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Este é um diário onde eu, Tais Braulio
Oliveira, irei relatar um pouco da minha
      experiência como estagiária.
Querido diário, este ano de 2010 me reservou
  mais um grande desafio:estagiar no Ensino
  Médio.
Eu como estudante de Ciências Biológicas da
  Universidade Estadual da Bahia, cursando
  o oitavo semestre, preciso passar pela
  etapa do Estágio Supervisionado II, tendo
  professora Cláudia Regina Teixeira de
  Souza como supervisora.
A professora Cláudia foi super compreensiva
  a todo momento.Como moro em Feira de
  Santana ela, juntamente com o colegiado,
  liberou que eu estagiasse em minha cidade.
Dentre os colégios visitados, o que se
  encaixou na proposta da professora foi o
  Colégio Estadual de Feira de Santana.
O colégio
O    colégio  Estadual     de   Feira    de
Santana(CEFS) está localizado na rua Juracy
Magalhães, s/ número,Centro-Feira de
Santana.
O colégio apresenta uma ampla estrutura
física para comportar a demanda de alunos,
funcionando nos três turnos. As salas de
aula apresentam janelas que as deixam com
uma boa iluminação e ventilação, porém não
apresentam um bom estado de conservação,
fato que não é permitido devido depredação
dos próprios alunos.
As salas não apresentavam Tv pen drive, que
ficava no Lab.de Ciências ou no auditório. No
colégio também há banheiros coletivos (em
más condições), uma cantina, área para
recreação, secretaria e sala dos professores,
onde era possível o encontro dos mesmos no
horário do intervalo.
A Regente
A    professora   regente    chamava-se
Antonieta Nunes. Formada           pela
Universidade Estadual de Feira de
Santana, leciona há vinte e oito anos e
percebi que ela não se encontra mais
motivada.
Nas nossas conversas ela sempre me
pedia para desistir de ser professora e se
queixava da falta de compromisso dos
alunos.
Ainda assim ela matinha uma boa relação
com seus alunos e colegas de trabalho.
Professora
            desmotivada.Por que?



O excesso de carga horária e os baixos
salários;
 Descontentamento profissional. Diversos
professores não gostariam de estar em tal
profissão;
Perdeu o interesse pela profissão.
Professora Antonieta também se queixava
do baixo rendimento e da pouca
participação dos alunos e eu sempre me
questionava: “Será que a desmotivação
dela não estava influenciando em sua
prática pedagógica e conseqüentemente
no rendimento de seus alunos?”
Ela não mostrava interesse em inovar em
suas aulas, em promover a participação
dos alunos.Para que os resultados em
sala de aula seja positivos, é necessário
que o professor reflita e analise as formas
com que está desenvolvendo seu trabalho.
O          professor
necessita              Ao       definir     objetivos      de
desenvolver       da   aprendizagem,       apresentar       a
melhor         forma   informação,                    propor
possível         seu   tarefas,responder a demanda dos
trabalho, buscando     alunos, avaliar a aprendizagem e
discutir com os        exercer o controle e a autoridade, os
próprios     alunos,   professores criam ambientes que
tanto a maneira        afetam     a     motivação     e     a
como o assunto         aprendizagem. Em conseqüência, se
está          sendo    queremos motivar nossos alunos,
abordado, se está      precisamos saber de que modo
oferecendo             nossos padrões de atuação podem
condições         de   contribuir para criar ambientes
aprendizagem, ou é     capazes de conseguir que os alunos
preciso mudar as       se interessem e se esforcem por
formas            de   aprender e, em particular, que formas
explanação, como       de     atuação     podem        ajudar
também as regras       concretamente a um aluno (TAPIA &
disciplinares(BINI &   FITA, 1999).
PABIS,2008)
A turma
O estágio foi realizado em uma turma de primeiro ano
do Ensino Médio, composta de 20 alunos.
Era uma turma acolhedora e muito alegre e, como em
qualquer sala de aula, tinham aqueles alunos que
prestavam mais atenção, que participava e, aqueles
que filavam.
Nas aulas que observei, notei que alguns alunos
encontravam-se        desmotivados      e     pouco
participativos,porém a indisciplina não se fez
presente.
Quanto a pouca participação e a desmotivação dos
alunos, um conjunto de fatores podem ter
contribuído, como por exemplo, a metodologia
desenvolvida pela professora ou até mesmo a falta de
compromisso dos próprios alunos. Nem sempre os
alunos percebem o valor dos trabalhos escolares,
pois, muitas vezes, não conseguem compreender a
relação existente entre a aprendizagem e uma
aspiração de valor para a sua vida, o que faz com
que eles não se envolvam no trabalho.
Conforme afirma Zagury 2006, o professor pode
ajudar a despertar o interesse do aluno, mas
existem muitos outros fatores que também devem
ser levados em consideração, tais como: falta de
material adequado, falta de apoio da família e
falta de perspectiva para o futuro, pois o aluno
está incluído num contexto que pode influenciar
positiva ou negativamente.
Motivá-los e incentivar a participação dos alunos
também será minha missão nesse estágio.
O Livro
                        Didático
O livro didático utilizado pelo colégio,no 1º ano é
o AMABIS & MARTHO,volume 1:Biologia das
células. 2 ed.São Paulo: Moderna, 2004.
Considero um livro bom, traz textos,exercícios e
questões de vestibular e os assuntos não são
abordados de forma tão sucinta. Porém a
professora regente o considerava muito
complexo para o nível dos alunos, e então
utilizava livros mais resumidos e considerados
por ela mais fáceis.
Ainda assim optei por me basear por
esse livro para elaborar os planos
semanais e as aulas,buscando
também outras fontes, outros livros
de Ensino Médio(PAULINO, W.R.
Biologia.2.ed. São Paulo: Ática,1998
AMABIS,J.M.          &      MARTHO,
G.R.Biologia das células : a origem
da vida, citologia, histologia e
embriologia.São        Paulo:Moderna,
1994.
“[...] nas escolas públicas já se
consagram mudanças na forma de
utilização do livro didático. Cada vez
mais o professor deixa de usar o livro
como manual e passa a utilizá-lo
como material bibliográfico de apoio
a seu trabalho (leitura, preparação de
aulas, etc.) ou recurso para apoio às
atividades dos alunos (confronto de
definições e assuntos em duas ou
mais coleções; fonte de exercícios e
atividades;    textos    para   leitura
complementar; fonte de ilustrações e
imagens; material para consultas
bibliográficas etc.).”     (NETO     &
FRACALANZA ,2003).
Apresentado o colégio, a
professora regente e turma, vou
agora começar a relatar de fato
o meu desafio de estar em sala
de aula. Lembrando que o
período do estágio constou de 2
etapas:observação e regência.
Observação


Nessa etapa, pude perceber um pouco a didática
da professora regente, sua postura, sua relação
com os alunos, principalmente em sala de aula.
Foi o meu primeiro contato não só com a
professora e a turma, mas também como os
outros professores e a direção.
Confesso que tomei aquele susto com a estrutura
do colégio. Este encontrava-se em período de
reforma e estava em situação caótica:salas
empoeiradas, quadros brancos apoiados em
cadeiras, barulho devido ao processo de
reforma...Eu só pensava em duas coisas: como eu
iria estagiar em um colégio naquele estado e qual
seria a reação da professora Cláudia Regina ao
se deparar com aquela situação.
14/09/2010                17/09/2010


A professora Antonieta     Hoje a professora
me apresentou a turma e    explicou         sobre
então sentei no fundo da   cromatina. Ela utilizou
sala para observar sua     o quadro para colocar
aula.Os alunos foram       pequenos
bastante receptivos.       apontamentos.
Ainda assustada com a      Não incentivava a
situação do colégio,       participação     dos
confesso que observava     alunos,que prestavam
mais a estrutura da sala   atenção    de  forma
do que a professora. Sei   passiva.
que ela colocou no
                           Terminada a aula, fui
quadro as resposta de
                           com a professora para
alguma atividade que ela
                           a       sala      dos
já havia passado e os
                           professores. Lá ela
alunos copiavam.
                           falou um pouco sobre
                           a turma e me passou o
                           assunto que eu daria
                           na 4ª unidade.
Quando a professora disse que
o assunto que eu iria trabalhar
era divisão celular despertou em
mim uma mistura de inquietação,
angústia,    insegurança...afinal   Divisão
                                    celular,
mitose e meiose era um assunto       não!
que desde a época da escola eu
                                    E agora?
não gostava, tornei vê-lo na
faculdade e continuei sem
gostar.
Naquele momento eu sabia que o
assunto a ser ensinado seria o
meu maior desafio desse estágio
pois eu teria que estudá-lo mais,
entendê-lo melhor para que eu
pudesse passar o conteúdo de
forma clara e segura.
Trabalhando o
                  conteúdo

Quando fiquei sabendo que ensinaria divisão celular,
comecei a procurar na internet algumas atividades,
jogos, músicas, que facilitassem tanto a minha
compreensão quanto a dos alunos, afinal eu não
poderia passar para eles a impressão que eu tinha
do assunto.Eu tinha que criar alternativas para
deixar o assunto menos chato e fazer com que os
alunos se interessassem pelas aulas.

