SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 93
Baixar para ler offline
Wadiley Sousa do Nascimento
Pós-Graduado em Estatística, Matemática e Computação – Ramo
Estatística Computacional
Mobile: +239 980 10 45 / 906 02 00 | Email: wadmiguel547@yahoo.com
ESTATÍSTICA II
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Motivação
2
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
O objectivo fundamental da Estatística é extrair informações
confiáveis a partir dos dados recolhidos para a tomada de decisão.
Informação
Decisão
Dados
Estatística
Conhecimento
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória
Motivação
3
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Nas áreas económicas e de gestão do empresas, a Estatística
pode ser utilizada com três objectivas: (1) descrever e
compreender relações entre diferentes características de uma
população, (2) Tomar decisões mais correctas e (3) fazer face a
mudança.
A Estatística fornece aos gestores instrumentos para que
possam responder as preocupações e tomar decisões com
alguma confiança, mesmo quando a quantidade de informação
disponível é pequena e as situações futuras são de elevada
incerteza.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória
Definição
4
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Uma variável aleatória (unidimensional), geralmente designada por 𝑋,
e uma função que a cada acontecimento w do espaço de resultados,
faz corresponder um valor real, 𝑥 = 𝑋(𝑤).
“Uma variável aleatória é uma função com valores numéricos, cujo
valor é determinado por fatores de chance.”
Associa números aos eventos do espaço amostral.
𝑿 = Número de coroas em 2 lançamentos de uma moeda.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória
Definição
5
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Variável Aleatória
Contínua
Os possíveis resultados
abrangem todo um intervalo de
números reais
Discreta
Os possíveis resultados estão
contidos em um conjunto finito
ou enumerável
0 1 2 3 4 ...
Número de defeitos em ...
Ex.
0
Ex.
Tempo de resposta de ...
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória
V. A - Discreta
6
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Exemplos
1. Lança-se uma moeda 10 vezes e anota-se o número de caras. Este número pode
ser 0, 1, 2 ...10.
2. Em uma pesquisa de mercado feita com 200 pessoas, perguntam-se estes
compram um determinado produto. O número de pessoas que compram o produto
varia de 0 a 200.
3. Um pesquisador conta quantos, dos 500 chefes de família que entrevistou, eram
mulheres
4. Um médico conta quantos, dos 100 pacientes que tratou com uma nova droga ,
ficaram curados
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória
Distribuição de Probabilidades
7
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Uma distribuição de probabilidade é um modelo matemático que
relaciona um certo valor da variável em estudo com a sua
probabilidade de ocorrência.
Há dois tipos de distribuição de probabilidade:
1. Distribuições Contínuas: Quando a variável que está sendo medida
é expressa em uma escala contínua, como no caso de uma
característica dimensional.
2. Distribuições Discretas: Quando a variável que está sendo medida
só pode assumir certos valores, como por exemplo os valores inteiros:
0, 1, 2, etc.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória
Distribuição de Probabilidades
8
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
No caso de distribuições discretas, a probabilidade de que a variável
X assuma um valor específico xo é dada por:
𝑃(𝑋 = 𝑥𝑜) = 𝑃(𝑥𝑜)
No caso de distribuições contínuas, as probabilidades são
especificadas em termos de intervalos, pois a probabilidade associada
a um número específico é zero.
𝑃 𝑎 ≤ 𝑋 ≤ 𝑏 = න
𝑎
𝑏
𝑓 𝑥 𝑑𝑥
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Bernoulli
9
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Consideremos uma única tentativa de um experimento aleatório.
Podemos ter sucesso ou fracasso nessa tentativa.
Seja 𝒑 a probabilidade de sucesso e 𝑞 a probabilidade de fracasso,
com 𝑝 + 𝑞 = 1.
Seja 𝑋 o número de sucessos em uma única tentativa do experimento.
𝑋 assume o valor 𝟎 que corresponde ao fracasso, com probabilidade
𝑞, ou o valor 1, que corresponde ao sucesso, com probabilidade 𝑝
Alguns exemplos:
• Lançar uma moeda e observar se ocorre cara ou coroa;
• Lançar um dado e observar se ocorre seis ou não;
• Verificar se um servidor de intranet está ativo ou não ativo.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Bernoulli
10
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Notação: 𝑋~𝐵𝑒𝑟(𝑝)
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição Binomial
11
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Consideremos 𝑛 tentativas independentes de um mesmo
experimento aleatório. Cada tentativa admite apenas dois resultados:
fracasso com probabilidades 𝑞 e sucesso com probabilidade 𝑝.
As probabilidades de sucesso e fracasso são as mesmas para cada
tentativa.
Seja X número de sucessos em 𝑛 tentativas.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição Binomial
12
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
A distribuição binomial deve satisfazer os seguintes critérios:
• A experiência é repetida 𝑛 vezes, onde cada tentativa é independente das
demais;
• Há apenas dois resultados possíveis em cada tentativa: um de interesse,
associado à variável X, chamado de sucesso e o seu complementar que é o
fracasso;
• A probabilidade de sucesso será denotada por 𝑝 e é a mesma em cada
tentativa. Logo, a probabilidade de fracasso será denotada por 𝑞 = 1 – 𝑝.
• As repetições são independentes, ou seja, o resultado de uma repetição
não é influenciado por outros resultados.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição Binomial
13
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Poisson
14
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
A distribuição de Poisson é adequada para descrever situações onde
existe uma probabilidade de ocorrência em um campo ou intervalo
contínuo, geralmente tempo ou área.
Por exemplo, o no de acidentes por mês, no de defeitos por metro
quadrado, no de clientes atendidos por hora.
Nota-se que a variável aleatória é discreta (número de ocorrência), no
entanto a unidade de medida é contínua (tempo, área).
Além disso, as falhas não são contáveis, pois não é possível contar o
número de acidentes que não ocorreram, nem tampouco o número de
defeitos que não ocorreram.
A probabilidade de o acontecimento ocorrer é a mesma para cada
intervalo;
O número de ocorrências em um intervalo é independente do número
de ocorrências em outro intervalo.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Poisson
15
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Exemplos:
• Chamadas telefónicas recebidas numa central telefónica num
certo intervalo de tempo;
• Chegadas de clientes a uma bilheteira durante um certo
período;
• Chegadas de sinistrados a um banco de um hospital durante
um certo período.
•A distribuição de Poisson possui um parâmetro 𝝀 (lê-se:
“Lambda”) que chamamos de taxa de ocorrência, que
corresponde à frequência média ou esperada de ocorrências
em um determinado intervalo.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Poisson
16
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
•A probabilidade é calculada da seguinte forma:
𝑷 𝑿 = 𝒌 =
𝒆−𝝀. 𝝀𝒌
𝒌!
•Onde:
• 𝑘 𝜖 ℕ;
•𝜆 é a taxa de ocorrência (que é igual à média e a Variância da
distribuição).
Notação: 𝑋~𝒫(𝜆)
O número de defeitos de pintura segue uma distribuição de
Poisson com 𝜆 = 2. Qual a probabilidade que uma peça apresente
mais de 4 defeitos de pintura?
  %
5
,
5
055
,
0
945
,
0
1
!
4
2
1
4
1
4
0
4
2
=
=
−
=
−
=

− 
=
−
x
e
X
P
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Poisson
17
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Poisson
18
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Aproxim. da Distr. Binomial
pela Distr. de Poisson
19
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝑋~ℬ 𝑛, 𝑝 ≈ 𝑋~𝒫(𝜆 = 𝑛𝑝)
lim
𝑛→∞
𝑛
𝑥
𝑝𝑥 1 − 𝑝 𝑛−𝑥 =
𝑒−𝜆 𝜆𝑥
𝑥!
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Discreta
Distribuição de Poisson
20
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
21
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Uma variável aleatória contínua 𝑋 tem distribuição normal de
probabilidade se a sua f. d. p. é dada por:
• Propriedades da
Distribuição
Normal 1. A curva normal é um tipo de curva simétrica;
2. Formato de “sino”;
3. A área sob a curva é igual a 1;
4. Unimodal, sendo seu ponto de frequência
máxima situado no meio da distribuição;
5. Média, mediana e moda coincidem.
𝑓 𝑥 =
1
𝜎 2𝜋
e
−
1
2
𝑥−𝜇
𝜎
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
22
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
23
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
24
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
25
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
• O valor z (valor padronizado) é uma medida relativa. Mede o quanto x se afasta da média (),
em unidade de desvio padrão ().
σ
x - μ
z = x


