e o ingresso
tes da família brasileira.
na fase mais avançada da transição demográfica.
a) A redução do número médio das famílias no país
Indique a opção que apresenta as afirmativas corre-
está associada, sobretudo nas áreas de fronteira agrí-
tas:
cola, às péssimas condições sanitárias e à concen-
a) I e II; b) III e IV; c) I, II e III;
tração de terras que impedem o pleno desenvolvi-
d) II, III e IV; e) I, II, III e IV.
mento das famílias.
b) As políticas demográficas natalistas nas duas úl-
timas décadas do século XX, implementadas pelo
EXERCÍCIOS PROPOSTOS II governo federal, foram mal sucedidas, uma vez que o
Brasil apresenta queda no número médio de pesso-
as nas famílias em todo país.
1. (CN)
c) A grande migração da população do campo para as
1960 1970 1980 1990 cidades, fenômeno característico da segunda metade
do século passado, é a principal responsável pela re-
6,3% 5,8% 4,4% 3,1%
dução das famílias em grande parte do país, sobretudo
Analise a tabela acima, relativa às taxas de fecundi- nas periferias e nas favelas das grandes metrópoles.
dade no Brasil, e assinale a alternativa que melhor a d) A grande diferença do número de membros das
interpreta. famílias rurais e urbanas resultou do baixo nível
a) Percebemos uma queda na taxa de fecundidade cultural da população camponesa, incapaz de adotar
nacional em função da melhor distribuição de ren- um planejamento familiar mais eficaz.
da, associada a maior difusão de métodos anticon- e) A adoção do modo de vida urbano, pelo campo,
ceptivos. implicando o estímulo ao consumo de bens, à utili-
b) A conjuntura sócio-econômica e o aumento da zação de serviços e às práticas de lazer, bem como
participação feminina no mercado de trabalho, acar- as mudanças culturais nos relacionamentos inter-
retado fundamentalmente pela urbanização, ajuda- pessoais, contribuíram para a redução do número de
nos a compreender melhor a redução da taxa de fe- pessoas nas famílias em todo país.
cundidade.
c) Nos grandes centros urbanos, onde passou a con- 3. (Vassouras/RJ) Na tabela, encontram-se indica-
centrar-se a maioria da população após 1960, obser- dores demográficos de três hipotéticos países:
vamos maiores taxas de mortalidade, especialmente
Taxa de Taxa de Saldo
infantil, o que justifica o declínio da taxa de fecundi- País
natalidade mortalidade migratório
dade no período demonstrado pela tabela.
d) A presente tabela não demonstra nada, pois com 1 1,3% 0,8% -0,9%
os dados em questão não podemos fazer nenhuma 2 0,7% 0,7% -1,3%
associação referente à diminuição da taxa de fecun- 3 0,5% 0,7% +1,2%
didade e evolução sócio-econômica do país.
e) A população brasileira, após 1960, com a efetiva- É correto afirmar que:
ção da industrialização, passou a apresentar condi- a) O país 1 apresenta crescimento populacional po-
ções sócio-econômicas bem melhores, o que acabou sitivo apesar da forte emigração
acarretando um rápido envelhecimento da mesma e, b) No país 2 o crescimento populacional é pratica-
com isso, uma diminuição da sua capacidade de ge- mente igual a zero, havendo a necessidade de fo-
rar filhos. mento à imigração.
c) No país 3 há crescimento populacional, pois o sal-
2. (UFF/RJ) O Censo 2000 do IBGE registrou, con- do migratório positivo compensa o crescimento vege-
forme ilustra o gráfico a seguir, significativa redução tativo negativo.
do número médio de pessoas na família em todo o d) No país 2 o crescimento populacional acompanha
país. o crescimento vegetativo que é negativo.
6
7. e) No país 3 o saldo migratório não consegue com- b) A população brasileira tornou-se predominante-
pensar o crescimento vegetativo negativo. mente urbana em pouco tempo.
c) O crescimento econômico brasileiro resultou do
4. (UNI-BH/MG) O surto sem precedentes históricos processo de urbanização
que se iniciou na Europa com a era industrial espan- d) O êxodo rural e o crescimento econômico de que
tou muitos estudiosos do assunto. Em 1798, o pas- trata o texto, não foram simultâneos.
tor da Igreja Anglicana Thomas Robert Malthus for- e) A concentração da mídia determinou a degradação
mulou uma teoria bastante alarmista sobre a questão das escolas
demográfica, influenciando, de forma significativa, os
estudos de muitos teóricos que a ele se seguiram. 7. (UFPI) Com relação à dinâmica da população bra-
De forma sintética, Malthus afirmava que: sileira, importantes transformações vêm ocorrendo
a) A capacidade de produção de alimentos era limitada nos últimos 20 anos.
e cresceria apenas em progressão aritimética, enquanto A esse respeito assinale a alternativa correta.
a população cresceria em progressão geométrica. a) As taxas de natalidade vêm diminuído, porém as
b) O subdesenvolvimento é um fenômeno diretamen- taxas de mortalidade vêm apresentando aumento
te relacionado ao crescimento populacional, visto que substancial.
se caracteriza por uma queda persistente da renda b) O crescimento vegetativo deixou de ser o elemen-
per capta das populações. to principal do incremento demográfico devido ao in-
c) Os excedentes demográficos resultam diretamen- centivo à imigração.
te da forma de organização da produção capitalista, c) As taxas de natalidade e mortalidade vêm diminu-
que se sustenta na formação de um amplo exército indo, proporcionando o aumento da esperança de vida
de reserva de mão-de-obra. ou expectativa de vida dos brasileiros.
d) A escassez de recursos naturais do planeta, as- d) Existe pequena relação entre a diminuição dos
sim como o agravamento dos problemas ambientais, índices de mortalidade e o crescimento das taxas de
está diretamente relacionado à pressão exercida pelo urbanização.
crescimento demográfico. e) Os índices de expectativa de vida da população
são iguais para todas as regiões brasileiras e em to-
5. (UFRN) Segundo a “Contagem Populacional de das as classes sociais.
