Sempre foi preocupação do homem dotar suas moradias de meios adequados para suprir a falta da luz natural. O primeiro recurso foi, naturalmente, o fogo, que produz calor e luz, obtido pela queima de madeira, carvão e outros. As antigas lâmpadas eram fabricadas em cerâmica ou metal, possuíam uma alça para se segurar e um pavio na outra extremidade e utilizavam algum óleo como combustível.
Com o advento do petróleo, o gás passou a ser utilizado na iluminação. No Brasil, em 1851, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, iniciou a iluminação de ruas por meio do famoso lampião a gás.
As primeiras lâmpadas a utilizarem a eletricidade foram as lâmpadas a arco voltaico.
No fim do século XIX, através de Thomas Alva Edison, surgiram as primeiras lâmpadas elétricas incandescentes, que, por se revelarem mais práticas para produzir luz, passaram a ser utilizadas em larga escala.
3. Definição
• É o estudo aprofundado das técnicas das fontes
de iluminação artificial, através da energia
elétrica, que tem por objetivo a elaboração de
projetos de iluminação* de ambientes.
(*)Irradiação de luz que torna algo claro ou visível.
5. Normas de Iluminação
• NBR 5101:92 - Iluminação pública - procedimento
NBR 5382:85 - Verificação de iluminação de
interiores - procedimento
• NBR 5413:92 - Iluminâncias de interiores -
procedimento
• NBR 10898:99 - Sistema de iluminação de
emergência - procedimento
6. Luminárias
• Dispositivos que funcionam como base para as
lâmpadas e possibilitam promover;
• Proteção contra intempéries
• Bloqueio de ocorrência de incêndios, explosões
• Aprimoramento estético do ambiente
• Distribuição do fluxo luminoso.*
(*)Fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma
fonte (lâmpada), medida em lúmens.
7. Tipos de Luminárias
• Abajures
• Arandelas
• Luminárias de Jardim
• De mesa
• Lustres
• Led
9. Tipos de Lâmpadas
• Lâmpadas Incandescentes:
▫ Incandescentes para uso geral
▫ Halógenas
▫ Luz negra, Infra Vermelho, Germicidas
• Lâmpadas de Descarga:
▫ Fluorescentes
▫ Vapor de Sódio
▫ Vapor de Mercúrio
▫ Mista
10. Incandescente - Uso geral
• Utilizadas normalmente em instalações
residenciais;
• Emitem luz através de um filamento metálico
incandescente (tungstênio), localizado no
interior do bulbo de vidro;*
(*)Tais características são comuns a todas lâmpadas
incandescentes;
12. Incandescente - Halógena
• Utilizadas em decorações e iluminação de shows;
• Emitem luz através do filamento (tungstênio)
com a combinação de gases halógenos;
14. Incandescente – Luz Negra Infra
Vermelho
• Aplicações em decorações em geral, esterilização
do ar;
• Aplicações fisioterapêuticas e industriais no caso
das lâmpadas de infra vermelho;
16. Lâmpadas de Descarga
• A luz emitida é produzida pela passagem da
corrente elétrica por um gás ionizado chocando-se
com cristais ou fósforos no interior do bulbo;
• Possuem maior eficiência luminosa em relação as
lâmpadas incandescentes além de consumirem
menos energia.
17. Descarga - Fluorescentes
• Lâmpada de baixa pressão interna no bulbo;
• Utilizadas em escritórios comerciais, salas de aula;
• Possuem formas lineares, circulares, compactas;
21. Descarga –Vapor de Mercúrio
• Também utiliza o princípio da descarga através
do vapor de mercúrio.
• A lâmpada a vapor de mercúrio é utilizada em
larga escala na iluminação de ruas, jardins
públicos, postos de gasolina, campos de futebol
entre outros lugares
23. Descarga –Mista
• São incandescentes e a vapor de mercúrio, constituídas
de um tubo descarga de mercúrio, ligada em série com
um filamento de tungstênio, que além de funcionar como
fonte de luz, age como resistência, limitando a corrente
da lâmpada.
• Não necessitam de reator
• O seu campo de aplicação é semelhante ao das lâmpadas
a vapor de mercúrio, ou seja, iluminação de ruas, jardins,
armazéns, garagens e postos de gasolina.
26. Dispositivos de Controle e
Iluminação
• Interruptores:
São usados para comandar uma lâmpada ou um grupo de
lâmpadas.
Existem diversos tipos de interruptores, alguns citados a
seguir:
Interruptor Paralelo - Usados em escadarias, corredores,
quartos,também chamado de three-way, comando em dois
pontos diferentes.
Intermediário - É utilizado quando desejamos
comandar lâmpadas, por três ou mais pontos diferentes.
27. Dispositivos de Controle e
Iluminação
Interruptor de Minuteira - Dispositivo que necessita de
ação humana para ligar o circuito, desligando-se
automaticamente após algum tempo pré programado
Interruptor Horário – Temporizador, que possibilita
programar, ligar e desligar automaticamente circuitos
elétricos em tempos pré-determinado
Interruptor Automático de Presença - Capta através de
um sensor infra vermelho, a radiação de calor de pessoas,
animais, que estejam próximos do dispositivo
Sinalização - Cigarras e campainhas
Dimer Dispositivo que controla a intensidade da iluminação
28. Iluminância e Cálculo
Luminotécnico
De acordo com as normas da ABNT, cada ambiente requer
um determinado nível de iluminância (E) ideal,
estabelecido de acordo com as atividades a serem ali
desenvolvidas.