x
Z - número de desvios padrões a partir da média
x - valor de interesse
 - média da distribuição normal de interesse
 - desvio padrão da distribuição normal
Através de uma transformação de variáveis é possível
converter os valores de qualquer distribuição Normal em
valores da distribuição Normal padrão e assim obter suas
probabilidades - calcular o número de desvios padrões, a contar
da média a que está um valor da variável
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
26
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Teorema
• Sejam 𝑋1, 𝑋2, … 𝑋𝑛 v.a. normais independentes, tais que 𝑋1~𝑁(𝜇1, 𝜎1),
𝑋2~𝑁(𝜇2, 𝜎2), ..., 𝑋𝑛~𝑁(𝜇𝑛, 𝜎𝑛).
• A v.a. 𝑋 = 𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛 tem distribuição normal de parámetros (𝜇, 𝜎),
com:
• 𝜇 = 𝜇1 + 𝜇2 + ⋯ + 𝜇𝑛 e 𝜎 = 𝜎1
2 + 𝜎2
2 + ⋯ + 𝜎𝑛
2
Teorema Limite Central
Sejam 𝑋1, 𝑋2, … 𝑋𝑛 variáveis aleatórias independentes e identicamente
distribuídas, com valor médio 𝜇 e variância 𝜎2 (finita).
A v.a. Sn = σ𝑖=1
𝑛
𝑋𝑖 verifica quando n é “grande”:
𝑆𝑛−𝑛𝜇
𝜎 𝑛
~𝑁(0,1)
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
27
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Exemplo 1: A resistência à tração do papel usado em sacolas de super-
mercado é uma característica de qualidade importante.
Sabe-se que essa resistência segue um modelo Normal com média 40 psi
e desvio padrão 2 psi.
Se a especificação estabelece que a resistência deve ser maior que 35 psi,
qual a probabilidade que uma sacola produzida com este material
satisfaça a especificação?
𝑃 𝑋 ≥ 35 = 1 − 𝑃 𝑋 ≤ 35 = 1 − 𝑃 𝑍 ≤
35 − 40
2
= 1 − 𝑃 𝑍 ≤ −2,5
= 1 − 1 − 𝑃 𝑍 ≤ 2,5 = 𝑃 𝑍 ≤ 2,5 = 0,9938 = 99,38%
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Variável Aleatória - Contínuas
Distribuição de Normal
28
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Exemplo 2: O diâmetro do eixo principal de um disco rígido segue a
distribuição Normal com média 25,08 in e desvio padrão 0,05 in.
Se as especificações para esse eixo estiver entre 24,85 e 25,15,
determine o percentual de unidades produzidas em conformidades
com as especificações.
𝑃 24,85 ≤ 𝑋 ≤ 25,15 = 𝑃 𝑋 ≤ 25,15 − 𝑃 𝑋 ≤ 24,85 = 𝑃 𝑍 ≤
25,15 − 25,08
0,05
− 𝑃 𝑍 ≤
24,85 − 25,08
0,05
= 𝑃 𝑍 ≤ 1,40 − 𝑃 𝑍 ≤ −4,60 = 0,9192 − 1 − 𝑃 𝑍 ≤ 4,60 = 0,9192 − 1 + 0,999999 = 0,9192
= 91,92%
Exemplo 3: Suponha que 𝑋 → 𝑁 85; 9 . Encontre um valor limite 𝑥,
tal que 𝑃 𝑋 > 𝑥 = 0,05.
𝑃 𝑋 > 𝑥 = 1 − 𝑃 𝑋 ≤ 𝑥 = 1 − 𝑃 𝑍 ≤
𝑥 − 85
9
= 0,05 ⇔ 𝑃 𝑍 ≤
𝑥 − 85
9
= 1 − 0,05
⇔ 𝑃 𝑍 ≤
𝑥 − 85
9
= 0,95 ⇔ 1,645 =
𝑥 − 85
9
⟺ 𝑥 = 99,805
Tabela 𝑍 = 1,645
Wadiley Sousa do Nascimento
Pós-Graduado em Estatística, Matemática e Computação – Ramo
Estatística Computacional
Mobile: +239 980 10 45 / 906 02 00 | Email: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Motivação
30
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Métodos Estatísticos
Estatística Descritiva Inferência Estatística
Estimação Teste de Hipóteses
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Motivação
31
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
POPULAÇÃO: todos os
possíveis consumidores
Amostragem
AMOSTRA: um subconjunto
dos consumidores
Inferência
A Lei do Retorno
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Definições
32
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
População: é um conjunto formado por indivíduos ou objetos que
apresentam, pelo menos, uma característica/variável comum e
observável. Usa-se 𝑵 para designar esse número/tamanho.
Amostra: É qualquer subconjunto da população com as mesmas
características. Usa-se 𝒏 para designar esse número/tamanho.
Amostragem: é o processo de selecção de uma amostra, que
possibilita o estudo das características da população.
Erro amostral: é o erro que ocorre justamente pelo uso da amostra.
Ele representa a diferença entre o resultado amostral e o verdadeiro
resultado da população. O erro amostral ocorre devido às variações
amostrais.
De acordo com Fonseca e Martins (2011) na Teoria da Amostragem
são consideradas: i) Tamanho da amostra; ii) Composição da amostra.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Tamanho da Amostra
33
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Procedimento:
1. Analise o questionário, ou roteiro da entrevista e escolha uma
variável que julgue mais importante para o estudo. Se possível,
escolha mais do que uma;
2. Verifique o nível de mensuração da variável: se nominal,
ordinal ou quantitativa;
3. Considere o tamanho da população: infinita ou finita.
Se a variável escolhida for quantitativa e a população considerada
infinita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela fórmula:
𝒏 =
𝒁𝜶/𝟐. 𝝈
𝑬
𝟐
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Tamanho da Amostra
34
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Se a variável escolhida for quantitativa e a população considerada
finita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela fórmula:
𝒏 =
𝒁𝜶/𝟐
𝟐
𝝈𝟐 𝑵
𝑬𝟐 𝑵 − 𝟏 + 𝒁𝜶/𝟐
𝟐
𝝈𝟐
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Tamanho da Amostra
35
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Se a variável escolhida for nominal ou ordinal e a população
considerada infinita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela
fórmula:
𝒏 =
𝒁𝜶/𝟐
𝟐
ෝ
𝒑 ෝ
𝒒
𝑬𝟐
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Tamanho da Amostra
36
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Tamanho da Amostra
37
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Se a variável escolhida for nominal ou ordinal e a população
considerada finita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela
fórmula:
𝒏 =
𝒁𝜶/𝟐
𝟐
ෝ
𝒑 ෝ
𝒒 𝑵
𝑬𝟐 𝑵 − 𝟏 + 𝒁𝜶/𝟐
𝟐
ෝ
𝒑 ෝ
𝒒
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem
Composição da Amostra
38
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Fonseca e Martins (2011) apontam que existem dois métodos para
composição da amostra:
i. Métodos probabilísticos: são usados para garantir que a
selecção da amostra seja aleatória e representativa da
população, permitindo assim que as conclusões obtidas a partir
da análise da amostra possam ser generalizadas para a
população inteira.
ii. Métodos não probabilísticos: são técnicas que não utilizam a
aleatoriedade na seleção da amostra, dependendo em vez disso
de critérios específicos ou da escolha do pesquisador. Eles são
menos confiáveis do que os métodos probabilísticos, pois
podem levar a amostras enviesadas e não representativas da
população.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem - Composição
Métodos Probabilísticos
39
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Amostragem aleatória simples: Cada elemento da população tem a
mesma probabilidade de ser escolhido para a amostra, garantindo
assim que a amostra seja representativa da população.
Amostragem por clusters: a população é dividida em grupos e
alguns desses grupos são selecionados aleatoriamente para compor a
amostra, incluindo todos os indivíduos dentro dos clusters
selecionados.
É frequentemente usado quando a população é grande e dispersa
geograficamente.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem - Composição
Métodos Probabilísticos
40
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Amostragem sistemática: os elementos da população são
selecionados em um padrão sistemático, a partir de um ponto de
partida aleatório.
Exemplo: Se quisermos selecionar uma amostra sistemática de 100
estudantes em uma escola com uma população de 1000 alunos,
poderíamos selecionar aleatoriamente um número entre 1 e 10 para
determinar o ponto de partida, e depois selecionar a cada 10 alunos
subsequentes para compor a amostra.
Esse método é útil quando se tem uma lista ordenada dos
elementos da população e quando se deseja garantir uma amostra
representativa, mas não é tão aleatório quanto a amostragem aleatória
simples.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Amostragem - Composição
Métodos Não Probabilísticos
41
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Amostragem acidental: os elementos são selecionados de forma
casual e sem critério específico.
Por exemplo, selecionar os primeiros clientes que chegam a uma loja
para avaliar a satisfação do cliente com o atendimento e o serviço
prestado.
Amostragem intencional: os elementos são escolhidos de forma
proposital, com base em algum critério específico.
Esse método pode ser útil quando se deseja incluir apenas indivíduos
que possuem certas características ou quando se deseja obter
informações mais profundas sobre uma subpopulação específica.
Um exemplo seria selecionar um grupo de pacientes com uma
condição médica específica para avaliar a eficácia de um novo
tratamento.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Introdução
42
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Introdução
43
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
O campo da Inferência Estatística consiste naqueles métodos usados
para tomar decisões ou tirar conclusões a cerca de uma população.
Esses métodos utilizam a informação contida em uma amostra da
população para tirar conclusões.
População Histograma
Média Populacional
Desvio Padrão
Populacional
Amostra
Média Amostral
Desvio Padrão
Amostral
Figura 1: Relação entre uma população e uma amostra
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Definições
44
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Parâmetro: é a medida usada para descrever uma característica
numérica populacional.
A média (𝝁),a variância (𝝈𝟐) e o coeficiente de correlação (𝝆) são
alguns exemplos de parâmetros populacionais.
Estimação: é o procedimento usado para obter informações sobre os
parâmetros desconhecidos de uma população com base nos dados da
amostra.
Estimador: também denominado estatística de um parâmetro
populacional: é uma característica numérica determinada na
amostra, uma função de seus elementos.
A média amostral (ഥ
𝒙),a variância amostral (𝒔𝟐
) e o coeficiente de
correlação amostral (𝒓)são alguns exemplos de estimadores.
Estimativa: é o valor numérico determinado pelo estimador.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Parâmetros e Estatísticas
45
