SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
As carrancas do são
Francisco
Provavelmente você já viu em muitas
casas, de diversos tamanhos, ela
sempre está em um local visível,
a maioria das vezes na sala ou mesmo
no quintal! As Carrancas são
aquelas estátuas com os dentes e olhos
grandes, lembram um homem com
traços de um animal, as versões mais
conhecidas lembram um cavalo.
O que é uma carranca?
Como surgiu as carrancas?
Ao tempo em que surgiram
na proa das barcas do Médio
São Francisco - por volta de
1875-1880 - as carrancas
certamente corresponderam
à intenção de esconjurar
figuras sobrenaturais
ameaçadoras que habitariam
as águas do rio São
Francisco.
Acredita-se que:
A presença das carrancas era marcante na proa
das embarcações do São Francisco, do final
do século 19 até meados do século 20. As
figuras zoantropomórficas, meio bicho, meio
gente tem imagem assustadora, mas com o
poder de espantar mau-olhado, espíritos
brincalhões, azar e assombrações, de acordo
com os moradores locais. Eles também contam
que as carrancas também eram capazes de
afastar jacarés, que na época habitavam o rio,
e outras coisas ruins.
Carrancas
Para pensar...
Essas figuras ocupam lugar de
destaque na arte popular nordestina,
Pela expressividade artística e pela
originalidade tipicamente Brasileira.
Cada carranca tem uma
expressão ou tamanho
Carrancas do São Francisco
As carrancas são franciscanas, portanto são
únicas e extremamente peculiares. Os
primeiros exemplares de que se tem notícia
datam de aproximadamente 1880. Francisco
Guarany é um dos nomes de mais destaque
nesse ofício. Seu trabalho foi reconhecido
nacional e internacionalmente.
Atualmente muitas pessoas utilizam
as carrancas como objeto ornamental, em
suas casas e ou jardins, ou amuleto protetor
Francisco Biquiba Dy
Lafuente Guarany
Um dos principais e mais famosos
artesãos do ciclo das barcas foi o
escultor
Francisco Biquiba Day Lafuente
Guarany, que durante toda sua
trajetória, semeou e difundiu seus
dotes artísticos com o povo de sua
região.
Lendas
Porém a tese de estudos antropológicos,que
possui maior probabilidade,é a que defendia o
aspecto lendário das carrancas,que segundo a
crença e o misticismo do povo primitivo que
habitava aquela região,as carrancas serviam
de amuleto de proteção e salva guardavam os
banqueiros,viajantes e moradores contra as
tempestades, perigos e maus presságios .
Serviam também para espantar os animais e os
duendes moradores do rio são Francisco que
de noite saiam das profundezas das águas
para assombrar barqueiros,tentar mulheres e
roubar crianças.Esses seres ao verem as
figuras das carrancas nas proas,de olhos
esbugalhados,de bocas enormes
escancaradas e agressivas,se espantavam e
se recolhiam aos seus esconderigios.
O que marcou ?
Quanto aos aspectos econômicos pode-se
dizer que o surgimento dessas figuras
horripilantes, de aspecto grosseiro,
talhadas em madeira tenha sido um dos
mais relevantes motivos para a
emancipação comercial, política e social
da região Médio São Francisco.
O que deixaram de ser as
carrancas?
Com o declínio do ciclo das barcas no
Brasil,em 1940,essas esculturas
artesanais deixaram de ser figuras de
proa e passaram a ser objetos de
arte popular presente nos
museus,exposições, feiras artesanais
e coleções.
Arte da carranca
Devido a grande procura e aceitação,o
comércio das carrancas expandiu-se
muito, tornando-se uma atividade
alternativa para os carranqueiros do
Nordeste.
Fazer carrancas além de ser uma
expressão significativa da arte popular, é
uma atividade rentável para o artesão.
Obrigado!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Planejamento anual 8°ano (história)
Planejamento anual 8°ano (história)Planejamento anual 8°ano (história)
Planejamento anual 8°ano (história)LELTONMELODAFONSECA
 
Atividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdf
Atividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdfAtividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdf
Atividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdfWenderson Santos Couto
 
Folclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileirasFolclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileirasBaestevam
 
História, fontes e historiadores
História, fontes e historiadoresHistória, fontes e historiadores
História, fontes e historiadoresIvanilton Junior
 
Atividades sobre os povos nativos da américa
Atividades sobre os povos nativos da américaAtividades sobre os povos nativos da américa
Atividades sobre os povos nativos da américaZé Knust
 
