1. A educação de Mônica...
... enquanto minha Mãe, Vossa fiel serva,
junto de Vós chorava por mim, mais do que
as outras mães choram sobre os cadáveres
dos filhos" (Confissões, p. 83).
2.
3. Mônica nasceu em 331 na cidade de Tagaste
norte da África. Hoje em dia sua cidade natal se
situaria na atual Argélia.
Mônica nasceu no seio de uma família cristã e,
contrariamente ao costume de sua época, foi-lhe
permitido estudar, o que ela
aproveitou para ler e meditar a Sagrada Escritura.
Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os
pobres. Ela os visitava com frequência, levando
conforto por meio da Palavra de Deus.
Sua vida de esposa foi muito difícil. O marido era
um jovem pagão muito rude, de nome Patrício,
que a maltratava.
4. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão.
Encontrava o consolo nas orações que elevava a
Cristo e à Virgem Maria pela conversão do
esposo.
E Deus recompensou sua dedicação pois ela pôde
assistir ao batismo do marido, que se converteu
sinceramente um ano antes de morrer.
Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma
filha, Perpétua, que se tornou religiosa.
Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de
amarguras e muitas lágrimas.
5. Mesmo dando bons conselhos e educando
os filhos nos princípios da religião cristã, a
vivacidade, inconstância e o espírito de
insubordinação de Agostinho fizeram com
que a sábia mãe adiasse o seu batismo,
com receio que ele profanasse o
sacramento.Isso provavelmente teria
acontecido porque Agostinho, aos
dezesseis anos, saindo de casa para
continuar os estudos, tomou o caminho
dos vícios.
6. O coração de Mônica sofria muito com as
notícias dos desmandos do filho e por isso
redobrava as orações e penitências. Certa
vez ela foi pedir os conselhos de um
bispo. Este a consolou dizendo:
“O coração de teu filho não está ainda
preparado, mas Deus determinará o
momento. Vai em paz e continua a viver
assim, porque é impossível que pereça o
filho de tantas lágrimas" (Confissões, p.
85).
7. Santa Mônica entrou na História por
meio da obra Confissões, de seu
filho Santo Agostinho escrita
aproximadamente no ano de 397.
Santo Agostinho tornou-se um
venerável bispo, homem de grande
virtude e grande sabedoria,
alcançou também a santidade e é
Doutor da Igreja
8. Exemplo
Uma mulher de grandes virtudes.
Após receber o santo Batismo,
conservou tal graça por toda a vida
pela pureza da fé e santidade de
vida.
9. Esposas e mães! Aprendam com o
exemplo de vida de Santa Mônica,
que com muita oração, piedade e
temor a Deus pode-se corrigir a
conduta dos maridos e filhos
malvados ou pagãos.
10. Deixo de relatar muitos fatos, na pressa de
ir adiante.
Recebe a minha confissão e a minha ação de
graças, ó meu Deus, também pelos fatos
que silencio.
Mas não quero calar os sentimentos que me
brotam na alma a respeito de tua serva, que
me deu a vida temporal segundo a carne e
que, pelo coração, fez-me nascer para a vida
eterna.
Não falarei sobre suas qualidades, mas sobre
os dons que lhe concedeste; porque não foi ela
que se fez ou se educou por si (AGOSTINHO,
Confissões, Liv. IX, cap. 8)
11. Forte de ânimo
Ardente na fé,
Firme na esperança,
De inteligência brilhante,
Sensibilíssima às exigências da
convivência,
Assídua na oração e na meditação
da Sagrada Escritura,
12. Ardente na fé
Fé para ela, portanto, se traduzia tanto
em atitudes de compromisso em sua vida
pessoal, quanto em ensinar os
princípios que norteavam suas ações.
Esse posicionamento permitiu a ela
influenciar, não somente sua família,
mas estendeu-se para a sociedade na
medida em que outras mulheres puderam
perceber e praticar os ensinamentos e
verificar os resultados de um
comportamento direcionado pelo uso da
razão.
13.
14. Ardente na fé
Essa prática de Mônica teve grande
repercussão na vida de Santo
Agostinho, culminando na decisão dele
em se tornar cristão e se constituiu
em ação educativa, pois a prática da
mãe se tornaria exemplo para o filho
e para a conduta de outras mães,
que aprendiam também pela apreciação
da arte.
16. Clareza de objetivos.
Soube tratar o filho como pessoa
permitindo que tivesse suas experiências
acadêmicas, amorosas, que tivesse
contato com outras doutrinas, sem,
contudo, deixar de externar seu desejo
ardente de que o filho se tornasse cristão.
Propôs com clareza os limites, como
também as possibilidades para o filho.
17. Conciliadora.
[...] Sempre que havia discórdia
entre pessoas, ela procurava,
quando possível, mostrar-se
conciliadora, a ponto de nada
referir de uma a outra, senão o
que podia levá-las a se
reconciliarem.
.
18. Serva de Deus
. Tinha sido esposa de um só marido, tinha
cumprido seu dever para com os pais, tinha
governado a casa com dedicação e dado o
testemunho das boas obras.
Educara os filhos gerando-os de novo tantas
vezes quantas os visse afastarem-se de ti.
Enfim, ainda antes de adormecer para sempre no
Senhor, quando vivíamos em comunidade depois
de ter recebido a graça do batismo – já que por
tua bondade, ó Senhor, permites que falem
teus servos – ela cuidou de todos, como se
nos tivesse gerado a todos, servido a todos nós,
como se fosse filha de cada um