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
População
(x1, x2, x3,..., xN)
Parâmetros Estatísticas
Proporção 𝜌 =
𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ência
N
ො
𝜌 =
𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ência
n
Média 𝜇 =
1
𝑁
෍
𝑖=1
𝑁
𝑥𝑖 ҧ
𝑥 =
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖
Variância 𝜎2
=
1
𝑁
෍
𝑖=1
𝑁
𝑥𝑖 − 𝜇 2 𝑠2 =
1
𝑛 − 1
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − lj
𝑥 2
Amostra
(X1, X2, ..., Xn)
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
46
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Proposição 1: A média das médias amostrais, ou 𝐸( ҧ
𝑥), é igual à
média 𝜇 populacional.
𝐸 ҧ
𝑥 = 𝐸
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 =
1
𝑛
𝐸 ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 =
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝐸 𝑥𝑖 =
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝜇 =
1
𝑛
𝑛𝜇 = 𝜇
Proposição 2: A variância da média amostral é igual à variância
populacional dividida pelo tamanho da amostra.
VAR ҧ
𝑥 = VAR
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 =
1
𝑛2 VAR ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 =
1
𝑛2 ෍
𝑖=1
𝑛
VAR 𝑥𝑖 =
1
𝑛2 ෍
𝑖=1
𝑛
𝜎2
=
1
𝑛2 𝑛𝜎2
=
𝜎2
𝑛
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
47
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Proposição 3: A para grandes amostras, a proporção amostral se
distribui com média igual à proporção populacional.
𝐸 Ƹ
𝑝 = 𝐸
𝑥
𝑛
=
1
𝑛
𝐸 𝑥 =
1
𝑛
𝑛𝑝 = 𝑝 = 𝜇 ො
𝑝
Proposição 4: A variância da proporção amostral é a variância da
população dividida pelo número de ele1nentos da amostra.
VAR Ƹ
𝑝 = VAR
𝑋
𝑛
=
1
𝑛2
VAR 𝑋 =
1
𝑛2
𝑛𝑝𝑞 =
𝑝𝑞
𝑛
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
48
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝐃𝐞𝐟𝟏: Uma amostra aleatória de 𝑛 elementos de uma população é
representada pelas variáveis aleatórias 𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛, no qual cada 𝑋𝑖,
com 𝑖 = 1, 2, 3, … , 𝑛 representa um elemento da amostra.
Se 𝑋𝑖 e 𝑋𝑗 são independentes e possuem a mesma função de
probabilidade (ou função densidade de probabilidade), para todo 𝑖 ≠ 𝑗,
dizemos que os elementos da amostra são independentes e igualmente
(identicamente) distribuídos (i.i.d).
𝐃𝐞𝐟𝟐: Seja 𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛 uma amostra aleatória i.i.d. de tamanho 𝑛 de
uma população e seja 𝑇 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 uma função real ou vectorial cujo
domínio inclui o espaço amostral de 𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛 . Neste caso,
dizemos que a variável ou vector 𝑌 = 𝑇 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 é chamado de
estatística. A distribuição de probabilidade da estatística 𝑌 é chamada de
distribuição amostral de 𝑌 . Uma estatística associada a algum
parâmetro populacional é também chamada de estimador.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
49
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝐃𝐞𝐟𝟑 : A lei fraca dos grandes números estabelece que, para
quaisquer dois números suficientemente pequenos 𝜖 e 𝛿, com 𝜖 > 0 e
0 < 𝛿 < 1, existe um número inteiro 𝑛 tal que, se uma amostra
aleatória de tamanho 𝑛 ou maior que 𝑛 é obtida de 𝑓, a média
amostral está "próxima" de 𝜇 com probabilidade maior ou igual que
1 − 𝛿.
𝐃𝐞𝐟𝟒 : Teorema Limite Central sob a hipótese de amostragem
aleatória, quando o tamanho da amostra aumenta, a distribuição de
probabilidade da média amostral se aproxima de uma distribuição
normal com média 𝜇 e variância Τ
𝜎2
𝑛, ou seja, se o tamanho
amostral é suficientemente grande, podemos assumir que a média
amostral tem uma distribuição normal. Nada é dito a respeito da
função densidade, basta ter tenha variância finita.
.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
50
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝐃𝐞𝐟𝟓: Princípio da Suficiência estabelece que, uma estatística 𝑇 𝑋
é suficiente para o parâmetro 𝜃 se a distribuição condicional da
amostra 𝑋 dado o valor de 𝑇 𝑋 não depende de 𝜃.
T𝐞𝐨𝐫𝐞𝐦𝐚𝟓 : Se 𝑝 𝑥|𝜃 é a função de probabilidade ou função
densidade de probabilidade de 𝑋 e 𝑞 𝑡|𝜃 é a função de probabilidade
ou função densidade de probabilidade de 𝑇 𝑋 então 𝑇 𝑋 é uma
estatística suficiente para 𝜃 se, para todo 𝑥 no espaço amostral,
Τ
𝑝 𝑥|𝜃 𝑞 𝑇 𝑋 |𝜃 é constante (não depende de 𝜃).
𝐃𝐞𝐟𝟔: O método de estimação por mínimos quadrados consiste em
minimizar o quadrado das diferenças entre os valores observados de
uma amostra e seus respectivos valores esperados.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
51
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝐃𝐞𝐟𝟕: Seja 𝑓 𝑥|𝜃 a função de probabilidade ou função densidade de
probabilidade de uma amostra 𝑋 = 𝑋1, … , 𝑋𝑛 . Então, dado que 𝑋 =
𝑥 é observado, a função verosimilhança de 𝜃 definida por
𝐿 𝜃|𝑥 = 𝑓 𝑥|𝜃
𝐃𝐞𝐟𝟖: Princípio da verosimilhança: Suponha que 𝑥 e 𝑦 sejam dois
pontos amostrais tais que 𝐿 𝜃|𝑥 é proporcional a 𝐿 𝜃|𝑦 , ou seja,
existe uma constante 𝐶 𝑥, 𝑦 tal que
𝐿 𝜃|𝑥 = 𝐶 𝑥, 𝑦 𝐿 𝜃|𝑦 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝜃
então as conclusões obtidas a partir de 𝑥 e 𝑦 devem ser idênticas.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
52
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
O Estimador de Máxima Verosimilhança pode ser encontrado
seguindo os seguintes passos:
i. Encontrar a função de verosimilhança;
ii. Aplicar a função ln ;
iii. Derivar em relação ao parâmetro 𝜃;
iv. Igualar o resultado a zero.
v. Verificar que este estimador é ponto de máximo
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
53
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Seja 𝑋 uma variável aleatória com distribuição Binomial (𝑛; 𝑝). Tomemos uma
amostra aleatória 𝑋1, … , 𝑋𝑛 de 𝑋 . Qual é o estimador de máxima
verosimilhança para 𝑝?
Como 𝑋~Bernoulli(𝑝) , a função de probabilidade de 𝑋 é
𝑓𝑝 𝑥 = 𝑝𝑥
1 − 𝑝 1−𝑥
.
Desta forma, a função de verosimilhança é dada por
𝑳 𝒑; 𝒙𝟏, … , 𝒙𝒏 = 𝑓 𝑥1; 𝑝 × ⋯ × 𝑓 𝑥𝑛; 𝑝
= ෑ
𝒊=𝟏
𝒏
𝒑𝒙𝒊 𝟏 − 𝒑 𝟏−𝒙𝒊 = 𝑝σ𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 1 − 𝑝 σ𝑖=1
𝑛
1−𝑥𝑖
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
54
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Para encontrar o estimador de máxima verosimilhança para 𝑝, devemos
encontrar o valor de 𝑝 para o qual a função de verosimilhança 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 é
máxima. Aplicando a função logaritmo natural (𝑙𝑛) na função de
verosimilhança 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 , temos que
ln 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = ln 𝑝σ𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 1 − 𝑝 σ𝑖=1
𝑛
1−𝑥𝑖 = ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 ln 𝑝 + ෍
𝑖=1
𝑛
1 − 𝑥𝑖 ln 1 − 𝑝
e, derivando em relação a 𝑝, segue que
𝑑 ln 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛
𝑑𝑝
=
1 − 𝑝 σ𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝑝 σ𝑖=1
𝑛
1 − 𝑥𝑖
𝑝 1 − 𝑝
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
55
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Igualando o resultado a zero, obtemos que
1 − Ƹ
𝑝 σ𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − Ƹ
𝑝 σ𝑖=1
𝑛
1 − 𝑥𝑖
Ƹ
𝑝 1 − Ƹ
𝑝
=⟺ Ƹ
𝑝 =
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 = 𝑥.
É fácil verificar, utilizando o teste da segunda derivada que Ƹ
𝑝 =
1
𝑛
𝑋 é realmente
um estimador de máxima verosimilhança para 𝑝.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
56
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Seja 𝑋 uma variável aleatória com distribuição Normal com mádia 𝜇
e variância 𝜎2
. Tomemos uma amostra aleatória independente e
igualmente distribuída 𝑋1, … , 𝑋𝑛 de 𝑋. Qual o estimador de máxima
verosimilhança para 𝜃 = 𝜇, 𝜎2
?
Como 𝑋~𝑁 𝜇, 𝜎2 , a função densidade de 𝑋 é
𝑓𝜇,𝜎2 𝑥 =
1
2𝜋𝜎2
𝑒𝑥𝑝 −
1
2
𝑥 − 𝜇
𝜎
2
, −∞ < 𝑥 < ∞
Assim, a função de verosimilhança é dada por
𝐿 𝜇, 𝜎2
; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = ෑ
𝑖=1
𝑛
1
2𝜋𝜎2
𝑒𝑥𝑝 −
1
2
𝑥𝑖 − 𝜇
𝜎
2
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
57
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Ou seja,
𝐿 𝜇, 𝜎2
; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = 2𝜋 − Τ
𝑛 2
𝜎2 − Τ
𝑛 2
𝑒𝑥𝑝 −
1
2
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝜇
𝜎
2
Para encontrar o estimador de máxima verosimilhança para 𝜃 =
𝜇, 𝜎2
devemos encontrar os valores de 𝜇 e 𝜎2
para os quais a
função de verosimilhança, 𝐿 𝜇, 𝜎2
; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 , é máxima.
Para isso primeiramente aplicaremos a função 𝑙𝑛,
ln 𝐿 𝜇, 𝜎2
; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = ln 2𝜋 − Τ
𝑛 2
𝜎2 − Τ
𝑛 2
𝑒𝑥𝑝 −
1
2
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝜇
𝜎
2
= −
𝑛
2
ln 2𝜋 −
𝑛
2
ln 𝜎2 −
1
2
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝜇
𝜎
2
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
58
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Agora vamos derivar em relação a 𝜇:
𝜕 ln 𝐿 𝜇, 𝜎2; 𝑥1, … , 𝑥𝑛
𝜕μ
= −
2
2𝜎2
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝜇 −1 = ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝜇
𝜎2
Igualando o resultado a zero obtemos:
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − ො
𝜇
𝜎2
= 0 ⟺
1
𝜎2
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − ො
𝜇 = 0 ⟺ ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − ො
𝜇 = 0
⟺ ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝑛 ො
𝜇 = 0 ⟺ 𝑛 ො
𝜇 = ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 ⟺ ො
𝜇 = 𝑥
E então, o possível estimador de máxima verosimilhança da média
populacional 𝜇 é 𝑋.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Distribuição Amostral
59
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Basta avaliar agora se realmente 𝑥 é ponto de máximo. Para isto,
𝜕2 ln 𝐿 𝜇, 𝜎2; 𝑥1, … , 𝑥𝑛
𝜕μ2
=
𝜕2
𝜕μ2
1
𝜎2
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 − 𝜇 = −
𝑛
𝜎2
< 0
Assim, concluímos que 𝑥 é realmente um ponto de máximo e,
portanto, o estimador de máxima verosimilhança para 𝜇 é ො
𝜇 = 𝑋.
𝐃𝐞𝐟𝟗: Um estimador 𝑇 = 𝑇 𝑋1, 𝑋2 … , 𝑋𝑛 é dito não viciado (não
enviesado) para algum parâmetro populacional 𝜃 se
𝐸 𝑇 = 𝜃
para todo 𝜃.
Sempre que um estimador torna-se cada vez mais próximo do
