1) A carta saúda as irmãs na Mongólia e comemora o trabalho missionário das FMA na região desde 2007.
2) O 150o aniversário do Instituto será uma oportunidade de renovação espiritual e compromisso com a missão, especialmente na Patagônia, como o Papa Francisco enfatizou.
3) A carta homenageia Irmã Maria Troncatti no 50o aniversário de sua morte, destacando seu coração missionário ao servir os povos da Amazônia.
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Celebrando 50 anos de Irmã Maria Troncatti
1. Queridas Irmãs,
Uma carinhosa saudação de Ulan Bator, com grande alegria e gratidão, porque não somente
escuto falar, mas vejo e toco com minhas mãos, o quanto a Palavra de Deus continua fazendo
caminho nesta bonita realidade do Instituto que é a Mongólia. Aqui as FMA estão presentes desde
2007 e o Carisma encontra espaço e hospitalidade entre crianças, jovens e famílias. Agradecemos
ao Senhor porque é Ele quem nos precede no anúncio da Boa Nova e na resposta ao seu mandato
missionário!
Depois de ter vivido com particular espírito de gratidão o 5 de agosto, início do Triênio em
preparação ao 150º aniversário de fundação do Instituto, todas nos sentimos ainda mais amparadas
pela presença de Maria que caminha conosco em nossas comunidades, e nos ajuda a dar vida à
vida de muitos jovens e leigos que compartilham conosco a missão educativa.
O 150º aniversário do Instituto será certamente “uma oportunidade de renovação no
Espírito Santo” (Circ. 989) porque nos verá comprometidas em reforçar e viver a paixão
missionária. Basta pensar no que o Papa Francisco disse às Capitulares em 8 de novembro de 2014:
“Também eu me permito ser insistente, pensando na Patagônia... Não digo mais nada!” E também,
em sua recente saudação na Praça São Pedro, em 21 de julho: “Dirijo uma cordial saudação a
todos vocês, romanos e peregrinos! Em particular, saúdo as noviças das Filhas de Maria
Auxiliadora, provenientes de vários países. Saúdo-as de maneira especial, e espero que
algumas de vocês possam ir para a Patagônia: é preciso trabalhar lá!”.
A Patagônia, para nós FMA, é a confirmação de que a dimensão missionária está presente na
nossa história carismática desde o início; é parte constitutiva do nosso ser não somente Filhas de
Maria Auxiliadora, mas filhas de Dom Bosco e de Madre Mazzarello que, muito cedo, intuíram a
necessidade de levar o Evangelho lá onde ninguém queria ir. A Patagônia para nós FMA é qualquer
terra, sem fronteiras, porque toda terra é terra de missão!
A Patagônia de Irmã Maria Troncatti, da qual neste mês se celebra o 50º aniversário de sua
morte, teve outro nome: Equador! Entretanto, seu coração missionário era o mesmo das primeiras
missionárias vindas para a América do Sul: cheio do “da mihi animas cetera tolle”, capaz não só de
partir para uma terra distante, mas sobretudo de oferecer sua vida pela paz entre os “colonos” e os
shuar; capaz de fazer-se dom total aos pobres e aos pequenos, com meios pobres e limitados, mas
com um coração gigantesco e generoso, sem medidas, aberto a todos.
Queridas Irmãs,
Proponho a vocês um trecho do livro escrito por Irmã Maria Collino: La grazia di un sì tutto
donato. Maria Troncatti, missionaria nella foresta amazzonica (p. 449).
Depois houve em Macas, no dia 5 de agosto, “festa da Puríssima”, a ordenação sacerdotal de
Ugo Villarreal, natural do lugar, e outro de seus companheiros. Foi o padre Ugo que quis a todo custo
Roma, 14 de agosto de 2019.
2. que Irmã Maria também participasse da celebração; ela era sua mãe espiritual; não teria sido
possível que ele se consagrasse a Deus sem a bênção de sua presença.
E Irmã Maria foi porque queria o mesmo.
Ela também queria outra coisa: queria consultar Nossa Senhora. Queria que ela lesse no
profundo do seu coração e lhe dissesse uma palavra final.
Ela sabia que esta seria a última vez; não mais veria a Puríssima de Macas. No entanto,
sabia também que ela iria acompanhá-la nessa viagem...
Que viagem? Aquela desastrosa que alguns dias depois teria feito de avião? Certamente não:
ela não podia pensar isso.
Ela sabia, no entanto, que era chegado o momento do “ponto final”. Seu desejo íntimo estava
se tornando um imperativo. Ela, em sua infinita pequenez, sentiu que tinha que se tornar totalmente
disponível ao amor totalmente dado pelo Senhor Jesus.
No dia 5 de agosto, depois da festa, coube à Ir. Pierina Rusconi receber uma confissão
explosiva de Irmã Maria. Nossa Senhora falou com ela.
Irmã Pierina relata: «Irmã Maria falou estas palavras: “A Puríssima me disse para estar
pronta. Em breve acontecerá algo comigo, algo de impressionante y grave”».
Elas estavam do lado de fora, ao redor da casa; caminhavam devagar. Irmã Pierina não diz
quais foram suas emoções. Só acrescenta: “Ela me pediu para não contar a ninguém o quanto me
confidenciou. Eu tinha que manter o segredo até que os fatos tivessem acontecido”.
Quais fatos? E quando?
Mais alguns passos, num silêncio que para Irmã Pierina foi certamente muito tenso; em
seguida, Irmã Maria, com um tom de profecia, retomou: «Ninguém vai tocar o meu corpo. Eles vão
me velar à sombra da Imaculada».
Queridas Irmãs,
Desejo que todas as comunidades possam viver intensamente o 50º aniversário de Ir.
Maria Troncatti celebrando o Tríduo proposto pelo Âmbito Missões nos dias 22, 23 e 24 de
agosto. Com este augúrio, insisto na importância de acompanhar a realização do Sínodo Pan-
Amazônico, durante o Mês Missionário Extraordinário, do qual já falamos em outras ocasiões. É
importante conhecer o Instrumento de Trabalho do Sínodo e interessar-se realmente, com coração
missionário, por este evento eclesial tão relevante para a Igreja, para a vida dos povos da Amazônia
e para uma ecologia integral que se torne realidade em todos os Continentes.
Neste dia 14 de agosto, rezaremos de modo especial pela comunidade “B. Maria
Troncatti” de Seul (Coreia do Sul), fundada no dia 14 de fevereiro de 2014, pertencente à
Inspetoria “Estrela da Manhã” (KOR). Com alegria, nos próximos dias terei a oportunidade de
visitar as Irmãs que ali vivem e trabalham. É interessante destacar que esta comunidade trabalha
pela promoção da mulher e na acolhida de mães imigrantes com seus filhos.
Um grande abraço fraterno e sempre em comunhão na oração e no compromisso
missionário,
Conselheira para as Missões