       Além do entusiasmo do professor
       que vai conquistar os alunos e fazer
       com que gostem das aulas, um outro
       fator importantíssimo é o domínio que
       o professor tem do assunto, pois isso
       faz com que explique a matéria sem
       prender-se tanto à leitura do livro,
       bem como a utilização de materiais
       didáticos    e     criativos.(BINI  &
       PABIS,2008).
21/09/2010        24/09/2010



Hoje          a   Os       alunos
professora        utilizaram    a
explicou      o   aula para a
assunto           resolução da
cariótipo e no    atividade
final da aula     sobre
pediu que os      cariótipo.    A
alunos            professora se
formassem         mostrou
duplas     para   disposta      a
resolução    da   ajudá-los     e
atividade.        sempre       de
                  bom humor.
28/09/2010              01/10/2010



Hoje             a   Como        poucos
professora           alunos      haviam
passou       uma     respondido toda
lista          de    a lista de revisão,
exercícios para      a       professora
os        alunos     apenas colocou
começarem        a   no quadro as
responder      em    respostas      das
sala           de    questões e os
aula.Esta lista já   alunos copiavam.
seria uma forma      Não houve de
de revisão para      fato uma revisão
a prova da 3ª        para prova.
unidade.
Regência


A etapa da regência possibilita o contato do aluno-
professor com seu futuro campo de atuação.Esse
período foi de grande importância possibilitando
uma reflexão crítica, construindo minha identidade e
fazendo com que eu criasse e desconstruísse
expectativas.
Durante todo o período da regência temi não
conseguir dominar a classe, me preocupei em não
saber todo o conteúdo que julgava necessário, me
questionei quanto ao método que adotaria...E
nesses momentos de inquietação percebi o quanto
foi importante a elaboração de planos de aula e os
encontros presencias com a professora Cláudia
Regina.
Elaborando os planos semanais me ajudou a me
sentir mais segura e lidar melhor com os
imprevistos.
Chegou o momento de levar para sala os
conhecimentos      teóricos     adquiridos      na
universidade e confrontar teoria e realidade e, ao
retornar à universidade para os encontros
presenciais, eu e meus colegas, juntamente com a
professora Cláudia Regina, socializamos as
experiências, fizemos críticas e manifestamos
possíveis soluções,     procurando entender a
realidade da escola e o comportamento dos
alunos, dos professores e dos profissionais que
a compõem.
19/10/2010


Por ter sido o primeiro dia de aula com a turma,
iniciei expondo como desejava que ocorresse
minhas     aulas, ressaltando a importância da
compreensão e ajuda dos alunos para que seja
desenvolvido um bom trabalho, estabelecendo um
contrato pedagógico. Expliquei também as
propostas de avaliação.
Em seguida fiz uma sondagem por meio de
perguntas para saber o nível de entendimento dos
alunos sobre os conceitos básicos para entender
divisão celular, como: cromossomo, carioteca,
núcleo interfásico.
Ressaltei as principais funções da divisão celular,
diferenças entre mitose e meiose e expliquei a
interfase, colocando no quadro branco algumas
observações.
Os alunos se mostraram bastante receptivos com
as minhas propostas, principalmente em relação às

avaliações e as atividades a serem desenvolvidas.
Por dentro do
                  assunto!



O professor que na sala de aula dialoga com
seu aluno, busca decisões conjuntas por
meio de cooperação, para que haja o
aprendizado de fazer contratos, honrar a
palavra empenhada, comprometimento nos
projetos coletivos e estabelecimento de
relações de reciprocidade(TARDELI, 2003). O
diálogo põe em circulação uma pluralidade
de pontos de vista, e é possível uma
cobrança maior dos alunos e dos
professores, uma vez que houve comum
acordo entre as partes, facilitando, assim, a
solução dos problemas que acontecem na
sala e que prejudicam o bom andamento das
aulas.(BINI & PABIS,2008.)
22/10/2010


Iniciei a aula com uma explicação geral sobre
interfase para que fossem tiradas as dúvidas e em
seguida expliquei mitose, apresentado as fases de
maneira geral e detalhando as duas primeiras:
prófase e metáfase, utilizando figuras(impressas
em papel ofício) como base para a explicação, já
que as salas não tinham Tv pen drive.
p.s: Hoje cheguei mais cedo no colégio e foi até
melhor! A turma não teve aula nos primeiros
horários, e alguém da família de algum dos
professores havia falecido e a vice-diretora iria
liberar os alunos, mas como eu tinha chegado
antes os próprios alunos pediram para eu
adiantar a aula. Ficaram apenas sete alunos na
sala de aula, mas a aula foi produtiva. Expliquei
para eles que mesmo com poucos alunos na sala
de aula eu não poderia liberá-los, pois os feriados
estão caindo em dias das aulas de Biologia e que
eu também tenho uma carga horária a cumprir.
Como as salas não apresentavam TV Pen drive,
caso quisesse uma aula em forma de slides seria
necessário levar os alunos para a laboratório que
tinha os recursos apropriados, o que segundo a
professora gerava certo “tumulto”. Então optei
por criar estratégias interativas, organizar
situações possíveis de trocas de conhecimentos
entre os alunos.
             Ser professor requer saberes e
             conhecimentos científicos, pedagógicos,
             educacionais, sensibilidade, indagação
             teórica e criatividade para encarar as
             situações    ambíguas,     incertas  e
             questionar o modo de pensar, sentir ,
             agir e produzir conhecimentos dos seus
             alunos.( PIMENTA E LIMA, 2009.pag.15)
26/10/2010



Como na aula anterior havia poucos alunos na
sala, fiz uma revisão dos assuntos já abordados e
percebi que os alunos estavam mais a vontade
para participarem e tirarem dúvidas.
Também expliquei as fases anáfase e telófase,
utilizando imagens impressas em papel ofício, os
processos de cariocinese e citocinese e a

diferença entre citocinese animal e vegetal.
Para finalizar a aula, pedi que os alunos
respondessem as questões 9,10,11,14 e 15 da pag.196
do livro didático.Como eles não têm o costume de
levarem o livro para sala de aula, eu lia as
questões e pedia que eles colocassem as respostas
no caderno, mas antes juntos discutíamos as
questões.Esse processo foi bem produtivo, pois eu
não necessitei de outra aula para correção.
Segundo Marion(1999), a
resolução de exercícios
deve ser usado de modo
complementar às aulas
expositivas,    servindo
para fixar e compreender
melhor o ensino teórico.
29/10/2010




Hoje não teve aula por
causa do feriado do
Funcionário Público.
Feriadão!!!!!

Essa semana não dei aula por causa do
feriado de finados( 2/11) e o do ENEM (5/11).
10/11/2010


Como minhas aulas são dias de terça e sexta,
coincidindo com muitos feriados, professora
Cláudia sugeriu que eu participasse do AC do
colégio como forma de complementar a carga
horária. Então, hoje fui participar dessa reunião.
O AC de exatas ocorre de 15 em 15 dias, a pauta de
hoje foi a realização de um pré conselhos dos
alunos.Os professores, com a caderneta de notas,
iam olhando a situação de cada aluno.Aquilo ali
pra mim não estava sendo muito produtivo.
Acho que os professores deveriam discutir entre si
as notas baixas dos alunos, o comportamento, as
possibilidades de melhorias ao invés de
simplesmente fazer uma lista com os prováveis
alunos que iriam para recuperação.
Semana de
                  Linguagem

Essa semana no colégio está acontecendo a Semana
de Linguagem.Este projeto faz parte de um convênio
que o colégio tem com a UEFS:formandos do curso
de Letras com Inglês aplicam oficinas com o objetivo
de promover a produção textual e análise lingüística.
Então tive que ceder as aulas dos dias 9/11 e
12/11/2010.
Achei bem legal o desenvolvimento das atividades,
os alunos participavam, interagiam, criavam textos,
interpretavam músicas.
Na visão de Hernandez(1998) apud Moita e
Luna(2004),essa forma metodológica de trabalho
educativo se apresenta como a resignificação dos
espaços de aprendizagem, de tal forma que eles se
voltam para a formação de sujeitos ativos, reflexivos,
atuantes e participantes. Valoriza, pois, a
participação do educando e do educador no
processo      ensino-aprendizagem,      tornando-os
responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de
cada projeto de trabalho.
16/11/2010

