Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Manifestações de intolerância à diferença
1.
2. Conceitos
Diversidade, igualdade e equidade → Descrevem a ausência de
diferenças de direitos e deveres entre os membros de uma sociedade.
Racismo /Xenofobia → O racismo é a tendência do pensamento, ou do
modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de
raças humanas distintas e superiores umas às outras , a xenofobia é o medo
(fobia, aversão) que o ser humano normalmente tem ao que é diferente.
Desigualdades de género → refere-se às diferenças entre homens e
mulheres.
Homofobia/Transfobia → é um termo utilizado para identificar o ódio,
aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais, lésbicas,
transexuais ou travestis.
Portadores de necessidades especiais → Os portadores de
necessidades especiais de ordem física ou motora necessitam de
atendimento fisioterapeutico, psicológico a fim de lidar com os limites e
dificuldades decorrentes da deficiência e simultaneamente desenvolver
todas as possibilidades e potencialidades.
Crenças religiosas → um conjunto de crenças relacionadas com aquilo
que parte da humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e
transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que
derivam dessas crenças.
3. Diversidade, igualdade e equidade
Os anúncios de empregos publicados em jornais mudaram nos últimos
anos. Não exigem mais quot;boa aparênciaquot;. Na verdade são proibidos de fazê-
lo, pois esse comportamento tornou-se ilegal. Todos sabemos o que queria
dizer a tal quot;boa aparênciaquot;. Ela nada tinha a ver com qualidade profissional,
talento, postura, higiene, forma de vestir ou de comportamento.
A expressão trazia, forte carga de preconceito e equivalia a dizer que o
candidato ou candidata deveria ser, em resumo, uma pessoa branca,
heterossexual e sem deficiências físicas. Ninguém ignora que o preconceito
histórico sempre excluiu mulheres, negros, indígenas, homossexuais,
deficientes físicos, idosos, enfim, todos os que fogem a um determinado
padrão. Declarar isso, abertamente, era comprometedor, então se inventou
o mito da quot;boa aparênciaquot;. Quem não preenchesse as características teria
dificuldade na contratação. E, se fosse contratado, deparava-se com
milhares de obstáculos para obter ascensão profissional.
4. A teoria racista defende a superioridade de uma raça, sendo que os
povos mais discriminados são os negros e os de religião muçulmana.
Embora se tenham feito diversas tentativas para provar a existência
de uma raça superior, todas elas falharam pois a biologia só
reconhece a existência de uma raça: a raça humana.
O racismo e a xenofobia, muitas vezes, são filhos da ignorância, isto
é, surgem como falta de conhecimento e preconceito. Neste
momento, estando nós no século XXI, ainda há pessoas que julgam
que os imigrantes e os turistas vêm para o nosso país para “roubar”
empregos e esgotar os produtos do supermercado quando, na
realidade, estes são um importante factor para o desenvolvimento
económico do nosso país.
É, portanto, urgente que cada um de nós reflicta de modo a que se
extinga o racismo e a xenofobia, como disse Mário Soares, “o racismo
começa quando a diferença, real ou imaginária, é usada para
justificar uma agressão. Uma agressão que assenta na incapacidade
de compreender o outro, para aceitar as diferenças e para se
empenhar no diálogo.”.
5. Desigualdades de género
Apesar das diferenças entre géneros terem vindo a diminuir em
Portugal na última década, o rendimento médio das mulheres
ainda não chega a dois terços daquilo que ganham os homens.
Por cada 100 euros que um homem ganhe, uma mulher
portuguesa ganha apenas 59. Este é um dos dados que consta do
relatório de 2008 do Fundo Económico Mundial sobre Igualdade
de Género.
Além do trabalho e condições salariais, o acesso à actividade
politica é outro dos pontos onde a desigualdade ainda é enorme.
Em Portugal, apesar do número de mulheres no Parlamento ter
aumentado, ainda não chega a um terço. No executivo a
proporção é ainda menor. Já a vizinha Espanha, por exemplo, não
só tem uma percentagem mais elevada de mulheres no
Parlamento, como ainda consegue o feito de ter mais rostos
femininos do que masculinos no Governo.