1996” (IBGE-1997), tem acontecido, no curso dos úl-
timos anos, mudanças no crescimento populacional 8. (Souza Marques/RJ-2001)
das regiões geoeconômicas brasileiras.
No referido documento, o Centro-Sul e a Amazônia Taxa de crescimento da população brasileira
apresentam as maiores taxas de crescimento popu- Anos 50/60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000
lacional.
3% 2,5% 1,9% 1,4% 1,4%
Isso se deve, respectivamente, a
a) Melhores condições de qualidade de vida e à dis-
Taxa de urbanização
tribuição das áreas indígenas.
b) Concentrações da prestação de serviços e a as- Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000
pectos naturais. 37% 47% 70,5% 76% 80%
c) Concentrações urbano-industriais e a migrações Fonte IBGE, Censo 2000 – Dados preliminares.
internas.
d) Melhores condições técnico-científicas e à forma-
ção de tecnopolos. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A urbanização aumentou no sentido inverso do
6. (UFRURJ/RURAL) Em nenhum outro país foram as- crescimento da população que vem registrando uma
sim, contemporâneos e concomitantes, processos como a queda em função da diminuição da natalidade
desruralização, as migrações brutais desenraizadoras, a b) O aumento do crescimento populacional é acom-
urbanização galopante concentra-dora, a expansão do con- panhado por um aumento da urbanização como con-
sumo de massa, o crescimento econômico delirante, a con- seqüência das contradições do processo de moderni-
centração da mídia escrita, falada e televisionada, a de- zação da economia brasileira.
gradação das escolas, e o triunfo, ainda que superficial, c) A tendência ao declínio do crescimento populaci-
de uma filosofia de vida que privilegia os meios materiais onal compensa as taxas de urbanização, podendo
e se despreocupa com os aspectos finalistas da existên- levar em breve a uma situação de equilíbrio demo-
cia. E lugar do cidadão, formou-se um consumidor, que gráfico.
aceita ser chamado de usuário. (Adap. De OLIVA, Jaime e d) A modernização da economia brasileira e a rápida
GIANSANTI, Roberto. Temas de geografia do Brasil. São urbanização operam no sentido de diminuir as taxas
Paulo. Atual. 1999. p.19 e 20). de natalidade da população.
Com base no texto e na história da distribuição po- e) As transformações na estrutura socioeconômica,
pulacional brasileira, podemos concluir que tanto do campo como na cidade, têm alterado bas-
a) Houve violências na transferência da população tante a relação entre o custo e o benefício de ter
rural para as cidades filhos.
7
8. 9. (UEL/PR) Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A distribuição da população brasileira tem como
componentes, além dos fatores naturais, fatores eco-
nômicos e históricos tais como movimentos migra-
tórios internos.
b) Apesar de ser um dos países mais popu-losos do
mundo, o Brasil continua a ser um país de baixa den-
sidade demográfica.
c) Na atualidade, a maior concentração popu-lacio-
nal brasileira encontra-se na região Sudeste.
d) Desde a década de 90, a região Centro-Oeste tem
consolidado sua importância como pólo de atração
populacional do país.
e) Com exceção da região Nordeste, nas demais regi-
ões brasileiras a população rural é menor do que a
população urbana.
10. (UFF/RJ)
Evolução da população brasileira – 1881 / 2000
Afirma-se, após análise das informações fornecidas
pelo gráfico:
I - A tendência recente é de estabilidade nas taxas
de mortalidade e natalidade brasileiras, em um pa-
tamar inferior ao período que antecedeu à Segunda
Guerra Mundial.
II - A partir da década de 70 observa-se uma sensível
queda da taxa de natalidade, porém, a taxa de mor-
talidade revela um sentido oposto.
III - A mortalidade registra declínio consistente a par-
tir da década de 30, ao passo que a natalidade só de-
clina de modo mais expressivo a partir dos anos 60.
IV - As taxas de mortalidade e de natalidade só apre-
sentaram crescimento significativo a partir dos anos 50.
As afirmativas que estão corretas são indicadas por:
a) I e II b) I e III c) II e III
d) II e IV e) III e IV
11. (UNIFENAS/MG) Sobre a população brasileira,
todas as afirmações estão corretas, EXCETO:
a) A população absoluta é levada enquanto que a re-
lativa é reduzida
b) As maiores concentrações populacionais aparecem
no litoral.
c) As taxas de natalidade vêm caindo, embora ainda
sejam bastante elevadas.
d) São Paulo representa o Estado de maior popula-
ção absoluta e relativa.
e) Segundo o IBGE, o censo de 1991 mostrou que,
entre a população brasileira, predominam os brancos.
8
9. A ESTRUTURA POPULACIONAL Brasil 41 26 28 20 31 54
BRASILEIRA E A RELAÇÃO COM China 73 46 14 21 13 33
Coréia do Sul 30 11 30 31 40 58
OS SETORES ECONÔMICOS
Espanha 19 8 39 30 42 62
França 9 5 43 26 48 69
Segundo a ONU, o total de idosos, de 646 milhões,
Índia 63 58 15 18 22 24
cresce a mais de 11 milhões a cada ano. A maioria
Japão 9 5 39 33 52 62
está no continente europeu. Estima-se que até 2050,
a proporção de jovens (com menos de 125 anos de Nigéria 53 43 10 9 37 48
idade) se reduza de 30% para 20% enquanto o núme- Rússia 19 12 50 47 31 36
ro de idosos deverá subir para 22% da população Uganda 84 80 6 7 10 13
mundial, perfazendo 2 bilhões de pessoas.
Essa marca indica o aumento da expectativa de vida, Nos países desenvolvidos a maioria da população tra-
graças à melhoria dos serviços de saúde, saneamen- balha no setor terciário e secundário, com ampla
to e ao acesso à água tratada. mecanização no setor primário. Nos países subde-
senvolvidos, de modo geral, a população se concen-
tra também no setor terciário, com hipertrofia do
mesmo. A agricultura concentra ainda um bom nú-
mero de mão-de-obra ativa, sendo que a mecaniza-
ção já começa a atingir a população local forçando
fluxo populacional de saída.
