Exposição sobre a lei de igualdade, uma das leis morais, segundo a doutrina espírita. Igualdade natural, desigualdade social, de aptidões e de riquezas.
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
Lei de Igualdade
1. CEIC – Angelo – 15/10/12
disponível em www.slideshare.net/angelojmb
2. Caracteres da Lei Natural
Que se deve entender por lei natural?
“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira
para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve
fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando
dela se afasta.”
LE 614
Leis de Deus x Leis dos homens
Leis físicas x Leis morais
3. Igualdade natural
Perante Deus, são iguais todos os homens?
“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez
Suas leis para todos.”
LE 803
Igualdade absoluta ou relativa?
Valor do homem está em seu íntimo
Deus nos concede igualdade de tempo
Conquista da sabedoria e do amor
Direitos pelo trabalho e esforço
Mapa de méritos nas sendas evolutivas
O Consolador, q. 56
4. Desigualdade das aptidões
Diversidade de aquisições
Idade do Espírito
Diversidade dos graus de experiência
Vontade ( livre arbítrio )
Necessidade da variedade de aptidões
Execução dos diversos desígnios da Providência
Limite das forças físicas e intelectuais
Solidariedade dos mundos
LE 804
5. Desigualdade sociais
É lei da Natureza a desigualdade das condições
sociais?
“Não; é obra do homem e não de Deus.”
a) - Algum dia essa desigualdade desaparecerá?
“... Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho
deixarem de predominar. Restará apenas a
desigualdade do merecimento. ...”
Opressão dos fracos pelos que abusam de sua
posição social superior
LE 806 e 807
6. Desigualdade das riquezas
Será possível e já terá existido a igualdade
absoluta das riquezas?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a
diversidade das faculdades e dos caracteres.”
Por não ser possível a igualdade das riquezas, o
mesmo se dará com o bem-estar?
“Não, mas o bem-estar é relativo e todos
poderiam dele gozar, se se entendessem...”
Responsabilidade da sociedade quanto à miséria
LE 811 a 813
7. A Equanimidade
Propõe que se estabeleçam vínculos de bondade e
de respeito, de forma que o bem esteja acima das
vicissitudes e das ocorrências infelizes ou funestas.
Começa na mente, desenvolve-se no sentimento e
tem vigência nos atos
Jesus, o protótipo mais perfeito de ser equânime
que o mundo jamais conheceu
Iluminação Interior, cap. 5
Notas do Editor
A igualdade é um dos direitos fundamentais do homem, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) da ONU. Artigo 1°: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. É fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, tão necessários para instituir uma nova ordem internacional após as atrocidades da 2ª Guerra Mundial. Mas este ideal já vinha florescendo em séculos anteriores e ganhou impulso com a Revolução Francesa: “Liberdade, igualdade e fraternidade”, foi seu lema, atribuído ao filósofo iluminista francês Rousseau. Reformador AGO/2011 Influenciado pela Espiritualidade superior e pelos ideais iluministas, Kardec teve oportunidade de escrever: “ Estas três palavras constituem, por si sós, o programa de toda uma ordem social que realizaria o mais absoluto progresso da Humanidade, se os princípios que elas exprimem pudessem receber integral aplicação.” OP, 1ª parte, Liberdade, igualdade e fraternidade Nosso propósito hoje é abordar a lei de igualdade e explicar, à luz da Doutrina: 48. DA LEI DE IGUALDADE Por que (não) somos iguais? – Desigualdades sociais, econômicas, de aptidões O Livro dos Espíritos, questões 803 a 824 As Leis Morais, cap. “A Lei da Igualdade” Depois da Vida, cap. 1 (3ª parte) Iluminação interior, cap. 5 Lampadário Espírita, cap. 46 e 47 O Consolador, questões 54 a 58 O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8 Religião dos Espíritos, cap. “Na Terra e no Além” e “Oração no dia dos mortos” Temas da Vida e da Morte, cap. “Tendências, aptidões e reminiscências”
A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. ( LE 633 ) Exemplos: trabalho, destruição, liberdade. Lei de causa e efeito – não consegue fugir aos reajustes impostos pela lei. Deus não se engana. Os homens é que são obrigados a modificar suas leis, por imperfeitas. As de Deus, essas são perfeitas, eternas e imutáveis, garantindo a harmonia que reina no universo material e no moral. ( LE 615-616 ) Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência. As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais. [ Diante da infinitude de Deus e de Sua Criação ] O homem precisa de várias existências para aprofundar o conhecimento de ambas. LE 617
