Modelo de auto-avaliacao_das_bibliotecas_escolares_metodologias_de_operacionalizacao_-_i_parte 5ªsessão
1. O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: METODOLOGIAS DE
OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)
Formanda: Anabela Valentim
modelo
de
auto-avalição
da
biblioteca escolar
Rede Bibliotecas Escolares
2. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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5ªsessão - 15 a 22 de Novembro
NOTA INTRODUTÓRIA
O texto desta sessão apresenta de uma forma clara a operacionalização do modelo de
auto-avaliação das bibliotecas escolares da RBE. Também permite estabelecer a “ponte” entre
aquilo que é conseguido com a avaliação que fazemos e aquilo que pode proporcionar a
aplicação desta nova avaliação.
Cada vez mais entendo a razão desta acção de formação, como a que estamos a
realizar. O tipo de trabalho solicitado leva os formandos a analisar, a discutir e a esclarecerem
dúvidas para melhor poderem pôr em prática este modelo.
PERÍODO DE AVALIAÇÃO – Ano lectivo 2010/2011
1. O DOMÍNIO A AVALIAR
B. Leituras e Literacias
2. OS INDICADORES
B.1. - Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento
B.2. - Integração da BE nas estratégias e programas de leitura.
B.3 – Impacto da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da
Literacia.
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3. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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3. A SELECÇÃO DO DOMÍNIO
3.1. PORQUÊ?
A leitura, nos seus mais variados suportes, formativa ou informativa, continua a ser a
actividade mais importante numa biblioteca porque constitui o processo construção do
conhecimento.
A leitura e a escrita, a capacidade de ler e escrever qualquer tipo de texto apresentam-
se junto da nossa população escolar não como um dado adquirido, mas como uma barreira,
um obstáculo ao alcance do pleno sucesso escolar.
• Esta BE tem vindo a desenvolver diversas e bastantes actividades de promoção da
leitura. Na opinião generalizada dos docentes, elas têm sido frutíferas.
Mas, terão sido?
Importa, portanto, saber o impacto dessas actividades e se elas contribuíram para
aumentar o número de leitores e elevar o seu nível de literacia dos alunos que
usufruíram delas.
3.2. O QUÊ? (indicadores, o que se pretende avaliar, evidências)
B.1- Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura
· A qualidade e a quantidade da colecção, bem como a sua adequação.
· O carácter sistemático de actividades de promoção da leitura.
· A existência, com carácter sistemático, de sessões de leitura de contos ou de poesia.
· A existência de actividades de promovam a leitura informativa.
· A existência de actividades que promovam a criatividade e o gosto do uso da oralidade.
· A existência de actividades de promoção da leitura através do contacto com escritores ou
através da articulação com instituições.
· A existência de actividades que promovam a leitura das obras do PNL
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4. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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Oquesepretendeavaliar(exemplosdealgumasactividades)
· Colecção (recursos documentais existentes: falhas sentidas ao nível curricular;
actualização e diversificação de títulos)
· Actividades de promoção da leitura – Diversidade de actividades - Histórias contadas de
várias formas – lidas pelos alunos, pelo professor bibliotecário e apresentadas de várias
formas – livro, powerpoint, imagens… e com actividades complementares sempre
variadas.
· Comemoração do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares – transformar provérbios
adaptando-os ao acto de ler à bibliotecas, aos livros…
· Comemoração do Dia Internacional do Livro infantil – Elaboração de uma história
conjunta – uma turma inicia-a e as outras dão-lhe continuidade. Actividade que engloba 12
turmas e cerca de 300 alunos (actividade que permite desenvolver competências de
interpretação, análise, oralidade e escrita, para além de estimular a criatividade de acordo
com um desafio de produção textual).
· Comemoração do Dia Internacional da Poesia – cada aluno é motivado a memorizar um
poema de um livro. Na turma, o conjunto de todas as poesias representam um livro. Os
alunos de uma turma, no final, apresentam a outra turma o “Seu Livro”.
· Encontros com escritores e outros eventos culturais que incentivem o gosto pela
Leitura – vinda de escritores/ilustradores à escola (este ano lectivo Pedro Leitão) ou
actividade realizada na BM.