Iniciei aula entregando para os alunos uma
cruzadinha sobre divisão celular. Como percebi que
a maioria dos alunos sentiu dificuldade para
responder a cruzadinha e como havia uma outra
atividade programada, resolvi responder a
cruzadinha com os alunos,porém estimulando a
participação para que eles respondessem pelo
menos o que achavam. Não obtive o resultado que
esperava, pois a intenção era que eles conseguissem
responder a cruzadinha sozinhos para depois ser
feita a correção.
Em seguida solicitei que os alunos formassem
pequenos grupos e distribui para cada grupo um
“pacotinho” feito de papel solofone com figuras das
fases da mitose (colada em pedaços de cartolina), o
nome das fases e as características de cada fase
(escritas em papel oficio). Cada grupo teria que
relacionar as figuras, com o nome das fases e suas
características.Esse joguinho foi feito como forma de
revisão.
A atividade em grupo foi bastante produtiva, os
alunos discutiam entre si quais as características
que eles achavam que se encaixavam em cada fase
da mitose. O mais legal que achei dessa atividade,
foi que os alunos conseguiram relacionar
algumas características das fases a partir do que
eles viram na figura. Por exemplo, na figura que
tinha os cromossomos no meio eles visualizaram
que tratava da metáfase e já relacionaram com a
característica “Cromossomos na região equatorial

da célula”.
Palavra-                Jogo didático
     cruzada




As palavras cruzadas      Segundo
podem ser utilizadas      Kishimoto(2005),o jogo
com a função lúdica       é entendido como um
de      despertar     o   recurso que ensina,
interesse dos alunos,     desenvolve e educa,de
devido ao desafio que     forma prazerosa, tendo
lhes impõem, e com        que aliar a função
funções       didáticas   lúdica e educativa:
diversas advindas das
ações tomadas por         Função lúdica:propicia
estes para realizarem     diversão, lazer;
essa          atividade   Função
lúdica.(FILHO        et   educativa:completa   o
al.,2009).                indivíduo    em    seu
                          saber,seu
                          conhecimento.
19/11/2010


Hoje foi o mini-teste com o
assunto     mitose.Solicitei   A avaliação é uma
que os alunos formassem        etapa       de     um
duplas para a resolução do     procedimento maior
mini-teste e que a sala        que incluiria uma
fosse arrumada em fila.        verificação prévia. É
Em seguida li o mini-teste.    o      processo     de
Os     próprios      alunos    ajuizamento,aprecia-
escolheram a dupla e não       ção, julgamento ou
houve problemas. Como os       valorização do que o
alunos não utilizaram todo     educando revelou ter
o tempo da aula para           aprendido      durante
responderem o mini-teste,      um período de estudo
sobrando uns 10 min,dei        ou                  de
rapidamente as respostas e     desenvolvimento do
alertei para a falta de        processo
atenção deles e muitos         ensino/aprendizagem
reconheceram esse fato e       ( NÉRICI,1992).
afirmaram       não      ter
estudado
o suficiente.
Refletindo...


Ao chegar em casa e corrigir as avaliações
constatei a real falta de atenção e de estudo dos
alunos.Talvez também tenha sido reflexo da “falta
de costume” que eles tinham em fazer avaliação
escrita (teste), uma vez que a professora regente
aplicava só uma prova e o restante dos pontos
eram distribuídos em atividades e trabalhos,
atitudes resultantes da falta de motivação da
professora.
Vária pesquisas na área de educação em escolas
públicas apontam que o baixo rendimento escolar
pode ser causado pela deficiência na qualificação
de gestores e professores, associada à falta de
condições materiais e tecnológicas, que
prejudicam o trabalho de qualidade e a motivação

para o trabalho pedagógico.
Esse quadro pode ser revertido com mais
políticas de Recursos Humanos que
priorizem investimentos em qualificação
dos profissionais de educação e projetos
de treinamentos em educação continuada,
para aqueles que já estão em serviço,
ampliando os seus conhecimentos e
proporcionando maior satisfação no
trabalho.
23/11/2010

Iniciei a aula solicitando que os alunos formassem
um semi circulo para facilitar na hora da
demonstração didática com os canudos e
entreguei uma apostila elaborada sobre as
subfases da prófase I. Em seguida iniciei a
explicação da meiose, sua importância e sempre
fazendo uma comparação com a mitose para que
os alunos entendam as diferenças entre mitose e
meiose.
Para a explicação das subfases da Prófase I

utilizei canudos de plásticos coloridos.
Hoje eu fiquei super ansiosa por já saber que a
professora Claudia Regina iria me observar. Eu já
tinha dado as informações iniciais da aula quando
a professora chegou à sala; apresentei a turma,
falei que se tratava de minha professora da
faculdade e que ela iria observar meu desempenho
durante a aula.
Respirei fundo e comecei a explicação do assunto.
A aula foi bastante produtiva, com a participação
dos alunos e estes gostaram muito da
demonstração didática com os canudos coloridos.

       Mesmo que as condições com relação a
       materiais e espaço para atividades de
       laboratório apresentadas pelas escolas
       públicas sejam precárias, é possível
       contornar a maioria dos problemas
       adaptando ambientes e utilizando materiais
       simples de baixo custo, a fim de
       proporcionar um aprendizado mais
       eficiente e mais motivador que as

       tradicionais aulas expositivas ( LEPIENSKI,
       & PINHO apud LIMA et al,,2010).
26/11/2010


               Reunião de pais
                 de mestre




                        Com a participação da
Hoje foi a reunião
                        família no processo de
de pais e mestres e
                        ensino aprendizagem, a
por ser referente a
                        criança ganha
3ª unidade tive
                        confiança vendo que
pouca
                        todos se interessam por
participação,
                        ela, e também porque
apenas ajudei na
                        você passa a conhecer
entrega        dos
                        quais são as dificuldades
boletins       aos
                        e        quais         os
poucos pais que
                        conhecimentos          da
estavam presentes.
                        criança(MACEDO 1994).
30/11/2010




Iniciei a aula explicando as fases da Meiose I
sempre buscando fazer comparação com as fases
da mitose para que os alunos conseguissem
visualizar as diferenças. O mesmo aconteceu com a
explicação da Meiose II. Durante a explicação
utilizei estruturas em gesso (disponibilizadas pelo
colégio) que possibilitaram             os alunos
visualizarem as fases da meiose.
Como os alunos não levam o livro didático para
escola, no final da aula solicitei que eles levassem
o livro na próxima aula, para que pudessem ler o
texto sobre o câncer e responder as questões
elaboradas.
03/12/2010



 Iniciei a aula falando um pouco sobre o câncer,
expliquei os fatores que podem levar ao seu
aparecimento (fatores genéticos e ambientais) e
que o câncer é uma proliferação celular anormal e
maligna.
Elaborei questões para verificar a interpretação
dos alunos.
Os alunos não fizeram o que tínhamos combinado e
nenhum trouxe o livro didático para a leitura do
texto. Então solicitei que eles fizessem um
semicírculo, e como eu tinha levado o livro, os que
se sentiram á vontade iam lendo um parágrafo.
Durante a leitura eu tirava as dúvidas. E quanto às
questões elaboradas, os alunos preferiram discutir
em sala de aula ao invés de deixar para corrigir na
próxima semana. Isso realmente foi mais produtivo,
pois pude perceber a participação e o que cada um
realmente entendeu sobre o texto e da explicação
sobre o câncer.
Estudo de texto como
              técnica de ensino



A leitura é imprescindível no mundo do
conhecimento, permitindo o desenvolvimento
intelectual e crítico. Partindo desse ponto de
vista, faz-se necessário explorar o estudo de texto,
utilizando-o como técnica de ensino.
O ato de ler, muitas vezes, é considerado pelos
alunos algo cansativo, principalmente quando se
torna algo imposto, obrigatório. Sendo assim,
para se obter bons resultados em um estudo de
texto, é necessário que o professor aguce a
curiosidade e o interesse do aluno pelo texto a ser
estudado e principalmente, forneça bases para um
conhecimento prévio permitindo que o aluno
tenha uma melhor interpretação e perceba que a
leitura é algo dinâmico, que possibilita uma
interação entre leitor-autor-texto.
07/12/2010



Hoje solicitei que os alunos respondessem questões
do livro didático referente a divisão celular. Após a
correção, distribui a cópia com a letra da música
sobre divisão celular e solicitei que todos
participassem cantando. Como eu não tinha um
som pequeno que eu pudesse levar para o colégio e
o colégio também não disponibilizava desse
recurso, tive a idéia de gravar a música em meu
celular. A idéia foi super válida, pois como a
maioria dos alunos na sala tinha celular, pude
enviar para eles por meio do Bluetooth. Organizei a
sala em círculo e como tinham poucos alunos deu
para ouvir direito a música. Os alunos adoraram a
música e se sentiram á vontade para cantar. Essa
aula foi bastante divertida.
A música como
                     recurso
                   pedagógico


O uso da música como um instrumento
pedagógico é um recurso que estimula e
motiva o aluno, tornando o processo de
ensino-aprendizagem mais significativo.
Após cantar,analisamos a letra da música e
os alunos conseguiram identificar as
explicações dadas nas aulas.