Foi no Livro dos Espíritos, uma obra revolucionária, destinada a abalar os alicerces do mundo contemporâneo, que a Espiritualidade superior respondeu categoricamente a uma pergunta milenar... ( Reformador, AGO/2011 ) O Sol brilha para todos. Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos Seus olhos, são iguais. ( LE 803 ) A igualdade absoluta é erro grave, pois o verdadeiro valor de um homem está no seu íntimo, em posição definida pelo próprio esforço. Existe uma igualdade absoluta de direitos dos homens perante Deus, que concede a todos os seus filhos uma oportunidade igual de tempo. Esses direitos são os da conquista da sabedoria e do amor, através da vida, pelo cumprimento do sagrado dever do trabalho e do esforço individual, percorrendo uma grandiosa escala progressiva em matéria de raciocínios e de sentimentos, em que se elevará naturalmente todo aquele que mobilizar as possibilidades concedidas à sua existência para o trabalho edificante da iluminação de si mesmo, nas sagradas expressões do esforço individual. ( O Consolador, questão 56 ) Igualdade relativa perante o semelhante – partimos do mesmo ponto em iguais condições, mas somos seres únicos devido à infinitude das vivências, da combinação de pensamentos e da liberdade de escolha. ( Reformador, AGO/2011 )
804. Por que não outorgou Deus as mesmas aptidões a todos os homens? “ Deus criou iguais todos os Espíritos, mas [ por que notamos diferenças? ] Daí o se aperfeiçoarem uns mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. O que um não faz, fá-lo outro. Assim é que cada qual tem seu papel útil a desempenhar. A diversidade das aptidões não depende da natureza íntima de sua criação, mas de seu aperfeiçoamento. O Espírito que progrediu não retrocede. Os mais adiantados, através do contato, auxiliam o progresso dos mais atrasados – assim compreendem o significado da lei de caridade. LE 805 e Nota Deus nos criou simples e ignorantes, sem saber, nem bons nem maus. Passando por provas, exercendo escolhas com base em nosso livre-arbítrio e sofrendo as consequências, adquirimos conhecimento e desenvolvemos nossa moral com maior ou menor velocidade, daí resultando diferentes ordens de Espíritos. Mas todos chegaremos à perfeição e à felicidade eterna, na condição de Espíritos puros.
“ Eternas somente as leis de Deus o são. Não vês que dia da dia ela gradualmente se apaga? ... considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.” A desigualdade social é o mais elevado testemunho da verdade da reencarnação, mediante a qual cada espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate. Nesse caso, consideramos que a pobreza, a miséria, a guerra, a ignorância, como outras calamidades coletivas, são enfermidades do organismo social, devido à situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo; a moléstia coletiva estará eliminada dos ambientes humanos. ( O Consolador, questão 55 ) 807. Que se deve pensar dos que abusam da superioridade de suas posições sociais, para, em proveito próprio, oprimir os fracos? “ ... Serão, a seu turno, oprimidos: renascerão numa existência em que terão de sofrer tudo o que tiverem feito sofrer aos outros.”
811a) - Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito? “ ... Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras.” “ ... convenientemente, porque o verdadeiro bem-estar consiste em cada um empregar o seu tempo como lhe apraza e não na execução de trabalhos pelos quais nenhum gosto sente. Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer. Em tudo existe o equilíbrio; o homem é quem o perturba.” a) - Será possível que todos se entendam? “Os homens se entenderão quando praticarem a lei de justiça.” 813. Há pessoas que, por culpa sua, caem na miséria. Nenhuma responsabilidade caberá disso à sociedade? “ ... a sociedade é muitas vezes a principal culpada de semelhante coisa. Demais, não tem ela que velar pela educação moral dos seus membros? Quase sempre, é a má educação que lhes falseia o critério, ao invés de sufocar-lhes as tendências perniciosas.”
Equanimidade - eqüidade em julgar; imparcialidade, retidão, eqüidade; disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um. A equanimidade constitui valioso tesouro a ser adquirido, pois é a medida exata de como proceder em relação ao próximo. Amar indistintamente todos os seres da família universal – os que nos são agradáveis ou desagradáveis - representa aspiração que culmina na plenitude. Iluminada a compreensão da impermanência das formas e das coisas através do estudo da Doutrina Espírita, que explica a desigualdade de aptidões, sociais e riquezas, podemos melhor combater o orgulho e o egoísmo, nos re-educarmos e aplicar a lei de justiça, amor e caridade. Com a mesma ternura e misericórdia recebia sadios e enfermos, felizes e infelizes. Preferia os esquecidos do mundo a fim de os erguer e dignificar. Jamais descuidou de atender o miserável, como nunca se furtou a socorrer o poderoso, pois diante dEle todos são iguais, por considerar o Espírito imortal, não a forma terrena enganosa. Jesus continua aguardando que todas aqueles que O amam, façam o mesmo.