[1] O documento descreve um relatório final de uma oficina de formação sobre a integração das TIC no ensino da língua portuguesa. [2] A formação explorou ferramentas da Web 2.0 como blogs, chats, fóruns, podcasts e ferramentas de compartilhamento para melhorar as práticas de ensino. [3] A formação ajudou a formanda a desenvolver atitudes positivas em relação às TIC e a ganhar confiança para usar estas ferramentas em seu ensino.
1. Centro de Formação de Associação de Escolas
do Tua e Douro Superior
RELATÓRIO CRÍTICO FINAL DA OFICINA DE FORMAÇÃO
INTEGRAÇÃO DAS TIC NO ENSINO-APRENDIZAGEM DO PORTUGUÊS:
ANÁLISE E PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS DIGITAIS
Formador
José António Batista
Formanda
Maria Armanda Paulino Moura
[armandet.blogspot.pt]
Mirandela, 03 de janeiro de 2014
2. Centro de Formação de Associação de Escolas
do Tua e Douro Superior
ÍNDICE
Assuntos ………………………………………………………………… Páginas
Introdução ……………………………………………………………………3, 4
1. As TIC no processo de ensino/ aprendizagem do Português ……………... 4, 5
2. Ferramentas da Web 2.0 exploradas e suas potencialidades
para a melhoria/ inovação de práticas ……………………………………….6 a 9
3. Trabalhos (individuais, em pares e em grupo) desenvolvidos …………..9 a 11
4. Consecução dos objetivos, em função das expetativas e dos
resultados esperados pelo formando, competências adquiridas,
evolução, dificuldades sentidas/ superadas …………………………………. 12
5. Apreciação da metodologia aos participantes (componente teórica
e componente prática) e dos recursos disponibilizados
(em quantidade e utilidade) ………………………………………………. 12, 13
6. Duração (número de horas de trabalho, tempo concedido à feitura
dos trabalhos face ao que seria necessário) …………………………………… 13
7. Grau de participação do formando em termos de motivação,
intervenção, qualidade e relevância dos trabalhos concretizados,
cumprimento de tarefas, interação com os grupos de trabalho
e restantes formandos, contributo para a partilha. ……………………………. 14
8. Conclusão/ Balanço global da Oficina de Formação. ……………………….15
9. Referências bibliográficas …………………………………………………...16
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INTRODUÇÃO
“Diz-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu lembrar-me-ei.
Envolve-me e eu aprenderei”
Provérbio chinês
Atualmente, fala-se muito em Literacia Informática. Este termo é definido como “o
conjunto de conhecimentos, competências e atitudes em relação aos computadores, que
levam alguém a lidar com confiança com a tecnologia computacional na sua vida diária”.(1)
Foi no contexto desta definição e consciente de que o objetivo da literacia
informática deve ser o de apoiar o professor, no sentido de o ajudar a melhorar as suas
competências e conhecimentos ao nível das T.I.C., que eu me inscrevi nesta oficina de
formação.
“Encarei” a minha inscrição como um desafio a mim própria, que quis vencer, pois
considero muito mais fácil, para um professor de Português, optar por outro tipo de
formação mais teórica, na medida em que está mais à vontade na realização de qualquer
trabalho que possa vir a ser proposto. Uma oficina de formação subordinada ao tema:
Integração das TIC no ensino – aprendizagem do Português: análise e produção de
recursos didáticos digitais, só pela extensão do título e pela sua implicação prática, provoca,
desde logo, sentimentos de ansiedade, face ao uso do computador em circunstâncias não
habituais.
Será que vou ser capaz? Foi esta a minha preocupação, ao longo das várias sessões
de trabalho. É que, no domínio das TIC e no que concerne à minha prática pedagógica, esta
abrangia a utilização de ferramentas e procedimentos muito simples, nomeadamente: uso de
power points; recursos digitais do professor, de apoio aos manuais adotados; escrita de
textos coletivos, em que os alunos usam, à vez, o computador para escrever, já que só há um
por sala; breves pesquisas, para esclarecimento de dúvidas, apresentação de vídeos ou outros
recursos de interesse; envio de documentos e outras mensagens, por correio eletrónico, aos
encarregados de educação da minha direção de turma, facultando-lhes também, através do
mesmo meio, testes e fichas de trabalho de anos anteriores (sempre com soluções), para os
seus educandos se prepararem melhor para os momentos de avaliação…
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------(1) - McInnerney, McInnerney & Marsh; Soloway, Turk & Wilay, citados por Tsai & Tsai, 2003, p. 48).
