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Matutaí				 Edição: Nº 1 - Dezembro 2008
Matutaí
Expediente
Editorial
Alunos da UNEB sejam muito bem vindos ao
MATUTAÍ, o jornal periódico encabeçado pela tur-
ma do Centro Acadêmico de Comunicação Social
da UNEB, mas pensado e elaborado por e para os
estudantes do Curso de Comunicação Social.
Após algum tempo fora de circulação, a gestão
Zeferina retoma as atividades do MATUTAÍ com
vistas a promover não só a veiculação de notícias de
interesse do grupo estudantil, mas principalmente
reafirmando o ideal de estabelecer diálogos e dis-
cussões sobre o que acontece dentro e fora da uni-
versidade, e que diz respeito a todos nós.
Desde informações sobre os diversos setores da
Uneb, passando por informes sobre o movimento
estudantil na cidade e no estado, até notícias sobre
os cursos e acontecimentos da instituição. O im-
portante é salientar que o MATUTAÍ é um espaço
de todos e, portanto, os estudantes interessados em
veicular informações, sugestões, opiniões, serviços
e textos diversos, sintam-se a vontade.
Nosso objetivo principal é garantir aos estudantes
um espaço onde possam dialogar e conhecer melhor
a universidade da qual fazem parte.
	
Boa Leitura e até a próxima edição!
Textos: Adalton dos Anjos,
Everton Leandro, Daniela
Capistrano, Marcos Grito e
Rebeca Lisboa.
Editores: Adalton dos Anjos
e Rebeca Lisboa
Colaboradores: Aline
Oliveira, Ester Borges, Janine
Falcão, Raiza Cardoso, Tânia
Cordeiro, Zilda Paim.
Fotos: As fotos sem créditos
foram captadas do Google
Diagramação: Adalton dos
Anjos
Tiragem: 150 exemplares
1ª edição, Salvador. Ba.
UNEB, Dezembro de 2008.
matutai.uneb@gmail.com
Ilha de edição é inagurada
Por: Marcos Grito
Finalmente depois de
3 anos de batalha mais
4 meses de molho nos
bastidores do DCH-1 a
ilha de edição de vídeos
foi entregue a estudantes
e professores do Curso
de Comunicação Social,
com direito a adiamento
da inauguração por falta
de chave e tudo mais.
Fizemos o possível, desde
abaixo-assinados, ofícios
e manifestações no depar-
tamento. Importa-nos muito pouco se
este ou aquele setor da UNEB reivin-
dica os méritos, para nós, os méritos
são todos dos estudantes que se mobi-
lizaram para que o nosso laboratório
de vídeo fosse reconquistado, sem
essa mobilização não haveria ilha de
edição.
Lamentavelmente, existem alguns
docentes que embora não tenham
movido uma palha para que a ilha
fosse conquistada e não querem
estudantes na gestão da mesma, senão de
forma minoritária, sem peso de decisão,
como é em praticamente todas instancias
deliberativas da Universidade. Muitas
lutas ainda serão travadas para que estu-
dantes sejam tratados como indivíduos
capazes e não meros a(sem)lunos(luzes)
(tradução do grego).
Essa conquista nos aponta o óbvio a
passividade não compensa. Como diz
o velho Sérgio Guerra “bebemoremos
então”, “a luta continua”.
Por: Janine Falcão
No período de 11 a
18 de janeiro de 2009
Salvador/BA sediará o
Congresso Brasileiro de
Estudantes de Comuni-
cação Social – Cobrecos.
Com o tema Antropofa-
gia: Vamos Devorar! O
congresso propõe a dis-
cussão de assuntos como
a qualidade da formação
do comunicólogo, de-
mocratização da comu-
nicação e comunicação
e mobilização social. O
encontro será sediado
pelo Campus Fede-
ração da Universidade
Católica do Salvador
– UCSAL e, o valor da
inscrição ainda não foi
estabelecido. O contato
com a Comissão Orga-
nizadora pode ser feito
pelo seguinte endereço:
coletivobahia@gmail.com.
Salvador sediará Congresso de
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Depois de muita espera, ilha de edição do DCH - 1 é entregue aos alunos
Estudantes comemoram a inauguração da Ilha
Entra no ar novo
blog de RP
	 	
Comandado pelos
estudantes de Relações
Públicas da UNEB,
Elvira Neta, Antonio
Fernando, Isabela Gar-
rido, Janine Falcão e,
pela bacharel em RP
pela mesma instituição
Qhele Pinheiro, o blog
RPAcontece entrou no
ar e promete ser mais um
espaço para discutir e
divulgar conhecimentos
sobre a profissão, bem
como agregar profis-
sionais, professores e es-
tudantes da área. Acesse
www.rp-bahia.com.br/
rp-acontece e fique por
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dades relativas a área.
Por: Janine Falcão
Xô urucubaca!
Matutaí	 Dezembro 2008					 4
Alunos da turma de 2007.1 de RP são chamados de azarados nos corredores do DCH-1
Por: Adalton dos Anjos
A palavra urucubaca, muito
utilizada na linguagem popu-
lar brasileira, deriva de urubu,
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ca, um peixe azarento que,
se pescado estraga o dia do
pescador. As pessoas usam
esse termo para se referir a
momentos em que nada dá
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em má sorte, mas a turma de
Relações Públicas de 2007.1
tem motivos suficientes para
crer que fizeram uma urucu-
baca contra o grupo.