parâmetro, dizemos que o estimador é consistente.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Pontual
Tipos de Estimação
60
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Existem dois tipos fundamentais de estimação de um parâmetro
populacional: por ponto e por intervalo.
Estimação pontual
Quando utilizamos dados amostrais calcula-se um valor da estimativa
do parâmetro populacional e com isso tem-se uma estimativa por
ponto do parâmetro analisado.
Estimativa pontual é a estimativa de um único valor para um
parâmetro populacional.
Assim, a estatística amostral 𝑥, média da amostra, pode ser usada
como um estimador do parâmetro 𝜇, média da população.
Exemplo: Amostra aleatória de 200 alunos de uma universidade de
20.000 estudantes revelou uma média amostral de 5,2.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Estimação de Intervalar
61
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Quando, a partir da amostra procura-se construir um intervalo de
variação, de modo que esse intervalo tem uma probabilidade
conhecida de conter o verdadeiro parâmetro populacional.
Na estimação por intervalos, em vez de se indicar um valor concreto
para certo parâmetro da população, e, constrói-se um intervalo que,
com certo grau de certeza, previamente estipulado, o contenha.
Ao estimar um parâmetro populacional através de uma amostra,
evidentemente estamos cometendo um erro. Portanto, a deficiência da
estimação pontual reside no fato de que, neste procedimento,
desconhecemos a medida do possível erro cometido na estimação.
Desta limitação surge a idéia da estimação por intervalo.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação
Estimação de Intervalar
62
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Os intervalos de confiança são usados para indicar a fiabilidade de
uma estimativa.
Pode-se interpretar o intervalo de confiança como um intervalo que
contém os valores "plausíveis" que o parâmetro 𝜃 pode assumir.
Assim, a amplitude do intervalo está associada a incerteza que temos
a respeito do parâmetro.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Definições
63
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Grau de Confiança: também conhecido como nível de confiança ou
coeficiente de confiança: É a probabilidade 1 − 𝛼 do intervalo de
confiança conter o verdadeiro valor do parâmetro populacional.
Grau de Significância: também conhecido como nível de
significância ou alpha: É um limite que determina se o resultado de
um estudo pode ser considerado estatisticamente significativo depois
de se realizarem os teste estatísticos planeados.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝝈𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐
64
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 = 𝒙 − 𝒛𝜶
𝟐
×
𝝈
𝒏
; 𝒙 + 𝒛𝜶
𝟐
×
𝝈
𝒏
Exercício 1: Seja 𝑋 uma população com distribuição normal de média
𝜇 e desvio padrão igual a 2. Uma amostra aleatória de dimensão 𝑛 =
25 foi extraída desta população e revelou uma média 𝑥 = 78.3.
Calcule o intervalo de confiança para μ a 99%.
Sabendo que 𝜎 = 2; 𝑛 = 25; 𝑥 = 78,3; 1 − 𝛼 = 0,99 ⟹ 𝛼 =
0,01 ⟹
𝛼
2
= 0,005 ∧ 𝑧𝛼
2
= 𝑧0,005 = 2,57
𝑰𝑪 = 𝒙 − 𝒛𝜶
𝟐
×
𝝈
𝒏
; 𝒙 + 𝒛𝜶
𝟐
×
𝝈
𝒏
= 𝟕𝟖, 𝟑 − 𝟐, 𝟓𝟕 ×
𝟐
𝟐𝟓
; 𝟕𝟖, 𝟑 + 𝟐, 𝟓𝟕 ×
𝟐
𝟐𝟓
𝑰𝑪 𝝁, 𝟗𝟗% = 𝟕𝟕, 𝟐𝟕𝟐; 𝟕𝟗, 𝟑𝟐𝟖
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝝈𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐
65
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Exercício 2: Considere uma v.a. normal de variância igual a 4.
Recolheu-se a seguinte amostra: 3, 7, 9, 10, 11, 12, 12, 14
Determine um intervalo de confiança a 90% para a média.
Sabendo que 𝜎2
= 4; 𝑛 = 8;
𝑥 =
3 + 7 + 9 + 10 + 11 + 12 + 12 + 14
8
= 9,75;
1 − 𝛼 = 0,90 ⟹ 𝛼 = 0,1 ⟹
𝛼
2
= 0,05 ∧ 𝑧𝛼
2
= 𝑧0,05 = 1,65
𝐼𝐶 = 𝑥 − 𝑧𝛼
2
×
𝜎
𝑛
; 𝑥 + 𝑧𝛼
2
×
𝜎
𝑛
= 9,75 − 1,65 ×
2
8
; 9,75 + 1,65 ×
2
8
𝑰𝑪 𝝁, 𝟗𝟎% = 𝟖, 𝟓𝟖𝟑; 𝟏𝟎, 𝟗𝟏𝟕
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐
66
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Caso 1: Tamanho da Amostra 𝒏 > 𝟑𝟎
𝑛 = 100 𝑍𝛼
2
= 1,96 ҧ
𝑥 =
σ𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖
𝑛
= 28,35 𝑠𝑥 = 𝑣𝑎𝑟 𝑥 = 7,04
𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 : ഥ
𝒙 − 𝒁𝜶
𝟐
∗
𝒔𝒙
𝒏
≤ 𝝁 ≤ ഥ
𝒙 + 𝒁𝜶
𝟐
∗
𝒔𝒙
𝒏
𝐼𝐶 𝜇, 0,95 = 28,35 − 1,96 ∗
7,04
100
; 28,35 + 1,96 ∗
7,04
100
𝐼𝐶 𝜇, 0,95 = 26,97 ; 29,73
A média da idade dos utentes que frequentam a ASAG encontram-se, a
um nível de confiança de 95%, entre 26,97 e 29,73 anos de idade.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐
67
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Caso 2: Tamanho da Amostra 𝒏 ≤ 𝟑𝟎 – t-Studant
𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 = 𝒙 − 𝒕𝜶
𝟐
;𝒏−𝟏
×
𝒔𝒙
𝒏
; 𝒙 + 𝒕𝜶
𝟐
;𝒏−𝟏
×
𝒔𝒙
𝒏
Numa fábrica de automóveis existe uma secção destinada à produção
de determinado tipo de peças, cujo comprimento deverá ser
aproximadamente de 2.5 cm. A secção de controlo de qualidade da
referida fábrica afirma que as peças apresentam comprimentos
superiores aos exigidos.
Com o objectivo de avaliar a veracidade da afirmação proferida pela
secção de controlo de qualidade, seleccionou-se ao acaso uma
amostra de 26 peças na produção de um dia, tendo sido obtidos os
resultados seguintes: σ𝑖=1
26
𝑥𝑖 = 78; σ𝑖=1
26
𝑥𝑖 − 𝑥 2
= 13.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐
68
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Caso 2: Tamanho da Amostra 𝒏 ≤ 𝟑𝟎 – t-Studant
Admitindo a normalidade da população subjacente aos dados:
Construa um intervalo de confiança a 95% para o comprimento médio
das peças.
𝑥 =
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖 =
1
26
෍
𝑖=1
26
𝑥𝑖 =
78
26
= 3; 𝑠2 =
1
𝑛 − 1
෍
𝑖=1
26
𝑥𝑖 − 𝑥 2 =
13
25
= 0,52
𝐼𝐶 = 𝑥 − 𝑡𝛼
2;𝑛−1
×
𝑠𝑥
𝑛
; 𝑥 + 𝑡𝛼
2;𝑛−1
×
𝑠𝑥
𝑛
𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 = 3 − 2,060 ×
0,72111
26
; 3 + 2,060 ×
0,72111
26
= 𝟐, 𝟕𝟎𝟗; 𝟑, 𝟐𝟗
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝑬𝒙𝒆𝒓𝒄í𝒄𝒊𝒐𝒔
69
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
1) Um fabricante produz resistores que segue uma distribuição normal
com desvio padrão de 8Ω. A resistência média de uma amostra
aleatória de 20 resistores foi medida como sendo de 80 Ω. Calcule o
intervalo de confiança, com um nível de confiança de 95,0%, para a
média da população de resistores produzidos.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝑬𝒙𝒆𝒓𝒄í𝒄𝒊𝒐𝒔
70
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
2) Para avaliar a qualidade dos rolamentos produzidos, um engenheiro
recolheu uma amostra aleatória de 12 esferas da produção diária.
Usando um paquímetro ele obteve as seguintes medições para as
esferas. Calcule o intervalo de confiança para a média das esferas
produzidas com 95% de confiança.
8,2 ; 8,3 ; 8,4 ; 8,2 ; 8,2 ; 8,4 ; 8,3 ; 8,2 ; 8,4 ; 8,4 ; 8,2 ; 8,4
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Média - 𝑬𝒙𝒆𝒓𝒄í𝒄𝒊𝒐𝒔
71
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
3) Um fabricante produz resistores com desvio padrão 12Ω e
distribuição normal. A resistência média de uma amostra aleatória de
𝑛 = 25 foi 98,0Ω. Calcule o intervalo de confiança para a média da
população de resistores produzidos. Use o nível de confiança 95,0%.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
72
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Agora, queremos construir um intervalo de confiança para a
proporção populacional 𝒑.
Lembrando que a estimativa pontual de 𝒑 é dada pela proporção de
sucessos numa amostra e é denotada por ො
𝑝 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜𝑠
𝑛
.
Antes de construir um intervalo para a proporção, devemos verificar
se a distribuição de amostragem de ො
𝑝 pode ser aproximada pela
distribuição Normal. Isso ocorrerá se forem satisfeitas as condições:
𝑖 𝒏ෝ
𝒑 ≥ 𝟓; 𝑖𝑖 𝒏ෝ
𝒒 ≥ 𝟓
Se essas duas condições ocorrerem, podemos construir o intervalo de
confiança para a proporção, que utilizará, para a determinação do
valor crítico, a tabela da Normal:
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
73
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Populações infinitas:
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑 − 𝒛𝒄
ෝ
𝒑 𝟏 − ෝ
𝒑
𝒏
; ෝ
𝒑 + 𝒛𝒄
ෝ
𝒑 𝟏 − ෝ
𝒑
𝒏
Populações finitas:
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑 − 𝒛𝒄
ෝ
𝒑 𝟏 − ෝ
𝒑
𝒏
𝑵 − 𝒏
𝑵 − 𝟏
; ෝ
𝒑 + 𝒛𝒄
ෝ
𝒑 𝟏 − ෝ
𝒑
𝒏
𝑵 − 𝒏
𝑵 − 𝟏
Uma população é considerada finita quando:
𝑛
𝑁
> 0,05
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
74
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Quando não possuímos uma estimativa prévia do valor de ෝ
𝒑,
utilizamos uma abordagem conservativa para o cálculo do intervalo
de confiança, baseada no facto de que a expressão 𝑝(1– 𝑝) possui
valor máximo igual a ¼ quando 0 ≤ 𝑝 ≤ 1.
Populações infinitas:
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑 − 𝒛𝒄
𝟏
𝟒𝒏
; ෝ
𝒑 + 𝒛𝒄
𝟏
𝟒𝒏
Populações finitas:
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑 − 𝒛𝒄
𝟏
𝟒𝒏
𝑵 − 𝒏
𝑵 − 𝟏
; ෝ
𝒑 + 𝒛𝒄
𝟏
𝟒𝒏
𝑵 − 𝒏
𝑵 − 𝟏
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
75
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Uma outra maneira de obtermos um intervalo de confiança para proporção é
através da aproximação normal com correcção de continuidade. Considerando o
processo anterior, a única diferença é que aqui não consideraremos
simplesmente a proporção amostral ෝ
𝒑, mas sim uma correcção dela, dada por:
ෝ
𝒑𝒄 =
ෝ
𝒑 +
1
2𝑛
𝑠𝑒 Ƹ
𝑝 < 0,5
ෝ
𝒑 −
1
2𝑛
𝑠𝑒 Ƹ
𝑝 > 0,5
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑𝒄 − 𝒛𝒄
ෝ
𝒑𝒄 𝟏 − ෝ
𝒑𝒄
𝒏
; ෝ
𝒑𝒄 + 𝒛𝒄
ෝ
𝒑𝒄 𝟏 − ෝ
𝒑𝒄
𝒏
O factor de continuidade é utilizado para melhorar a aproximação de uma
variável aleatória discreta Ƹ
𝑝 pela distribuição normal que é contínua.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
76
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Pretende-se estimar a proporção de cura, através do uso de um certo
medicamento em doentes contaminados com certa doença. Uma
experiência consistiu em aplicar o medicamento a 200 pacientes,
escolhidos ao acaso, e observar que 160 deles foram curados. O que
podemos dizer da proporção da população em geral para um nível de
confiança de 95%?
Inicialmente, vamos calcular a proporção amostral: ො