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Pretendi ainda, ao frequentar esta formação, desenvolver, prioritariamente, atitudes
positivas face ao computador e à Internet, diminuindo a ansiedade face ao seu uso e
ganhando a auto estima necessária para chegar ao fim deste desafio, com a confiança e
certeza de ter dado uns passos mais à frente, enquanto professora, que quer adaptar-se à
mudança e que procura sempre “envolver” os seus alunos. “Envolver-me” foi também a
palavra de ordem, inerente a todas as tarefas que me foram propostas pelo formador, no
âmbito das TIC.
1. As TIC no processo de ensino/ aprendizagem do Português
“Dentro de algumas dezenas de anos, o ciberespaço: as comunidades virtuais, as suas
reservas de imagens, as suas simulações interativas, o seu irreprimível aumento de volume
de textos e sinais, será o mediador por excelência da inteligência coletiva da humanidade.
Com este novo suporte de informação e de comunicação emergem géneros de
conhecimentos extraordinários, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos
protagonistas na produção e tratamento dos conhecimentos. Toda a política de educação
deverá tê-lo em consideração.” (2)
De facto, atualmente, termos como Internet e WWW (World Wide Web) têm vindo a
enraizar-se, de tal forma no vocabulário quotidiano e na vivência de cada cidadão, como
comprova a expressão “a Internet é o tecido das nossas vidas”(3) , que seria impensável para
uma professora como eu, que o é por vocação e que tem como missão aprender cada vez
mais, para ser melhor profissionalmente, não considerar as TIC uma “ferramenta” essencial
ao serviço da Educação.
Com efeito, as Tecnologias de Informação e Comunicação refletem-se na forma
como os docentes organizam as suas vidas, como comunicam, como aprendem… É
inconcebível que um professor dos nossos tempos não saiba usar o computador, para
pesquisar, para partilhar documentos, experiências, emoções; para avaliar, de forma rigorosa
e justa os seus alunos, usando programas tão simples e indispensáveis como o Microsoft
Office (Word, Excel ou PowerPoint)…
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------(1) - McInnerney, McInnerney & Marsh; Soloway, Turk & Wilay, citados por Tsai & Tsai, 2003, p. 48).
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No que respeita às TIC, no processo de ensino / aprendizagem do Português, estas
devem promover a autonomia nos alunos, através:
➘da apropriação de estratégias adequadas, propostas pelo professor, em situação de
aula;
➘do domínio dos instrumentos de acesso à informação (os alunos, normalmente, são
bastante recetivos às propostas de trabalho que envolvem o uso do computador);
➘da (re)construção e aplicação de saberes (há inúmeras tarefas de aplicação ou
mesmo, de interiorização de conhecimentos, que podem ser realizadas, recorrendo às TIC).
O Programa de Português de 2º ciclo (que mais diretamente me diz respeito), aponta
precisamente para a necessidade de se criarem condições, para que o aluno possa ter
oportunidade de:
➤utilizar criticamente a Internet;
➤utilizar diferentes programas informáticos que o ajudem e valorizem o seu
trabalho;
➤trocar e partilhar informação por via eletrónica;
➤ ser crítico no acesso à informação, na resolução de problemas e produção de
trabalhos, ao fazer uso das TIC.
As TIC fomentam o “aprender a aprender”, no entanto, esta aprendizagem, que se
pretende que seja, por parte do aluno, mais autónoma não deve levar a que o professor
descure a sua tarefa de orientador. Deve ser o professor, prioritariamente, a propor, a
corrigir, a avaliar…, no sentido do aluno melhorar as suas competências, simultaneamente,
ao nível da aprendizagem da língua e no domínio da utilização correta dos recursos digitais à
sua disposição.
----------------------------------------------------------------------------------------(2) - (Castells, 2004, p. 15).
(3) - (Levy, 2000, p. 179).
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2. Ferramentas da Web 2.0 exploradas e suas potencialidades para a melhoria/
inovação de práticas
O termo web 2.0 designa a segunda geração da Worl Wide Web, que reforça a troca
de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais.
