Sidarta Gautama nasceu no século VI a.C. na Índia e, após anos de busca espiritual, alcançou a iluminação sob uma árvore, tornando-se Buda. Ele ensinou sobre as Quatro Nobres Verdades e o Caminho Óctuplo para escapar do sofrimento, viajando pela Índia por 40 anos. Seus ensinamentos formaram as bases do Budismo.
1. SIDARTASIDARTA
"aquele cujos objetivos são
conquistados"
563 aC – 483 aC
O nascimento de Buda é celebrado em maio, na noite de lua cheia.
(Festival de VESAK).
2. Conhecemos muito pouco da vida de Sidarta Gautama. O pouco
que conhecemos provém das escrituras budistas e pode não ser
histórico em todos os seus detalhes podendo ter sofrido
adaptações para facilitar os ensinamentos. Se excetuarmos as
alusões biográficas dispersas nos "Vinaya" e os "Suttaa-pitaka",
a fonte mais recente é o "Buddhacarita", de Asvaghosa (séc. I da
era cristã).
Estudos arqueológicos e antropológicos atuais aceitam que, na
verdade, Sidarta Gautama não foi um príncipe, mas o filho do
dirigente de uma das várias repúblicas aristocráticas que
existiam na Índia da época (como muito mais tarde foi Veneza).
A versão de príncipe, contudo, é aceita normalmente pelas
diversas escolas budistas, inclusive por conta dos mitos do
inconsciente coletivo que se manifestam em outras histórias em
diferentes regiões do planeta.
3. O termo "Buda" é um título honorífico, como "Messias" ou
"Cristo" a Jesus; e como "Israel" (a Jacó).
Em geral, Buda significa "O Desperto", "iluminado", "aquele que
despertou" ou "aquele que sabe", alguém que despertou do
sono da ignorância e vê as coisas como elas são de fato. Um
Buda é uma pessoa que atingiu um nível superior de
entendimento e a plenitude da condição humana em virtude de
uma profunda transformação interna, psicológica e espiritual
alterando toda a sua perspectiva de vida.
Aplicado a várias pessoas excepcionais que atingiram um tal
grau de elevação moral e espiritual que se transformaram em
Mestres da Sabedoria. Porém o mais fulgurante dos Budas, e
também o real fundador do budismo, foi um ser de
personalidade excepcional, de nome Sidarta Gautama (em
sanscrito) ou Sidarta Gotama (em Pali) viveu durante o período
áureo dos filósofos, contemporâneo de Heráclito, Pitágoras,
Zoroastro e Lao-Tsé, conhecido como Gautama (Sublime) e mais
tarde Shakya-Muni (o Sábio dos Shakyas).
4. Sidarta Gautama, o Bodisatva (que será Buda) nasceu no século
VI a. C. (em torno de 556 a. C.), em Kapilavastu, norte da Índia
nas ladeiras do Himalaia onde é o atual Nepal, uma região com
vários e pequenos rajados.
Filho de Suddhodana, rei do povo Sakhya, um dos vários clãs
guerreiros da região, e da rainha Mahamaya.
Nascido durante a viagem de sua mãe à casa paterna, como
prescrevia a lei, no caso do primeiro parto. Seu nascimento se
deu na lua cheia do mês de maio (VESAK). Ainda bebê foi
levado a um templo para ser apresentado aos sacerdotes,
quando um velho eremita, chamado Ansita, estava na cidade, e
toma o menino nas mãos e profetiza:
“Este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso
rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se
libertar de seus sofrimentos".
5. O pai de Sidarta, Suddhodana, muito impressionado com a
profecia, decide que seu filho deve seguir a primeira opção e,
para evitar influencias contrarias, passa a criar o filho longe de
tudo o que lhe pudesse despertar qualquer interesse filosófico e
espiritual e, principalmente, mantendo-o longe das misérias e
sofrimentos da vida que se abatem sobre o comum dos mortais
fazendo que viva no luxo e proteção do palácio de Lumbini.
Aos dezesseis anos, Sidarta casa com sua prima, de acordo com
os costumes da época, ao vencer um tipo de torneio da época,
que correspondia aos jogos olímpicos de hoje, consistindo de
luta, arremesso de lanças, pedras, etc. A bela Yasodhara, filha
única de do príncipe Suppabudda lhe deu seu único filho, Rahula
(que significa "impedimento") .