Desde o primeiro semestre, uma série de
problemas vêm acontecendo com essa tur-
ma sempre em relação a um professor ou
a falta dele. Tudo começou em setembro
de 2007, com a primeira das sete discipli-
nas chamadas Língua Portuguesa (LP). Os
calouros conheceram todos os professores
na semana inaugural de aula, exceto a de
LP1. O semestre foi se desenvolvendo e lá
pela 3ª ou 4ª semana fomos apresentados
a LP1. Logo no início da aula, nos foi dito
que não sabíamos ler. Todos ficaram es-
pantados. Foi desse modo impactante que
a turma descobriu que tinha entrado na
faculdade para fazer alfabetização e não
ensino superior.
Entre a compra de livro e revistas, elab-
oração de receitas, autobiografia e várias
terças e sextas-feiras sem aula a disciplina
se desenhava.
As faltas eram cada vez mais freqüentes
e o medo do não-cumprimento da carga
horária preocupava aos alunos. A situação
ia ficando pior a cada aula. Era notória a
antipatia mútua entre professor e alunos.
A tempestade que tinha se formado de
setembro ao início de dezembro estava
perto de cair. O primeiro sinal veio quan-
do questionada sobre as faltas e a carga
horária prejudicada, ela ficou irritada e
mudou de assunto.
As ausências injustificadas começaram
a ser protocoladas, atitude que não era
tomada até então por receio de represália
contra a turma. Um novo questionamento
sobre as faltas a fez abandonar a aula di-
zendo que em tantas décadas de trabalho
nunca havia sido tratada daquele jeito e,
portanto, exigia respeito. Mas, respeito era
justamente o desejo de toda a turma que
saia de casa ou do trabalho esperando as-
sistir uma aula que quase nunca acontecia.
Não adiantavam as visitas ao templo
budista, muito menos ao terreiro de can-
domblé propostas por outra disciplina. A
nossa urucubaca era forte. Precisava de
algo maior. Veio a sugestão de ir à terça
do descarrego. A turma foi em peso. O de-
sejo era um só: se livrar daquele azar que
nos perseguia desde a primeira semana de
aula. Mas, não deu certo.
O atrito entre as partes aumentava, a
necessidade de aulas extras no sábado era
uma realidade, mas as faltas ainda con-
tinuavam. A tempestade veio abaixo numa
sexta-feira de dezembro em que a profes-
sora estava na faculdade e passados mais
de 40 minutos de aula não tinha entrado
na sala. Questionada pelos alunos ela disse
que não daria aula.
A solução acordada em assembléia com
a turma foi a solicitação de mudança de
professor. Entretanto, a substituição só
poderia ser efetuada se ela abandonasse a
turma. A situação chegou até a direção do
departamento e em uma reunião realizada
entre o diretor, professora e alguns alunos
ficou decidida a troca da docente, uma vez
que a situação já estava insustentável.
Começava outra parte do problema:
como cumprir a carga horária e quem se-
ria o professor substituto? A professora
substituta foi
do agrado de
todos, já que
a conhecíamos,
entretanto o
horário da re-
posição de aulas
só reiterou nossa falta de sorte. As aulas
repostas seriam dadas durante três sema-
nas de janeiro, diariamente, a tarde inteira.
E foi assim que perdemos grande parte de
nossas férias de verão.
Em 2007.2, entre problemas com a me-
todologia de um professor e o excesso de
trabalho de outras disciplinas o semestre
passou ileso.
Já não podemos dizer o mesmo de
2008.1. A urucubaca estava de volta. A
disciplina contemplada: Língua Portu-
guesa 3. A professora que assumiu a turma
entrou com um atestado médico e estava
impossibilitada de dar aulas. A faculdade
buscava um substituto, mas todos estavam
ocupados ou em licença; somente uma
professora tinha disponibilidade de assumir a
turma na segunda unidade.
Uma “brilhante” idéia foi posta em ação
para tapar o “buraco” da primeira unidade.
Uma professora que dava uma disciplina
no 5º semestre iria assumir as aulas de
LP3 que aconteciam ao mesmo tempo.
Complicado? Você certamente deve es-
tar achando que sou louco; como pode
alguém desafiar as leis da física? Eu sei
que um corpo não é capaz estar em dois
lugares ao mesmo tempo.
Ela se desdobrava, tentava cumprir o
que estava sendo obrigada a fazer, saía de
uma sala correndo para outra e assim vi-
mos a primeira unidade passar.
O final da disciplina foi um pouco tu-
multuado com a nova professora, era fim de
semestre, muitos trabalhos sendo produzi-
dos, pouco tempo, provas de outras discipli-
nas e quando foram contar a maldita carga
horária de LP3, descobriu-se que a ela não
ia ser cumprida sem aulas extras. Solução
encontrada: aula em uma das três semanas
de férias. A essa altura até os não-conven-
cidos de que a má sorte nos perseguia pas-
saram a acreditar no problema. Era muita
coincidência. Outros alunos aproveitavam
os intervalos das aulas nas micro-férias
para tentar adivinhar qual seria o pro-
blema com LP4. Foram várias tentativas,
mas ninguém conseguiu acertar.
Um novo semestre começou e, inacredi-
tavelmente, a turma de 2007.1 teria mais
um problema, agora com LP4. Metade das
LPs já foram. Das quatro, tivemos prob-
lemas com três. A professora que assumi-
ria a turma vai continuar de licença, por
motivos de força maior. Nos corredores,
já somos apontados como a turma azarada
da faculdade. Depois de duas semanas
sem aula, ficou decidido que em situação
emergencial nós teremos as aulas de LP4
com uma professora de Fonoaudiologia
em dois sábados, das 11h até 12h30min,
até que se encontre um professor defini-
tivo para a turma.
A descrição da saga das LPs vai ser in-
terrompida por aqui. A turma de 2007.1 já
está com as mãos direitas inchadas de tanto
dar pancadas em madeira para se livrar da
urucubaca. Enquanto as aulas das terças e
quintas não começam, a gente segue bus-
cando soluções para se livrar da má sorte.
