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WEB 2.0
Apague praticamente tudo o que você aprendeu
sobre internet até agora. Está começando uma
         nova revolução digital (sério)
Esqueça a imagem de alguém passivamente sentado à
frente da tela do computador. De-lete, enterre. Não existe
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pêlos próprios usuários e na integração cada vez mais for-te de
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tipicos dos serviços web e siglas como o Ajax, o XML, o Rss e
as APIs.
Linguagens dinâmicas como o Java, o Perl, o PH P, o Python e
o Ruby também se embrenham com desenvoltura por esse novo
universo. Um site não precisa necessariamente usar Ajax para
ostentar o logotipo da web 2.0. Mas es-sa técnica de
programação vem ga-nhando um papel de destaque nos serviços
de ponta. O Ajax permite atuali-zar determinadas áreas de uma
página, sem ter de recar-regar todo o resto. Isso não apenas
torna as operações mais rápidas, como é feito de forma
transparente para o usuário, sem que ele tenha de mover o
mouse um único milímetro. É o Ajax quem está por trás de
serviços como o Gmail, o webmail que iniciou a substituição em
escala planetária dos aplicativos do micro pêlos serviços online, e
o site canadense Flickr, um fenómeno mundial na área de fotos,
hoje parte da coleção de endereços doYahoo!.
Icones da WEB 2.0
GOOGLE
Larry Page, 33 anos
Sergey Brin, 32 anos
  Os fundadores do Google se conheceram enquanto estudavam
  computação na Universidade Standford. Montaram a empresa
  em setembro de 1998 e não pararam mais de criar sucessos de
  audiência. E nem de fazer dinheiro: no ano passado, o Google
  teve uma receita de 6,1 bilhões de dólares.
YAHOO!
Jerry Yang, 37 anos
David Filo, 39 anos
   A dupla formada pelo taiwanês Yang e o americano Filo também
   surgiu nos domínios do curso de computação de Standford. Foi
   em janeiro de 1994. De um simples diretório de sites, o Yahoo!
   virou uma potência que fatura anualmente 5,2 bilhões de dólares.


MYSPACE
Tom Anderson, 30 anos
Chris DeWolfe, 40 anos
   DeWolfe e Anderson estrearam o site de relacionamentos
  MySpace em julho de 2003. No ano passado, eles venderam o
  negócio para a News Corp. e embolsaram 580 milhões de
  dólares. A comunidade, focada em música, já reúne mais de 70
  milhões de usuários registrados.
FLICKR
Caterina Fake, 37 anos
Stewart Butterfield, 33 anos
   Hoje nos domínios do Yahoo!, o Flickr surgiu em 2002 e forma
   uma comunidade de 2,5 milhões de pessoas. Antes de ir para a
   web, Caterina trabalhou em bancos de investimento. Butterfield
   é formado em filosofia, mas se especializou em design.
O Google e o Yahoo! são, de fato, os grandes motores da web
2.0 e tremendos evangelizadores do uso de Ajax. E isso muda a
vida de praticamente qualquer um que abra um browser. Dê uma
olhada nos números da comScore World Metrix, que mapeia a
audiência da internet em to-do o mundo. O conjunto de sites que
leva a marca Google é acessado por uma legião de 495,8 milhões
de visitantes únicos por mês. O do Yahoo!, que promove neste
exato momento a maior reforma de todos os tempos em sua ho-
me page (com Ajax, é claro), tem 480,2 milhões.
   Os blogs são outro termómetro útil para mostrar a in-
teratividade que rege a web 2.0. Só o Technorati, um bus-
cador especializado em blogs, registra 40,7 milhões de
en-dereços e 2,4 bilhões de links. A cada dia entram no ar
cer-ca de 75 mil novos blogs. São cerca de 1,2 milhão de posts
por dia - mais exatamente 50 mil updates por hora. A ver-são
falada dos blogs - os podcasts - também vai ga-nhando fôlego.
Um dos diretórios mais populares, o Pod-cast
Alley, contabiliza quase 20 mil títulos disponíveis.
