Educar para a igualdade de género e para a cidadania tem sido, em Portugal, uma preocupação nas últimas décadas, em linha com os compromissos assumidos a nível internacional. A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) assume, a nível nacional, um papel de relevo no que a esta temática diz respeito. Elegendo a educação como uma área estratégica e de intervenção prioritária, e procurando dar resposta às medidas e recomendações nacionais, a CIG elaborou e publicou, em 2010, um conjunto de guiões, tendo em vista apoiar as práticas educativas dos docentes (desde a educação pré-escolar ao ensino secundário). Neste alinhamento, e em consonância com a estratégia formativa da CIG, tem vindo a ser desenvolvido, por uma instituição de ensino superior situada na região portuguesa do Alentejo, um projeto formativo junto de educadores e professores, tendo em vista a sensibilização e a promoção da igualdade de género. Na presente comunicação, pretende-se analisar e dar a conhecer atividades, algumas delas inspiradas nas propostas dos guiões da CIG, planificadas especificamente com o propósito de conhecer as conceções das crianças e de promover a igualdade de género. A análise das atividades desenvolvidas permite verificar que se evidenciam alguns sinais de mudança, mas que ainda estamos longe de uma sociedade igualitária, registando-se conceções estereotipadas do género.
Semelhante a XV Congreso de Educación Comparada 2016. Comunicación 569: Práticas promotoras da igualdade de género: formar para una sociedade igualitária
Semelhante a XV Congreso de Educación Comparada 2016. Comunicación 569: Práticas promotoras da igualdade de género: formar para una sociedade igualitária (20)
XV Congreso de Educación Comparada 2016. Comunicación 569: Práticas promotoras da igualdade de género: formar para una sociedade igualitária
1. Sevilla, 16, 17 y 18 de noviembre de 2016
Práticas promotoras da igualdade de género: formar para
una sociedade igualitária
Luísa Maria Serrano de Carvalho
Teresa Mendes
2. PRÁTICAS PROMOTORAS DA
IGUALDADE DE GÉNERO:
formar para uma sociedade igualitária
Luísa Carvalho – luisacarvalho@esep.pt
Teresa Mendes – teresa.mendes@esep.pt
Sevilha, 16, 17 e 18 de novembro de 2016
3. Breve enquadramento
Educar para a
igualdade de género
e para a cidadania
tem sido, em
Portugal, uma
preocupação nas
últimas décadas,
MAS...
Índice Europeu da
Igualdade de
Género, União
Europeia
4. • Importância de “boas práticas de cidadania activa e democrática, que
possam ser apreendidas na escola a par dos conteúdos curriculares”
(Vieira, 2010, p. 8).
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG)
- Educação como área estratégica e de intervenção prioritária
- Incentivo a projetos formativos junto de educadores e professores
5. Oficina de formação
“Currículo na educação básica e contributos para a formação global do
aluno: construção da identidade de género e cidadania”
• Escola Superior de Educação e Ciências Sociais
de Portalegre
• Destinatários: profissionais de educação
• Objetivo: conceção e a implementação de
projetos/atividades que concorressem para a
desconstrução das conceções e dos
comportamentos estereotipados de género dos
mais novos
• Ano letivo 2014/2015: 11 participantes (6 de
Educação Pré-Escolar)
6. Categorias e número de atividades desenvolvidas
CATEGORIAS N.º de atividades
a) Representações (registos) 5
b) Celebrações dos Dias da Mãe e/ou do Pai 6
c) Preferências (brinquedos/máscaras) 3
d) Leitura de livros infantis 2
8. Funções do pai/da mãe:
Visão estereotipada de género:
«(…) papéis de gênero e a construção da identidade são socialmente
construídos e aprendidos desde o nascimento, com base em relações sociais e
culturais que se estabelecem a partir dos primeiros meses de vida (…)» (Knüpe,
2004).
MÃE
Tarefas mais relacionadas com o lar
PAI
Atividades de lazer e ocupação dos
tempos livres
9. b) Preferências (brinquedos)
• Identificação dos brinquedos preferidos
• As crianças têm brinquedos estereotipados
• Os meninos raramente têm bonecas…
• As meninas pouco frequentemente têm carros…
• Jardim-de-infância:
• meninos gostam mais de brincar na garagem
• meninas na casinha das bonecas
10.
11. Conclusões
• As crianças revelaram ideias muitos estereotipadas de género, ainda que, com a
implementação das atividades, se tenha registado alteração nas crianças.
• Os profissionais de educação assumem um papel fundamental na promoção da
igualdade de género:
- proporcionar condições para que desenvolvam
práticas mais igualitárias, levando à desconstrução de
estereótipos presentes nas suas atitudes e
comportamentos.
- promover atividades que desenvolvam a educação
para a cidadania assente em valores democráticos
onde se incluam as questões de género.