Silva 2005 afirma que a
educação por meio da
música        aprimora      a
criatividade, a sensibilidade
e a inteligência, criando
oportunidades de expressão
dos alunos.
Tecnologias da Informação e
        Comunicação (TICs)
 As TICs em salas de aulas podem se articular de
forma empática com a cultura na qual o aluno está
imerso e podem ser grandes aliadas educativas se
os professores souberem trabalhar com elas, com
objetivos claros e definidos, dentro de um contexto
maior de aprendizagem.
 Antes de utilizar o celular em minha aula,tinha
notado que a maioria dos alunos possuíam o
aparelho esse foi o principal fator que fez com que a
escolha fosse viável.
O uso de tecnologia no processo de ensino e
aprendizagem é investigado por entidades voltadas a
avaliação do ensino em todo o mundo. Um dos
fatores é a invasão das tecnologias em todas as
sociedades atuais. O aproveitamento destas está em
incrementar os recursos didáticos e levar ao aluno
um conjunto de elementos que ele convive, com maior

ou menor intensidade, fora da escola, em casa ou na
sociedade.(BRIGNOL,2004).
10/12/2010


Iniciei a aula dando as instruções sobre o jogo
“Fala sério & Com certeza”: a sala foi dividida em 2
grupos, cada grupo recebeu uma plaquinha com
“Com Certeza” e “Fala Sério”, confeccionadas em
papel ofício ;fiz afirmativas envolvendo o assunto
divisão celular, caso o grupo achasse que a
afirmativa estivesse correta, levantava a placa “Com
Certeza”, caso achasse que a afirmativa estivesse
incorreta, levantava plaquinha “Fala Sério”.
Conforme o grupo levantava a plaquinha,fui
intercalando com explicações já servindo como uma
forma de revisão para a prova da 4ª unidade.
A aula foi bastante produtiva. Os alunos
participaram, discutiram as afirmativas e acharam
que foi uma boa maneira de fazer a revisão para a
prova.
No ensino de Biologia, os
jogos didáticos podem ser
utilizados em sala de aula,
para apresentar um conteúdo,
ilustrar aspectos importantes
ou revisar pontos-chaves.
Para muitos alunos, as
atividades lúdicas são mais
interativas e produtivas que os
costumeiros “exercícios de
revisão”(SILVA et al.,2008)
14/12/2010


Quando cheguei à sala os alunos já
estavam organizados, todos em fila. A
aplicação da prova se deu de forma
tranqüila. Assim que todos os alunos
terminaram a avaliação, fui para sala dos
professores fazer a correção e passar as
notas para a professora regente.
No final da aula algumas alunas pediram
que eu escrevesse em suas camisas
alguma mensagem. Aquilo me chamou
atenção, pois talvez tenha sido uma
maneira delas demonstrarem que de certa
forma gostaram de mim e do trabalho que
desenvolvi. Aproveitei para agradecer a
compreensão e a ajuda deles e dizer que
foi muito prazeroso estar com a turma
durante a unidade.
Hoje pude constatar como o relacionamento dos
professores com os alunos pode determinar o clima
emocional da sala de aula.E fiz o possível para esse
clima ser positivo, de apoio ao aluno e o reflexo
disso foi a afetividade construída.Quando eu digo
afetividade, me refiro ao clima amigável e de
confiança, estando aberta ao diálogo, o que
certamente irá favorecer a aprendizagem.
      E o que dizer, mas, sobretudo que esperar de mim, se,
      como professor, não me acho tomado por este outro
      saber, o de que preciso estar aberto ao gosto de querer
      bem, às vezes, à coragem de querer bem aos educandos
      e à própria prática educativa de que participo. Esta
      abertura ao querer bem não significa, na verdade, que,
      porque professor, me obrigo a querer bem a todos os
      alunos de maneira igual. Significa esta abertura ao
      querer bem a maneira que tenho de autenticamente
      selar o meu compromisso com os educandos, numa
      prática específica do ser humano. Na verdade, preciso
      descartar como falsa a separação radical entre
      seriedade docente e afetividade. Não é certo, sobretudo
      do ponto de vista democrático, que serei tão melhor
      professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e
      “cinzento” me ponha nas minhas relações com os
      alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo
      ensinar. O que não posso permitir é que minha
      afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever
      de professor no exercício de minha autoridade
      (FREIRE, 2003 apud LIMA & SOUZA 2008).
Refletindo minha prática
              pedagógica
Apesar de ter utilizado basicamente de
aulas expositivas, sempre buscava fazer
com que os alunos passassem a participar
mais das aulas, fazendo questionamentos
pra que estes pudessem expor seus
conhecimentos        prévios,    utilizar
seguidamente perguntas sobre o assunto
para que houvesse envolvimento do aluno
nas explicações, evitando, assim, a
monotonia. Nas atividades desenvolvidas,
estimulava os alunos a pensarem por si
próprios, buscando seus próprios acertos,
tentando fugir da teoria tradicional, em que
o professor é o papel central do processo e
o aluno repetidor de informações, e
buscando      seguir   uma      linha   mais
construtivista, em que o professor passa a
ser um mediador.
Quanto ao método da aula expositiva,
Lopes (2007) afirma que a utilização da
aula expositiva poderá ser transformada
em uma atividade dinâmica, participativa e
estimuladora do pensamento crítico do
aluno, em contraposição a forma
verbalista e autoritária do método
tradicional.    Nessa    perspectiva     é
necessário     adotar   uma     dimensão
dialógica, estabelecendo uma relação de
intercâmbio     de    conhecimentos      e
experiências entre professor e alunos,
possibilitando que a aula expositiva,
segundo a autora, se torne uma atividade
geradora tanto da reelaboração de
conhecimento quanto de sua produção.
Durante o decorrer da regência, houve uma
mescla de tendências pedagógicas. A
tendência liberal tradicional se fez presente
principalmente na forma de avaliação que
segundo esta tendência, a avaliação se dá
por     verificações    de     curto    prazo
(interrogatórios orais, exercícios de casa) e
de prazo mais longo (provas escritas,
trabalhos de casa). Já no método de ensino e
relacionamento professor-aluno houve a
presença da tendência liberal renovada
progressivista, onde procurei acentuar a
importância do trabalho em grupo não
apenas como técnica, mas como condição do
desenvolvimento mental, e garantir um
relacionamento positivo com os alunos para
manter um clima harmonioso dentro da sala
de aula. (LUCKESI, 1994).
Nos momentos em que os alunos se
mostravam inquietos e indisciplinados,
procurava manter a calma e evitava
respostas ríspidas, tentava alertar sobre a
importância da atenção e da participação
para uma aprendizagem eficaz. Segundo
Bini e Pabis 2008, é preciso que o
professor estabeleça um relacionamento
agradável e atrativo com os alunos, para
que momentos inoportunos se tornem
cada vez mais escassos, já que eliminar é
impossível, devido às diferentes culturas
que se fazem presentes neste ambiente.
Nérici(   1992)    ressalta     que    sem
reciprocidade de simpatia e de respeito
entre    professor     e    educando,     é
praticamente impossível qualquer trabalho
construtivo na alma do educando.
Esse período de regência serviu também
para uma reflexão em relação a minha
postura em sala de aula e as
metodologias aplicadas para que eu
possa melhorar, saber o que deve ser
mudado ou não, conhecer e aplicar
novas metodologias sempre buscando
meu crescimento profissional e a
formação da minha identidade docente.
Referências Bibliográficas
BINI,L. R.; PABIS, N. Motivação ou interesse do aluno em sala de
aula e a relação com atitudes consideradas indisciplinares. Revista
Eletrônica        Lato         Sensu.        2008.       Disponível
em:<http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A
1ginas/3%20Edi%C3%A7%C3%A3o/Humanas/PDF/23-Ed3_CH-
MotivacaoIn.pdf>. Acesso em 15 de janeiro de 2011.



BRIGNOL, S. M. S.        Novas Tecnologias De Informação E
Comunicação Nas Relações De Aprendizagem Da Estatística No
Ensimo Médio .2004.68 f. Monografia (Curso de Especialização em
Educação        Estatística  com       ênfase     em   softwares
estatísticos),Faculdade      Jorge         Amado.     Disponível
em:<http://redeabe.org.br/Monografia.pdf>. Acesso em: 18 de
fevereiro.


FILHO, E. B. et al. Palavras Cruzadas como recurso didático no
ensino de Teoria Atômica. Química Nova Escola, v.31,n.2, maio
2009.Disponível                                                 em
:http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=qne&cod=_relat
osdesaladeaulapalav. Acesso em:20 de janeiro de 2011.


KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO.
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LIMA, R.M.S. et al. Ensino De Biologia Em Escolas Públicas
Estaduais: Um Olhar A Partir Das Modalidades Didáticas.2010.
Disponível                                                  em
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LIMA,J.S.;SOUZA,R.L.M. A prática docente e a questão da
afetividade na relação professor-aluno. Revista Ágara
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LOPES, A. O. Aula expositiva: superando o tradiciona. In:Veiga,
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LUCKESI, C. Tendências pedagógicas na pratica escolar.In:
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aplicáveis        a     contabilidade.     1999.       Disponível
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.
MOITA, F.M.G.S.C;LUNA,M.G.De. Pedagogia de Projetos: uma
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http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/684/68470212.pdf>.Acesso
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NÉRICI, I. G. Metodologia do ensino: uma introdução. 4.ed. São
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NETO, J. M.; FRACALANZA, H. O livro didático de ciências:
problemas e soluções. Ciência & Educação, v. 9, n. 2, p. 147-157,
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PIMENTA, S.G; LIMA M.S.L. Estágio e docência. 4.ed.SãoPaulo:
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modelo.     R.B.E.C.T,     v.1,n.2,    mai/ago,2008.     Disponível
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M. P. dos (Org). Petrópolis: Vozes, 2001.

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que é, como se faz.São Paulo,Brasil: Edições Loyola, 1999.
TARDELI, D. D’ Áurea. O respeito na sala de aula.Petrópolis,
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ZAGURY, T. O Professor refém: para pais e professores
entenderem porque fracassa a educação no Brasil.Rio de
Janeiro: Record, 2006.

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Plano de aula adriana fernandes viii
Plano de aula adriana fernandes viiiPlano de aula adriana fernandes viii
Plano de aula adriana fernandes viii
 
Plano de aula adriana fernandes vii (prova)
Plano de aula adriana fernandes vii (prova)Plano de aula adriana fernandes vii (prova)
Plano de aula adriana fernandes vii (prova)
 
Plano de aula adriana fernandes vii (prova)
Plano de aula adriana fernandes vii (prova)Plano de aula adriana fernandes vii (prova)
Plano de aula adriana fernandes vii (prova)
 
Plano de aula adriana fernandes vi ( estudo dirigido)
Plano de aula adriana fernandes vi ( estudo dirigido)Plano de aula adriana fernandes vi ( estudo dirigido)
Plano de aula adriana fernandes vi ( estudo dirigido)
 
Plano de aula adriana fernandes v (teste)
Plano de aula adriana fernandes v (teste)Plano de aula adriana fernandes v (teste)
Plano de aula adriana fernandes v (teste)
 
Plano aula adriana fernandes iv
Plano aula adriana fernandes ivPlano aula adriana fernandes iv
Plano aula adriana fernandes iv
 
Plano de aula adriana fernandes iii
Plano de aula adriana fernandes iiiPlano de aula adriana fernandes iii
Plano de aula adriana fernandes iii
 