O setor terciário é muito amplo e engloba tanto os
serviços moderníssimos (institutos de pesquisas
científica e tecnológica, universidades e hospitais,
setor financeiro, assessorias, empresas de softwa-
res para computação, publicidade, comunicações,
etc.) como também atividades tradicionais, que em
alguns casos são até desnecessárias para a eco-
nomia do país. Alguns propuseram reclassificar
esse setor em dois: terciário (comércio) e quater-
nário (serviços).
Nos países desenvolvidos ocorre o predomínio da
população adulta ativa (20 a 60 anos), entretanto, A ESTRUTURA POPULACIONAL BRASILEIRA
nos países em desenvolvimento começa a ocorrer o
predomínio de adultos, com o crescimento de velhos
(acima de 60 anos) e redução dos jovens (menos de
20 anos).
Existe normalmente um equilíbrio de proporções
entre o número de pessoas do sexo masculino e do
sexo feminino. A população feminina, no geral, é um
pouco maior que a masculina, pois a expectativa de
vida do sexo feminino é ligeiramente superior à do
masculino. Mas essa diferença quase nunca é signi-
ficativa. Apenas os países (ou áreas) de imigração
geralmente possuem maior população masculina,
enquanto as áreas ou países de emigração possuem
maioria de mulheres. As diferenças, contudo, rara-
mente ultrapassam os 5% ou 6%. A expectativa de vida dos brasileiros aumenta de
41,5 anos para 68,1 entre 1940 e 1998. Essa maior
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA POR longevidade, associada à queda da taxa de fecun-
SETORES ECONÔMICOS EM ALGUNS didade, faz com que cresça a participação de ido-
PAÍSES SELECIONADOS (EM%) sos na população e diminua a de crianças e ado-
lescentes, em proporções que variam conforme a
País Setor primário Setor secundário Setor terciário
região do país. Em 1940, a participação de menores
1980 1999 1980 1999 1980 1999
de 17 anos no total da população era de 56%. Atu-
Austrália 8 5 34 22 58 73 almente, eles são pouco mais de um terço da po-
Canadá 6 4 34 23 60 73 pulação.
9
10. Número de migrantes 1999 b) Aumento dos índices de natalidade e menor ex-
No final da década de 90, aproximadamente 15,5 milhões de pesso- pectativa de vida.
as residiam fora de suas regiões de nascimento – 9,5% do total de c) Menor expectativa de vida e redução dos índices
brasileiros. de natalidade.
d) Menor expectativa de vida e maior crescimento
Regiões Regiões de destino (%) vegetativo.
de partida Emigrantes
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste e) Fortes correntes migratórias e menos crescimen-
to vegetativo.
Norte* 525.427 - 25,5 29,7 4,1 40,7
Nordeste 8.555.891 9,3 - 7,3 3 14,7 4. (FUVEST/SP) No Brasil, a participação do traba-
Sudeste 3.339.585 7,3 22,4 - 79,9 40,4 lho feminino no setor secundário já foi maior que
nos dias atuais. Essa diminuição pode ser explica-
Sul 2.239.478 7,4 3 65,7 - 23,8
da, entre outros fatores, pela
Centro-oeste 874.036 28 10,9 51,4 9,7 - a) Mudança na estrutura industrial, com a menor
Fonte: Sinopse Preliminar do censo 2000/IBGE - *Exclusive a população rural participação dos ramos tradicionais, como o têxtil, o
de vestuário e o alimentício.
À medida que cresce a expectativa de vida da popu- b) Monopolização masculina do trabalho industrial,
lação, aumenta a participação das mulheres no con- decorrente das inovações tecnológicas.
tingente de idosos, em razão das taxas de mortalida- c) Diminuição da importância dos ramos de química
de diferenciadas entre os sexos. A sobrevida e eletrônica; tradicionais empregadores de mão-de-
feminina, que tem origem em fatores biológicos, é obra feminina.
d) Manutenção da estrutura industrial e monopoli-
acentuada pela incidência de mortes por causas vio-
zação do trabalho masculino.
lentas, como homicídios e acidentes de trânsito, que
e) Manutenção da estrutura industrial e do desen-
atingem os homens em proporções mais elevadas que volvimento tecnológico.
as mulheres e cuja ocorrência aumentou nas últi-
mas duas décadas. Com efeito, a expectativa de vida 5. (VUNESP) Em termos demográficos, quanto maior
feminina e a masculina passam de 6,3 anos em 1980 é a relação idoso/criança, mais elevada é a propor-
para 7,8 anos em 1998, sendo que essa diferença ção de idosos. A observação da tabela permite inferir
chega a dez anos em algumas localidades, como o que, nas regiões brasileiras, no período 1980-1996,
estado do Rio de Janeiro. todos esses valores percentuais aumentaram.
RELAÇÃO IDOSO/CRIANÇA NAS REGIÕES BRASILEIRAS
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EM 1980, 1991 E 1996 - EM PORCENTAGEM.
Região 1980 1991 1996
1. (CN) “Os sinais de envelhecimento vão se acumu- Norte 6,09 7,07 8,52
lando e a sociedade fingindo que não vê. Sobretudo Nordeste 10,02 12,84 15,48
quando a idealização da juventude é nutrida dia-a-dia Sudeste 12,27 16.47 20,33
pela mídia e onde o mito do país jovem é particular-
mente arraigado.”(Jornal do Brasil, 15/06/97) Sul 10,58 15,57 19,08
O fator que melhor explica a tendência de envelheci- Centro-Oeste 6,35 9,26 11,71
mento da população brasileira é: Brasil 10,49 13,90 16,97
a) A queda da taxa de fecundidade Fonte: IBGE 1996
b) O aumento da taxa de mortalidade
c) O fim da política natalista dos anos 90 Assinale a alternativa que justificativa as variações
d) A estagnação na entrada de imigrantes jovens observadas.
e) A maior participação da mulher no mercado de a) Aumento contínuo nas taxas de natalidade e di-
trabalho minuição da esperança de vida.
b) Crescente alta na taxa de natalidade e diminuição
da mortalidade infantil.