Historia Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdf
Historia Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdfHistoria Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdf
Historia Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdfmarilei4
 
Folclore Brasileiro.pptx
Folclore Brasileiro.pptxFolclore Brasileiro.pptx
Folclore Brasileiro.pptxANDRÉA LEMOS
 
06 quem faz a história
06   quem faz a história06   quem faz a história
06 quem faz a históriaRenata Telha
 
Caça-palavras Dia internacional da mulher
Caça-palavras   Dia internacional da mulherCaça-palavras   Dia internacional da mulher
Caça-palavras Dia internacional da mulherMary Alvarenga
 
Os grupos sociais e a cidade do rio no período joanino
Os  grupos sociais e a cidade do rio no período joaninoOs  grupos sociais e a cidade do rio no período joanino
Os grupos sociais e a cidade do rio no período joaninoaraujombarbara
 
204029350 a-fabula-da-convivencia
204029350 a-fabula-da-convivencia204029350 a-fabula-da-convivencia
204029350 a-fabula-da-convivenciaMarcio Mariz
 
Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.
Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.
Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.João Medeiros
 
Português Simulado 4-ano-segundo-semestre
Português Simulado 4-ano-segundo-semestrePortuguês Simulado 4-ano-segundo-semestre
Português Simulado 4-ano-segundo-semestreVivian Harrizvivian
 

Mais procurados (20)

Planejamento anual 8°ano (história)
Planejamento anual 8°ano (história)Planejamento anual 8°ano (história)
Planejamento anual 8°ano (história)
 
Prova 7ano ensino religioso 2b pet 2
Prova 7ano ensino religioso 2b pet 2Prova 7ano ensino religioso 2b pet 2
Prova 7ano ensino religioso 2b pet 2
 
Atividades racismo e futebol
Atividades racismo e futebolAtividades racismo e futebol
Atividades racismo e futebol
 
D4 (5º ano l.p.)
D4 (5º ano   l.p.)D4 (5º ano   l.p.)
D4 (5º ano l.p.)
 
Atividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdf
Atividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdfAtividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdf
Atividades adaptadas- História.6º ano - Cópia.1.pdf
 
Folclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileirasFolclore das regiões brasileiras
Folclore das regiões brasileiras
 
Avaliação tempo-historia-
Avaliação  tempo-historia-Avaliação  tempo-historia-
Avaliação tempo-historia-
 
História, fontes e historiadores
História, fontes e historiadoresHistória, fontes e historiadores
História, fontes e historiadores
 
Atividades sobre os povos nativos da américa
Atividades sobre os povos nativos da américaAtividades sobre os povos nativos da américa
Atividades sobre os povos nativos da américa
 
Historia Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdf
Historia Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdfHistoria Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdf
Historia Atividade Cidadania Diversidade Cultural e Respeito 5º ano (1).pdf
 
Atividades sobre as canções da ditadura militar
Atividades sobre as canções da ditadura militarAtividades sobre as canções da ditadura militar
Atividades sobre as canções da ditadura militar
 
Folclore Brasileiro.pptx
Folclore Brasileiro.pptxFolclore Brasileiro.pptx
Folclore Brasileiro.pptx
 
06 quem faz a história
06   quem faz a história06   quem faz a história
06 quem faz a história
 
Caça-palavras Dia internacional da mulher
Caça-palavras   Dia internacional da mulherCaça-palavras   Dia internacional da mulher
Caça-palavras Dia internacional da mulher
 
Atividades de independencia do brasil 2013
Atividades de independencia do brasil 2013Atividades de independencia do brasil 2013
Atividades de independencia do brasil 2013
 
Os grupos sociais e a cidade do rio no período joanino
Os  grupos sociais e a cidade do rio no período joaninoOs  grupos sociais e a cidade do rio no período joanino
Os grupos sociais e a cidade do rio no período joanino
 
Prova 9ano ensino religioso 2b pet 2
Prova 9ano ensino religioso 2b pet 2Prova 9ano ensino religioso 2b pet 2
Prova 9ano ensino religioso 2b pet 2
 
204029350 a-fabula-da-convivencia
204029350 a-fabula-da-convivencia204029350 a-fabula-da-convivencia
204029350 a-fabula-da-convivencia
 
Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.
Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.
Atividades de Ciências Humanas e da Natureza: Política; Continentes e Oceanos.
 