Portfólio tais

  • 1.
  • 2. Este é um diário onde eu, Tais Braulio Oliveira, irei relatar um pouco da minha experiência como estagiária.
  • 3. Querido diário, este ano de 2010 me reservou mais um grande desafio:estagiar no Ensino Médio. Eu como estudante de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Bahia, cursando o oitavo semestre, preciso passar pela etapa do Estágio Supervisionado II, tendo professora Cláudia Regina Teixeira de Souza como supervisora. A professora Cláudia foi super compreensiva a todo momento.Como moro em Feira de Santana ela, juntamente com o colegiado, liberou que eu estagiasse em minha cidade. Dentre os colégios visitados, o que se encaixou na proposta da professora foi o Colégio Estadual de Feira de Santana.
  • 4. O colégio O colégio Estadual de Feira de Santana(CEFS) está localizado na rua Juracy Magalhães, s/ número,Centro-Feira de Santana. O colégio apresenta uma ampla estrutura física para comportar a demanda de alunos, funcionando nos três turnos. As salas de aula apresentam janelas que as deixam com uma boa iluminação e ventilação, porém não apresentam um bom estado de conservação, fato que não é permitido devido depredação dos próprios alunos. As salas não apresentavam Tv pen drive, que ficava no Lab.de Ciências ou no auditório. No colégio também há banheiros coletivos (em más condições), uma cantina, área para recreação, secretaria e sala dos professores, onde era possível o encontro dos mesmos no horário do intervalo.
  • 5. A Regente A professora regente chamava-se Antonieta Nunes. Formada pela Universidade Estadual de Feira de Santana, leciona há vinte e oito anos e percebi que ela não se encontra mais motivada. Nas nossas conversas ela sempre me pedia para desistir de ser professora e se queixava da falta de compromisso dos alunos. Ainda assim ela matinha uma boa relação com seus alunos e colegas de trabalho.
  • 6. Professora desmotivada.Por que? O excesso de carga horária e os baixos salários;  Descontentamento profissional. Diversos professores não gostariam de estar em tal profissão; Perdeu o interesse pela profissão.
  • 7. Professora Antonieta também se queixava do baixo rendimento e da pouca participação dos alunos e eu sempre me questionava: “Será que a desmotivação dela não estava influenciando em sua prática pedagógica e conseqüentemente no rendimento de seus alunos?” Ela não mostrava interesse em inovar em suas aulas, em promover a participação dos alunos.Para que os resultados em sala de aula seja positivos, é necessário que o professor reflita e analise as formas com que está desenvolvendo seu trabalho.
  • 8. O professor necessita Ao definir objetivos de desenvolver da aprendizagem, apresentar a melhor forma informação, propor possível seu tarefas,responder a demanda dos trabalho, buscando alunos, avaliar a aprendizagem e discutir com os exercer o controle e a autoridade, os próprios alunos, professores criam ambientes que tanto a maneira afetam a motivação e a como o assunto aprendizagem. Em conseqüência, se está sendo queremos motivar nossos alunos, abordado, se está precisamos saber de que modo oferecendo nossos padrões de atuação podem condições de contribuir para criar ambientes aprendizagem, ou é capazes de conseguir que os alunos preciso mudar as se interessem e se esforcem por formas de aprender e, em particular, que formas explanação, como de atuação podem ajudar também as regras concretamente a um aluno (TAPIA & disciplinares(BINI & FITA, 1999). PABIS,2008)
  • 9. A turma O estágio foi realizado em uma turma de primeiro ano do Ensino Médio, composta de 20 alunos. Era uma turma acolhedora e muito alegre e, como em qualquer sala de aula, tinham aqueles alunos que prestavam mais atenção, que participava e, aqueles que filavam. Nas aulas que observei, notei que alguns alunos encontravam-se desmotivados e pouco participativos,porém a indisciplina não se fez presente. Quanto a pouca participação e a desmotivação dos alunos, um conjunto de fatores podem ter contribuído, como por exemplo, a metodologia desenvolvida pela professora ou até mesmo a falta de compromisso dos próprios alunos. Nem sempre os alunos percebem o valor dos trabalhos escolares, pois, muitas vezes, não conseguem compreender a relação existente entre a aprendizagem e uma aspiração de valor para a sua vida, o que faz com que eles não se envolvam no trabalho.
  • 10. Conforme afirma Zagury 2006, o professor pode ajudar a despertar o interesse do aluno, mas existem muitos outros fatores que também devem ser levados em consideração, tais como: falta de material adequado, falta de apoio da família e falta de perspectiva para o futuro, pois o aluno está incluído num contexto que pode influenciar positiva ou negativamente. Motivá-los e incentivar a participação dos alunos também será minha missão nesse estágio.
  • 11. O Livro Didático O livro didático utilizado pelo colégio,no 1º ano é o AMABIS & MARTHO,volume 1:Biologia das células. 2 ed.São Paulo: Moderna, 2004. Considero um livro bom, traz textos,exercícios e questões de vestibular e os assuntos não são abordados de forma tão sucinta. Porém a professora regente o considerava muito complexo para o nível dos alunos, e então utilizava livros mais resumidos e considerados por ela mais fáceis. Ainda assim optei por me basear por esse livro para elaborar os planos semanais e as aulas,buscando também outras fontes, outros livros de Ensino Médio(PAULINO, W.R. Biologia.2.ed. São Paulo: Ática,1998 AMABIS,J.M. & MARTHO, G.R.Biologia das células : a origem da vida, citologia, histologia e embriologia.São Paulo:Moderna, 1994.
  • 12. “[...] nas escolas públicas já se consagram mudanças na forma de utilização do livro didático. Cada vez mais o professor deixa de usar o livro como manual e passa a utilizá-lo como material bibliográfico de apoio a seu trabalho (leitura, preparação de aulas, etc.) ou recurso para apoio às atividades dos alunos (confronto de definições e assuntos em duas ou mais coleções; fonte de exercícios e atividades; textos para leitura complementar; fonte de ilustrações e imagens; material para consultas bibliográficas etc.).” (NETO & FRACALANZA ,2003).
  • 13. Apresentado o colégio, a professora regente e turma, vou agora começar a relatar de fato o meu desafio de estar em sala de aula. Lembrando que o período do estágio constou de 2 etapas:observação e regência.
  • 14. Observação Nessa etapa, pude perceber um pouco a didática da professora regente, sua postura, sua relação com os alunos, principalmente em sala de aula. Foi o meu primeiro contato não só com a professora e a turma, mas também como os outros professores e a direção. Confesso que tomei aquele susto com a estrutura do colégio. Este encontrava-se em período de reforma e estava em situação caótica:salas empoeiradas, quadros brancos apoiados em cadeiras, barulho devido ao processo de reforma...Eu só pensava em duas coisas: como eu iria estagiar em um colégio naquele estado e qual seria a reação da professora Cláudia Regina ao se deparar com aquela situação.
  • 15. 14/09/2010 17/09/2010 A professora Antonieta Hoje a professora me apresentou a turma e explicou sobre então sentei no fundo da cromatina. Ela utilizou sala para observar sua o quadro para colocar aula.Os alunos foram pequenos bastante receptivos. apontamentos. Ainda assustada com a Não incentivava a situação do colégio, participação dos confesso que observava alunos,que prestavam mais a estrutura da sala atenção de forma do que a professora. Sei passiva. que ela colocou no Terminada a aula, fui quadro as resposta de com a professora para alguma atividade que ela a sala dos já havia passado e os professores. Lá ela alunos copiavam. falou um pouco sobre a turma e me passou o assunto que eu daria na 4ª unidade.
  • 16. Quando a professora disse que o assunto que eu iria trabalhar era divisão celular despertou em mim uma mistura de inquietação, angústia, insegurança...afinal Divisão celular, mitose e meiose era um assunto não! que desde a época da escola eu E agora? não gostava, tornei vê-lo na faculdade e continuei sem gostar. Naquele momento eu sabia que o assunto a ser ensinado seria o meu maior desafio desse estágio pois eu teria que estudá-lo mais, entendê-lo melhor para que eu pudesse passar o conteúdo de forma clara e segura.
  • 17. Trabalhando o conteúdo Quando fiquei sabendo que ensinaria divisão celular, comecei a procurar na internet algumas atividades, jogos, músicas, que facilitassem tanto a minha compreensão quanto a dos alunos, afinal eu não poderia passar para eles a impressão que eu tinha do assunto.Eu tinha que criar alternativas para deixar o assunto menos chato e fazer com que os alunos se interessassem pelas aulas. Além do entusiasmo do professor que vai conquistar os alunos e fazer com que gostem das aulas, um outro fator importantíssimo é o domínio que o professor tem do assunto, pois isso faz com que explique a matéria sem prender-se tanto à leitura do livro, bem como a utilização de materiais didáticos e criativos.(BINI & PABIS,2008).
  • 18. 21/09/2010 24/09/2010 Hoje a Os alunos professora utilizaram a explicou o aula para a assunto resolução da cariótipo e no atividade final da aula sobre pediu que os cariótipo. A alunos professora se formassem mostrou duplas para disposta a resolução da ajudá-los e atividade. sempre de bom humor.
  • 19. 28/09/2010 01/10/2010 Hoje a Como poucos professora alunos haviam passou uma respondido toda lista de a lista de revisão, exercícios para a professora os alunos apenas colocou começarem a no quadro as responder em respostas das sala de questões e os aula.Esta lista já alunos copiavam. seria uma forma Não houve de de revisão para fato uma revisão a prova da 3ª para prova. unidade.
  • 20. Regência A etapa da regência possibilita o contato do aluno- professor com seu futuro campo de atuação.Esse período foi de grande importância possibilitando uma reflexão crítica, construindo minha identidade e fazendo com que eu criasse e desconstruísse expectativas. Durante todo o período da regência temi não conseguir dominar a classe, me preocupei em não saber todo o conteúdo que julgava necessário, me questionei quanto ao método que adotaria...E nesses momentos de inquietação percebi o quanto foi importante a elaboração de planos de aula e os encontros presencias com a professora Cláudia Regina. Elaborando os planos semanais me ajudou a me sentir mais segura e lidar melhor com os imprevistos.
  • 21. Chegou o momento de levar para sala os conhecimentos teóricos adquiridos na universidade e confrontar teoria e realidade e, ao retornar à universidade para os encontros presenciais, eu e meus colegas, juntamente com a professora Cláudia Regina, socializamos as experiências, fizemos críticas e manifestamos possíveis soluções, procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem.