2. (CN) No Brasil vem ocorrendo uma sensível redu-
c) Crescimento acelerado da taxa de mortalidade e
ção das taxas de natalidade, principalmente a partir
aumento no fluxo migratório recente.
de 1960. Persistindo esta tendência, e sabendo-se
d) Melhoria na distribuição de renda e diminuição da
que o país caminha para o chamado equilíbrio demo-
taxa de mortalidade.
gráfico, o número de jovens, adultos e idosos deverá,
e) Queda da fecundidade e aumento da esperança de vida.
respectivamente:
a) diminuir, permanecer e aumentar. 6. (UFCE) Observe as pirâmides etárias da popula-
b) Diminuir, aumentar e aumentar. ção brasileira, dos anos 1950 e 1991.
c) Diminuir, aumentar e permanecer.
d) Aumentar, diminuir e aumentar.
e) Diminuir, permanecer e diminuir.
3. (CEFET/RJ) O envelhecimento da população é um
forte processo constatado em vários paises do mun-
do, inclusive no Brasil. Como causas do envelheci-
mento populacional podemos apontar:
a) Redução dos índices de natalidade e aumento da
expectativa de vida
10
11. d) O aumento da mortalidade infantil explica a que-
da do número de jovens, principalmente nas regiões
Norte e Nordeste.
8. (UECE) Examine com atenção o gráfico.
BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO
ECONOMICAMENTE ATIVA POR SETORES
DE PRODUÇÃO (em %) – 1940 a 1995
A partir da comparação entre os dois gráficos, anali-
se as afirmativas abaixo:
I - A pirâmide de 1950 tem base larga apresentando
um número significativo de brasileiros nas faixas de
0 a 4 anos, de 5 a 9 anos e de 10 a 14 anos, em
ambos os sexos.
II - Na pirâmide de 1991 observa-se uma diminuição
dos grupos etários de 0 a 4 anos, indicando uma di-
minuição das taxas de natalidade.
III - A pirâmide de 1991 demonstra uma diminuição
da população de terceira idade e do grupo de adultos
em função do aumento das taxas de mortalidade. Sobre a evolução da PEA, é correto afirmar que:
De acordo com o exposto acima, é correto afirmar a) A queda da PEA no setor primário, até 1990, está
que: associada à industrialização, à estrutura fundiária
a) I e II são verdadeiras. injusta, ao difícil acesso a terra e à mecanização da
b) I e III são verdadeiras. agricultura;
c) I, II e III são verdadeiras. b) Na atual década, continuam grandes contingentes
d) Apenas I é verdadeira. populacionais do setor primário a se transferir para
e) Apenas II é verdadeira. o terciário;
c) O setor terciário em elevação indica melhoria so-
7. (UFJF) Analise a tabela cial;
d) O contingente da PEA no secundário tem se ele-
GRANDES CONJUNTOS POPULACIONAIS
vado continuamente, o que indica maior desenvolvi-
POR GRUPOS DE IDADE E SEGUNDO
mento do país.
AS GRANDES REGIÕES (1980-1996)
9. (UECE) Fato novo na composição da população
Grandes Grupos Populacionais (%) economicamente ativa – PEA – refere-se à participa-
0 A 14 anos 15 a 64 anos 65 anos ou mais ção da mulher no mercado de trabalho. Sobre esse
Grandes tema é correto afirmar que:
1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996
Regiões a) Ocorrem inúmeros obstáculos ao ingresso da mu-
Brasil 38,24 37,73 31,62 57,74 60,45 63,01 4,01 4,83 5,37 lher no mercado de trabalho: maternidade, baixo ní-
vel de instrução, trabalho no lar, discriminação etc.
Norte 46,16 42,54 39,09 51,02 54,45 57,08 2,81 3,01 3,33
b) No Brasil, não há discriminação à mulher para
Nordeste 43,46 39,40 35,55 52,18 55,54 58,95 4,35 5,06 5,50 exercer atividades remuneradas.
c) O número de mulheres no mercado de trabalho já
Sudeste 34,15 31,22 28,42 61,66 63,64 65,81 4,19 5,14 5,78
é igual ao de homens.
Sul 36,28 31,93 29,62 59,89 63,10 64,85 3,84 4,97 5,63 d) No nordeste, as mulheres, no mesmo trabalho dos
C-Oeste 40,47 35,28 32,02 56,96 61,45 64,23 2,57 3,27 3,75
homens ganham mais.
Fonte: IBGE, Contagem da População, 1996. 10. (UFRRJ/RURAL-2000) Analisando as pirâmides
etárias representadas na figura abaixo, podemos con-
Sobre a análise dos dados é correto afirmar, EXCE-
cluir que o
TO:
a) A ampliação da parcela de adultos tem efeitos so-
BRASIL – PIRÂMIDES ETÁRIAS
cioeconômicos positivos, em função da diminuição
do peso proporcional dos gastos destinados à popu-
lação não-ativa;
b) A parcela de jovens é mais elevada justamente
nas regiões geográficas e camadas sociais carentes
que registram crescimento vegetativa superior à mé-
dia;
c) O aumento da expectativa de vida da população
resultou na ampliação da parcela em idade potenci-
almente ativa e dos idosos, com redução da partici-
pação de jovens;
11
12. a) Brasil pode ser considerado um país em transição II - A partir dos anos 50 o processo de industrializa-
demográfica, passando de país jovem para maduro. ção estimulou a migração do campo para a cidade,
b) Brasil tende a continuar um país jovem, com ele- fenômeno que, 30 anos mais tarde, praticamente in-
vadas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida. verteu a distribuição populacional.
c) Brasil apresenta uma transição demográfica con- III - A modernização da estrutura agrária brasileira
cluída, evidenciada pelas baixas taxas de natalidade acentuou o esvaziamento da população rural entre
e mortalidade. 1940 e 1950.
d) Brasil apresenta uma população envelhecida, de- Assinale:
terminante da alta taxa de mortalidade. a) Se somente a afirmativa I estiver correta.
b) Se somente a afirmativa II estiver correta.
e) Aumento da expectativa de vida no Brasil se deve
c) Se somente a afirmativa III estiver correta.