Se você tem alguma sugestão, contate-nos.
Não adiantavam as visitas
ao templo budista, muito
menos ao terreiro de can-
domblé propostas por ou-
tra disciplina
Impressão: Gráfica da UNEB
Foto: Rebeca Lisboa
Matutaí	 Dezembro 2008					 3Matutaí	 Dezembro 2008					 2
Cultural
Filme
Muito além do jardim
Indicação Professora Zilda Paim
Sinopse: Chance (Peter Sellers), um
homem ingênuo, passa toda a sua vida
cuidando de um jardim e vendo televisão,
seu único contato com o mundo. Ele nun-
ca entrou em um carro, não sabe ler ou
escrever, não tem carteira de identidade,
resumindo: não existe oficialmente.
Quando seu patrão morre, é obrigado a
deixar a casa em que sempre viveu e, aci-
dentalmente, é atropelado pelo automóv-
el de Benjamin Rand (Melvyn Douglas),
um grande magnata que se torna seu ami-
go e chega a apresentá-lo ao Presidente
(Jack Warden). Curiosamente, tudo dito
por Chance ou até mesmo o seu silên-
cio é considerado genial. Paralelamente
a saúde de Benjamin está crítica e Eve
Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se
apaixona por Chance		
Título Original: Being There
Gênero: Drama
Origem:EUA, 1979
Duração: 130 min
Direção: HalAshby
Literatura
Mente, Linguagem e Sociedade.
Filosofia no mundo real
Indicação Professora Tânia Cordeiro
Não acredito que vivemos em dois mun-
dos, o mental e o físico e menos ainda em
três mundos, o mental, o físico e o cultural
descrever as relações entre algumas das
muitas partes desse único mundo.’ Assim,
de forma clara e sintética, John R. Searle
resume o objetivo que se propôs ao es-
crever ‘Mente, linguagem e sociedade’.
Depois de apresentar a mente enquanto
um fenômeno biológico, o autor passa a
examinar as várias teorias a respeito da
consciência. Aspectos do cotidiano, como
uma lista de compras levada ao supermer-
cado por exemplo, servem de pontos de
partida para discutir de modo didático
conceitos como a intencionalidade. Ao ser
analisada por Searle, uma frase banal es-
colhida ao acaso, acaba lançando uma luz
sobre a relação entre a mente e o mundo.
Autor : Searle, John. Editora: Rocco
Ano: 2000. Preço: R$ 31,00
Dança
Projeto BTCA Memória
apresenta: “Ilhas”
Indicação - Raiza Cardoso - 4º semestre
Remontagem da coreografia de Vitor Na-
varro, apresentada pela primeira vez em
1983 pelo Balé do Teatro Castro Alves.
Quando: 19, 20/12 às 20h e 21/12 às 10h
Onde: Teatro Castro Alves
Quanto: 10,00 inteira (à definir)
Nós, Segundo Eu
Para que ninguém ouça nossa canção,
no toque suave de nossas mãos,
eu a escondo numa fração de pensamento,
e canto ela em silêncio.
As notas são dadas por nossos passos,
porque embora superado tantos encalços,
não estamos certos se sabemos,
não notamos que assim a fizemos.
Seus olhos buscam em volta o nada
e a miudeza do teu corpo dá o tom
a sua voz enche o vazio d’um pouco de som
e você empresta uma nova cor as fadas.
O som se enche de vazio,
e não se sabe se o tempo ou erro é que esta certo,
se o pensamento se esconde no sorriso,
mesmo de longe, ficamos perto.
Autor: Emerson Leandro Silva
Participe
Faça como Emerson e
participe da seção Pá-
gina aberta.
Basta entrar em con-
tato conosco pelo nosso
email e enviar seu texto
de no máximo 20 linhas
para ser publicado aqui
nas próximas edições do
Matutaí. O endereço é
matutai.uneb@gmail.com
Teatro
Milagre na Baía
Indicação Ester Borges – 4º Semestre
A peça Milagre
na Baía, novo espe-
táculo da Cia Axé
do XVIII com texto
de Aninha Franco,
direção de Rita As-
semany e participa-
ção da atriz Evelin
Buchegger, teve sua
estréia em setembro
e fica em cartaz até o dia 14 de dezembro.
Milagre na Baía é uma peça delicio-
samente lúdica, cheia de figuras de lin-
guagem e metáforas tocantes e, ao mes-
mo, tempo divertidas, conta a história
de “Totó”, suas andanças e seus anseios.
Através da história entra em cena a ci-
dadania e o poder de fazer exercício dela.
Através desse tema aborda a nossa Carta
Magna “A Constituição Cidadã”, bem
lembrada em seu aniversário de 20 anos.
Mesmo com tantos temas sérios é um es-
petáculo divertidíssimo, que abusa de todas
as artes que o teatro permite, com música,
dança e interpretações maravilhosas.
Quando: Quinta, Sexta, Sábado e Domin-
go às 20h
Onde: Theatro XVIII – Ladeira S Miguel
n 18 Pelourinho
Quanto: R$ 8,00 / Preço promocional R$
4,00 (meia-entrada para todos).
Página aberta
Por: Emerson Leandro
Como diria o intelec-
tual Abelardo Barbosa...
“Quem não se comunica se
trumbica”. Mesmo sem sa-
ber que “diacho” significa
o verbo trumbicar, de fato
o velho chacrinha carrega-
va, ao seu modo, algo de
verdade nesta afirmação.
