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Resenha de: A crítica de televisão (Eugenio Bucci)
Bruno Conti 08/2011
Ao ler o texto de Eugenio Bucci nos damos de cara com uma crônica de Olavo
Bilac, para compreender melhor vamos ao que diz Bilac:
“... os últimos dias de 1903, Gaumont e Decaux acabam de achar uma
engenhosa combinação do fonógrafo e do cinematografo – o chronophono –, que
talvez ainda venha a revolucionar a indústria da imprensa diária e periódica. Diante do
aparelho, uma pessoa pronuncia um discurso: o chronophono recebe e guarda esse
discurso, e, dai a pouco, não somente repete todas as suas frases, como reproduz,
sobre uma tela branca, a figura do orador, a sua fisionomia, os seus gestos, a
expressão da sua face, a mobilidade dos seus olhos e dos seus lábios.
Talvez o jornal do futuro seja uma aplicação dessa descoberta... A atividade
humana aumenta, numa progressão pasmosa. Já os homens de hoje são forçados a
pensar e a executar, em um minuto, o que os seus avós pensavam e executavam em
uma hora. A vida moderna é feita de relâmpagos no cérebro, e de rufos de lebre no
sangue. O livro está morrendo, justamente porque já pouca gente pode consagrar um
dia todo, ou ainda uma hora toda, à leitura de cem páginas impressas sobre o mesmo
assunto. Talvez o jornal do futuro, – para atender á pressa, á ansiedade, á exigência
furiosa de informações completas, instantâneas e multiplicadas, – seja um jornal
falado, e ilustrado com projeções animatographicas, dando, a um só tempo, a
impressão auditiva e visual dos acontecimentos, dos desastres, das catástrofes, das
festas, de todas as cenas alegres ou tristes, serias ou fúteis, d’esta interminável e
complicada comedia, que vivemos a representar no imenso tablado do planeta...”
É notável que estejam falando da tão famosa televisão, mas o intrigante não é
a forma como Bilac “adivinhou” o futuro, mas sim como ele soube o quão seria
importante a necessidade dos jornais nos dias atuais. Mais notável ainda é que hoje
nosso conhecimento sobre os acontecimentos do Brasil e do mundo afora não se passa
de uma representação feita pela televisão.
Bilac também cita que nossa sociedade caminha para a falta de tempo e que
cada vez mais aumentaria o número de pessoas que não fazem leituras de jornais,
revistas ou livros. E que cada vez mais necessitaríamos de algo rápido e funcional, no
caso, o jornal televisivo.
Eugenio Bucci cita que “... O jornalismo resiste como um campo discursivo
que ainda carrega a pretensão de sistematizar e representar de modo inteiramente
neutro...” Mas hoje podemos ver claramente que a informação não é neutra. Ao ser
transmitida ela também veicula um conjunto das formas de consciência social que tem
por finalidade legitimar o grupo dominante. E, diante do poder que os grandes grupos
de comunicação têm de transmitir seus conteúdos, muito maior do que o poder de
qualquer cidadão sem acesso aos meios de produção e veiculação de comunicação, a
desigualdade na disputa ideológica se torna brutal.
São poucas vozes falando e milhões apenas ouvindo, citada também no texto
onde o autor nos mostra que no Brasil existem 40 milhões de lares com aparelhos de
TV.
Algo notável que podemos ler no texto é que a televisão é uma nova
dimensão de tempo. Onde tudo que é passado pela TV parece estar acontecendo
naquele exato momento e que não conseguimos diferenciar qual lugar está no espaço
de tempo. Se for algo do passado ou algo tentando se passar pelo futuro como alguns
filmes de ficção cientifica. Estará passando exatamente no presente e não no futuro ou
no passado e sim hoje e isto é algo que a TV não consegue diferenciar, é como se
estivéssemos presenciando o ocorrido, mas hoje, e não em outro espaço no tempo.
Concluímos que a influência massiva deste meio de comunicação de massa,
não estimula a reflexão crítica nem respeita ou tenta preservar valores e costumes da
massa, onde em sua maioria, cada vez mais escuta, vê e nada fala, ou seja, vivemos em
uma sociedade de receptores, onde não há reciprocidade de ideias.

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  • 2. de tempo. Se for algo do passado ou algo tentando se passar pelo futuro como alguns filmes de ficção cientifica. Estará passando exatamente no presente e não no futuro ou no passado e sim hoje e isto é algo que a TV não consegue diferenciar, é como se estivéssemos presenciando o ocorrido, mas hoje, e não em outro espaço no tempo. Concluímos que a influência massiva deste meio de comunicação de massa, não estimula a reflexão crítica nem respeita ou tenta preservar valores e costumes da massa, onde em sua maioria, cada vez mais escuta, vê e nada fala, ou seja, vivemos em uma sociedade de receptores, onde não há reciprocidade de ideias.