· A Feira do Livro ou Feira do Livro usado – contacto dos alunos com uma diversidade de
obras (promovida pela BE).
· Articulação da leitura com docentes, pais, Biblioteca Pública ou outras entidades –
Semana da Leitura – actividades diversificadas.
· Articulação com o Plano Nacional de Leitura – Projecto implementado há 4 anos que
consiste na distribuição de “cestos” pelas salas de aula para os vários anos de
escolaridade.
Evidências
QD2 – Questionário aos professores
(articulação de projectos com a Biblioteca; práticas de incentivo à leitura; exploração de
ambientes digitais para promover a leitura e a escrita; colaboração em encontros com
escritores; trabalho desenvolvido no âmbito do Plano Nacional de Leitura; avaliação do
trabalho da Biblioteca neste domínio)
QA2 – Questionário a alunos
(influência da Biblioteca Escolar nos hábitos de leitura; participação nas actividades
promovidas pela mesma)
Pequenos questionários de balanço das actividades desenvolvidas;
Registos de observação informal;
Planificações;
Plano Anual de Actividades da Escola; Plano Anual de Actividades da Biblioteca; PNL
Fotografias
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5. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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B.2 - Integração da BE nas estratégias e programas de leitura.
· A articulação da BE com os projectos educativo e curricular.
· A existência de ambientes de leitura ricos e diversificados, fornecendo livros e outros
recursos às salas de aula ou outros espaços de lazer ou de trabalho e aprendizagem.
· A promoção conjunta da importância da leitura na formação pessoal e no sucesso educativo.
· A articulação da leitura com os diferentes domínios curriculares, com os docentes e com a
Biblioteca Municipal ou outras instituições.
· A articulação das actividades da BE com os docentes/ sala de aula no âmbito do PNL.
· A difusão da informação sobre livros e autores.
· A organização de guiões de leitura, bibliografias e outros materiais de apoio relacionados
com matérias de interesse curricular ou formativo.
· A colaboração da BE com os docentes na construção de estratégias e em actividades que
melhorem as competências dos alunos ao nível da leitura e da literacia.
· O incentivo por parte da BE na criação de redes de trabalho a nível externo, com outras
instituições/ parceiros, através do desenvolvimento de projectos neste domínio.
Oquesepretendeavaliar(algunsexemplosdeactividades)
· Encontros com escritores e outros eventos culturais que incentivem o gosto pela
Leitura – vinda de escritores/ilustradores à escola (este ano lectivo Pedro Leitão) ou
actividade realizada na Biblioteca Municipal.
· Histórias de Ida e Volta – Projecto dinamizado pela BMOeiras, com vista à
divulgação do património oral através de Contadores de Histórias – actividade que
contempla todos os alunos da escola.
Projecto PNL – Vai… Vem… de Histórias – (projecto da escola criado antes da
implementação de um outro com um nome semelhante para o pré-escolar) -
Consiste na rotatividade de “cestos” com livros pelas salas de aula.
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6. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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Evidências QA2 – Questionário a alunos
(influência da Biblioteca Escolar nos hábitos de leitura; participação nas actividades
promovidas pela mesma)
Pequenos questionários de balanço das actividades desenvolvidas
Registos de observação informal
Planificações
Plano Anual de Actividades da Escola; Plano Anual de Actividades da Biblioteca; PNL
Fotografias
Participação dos alunos nas actividades associadas à promoção da leitura
QD2 – Questionário aos professores
(articulação de projectos com a Biblioteca; práticas de incentivo à leitura;exploração
de ambientes digitais para promover a leitura e a escrita; colaboração em encontros
com escritores; trabalho desenvolvido no âmbito do Plano Nacional de Leitura;
avaliação do trabalho da Biblioteca neste domínio)
GO3 - Grelha de observação – Participação em actividades de leitura
Dados estatísticos de frequência/ocupação das zonas funcionais da BE
Dados estatísticos de requisição domiciliária
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura
e da literacia.
· O nível de frequência dos alunos com o fim de realizar trabalhos escolares, fazer pesquisa ou
ler de forma recreativa.