6. Buda desenvolve-se física e intelectualmente com mestres
cuidadosamente escolhidos de todos os campos do
conhecimento e das artes, tradicional à realeza Indiana da
época, e se excedeu tanto em seus estudos que acabou se
tornando um professor de seus próprios tutores.
Sendo príncipe de uma casta guerreira, era também um bom
atleta, alheio ao convívio e dos problemas da população. Mas o
jovem príncipe era perspicaz, e sempre ouvia os comentários
que se faziam sobre a dura vida fora dos portões do palácio e
passou a desconfiar do porquê de seu estilo de vida.
Ansiava por descobrir o motivo das referências ao mundo de
fora que pareciam ser, às vezes, carregadas de tristeza,
contrariando a vontade paterna, que tentava esconder a
diferença entre seu mundo protegido e o mundo externo.
7. Durante um dos passeios ao campo numa carruagem foi posto
face a face com a miséria humana e as condições da velhice, da
doença e morte. Observou que um monge, mesmo vivendo
miseravelmente, possuía um olhar sereno, como de quem estava
tranqüilo diante dos revezes da vida e sente que sua vida no
palácio era artificialmente arranjada.
Sidarta entra em choque e, com uma profunda crise existencial
vê sua vida como uma pintura tênue e mentirosa sobre um
abismo terrível de dor, sofrimento e perda, que nem mesmo ele
estava imune. Sua própria dor o fez voltar-se para o problema do
sofrimento humano, cuja solução tornou-se o centro de sua
busca espiritual mas que sua atual forma de viver nunca poderia
dar uma resposta ao problema do sofrimento humano. Assim,
decidiu buscar sua iluminação aos vinte e nove anos, saindo do
convívio da família e seu palácio, após treze anos de casado, vai
buscar a solução para o que lhe afligia: o sofrimento humano.
8. Deixar a mulher e o filho não equivale, na tradição hindu, ao
abandono pois o vínculo de parentesco é muito forte e os avós e
tios se encarregam de cuidar os parentes. Na tradição religiosa
da época era comum, para qualquer pessoa que aspirasse a
perfeição, ser um estudante aplicado, ter casado e finalmente,
tornar-se asceta ou eremita. Naquela época era comum os
monastérios (Ashrams).
Sidarta foi discípulo dos famosos Mestres de Yoga de sua
época: Alara Kalama e Uddaka Ramaputta . Mas, Sidarta não
considerou as técnicas de yoga indispensáveis e não se deixou
levar pela preocupação que seus mestres mostravam por
alcançar estados de meditação conhecidos como "transes“ e
resolve juntar-se a um grupo de cinco brâmanes Sadus
dedicados a uma severa vida ascética na floresta de Uruvela,
cortada pelo rio Nairanjana, afluente do Ganges , onde ficou por
seis anos.
9. Porém, os exercícios mortificadores demonstraram ser algo
inútil e concluiu por analogia, que a corda de um instrumento
musical não pode ser retesada demais, pois rompe, e nem pode
ser frouxa demais, pois não vibra. Portanto, não era retesando
ao extremo os limites do organismo, que chegaria à
compreensão da vida e nem entregando-se aos prazeres
excessivamente.
Criou o conceito de Caminho do Meio ou O Nobre Caminho
Octuplo : buscar uma forma de vida disciplinada o suficiente
para não chegar à completa indulgência dos sentidos, pois
assim a pessoa passa a ser dominada excessivamente por
preocupações menores, e nem a mortificação, que turva a
consciência e afasta a pessoa do convívio dos seus
semelhantes. Essa vida de provações não valia mais do que a
vida de prazeres que havia levado anteriormente, eram os
extremos e resolve renunciar ao ascetismo voltando a se
alimentar de forma equilibrada escandalizando os
companheiros, que o abandonam.
10. Sozinho novamente, Sidarta procura seguir seu próprio
caminho, confiando apenas na própria intuição procurando o
conhecimento de si. Sentando em posição meditativa (conhecida
hoje como Zazen), esvaziou o pensamento e não deteve-se em
forma alguma de apego procurando sentir as coisas, evitando
tecer qualquer conceito intelectual excessivo sobre o mundo.