𝑝 =
160
200
= 0,8
𝐼𝐶 = ො
𝑝 ± 𝑧𝑐
ො
𝑝 1 − ො
𝑝
𝑛
= 0,8 ± 1,96
0,8 1 − 0,8
200
= 0,8 ± 0,055
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟕𝟒𝟓; 𝟎, 𝟖𝟓𝟓
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
77
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Numa amostra aleatória de tamanho 𝑛 = 700 foram encontrados 68
elementos defeituosos. Encontrar um intervalo de confiança de nível
95% para a proporção 𝑝 de elementos defeituosos.
Temos que ො
𝑝 =
68
700
= 0,0971. Para 𝛼 = 0,05, temos pela tabela da
distribuição normal que 𝑍0,025 = 1,96. Então o intervalo de confiança
é dado por
𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = Ƹ
𝑝 − 𝑍𝛼
2
Ƹ
𝑝 1 − Ƹ
𝑝
𝑛
, Ƹ
𝑝 − 𝑍𝛼
2
Ƹ
𝑝 1 − Ƹ
𝑝
𝑛
𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 0,0971 − 1,96
0,0971 1 − 0,0971
700
, 0,0971 + 1,96
0,0971 1 − 0,0971
700
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟓𝟐; 𝟎, 𝟏𝟏𝟗 .
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Proporção
78
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Numa amostra aleatória de tamanho 𝑛 = 700 foram encontrados 68
elementos defeituosos. Encontrar um intervalo de confiança de nível
95% para a proporção 𝑝 de elementos defeituosos.
Temos que Ƹ
𝑝 =
68
700
= 0,0971. Assim, Ƹ
𝑝 < 0,5. Entãoෝ
𝒑𝒄 = 0,0971 +
1
2×700
= 0,0978. Para 𝛼 = 0,05, temos pela tabela da distribuição
normal que 𝑍0,025 = 1,96. Então o intervalo de confiança é dado por
𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑𝒄 − 𝒛𝒄
ෝ
𝒑𝒄 𝟏 − ෝ
𝒑𝒄
𝒏
; ෝ
𝒑𝒄 + 𝒛𝒄
ෝ
𝒑𝒄 𝟏 − ෝ
𝒑𝒄
𝒏
𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 0,0978 − 1,96
0,0978 1 − 0,0978
700
, 0,0978 − 𝑍𝛼
2
0,0978 1 − 0,0978
700
𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟓𝟕𝟗; 𝟎, 𝟏𝟏𝟗𝟖
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Taxa
79
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Consideremos uma amostra aleatória 𝑋1, … , 𝑋𝑛 de uma população com
distribuição de Poisson com parâmetro 𝜆, isto é,
𝑋1, … , 𝑋𝑛~𝑃𝑜𝑖𝑠𝑠𝑜𝑛 𝜆 .
Sabemos que መ
𝜆 =
1
𝑛
σ𝑖=1
𝑛
𝑋𝑖 é um estimador da máxima verosimilhança
para 𝜆. Utilizando o teorema limite central, temos
መ
𝜆 =
1
𝑛
෍
𝑖=1
𝑛
𝑋𝑖 ~𝑁 𝜆,
𝜆
𝑛
⟹ 𝑍 =
መ
𝜆 − 𝜆
መ
𝜆
𝑛
~𝑁0, 1.
Analogamente aos casos anteriores obtemos um intervalo com de
confiança para a taxa:
𝑰𝑪 𝝀, 𝟏 − 𝜶 = ෠
𝝀 − 𝒁𝜶
𝟐
෠
𝝀
𝒏
; ෠
𝝀 + 𝒁𝜶
𝟐
෠
𝝀
𝒏
.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Taxa
80
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Num processo de uma fábrica, 72 peças foram escolhidas de forma aleatória
e o número de defeitos encontrado em cada peça se encontra na tabela
abaixo. Construa um intervalo de confiança, com 𝛼 = 0,05, para a taxa de
defeitos nas peças.
Temos que መ
𝜆 =
1
72
σ𝑖=1
𝑛
𝑋𝑖 = 0,64. Para 𝛼 = 0,05, temos pela tabela da
distribuição normal que 𝑍0
,
025
= 1,96. Então, o intervalo de confiança é dado
por
𝐼𝐶 𝜆, 1 − 𝛼 = 0,64 − 1,96
0,64
72
; 0,64 − 1,96
0,64
72
= 0,455; 0,825 .
0 0 1 0 2 0 0 0 0 1 0 0
0 0 1 0 3 1 0 2 0 1 2 1
1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 5 1
0 0 2 0 0 1 0 3 0 0 0 2
0 2 1 0 0 1 0 0 0 0 2 1
0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Variância & Desvio Padrão
81
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Para construirmos intervalos de confiança para a variância e desvio
padrão, devemos lembrar que a estimativa pontual para 𝜎2 é 𝑠2 e que
a estimativa pontual para 𝜎 é 𝑠.
Além disso, devemos trabalhar com uma outra distribuição que não a
Normal nem a t-Student: usamos a Qui-quadrado.
Intervalo de confiança para a Variância:
𝑰𝑪 𝝈𝟐, 𝟏 − 𝜶 =
𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐
𝝌𝒔𝒖𝒑
𝟐
;
𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐
𝝌𝒊𝒏𝒇
𝟐
Intervalo de confiança para o Desvio-padrão:
𝑰𝑪 𝝈, 𝟏 − 𝜶 =
𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐
𝝌𝒔𝒖𝒑
𝟐
;
𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐
𝝌𝒊𝒏𝒇
𝟐
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Variância & Desvio Padrão
82
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Vamos encontrar os valores críticos 𝝌𝒊𝒏𝒇
𝟐
e 𝝌𝒔𝒖𝒑
𝟐 para um intervalo de
confiança de 90%, quando o tamanho da amostra for igual a 20.
Os graus de liberdade são: 𝒈. 𝒍. = 𝒏 – 𝟏 = 20 – 1 = 19.
Para um intervalo de 90%, teremos uma área de 5% à esquerda de
𝜒𝑖𝑛𝑓
2
e de 5% à direita de 𝜒𝑠𝑢𝑝
2 .
Mas, para utilizarmos a tabela,
devemos pensar em valores à direita
e, portanto, temos de 95% à
esquerda de 𝝌𝒔𝒖𝒑
𝟐
e 5% à esquerda
de 𝝌𝒊𝒏𝒇
𝟐
.
Ou seja, 𝝌𝒔𝒖𝒑
𝟐
= 𝝌𝟏−
𝜶
𝟐
𝟐
e 𝝌𝒊𝒏𝒇
𝟐
= 𝝌𝜶
𝟐
𝟐
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Variância & Desvio Padrão
83
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Um farmacêutico selecciona aleatoriamente 30 amostras de um
antialérgico e as pesa. O desvio padrão da amostra é 1,20 miligramas.
Supondo que os pesos são normalmente distribuídos, construa um
intervalo de confiança de 99% para a variância e o desvio padrão da
população.
Para 𝑔. 𝑙. = 𝑛 − 1 = 30 − 1 = 29, os valores obtidos na tabela são:
𝜒𝑖𝑛𝑓
2
= 13,121; 𝜒𝑠𝑢𝑝
2
= 52,336
O intervalo de confiança para a variância é:
𝐼𝐶 =
𝑛 − 1 𝑠2
𝜒𝑠𝑢𝑝
2 ;
𝑛 − 1 𝑠2
𝜒𝑖𝑛𝑓
2 =
30 − 1 1,20 2
52,336
;
30 − 1 1,20 2
13,121
𝑰𝑪 𝝈𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟖𝟎; 𝟑, 𝟏𝟖
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Variância & Desvio Padrão
84
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Um farmacêutico selecciona aleatoriamente 30 amostras de um
antialérgico e as pesa. O desvio padrão da amostra é 1,20 miligramas.
Supondo que os pesos são normalmente distribuídos, construa um
intervalo de confiança de 99% para a variância e o desvio padrão da
população.
Intervalo de confiança para o desvio−padrão:
𝑰𝑪 𝝈, 𝟏 − 𝜶 =
30 − 1 1,20 2
52,336
;
30 − 1 1,20 2
13,121
= 𝟎, 𝟖𝟗; 𝟏, 𝟕𝟖
Assim, podemos dizer: com 99% de confiança a variância
populacional está entre 0,80 e 3,18 miligramas2, enquanto que o
desvio padrão fica entre 0,89 e 1,78 miligramas.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Razão entre duas Variâncias
85
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Se retiramos uma amostra aleatória 𝑋1, 𝑋2 … , 𝑋𝑛1
da população 1, com
distribuição 𝑁 𝜇1, 𝜎1
2
, e uma amostra 𝑌1, 𝑌2 … , 𝑌𝑛2
da população 2,
com distribuição 𝑁 𝜇2, 𝜎2
2
, para construir um intervalo de confiança
para a razão entre duas variâncias de populações normais
independentes, recorre-se a expressão 𝐹 definida por
𝐹 =
𝑠1
2
𝜎2
2
𝑠2
2
𝜎1
2
tem distribuição 𝐹 de Snedecor com 𝑛1 − 1 graus de liberdade no
numerador e 𝑛2 − 1 graus de liberdade no denominador e denotamos
por 𝐹 𝑛1−1; 𝑛2−1 .
𝑰𝑪
𝝈𝟏
𝟐
𝝈𝟐
𝟐
, 𝟏 − 𝜶 = 𝑭 𝜶
𝟐
𝒔𝟏
𝟐
𝒔𝟐
𝟐
; 𝑭𝟏−
𝜶
𝟐
𝒔𝟏
𝟐
𝒔𝟐
𝟐
.
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Razão entre duas Variâncias
86
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Observe que 𝑭 𝟏−
𝜶
𝟐
; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏
e 𝑭 𝜶
𝟐
; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏
=
𝟏
𝑭
𝟏−
𝜶
𝟐
; 𝒏𝟐−𝟏; 𝒏𝟏−𝟏
𝑭 𝟏−
𝜶
𝟐
; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏
= 𝑭 𝟎,𝟗𝟓;𝟖;𝟏𝟎 = 𝟑, 𝟎𝟕 𝑭 𝜶
𝟐
; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏
=
𝟏
𝑭 𝟎,𝟗𝟓;𝟏𝟎;𝟖
=
𝟏
𝟑, 𝟑𝟓
= 𝟎, 𝟐𝟗𝟖𝟓
𝑰𝑪
𝝈𝟏
𝟐
𝝈𝟐
𝟐 , 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟐𝟗𝟖𝟓 ∗
𝟕, 𝟏𝟒
𝟑, 𝟐𝟏
; 𝟑, 𝟎𝟕 ∗
𝟕, 𝟏𝟒
𝟑, 𝟐𝟏
= 𝟎, 𝟔𝟔𝟒; 𝟔, 𝟖𝟐𝟗
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Diferença de Médias
87
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Caso 1: 𝝈𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐
𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝑿 − 𝒀 − 𝒁𝜶
𝟐
𝝈𝟏
𝟐
𝒏𝟏
+
𝝈𝟐
𝟐
𝒏𝟐
; 𝑿 − 𝒀 + 𝒁𝜶
𝟐
𝝈𝟏
𝟐
𝒏𝟏
+
𝝈𝟐
𝟐
𝒏𝟐
Caso 2: 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 + 𝐈𝐠𝐮𝐚𝐢𝐬
𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝑿 − 𝒀 − 𝒕 Τ
𝜶 𝟐 𝒔𝒑
𝟏
𝒏𝟏
+
𝟏
𝒏𝟐
; 𝑿 − 𝒀 + 𝒕 Τ
𝜶 𝟐 𝒔𝒑
𝟏
𝒏𝟏
+
𝟏
𝒏𝟐
𝑇 =
𝑋 − 𝑌 − 𝜇1 − 𝜇2
𝑠𝑝
1
𝑛1
+
1
𝑛2
~𝑡𝑛1+𝑛2−2 𝑠𝑝 =
𝑛1 − 1 𝑠1
2
+ 𝑛2 − 1 𝑠2
2
𝑛1 + 𝑛2 − 2
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Diferença de Médias
88
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Caso 3: 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 + 𝐃𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬
𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝑿 − 𝒀 − 𝒕 𝒗, Τ
𝜶 𝟐
𝒔𝟏
𝟐
𝒏𝟏
+
𝒔𝟐
𝟐
𝒏𝟐
; 𝑿 − 𝒀 + 𝒕 𝒗, Τ
𝜶 𝟐
𝒔𝟏
𝟐
𝒏𝟏
+
𝒔𝟐
𝟐
𝒏𝟐
𝑇 =
𝑋 − 𝑌 − 𝜇1 − 𝜇2
𝑠1
2
𝑛1
+
𝑠2
2
𝑛2
~𝑡𝑛1+𝑛2−2 𝜈 =
𝑠1
2
𝑛1
+
𝑠2
2
𝑛2
2
𝑠1
2
𝑛1
2
𝑛1 − 1
+
𝑠2
2
𝑛2
2
𝑛2 − 1
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Diferença de Médias
89
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Os dados a seguir correspondem a teores de um elemento indicador da
qualidade de um certo produto. Foram recolhidas 2 amostras referente a
2 métodos de produção. Construa um intervalo de confiança para a
diferença das médias dos dois métodos.
A média referente ao método 1 é 𝑥1 = 3,63 e do método 2 é 𝑥2 = 3,96.
Calculando as variâncias amostrais, obtemos
𝑠1
2
= ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥1𝑖 − 𝑥1
2
9
= 8,29 𝑠2
2
= ෍
𝑖=1
𝑛
𝑥2𝑖 − 𝑥2
2
9
= 2,53
em que 𝑥1𝑖 são os teores referentes ao método 1 e 𝑥2𝑖 ao método 2, 𝑖 =
1, 2, … , 10. Os graus de liberdade são dados por
Método 1 0,9 2,5 9,2 3,2 3,7 1,3 1,2 2,4 3,6 8,3
Método 2 5,3 6,3 5,5 3,6 4,1 2,7 2 1,5 5,1 3,5
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Diferença de Médias
90
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝜈 =
8,29
10
+
2,53
10
2
8,29
10
2
9
+
2,53
10
2
9
= 14,028
Assim, da Tabela da distribuição 𝑡 de Student obtemos que 𝑡14,;0,025 =
2,145 e então temos que
𝐼𝐶 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶
= 3,63 − 3,96 − 2,145
8,29
10
+
2,53
10
; 3,63 − 3,96 + 2,145
8,29
10
+
2,53
10
𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝟐, 𝟓𝟔; 𝟏, 𝟗𝟎
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Diferença de Proporções
91
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
𝑰𝑪 𝝆𝟏 − 𝝆𝟐, 𝟏 − 𝜶 = ෝ
𝒑𝟏 − ෝ
𝒑𝟐 ± 𝒛𝒄
ෝ
𝒑𝟏 𝟏 − ෝ
𝒑𝟏
𝒏𝟏
+
ෝ
𝒑𝟐 𝟏 − ෝ
𝒑𝟐
𝒏𝟐
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA:
Teoria da Estimação - Intervalar
Diferença de Proporções
92
Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
Wadiley Sousa do Nascimento
Pós-Graduado em Estatística, Matemática e Computação – Ramo
Estatística Computacional
Mobile: +239 980 10 45 / 906 02 00 | Email: wadmiguel547@yahoo.com
OBRIGADO