Comunicar-se é algo es-
sencial desde que o mundo
é mundo, afinal somos
seres gregários por nature-
za e a partir do momento
em que existiu dois seres
humanos, fez-se necessário
a construção de mecanis-
mos comunicativos. Mas
pergunto-me cá com meus
botões; já que é algo tão
natural que fazemos com
tanta freqüência para que,
seguindo a lógica da so-
ciedade capitalista, dedicar
horas do nosso “precioso
tempo” inquietando-se com
assuntos de comunicação?
Se buscarmos o signifi-
cado tão amplo desta moti-
vação, como se procura em
uma caixa de ferramentas
a que nos será mais útil
no momento, talvez nossa
profissão não se configure
como um diferencial. Mas
se analisarmos nas relações
humanas a relevância, a in-
dispensabilidade da comu-
nicação e entendermos que
toda manifestação humana
carrega intrinsecamente es-
tas características, ai sim
será perceptível a enverga-
dura de nossa profissão.
O comunicador social,
como a grande maioria dos
profissionais independente
da área que ocupa, deve
carregar uma imensa res-
ponsabilidade. Ele está,
quase sempre, na prática
profissional diante de uma
questão ética e filosófica:
o de trabalhar com o con-
ceito da verdade. Talvez o
comunicólogo depara-se
mais vezes frente à frente
com ele do que o restante
dos demais profissionais.
Mas isso não torna o supra-
sumo do mercado.
Na justificativa da existên-
cia de nossa profissão, o
argumento mais utilizado
diante da possibilidade da
nossa iniciação profis-
sional, é o de que somos os
responsáveis pela melhora
da imagem e identidade
de uma organização, pen-
sando-a de maneira mais
abrangente, considerando
até a imagem de individual
de cada um.
É nesta justificativa que
reside todo o dilema de
um profissional que traba-
lha com a construção e/ou
melhoria de “imagens”.
Como lidar com a necessi-
dade humana de acreditar,
sabendo-se que a respon-
sabilidade de construir esta
crença centraliza-se em
você ou em um contingente
reduzido de pessoas, que
irão definir o que é ou o que
não é verdade para uma
grande maioria? Como li-
dar com a construção da
críticidade sabendo que,
em alguns casos, é total-
mente conflitante com ob-
jetivo que deseja ser alcan-
çado? Uma frase atribuída
a Oscar Wilde diz que “a
ignorância é uma benção”.
Neste pormenor o papel do
RP se aproxima do de um
educador. Responsabilizar-
se e influenciar ainda que
minimamente na vida das
pessoas. Tendo consciên-
cia que o dano causado é
infinitamente maior do que
o de um erro médico por
exemplo.
Aos menos atentos um
aviso; sobreviver financei-
ramente e manter a conduta
ética intocável serão algo
que exigirá uma força de
vontade hercúlea e talvez
não seja possível exercê-la
sempre. Os questionamen-
tos supracitados são uma
nesga do “bolo de confli-
tos” que todo, ou a grande
maioria dos profissionais
da área de humanas princi-
palmente, terão que lhe dar
em seu fazer profissional.
Como consolo resta ape-
nas... É, não há consolo!
Comunicador, ser ou não ser?
Matutando
A maior e melhor
Por: Daniela Capistrano
Amaior agora é a me-
lhor. Somos maiores e me-
lhores. A qualquer um essa
menção traria orgulho. As
nossas mães que passam
e vê os outdoors – ilumi-
nados ou não – devem se
encher de orgulho. Nossos
filhos são os maiores e os
melhores!
Quer dizer, seria mais
interessante se fosse ver-
dade. Qualquer pessoa que
ultrapassa os portões da
UNEB, não apenas como
espectador, facilmente em
uma semana de desencan-
to, se depara com a rea-
lidade nada luminosa que
a universidade atravessa.
Percebe que a tão bela uni-
versidade “Pública, Gratui-
ta e de Qualidade” é apenas
um devaneio dos corações
apaixonados e uma facha-
da dos profissionais que
constroem as campanhas
publicitárias. Aqui falta
tudo. Principalmente ver-
gonha.
No semestre passado,
nós alunos fomos submeti-
dos a um tratamento diga-
mos curioso. Com o fim
da greve ficou a reposição
das aulas e a criação de
um novo calendário. Mas
2008.1 já estava atrasado
e iria atrasar 2008.2. Para
solucionar o problema
então façamos o seguinte:
Criemos então o semestre
de três meses. Três meses
e nada mais, com final e
tudo. E nesses três meses
de aulas eu me pergunto:
quem aprendeu alguma
coisa? Na minha turma
fizemos trabalhos numa
escala jamais vista. Quase
industrial. Toda semana
tinha um mais mal feito
que outro. E assim fomos
até o final do semestre.
Os alunos de humanas
talvez possam repor as suas
deficiências com leitura,
mas fico pensando nos alu-
nos de saúde, que tiveram
práticas de quinze, vinte
dias reduzidas a uma se-
mana. Quem vai pagar essa
conta?
Esse calendário reduzido
é um desrespeito com o
aluno que se esforça para
entrar numa universidade
concorrida e é tratado
como se não fosse nada.
Pois é isso que representa-
mos para eles: nada
Será que os alunos foram
consultados na formula-
ção do novo calendário?
Será que o rendimento dos
alunos submetidos a este
calendário foi o esperado?
No mínimo o desejável?
Será que este semestre é
legal segundo o Minis-
tério da Educação? Será
que dentro da UNEB a
qualidade de formação dos
alunos está em segundo
plano? É o que menos im-
porta? O que é realmente
importante para UNEB?
Falando assim parece até
mentira, mas este semestre
teremos mais. Mais e daí?
Alguém disse que somos
os melhores. Está escrito
no outdoor com luz e tudo.