à considerável presença de jovens em sua pirâmide
d) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
etária.
e) Se todas as afirmativas estiverem corretas.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 3. (FURG) Uma das características atuais do com-
portamento da população brasileira é
a) O aumento da taxa de crescimento nos últimos
1. (CN) O Censo realizado pelo IBGE em 1991 reve- anos.
lou mudanças estruturais na demografia brasileira. b) A estabilidade da taxa de crescimento nos últimos
A respeito dessas mudanças assinale a opção que anos.
revela a realidade atual junto à nova pirâmide etária c) A redução da taxa de crescimento nos últimos
do país. anos.
a) A base da pirâmide etária vem se estreitando, o d) A tendência à estabilização no crescimento da po-
que significa que as taxas de natalidade estão dimi- pulação mais velha.
nuindo, principalmente pela imposição da urbaniza- e) A tendência do crescimento da população empre-
ção e da inserção feminina no mercado de trabalho. gada no setor secundário.
b) O ápice da pirâmide está sofrendo um estreita-
mento já que o número de idosos vem diminuindo 4. (FGV/SP)
em função da baixa expectativa de vida e da falência
BRASIL
dos setores da previdência social que atendem essa
camada da população brasileira. 1950 1970 1991
c) O Brasil ainda não iniciou o seu processo de tran- I 36% 56% 76%
sição demográfica, o que nos ajuda a compreender a II 64% 44% 24%
baixa participação da nossa população economica- Fonte: FIBGE
mente ativa, que vem assinalado no “corpo” da pirâ- Na tabela acima, os algarismos I e II representam,
mide etária. respectivamente, a dinâmica da população:
d) A altura de nossa pirâmide etária está se reduzin- a) I – urbana; II – rural.
do justificada pela maior concentração de investimen- b) I – empregada no setor secundário; II – empregada
tos das faixas de jovens e adultos que tem um peso no setor primário.
importante na economia do país. c) I – economicamente ativa; II – desempregada.
e) A elevação da expectativa de vida evidenciada pelo d) I – empregada no setor terciário; II – empregada
aumento da altura da pirâmide é um reflexo claro da no setor primário.
melhor distribuição sócio-econômica no país, fato e) I – de 20 a 59 anos; II – de 0 a 19 anos.
comprovado a partir da industrialização e urbaniza-
ção do mesmo. 5. (FATEC/SP-2000) Considere o gráfico e as afir-
mações apresentadas abaixo
2. (VASSOURAS/RJ) POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA DO BRASIL
Ano POPULAÇÃO %
Assinalados registrados
Urbana Rural
Free-lance / bico
1950 36,16 63,84
1960 44,67 55,3 Assalariados sem registro
1970 55,92 44,08 Autônomos regulares
1980 57,60 32,40 Funcionários públicos
1991 75,47 24,53
Empresários / outros
1996 78,35 21,65
Fonte: IBGE Desempregados
Quanto ao comportamento da população brasileira .
expresso na tabela acima, considere as afirmativas Fonte: Folha de São Paulo, 27/06/1999.
abaixo: Especial 5 Anos Depois... p. 06
I - A população rural vem diminuindo a cada década I - A situação de “trabalho precário” é caracterizada
devido às altas taxas de mortalidade registradas no pelas parcelas de trabalhadores enquadrados como
campo. assalariados sem registro e “free-lance / bico”.
12
13. II - Os assalariados sem registro e os desemprega- Coluna 2
dos somam mais de 50% da população economica- ( ) pesquisa científica
mente ativa no Brasil. ( ) produção de produtos petroquímicos
III - Os assalariados registrados correspondem, atu- ( ) telefonia
almente, a aproximadamente ¼ da população econo- ( ) manuseio de florestas exóticas
micamente ativa do Brasil. A alternativa que contém a associação correta da
IV - Importante parcela de assalariados brasileiros coluna 2, quando lida de cima para baixo, é
está no setor público, responsável por mais da me- a) 1, 4, 2 e 3 b) 2, 3, 1 e 4 c) 3, 2, 1 e 4
tade dos empregos no país. d) 4, 1, 3 e 2 e) 4, 2, 3 e 1
Com base nas informações do gráfico e em seus co-
nhecimentos sobre o assunto, deve-se concluir que 9. (INATEL/SP) A População Economicamente Ativa
são corretas somente as afirmações – PEA – está diretamente ligada à estrutura econô-
a) I e II; b) I e III; c) II e III; mica de um país.
d) II e IV; e) III e IV. Sobre a PEA é CORRETO afirmar que:
a) Nos países menos desenvolvidos não existe PEA
6. (SOUZA MARQUES/RJ) A manchete de 02/11/00 nos setores secundário e terciário.
do Jornal O Globo – Caderno de Economia, diz: b) Nos países menos desenvolvidos a PEA concen-
“Brasil mais feminino e urbano – Censo do IBGE tra-seno setor primário.
mostra que as mulheres são maioria em 25 das 27 c) Nos países menos desenvolvidos a PEA está con-
unidades da Federação” centrada no setor secundário.