Português Simulado 4-ano-segundo-semestre
Português Simulado 4-ano-segundo-semestrePortuguês Simulado 4-ano-segundo-semestre
Português Simulado 4-ano-segundo-semestre
 

Destaque

Números Decimais - Isabel Cristina
Números Decimais - Isabel CristinaNúmeros Decimais - Isabel Cristina
Números Decimais - Isabel Cristinaisabelcpsc
 
Ana Das Carrancas
Ana Das CarrancasAna Das Carrancas
Ana Das Carrancasticiani
 
Apresentação - Tiporigami
Apresentação - TiporigamiApresentação - Tiporigami
Apresentação - TiporigamiTiago Cordeiro
 
Caderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOS
Caderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOSCaderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOS
Caderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOSGilka Guimaraes
 
O Que É, O Que É? - Gonzaguinha
O Que É, O Que É? - GonzaguinhaO Que É, O Que É? - Gonzaguinha
O Que É, O Que É? - GonzaguinhaAlexander Hahn
 
Avaliação matemática (fonte 20)
Avaliação matemática (fonte 20)Avaliação matemática (fonte 20)
Avaliação matemática (fonte 20)Isa ...
 
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Viver, e não ter a vergonha de ser felizViver, e não ter a vergonha de ser feliz
Viver, e não ter a vergonha de ser felizRenato Cardoso
 
216 contagem de números até 50 autismo e educação
216 contagem de números até 50 autismo e educação216 contagem de números até 50 autismo e educação
216 contagem de números até 50 autismo e educaçãoSimoneHelenDrumond
 
Alfabeto ilustrado de animais
Alfabeto ilustrado de animaisAlfabeto ilustrado de animais
Alfabeto ilustrado de animaisNeemias
 
PontuaçãO
PontuaçãOPontuaçãO
PontuaçãOblocas
 
Propriedades Da MultiplicaçãO
Propriedades Da MultiplicaçãOPropriedades Da MultiplicaçãO
Propriedades Da MultiplicaçãOHelena Borralho
 

Destaque (20)

Números Decimais - Isabel Cristina
Números Decimais - Isabel CristinaNúmeros Decimais - Isabel Cristina
Números Decimais - Isabel Cristina
 
Ana Das Carrancas
Ana Das CarrancasAna Das Carrancas
Ana Das Carrancas
 
Apresentação - Tiporigami
Apresentação - TiporigamiApresentação - Tiporigami
Apresentação - Tiporigami
 
Caderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOS
Caderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOSCaderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOS
Caderno 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOS
 
O Que É, O Que É? - Gonzaguinha
O Que É, O Que É? - GonzaguinhaO Que É, O Que É? - Gonzaguinha
O Que É, O Que É? - Gonzaguinha
 
Avaliação matemática (fonte 20)
Avaliação matemática (fonte 20)Avaliação matemática (fonte 20)
Avaliação matemática (fonte 20)
 
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Viver, e não ter a vergonha de ser felizViver, e não ter a vergonha de ser feliz
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
 
Mult e div10 100 1000
Mult e div10 100 1000Mult e div10 100 1000
Mult e div10 100 1000
 
Frutos
FrutosFrutos
Frutos
 
216 contagem de números até 50 autismo e educação
216 contagem de números até 50 autismo e educação216 contagem de números até 50 autismo e educação
216 contagem de números até 50 autismo e educação
 
Folclore
FolcloreFolclore
Folclore
 
Aula da 5ª série efeito estufa 2008
Aula da 5ª série efeito estufa 2008Aula da 5ª série efeito estufa 2008
Aula da 5ª série efeito estufa 2008
 
ÁBACO
ÁBACOÁBACO
ÁBACO
 
1 encontro caderno 1 Pnaic Matematica
1 encontro caderno 1 Pnaic Matematica1 encontro caderno 1 Pnaic Matematica
1 encontro caderno 1 Pnaic Matematica
 
Alfabeto ilustrado de animais
Alfabeto ilustrado de animaisAlfabeto ilustrado de animais
Alfabeto ilustrado de animais
 
Efeito estufa
Efeito estufaEfeito estufa
Efeito estufa
 
PontuaçãO
PontuaçãOPontuaçãO
PontuaçãO
 
Multiplicação
MultiplicaçãoMultiplicação
Multiplicação
 
Propriedades Da MultiplicaçãO
Propriedades Da MultiplicaçãOPropriedades Da MultiplicaçãO
Propriedades Da MultiplicaçãO
 