Vai ser bom enquanto ficar
lá. Vai ser bom enquanto
existir alguém que acredite
nisso.
Prédio da reitoria da UNEB, localizado no campus I
Foto: Portal UNEB
Internet
Mundo das Relações Públicas:
O site tem vagas de emprego, podcasts,
dicas de livros e outros textos sobre RP.
Acesse: http://www.mundorp.com.br
AgênciaExperimentaldeRelaçõesPúblicas:
Produzido pelos alunos da Universidade
Metodista de São Paulo, o site traz notícias,
links dos Conrerps (Conselhos de Relações
Públicas) e produções academicas.
Acesse: http://www2.metodista.br/agenciarp
Cacos Zeferina
Blog do CentroAcadêmico de Comunicação
Social -Relações Públicas da UNEB
Acesse:http://www.cacoszeferina.blogspot.com

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  • 1. Matutaí Edição: Nº 1 - Dezembro 2008 Matutaí Expediente Editorial Alunos da UNEB sejam muito bem vindos ao MATUTAÍ, o jornal periódico encabeçado pela tur- ma do Centro Acadêmico de Comunicação Social da UNEB, mas pensado e elaborado por e para os estudantes do Curso de Comunicação Social. Após algum tempo fora de circulação, a gestão Zeferina retoma as atividades do MATUTAÍ com vistas a promover não só a veiculação de notícias de interesse do grupo estudantil, mas principalmente reafirmando o ideal de estabelecer diálogos e dis- cussões sobre o que acontece dentro e fora da uni- versidade, e que diz respeito a todos nós. Desde informações sobre os diversos setores da Uneb, passando por informes sobre o movimento estudantil na cidade e no estado, até notícias sobre os cursos e acontecimentos da instituição. O im- portante é salientar que o MATUTAÍ é um espaço de todos e, portanto, os estudantes interessados em veicular informações, sugestões, opiniões, serviços e textos diversos, sintam-se a vontade. Nosso objetivo principal é garantir aos estudantes um espaço onde possam dialogar e conhecer melhor a universidade da qual fazem parte. Boa Leitura e até a próxima edição! Textos: Adalton dos Anjos, Everton Leandro, Daniela Capistrano, Marcos Grito e Rebeca Lisboa. Editores: Adalton dos Anjos e Rebeca Lisboa Colaboradores: Aline Oliveira, Ester Borges, Janine Falcão, Raiza Cardoso, Tânia Cordeiro, Zilda Paim. Fotos: As fotos sem créditos foram captadas do Google Diagramação: Adalton dos Anjos Tiragem: 150 exemplares 1ª edição, Salvador. Ba. UNEB, Dezembro de 2008. matutai.uneb@gmail.com Ilha de edição é inagurada Por: Marcos Grito Finalmente depois de 3 anos de batalha mais 4 meses de molho nos bastidores do DCH-1 a ilha de edição de vídeos foi entregue a estudantes e professores do Curso de Comunicação Social, com direito a adiamento da inauguração por falta de chave e tudo mais. Fizemos o possível, desde abaixo-assinados, ofícios e manifestações no depar- tamento. Importa-nos muito pouco se este ou aquele setor da UNEB reivin- dica os méritos, para nós, os méritos são todos dos estudantes que se mobi- lizaram para que o nosso laboratório de vídeo fosse reconquistado, sem essa mobilização não haveria ilha de edição. Lamentavelmente, existem alguns docentes que embora não tenham movido uma palha para que a ilha fosse conquistada e não querem estudantes na gestão da mesma, senão de forma minoritária, sem peso de decisão, como é em praticamente todas instancias deliberativas da Universidade. Muitas lutas ainda serão travadas para que estu- dantes sejam tratados como indivíduos capazes e não meros a(sem)lunos(luzes) (tradução do grego). Essa conquista nos aponta o óbvio a passividade não compensa. Como diz o velho Sérgio Guerra “bebemoremos então”, “a luta continua”. Por: Janine Falcão No período de 11 a 18 de janeiro de 2009 Salvador/BA sediará o Congresso Brasileiro de Estudantes de Comuni- cação Social – Cobrecos. Com o tema Antropofa- gia: Vamos Devorar! O congresso propõe a dis- cussão de assuntos como a qualidade da formação do comunicólogo, de- mocratização da comu- nicação e comunicação e mobilização social. O encontro será sediado pelo Campus Fede- ração da Universidade Católica do Salvador – UCSAL e, o valor da inscrição ainda não foi estabelecido. O contato com a Comissão Orga- nizadora pode ser feito pelo seguinte endereço: coletivobahia@gmail.com. Salvador sediará Congresso de Comunicação Depois de muita espera, ilha de edição do DCH - 1 é entregue aos alunos Estudantes comemoram a inauguração da Ilha Entra no ar novo blog de RP Comandado pelos estudantes de Relações Públicas da UNEB, Elvira Neta, Antonio Fernando, Isabela Gar- rido, Janine Falcão e, pela bacharel em RP pela mesma instituição Qhele Pinheiro, o blog RPAcontece entrou no ar e promete ser mais um espaço para discutir e divulgar conhecimentos sobre a profissão, bem como agregar profis- sionais, professores e es- tudantes da área. Acesse www.rp-bahia.com.br/ rp-acontece e fique por dentro de todas as novi- dades relativas a área. Por: Janine Falcão Xô urucubaca! Matutaí Dezembro 2008 4 Alunos da turma de 2007.1 de RP são chamados de azarados nos corredores do DCH-1 Por: Adalton dos Anjos A palavra urucubaca, muito utilizada na linguagem popu- lar brasileira, deriva de urubu, ave de mau agouro, e cumba- ca, um peixe azarento que, se pescado estraga o dia do pescador. As pessoas usam esse termo para se referir a momentos em que nada dá certo. Alguns não acreditam em má sorte, mas a turma de Relações Públicas de 2007.1 tem motivos suficientes para crer que fizeram uma urucu- baca contra o