Assinale a alternativa que melhor explica a manchete. d) Nos países mais desenvolvidos não existe PEA
a) A expectativa de vida do homem é menor que a das nos setores primário e terciário.
mulheres, uma vez que os homens morrem mais cedo e) Nos países mais desenvolvidos a PEA concentra-
– principalmente de causas violentas a partir dos se nos setores terciário e secundário.
quinze anos.
b) A fecundidade cai no País, em conseqüência do 10. (UNIFENAS/NG) O termo “População Economi-
maior planejamento familiar, da participação femini- camente Ativa” (PEA) designa toda população.
na no mercado de trabalho e da própria urbanização. a) Que participa do mercado de trabalho.
c) A população urbana vem crescendo e a proporção b) Dotada ativamente de poder econômico.
entre homens e mulheres é diferente de acordo com c) Que possui bens e está no mercado de consumo.
a localidade. Nas grandes metrópoles os homens pre- d) Que trabalha na indústria.
dominam e nas médias cidades a predominância é e) Que está desempregada.
das mulheres.
d) Os estados em que os homens são ainda maioria 11. (UFSCAR/SP) Considere as seguintes afirmações
têm características rurais e forte perfil migratório sobre a população brasileira.
decorrente da busca de oportunidades econômicas, I - Reduziu de forma significativa os movimentos
com baixo índice de violência. migratórios inter-regionais e extra-regionais.
e) A população do país envelheceu em virtude princi- II - Apresenta, nestas últimas décadas, redução da
palmente da redução da taxa de natalidade e da taxa taxa de natalidade.
negativa de crescimento vegetativo. III - Tem gradativamente, aumentado a esperança de vida.
IV - Caracteriza-se pelo forte crescimento vegetativo.
7. (ULBRA/RS) Sobre os setores de atividade econô- V - Apresenta taxas de mortalidade infantil diferen-
mica, é correto afirmar que: ciadas de acordo com a região.
a) Nos países desenvolvidos o setor terciário é hi- Estão corretas SOMENTE as afirmações
pertrofiado, pois existe um excesso de produção nos a) I, II e IV b) I, II e V c) I, III e IV
setores primário e secundário.
d) II, III e V e) III, IV e V
b) O aumento no setor terciário nos países subde-
senvolvidos indica um grande desenvolvimento eco-
12. (UNIFOA/RJ-2001) As atividades urbanas con-
nômico.
sideradas “subempregos” – tais como: vendedores am-
c) Os países desenvolvidos capitalistas apresentam
bulantes, os “guardadores de carro” nas ruas, os ca-
amplo domínio do setor terciário, com uma forte con-
melôs e biscateiros, os “vendedores nos semáforos”
centração da população economicamente ativa no
e outros – que aumentaram bastante no Brasil nas
setor primário.
últimas décadas, costumam ser incluídos no setor:
d) Os bancos, o comércio e os serviços públicos são
a) Primário b) Secundário c) Quaternário
funções do setor terciário.
d) Terciário e) Semicomercial
e) Nos países desenvolvidos capitalistas predominam
o setor primário, o que reflete um alto grau de de-
senvolvimento humano. EXERCÍCIOS PROPOSTOS II
8. (FURG) Relacione os setores produtivos da econo-
mia citados na coluna 1 com as características cita- 1. (CN) A tabela a seguir mostra que as mulheres
das na coluna 2. brasileiras estão ampliando sua participação no co-
Coluna 1 mando das famílias das Regiões Nordeste, Sudeste,
1 – setor primário Centro-Oeste e Sul. Porém, não é esse o caso da
2 – setor secundário Região Norte onde os índices são mais baixos. O
3 – setor terciário Estado de Rondônia, por exemplo, apresentava o ín-
4 – setor quaternário dice de 11,7% em 1991.
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14. A questão mais grave provavelmente seja de ordem:
CRESCE O NÚMERO DE MULHERES a) Geográfica, pois os informais estão concentrados
CHEFES DE FAMÍLIA nas grandes cidades.
b) Tributária, pois os informais não pagam qualquer
Nordeste Sudeste Centro-Oeste Sul
tipo de imposto indireto.
1980 1991 1980 1991 1980 1991 1980 1991 c) Previdenciária, pois os informais, embora nada
16,6% 19,5% 14,6% 13,6% 13,2% 17,0% 12,1% 15,5% contribuam para a Seguridade Social.
d) Demográfica, pois os informais apresentam, altís-
Examine com atenção as alternativas a seguir e as- simas taxas de nupcialidade e fecundidade.
sinale a alternativa FALSA. e) Política, pois os informais, em sua grande maio-
a) Os elevados índices de participação das mulheres ria, engrossam movimentos sociais reivindicatórios
enquanto chefes de família, no Nordeste brasileiro, de extrema esquerda.
se explica em função da continuidade das emigra-
ções de homens para Região norte, Centro-Oeste e 4. (FGV/SP) “Segundo o IBGE, um quarto dos 28 mi-
Sudeste. lhões de mulheres brasileiras que trabalham são também
b) A ampliação da participação das mulheres como chefes em seus lares. Desses lares, 30% estão abaixo da
chefes de família nas regiões assinaladas na tabela linha da pobreza. As mulheres são, também, as maiores
é resultado de conquistas obtidas pelo movimento vítimas do desemprego em centros urbanos: a taxa é de
feminista que possibilitou às mulheres as mesmas 6% para a ala masculina mas de 8,5% para a feminina. (M.
condições no mercado de trabalho que os homens. A. Maranhão. Inclusão das mulheres é compromisso mun-
c) Rondônia tem um baixo índice de participação dial, In Jornal O Estado de São Paulo, 12/08/2000,
de mulheres enquanto chefes de família, por ser p.A2)
uma área de imigração recente e, neste caso, como As afirmações abaixo contribuem para entender esse
acontece geralmente, predomina a população mas- contexto, exceto a alternativa:
culina. a) A discriminação de gênero é forte, a tal ponto que
d) Em virtude dos níveis salariais mais baixos que as mulheres necessitam de níveis mais altos de edu-
as mulheres obtêm no mercado de trabalho, a eleva- cação formal para conseguir e manter empregos que
lhes assegurem salários, em média, mais baixos que
ção do número de mulheres como chefes de família
os masculinos.
indica uma elevação da miséria social, ampliando o
b) A concentração da mão-de-obra no setor terciário
fenômeno da pobreza.
pode ser associada à desvalorização embutida na
e) A desestruturação da família tem como uma de
educação da mulher, que a moeda para profissões
suas causas principais o intenso movimento migra-
tidas como femininas, geralmente de baixo prestígio
tório que atinge uma grande parte da população bra-
e pequena remuneração.
sileira. Uma quantidade expressiva de brasileiros não
c) O ônus da reprodução, especialmente social, in-
vive onde nasceu e ainda não tem seu paradeiro de- flui no tempo de experiência continuada no mercado
finido. de trabalho de muitas mulheres, refletindo-se em
sua qualificação no grupo de ocupações que desem-
2. (FATEC/SP) Considere o gráfico para responder à penha e na qualidade dos postos de trabalho dispo-
questão. níveis.
BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO d) A População Economicamente Ativa (PEA) femini-
ECONOMICAMENTE ATIVA POR SETORES na representou uma porcentagem bastante elevada
DE PRODUÇÃO (em %) e bem remunerada durante a Segunda Guerra Mun-
80 dial, mas ela vem decrescendo entre as mulheres de
70 baixa escolaridade e baixos salários, desde aquela
60 I ocasião.
50
II e) Os filhos constituem empecilhos à inserção das
40
30 III mulheres no mercado de trabalho formal, especial-
20 mente as de baixos níveis de escolaridade e de baixa
10 renda, uma vez que não existem creches e outros equi-
0 pamentos de uso coletivo em número suficiente.
1940 1950 1960 1970 1980 1990 1995
5. (CEFET/RJ) O envelhecimento da população é um
Fonte: M. Adas, Panorama Geográfico do Brasil, 1998 p.495
forte processo constatado em vários países do mun-
Os números I, II e III identificam, respectivamente, do, inclusive no Brasil. Como causas do envelheci-
os setores mento populacional, podemos apontar:
a) Primário, terciário e secundário. a) Redução dos índices de natalidade e aumento da
b) Secundário, terciário e primário. expectativa de vida.
c) Secundário, primário e terciário. b) Aumento dos índices de natalidade e menor ex-
d) Terciário, secundário e primário. pectativa de vida.
e) Terciário, primário e secundário. c) Menor expectativa de vida e redução dos índices
de natalidade.
3. (FAPA/RS) Atualmente, das 69 milhões de pesso- d) Menor expectativa de vida e maior crescimento
as que consistem a população ocupada no Brasil, 60%, vegetativo.
ou seja, 41 milhões, estão no mercado informal. Esse e) Fortes correntes migratórias e menor crescimento
fenômeno planta numerosos problemas. vegetativo.
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15. 6. (PUC/RS) maior a faixa etária adulta, que apresenta hoje, cerca de 8
BRASIL – DISTRIBUIÇÃO DA PEA POR SETOR milhões de analfabetos como chefes de família.
DE ATIVIDADE V - Cresce o número de mulheres como chefes de
família nos lares brasileiros, principalmente nas re-
29,2 giões Nordeste e Sudeste. No Nordeste as mudan-
ças culturais e a migração constituem fatos relevan-
23,8 tes para esse processo.
17,2 Serviços São verdadeiros:
a) Todos os itens acima.
b) Apenas os itens III e V.
Comércio
c) Somente os itens II e III.
6,5 d) Os itens I, III e IV.
12,4 3,7
4,7 8,5 Outros e) Os itens I, II, IV e V.
Administração Atividades
Transporte e
Pública Sociais
Comunicação 9. (UERJ) Os dados abaixo tratam da população ocupa-
da no Brasil entre o final do século XIX e início do XX.
Primário Secundário Terciário BRASIL – POPULAÇÃO OCUPADA
(em milhares e em %)
Pela análise do gráfico referente à População Econo- SETORES 1872 1920
micamente Ativa (PEA), é correto afirmar que Agricultura 3671 – 54,1% 6377 – 69,7%
a) O menor número da população ativa concentra-se Indústria 282 – 4,9% 1264 – 13,8%
no setor primário, pois gradualmente a mecanização Serviços 1773 – 31,0% 1509 – 16,5%
do campo transfere o antigo camponês para o traba- Total 5726 – 100% 9150 – 100%
lho nas indústrias tradicionais e carentes de mão-
A análise dos dados leva à seguinte característica
de-obra.
econômica desse período:
b) A maior concentração da população ativa está no
a) Crescimento do setor de serviços.
setor terciário; assim como nos países ricos, profis-
b) Dinamização da atividade industrial.
sionais especializados dividem esse setor com pres-
c) Protecionismo da agricultura de subsistência.
tadores de serviço de pouca ou nenhuma qualifica-
d) Desenvolvimento acelerado dos três setores eco-
ção profissional.
nômicos.
c) O trabalho informal distribuído pelas diferentes
atividades do setor secundário está sempre vulnerá-
10. (UGF/RJ) Observe a pirâmide etária abaixo
vel a diversos fatores, como variação cambial, ques-
tões de fronteiras e represálias policiais.
d) A abertura de pequenos negócios em espaços mais
carentes dos grandes centros urbanos, reflexo da
desorganização socioeconômica do país, tem incha-
do o setor terciário.
e) O quadro apresentado reflete a realidade vivencia-
da pelos países de economia planificada existentes
no chamado Mundo Bipolar.
7. (UGF/RJ) O desemprego pode ser classificado em
duas categorias: conjuntural e estrutural. O fator que
provoca o desemprego estrutural é:
a) O desenvolvimento de novas tecnologias.
b) O aumento exagerado do subemprego.
c) O emprego de métodos tradicionais de trabalho.
d) O fortalecimento da estrutura sindical.
Essa pirâmide caracteriza um país:
e) O processo de êxodo urbano.
a) Desenvolvido, com elevada expectativa de vida;
b) Subdesenvolvido, com alta expectativa de vida;
8. (UNIFENAS/MG) Com base nos dados prelimina-
c) Subdesenvolvido, com grande número de jovens;
res do Censo 2000, julgue os itens abaixo:
d) Desenvolvido, com baixa expectativa de vida;
I - Desmitifica-se o mito da explosão populacional
e) Subdesenvolvido, com reduzida taxa de natali-
no país, pois a taxa de crescimento demográfico veri-
dade.
ficada continua em redução.
II - apesar de alguns avanços sociais, a distribuição
da renda não sofreu alteração na última década, per-
manecendo no país as fortes desigualdades regionais.