Multiplicação
MultiplicaçãoMultiplicação
Multiplicação
 

Semelhante a As Carrancas do São Francisco

Slide Ilha das Bruxas
Slide Ilha das BruxasSlide Ilha das Bruxas
Slide Ilha das BruxasJomari
 
3 primeiros povos-da_america
3 primeiros povos-da_america3 primeiros povos-da_america
3 primeiros povos-da_americaLucas Cechinel
 
Arqueologia do brasil
Arqueologia do brasilArqueologia do brasil
Arqueologia do brasilje1981
 
QUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICO
QUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICOQUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICO
QUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICOTabernaDoGuerreiro
 
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeiraCelacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeiraNumeric Contadores
 
Animais fantasticos
Animais fantasticosAnimais fantasticos
Animais fantasticosLelaUdesc
 
seminario reconcavo.pptx
seminario reconcavo.pptxseminario reconcavo.pptx
seminario reconcavo.pptxUNOPAR, UNEB
 
Danças folcloricas do brasil
Danças folcloricas do brasilDanças folcloricas do brasil
Danças folcloricas do brasilEreni Gonçalves
 
Dificuldades Da LíNgua Portuguesa
Dificuldades Da LíNgua PortuguesaDificuldades Da LíNgua Portuguesa
Dificuldades Da LíNgua PortuguesaRAFAELPC
 
Arte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras ChinesasArte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras Chinesasinesbatalha
 
Arte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras ChinesasArte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras Chinesasinesbatalha
 
145 jan 13 - noronha
145   jan 13 - noronha145   jan 13 - noronha
145 jan 13 - noronhaSergyo Vitro
 
Arte tradicional, escultura e culinária brasileira
Arte tradicional, escultura e culinária brasileiraArte tradicional, escultura e culinária brasileira
Arte tradicional, escultura e culinária brasileirasarahlaissa
 

Semelhante a As Carrancas do São Francisco (20)

Slide Ilha das Bruxas
Slide Ilha das BruxasSlide Ilha das Bruxas
Slide Ilha das Bruxas
 
3 primeiros povos-da_america
3 primeiros povos-da_america3 primeiros povos-da_america
3 primeiros povos-da_america
 
O Catarina
O CatarinaO Catarina
O Catarina
 
Arqueologia do brasil
Arqueologia do brasilArqueologia do brasil
Arqueologia do brasil
 
QUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICO
QUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICOQUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICO
QUANDO A MORTE VEM DO MAR: MEDOS E MONSTROS NA ATENAS DO PERÍODO CLÁSSICO
 
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeiraCelacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
 
Animais fantasticos
Animais fantasticosAnimais fantasticos
Animais fantasticos
 
Oficina de arte
Oficina de arteOficina de arte
Oficina de arte
 
seminario reconcavo.pptx
seminario reconcavo.pptxseminario reconcavo.pptx
seminario reconcavo.pptx
 
O folclore na literatura brasileira
O folclore na literatura brasileiraO folclore na literatura brasileira
O folclore na literatura brasileira
 
Arte Marajoara e Tapajônica.pptx
Arte Marajoara e Tapajônica.pptxArte Marajoara e Tapajônica.pptx
Arte Marajoara e Tapajônica.pptx
 
Danças folcloricas do brasil
Danças folcloricas do brasilDanças folcloricas do brasil
Danças folcloricas do brasil
 
Folclore
FolcloreFolclore
Folclore
 
Francisco Dantas.pptx
Francisco Dantas.pptxFrancisco Dantas.pptx
Francisco Dantas.pptx
 
Dificuldades Da LíNgua Portuguesa
Dificuldades Da LíNgua PortuguesaDificuldades Da LíNgua Portuguesa
Dificuldades Da LíNgua Portuguesa
 
Powerpoint
PowerpointPowerpoint
Powerpoint
 
Arte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras ChinesasArte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras Chinesas
 
Arte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras ChinesasArte Rupestre às Sombras Chinesas
Arte Rupestre às Sombras Chinesas
 
145 jan 13 - noronha
145   jan 13 - noronha145   jan 13 - noronha
145 jan 13 - noronha
 
Arte tradicional, escultura e culinária brasileira
Arte tradicional, escultura e culinária brasileiraArte tradicional, escultura e culinária brasileira
Arte tradicional, escultura e culinária brasileira
 

Mais de Antônio Flávio Dourado (10)

A verdade sobre o Papa
A verdade sobre o PapaA verdade sobre o Papa
A verdade sobre o Papa
 