Mais conteúdo relacionado

Mais de Wadiley Nascimento

Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023
Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023
Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023Wadiley Nascimento
 
Aula - Distribuição Normal.pdf
Aula - Distribuição Normal.pdfAula - Distribuição Normal.pdf
Aula - Distribuição Normal.pdfWadiley Nascimento
 
Resumo - Métodos Quantitativos I.pdf
Resumo - Métodos Quantitativos I.pdfResumo - Métodos Quantitativos I.pdf
Resumo - Métodos Quantitativos I.pdfWadiley Nascimento
 
Resumo - Série Geométrica.pdf
Resumo - Série Geométrica.pdfResumo - Série Geométrica.pdf
Resumo - Série Geométrica.pdfWadiley Nascimento
 
Resumo - Progressão Geométrica.pdf
Resumo - Progressão Geométrica.pdfResumo - Progressão Geométrica.pdf
Resumo - Progressão Geométrica.pdfWadiley Nascimento
 
Resumo - Progressão Aritmética.pdf
Resumo - Progressão Aritmética.pdfResumo - Progressão Aritmética.pdf
Resumo - Progressão Aritmética.pdfWadiley Nascimento
 
Estatística II para Economia e Getão
Estatística II para Economia e GetãoEstatística II para Economia e Getão
Estatística II para Economia e GetãoWadiley Nascimento
 
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesExercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesWadiley Nascimento
 
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesExercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesWadiley Nascimento
 
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesExercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesWadiley Nascimento
 
Aula 02 - Primitivas Imediatas
Aula 02  - Primitivas ImediatasAula 02  - Primitivas Imediatas
Aula 02 - Primitivas ImediatasWadiley Nascimento
 
Teste de Cálculo Financeiro - Resolvido
Teste de Cálculo Financeiro - ResolvidoTeste de Cálculo Financeiro - Resolvido
Teste de Cálculo Financeiro - ResolvidoWadiley Nascimento
 
Exame Nacional de Matemática 9ª Classe
Exame Nacional de Matemática 9ª ClasseExame Nacional de Matemática 9ª Classe
Exame Nacional de Matemática 9ª ClasseWadiley Nascimento
 
Tecnicas de comunicação perante comportamentos de Ansiedade
Tecnicas de comunicação perante comportamentos de AnsiedadeTecnicas de comunicação perante comportamentos de Ansiedade
Tecnicas de comunicação perante comportamentos de AnsiedadeWadiley Nascimento
 
Plano de Projecto de Investimento
Plano de Projecto de InvestimentoPlano de Projecto de Investimento
Plano de Projecto de InvestimentoWadiley Nascimento
 
Informação, Educação e Comunicação
Informação, Educação e ComunicaçãoInformação, Educação e Comunicação
Informação, Educação e ComunicaçãoWadiley Nascimento
 

Mais de Wadiley Nascimento (20)

Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023
Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023
Teste de Métodos Quantitativos I - 09-11-2023
 
Aula - Amostragem.pdf
Aula - Amostragem.pdfAula - Amostragem.pdf
Aula - Amostragem.pdf
 
Aula - Distribuição Normal.pdf
Aula - Distribuição Normal.pdfAula - Distribuição Normal.pdf
Aula - Distribuição Normal.pdf
 
Resumo - Métodos Quantitativos I.pdf
Resumo - Métodos Quantitativos I.pdfResumo - Métodos Quantitativos I.pdf
Resumo - Métodos Quantitativos I.pdf
 
Resumo - Série Geométrica.pdf
Resumo - Série Geométrica.pdfResumo - Série Geométrica.pdf
Resumo - Série Geométrica.pdf
 
Resumo - Progressão Geométrica.pdf
Resumo - Progressão Geométrica.pdfResumo - Progressão Geométrica.pdf
Resumo - Progressão Geométrica.pdf
 
Resumo - Progressão Aritmética.pdf
Resumo - Progressão Aritmética.pdfResumo - Progressão Aritmética.pdf
Resumo - Progressão Aritmética.pdf
 
Estatística II para Economia e Getão
Estatística II para Economia e GetãoEstatística II para Economia e Getão
Estatística II para Economia e Getão
 
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesExercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
 
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesExercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
 
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre MatrizesExercícios Resolvidos sobre Matrizes
Exercícios Resolvidos sobre Matrizes
 
Aula 02 - Primitivas Imediatas
Aula 02  - Primitivas ImediatasAula 02  - Primitivas Imediatas
Aula 02 - Primitivas Imediatas
 
Teste de Cálculo Financeiro - Resolvido
Teste de Cálculo Financeiro - ResolvidoTeste de Cálculo Financeiro - Resolvido
Teste de Cálculo Financeiro - Resolvido
 
Exame Nacional de Matemática 9ª Classe
Exame Nacional de Matemática 9ª ClasseExame Nacional de Matemática 9ª Classe
Exame Nacional de Matemática 9ª Classe
 
Problema de Transporte
Problema de TransporteProblema de Transporte
Problema de Transporte
 
Tecnicas de comunicação perante comportamentos de Ansiedade
Tecnicas de comunicação perante comportamentos de AnsiedadeTecnicas de comunicação perante comportamentos de Ansiedade
Tecnicas de comunicação perante comportamentos de Ansiedade
 
Atendimento Presencial
Atendimento PresencialAtendimento Presencial
Atendimento Presencial
 
Comunicação Organizacional
Comunicação OrganizacionalComunicação Organizacional
Comunicação Organizacional
 
Plano de Projecto de Investimento
Plano de Projecto de InvestimentoPlano de Projecto de Investimento
Plano de Projecto de Investimento
 
Informação, Educação e Comunicação
Informação, Educação e ComunicaçãoInformação, Educação e Comunicação
Informação, Educação e Comunicação
 