29. Iluminância
É a densidade de fluxo luminoso na superfície sobre
a qual este incide. A unidade de medida é o LUX.
Exemplos de Iluminância:
Dia encoberto de verão = 20.000 lux.
Dia escuro de inverno = 3.000 lux.
30. NBR 5413NBR 5413 Tabela 1 - Iluminâncias por classe de tarefas visuais
Classe
Iluminância
(lux)
Tipo de Atividade
A
Iluminação geral
para áreas usadas
ininterruptamente
ou com tarefas
visuais simples
20 - 30 - 50 Áreas públicas com arredores escuros
50 - 75 - 100 Orientação simples para permanência
curta.
100 - 150 - 200 Recintos não usados para trabalho
contínuo; depósitos.
200 - 300 - 500 Tarefas com requisitos visuais limitados,
trabalho bruto de maquinaria, auditórios.
B
Iluminação geral
para área de
trabalho
500 - 750 - 1000 Tarefas com requisitos visuais normais,
trabalho médio de maquinaria,
escritórios.
1000 - 1500 - 2000 Tarefas com requisitos especiais,
gravação manual, inspeção, indústria de
roupas.
C
Iluminação
adicional
para tarefas visuais
difíceis
2000 - 3000 - 5000 Tarefas visuais exatas e prolongadas,
eletrônica de tamanho pequeno.
5000 - 7500 - 10000 Tarefas visuais muito exatas, montagem
de microeletrônica.
10000 - 15000 -
20000
Tarefas visuais muito especiais, cirurgia
31. NBR 5413NBR 5413
Tabela 2 - Fatores determinantes da iluminância adequada
Características
da tarefa e do
observador
Peso
-1 0 +1
Idade inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55
anos
Velocidade e
precisão
Sem importância Importante Crítica
Refletância do
fundo da tarefa
Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%
32. NBR 5413NBR 5413
Seleção do valor iluminância por classe de tarefa visual - Tabela 1 e 2Seleção do valor iluminância por classe de tarefa visual - Tabela 1 e 2
• analisar cada característica para determinar o seu peso
(-1, 0 ou +1);
• somar os três valores encontrados algebricamente, considerando o
sinal;
• usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor total for igual a
-2 ou -3; a iluminância superior quando a soma for +2 ou +3; e a
iluminância média nos outros casos.
33. NBR 5413NBR 5413
o valor do meio na maioria dos casos.
• Usar o valor mais alto quando:
a) a tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante
baixos;
b) erros são de difícil correção;
c) o trabalho visual é crítico;
d) alta produtividade ou precisão são de grande importância;
e) a capacidade visual do observador está abaixo da médica.
• Usar o valor mais baixo quando:
a) refletâncias ou contrastes são relativamente altos;
b) a velocidade e/ou precisão não são importantes;
c) a tarefa é executada ocasionalmente.
34. Exemplo de cálculo:
Queremos saber quantas luminárias serão necessárias e
qual a sua disposição, para que em uma área de
bombas de transferência de óleo se tenha um nível de
iluminamento desejado?
Local: Área de Bombas
10 metros de largura X 20 metros de comprimento
Altura das lâmpadas em relação ao plano do eixo das
bombas: 3,5 m
35. 1. Escolha do nível de iluminamento (E) em
"lux”
E = 100 lux
2. Escolha do tipo de luminária, lâmpadas e
sistema de iluminação
Luminária Tipo W-50 equipada com 2 lâmpadas
fluorescentes de 40 Watts
36. 3. Cálculo da Proporção e Índice do local
L x C
Proporção do local = ----------- = 1,9
H1(L+C)
Índice do local = E
4. Cálculo do Fator de Manutenção
(relação entre o fluxo luminoso produzido por uma luminária no fim do
período de manutenção tempo decorrido entre duas limpezas consecutivas de
uma luminária) e o fluxo emitido pela mesma luminária no início de seu
funcionamento.
Fator de manutenção = 0,65
37. 5. Determinação das refletâncias
Teto = 50%
Parede = 30%
6. Determinação do fator de utilização
É a relação do fluxo luminoso que atinge o plano de trabalho, e o fluxo luminoso
total produzido pelas lâmpadas. Leva em consideração a eficiência da luminária,
sua altura de montagem, as dimensões do local bem como as refletâncias das
paredes, teto e piso.
Fator de utilização = 0,52
38. 7. Escolha da lâmpada e determinação de seu fluxo luminoso
Lâmpadas de 40 W
Fluxo Luminoso = 2550 lumens
8. Cálculo do número de lâmpadas
Nº lâmpadas = Fluxo luminoso necessário/Fluxo luminoso por lâmpada
9. Cálculo do número de luminárias
Número de luminárias = 24/2 = 12
39.
40. Informação
• A Philips fornece em seu site www.philips.com.br um
catálogo com tipos de lâmpadas e suas utilizações.
• A Osram fornece em seu site um manual prático de
luminotécnica: www.osram.com.br.
• MOREIRA, Vinícius de Araújo. Iluminação elétrica, Ed.
Edgar Blucher Ltda, São Paulo, 1999.
• NOBRE, Ana Luiza. Franco & Fortes – Ligthing Design, Ed.
C4 – BKS, São Paulo, 2006.