grupo. Desde o primeiro semestre, uma série de problemas vêm acontecendo com essa tur- ma sempre em relação a um professor ou a falta dele. Tudo começou em setembro de 2007, com a primeira das sete discipli- nas chamadas Língua Portuguesa (LP). Os calouros conheceram todos os professores na semana inaugural de aula, exceto a de LP1. O semestre foi se desenvolvendo e lá pela 3ª ou 4ª semana fomos apresentados a LP1. Logo no início da aula, nos foi dito que não sabíamos ler. Todos ficaram es- pantados. Foi desse modo impactante que a turma descobriu que tinha entrado na faculdade para fazer alfabetização e não ensino superior. Entre a compra de livro e revistas, elab- oração de receitas, autobiografia e várias terças e sextas-feiras sem aula a disciplina se desenhava. As faltas eram cada vez mais freqüentes e o medo do não-cumprimento da carga horária preocupava aos alunos. A situação ia ficando pior a cada aula. Era notória a antipatia mútua entre professor e alunos. A tempestade que tinha se formado de setembro ao início de dezembro estava perto de cair. O primeiro sinal veio quan- do questionada sobre as faltas e a carga horária prejudicada, ela ficou irritada e mudou de assunto. As ausências injustificadas começaram a ser protocoladas, atitude que não era tomada até então por receio de represália contra a turma. Um novo questionamento sobre as faltas a fez abandonar a aula di- zendo que em tantas décadas de trabalho nunca havia sido tratada daquele jeito e, portanto, exigia respeito. Mas, respeito era justamente o desejo de toda a turma que saia de casa ou do trabalho esperando as- sistir uma aula que quase nunca acontecia. Não adiantavam as visitas ao templo budista, muito menos ao terreiro de can- domblé propostas por outra disciplina. A nossa urucubaca era forte. Precisava de algo maior. Veio a sugestão de ir à terça do descarrego. A turma foi em peso. O de- sejo era um só: se livrar daquele azar que nos perseguia desde a primeira semana de aula. Mas, não deu certo. O atrito entre as partes aumentava, a necessidade de aulas extras no sábado era uma realidade, mas as faltas ainda con- tinuavam. A tempestade veio abaixo numa sexta-feira de dezembro em que a profes- sora estava na faculdade e passados mais de 40 minutos de aula não tinha entrado na sala. Questionada pelos alunos ela disse que não daria aula. A solução acordada em assembléia com a turma foi a solicitação de mudança de professor. Entretanto, a substituição só poderia ser efetuada se ela abandonasse a turma. A situação chegou até a direção do departamento e em uma reunião realizada entre o diretor, professora e alguns alunos ficou decidida a troca da docente, uma vez que a situação já estava insustentável. Começava outra parte do problema: como cumprir a carga horária e quem se- ria o professor substituto? A professora substituta foi do agrado de todos, já que a conhecíamos, entretanto o horário da re- posição de aulas só reiterou nossa falta de sorte. As aulas repostas seriam dadas durante três sema- nas de janeiro, diariamente, a tarde inteira. E foi assim que perdemos grande parte de nossas férias de verão. Em 2007.2, entre problemas com a me- todologia de um professor e o excesso de trabalho de outras disciplinas o semestre passou ileso. Já não podemos dizer o mesmo de 2008.1. A urucubaca estava de volta. A disciplina contemplada: Língua Portu- guesa 3. A professora que assumiu a turma entrou com um atestado médico e estava impossibilitada de dar aulas. A faculdade buscava um substituto, mas todos estavam ocupados ou em licença; somente uma professora tinha disponibilidade de assumir a turma na segunda unidade. Uma “brilhante” idéia foi posta em ação para tapar o “buraco” da primeira unidade. Uma professora que dava uma disciplina no 5º semestre iria assumir as aulas de LP3 que aconteciam ao mesmo tempo. Complicado? Você certamente deve es- tar achando que sou louco; como pode alguém desafiar as leis da física? Eu sei que um corpo não é capaz estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ela se desdobrava, tentava cumprir o que estava sendo obrigada a fazer, saía de uma sala correndo para outra e assim vi- mos a primeira unidade passar. O final da disciplina foi um pouco tu- multuado com a nova professora, era fim de semestre, muitos trabalhos sendo produzi- dos, pouco tempo, provas de outras discipli- nas e quando foram contar a maldita carga horária de LP3, descobriu-se que a ela não ia ser cumprida sem aulas extras. Solução encontrada: aula em uma das três semanas de férias. A essa altura até os não-conven- cidos de que a má sorte nos perseguia pas- saram a acreditar no problema. Era muita coincidência. Outros alunos aproveitavam os intervalos das aulas nas micro-férias para tentar adivinhar qual seria o pro- blema com LP4. Foram várias tentativas, mas ninguém conseguiu acertar. Um novo semestre começou e, inacredi- tavelmente, a turma de 2007.1 teria mais um problema, agora com LP4. Metade das LPs já foram. Das quatro, tivemos prob- lemas com três. A professora que assumi- ria a turma vai continuar de licença, por motivos de força maior. Nos corredores, já somos apontados como a turma azarada da faculdade. Depois de duas semanas sem aula, ficou decidido que em situação emergencial nós teremos as aulas de LP4 com uma professora de Fonoaudiologia em dois sábados, das 11h até 12h30min, até que se encontre um professor defini- tivo para a turma. A descrição da saga das LPs vai ser in- terrompida por aqui. A turma de 2007.1 já está com as mãos direitas inchadas de tanto dar pancadas em madeira para se livrar da urucubaca. Enquanto as aulas das terças e quintas não começam, a gente segue bus- cando soluções para se livrar da má sorte. Se você tem alguma sugestão, contate-nos. Não adiantavam as visitas ao templo budista, muito menos ao terreiro de can- domblé propostas por ou- tra disciplina Impressão: Gráfica da UNEB Foto: Rebeca Lisboa