III - Houve significativo aumento da expectativa de
vida e da população masculina, que hoje supera a
população feminina, tendência verificada neste últi-
mo censo.
IV - Ao lado do envelhecimento da população, foi constata-
da uma destacável queda na taxa de analfabetismo, sendo
15
16. OS MOVIMENTOS as. Segundo o IBGE, entre 1991 e 1996, São Paulo
recebeu 1,1 milhão de migrantes, mais de um quarto
POPULACIONAIS NO BRASIL do total do país no período.
As migrações internas Fluxos migrantes para o exterior
O fluxo de migrantes para o Nordeste, em sua maior Duas características marcam o fenômeno da migra-
parte originário da Região Sudeste, aumenta em rela- ção em todo mundo, com reflexos no Brasil. De um
ção aos dados apontados pelo Censo de 1991 (período lado há um fluxo de migrantes vindos dos países
1986/1991) e supera a Região Centro-Oeste em volu- subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que fo-
me de entrada de migrantes. No entanto, o saldo ain- gem da crescente desigualdade social e econômica,
da é negativo: o número de pessoas que saem ainda é do desemprego ou de guerra em seu país de origem.
maior que o de pessoas que entram na região. De outro, o deslocamento de executivos, que ocu-
Na Região Centro-Oeste, apesar da menor atração, o pam cargos de direção em grandes multinacionais com
saldo migratório é positivo e elevado. A Região Norte altos salários.
reduziu a atração, mas continua recebendo mais gen-
te do que perdendo. Os novos dados indicam, tam- Os brasileiros no exterior
bém, que a atração aumenta na Região Sul e redu-
zem saídas, equilibrando o saldo migratório, antes A partir de 1980, as sucessivas crises econômicas e
negativo. o decréscimo de ofertas de trabalho são fatores que
A Região Sudeste continua liderando a atração de levam brasileiros a migrar para outros países. Cerca
migrantes, com acréscimo no volume de entrada de de 1,5 milhão de brasileiros residem fora do país,
migrantes em relação ao período 1986/1991. Ocorre concentrados em maior número no EUA, no Paraguai
aumento na entrada de migrantes originários da Re- e no Japão.
gião Norte, Nordeste e Centro-Oeste e diminuição Os imigrantes brasileiros, em geral, têm como meta
dos migrantes originários da Região Sul. trabalhar de uma a três anos em país desenvolvido,
O movimento dos migrantes entre os estados e mu- mesmo que em funções menos qualificadas, para ga-
nicípios brasileiros cai durante toda a década de 90 e rantir a economia necessária que lhes proporcione
se diversifica. O Amapá, Tocantins e Goiás, além do melhores condições de vida ao retornar para o Bra-
Distrito Federal, são os novos centros de atração sil. Nos países que os acolhem, grande parte ocupa
nessa primeira metade da década de 90. Os dois pri- postos de trabalho recusados pela mão-de-obra lo-
meiros recebem pessoas procedentes da própria Re- cal. Dessa forma, jovens profissionalmente bem qua-
gião Norte, além do estado do Maranhão. Os demais lificados acabam executando tarefas de faxineiros,
acolhem grupos de nordestinos em seu conjunto. A garçons, baby-sisteres. No Brasil, a cidade mineira
mudança de rota reflete, segundo os estudiosos, o de Governador Valadares ficou conhecida pelo signi-
crescimento das oportunidades de trabalho e negó- ficativo fluxo migratório rumo às cidades norte-ame-
cios nessas regiões. Esse é o caso do Centro-Oeste, ricanas, principalmente Boston. Na Europa, Portu-
com empreendimentos agropecuários bem-sucedidos. gal e Itália destacam-se na preferência dos imigrantes
O surgimento e a consolidação de novos pólos de brasileiros.
atração têm possibilitado que um número cada vez Outro fenômeno importante é o da entrada maciça
maior de migrantes se mova apenas entre estados de trabalhadores brasileiros no Japão, os dekasse-
da própria região de origem, caracterizando, assim, guis. De acordo com a legislação japonesa, só é per-
os movimentos migratórios intra-regionais. Aumen- mitido o visto de trabalho aos nisseis, sanseis ou
tando em todo o país, a migração intra-regional tem casados com descendentes japoneses. Geralmente,
maior destaque no Nordeste e no Sul, regiões mar- esses imigrantes permanecem no país por um perío-
cadas por forte movimento de evasão nas últimas do médio de três anos. E 1997, cerca de 202 mil bra-
décadas e que, com o crescimento econômico de suas sileiros viviam no Japão.
cidades, metropolitanas e do interior, passaram a reter Os dekasseguis desempenham atividades considera-
suas populações, além de atrair de volta os que ha- das inferiores. A maior parte trabalha em indústrias de
viam migrado para outras regiões, tornando-se pólos peças automobilísticas, eletrônica e elétrica e vive em
da migração de retorno. Além disso, a diminuição de pequenos apartamentos ou alojamentos próximos ao
oportunidades no Sul e Sudeste incentivou a volta local de trabalho. Os dekasseguis enfrentam intenso
de migrantes a suas regiões de origem. ritmo de trabalho diário e dificuldades de adaptação
Já os fluxos de longa distância, em particular aque- oriundas das diferenças de língua e de costumes.
les com destino às fronteiras agrícolas, como Ron- Os Brasiguaios representam outro grupo diferencia-
dônia, diminuíram na década passada. Entre os cen- do no processo de imigração geralmente, provenien-
tros tradicionais de recepção de novas populações te de estados como Mato Grosso e Paraná, são cam-
se matem apenas os estados do Espírito Santo, de poneses, sem-terras que ultrapassam a fronteira
Santa Catarina e de São Paulo. Este último, mesmo como Paraguai e se estabelecem em áreas agrícolas
com a diminuição no fluxo de migrantes, continua na Região do rio Alto Paraná. O total de 351 mil bra-
sendo o estado que atrai o maior número de pesso- sileiros residia no Paraguai em 1997.
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