Colecistite aguda é uma doença frequente causada principalmente por cálculos na vesícula. Seu diagnóstico é clínico, baseado em dor abdominal e exames laboratoriais e de imagem como ultrassom. O tratamento é cirúrgico e deve ser realizado de forma precoce, preferencialmente via vídeo-laparoscopia nas primeiras 96 horas, com o uso de antibióticos. Em casos graves pode ser considerado tratamento percutâneo ou endoscópico.
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Colecistite Aguda: Diagnóstico e Tratamento
1. COLECISTITE AGUDA
Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Tercio De Campos
TCBC
São Paulo, 28 de julho de 2007
COLECISTITE AGUDA
Cirurgiões – Capítulo de São Paulo
Tercio De Campos
TCBC-SP
São Paulo, 28 de julho de 2007
2. COLECISTITE AGUDA
Importância
10 - 20% população c/ litíase vesicular
15% sintomáticos
15% sintomáticos
500.000 - 700.000 colecistectomia / ano (EUA)
3-10% doentes com dor abdominal
COLECISTITE AGUDA
20% população c/ litíase vesicular
700.000 colecistectomia / ano (EUA)
10% doentes com dor abdominal
3. COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1
COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.
4. COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1
COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.
5. COLECISTITE AGUDA
Definição
– Inflamação aguda da vesícula
– Cálculos na vesícula (90-
– Cálculos na vesícula (90-
– Outros fatores (5-10%):
• Isquemia
• Infecções
• Doenças do colágeno
• AIDS
COLECISTITE AGUDA
vesícula
-95%)
-95%)
6. COLECISTITE AGUDA
Classificação patológica
– Edematosa
• 1ª fase (2-4 dias)
• Histologia: apenas edema
– Necrótica
• 2ª fase (3-5 dias)
• 2ª fase (3-5 dias)
• Histologia: trombose e oclusão
– Supurativa
• 3ª fase (7-10 dias)
• Abscesso parietal e peri-vesicular
– Colecistite crônica
• Surtos repetidos
• Atrofia e fibrose
COLECISTITE AGUDA
oclusão vascular
vesicular
8. COLECISTITE AGUDA
Mortalidade (0 – 10%)
– Pós-operatória / Acalculosa: 23
– Maior em idosos
– Maior em diabéticos
– Causas:
• Colangite
• Abscesso hepático
• Sepse
• IAM
• ICC
• Insuficiência respiratória
COLECISTITE AGUDA
: 23-40%
9. COLECISTITE AGUDA
Recidiva após tratamento clínico
– Período que aguarda a colecistectomia
• 2,5 – 22%
• 2,5 – 22%
– 6 meses a alguns anos
• 10 – 50%
COLECISTITE AGUDA
Recidiva após tratamento clínico
colecistectomia eletiva
10. COLECISTITE AGUDA
Grau de Gravidade
COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J
Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.
14. COLECISTITE AGUDA
Diagnóstico
Imagem
• USG sensibilidade
especificidade
• Espessamento da parede da vesícula ( 4 mm)
(exceto ascite, hepatopatia, ICC)
• Distensão da vesícula ( 8 cm)
• Cálculos na vesícula
• Líquido peri-vesicular
• Murphy ultra-sonográfico
COLECISTITE AGUDA
sensibilidade 85%
especificidade 95%
Espessamento da parede da vesícula ( 4 mm)
(exceto ascite, hepatopatia, ICC)
Distensão da vesícula ( 8 cm)
vesicular
sonográfico (especificidade 90%)
15. COLECISTITE AGUDA
Diagnóstico
TC
• Espessamento da parede
• Líquido peri-vesicular
• Aumento da vesícula
• Áreas de alta densidade na gordura peri
RM
• Hipersinal peri-vesicular
• Aumento da vesícula
• Espessamento da parede
Tc - HIDA scans
• Ausência de visualização da vesícula
• Aumento da radioatividade ao redor da fossa vesicular
COLECISTITE AGUDA
Áreas de alta densidade na gordura peri-vesicular
Ausência de visualização da vesícula
Aumento da radioatividade ao redor da fossa vesicular
16. COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1
COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.
17. COLECISTITE AGUDA
Diagnóstico Diferencial
Coledocolitíase / Colangite
• Ausência de sinais peritoneais
• Ausência de sinais peritoneais
• Icterícia
• Elevação de FA / GGT
• USG c/ dilatação de vias biliares
COLECISTITE AGUDA
Coledocolitíase / Colangite
Ausência de sinais peritoneais
Ausência de sinais peritoneais
Elevação de FA / GGT
USG c/ dilatação de vias biliares
19. COLECISTITE AGUDA
Diagnóstico Diferencial
Hepatite
• Ausência de sinais peritoneais
• Ausência de sinais peritoneais
• Icterícia
• Elevação de TGO / TGP
• Ausência de dilatação de vias biliares,
espessamento da vesícula ou distensão
COLECISTITE AGUDA
Diagnóstico Diferencial
Ausência de sinais peritoneais
Ausência de sinais peritoneais
Elevação de TGO / TGP
Ausência de dilatação de vias biliares,
espessamento da vesícula ou distensão
20. COLECISTITE AGUDA
Outros exames
CPRE
• Diagnóstico / Tratamento de Coledocolitíase /
Colangite associada a Colecistite Aguda
Colangite associada a Colecistite Aguda
• Simplifica o tempo cirúrgico
• Complicações
– Pancreatite
– Sangramento
– Perfuração
• 2 procedimentos anestésicos
COLECISTITE AGUDA
Diagnóstico / Tratamento de Coledocolitíase /
Colangite associada a Colecistite Aguda
Colangite associada a Colecistite Aguda
Simplifica o tempo cirúrgico
2 procedimentos anestésicos
21. COLECISTITE AGUDA
Eco-endoscopia
– Pouco utilizado na urgência
– Investigação de microlitíase ou processos
peri-ampolares
peri-ampolares
COLECISTITE AGUDA
Pouco utilizado na urgência
Investigação de microlitíase ou processos
23. COLECISTITE AGUDA
Tratamento - Antibióticos
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1
COLECISTITE AGUDA
Antibióticos
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.
24. COLECISTITE AGUDA
Tratamento
Quando operar ?
• Nas primeiras 24 - 48 horas a partir do diagnóstico
– Menor perda sanguínea
– Menor tempo operatório
– Menor tempo operatório
– Menor taxa de complicações
– Menor tempo de internação
– Cirurgia mais fácil
– Evita complicações do tratamento clínico (20%)
– Tratamento definitivo
– Exceto em doentes c/ risco cirúrgico alto
COLECISTITE AGUDA
48 horas a partir do diagnóstico
Menor perda sanguínea
Menor tempo operatório
Menor tempo operatório
Menor taxa de complicações
Menor tempo de internação
Evita complicações do tratamento clínico (20%)
Exceto em doentes c/ risco cirúrgico alto
25. COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1
COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.
26. COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1
COLECISTITE AGUDA
Tokyo Consensus Meeting Tokyo Guidelines. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 2007;14(1):1-121.