Os Astecas
Os AstecasOs Astecas
Os Astecas
 
Canadá
Canadá Canadá
Canadá
 
Demi Lovato
Demi LovatoDemi Lovato
Demi Lovato
 
O Negro no Esporte Atual
O Negro no Esporte AtualO Negro no Esporte Atual
O Negro no Esporte Atual
 
Os Iluminatis
Os IluminatisOs Iluminatis
Os Iluminatis
 
Resenha Crítica
Resenha CríticaResenha Crítica
Resenha Crítica
 
Resenha mãos talentosas
Resenha mãos talentosasResenha mãos talentosas
Resenha mãos talentosas
 
katyperry
katyperrykatyperry
katyperry
 
avrillavigne
avrillavigneavrillavigne
avrillavigne
 

As Carrancas do São Francisco

  • 1. As carrancas do são Francisco
  • 2. Provavelmente você já viu em muitas casas, de diversos tamanhos, ela sempre está em um local visível, a maioria das vezes na sala ou mesmo no quintal! As Carrancas são aquelas estátuas com os dentes e olhos grandes, lembram um homem com traços de um animal, as versões mais conhecidas lembram um cavalo. O que é uma carranca?
  • 3. Como surgiu as carrancas? Ao tempo em que surgiram na proa das barcas do Médio São Francisco - por volta de 1875-1880 - as carrancas certamente corresponderam à intenção de esconjurar figuras sobrenaturais ameaçadoras que habitariam as águas do rio São Francisco.
  • 4. Acredita-se que: A presença das carrancas era marcante na proa das embarcações do São Francisco, do final do século 19 até meados do século 20. As figuras zoantropomórficas, meio bicho, meio gente tem imagem assustadora, mas com o poder de espantar mau-olhado, espíritos brincalhões, azar e assombrações, de acordo com os moradores locais. Eles também contam que as carrancas também eram capazes de afastar jacarés, que na época habitavam o rio, e outras coisas ruins.
  • 6. Para pensar... Essas figuras ocupam lugar de destaque na arte popular nordestina, Pela expressividade artística e pela originalidade tipicamente Brasileira.
  • 7. Cada carranca tem uma expressão ou tamanho
  • 8. Carrancas do São Francisco As carrancas são franciscanas, portanto são únicas e extremamente peculiares. Os primeiros exemplares de que se tem notícia datam de aproximadamente 1880. Francisco Guarany é um dos nomes de mais destaque nesse ofício. Seu trabalho foi reconhecido nacional e internacionalmente. Atualmente muitas pessoas utilizam as carrancas como objeto ornamental, em suas casas e ou jardins, ou amuleto protetor
  • 10. Um dos principais e mais famosos artesãos do ciclo das barcas foi o escultor Francisco Biquiba Day Lafuente Guarany, que durante toda sua trajetória, semeou e difundiu seus dotes artísticos com o povo de sua região.
  • 11. Lendas Porém a tese de estudos antropológicos,que possui maior probabilidade,é a que defendia o aspecto lendário das carrancas,que segundo a crença e o misticismo do povo primitivo que habitava aquela região,as carrancas serviam de amuleto de proteção e salva guardavam os banqueiros,viajantes e moradores contra as tempestades, perigos e maus presságios .
  • 12. Serviam também para espantar os animais e os duendes moradores do rio são Francisco que de noite saiam das profundezas das águas para assombrar barqueiros,tentar mulheres e roubar crianças.Esses seres ao verem as figuras das carrancas nas proas,de olhos esbugalhados,de bocas enormes escancaradas e agressivas,se espantavam e se recolhiam aos seus esconderigios.
  • 13. O que marcou ? Quanto aos aspectos econômicos pode-se dizer que o surgimento dessas figuras horripilantes, de aspecto grosseiro, talhadas em madeira tenha sido um dos mais relevantes motivos para a emancipação comercial, política e social da região Médio São Francisco.
  • 14.
  • 15. O que deixaram de ser as carrancas? Com o declínio do ciclo das barcas no Brasil,em 1940,essas esculturas artesanais deixaram de ser figuras de proa e passaram a ser objetos de arte popular presente nos museus,exposições, feiras artesanais e coleções.
  • 16. Arte da carranca Devido a grande procura e aceitação,o comércio das carrancas expandiu-se muito, tornando-se uma atividade alternativa para os carranqueiros do Nordeste. Fazer carrancas além de ser uma expressão significativa da arte popular, é uma atividade rentável para o artesão.