Impossível imaginar a web 2.0 sem a popularização da banda
larga e conexões cada vez mais velozes. O número de usuários de
banda larga no mundo girou em torno de 215 milhões em 2005 -
1,4% deles no Brasil -, segundo o instituto Computer Industry
Almanac. A web 2.0 vive das pessoas que estão conectadas a ela -
e se alimenta dos textos, fotos e vídeos que trafegam sem
limites. quot;As co-munidades têm uma capacidade de produção
muito maior que as empresas físicas. É uma tremenda massa
críticaquot;, afirma Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca, o Karman, di-
retor executivo do Real ABN Bank. É o conceito de traba-lho
colaborativo levado a seu extremo na web. Algo que os adeptos
do software livre já fazem há muitos anos.
YOUTUBE, DIGG E CIA.

    Não são apenas os nomes conhecidíssimos da internet que
estão à frente da web 2.0. Boa parte do movimen-to, e talvez a
mais fervilhante, é conduzida por novatas, as startups no jargão
americano, com serviços de primeira linha - e audiên-cia de gente
grande. Veja o caso do MySpace, comunidade com foco em
música. O site reúne 70 milhões de usuários. Ligado em foto
digital? Então é possível que você seja - ou vá se tornar - um dos
2,5 milhões de usuários do Flicker.
     Poucos fenómenos resumem tão bem o espírito da web 2.0 e
seu efeito multiplicador quanto o site de comparti-lhamento de
vídeos YouTube. A cada dia, seus adeptos fa-zem o upload de 35
mil novos vídeos, ávidos por diques.
     São 40 milhões de acessos diários. Apenas 27 funcioná-rios
trabalham nessa startup da Califórnia que acaba de receber sua
segunda injeção de capital - 8 milhões de dó-lares. Tudo começou
num jantar de um grupo de amigos. Enquanto faziam vídeos com
câmeras digitais, dois deles tiveram a ideia: que tal criar um
serviço para compartilhar os arquivos de um jeito divertido? Não
deu outra.
Com estruturas enxutíssimas, essas startups estão chamando a
atenção dos investidores de capital de risco e até dos nomes
estrelados da web. Não demorou para que o Flickr e o del.icio.us,
um prodígio em so-cial bookmarking, virassem marca do
Yahoo!. E mais que isso: um benchmark para a gigante da
internet. quot;O Flickr é um exemplo redondo e bem acabado.
Falamos até numa f lickri-zação do Yahoo!quot;, afirma René de Paula
Júnior, diretor de produtos do Yahoo! Bra-sil. Em março passado,
o Google comprou o editor de textos Writely, um dos servi-ços
online a postos para expulsar os apli-cativos dos micros e jogar
tudo na web.
A NOVA CARA DO SOFTWARE

     No mundo da web 2.0 pouco importa on-de está o usuário:
num PC, num celular ou em qualquer outro dispositivo que
en-tenda o significado da palavra rede. O soft-ware, por sua
vez, pode estar só na inter-net ou ser uma combinação entre o
que fica no computador e na rede. A tendên-cia é virar algo cada
vez mais 100% onli-ne. A Microsoft, por exemplo, jogou sua
estratégia de web 2.0 em cima da linha de produtos Windows
Live. quot;Antes, se fa-lava muito em conteúdo na internet.
Ago-ra, são as ferramentas, os aplicativos. O conteúdo é das
pessoasquot;, diz Oswaldo Barbosa de Oliveira, diretor da MSN para o
Brasil e América do Sul. Alguns dos produtos que estão em teste
são o Hotmail que, com o uso do Ajax, in-corpora o recurso de
arrastar e soltar e-mails, e o Win-dows Live Messenger, que tem
pastas compartilhadas.
     Até as macros típicas do Word e do Excel ganham uma vida
online nas buscas feitas pelo Windows Live. A ideia é que o
internauta especifique determinadas instruções de busca, para
ter resu Itados mais precisos. E como o que va-le é o conceito de
comunidade, as macros podem ser pu-blicadas e usadas por
outras pessoas.
No Brasil, o Ajax e sua turma entram com vigor em
pou-quíssimos endereços brazucas. Dois exemplos são os si-tes de
notícias Wasabi e Eu Curti, que segue o modelo con-sagrado pelo
Digg, no qual os próprios usuários elegem o que vai para a home
page. Nos grandes portais, a onda da web 2.0 também ainda não
produz modificações signifi-cativas - mas eles seguem a tendência
de abrir cada vez mais espaço para a partici-pação dos usuários.