Passou a atrair, então, pessoas que o acercam devido à pureza
de sua alma e tranqüilidade de espírito, que rompia
drasticamente com a vaidosa e estúpida divisão da sociedade
em castas que separava as pessoas desde o nascimento.
Diz a lenda - e lendas, assim como mitos e parábolas, resumem
poética e figuradamente verdades espirituais e existenciais - que
Sidarta resolve meditar sob a proteção de um Ficus, a Árvore
Bodhi (árvore da sabedoria) . Lá o demônio, que representa
simbolicamente o mundo terreno das aparências mutáveis que
Gautama se esforçava por superar, tenta embaraça-lo em
dúvidas sobre o sucesso e o sentido de sua tentativa.
11. Mas Sidarta supera o estado de confusão com a argumentação
interna de que sua vida ganhou um novo sentido e novos
referenciais fazendo centrar-se no aqui e agora sem se apego a
desejos que lhe causariam ansiedade.
Tinha tudo o que precisava, como as aves do céu tinham além
de toda a beleza do mundo para sua companhia. Mas Mara, o
demônio, não se deu por vencido, e, ciente do perigo que
representava, tenta convence-lo a entrar logo no Nirvana -
estado de consciência além dos opostos do mundo físico - para
evitar que seus insights sobre a vida sejam repassados aos
homens. Buda sabia o quanto era difícil às pessoas
abandonarem seus preconceitos e apegos ao mundo resumido,
por elas mesmas, a experiências sensoriais. Tratava-se de uma
escolha difícil: a salvação pessoal com usufruto de um domínio
e conhecimento transcendentes, impossível de expor facilmente
em palavras ou uma árdua tentativa de compartilhar o
conhecimento de uma consciência mais elevada com a
humanidade.
12. Por fim, Num dia de lua-cheia, de “VESAK", em Maio de 523 , ele
obteve a perfeita Iluminação. Percebeu então que toda a
realidade é uma só. Que, no Cosmos, todos os seres estão
harmoniosamente unidos. Que nada existe por si mesmo, nem
pode a natureza de alguma coisa ser conhecida senão conforme
se relaciona com o Cosmos.
Com a luz do Cosmos, a consciência se torna iluminada. E
então, aos 35 anos, Siddhartha tornou-se Buda. entendeu que
todas as pessoas eram seus irmãos e irmãs, e que estavam
enredados demais em ilusórias certezas para que
conseguissem, sozinhas, uma orientação para onde ir.
Assim, resolve abdicar ao Nirvana para repassar adiante o
Conhecimento.
13. Quando seu argumento e lógica de persuasão falham, Mara
resolve mandar a Sidarta suas três sedutoras filhas: Desejo,
Prazer e Cobiça, que se apresentam como mulheres cheias de
ardor e ávidas para dar e receber prazer, que se mostram como
mulheres em diferentes idades (passado, presente e futuro). Mas
Sidarta sente que atingiu um estágio em que estas coisas se
apresentam como ilusórias e passageiras demais, não sendo
comparáveis ao estado de consciência e de sublime beleza que
havia alcançado.
Buda vence todas as tentativas de Mara, e este se recolhe, à
espreita de um momento mais oportuno para tentar derrotar o
Buda, perseguindo-o durante toda a sua vida como uma sombra
e símbolo do extremo do mundo dos prazeres.
Tendo atingido sua iluminação, Buda passa a ensinar o Dharma,
ou seja, O Caminho que conduz à maturação cognitiva que
conduz à libertação de boa parte do sofrimento terrestre.
14. Seus dois primeiros Mestres de Yoga eram falecidos então seu primeiro
ensinamento foi dirigido ao grupo de cinco antigos companheiros do
Parque das Gazelas, em Isipatana (Refúgio dos Sábios), próximo a
Varanasi.
No bosque de Mrigadaya, nos arrabaldes de Benares, pronunciou o seu
primeiro sermão, conhecido como "Discurso sobre o movimento da
queda do Dharma (lei das coisas) ".
Durante os próximos anos, a sua pregação teve lugar junto das águas
do Ganges, no Nordeste da Índia, onde a comunidade passava os três
meses de monção em retiro, deslocando-se, depois, a pregar o resto do
ano. Os quarenta anos que se seguiram são marcadas pelas
intermináveis peregrinações através das diversas regiões da Índia.