6. Homofobia / Transfobia
O Senhor Cardeal foi à Figueira da Foz - uma terra conservadora, dizer que «A
homossexualidade não é normal». Porquê? Sua Eminência justifica: «Na
Bíblia está escrito que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a
mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre
professado pela igreja». Mas Sua Eminência não fica por aqui. Segundo ele, a
situação ainda se torna mais problemática quando está em causa a educação
das crianças: «Quando se juntam dois homossexuais, eles ou elas, se há
crianças, evidentemente, aquela união, aquele casamento, não pode
providenciar a formação das crianças. A educação daquelas crianças não pode
ser uma formação normal se não forem formadas por um pai e uma mãe». O
cardeal considera negativo «ter dois pais ou duas mães».
A única coisa que é normal nisto tudo é que a Igreja tenha este discurso. O que
não é normal é que a Igreja continue a pensar que pode legitimamente apelar
ao boicote.
A Igreja tem sempre tendência para a instrumentalização dos fiéis através da
fé. E têm sempre uma opinião a dar: o senhor Cardeal acha quot;evidentequot; que um
casal homossexual não pode providenciar a formação das crianças. No fundo
ele tem razão. As crianças educadas por casais homossexuais não são
certamente educadas para a intolerância, o obscurantismo e o preconceito.
7. Portadores de necessidades especiais
Associação Portuguesa de Deficientes é uma organização de pessoas
com deficiência, constituída e dirigida por pessoas com
deficiência. Enquanto organização de direitos humanos, tem por
objecto a promoção e defesa dos interesses gerais, individuais e
colectivos das pessoas com deficiência em Portugal.
Baseada no princípio de que as pessoas com deficiência são os
peritos em matéria de deficiência, que conhecem melhor que
ninguém os problemas que enfrentam e as soluções para os
ultrapassar, a APD não limita a sua acção à denúncia das situações de
discriminação de que são objecto estes cidadãos.
A APD pretende agregar todas as pessoas com deficiência,
independentemente das deficiências, causas e origens. Tem
implantação nacional, através das suas 20 estruturas regionais.
8. Crenças religiosas
Para pessoas com muita fé, as crenças religiosas e os tabus culturais
associados podem ter um forte impacto sobre como elas cuidam da
saúde, incluindo os tratamentos médicos que elas aceitam.
Os conflitos sobre decisões quanto ao que e como tratar frequentemente
resultam de diferentes percepções dos factos, emoções ou valores culturais
e, naturalmente, religiosos da pessoa enferma. Quando o enfermo discorda
por motivos religiosos do curso de tratamento proposto pelo médico, pode
haver o conflito ético e moral entre as convicções do médico e as
suas, sobretudo se o médico crê firmemente que o tratamento que está a
recomendar é melhor para o referido caso.
Há várias religiões cujos princípios podem conflituar de alguma forma com
o tratamento médico. Um exemplo destas situações é o caso das
Testemunhas de Jeová que recusam transfusões de sangue, mas não
recusam o tratamento médico em geral, o aspecto mais bem conhecido das
crenças das Testemunhas de Jeová está na posição delas quanto ao uso de
sangue. Elas entendem que a Bíblia proíbe os cristãos de manterem a sua
vida por meio da utilização de transfusões de sangue.
9. A tolerância implica um empenhamento activo e a
compreensão da riqueza e da diversidade da
humanidade. Nas sociedades actuais, cada vez mais
multiétnicas e multiculturais, constitui um dos
princípios fundamentais da democracia e o
fundamento da coexistência pacífica entre os povos.
Porque a diferença não deve ser motivo de exclusão
social. Independentemente da cor, raça, religião,
defeitos e deficiências todos merecemos respeito e
direito à vida.
Contudo, a intolerância continua a envenenar a
existência de milhões de pessoas em todo o mundo. Ao
longo dos últimos anos, fomos testemunhas da
violência extrema com que se pode manifestar a
intolerância, através de incontáveis mortes e grande
sofrimento.
10. Trabalho elaborado por:
Ricardo Marques
Carla Carlos
Fernando Ribeiro
Paulo Oliveira
Bruno Pereira