    O Terra, que começou a testar o uso do Ajax em seu
webmail, tem como meta au-mentar o conteúdo produzido pêlos
inter-nautas. quot;Hoje, esse percentual não chega a 1%, mas estamos
estimulando a partici-pação das pessoasquot;, diz Paulo Castro, di-retor
geral do Terra. Outro que não se en-tregou de corpo e alma aos
mantras da web 2.0, mas está namorando o conceito, é o
BuscaPé, uma das raras startups bra-sileiras da primeira geração que
sobrevi-veu à chegada da segunda. quot;Estamos en-gatinhando. Temos
pouco perto de toda a interação que podemos terquot;, diz Romero
Rodrigues, presidente do BuscaPé. Corre que o serviço está sendo
paquerado pelo GP Investimentos. O BuscaPé, no entanto, nega, e o
GP não comenta o assunto.
Tamanha febre de colaboração desperta algumas dúvidas em
internautas mais céticos, que questionam se dá para confiar em
informações postadas e checadas pêlos usuários. A bem-sucedida
experiência da Wikipedia - apesar de alguns incidentes localizados
vem mostrando que sim. quot;A web 2.0 se baseia em confiar nas
pessoas, aumentar a interatividade e levar as comunidades a sérioquot;,
afirma Jimmy Wales, fundador e presidente da Wikimedia
Foundation, a entidade sem fins lucrativos que mantém a
nciclopédia no ar com seus 4 bilhões de. quot;O que faz de comunidades
como a Wikipedia algo bacana é que nós mesmos não precisamos
gerenciar toda a informação do mundo. Podemos encontrar amigos
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  • 1. WEB 2.0 Apague praticamente tudo o que você aprendeu sobre internet até agora. Está começando uma nova revolução digital (sério)
  • 2. Esqueça a imagem de alguém passivamente sentado à frente da tela do computador. De-lete, enterre. Não existe mais espaço para isso. A web, agora, é 2.0. Acredite: isso não é mais um buzzword do Vale do Silício. Uma nova geração de serviços e aplicativos está mudando radicalmente a forma como as pessoas encaram a internet, trabalham, estudam e se di-vertem. A base da web 2.0 está no conteúdo produzido pêlos próprios usuários e na integração cada vez mais for-te de diferentes sites e serviços que vão se mesclando co-mo se fossem um só. Mashups, sabe? Grave essa palavra. Mais: quem disse que o software precisa ficar dentro do PC? A web está virando uma platafor-ma: tudo roda no browser. Para co-locar isso em prá-tica, há uma verdadeira profusão de bits tipicos dos serviços web e siglas como o Ajax, o XML, o Rss e as APIs.
  • 3. Linguagens dinâmicas como o Java, o Perl, o PH P, o Python e o Ruby também se embrenham com desenvoltura por esse novo universo. Um site não precisa necessariamente usar Ajax para ostentar o logotipo da web 2.0. Mas es-sa técnica de programação vem ga-nhando um papel de destaque nos serviços de ponta. O Ajax permite atuali-zar determinadas áreas de uma página, sem ter de recar-regar todo o resto. Isso não apenas torna as operações mais rápidas, como é feito de forma transparente para o usuário, sem que ele tenha de mover o mouse um único milímetro. É o Ajax quem está por trás de serviços como o Gmail, o webmail que iniciou a substituição em escala planetária dos aplicativos do micro pêlos serviços online, e o site canadense Flickr, um fenómeno mundial na área de fotos, hoje parte da coleção de endereços doYahoo!.
  • 4. Icones da WEB 2.0 GOOGLE Larry Page, 33 anos Sergey Brin, 32 anos Os fundadores do Google se conheceram enquanto estudavam computação na Universidade Standford. Montaram a empresa em setembro de 1998 e não pararam mais de criar sucessos de audiência. E nem de fazer dinheiro: no ano passado, o Google teve uma receita de 6,1 bilhões de dólares.