Ensinou a lei à maior parte dos membros da classe comerciante, não
em sânscrito, mas na sua língua local (prackrita), precedida da frase
"evam maya srutam" (assim ouvi). Não considerava importante as
cerimônias ou túnicas específicas para monges.
Parque da Gazelas
15. A essência do Budismo pode ser sintetizada em dois princípios:
AS QUATRO NOBRES VERDADES e O NOBRE CAMINHO ÓCTUPLO.
Procura-se o domínio ou a rejeição do desejo através da meditação,
pois em sua ignorância, provoca a existência e o sofrimento.
AS QUATRO NOBRES VERDADES
1.- A Verdade da Existência do Sofrimento - Todos os seres
estão sujeitos ao sofrimento.
2.- A Verdade da Causa (ou da Origem) do Sofrimento - A causa
do sofrimento é o desejo e o apego (sede).
3.- A Verdade da Extinção do Sofrimento - A ignorância, causa
do sofrimento, pode e deve ser superada ou transcendida.
4.- A Verdade do Caminho que conduz à Extinção do Sofrimento
- Indica os meios pelos quais pode-se obter a Extinção do
Sofrimento, através o Nobre Caminho Óctuplo.
16. O NOBRE CAMINHO OCTUPLO
O Nobre Caminho Óctuplo é também chamado O Caminho do
Meio; ele proporciona visão interior e o conhecimento que leva a
paz, a sabedoria, a iluminação, o Nirvana. O Nobre Caminho
Óctuplo é formado pela:
1.- Compreensão Correta - Começando a trilhar o Caminho,
devemos ver a vida de acordo com as suas três características:
impermanencia, insatisfatoriedade e insubstancialidade;
devemos ter uma compreensão clara da natureza da existência,
da lei moral, dos fatores e dos elementos que irão constituir o
reino condicionado da vida ou Samsara (encarnações
inconscientes). Devemos, então, fazer desse conhecimento a
base de nossa aceitação das vicissitudes da vida.
17. 2.- Pensamento Correto - significa que a nossa mente deve estar
pura, livre da luxúria, da má vontade, da crueldade e do apego.
3.- Palavra Correta - significa abster-se de mentir, de caluniar,
de usar palavras ofensivas, fúteis e vãs. A palavra correta fica
caracterizada pela sabedoria e pela bondade.
4.- Ação Correta ou Conduta Correta - significa abster-se de
destruir vidas e desenvolver a amorosidade, não roubar e
praticar a generosidade, abster-se de ter conduta sexual
errônea, abster-se de fazer uso de bebidas alcoólicas e de
drogas que perturbam a mente.
5.- Meio de Vida Correto ou Ocupação Correta - significa que
deve ser evitado ganhar a vida numa profissão ou ocupação que
possa ser prejudicial a outros seres vivos.
18. 6.- Esforço Correto - consiste no seguinte:
O esforço para evitar o aparecimento de pensamentos negativos
e demeritórios na mente.
O esforço para se livrar dos pensamentos negativos e
demeritórios que já surgiram na mente;
O esforço para fazer surgir pensamentos bons e meritórios
ainda não existentes na mente;
O esforço para manter, cultivar e desenvolver pensamentos
bons e meritórios já existentes na mente.
Praticando consciente o esforço correto, pode-se mais
facilmente cultivar os mais elevados ideais espirituais, sendo
estes denominados As Dez Perfeições: a generosidade (dana), a
moralidade (sila), a renúncia (nekkhamma), a sabedoria (panna),
a energia (viriya), a paciência (khanti), a honestidade (sacca), a
determinação (adhitthana), a bondade (metta) e a equanimidade
(upekkha).