  • 2. Matutaí Dezembro 2008 3Matutaí Dezembro 2008 2 Cultural Filme Muito além do jardim Indicação Professora Zilda Paim Sinopse: Chance (Peter Sellers), um homem ingênuo, passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Ele nun- ca entrou em um carro, não sabe ler ou escrever, não tem carteira de identidade, resumindo: não existe oficialmente. Quando seu patrão morre, é obrigado a deixar a casa em que sempre viveu e, aci- dentalmente, é atropelado pelo automóv- el de Benjamin Rand (Melvyn Douglas), um grande magnata que se torna seu ami- go e chega a apresentá-lo ao Presidente (Jack Warden). Curiosamente, tudo dito por Chance ou até mesmo o seu silên- cio é considerado genial. Paralelamente a saúde de Benjamin está crítica e Eve Rand (Shirley MacLaine), sua esposa, se apaixona por Chance Título Original: Being There Gênero: Drama Origem:EUA, 1979 Duração: 130 min Direção: HalAshby Literatura Mente, Linguagem e Sociedade. Filosofia no mundo real Indicação Professora Tânia Cordeiro Não acredito que vivemos em dois mun- dos, o mental e o físico e menos ainda em três mundos, o mental, o físico e o cultural descrever as relações entre algumas das muitas partes desse único mundo.’ Assim, de forma clara e sintética, John R. Searle resume o objetivo que se propôs ao es- crever ‘Mente, linguagem e sociedade’. Depois de apresentar a mente enquanto um fenômeno biológico, o autor passa a examinar as várias teorias a respeito da consciência. Aspectos do cotidiano, como uma lista de compras levada ao supermer- cado por exemplo, servem de pontos de partida para discutir de modo didático conceitos como a intencionalidade. Ao ser analisada por Searle, uma frase banal es- colhida ao acaso, acaba lançando uma luz sobre a relação entre a mente e o mundo. Autor : Searle, John. Editora: Rocco Ano: 2000. Preço: R$ 31,00 Dança Projeto BTCA Memória apresenta: “Ilhas” Indicação - Raiza Cardoso - 4º semestre Remontagem da coreografia de Vitor Na- varro, apresentada pela primeira vez em 1983 pelo Balé do Teatro Castro Alves. Quando: 19, 20/12 às 20h e 21/12 às 10h Onde: Teatro Castro Alves Quanto: 10,00 inteira (à definir) Nós, Segundo Eu Para que ninguém ouça nossa canção, no toque suave de nossas mãos, eu a escondo numa fração de pensamento, e canto ela em silêncio. As notas são dadas por nossos passos, porque embora superado tantos encalços, não estamos certos se sabemos, não notamos que assim a fizemos. Seus olhos buscam em volta o nada e a miudeza do teu corpo dá o tom a sua voz enche o vazio d’um pouco de som e você empresta uma nova cor as fadas. O som se enche de vazio, e não se sabe se o tempo ou erro é que esta certo, se o pensamento se esconde no sorriso, mesmo de longe, ficamos perto. Autor: Emerson Leandro Silva Participe Faça como Emerson e participe da seção Pá- gina aberta. Basta entrar em con- tato conosco pelo nosso email e enviar seu texto de no máximo 20 linhas para ser publicado aqui nas próximas edições do Matutaí. O endereço é matutai.uneb@gmail.com Teatro Milagre na Baía Indicação Ester Borges – 4º Semestre A peça Milagre na Baía, novo espe- táculo da Cia Axé do XVIII com texto de Aninha Franco, direção de Rita As- semany e participa- ção da atriz Evelin Buchegger, teve sua estréia em setembro e fica em cartaz até o dia 14 de dezembro. Milagre na Baía é uma peça delicio- samente lúdica, cheia de figuras de lin- guagem e metáforas tocantes e, ao mes- mo, tempo divertidas, conta a história de “Totó”, suas andanças e seus anseios. Através da história entra em cena a ci- dadania e o poder de fazer exercício dela. Através desse tema aborda a nossa Carta Magna “A Constituição Cidadã”, bem lembrada em seu aniversário de 20 anos. Mesmo com tantos temas sérios é um es- petáculo divertidíssimo, que abusa de todas as artes que o teatro permite, com música, dança e interpretações maravilhosas. Quando: Quinta, Sexta, Sábado e Domin- go às 20h Onde: Theatro XVIII – Ladeira S Miguel n 18 Pelourinho Quanto: R$ 8,00 / Preço promocional R$ 4,00 (meia-entrada para todos). Página aberta Por: Emerson Leandro Como diria o intelec- tual Abelardo Barbosa... “Quem não se comunica se trumbica”. Mesmo sem sa- ber que “diacho” significa o verbo trumbicar, de fato o velho chacrinha carrega- va, ao seu modo, algo de verdade nesta afirmação. Comunicar-se é algo es- sencial desde que o mundo é mundo, afinal somos seres gregários por nature- za e a partir do momento em que existiu dois seres humanos, fez-se necessário a construção de mecanis- mos comunicativos. Mas pergunto-me cá com meus botões; já que é algo tão natural que fazemos com tanta freqüência para que, seguindo a lógica da so- ciedade capitalista, dedicar horas do nosso “precioso tempo” inquietando-se com assuntos de comunicação? Se buscarmos o signifi- cado tão amplo desta moti- vação, como se procura em uma caixa de ferramentas a que