  • 22. 19/10/2010 Por ter sido o primeiro dia de aula com a turma, iniciei expondo como desejava que ocorresse minhas aulas, ressaltando a importância da compreensão e ajuda dos alunos para que seja desenvolvido um bom trabalho, estabelecendo um contrato pedagógico. Expliquei também as propostas de avaliação. Em seguida fiz uma sondagem por meio de perguntas para saber o nível de entendimento dos alunos sobre os conceitos básicos para entender divisão celular, como: cromossomo, carioteca, núcleo interfásico. Ressaltei as principais funções da divisão celular, diferenças entre mitose e meiose e expliquei a interfase, colocando no quadro branco algumas observações. Os alunos se mostraram bastante receptivos com as minhas propostas, principalmente em relação às avaliações e as atividades a serem desenvolvidas.
  • 23. Por dentro do assunto! O professor que na sala de aula dialoga com seu aluno, busca decisões conjuntas por meio de cooperação, para que haja o aprendizado de fazer contratos, honrar a palavra empenhada, comprometimento nos projetos coletivos e estabelecimento de relações de reciprocidade(TARDELI, 2003). O diálogo põe em circulação uma pluralidade de pontos de vista, e é possível uma cobrança maior dos alunos e dos professores, uma vez que houve comum acordo entre as partes, facilitando, assim, a solução dos problemas que acontecem na sala e que prejudicam o bom andamento das aulas.(BINI & PABIS,2008.)
  • 24. 22/10/2010 Iniciei a aula com uma explicação geral sobre interfase para que fossem tiradas as dúvidas e em seguida expliquei mitose, apresentado as fases de maneira geral e detalhando as duas primeiras: prófase e metáfase, utilizando figuras(impressas em papel ofício) como base para a explicação, já que as salas não tinham Tv pen drive. p.s: Hoje cheguei mais cedo no colégio e foi até melhor! A turma não teve aula nos primeiros horários, e alguém da família de algum dos professores havia falecido e a vice-diretora iria liberar os alunos, mas como eu tinha chegado antes os próprios alunos pediram para eu adiantar a aula. Ficaram apenas sete alunos na sala de aula, mas a aula foi produtiva. Expliquei para eles que mesmo com poucos alunos na sala de aula eu não poderia liberá-los, pois os feriados estão caindo em dias das aulas de Biologia e que eu também tenho uma carga horária a cumprir.
  • 25. Como as salas não apresentavam TV Pen drive, caso quisesse uma aula em forma de slides seria necessário levar os alunos para a laboratório que tinha os recursos apropriados, o que segundo a professora gerava certo “tumulto”. Então optei por criar estratégias interativas, organizar situações possíveis de trocas de conhecimentos entre os alunos. Ser professor requer saberes e conhecimentos científicos, pedagógicos, educacionais, sensibilidade, indagação teórica e criatividade para encarar as situações ambíguas, incertas e questionar o modo de pensar, sentir , agir e produzir conhecimentos dos seus alunos.( PIMENTA E LIMA, 2009.pag.15)
  • 26. 26/10/2010 Como na aula anterior havia poucos alunos na sala, fiz uma revisão dos assuntos já abordados e percebi que os alunos estavam mais a vontade para participarem e tirarem dúvidas. Também expliquei as fases anáfase e telófase, utilizando imagens impressas em papel ofício, os processos de cariocinese e citocinese e a diferença entre citocinese animal e vegetal. Para finalizar a aula, pedi que os alunos respondessem as questões 9,10,11,14 e 15 da pag.196 do livro didático.Como eles não têm o costume de levarem o livro para sala de aula, eu lia as questões e pedia que eles colocassem as respostas no caderno, mas antes juntos discutíamos as questões.Esse processo foi bem produtivo, pois eu não necessitei de outra aula para correção.
  • 27. Segundo Marion(1999), a resolução de exercícios deve ser usado de modo complementar às aulas expositivas, servindo para fixar e compreender melhor o ensino teórico.
  • 28. 29/10/2010 Hoje não teve aula por causa do feriado do Funcionário Público.
  • 29. Feriadão!!!!! Essa semana não dei aula por causa do feriado de finados( 2/11) e o do ENEM (5/11).
  • 30. 10/11/2010 Como minhas aulas são dias de terça e sexta, coincidindo com muitos feriados, professora Cláudia sugeriu que eu participasse do AC do colégio como forma de complementar a carga horária. Então, hoje fui participar dessa reunião. O AC de exatas ocorre de 15 em 15 dias, a pauta de hoje foi a realização de um pré conselhos dos alunos.Os professores, com a caderneta de notas, iam olhando a situação de cada aluno.Aquilo ali pra mim não estava sendo muito produtivo. Acho que os professores deveriam discutir entre si as notas baixas dos alunos, o comportamento, as possibilidades de melhorias ao invés de simplesmente fazer uma lista com os prováveis alunos que iriam para recuperação.
  • 31. Semana de Linguagem Essa semana no colégio está acontecendo a Semana de Linguagem.Este projeto faz parte de um convênio que o colégio tem com a UEFS:formandos do curso de Letras com Inglês aplicam oficinas com o objetivo de promover a produção textual e análise lingüística. Então tive que ceder as aulas dos dias 9/11 e 12/11/2010. Achei bem legal o desenvolvimento das atividades, os alunos participavam, interagiam, criavam textos, interpretavam músicas. Na visão de Hernandez(1998) apud Moita e Luna(2004),essa forma metodológica de trabalho educativo se apresenta como a resignificação dos espaços de aprendizagem, de tal forma que eles se voltam para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes. Valoriza, pois, a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada projeto de trabalho.
  • 32. 16/11/2010 Iniciei aula entregando para os alunos uma cruzadinha sobre divisão celular. Como percebi que a maioria dos alunos sentiu dificuldade para responder a cruzadinha e como havia uma outra atividade programada, resolvi responder a cruzadinha com os alunos,porém estimulando a participação para que eles respondessem pelo menos o que achavam. Não obtive o resultado que esperava, pois a intenção era que eles conseguissem responder a cruzadinha sozinhos para depois ser feita a correção. Em seguida solicitei que os alunos formassem pequenos grupos e distribui para cada grupo um “pacotinho” feito de papel solofone com figuras das fases da mitose (colada em pedaços de cartolina), o nome das fases e as características de cada fase (escritas em papel oficio). Cada grupo teria que relacionar as figuras, com o nome das fases e suas características.Esse joguinho foi feito como forma de revisão.
  • 33. A atividade em grupo foi bastante produtiva, os alunos discutiam entre si quais as características que eles achavam que se encaixavam em cada fase da mitose. O mais legal que achei dessa atividade, foi que os alunos conseguiram relacionar algumas características das fases a partir do que eles viram na figura. Por exemplo, na figura que tinha os cromossomos no meio eles visualizaram que tratava da metáfase e já relacionaram com a característica “Cromossomos na região equatorial da célula”.
  • 34. Palavra- Jogo didático cruzada As palavras cruzadas Segundo podem ser utilizadas Kishimoto(2005),o jogo com a função lúdica é entendido como um de despertar o recurso que ensina, interesse dos alunos, desenvolve e educa,de devido ao desafio que forma prazerosa, tendo lhes impõem, e com que aliar a função funções didáticas lúdica e educativa: diversas advindas das ações tomadas por Função lúdica:propicia estes para realizarem diversão, lazer; essa atividade Função lúdica.(FILHO et educativa:completa o al.,2009). indivíduo em seu saber,seu conhecimento.
  • 35. 19/11/2010 Hoje foi o mini-teste com o assunto mitose.Solicitei A avaliação é uma que os alunos formassem etapa de um duplas para a resolução do procedimento maior mini-teste e que a sala que incluiria uma fosse arrumada em fila. verificação prévia. É Em seguida li o mini-teste. o processo de Os próprios alunos ajuizamento,aprecia- escolheram a dupla e não ção, julgamento ou houve problemas. Como os valorização do que o alunos não utilizaram todo educando revelou ter o tempo da aula para aprendido durante responderem o mini-teste, um período de estudo sobrando uns 10 min,dei ou de rapidamente as respostas e desenvolvimento do alertei para a falta de processo atenção deles e muitos ensino/aprendizagem reconheceram esse fato e ( NÉRICI,1992). afirmaram não ter estudado o suficiente.
  • 36. Refletindo... Ao chegar em casa e corrigir as avaliações constatei a real falta de atenção e de estudo dos alunos.Talvez também tenha sido reflexo da “falta de costume” que eles tinham em fazer avaliação escrita (teste), uma vez que a professora regente aplicava só uma prova e o restante dos pontos eram distribuídos em atividades e trabalhos, atitudes resultantes da falta de motivação da professora. Vária pesquisas na área de educação em escolas públicas apontam que o baixo rendimento escolar pode ser causado pela deficiência na qualificação de gestores e professores, associada à falta de condições materiais e tecnológicas, que prejudicam o trabalho de qualidade e a motivação para o trabalho pedagógico.
  • 37. Esse quadro pode ser revertido com mais políticas de Recursos Humanos que priorizem investimentos em qualificação dos profissionais de educação e projetos de treinamentos em educação continuada, para aqueles que já estão em serviço, ampliando os seus conhecimentos e proporcionando maior satisfação no trabalho.
  • 38. 23/11/2010 Iniciei a aula solicitando que os alunos formassem um semi circulo para facilitar na hora da demonstração didática com os canudos e entreguei uma apostila elaborada sobre as subfases da prófase I. Em seguida iniciei a explicação da meiose, sua importância e sempre fazendo uma comparação com a mitose para que os alunos entendam as diferenças entre mitose e meiose. Para a explicação das subfases da Prófase I utilizei canudos de plásticos coloridos.
  • 39. Hoje eu fiquei super ansiosa por já saber que a professora Claudia Regina iria me observar. Eu já tinha dado as informações iniciais da aula quando a professora chegou à sala; apresentei a turma, falei que se tratava de minha professora da faculdade e que ela iria observar meu desempenho durante a aula. Respirei fundo e comecei a explicação do assunto. A aula foi bastante produtiva, com a participação dos alunos e estes gostaram muito da demonstração didática com os canudos coloridos. Mesmo que as condições com relação a materiais e espaço para atividades de laboratório apresentadas pelas escolas públicas sejam precárias, é possível contornar a maioria dos problemas adaptando ambientes e utilizando materiais simples de baixo custo, a fim de proporcionar um aprendizado mais eficiente e mais motivador que as tradicionais aulas expositivas ( LEPIENSKI, & PINHO apud LIMA et al,,2010).
  • 40. 26/11/2010 Reunião de pais de mestre Com a participação da Hoje foi a reunião família no processo de de pais e mestres e ensino aprendizagem, a por ser referente a criança ganha 3ª unidade tive confiança vendo que pouca todos se interessam por participação, ela, e também porque apenas ajudei na você passa a conhecer entrega dos quais são as dificuldades boletins aos e quais os poucos pais que conhecimentos da estavam presentes. criança(MACEDO 1994).
  • 41. 30/11/2010 Iniciei a aula explicando as fases da Meiose I sempre buscando fazer comparação com as fases da mitose para que os alunos conseguissem visualizar as diferenças. O mesmo aconteceu com a explicação da Meiose II. Durante a explicação utilizei estruturas em gesso (disponibilizadas pelo colégio) que possibilitaram os alunos visualizarem as fases da meiose. Como os alunos não levam o livro didático para escola, no final da aula solicitei que eles levassem o livro na próxima aula, para que pudessem ler o texto sobre o câncer e responder as questões elaboradas.