19. 7.- Atenção Correta - se cultiva com a prática do que se chama
"Os Quatros Fundamentos da Atenção":
- A contemplação do corpo
- A contemplação das sensações
- A contemplação dos estados da mente
- A contemplação dos fenômenos
20. 8.- Concentração correta - A concentração é a intensificação de
um fator mental que se faz presente em cada estado de
consciência. A função deste fator, a unidirecionalidade da
mente, é tirar todos os demais fatores mentais para realizar o
trabalho da cognição. É o fator responsável pelo aspecto
individualizador da consciência, assegurando que a mente se
ocupe de um só e único objeto. Não significa simplesmente
qualquer forma de concentração, senão a concentração intensa
que se produz como resultado de uma intenção deliberada para
levar a mente a um nível de consciência mais elevado e mais
consistente. É a centralização da mente e dos fatores mentais
correta e de modo estável sobre um objeto. As características
importantes de uma mente concentrada são: a atenção
ininterrupta sobre um objeto e a conseqüente tranqüilidade das
funções mentais, qualidades que distinguem a mente
concentrada da não concentrada.
Esta coluna marca o local de nascimento de Sidarta
21. Seu primo, Devadatta, tentou assassiná-lo e passado oito anos,
em 483 a.c., aos 80 anos de idade e após 49 anos de
ensinamento, Buda pressentiu que morreria de intoxicação, ao
ingerir carne de porco deteriorada, que não recusou por
consideração. Com o auxílio de fiéis discípulos, viajou até
Kushinagara, deitando-se sobre seu lado direito sob uma árvore
no bosque local, onde ficou rodeado de mendicantes e leigos
que, em tributo de respeito ao mestre, permaneceram em
absoluto silêncio.
Antes de refugiar-se no EU, disse:"Por que deveria deixar
instruções concernentes à comunidade? Nada mais resta senão
praticar, meditar e propagar a Verdade por piedade do mundo, e
para maior bem dos homens e dos deuses. Os mendicantes não
devem contar com qualquer apóio exterior, devem tomar o Eu
por seguro refúgio, a Lei Eterna como refúgio... e é por isso que
vos deixo, parto, tendo encontrado refúgio no Eu".
22. Buda morreu em Kusinara (atual Uttara Pradesh ), no bosque de Mallas,
Índia, a quase 200 km. de Benares. Sete dias depois seu corpo foi
cremado e suas cinzas dadas às pessoas cujas terras ele vivera e
morrera.
Seu ensinamento atravessou fronteiras chegando no sudeste da Ásia,
Tibete, Mongólia, China, Coréia e Japão, tornando-se popular do
Oriente. O budismo, conta com 300 a 400 milhões de adeptos, dos quais
90% vivem na Ásia.
A partir do Ceilão (atual Sri Lanka), difunde-se a sudeste, na Birmânia
(Mianmá), Laos, Tailândia e Camboja, ao norte no Tibete, e a leste na
Coréia, na China. No Japão, mistura-se com a antiga escola de
meditação chinesa chan (zen, em japonês), dando origem ao zen-
budismo.
Seus discípulos reunidos 100 anos após sua morte escreveram o que
haviam ouvido de seus mestres, e fizeram assim o Tipitaka, que é a
"bíblia" da escola Theraveda de ensino budista.
Local onde foi depositado parte das suas cinzas
23. As últimas palavras de Buda foram:
"Tudo o que foi criado está sujeito à decadência e à morte.
Tudo é não permanente. A única coisa verdadeira é
trabalhar a própria salvação com amor, perseverança e,
sobretudo, muita disciplina".
25. A seguir estão alguns dos muitos epítetos que aparecem nos suttas em
referência ao Buda. As passagens dos suttas indicados contêm os exemplos.
Sublime (exalted one, bhagava; MN 12.5)
Digno (worthy, araham; MN 12.5)
Perfeitamente Iluminado (perfectly enlightened, sammasambuddho; MN 12.5)
Consumado no verdadeiro conhecimento e conduta (endowed with knowledge
and conduct, vijjacaranasampanno; MN 12.5)
Bem-aventurado (well-gone, sugato; MN 12.5)
Conhecedor dos mundos (knower of the worlds, lokavidu; MN 12.5)
Líder insuperável de pessoas preparadas para serem treinadas (supreme trainer
pf persons to be tamed, anuttaro purisadammasarathi; MN 12.5)
Mestre de devas e humanos (teacher of gods and humans, satha
devamanussanam; MN 12.5)
Que tudo vê (All-seeing: Iti 112) Vitorioso Universal (Universal Victor: MN26.25)
Aquele que exerce o poder (Wielder of power: Iti 112 )