  • 5. YAHOO! Jerry Yang, 37 anos David Filo, 39 anos A dupla formada pelo taiwanês Yang e o americano Filo também surgiu nos domínios do curso de computação de Standford. Foi em janeiro de 1994. De um simples diretório de sites, o Yahoo! virou uma potência que fatura anualmente 5,2 bilhões de dólares. MYSPACE Tom Anderson, 30 anos Chris DeWolfe, 40 anos DeWolfe e Anderson estrearam o site de relacionamentos MySpace em julho de 2003. No ano passado, eles venderam o negócio para a News Corp. e embolsaram 580 milhões de dólares. A comunidade, focada em música, já reúne mais de 70 milhões de usuários registrados.
  • 6. FLICKR Caterina Fake, 37 anos Stewart Butterfield, 33 anos Hoje nos domínios do Yahoo!, o Flickr surgiu em 2002 e forma uma comunidade de 2,5 milhões de pessoas. Antes de ir para a web, Caterina trabalhou em bancos de investimento. Butterfield é formado em filosofia, mas se especializou em design.
  • 7. O Google e o Yahoo! são, de fato, os grandes motores da web 2.0 e tremendos evangelizadores do uso de Ajax. E isso muda a vida de praticamente qualquer um que abra um browser. Dê uma olhada nos números da comScore World Metrix, que mapeia a audiência da internet em to-do o mundo. O conjunto de sites que leva a marca Google é acessado por uma legião de 495,8 milhões de visitantes únicos por mês. O do Yahoo!, que promove neste exato momento a maior reforma de todos os tempos em sua ho- me page (com Ajax, é claro), tem 480,2 milhões. Os blogs são outro termómetro útil para mostrar a in- teratividade que rege a web 2.0. Só o Technorati, um bus- cador especializado em blogs, registra 40,7 milhões de en-dereços e 2,4 bilhões de links. A cada dia entram no ar cer-ca de 75 mil novos blogs. São cerca de 1,2 milhão de posts por dia - mais exatamente 50 mil updates por hora. A ver-são falada dos blogs - os podcasts - também vai ga-nhando fôlego. Um dos diretórios mais populares, o Pod-cast Alley, contabiliza quase 20 mil títulos disponíveis.
  • 8. Impossível imaginar a web 2.0 sem a popularização da banda larga e conexões cada vez mais velozes. O número de usuários de banda larga no mundo girou em torno de 215 milhões em 2005 - 1,4% deles no Brasil -, segundo o instituto Computer Industry Almanac. A web 2.0 vive das pessoas que estão conectadas a ela - e se alimenta dos textos, fotos e vídeos que trafegam sem limites. quot;As co-munidades têm uma capacidade de produção muito maior que as empresas físicas. É uma tremenda massa críticaquot;, afirma Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca, o Karman, di- retor executivo do Real ABN Bank. É o conceito de traba-lho colaborativo levado a seu extremo na web. Algo que os adeptos do software livre já fazem há muitos anos.
  • 9. YOUTUBE, DIGG E CIA. Não são apenas os nomes conhecidíssimos da internet que estão à frente da web 2.0. Boa parte do movimen-to, e talvez a mais fervilhante, é conduzida por novatas, as startups no jargão americano, com serviços de primeira linha - e audiên-cia de gente grande. Veja o caso do MySpace, comunidade com foco em música. O site reúne 70 milhões de usuários. Ligado em foto digital? Então é possível que você seja - ou vá se tornar - um dos 2,5 milhões de usuários do Flicker. Poucos fenómenos resumem tão bem o espírito da web 2.0 e seu efeito multiplicador quanto o site de comparti-lhamento de vídeos YouTube. A cada dia, seus adeptos fa-zem o upload de 35 mil novos vídeos, ávidos por diques. São 40 milhões de acessos diários. Apenas 27 funcioná-rios trabalham nessa startup da Califórnia que acaba de receber sua segunda injeção de capital - 8 milhões de dó-lares. Tudo começou num jantar de um grupo de amigos. Enquanto faziam vídeos com câmeras digitais, dois deles tiveram a ideia: que tal criar um serviço para compartilhar os arquivos de um jeito divertido? Não deu outra.