A web 2.0 possibilita que as pessoas se relacionem em comunidades virtuais,
partilhem conhecimentos e experiências, criem, alterem e publiquem material variado, o que
confere à Internet um carácter mais humanista, porque a web 2.0 “é feita por pessoas e para
pessoas.” Daí que haja palavras-chave que caracterizam, com rigor, o que a Web 2.0
proporciona:
democratização,
revolução
social,
partilha,
comunicação,
interação,
publicação, criatividade, dinamismo, colaboração, reflexão, inovação, participação,
discussão, facilidade… Das muitas ferramentas da web 2.0, saliento algumas, que foram
exploradas e/ ou “publicitadas”, neste curso de formação:
Blog – semelhante a um histórico ou diário, é um registo publicado na Internet que
contém “assuntos” organizados cronologicamente. Ao nível pedagógico, é uma ferramenta
facilitadora de interação, pois permite “ajudar alunos e professores a comunicar mais e
melhor.”
(4)
Ao nível pedagógico, o Blog pode ajudar o aluno a aprender a analisar,
selecionar informação, na medida em que, por exemplo, na construção e manutenção do seu
blogue, ele terá de procurar sites dentro do seu campo de interesse, analisar o seu conteúdo e
averiguar da veracidade e credibilidade desses mesmos sites. Alguns blogues podem
também ser utilizados como cadernos diários eletrónicos (e-caderno), portefólio e como
fórum. Quando funcionam como e-caderno podem ser administrados diretamente pelos
alunos. Nele, publicam os seus textos, tecem comentários e avaliam os trabalhos dos
colegas. Neste caso, o blogue passa a ganhar uma nova dimensão no panorama educativo,
ultrapassando largamente as funcionalidades, do ponto de vista pedagógico, do caderno
diário tradicional. Qualquer texto fica imediatamente partilhado na Web, podendo ser lido,
comentado ou editado em qualquer altura.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------(4) Granado (2004),
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Ferramentas síncronas:
Chat, Skype, Messenger… - permitem a comunicação de modo instantâneo e em
tempo real (on line). Por exemplo, o chat, usado em cursos à distância, permite o envio de
mensagens instantaneamente a todos os participantes, ao mesmo tempo, que favorece a
experiência de “estarem juntos virtualmente”(5), criando vínculos afetivos e facilitando a
interação do grupo e, consequentemente, a aprendizagem.
Ferramentas de comunicação assíncrona:
Forum, e-mail (correio eletrónico)… - formas de comunicação, desconectadas do
tempo e do espaço, daí que o aluno e o professor possam manter contacto um com o outro,
desde que tenham tempo disponível, trocando, inclusivamente, materiais didáticos.
Ferramentas de gravação audio:
Podcast – permite produzir e partilhar conteúdos. Pedagogicamente, o professor
pode propor atividades estruturadas, por exemplo, a partir de letras de canções numa língua
estrangeira específica, a fim de desenvolver a competência comunicativa oral. As canções
servem para treinar, de forma lúdica, a tradução e a memorização. Outra atividade a propor
pode ser a de levar os alunos a serem produtores de informação, escrevendo textos que
podem servir, depois, de guião para a gravação de podcasts.
Fotobable –é uma espécie de “álbum”, onde se armazenam fotografias online e às
quais se adiciona audio. Em vez de legendas escritas, os alunos com a ajuda de um
microfone (no computador), podem gravar mensagens, adicionando-as às suas fotos. Daqui,
podem surgir trabalhos interessantes relacionados, por exemplo, com o contar de histórias,
usando imagens; relatos de acontecimentos vividos pela turma, entre outras propostas.
SoundCloud - é uma plataforma social de sons, em que qualquer pessoa pode criar e
compartilhar sons. Gravar e fazer upload de sons para o SoundCloud permite que as pessoas
os compartilhem facilmente, de forma particular com os seus amigos ou de forma pública
em blogs, sites e redes sociais (Facebook, Twitter, MySpace, entre outras).
Voki - é um serviço gratuito que permite a criação de personagens virtuais, que
podem repetir mensagens previamente gravadas, podendo estas ser enviadas, por email ou
incluídas numa página web.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------(5) Valente, 2004
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Como propostas aos alunos, podem usar-se Voki(s) para gravar anúncios
relacionados com a turma; para apresentar textos (por exemplo, pode pedir-se aos alunos
para fazerem uma reportagem, usando depois o Voki para a sua apresentação; pode criar-se
um Voki para se contar uma história, etc.