  • 42. 03/12/2010 Iniciei a aula falando um pouco sobre o câncer, expliquei os fatores que podem levar ao seu aparecimento (fatores genéticos e ambientais) e que o câncer é uma proliferação celular anormal e maligna. Elaborei questões para verificar a interpretação dos alunos. Os alunos não fizeram o que tínhamos combinado e nenhum trouxe o livro didático para a leitura do texto. Então solicitei que eles fizessem um semicírculo, e como eu tinha levado o livro, os que se sentiram á vontade iam lendo um parágrafo. Durante a leitura eu tirava as dúvidas. E quanto às questões elaboradas, os alunos preferiram discutir em sala de aula ao invés de deixar para corrigir na próxima semana. Isso realmente foi mais produtivo, pois pude perceber a participação e o que cada um realmente entendeu sobre o texto e da explicação sobre o câncer.
  • 43. Estudo de texto como técnica de ensino A leitura é imprescindível no mundo do conhecimento, permitindo o desenvolvimento intelectual e crítico. Partindo desse ponto de vista, faz-se necessário explorar o estudo de texto, utilizando-o como técnica de ensino. O ato de ler, muitas vezes, é considerado pelos alunos algo cansativo, principalmente quando se torna algo imposto, obrigatório. Sendo assim, para se obter bons resultados em um estudo de texto, é necessário que o professor aguce a curiosidade e o interesse do aluno pelo texto a ser estudado e principalmente, forneça bases para um conhecimento prévio permitindo que o aluno tenha uma melhor interpretação e perceba que a leitura é algo dinâmico, que possibilita uma interação entre leitor-autor-texto.
  • 44. 07/12/2010 Hoje solicitei que os alunos respondessem questões do livro didático referente a divisão celular. Após a correção, distribui a cópia com a letra da música sobre divisão celular e solicitei que todos participassem cantando. Como eu não tinha um som pequeno que eu pudesse levar para o colégio e o colégio também não disponibilizava desse recurso, tive a idéia de gravar a música em meu celular. A idéia foi super válida, pois como a maioria dos alunos na sala tinha celular, pude enviar para eles por meio do Bluetooth. Organizei a sala em círculo e como tinham poucos alunos deu para ouvir direito a música. Os alunos adoraram a música e se sentiram á vontade para cantar. Essa aula foi bastante divertida.
  • 45. A música como recurso pedagógico O uso da música como um instrumento pedagógico é um recurso que estimula e motiva o aluno, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais significativo. Após cantar,analisamos a letra da música e os alunos conseguiram identificar as explicações dadas nas aulas. Silva 2005 afirma que a educação por meio da música aprimora a criatividade, a sensibilidade e a inteligência, criando oportunidades de expressão dos alunos.
  • 46. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) As TICs em salas de aulas podem se articular de forma empática com a cultura na qual o aluno está imerso e podem ser grandes aliadas educativas se os professores souberem trabalhar com elas, com objetivos claros e definidos, dentro de um contexto maior de aprendizagem. Antes de utilizar o celular em minha aula,tinha notado que a maioria dos alunos possuíam o aparelho esse foi o principal fator que fez com que a escolha fosse viável. O uso de tecnologia no processo de ensino e aprendizagem é investigado por entidades voltadas a avaliação do ensino em todo o mundo. Um dos fatores é a invasão das tecnologias em todas as sociedades atuais. O aproveitamento destas está em incrementar os recursos didáticos e levar ao aluno um conjunto de elementos que ele convive, com maior ou menor intensidade, fora da escola, em casa ou na sociedade.(BRIGNOL,2004).
  • 47. 10/12/2010 Iniciei a aula dando as instruções sobre o jogo “Fala sério & Com certeza”: a sala foi dividida em 2 grupos, cada grupo recebeu uma plaquinha com “Com Certeza” e “Fala Sério”, confeccionadas em papel ofício ;fiz afirmativas envolvendo o assunto divisão celular, caso o grupo achasse que a afirmativa estivesse correta, levantava a placa “Com Certeza”, caso achasse que a afirmativa estivesse incorreta, levantava plaquinha “Fala Sério”. Conforme o grupo levantava a plaquinha,fui intercalando com explicações já servindo como uma forma de revisão para a prova da 4ª unidade. A aula foi bastante produtiva. Os alunos participaram, discutiram as afirmativas e acharam que foi uma boa maneira de fazer a revisão para a prova.
  • 48. No ensino de Biologia, os jogos didáticos podem ser utilizados em sala de aula, para apresentar um conteúdo, ilustrar aspectos importantes ou revisar pontos-chaves. Para muitos alunos, as atividades lúdicas são mais interativas e produtivas que os costumeiros “exercícios de revisão”(SILVA et al.,2008)
  • 49. 14/12/2010 Quando cheguei à sala os alunos já estavam organizados, todos em fila. A aplicação da prova se deu de forma tranqüila. Assim que todos os alunos terminaram a avaliação, fui para sala dos professores fazer a correção e passar as notas para a professora regente. No final da aula algumas alunas pediram que eu escrevesse em suas camisas alguma mensagem. Aquilo me chamou atenção, pois talvez tenha sido uma maneira delas demonstrarem que de certa forma gostaram de mim e do trabalho que desenvolvi. Aproveitei para agradecer a compreensão e a ajuda deles e dizer que foi muito prazeroso estar com a turma durante a unidade.
  • 50. Hoje pude constatar como o relacionamento dos professores com os alunos pode determinar o clima emocional da sala de aula.E fiz o possível para esse clima ser positivo, de apoio ao aluno e o reflexo disso foi a afetividade construída.Quando eu digo afetividade, me refiro ao clima amigável e de confiança, estando aberta ao diálogo, o que certamente irá favorecer a aprendizagem. E o que dizer, mas, sobretudo que esperar de mim, se, como professor, não me acho tomado por este outro saber, o de que preciso estar aberto ao gosto de querer bem, às vezes, à coragem de querer bem aos educandos e à própria prática educativa de que participo. Esta abertura ao querer bem não significa, na verdade, que, porque professor, me obrigo a querer bem a todos os alunos de maneira igual. Significa esta abertura ao querer bem a maneira que tenho de autenticamente selar o meu compromisso com os educandos, numa prática específica do ser humano. Na verdade, preciso descartar como falsa a separação radical entre seriedade docente e afetividade. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei tão melhor professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e “cinzento” me ponha nas minhas relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar. O que não posso permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade (FREIRE, 2003 apud LIMA & SOUZA 2008).
  • 51. Refletindo minha prática pedagógica Apesar de ter utilizado basicamente de aulas expositivas, sempre buscava fazer com que os alunos passassem a participar mais das aulas, fazendo questionamentos pra que estes pudessem expor seus conhecimentos prévios, utilizar seguidamente perguntas sobre o assunto para que houvesse envolvimento do aluno nas explicações, evitando, assim, a monotonia. Nas atividades desenvolvidas, estimulava os alunos a pensarem por si próprios, buscando seus próprios acertos, tentando fugir da teoria tradicional, em que o professor é o papel central do processo e o aluno repetidor de informações, e buscando seguir uma linha mais construtivista, em que o professor passa a ser um mediador.
  • 52. Quanto ao método da aula expositiva, Lopes (2007) afirma que a utilização da aula expositiva poderá ser transformada em uma atividade dinâmica, participativa e estimuladora do pensamento crítico do aluno, em contraposição a forma verbalista e autoritária do método tradicional. Nessa perspectiva é necessário adotar uma dimensão dialógica, estabelecendo uma relação de intercâmbio de conhecimentos e experiências entre professor e alunos, possibilitando que a aula expositiva, segundo a autora, se torne uma atividade geradora tanto da reelaboração de conhecimento quanto de sua produção.
  • 53. Durante o decorrer da regência, houve uma mescla de tendências pedagógicas. A tendência liberal tradicional se fez presente principalmente na forma de avaliação que segundo esta tendência, a avaliação se dá por verificações de curto prazo (interrogatórios orais, exercícios de casa) e de prazo mais longo (provas escritas, trabalhos de casa). Já no método de ensino e relacionamento professor-aluno houve a presença da tendência liberal renovada progressivista, onde procurei acentuar a importância do trabalho em grupo não apenas como técnica, mas como condição do desenvolvimento mental, e garantir um relacionamento positivo com os alunos para manter um clima harmonioso dentro da sala de aula. (LUCKESI, 1994).
  • 54. Nos momentos em que os alunos se mostravam inquietos e indisciplinados, procurava manter a calma e evitava respostas ríspidas, tentava alertar sobre a importância da atenção e da participação para uma aprendizagem eficaz. Segundo Bini e Pabis 2008, é preciso que o professor estabeleça um relacionamento agradável e atrativo com os alunos, para que momentos inoportunos se tornem cada vez mais escassos, já que eliminar é impossível, devido às diferentes culturas que se fazem presentes neste ambiente. Nérici( 1992) ressalta que sem reciprocidade de simpatia e de respeito entre professor e educando, é praticamente impossível qualquer trabalho construtivo na alma do educando.
  • 55. Esse período de regência serviu também para uma reflexão em relação a minha postura em sala de aula e as metodologias aplicadas para que eu possa melhorar, saber o que deve ser mudado ou não, conhecer e aplicar novas metodologias sempre buscando meu crescimento profissional e a formação da minha identidade docente.
  • 56. Referências Bibliográficas BINI,L. R.; PABIS, N. Motivação ou interesse do aluno em sala de aula e a relação com atitudes consideradas indisciplinares. Revista Eletrônica Lato Sensu. 2008. Disponível em:<http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A 1ginas/3%20Edi%C3%A7%C3%A3o/Humanas/PDF/23-Ed3_CH- MotivacaoIn.pdf>. Acesso em 15 de janeiro de 2011. BRIGNOL, S. M. S. Novas Tecnologias De Informação E Comunicação Nas Relações De Aprendizagem Da Estatística No Ensimo Médio .2004.68 f. Monografia (Curso de Especialização em Educação Estatística com ênfase em softwares estatísticos),Faculdade Jorge Amado. Disponível em:<http://redeabe.org.br/Monografia.pdf>. Acesso em: 18 de fevereiro. FILHO, E. B. et al. Palavras Cruzadas como recurso didático no ensino de Teoria Atômica. Química Nova Escola, v.31,n.2, maio 2009.Disponível em :http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=qne&cod=_relat osdesaladeaulapalav. Acesso em:20 de janeiro de 2011. KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2005. p.13-43.
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