Estatística II

  • 1. Wadiley Sousa do Nascimento Pós-Graduado em Estatística, Matemática e Computação – Ramo Estatística Computacional Mobile: +239 980 10 45 / 906 02 00 | Email: wadmiguel547@yahoo.com ESTATÍSTICA II
  • 2. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Motivação 2 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com O objectivo fundamental da Estatística é extrair informações confiáveis a partir dos dados recolhidos para a tomada de decisão. Informação Decisão Dados Estatística Conhecimento
  • 3. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória Motivação 3 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Nas áreas económicas e de gestão do empresas, a Estatística pode ser utilizada com três objectivas: (1) descrever e compreender relações entre diferentes características de uma população, (2) Tomar decisões mais correctas e (3) fazer face a mudança. A Estatística fornece aos gestores instrumentos para que possam responder as preocupações e tomar decisões com alguma confiança, mesmo quando a quantidade de informação disponível é pequena e as situações futuras são de elevada incerteza.
  • 4. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória Definição 4 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Uma variável aleatória (unidimensional), geralmente designada por 𝑋, e uma função que a cada acontecimento w do espaço de resultados, faz corresponder um valor real, 𝑥 = 𝑋(𝑤). “Uma variável aleatória é uma função com valores numéricos, cujo valor é determinado por fatores de chance.” Associa números aos eventos do espaço amostral. 𝑿 = Número de coroas em 2 lançamentos de uma moeda.
  • 5. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória Definição 5 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Variável Aleatória Contínua Os possíveis resultados abrangem todo um intervalo de números reais Discreta Os possíveis resultados estão contidos em um conjunto finito ou enumerável 0 1 2 3 4 ... Número de defeitos em ... Ex. 0 Ex. Tempo de resposta de ...
  • 6. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória V. A - Discreta 6 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Exemplos 1. Lança-se uma moeda 10 vezes e anota-se o número de caras. Este número pode ser 0, 1, 2 ...10. 2. Em uma pesquisa de mercado feita com 200 pessoas, perguntam-se estes compram um determinado produto. O número de pessoas que compram o produto varia de 0 a 200. 3. Um pesquisador conta quantos, dos 500 chefes de família que entrevistou, eram mulheres 4. Um médico conta quantos, dos 100 pacientes que tratou com uma nova droga , ficaram curados
  • 7. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória Distribuição de Probabilidades 7 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Uma distribuição de probabilidade é um modelo matemático que relaciona um certo valor da variável em estudo com a sua probabilidade de ocorrência. Há dois tipos de distribuição de probabilidade: 1. Distribuições Contínuas: Quando a variável que está sendo medida é expressa em uma escala contínua, como no caso de uma característica dimensional. 2. Distribuições Discretas: Quando a variável que está sendo medida só pode assumir certos valores, como por exemplo os valores inteiros: 0, 1, 2, etc.
  • 8. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória Distribuição de Probabilidades 8 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com No caso de distribuições discretas, a probabilidade de que a variável X assuma um valor específico xo é dada por: 𝑃(𝑋 = 𝑥𝑜) = 𝑃(𝑥𝑜) No caso de distribuições contínuas, as probabilidades são especificadas em termos de intervalos, pois a probabilidade associada a um número específico é zero. 𝑃 𝑎 ≤ 𝑋 ≤ 𝑏 = න 𝑎 𝑏 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
  • 9. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Bernoulli 9 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Consideremos uma única tentativa de um experimento aleatório. Podemos ter sucesso ou fracasso nessa tentativa. Seja 𝒑 a probabilidade de sucesso e 𝑞 a probabilidade de fracasso, com 𝑝 + 𝑞 = 1. Seja 𝑋 o número de sucessos em uma única tentativa do experimento. 𝑋 assume o valor 𝟎 que corresponde ao fracasso, com probabilidade 𝑞, ou o valor 1, que corresponde ao sucesso, com probabilidade 𝑝 Alguns exemplos: • Lançar uma moeda e observar se ocorre cara ou coroa; • Lançar um dado e observar se ocorre seis ou não; • Verificar se um servidor de intranet está ativo ou não ativo.
  • 10. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Bernoulli 10 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Notação: 𝑋~𝐵𝑒𝑟(𝑝)
  • 11. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição Binomial 11 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Consideremos 𝑛 tentativas independentes de um mesmo experimento aleatório. Cada tentativa admite apenas dois resultados: fracasso com probabilidades 𝑞 e sucesso com probabilidade 𝑝. As probabilidades de sucesso e fracasso são as mesmas para cada tentativa. Seja X número de sucessos em 𝑛 tentativas.
  • 12. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição Binomial 12 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com A distribuição binomial deve satisfazer os seguintes critérios: • A experiência é repetida 𝑛 vezes, onde cada tentativa é independente das demais; • Há apenas dois resultados possíveis em cada tentativa: um de interesse, associado à variável X, chamado de sucesso e o seu complementar que é o fracasso; • A probabilidade de sucesso será denotada por 𝑝 e é a mesma em cada tentativa. Logo, a probabilidade de fracasso será denotada por 𝑞 = 1 – 𝑝. • As repetições são independentes, ou seja, o resultado de uma repetição não é influenciado por outros resultados.
  • 13. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição Binomial 13 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 14. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Poisson 14 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com A distribuição de Poisson é adequada para descrever situações onde existe uma probabilidade de ocorrência em um campo ou intervalo contínuo, geralmente tempo ou área. Por exemplo, o no de acidentes por mês, no de defeitos por metro quadrado, no de clientes atendidos por hora. Nota-se que a variável aleatória é discreta (número de ocorrência), no entanto a unidade de medida é contínua (tempo, área). Além disso, as falhas não são contáveis, pois não é possível contar o número de acidentes que não ocorreram, nem tampouco o número de defeitos que não ocorreram. A probabilidade de o acontecimento ocorrer é a mesma para cada intervalo; O número de ocorrências em um intervalo é independente do número de ocorrências em outro intervalo.
  • 15. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Poisson 15 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Exemplos: • Chamadas telefónicas recebidas numa central telefónica num certo intervalo de tempo; • Chegadas de clientes a uma bilheteira durante um certo período; • Chegadas de sinistrados a um banco de um hospital durante um certo período. •A distribuição de Poisson possui um parâmetro 𝝀 (lê-se: “Lambda”) que chamamos de taxa de ocorrência, que corresponde à frequência média ou esperada de ocorrências em um determinado intervalo.
  • 16. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Poisson 16 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com •A probabilidade é calculada da seguinte forma: 𝑷 𝑿 = 𝒌 = 𝒆−𝝀. 𝝀𝒌 𝒌! •Onde: • 𝑘 𝜖 ℕ; •𝜆 é a taxa de ocorrência (que é igual à média e a Variância da distribuição). Notação: 𝑋~𝒫(𝜆) O número de defeitos de pintura segue uma distribuição de Poisson com 𝜆 = 2. Qual a probabilidade que uma peça apresente mais de 4 defeitos de pintura?   % 5 , 5 055 , 0 945 , 0 1 ! 4 2 1 4 1 4 0 4 2 = = − = − =  −  = − x e X P
  • 17. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Poisson 17 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 18. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Poisson 18 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 19. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Aproxim. da Distr. Binomial pela Distr. de Poisson 19 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝑋~ℬ 𝑛, 𝑝 ≈ 𝑋~𝒫(𝜆 = 𝑛𝑝) lim 𝑛→∞ 𝑛 𝑥 𝑝𝑥 1 − 𝑝 𝑛−𝑥 = 𝑒−𝜆 𝜆𝑥 𝑥!
  • 20. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Discreta Distribuição de Poisson 20 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 21. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 21 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Uma variável aleatória contínua 𝑋 tem distribuição normal de probabilidade se a sua f. d. p. é dada por: • Propriedades da Distribuição Normal 1. A curva normal é um tipo de curva simétrica; 2. Formato de “sino”; 3. A área sob a curva é igual a 1; 4. Unimodal, sendo seu ponto de frequência máxima situado no meio da distribuição; 5. Média, mediana e moda coincidem. 𝑓 𝑥 = 1 𝜎 2𝜋 e − 1 2 𝑥−𝜇 𝜎
  • 22. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 22 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 23. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 23 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 24. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 24 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 25. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 25 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com • O valor z (valor padronizado) é uma medida relativa. Mede o quanto x se afasta da média (), em unidade de desvio padrão (). σ x - μ z = x   x Z - número de desvios padrões a partir da média x - valor de interesse  - média da distribuição normal de interesse  - desvio padrão da distribuição normal Através de uma transformação de variáveis é possível converter os valores de qualquer distribuição Normal em valores da distribuição Normal padrão e assim obter suas probabilidades - calcular o número de desvios padrões, a contar da média a que está um valor da variável
  • 26. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 26 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Teorema • Sejam 𝑋1, 𝑋2, … 𝑋𝑛 v.a. normais independentes, tais que 𝑋1~𝑁(𝜇1, 𝜎1), 𝑋2~𝑁(𝜇2, 𝜎2), ..., 𝑋𝑛~𝑁(𝜇𝑛, 𝜎𝑛). • A v.a. 𝑋 = 𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛 tem distribuição normal de parámetros (𝜇, 𝜎), com: • 𝜇 = 𝜇1 + 𝜇2 + ⋯ + 𝜇𝑛 e 𝜎 = 𝜎1 2 + 𝜎2 2 + ⋯ + 𝜎𝑛 2 Teorema Limite Central Sejam 𝑋1, 𝑋2, … 𝑋𝑛 variáveis aleatórias independentes e identicamente distribuídas, com valor médio 𝜇 e variância 𝜎2 (finita). A v.a. Sn = σ𝑖=1 𝑛 𝑋𝑖 verifica quando n é “grande”: 𝑆𝑛−𝑛𝜇 𝜎 𝑛 ~𝑁(0,1)
  • 27. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 27 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Exemplo 1: A resistência à tração do papel usado em sacolas de super- mercado é uma característica de qualidade importante. Sabe-se que essa resistência segue um modelo Normal com média 40 psi e desvio padrão 2 psi. Se a especificação estabelece que a resistência deve ser maior que 35 psi, qual a probabilidade que uma sacola produzida com este material satisfaça a especificação? 𝑃 𝑋 ≥ 35 = 1 − 𝑃 𝑋 ≤ 35 = 1 − 𝑃 𝑍 ≤ 35 − 40 2 = 1 − 𝑃 𝑍 ≤ −2,5 = 1 − 1 − 𝑃 𝑍 ≤ 2,5 = 𝑃 𝑍 ≤ 2,5 = 0,9938 = 99,38%
  • 28. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Variável Aleatória - Contínuas Distribuição de Normal 28 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Exemplo 2: O diâmetro do eixo principal de um disco rígido segue a distribuição Normal com média 25,08 in e desvio padrão 0,05 in. Se as especificações para esse eixo estiver entre 24,85 e 25,15, determine o percentual de unidades produzidas em conformidades com as especificações. 𝑃 24,85 ≤ 𝑋 ≤ 25,15 = 𝑃 𝑋 ≤ 25,15 − 𝑃 𝑋 ≤ 24,85 = 𝑃 𝑍 ≤ 25,15 − 25,08 0,05 − 𝑃 𝑍 ≤ 24,85 − 25,08 0,05 = 𝑃 𝑍 ≤ 1,40 − 𝑃 𝑍 ≤ −4,60 = 0,9192 − 1 − 𝑃 𝑍 ≤ 4,60 = 0,9192 − 1 + 0,999999 = 0,9192 = 91,92% Exemplo 3: Suponha que 𝑋 → 𝑁 85; 9 . Encontre um valor limite 𝑥, tal que 𝑃 𝑋 > 𝑥 = 0,05. 𝑃 𝑋 > 𝑥 = 1 − 𝑃 𝑋 ≤ 𝑥 = 1 − 𝑃 𝑍 ≤ 𝑥 − 85 9 = 0,05 ⇔ 𝑃 𝑍 ≤ 𝑥 − 85 9 = 1 − 0,05 ⇔ 𝑃 𝑍 ≤ 𝑥 − 85 9 = 0,95 ⇔ 1,645 = 𝑥 − 85 9 ⟺ 𝑥 = 99,805 Tabela 𝑍 = 1,645
  • 29. Wadiley Sousa do Nascimento Pós-Graduado em Estatística, Matemática e Computação – Ramo Estatística Computacional Mobile: +239 980 10 45 / 906 02 00 | Email: wadmiguel547@yahoo.com INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
  • 30. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Motivação 30 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Métodos Estatísticos Estatística Descritiva Inferência Estatística Estimação Teste de Hipóteses
  • 31. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Motivação 31 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com POPULAÇÃO: todos os possíveis consumidores Amostragem AMOSTRA: um subconjunto dos consumidores Inferência A Lei do Retorno
  • 32. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Definições 32 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com População: é um conjunto formado por indivíduos ou objetos que apresentam, pelo menos, uma característica/variável comum e observável. Usa-se 𝑵 para designar esse número/tamanho. Amostra: É qualquer subconjunto da população com as mesmas características. Usa-se 𝒏 para designar esse número/tamanho. Amostragem: é o processo de selecção de uma amostra, que possibilita o estudo das características da população. Erro amostral: é o erro que ocorre justamente pelo uso da amostra. Ele representa a diferença entre o resultado amostral e o verdadeiro resultado da população. O erro amostral ocorre devido às variações amostrais. De acordo com Fonseca e Martins (2011) na Teoria da Amostragem são consideradas: i) Tamanho da amostra; ii) Composição da amostra.