Ferramentas interativas – partilha de conteúdos:
Scribd – Scribd.com é um site de compartilhamento de arquivos, que permite que os
membros postem documentos de diversos formatos; é por isso, um meio de divulgação e
troca de trabalhos, fichas e outros documentos entre alunos e professores.
Slideshare – permite compartilhar online, apresentações de slides, tipo power points
e documentos como Word, Excel e Acrobat Reader, daí que professor e alunos possam, por
este meio, compartilhar conteúdos, criando uma base de conhecimento reutilizável. O
professor pode indicar algum material, como referência, aos seus alunos, promovendo, desta
forma, a pesquisa e fomentando, simultaneamente, a aprendizagem e a partilha de
conhecimentos.
SkyDrive - SkyDrive é um serviço gratuito de armazenamento online que permite
“hospedar” de graça até 25gb de qualquer tipo de arquivos e ter acesso a eles, de qualquer
lugar que disponha de uma conexão com a Internet.
Dropbox - é um serviço para armazenamento e partilha de arquivos. Permite criar
um banco de recursos acessíveis de qualquer lugar; partilhar informação através de
descargas; facilitar a distribuição de documentos entre professores e alunos; agrupar,
classificar, armazenar, recuperar informação necessária…
Outras ferramentas / programas ao serviço da Educação:
WebQuest – é um instrumento didático inovador. As webQuests proporcionam uma
forma positiva e segura de utilizar a WEB, já que os materiais a utilizar foram previamente
selecionados pelo professor, tendo em conta o nível de ensino dos alunos a que se destinam.
Ao resolver uma webquest, os alunos estão a construir o seu próprio conhecimento,
aprendendo a aprender. As webQuests ampliam os espaços de aprendizagem para além da
sala de aula. Neste caso, o processo ensino-aprendizagem ganha dinamismo e inovação,
proporcionando ambientes de aprendizagem cooperativa.
CmapTools –Permite criar mapas conceptuais, linhas de tempo ou diagramas em
formato digital. Pedagogicamente, promove a criatividade e assimilação de conceitos
curriculares, pelos alunos, permitindo-lhes estabelecer relações hierárquicas dos conteúdos e
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ajudando-os a visualizar conceitos. É uma boa forma do professor sistematizar / sintetizar
assuntos, que quer que os alunos apreendam.
Nuvens de Palavras – é uma espécie de brainstorming de palavras, que permite ao
professor criar jogos de descoberta de sinónimos, antónimos, família de palavras, campos
lexicais… ou então, pode ser o aluno a realizar a tarefa de construir as suas próprias
wordclouds, a partir de uma sugestão temática dada pelo professor.
Prezi - O Prezi.com permite criar apresentações de alto impacto através do conceito
de apresentações de zoom. O Prezi utiliza o mesmo conceito do Google Maps, para reduzir e
ampliar imagens e textos, de uma forma cativante. É uma espécie de power point, mas muito
mais dinâmico e atrativo.
Hot potatoes – é um conjunto de seis ferramentas que permitem criar: exercícios de
preenchimento de espaços (JClose), exercícios mistos (JQuiz), palavras cruzadas (JCross),
sopa de palavras (JMix), exercícios de correspondências (JMatch) e um “pacote de
atividades” (The Master).
Mobile Study (Mobile Learning) – permite criar quizzes para a Web e para o
telemóvel, exercícios de escolha múltipla e de verdadeiro falso, muito usados pelos
professores na sua prática pedagógica. Esta é uma forma mais informal dos alunos
aprenderem, através de dispositivos móveis.
O melhor caminho para utilizar e explorar os potenciais da Web 2.0 é, de facto, ir
navegando, de forma a conhecer alguns dos seus aplicativos.
3. Trabalhos (individuais, em pares e em grupo) desenvolvidos
Ao longo desta formação, para consolidar os conceitos teóricos relacionados com as
ferramentas / programas a explorar, o formador foi propondo trabalhos, predominantemente
individuais, uma vez que na formação, cada formando tinha acesso a um computador.
Destaco algumas tarefas realizadas:
Atividades de grupo (Grupo Alice Vieira)
Análise de um documento, intitulado: “O Ensino e a Aprendizagem do
Português na transição do Milénio”, elaborado pela Associação de
professores de Português, em 2002.