· O desenvolvimento das competências dos alunos no domínio da leitura.
· O progresso dos alunos no âmbito da utilização dos vários métodos de leitura.
· O envolvimento dos alunos e (clubes, concursos, jornais, etc…)
Oquesepretendeavaliar(algunsexemplosdeactividades)
• De que forma usam os alunos a leitura no espaço da Biblioteca
• Progressos nas competências da leitura (lendo mais e com maior profundidade)
• Competências de leitura e literacia quando desenvolvem trabalhos em vários
ambientes informacionais
• Participação nas actividades associadas à promoção da leitura
• Participação nos empréstimos domiciliários
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7. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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Evidências
• QA2 - possui perguntas direccionadas para o tipo e hábitos de leitura que os
alunos fazem no espaço da biblioteca; impacto da BE na modificação desses hábitos
• QD2 – prática lectiva de incentivo ao uso da BE; trabalho de colaboração com a BE;
trabalho da BE no âmbito da leitura e da literacia
• Utilizar a grelha de Observação O2 para medir progressos no desempenho de
competências de leitura e literacia
• Estatísticas de requisição domiciliária
• Trabalhos realizados pelos alunos em diversos suportes
• Questionário aos alunos (possuindo perguntas direccionadas para o tipo de
hábitos de leitura que os alunos têm no espaço da BE e o impacto que esta teve na
modificação desses hábitos)
• Questionário aos professores (prática lectiva de incentivo ao uso da BE; trabalho
de colaboração com a BE; representação da BE como estímulo à leitura e motor de
promoção das literacias)
• Dados estatísticos de utilização da BE para actividades de leitura presencial
• Dados estatísticos de empréstimo domiciliário
• Grelha de análise de trabalhos realizados pelos alunos nas actividades
desenvolvidas pela BE
• Comentários sobre actividades realizadas (em impresso próprio)
• Projecto Educativo de Agrupamento
• Plano Anual de Actividades da escola/agrupamento
• Projectos Curriculares de Turma
• Grelha de observação da utilização da BE (O3; O4)
• Questionário aos alunos (possuindo perguntas direccionadas para o tipo de
hábitos de leitura que os alunos têm)
• Questionário aos professores (prática lectiva de incentivo ao uso da BE; trabalho
de colaboração com a BE; trabalho da BE no âmbito da leitura e da literacia)
• Trabalhos realizados pelos alunos nas actividades promoção da leitura, em
diversos suportes
* Estas actividades são apenas algumas das realizadas na BE. Caso fosse para fazer a
devida avaliação teria de incluir todas as que se executam neste âmbito.
3.3.Com quem?
Toda a comunidade educativa será implicada neste processo:
• Professor Bibliotecário e equipa da BE – Implementação do processo;
• Conselho Pedagógico/Conselho de Docentes – Divulgação do modelo, parecer;
• Director – Acompanhamento de todo o processo;
• Professores, alunos, AAE – Questionários/ grelhas de observação e análise;
• Comunidade escolar – Divulgação dos resultados.
Assim, estará a cargo do professor bibliotecário e da sua equipa a recolha dos dados e
aplicação dos instrumentos dentro do estabelecido.
Os professores asseguram a aplicação formal dos questionários aos alunos.
Existem outras fontes onde se irá recolher a informação - a restante comunidade
educativa, tais como os funcionários e os encarregados de educação e ainda aos documentos
estruturais da escola – PEA, PCE, PCT, … .
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8. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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3.4.Quando?
A recolha de informação será sistemática, quer no registo para o apuramento de dados
estatísticos, quer para o levantamento de dados em documentos de gestão.
No caso de actividades de aplicação de instrumentos específicos, questionários,
entrevistas e inquéritos será uma vez por período e anual no caso das entrevistas.
Será programada uma semana por mês para a observação das actividades de grupos
referência para mensurar os impactos. O registo da observação da utilização da BE terá de ser
diário.
Os instrumentos de avaliação a utilizar integram-se no uso de métodos quantitativos e
qualitativos de investigação, sendo o tratamento dos dados efectuado por meio de cálculo
estatístico ou de análise de conteúdo.