  • 10. Com estruturas enxutíssimas, essas startups estão chamando a atenção dos investidores de capital de risco e até dos nomes estrelados da web. Não demorou para que o Flickr e o del.icio.us, um prodígio em so-cial bookmarking, virassem marca do Yahoo!. E mais que isso: um benchmark para a gigante da internet. quot;O Flickr é um exemplo redondo e bem acabado. Falamos até numa f lickri-zação do Yahoo!quot;, afirma René de Paula Júnior, diretor de produtos do Yahoo! Bra-sil. Em março passado, o Google comprou o editor de textos Writely, um dos servi-ços online a postos para expulsar os apli-cativos dos micros e jogar tudo na web.
  • 11. A NOVA CARA DO SOFTWARE No mundo da web 2.0 pouco importa on-de está o usuário: num PC, num celular ou em qualquer outro dispositivo que en-tenda o significado da palavra rede. O soft-ware, por sua vez, pode estar só na inter-net ou ser uma combinação entre o que fica no computador e na rede. A tendên-cia é virar algo cada vez mais 100% onli-ne. A Microsoft, por exemplo, jogou sua estratégia de web 2.0 em cima da linha de produtos Windows Live. quot;Antes, se fa-lava muito em conteúdo na internet. Ago-ra, são as ferramentas, os aplicativos. O conteúdo é das pessoasquot;, diz Oswaldo Barbosa de Oliveira, diretor da MSN para o Brasil e América do Sul. Alguns dos produtos que estão em teste são o Hotmail que, com o uso do Ajax, in-corpora o recurso de arrastar e soltar e-mails, e o Win-dows Live Messenger, que tem pastas compartilhadas. Até as macros típicas do Word e do Excel ganham uma vida online nas buscas feitas pelo Windows Live. A ideia é que o internauta especifique determinadas instruções de busca, para ter resu Itados mais precisos. E como o que va-le é o conceito de comunidade, as macros podem ser pu-blicadas e usadas por outras pessoas.
  • 12. No Brasil, o Ajax e sua turma entram com vigor em pou-quíssimos endereços brazucas. Dois exemplos são os si-tes de notícias Wasabi e Eu Curti, que segue o modelo con-sagrado pelo Digg, no qual os próprios usuários elegem o que vai para a home page. Nos grandes portais, a onda da web 2.0 também ainda não produz modificações signifi-cativas - mas eles seguem a tendência de abrir cada vez mais espaço para a partici-pação dos usuários. O Terra, que começou a testar o uso do Ajax em seu webmail, tem como meta au-mentar o conteúdo produzido pêlos inter-nautas. quot;Hoje, esse percentual não chega a 1%, mas estamos estimulando a partici-pação das pessoasquot;, diz Paulo Castro, di-retor geral do Terra. Outro que não se en-tregou de corpo e alma aos mantras da web 2.0, mas está namorando o conceito, é o BuscaPé, uma das raras startups bra-sileiras da primeira geração que sobrevi-veu à chegada da segunda. quot;Estamos en-gatinhando. Temos pouco perto de toda a interação que podemos terquot;, diz Romero Rodrigues, presidente do BuscaPé. Corre que o serviço está sendo paquerado pelo GP Investimentos. O BuscaPé, no entanto, nega, e o GP não comenta o assunto.
  • 13. Tamanha febre de colaboração desperta algumas dúvidas em internautas mais céticos, que questionam se dá para confiar em informações postadas e checadas pêlos usuários. A bem-sucedida experiência da Wikipedia - apesar de alguns incidentes localizados vem mostrando que sim. quot;A web 2.0 se baseia em confiar nas pessoas, aumentar a interatividade e levar as comunidades a sérioquot;, afirma Jimmy Wales, fundador e presidente da Wikimedia Foundation, a entidade sem fins lucrativos que mantém a nciclopédia no ar com seus 4 bilhões de. quot;O que faz de comunidades como a Wikipedia algo bacana é que nós mesmos não precisamos gerenciar toda a informação do mundo. Podemos encontrar amigos para nos ajudarquot;, diz. Nesse cenário, a web fica cada vez mais parecida com a vida real. Cabe somente a você descobrir em que amigos confiar ou não.