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Esta tarefa foi proposta em trabalho de grupo, mas coube-me a mim ler, analisar o
documento, criar um texto síntese e ver a melhor forma de apresentar essa síntese ao
formador e colegas. Para isso, fiz o meu primeiro vídeo, explorando o “Microsoft Movie
Maker”. Foi a minha primeira vitória, pois é excelente quando, de forma autónoma,
conseguimos fazer algo, nunca feito até então.
Análise do Programa de Português do 2º ciclo para avaliar da presença ou não
de referências às TIC, sua valorização e forma de operacionalização na
prática pedagógica.
Nesta atividade de grupo, não participei, na medida em que fiquei responsável pela tarefa
referida anteriormente.
Elaboração de uma Webquest
Selecionámos em grupo, a temática da Webquest, a saber: proposta para os alunos criarem
uma poesia, a partir das instruções dadas. Incluí no meu blogue, o respetivo link.
Atividades individuais – Ao longo das sessões de trabalho, fui realizando
algumas atividades que concluí, depois, extra formação, incluindo-as no meu blogue “Mar
de Palavras”. Pode comprovar-se pela “visita” ao armandet.blogspot.pt, que cumpri todas as
tarefas individuais, propostas pelo formador, as quais passo a citar:
Sessão de 18 /10 – criar um blogue e colocar textos/ documentos no blogue,
usando a ferramenta “Scribd” ou escrever textos, incluindo-os também.
Optei por incluir textos elaborados no presente ano letivo pelas turmas que
leciono, predominantemente realizados em trabalho coletivo: palavras
opinativas; palavras narrativas, palavras instrucionais, retatos físicos, jogos de
escrita, palavras em forma de carta, entre outros. Incluí ainda alguns textos da
minha autoria: A Menina Meia Leca e A abelha mandriona. Finalmente,
postei alguns contos de Natal dos meus alunos, que ajudei a enriquecer, em
trabalho extra aula, já que era uma proposta a realizar em casa por eles, para
participação num concurso, promovido pela BE/ CRE, em que era autorizada
a correção pelo professor. Incluí apenas os que me foram enviados por email.
Sessão de 21/10 – Aprendemos a incluir no blogue, imagens, texto e vídeo e
a usar o slideshare para partilhar documentos e aprendemos também a criar
nuvens de palavras.
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Coloquei no blogue, através da ferramenta slideshare, o power point criado,
em trabalho de grupo, para apresentar na 2ª sessão e um outro, que ajudei o
meu filho João a fazer, para um trabalho sobre dispositivos de entrada, saída e
de armazenamento, a apresentar na aula de TIC (7ºano). Coloquei ainda
vídeos da minha autoria: “Feliz aniversário” (um vídeo que criei para enviar
aos meus alunos, que têm correio eletrónico, no dia em que fazem anos;
“Palavras…”, (outro vídeo criado a partir de uma poesia colectiva, feita na
aula e ainda o vídeo que elaborei para o trabalho de grupo, proposto para a 2ª
sessão. Postei ainda outros vídeos didáticos, a usar na aula, como motivação
para a leitura (Há palavras que nos beijam, por exemplo); para a criação de
textos com os alunos (Uso correto do computador), entre outros. Incluí várias
imagens e textos.
Criei cinco nuvens de palavras, através dos sites: http://www.wordle.net e
http://www.tagxedo.com
Sessão de 28/10 – Registei-me no http:/www.zunal.com/índex.php e o grupo
“Alice Vieira” criou, em trabalho de grupo, uma webquest, postada no
blogue.
Sessão de 11/11 – Exploração do Prezi
Ver “prezi” criados: 1. “Não à diferença” (pode ser apresentado, por exemplo,
como motivação para o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, para
análise e debate do tema numa aula de Cidadania) 2. Percurso da formação
(síntese de alguns aspetos / aprendizagens adquiridas nesta oficina de
formação.
Sessão de 18/11- Voki
Criei o meu “avatar” e escrevi uma mensagem simples. O texto de
apresentação do blogue foi depois, transformado em som, por um sintetizador
de voz, com vista à apresentação do blog (Boas vindas).
Sessão de 25/11- CmapTools
Criei dois mapas conceptuais: uma família de palavras relacionada com o
vocábulo Terra e um outro, que pode ser usado como motivação para um
exercício lacunar, alusivo ao retrato físico.
Sessão de 16/12- Mobile Study
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Elaborei dois testes de escolha múltipla (Classe dos nomes e Biografia e
Bibliografia de Alice Vieira).