nos será mais útil no momento, talvez nossa profissão não se configure como um diferencial. Mas se analisarmos nas relações humanas a relevância, a in- dispensabilidade da comu- nicação e entendermos que toda manifestação humana carrega intrinsecamente es- tas características, ai sim será perceptível a enverga- dura de nossa profissão. O comunicador social, como a grande maioria dos profissionais independente da área que ocupa, deve carregar uma imensa res- ponsabilidade. Ele está, quase sempre, na prática profissional diante de uma questão ética e filosófica: o de trabalhar com o con- ceito da verdade. Talvez o comunicólogo depara-se mais vezes frente à frente com ele do que o restante dos demais profissionais. Mas isso não torna o supra- sumo do mercado. Na justificativa da existên- cia de nossa profissão, o argumento mais utilizado diante da possibilidade da nossa iniciação profis- sional, é o de que somos os responsáveis pela melhora da imagem e identidade de uma organização, pen- sando-a de maneira mais abrangente, considerando até a imagem de individual de cada um. É nesta justificativa que reside todo o dilema de um profissional que traba- lha com a construção e/ou melhoria de “imagens”. Como lidar com a necessi- dade humana de acreditar, sabendo-se que a respon- sabilidade de construir esta crença centraliza-se em você ou em um contingente reduzido de pessoas, que irão definir o que é ou o que não é verdade para uma grande maioria? Como li- dar com a construção da críticidade sabendo que, em alguns casos, é total- mente conflitante com ob- jetivo que deseja ser alcan- çado? Uma frase atribuída a Oscar Wilde diz que “a ignorância é uma benção”. Neste pormenor o papel do RP se aproxima do de um educador. Responsabilizar- se e influenciar ainda que minimamente na vida das pessoas. Tendo consciên- cia que o dano causado é infinitamente maior do que o de um erro médico por exemplo. Aos menos atentos um aviso; sobreviver financei- ramente e manter a conduta ética intocável serão algo que exigirá uma força de vontade hercúlea e talvez não seja possível exercê-la sempre. Os questionamen- tos supracitados são uma nesga do “bolo de confli- tos” que todo, ou a grande maioria dos profissionais da área de humanas princi- palmente, terão que lhe dar em seu fazer profissional. Como consolo resta ape- nas... É, não há consolo! Comunicador, ser ou não ser? Matutando A maior e melhor Por: Daniela Capistrano Amaior agora é a me- lhor. Somos maiores e me- lhores. A qualquer um essa menção traria orgulho. As nossas mães que passam e vê os outdoors – ilumi- nados ou não – devem se encher de orgulho. Nossos filhos são os maiores e os melhores! Quer dizer, seria mais interessante se fosse ver- dade. Qualquer pessoa que ultrapassa os portões da UNEB, não apenas como espectador, facilmente em uma semana de desencan- to, se depara com a rea- lidade nada luminosa que a universidade atravessa. Percebe que a tão bela uni- versidade “Pública, Gratui- ta e de Qualidade” é apenas um devaneio dos corações apaixonados e uma facha- da dos profissionais que constroem as campanhas publicitárias. Aqui falta tudo. Principalmente ver- gonha. No semestre passado, nós alunos fomos submeti- dos a um tratamento diga- mos curioso. Com o fim da greve ficou a reposição das aulas e a criação de um novo calendário. Mas 2008.1 já estava atrasado e iria atrasar 2008.2. Para solucionar o problema então façamos o seguinte: Criemos então o semestre de três meses. Três meses e nada mais, com final e tudo. E nesses três meses de aulas eu me pergunto: quem aprendeu alguma coisa? Na minha turma fizemos trabalhos numa escala jamais vista. Quase industrial. Toda semana tinha um mais mal feito que outro. E assim fomos até o final do semestre. Os alunos de humanas talvez possam repor as suas deficiências com leitura, mas fico pensando nos alu- nos de saúde, que tiveram práticas de quinze, vinte dias reduzidas a uma se- mana. Quem vai pagar essa conta? Esse calendário reduzido é um desrespeito com o aluno que se esforça para entrar numa universidade concorrida e é tratado como se não fosse nada. Pois é isso que representa- mos para eles: nada Será que os alunos foram consultados na formula- ção do novo calendário? Será que o rendimento dos alunos submetidos a este calendário foi o esperado? No mínimo o desejável? Será que este semestre é legal segundo o Minis- tério da Educação? Será que dentro da UNEB a qualidade de formação dos alunos está em segundo plano? É o que menos im- porta? O que é realmente importante para UNEB? Falando assim parece até mentira, mas este semestre teremos mais. Mais e daí? Alguém disse que somos os melhores. Está escrito no outdoor com luz e tudo. Vai ser bom enquanto ficar lá. Vai ser bom enquanto existir alguém que acredite nisso. Prédio da reitoria da UNEB, localizado no campus I Foto: Portal UNEB Internet Mundo das Relações Públicas: O site tem vagas de emprego, podcasts, dicas de livros e outros textos sobre RP. Acesse: http://www.mundorp.com.br AgênciaExperimentaldeRelaçõesPúblicas: Produzido pelos alunos da Universidade Metodista de São Paulo, o site traz notícias, links dos Conrerps (Conselhos de Relações Públicas) e produções academicas. Acesse: http://www2.metodista.br/agenciarp Cacos Zeferina Blog do CentroAcadêmico de Comunicação Social -Relações Públicas da UNEB Acesse:http://www.cacoszeferina.blogspot.com