1ºPERÍODO
• Elaborar o plano de avaliação;
• Pensar nos métodos de recolha das evidências necessárias;
• Utilizar uma grelha para sistematizar a informação;
• Seleccionar o público-alvo e a amostra;
• Aplicar os questionários relativos ao sub-domínio B.1;
Registar as evidências detectadas nos instrumentos de gestão da escola
(PE/PAA)
2ºPERÍODO
• Tratar os dados dos inquéritos – realização de gráficos – elaboração de
conclusões;
• Aplicar as grelhas de observação de utilização da BE;
• Análise dos resultados obtidos nas grelhas de observação;
• Aplicar os questionários relativos ao sub-domínio B.2;
• Recolher todos os dados relativos às actividades em torno da promoção da
leitura – Plano Anual de Actividades da Escola; Plano Anual de Actividades da
Biblioteca; PNL…
• Pensar em simultâneo com esta análise em acções para a melhoria.
3ºPERÍODO
• Levantamento dos dados estatísticos relativos à utilização da BE/CRE
(leitura presencial e leitura domiciliária) durante o ano lectivo e
tratamento dos mesmos - realização de gráficos – apresentação de
resultados e/ou inferências
• Aplicação dos questionários relativos ao sub-domínio B.3;
• Reflectir sobre os dados recolhidos;
• Posicionar a Biblioteca no perfil de desempenho atingido;
• Apresentar os resultados:
ao órgão de gestão; ao Conselho Pedagógico / Docentes (aqui importa
movimentar os professores no sentido da planificação de estratégias para
ultrapassar os pontos fracos detectados).
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9. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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3.5.Como?
PLANO DE AVALIAÇÃO
Segundo o texto desta sessão (página 6), para delinear um plano de avaliação devemos ter
em consideração:
• Problema/Diagnóstico;
• Identificação do objecto da avaliação;
• Tipo de avaliação de medida a empreender;
• Métodos e instrumentos a utilizar;
• Intervenientes;
• Calendarização;
• Planificação da recolha e tratamento de dados;
• Análise e comunicação da informação;
• Limitações;
Levantamento de necessidades (recursos humanos, financeiros, materiais,…), etc.
3.5.1.Recolha de evidências
• Estatísticas de utilização da BE para actividades de leitura
• Estatística de requisição domiciliária
• Observação da utilização da BE (O2)
• Trabalhos realizados pelos alunos nas actividades desenvolvidas pela BE na promoção
da leitura
• QD2 e QA2
• Questionários aos professores
• Questionários aos alunos
• Estatística de ocupação para leitura informal
• PAA da BE
• Actividades desenvolvidas pelo “Contador de Histórias”
• Avaliação das actividade actividades realizadas -“Hora do Conto”, “Semana da Leitura”,
“Feira do Livro”, …
4. CONSTRANGIMENTOS
• Falta de tempo (!)
• A sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo acarreta
• Dificuldade em envolver todos os intervenientes para aplicação dos questionários e
para a realização das entrevistas
• Dificuldade em “encontrar” algumas evidencias pois nem tudo se regista…
• Dificuldade em registar algumas evidências de carácter sistemático, pelo trabalho que
oferece a gestão regular da BE
• Dificuldade na construção dos instrumentos a aplicar de modo a que incluam, com
sucesso, toda a informação a ser utilizada
• Dificuldade na medição dos impactos da BE, nomeadamente aquisição de
competências de literacia
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10. O Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (Parte I)
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5. Divulgação dos resultados
• Apresentação do relatório em Conselho Pedagógico/Conselho de Docentes
• Envio deste produto de avaliação para a RBE
• Divulgação dos resultados na Plataforma Moodle
6. Acções para a melhoria
O Plano Anual de Actividades do ano seguinte será elaborado com base nesta reflexão para a
melhoria.
INSTRUMENTOS CONSULTADOS:
• Textos da Sessão
• Modelo de Auto-Avaliação da RBE
• Modelo de Auto-Avaliação da RBE- Instrumentos de recolha de dados
• Modelo para o Relatório de Avaliação da BE
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