4. Consecução dos objetivos, em função das expetativas e dos resultados
esperados pelo formando, competências adquiridas, evolução, dificuldades
sentidas/ superadas
Penso que o principal objetivo a que me propus no decurso desta formação:
conseguir criar um blogue, realizando, para isso, todas as tarefas propostas pelo formador,
foi concretizado.
A oficina correspondeu inteiramente às minhas expetativas, na medida em que
adquiri competências digitais que me permitirão adotar práticas de ensino mais inovadoras,
melhorando o processo ensino – aprendizagem.
O percurso ao longo da formação foi pautado por sentimentos díspares: no início e ao
longo das sessões, senti alguma ansiedade, medo de arriscar, insegurança, sentimentos que
fui vencendo, sobretudo durante a interrupção das atividades letivas, momento em que me
pude dedicar mais, à exploração de algumas ferramentas da web 2.0. A ansiedade
transformou-se num sentimento de confiança, à medida que ia conseguindo aplicar os
conhecimentos teóricos veiculados pelo formador e, à medida que, através da consulta dos
apontamentos pessoais, era capaz de usar, com sucesso, mais uma ferramenta, postando no
meu blogue, o trabalho realizado.
Senti, algumas vezes, dificuldades em acompanhar as sessões, essencialmente porque
o computador não estava a funcionar nas melhores condições. No entanto, quando isso
aconteceu, colmatei as falhas, anotando procedimentos para posteriormente, os pôr em
prática, em casa.
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13. Centro de Formação de Associação de Escolas
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5. Apreciação da metodologia aos participantes (componente teórica e
componente prática) e dos recursos disponibilizados (em quantidade e utilidade)
A metodologia proposta pelo formador, segundo a minha perspetiva, atendeu a um
equilíbrio entre a componente teórica e a componente prática. O formador soube fazer essa
gestão de forma bastante equilibrada.
No início, naturalmente, foi dada primazia à vertente mais teórica, tendo o formador
feito referência, de uma forma abrangente, aos objetivos e temáticas a desenvolver ao longo
da formação. Posteriormente e em cada sessão de trabalho eram apresentadas uma ou mais
ferramentas, teoricamente, seguindo-se a parte prática, realizada sempre com as orientações
e supervisão do formador.
Globalmente, a componente prática superou largamente, em número de horas, a
componente teórica, como convém em ações ligadas às TIC.
6. Duração (número de horas de trabalho, tempo concedido à feitura dos
trabalhos face ao que seria necessário)
O tempo concedido à feitura dos trabalhos, penso que esteve ajustado às
necessidades dos formandos.
No decurso de cada sessão, no que me diz respeito, fui sobretudo acompanhando
atentamente o formador, na realização dos passos base para a exploração de uma dada
ferramenta, daí que o trabalho mais consistente tenha sido realizado, individualmente, após
as sessões, essencialmente, no período após a penúltima sessão, coincidente com a pausa
letiva.
Ultrapassei largamente as vinte e cinco horas não presenciais para feitura das tarefas,
uma vez que realizei, quase sempre mais do que uma tarefa, para melhor consolidação de
procedimentos.
Penso que esta oficina podia ser complementada com uma segunda oficina, para
concluir o trabalho iniciado, uma vez que algumas ferramentas foram abordadas, mas não
exploradas, em termos práticos, devido à falta de pré-requisitos dos formandos e à
incapacidade de apreender os conceitos de uma forma mais rápida. Contudo, o formador
teve o cuidado de se adaptar ao ritmo de trabalho dos formandos.
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7. Grau de participação do formando em termos de motivação, intervenção,
qualidade e relevância dos trabalhos concretizados, cumprimento de tarefas,
interação com os grupos de trabalho e restantes formandos, contributo para a
partilha.
Relativamente aos parâmetros em avaliação nesta oficina, posso dizer, de forma
breve, que me senti extremamente motivada ao longo das sessões, na medida em que fui
vencendo inseguranças e ganhando competências que não tinha. Prova disso foi o facto de
ter participado nas vinte e cinco horas presenciais, não faltando, portanto, a nenhuma sessão
de trabalho.
Progressivamente, fui superando limitações ao nível das TIC, através da adoção de
atitudes, tais como: a total integração no grupo (empatia), a boa relação interpessoal
estabelecida com o formador e colegas, a interação com o grupo de trabalho, o interesse
manifestado na partilha de ideias, a capacidade de iniciativa, a comunicação, a
responsabilidade no cumprimento das tarefas no tempo previsto, o empenhamento
manifestado na participação, no trabalho realizado e sobretudo a autonomia (a minha maior
vitória foi o facto de ter conseguido, sozinha, realizar tarefas, em casa, que pensei que não
seria capaz).
Os trabalhos realizados, penso que têm qualidade, embora, considere (como sou
perfecionista) ter ainda muito que aprender, sobretudo no que respeita à exploração das
Webquest e do Prezi, programa que me fascina. Os referidos trabalhos, na minha perspetiva,
estão adequados ao ensino do Português e ao nível de escolaridade que leciono (2º ciclo),
podendo vir a ser propostos aos alunos.
Para a minha motivação e bom desempenho, muito contribuiu a postura do formador,
a quem reconheci, desde logo, competências profissionais e humanas: capacidade de
liderança, empenhamento, comunicação e uso de linguagem adaptada ao contexto da
formação, simpatia, dinamismo, criatividade, disponibilidade e humildade.
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8. CONCLUSÃO/ Balanço global da Oficina de Formação.
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos algumas coisa; todos nós
ignoramos alguma coisa, por isso, APRENDEMOS SEMPRE.
Manuel Freire
A sociedade do século XXI está a tornar-se numa sociedade de redes e de
movimentos. A escola deixará de ser «lecionadora» para se tornar «gestora de
conhecimento», nas palavras de Ladislau.
Os alunos que hoje estão nas nossas escolas, aprendem de maneira diferente
especialmente porque nunca conheceram um mundo sem tecnologias ou Internet. São eles
que estão a exigir dos professores práticas educativas mais inovadoras e sobretudo, exigem
que os preparem para o mundo de trabalho e para os desafios que a sociedade do
conhecimento lhes impõe. Já lhes chamaram «nativos digitais» (Prensky 2001), «geração
net» (Oblinger & Oblinger 2005) ou «geração polegar» (Rheingold 2002). Todos estes
termos são sinónimo de “imersão tecnológica”. As tecnologias digitais estão a configurar as
nossas vidas e as jovens gerações procuram o seu lugar na sociedade digital.
A expressão: Geração 2.0 – nativos da Internet, começa a ganhar expressividade.
Neste contexto, cada vez mais o professor de Português, hoje, tem de ser o professor
do novo milénio: um professor aberto à inovação, professor implicado no seu processo de
autoformação; um professor capaz de fomentar nos alunos o gosto pela descoberta, pelo
“aprender a aprender”; capaz de enfrentar positiva e eficazmente os desafios, demonstrando
entusiasmo, dinamismo, criatividade…
O professor de Português tem de ser, acima de tudo, um agente de mudança, capaz
de se envolver para envolver; em suma, um professor com um perfil em evolução.
É com este perfil que eu me quero assumir como professora.
Concluindo, faço um balanço muito positivo desta oficina de formação. Valeu muito,
muito a pena!
«O que importa não é saber tudo, mas o querer saber.»
Tom Stoppard
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9. Referências bibliográficas
Carvalho (2007): Ana Amália Amorim Carvalho, Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e
Secundário: dos recursos e ferramentas online aos LMS, Universidade do Minho, Sísifo,
Revita de Ciências da Educação.
Lobo, Aldina Silveira Lobo (2002) : Aldina Silveira Lobo e outros: Ana Isabel Araújo,
Dulcinea Gil, Isabel Assunção, Lúcia Soares, Manuela Ferreira, Maria José Ferraz e Paulo
Feytor-Pinto, O ensino e a Aprendizagem do Português na transição do Milénio,
Associação de Professores de Português.
Miranda (2007): Guilhermina Lobato Miranda, Limites e possibilidades das TIC na
Educação, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.
disponível em gmiranda@fpce.ul.pt
Moura, Adelina Moura (2010), Da Web 2.0 à Web 2.0 móvel - implicações e
potencialidades na educação, Universidade do Minho, Portugal, disponível em
adelina8@gmail.com
E ainda… pesquisa nos sites:
http://www.acessasp.sp.gov.br/cadernos/caderno_10_01.php
http://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/filosofia_34/emiliana.pdf
Apontamentos retirados, pela formanda, nas sessões de trabalho.
Programa de português do ensino Básico.
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