  • 33. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Tamanho da Amostra 33 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Procedimento: 1. Analise o questionário, ou roteiro da entrevista e escolha uma variável que julgue mais importante para o estudo. Se possível, escolha mais do que uma; 2. Verifique o nível de mensuração da variável: se nominal, ordinal ou quantitativa; 3. Considere o tamanho da população: infinita ou finita. Se a variável escolhida for quantitativa e a população considerada infinita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela fórmula: 𝒏 = 𝒁𝜶/𝟐. 𝝈 𝑬 𝟐
  • 34. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Tamanho da Amostra 34 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Se a variável escolhida for quantitativa e a população considerada finita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela fórmula: 𝒏 = 𝒁𝜶/𝟐 𝟐 𝝈𝟐 𝑵 𝑬𝟐 𝑵 − 𝟏 + 𝒁𝜶/𝟐 𝟐 𝝈𝟐
  • 35. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Tamanho da Amostra 35 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Se a variável escolhida for nominal ou ordinal e a população considerada infinita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela fórmula: 𝒏 = 𝒁𝜶/𝟐 𝟐 ෝ 𝒑 ෝ 𝒒 𝑬𝟐
  • 36. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Tamanho da Amostra 36 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 37. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Tamanho da Amostra 37 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Se a variável escolhida for nominal ou ordinal e a população considerada finita, pode-se determinar o tamanho da amostra pela fórmula: 𝒏 = 𝒁𝜶/𝟐 𝟐 ෝ 𝒑 ෝ 𝒒 𝑵 𝑬𝟐 𝑵 − 𝟏 + 𝒁𝜶/𝟐 𝟐 ෝ 𝒑 ෝ 𝒒
  • 38. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem Composição da Amostra 38 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Fonseca e Martins (2011) apontam que existem dois métodos para composição da amostra: i. Métodos probabilísticos: são usados para garantir que a selecção da amostra seja aleatória e representativa da população, permitindo assim que as conclusões obtidas a partir da análise da amostra possam ser generalizadas para a população inteira. ii. Métodos não probabilísticos: são técnicas que não utilizam a aleatoriedade na seleção da amostra, dependendo em vez disso de critérios específicos ou da escolha do pesquisador. Eles são menos confiáveis do que os métodos probabilísticos, pois podem levar a amostras enviesadas e não representativas da população.
  • 39. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem - Composição Métodos Probabilísticos 39 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Amostragem aleatória simples: Cada elemento da população tem a mesma probabilidade de ser escolhido para a amostra, garantindo assim que a amostra seja representativa da população. Amostragem por clusters: a população é dividida em grupos e alguns desses grupos são selecionados aleatoriamente para compor a amostra, incluindo todos os indivíduos dentro dos clusters selecionados. É frequentemente usado quando a população é grande e dispersa geograficamente.
  • 40. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem - Composição Métodos Probabilísticos 40 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Amostragem sistemática: os elementos da população são selecionados em um padrão sistemático, a partir de um ponto de partida aleatório. Exemplo: Se quisermos selecionar uma amostra sistemática de 100 estudantes em uma escola com uma população de 1000 alunos, poderíamos selecionar aleatoriamente um número entre 1 e 10 para determinar o ponto de partida, e depois selecionar a cada 10 alunos subsequentes para compor a amostra. Esse método é útil quando se tem uma lista ordenada dos elementos da população e quando se deseja garantir uma amostra representativa, mas não é tão aleatório quanto a amostragem aleatória simples.
  • 41. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Amostragem - Composição Métodos Não Probabilísticos 41 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Amostragem acidental: os elementos são selecionados de forma casual e sem critério específico. Por exemplo, selecionar os primeiros clientes que chegam a uma loja para avaliar a satisfação do cliente com o atendimento e o serviço prestado. Amostragem intencional: os elementos são escolhidos de forma proposital, com base em algum critério específico. Esse método pode ser útil quando se deseja incluir apenas indivíduos que possuem certas características ou quando se deseja obter informações mais profundas sobre uma subpopulação específica. Um exemplo seria selecionar um grupo de pacientes com uma condição médica específica para avaliar a eficácia de um novo tratamento.
  • 42. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Introdução 42 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 43. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Introdução 43 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com O campo da Inferência Estatística consiste naqueles métodos usados para tomar decisões ou tirar conclusões a cerca de uma população. Esses métodos utilizam a informação contida em uma amostra da população para tirar conclusões. População Histograma Média Populacional Desvio Padrão Populacional Amostra Média Amostral Desvio Padrão Amostral Figura 1: Relação entre uma população e uma amostra
  • 44. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Definições 44 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Parâmetro: é a medida usada para descrever uma característica numérica populacional. A média (𝝁),a variância (𝝈𝟐) e o coeficiente de correlação (𝝆) são alguns exemplos de parâmetros populacionais. Estimação: é o procedimento usado para obter informações sobre os parâmetros desconhecidos de uma população com base nos dados da amostra. Estimador: também denominado estatística de um parâmetro populacional: é uma característica numérica determinada na amostra, uma função de seus elementos. A média amostral (ഥ 𝒙),a variância amostral (𝒔𝟐 ) e o coeficiente de correlação amostral (𝒓)são alguns exemplos de estimadores. Estimativa: é o valor numérico determinado pelo estimador.
  • 45. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Parâmetros e Estatísticas 45 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com População (x1, x2, x3,..., xN) Parâmetros Estatísticas Proporção 𝜌 = 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ência N ො 𝜌 = 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ência n Média 𝜇 = 1 𝑁 ෍ 𝑖=1 𝑁 𝑥𝑖 ҧ 𝑥 = 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 Variância 𝜎2 = 1 𝑁 ෍ 𝑖=1 𝑁 𝑥𝑖 − 𝜇 2 𝑠2 = 1 𝑛 − 1 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − lj 𝑥 2 Amostra (X1, X2, ..., Xn)
  • 46. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 46 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Proposição 1: A média das médias amostrais, ou 𝐸( ҧ 𝑥), é igual à média 𝜇 populacional. 𝐸 ҧ 𝑥 = 𝐸 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 = 1 𝑛 𝐸 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 = 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝐸 𝑥𝑖 = 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝜇 = 1 𝑛 𝑛𝜇 = 𝜇 Proposição 2: A variância da média amostral é igual à variância populacional dividida pelo tamanho da amostra. VAR ҧ 𝑥 = VAR 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 = 1 𝑛2 VAR ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 = 1 𝑛2 ෍ 𝑖=1 𝑛 VAR 𝑥𝑖 = 1 𝑛2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝜎2 = 1 𝑛2 𝑛𝜎2 = 𝜎2 𝑛
  • 47. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 47 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Proposição 3: A para grandes amostras, a proporção amostral se distribui com média igual à proporção populacional. 𝐸 Ƹ 𝑝 = 𝐸 𝑥 𝑛 = 1 𝑛 𝐸 𝑥 = 1 𝑛 𝑛𝑝 = 𝑝 = 𝜇 ො 𝑝 Proposição 4: A variância da proporção amostral é a variância da população dividida pelo número de ele1nentos da amostra. VAR Ƹ 𝑝 = VAR 𝑋 𝑛 = 1 𝑛2 VAR 𝑋 = 1 𝑛2 𝑛𝑝𝑞 = 𝑝𝑞 𝑛
  • 48. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 48 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝐃𝐞𝐟𝟏: Uma amostra aleatória de 𝑛 elementos de uma população é representada pelas variáveis aleatórias 𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛, no qual cada 𝑋𝑖, com 𝑖 = 1, 2, 3, … , 𝑛 representa um elemento da amostra. Se 𝑋𝑖 e 𝑋𝑗 são independentes e possuem a mesma função de probabilidade (ou função densidade de probabilidade), para todo 𝑖 ≠ 𝑗, dizemos que os elementos da amostra são independentes e igualmente (identicamente) distribuídos (i.i.d). 𝐃𝐞𝐟𝟐: Seja 𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛 uma amostra aleatória i.i.d. de tamanho 𝑛 de uma população e seja 𝑇 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 uma função real ou vectorial cujo domínio inclui o espaço amostral de 𝑋1, 𝑋2, … , 𝑋𝑛 . Neste caso, dizemos que a variável ou vector 𝑌 = 𝑇 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 é chamado de estatística. A distribuição de probabilidade da estatística 𝑌 é chamada de distribuição amostral de 𝑌 . Uma estatística associada a algum parâmetro populacional é também chamada de estimador.
  • 49. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 49 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝐃𝐞𝐟𝟑 : A lei fraca dos grandes números estabelece que, para quaisquer dois números suficientemente pequenos 𝜖 e 𝛿, com 𝜖 > 0 e 0 < 𝛿 < 1, existe um número inteiro 𝑛 tal que, se uma amostra aleatória de tamanho 𝑛 ou maior que 𝑛 é obtida de 𝑓, a média amostral está "próxima" de 𝜇 com probabilidade maior ou igual que 1 − 𝛿. 𝐃𝐞𝐟𝟒 : Teorema Limite Central sob a hipótese de amostragem aleatória, quando o tamanho da amostra aumenta, a distribuição de probabilidade da média amostral se aproxima de uma distribuição normal com média 𝜇 e variância Τ 𝜎2 𝑛, ou seja, se o tamanho amostral é suficientemente grande, podemos assumir que a média amostral tem uma distribuição normal. Nada é dito a respeito da função densidade, basta ter tenha variância finita. .
  • 50. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 50 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝐃𝐞𝐟𝟓: Princípio da Suficiência estabelece que, uma estatística 𝑇 𝑋 é suficiente para o parâmetro 𝜃 se a distribuição condicional da amostra 𝑋 dado o valor de 𝑇 𝑋 não depende de 𝜃. T𝐞𝐨𝐫𝐞𝐦𝐚𝟓 : Se 𝑝 𝑥|𝜃 é a função de probabilidade ou função densidade de probabilidade de 𝑋 e 𝑞 𝑡|𝜃 é a função de probabilidade ou função densidade de probabilidade de 𝑇 𝑋 então 𝑇 𝑋 é uma estatística suficiente para 𝜃 se, para todo 𝑥 no espaço amostral, Τ 𝑝 𝑥|𝜃 𝑞 𝑇 𝑋 |𝜃 é constante (não depende de 𝜃). 𝐃𝐞𝐟𝟔: O método de estimação por mínimos quadrados consiste em minimizar o quadrado das diferenças entre os valores observados de uma amostra e seus respectivos valores esperados.
  • 51. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 51 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝐃𝐞𝐟𝟕: Seja 𝑓 𝑥|𝜃 a função de probabilidade ou função densidade de probabilidade de uma amostra 𝑋 = 𝑋1, … , 𝑋𝑛 . Então, dado que 𝑋 = 𝑥 é observado, a função verosimilhança de 𝜃 definida por 𝐿 𝜃|𝑥 = 𝑓 𝑥|𝜃 𝐃𝐞𝐟𝟖: Princípio da verosimilhança: Suponha que 𝑥 e 𝑦 sejam dois pontos amostrais tais que 𝐿 𝜃|𝑥 é proporcional a 𝐿 𝜃|𝑦 , ou seja, existe uma constante 𝐶 𝑥, 𝑦 tal que 𝐿 𝜃|𝑥 = 𝐶 𝑥, 𝑦 𝐿 𝜃|𝑦 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝜃 então as conclusões obtidas a partir de 𝑥 e 𝑦 devem ser idênticas.
  • 52. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 52 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com O Estimador de Máxima Verosimilhança pode ser encontrado seguindo os seguintes passos: i. Encontrar a função de verosimilhança; ii. Aplicar a função ln ; iii. Derivar em relação ao parâmetro 𝜃; iv. Igualar o resultado a zero. v. Verificar que este estimador é ponto de máximo
  • 53. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 53 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Seja 𝑋 uma variável aleatória com distribuição Binomial (𝑛; 𝑝). Tomemos uma amostra aleatória 𝑋1, … , 𝑋𝑛 de 𝑋 . Qual é o estimador de máxima verosimilhança para 𝑝? Como 𝑋~Bernoulli(𝑝) , a função de probabilidade de 𝑋 é 𝑓𝑝 𝑥 = 𝑝𝑥 1 − 𝑝 1−𝑥 . Desta forma, a função de verosimilhança é dada por 𝑳 𝒑; 𝒙𝟏, … , 𝒙𝒏 = 𝑓 𝑥1; 𝑝 × ⋯ × 𝑓 𝑥𝑛; 𝑝 = ෑ 𝒊=𝟏 𝒏 𝒑𝒙𝒊 𝟏 − 𝒑 𝟏−𝒙𝒊 = 𝑝σ𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 1 − 𝑝 σ𝑖=1 𝑛 1−𝑥𝑖
  • 54. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 54 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Para encontrar o estimador de máxima verosimilhança para 𝑝, devemos encontrar o valor de 𝑝 para o qual a função de verosimilhança 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 é máxima. Aplicando a função logaritmo natural (𝑙𝑛) na função de verosimilhança 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 , temos que ln 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = ln 𝑝σ𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 1 − 𝑝 σ𝑖=1 𝑛 1−𝑥𝑖 = ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 ln 𝑝 + ෍ 𝑖=1 𝑛 1 − 𝑥𝑖 ln 1 − 𝑝 e, derivando em relação a 𝑝, segue que 𝑑 ln 𝐿 𝑝; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 𝑑𝑝 = 1 − 𝑝 σ𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝑝 σ𝑖=1 𝑛 1 − 𝑥𝑖 𝑝 1 − 𝑝
  • 55. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 55 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Igualando o resultado a zero, obtemos que 1 − Ƹ 𝑝 σ𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − Ƹ 𝑝 σ𝑖=1 𝑛 1 − 𝑥𝑖 Ƹ 𝑝 1 − Ƹ 𝑝 =⟺ Ƹ 𝑝 = 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 = 𝑥. É fácil verificar, utilizando o teste da segunda derivada que Ƹ 𝑝 = 1 𝑛 𝑋 é realmente um estimador de máxima verosimilhança para 𝑝.
  • 56. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 56 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Seja 𝑋 uma variável aleatória com distribuição Normal com mádia 𝜇 e variância 𝜎2 . Tomemos uma amostra aleatória independente e igualmente distribuída 𝑋1, … , 𝑋𝑛 de 𝑋. Qual o estimador de máxima verosimilhança para 𝜃 = 𝜇, 𝜎2 ? Como 𝑋~𝑁 𝜇, 𝜎2 , a função densidade de 𝑋 é 𝑓𝜇,𝜎2 𝑥 = 1 2𝜋𝜎2 𝑒𝑥𝑝 − 1 2 𝑥 − 𝜇 𝜎 2 , −∞ < 𝑥 < ∞ Assim, a função de verosimilhança é dada por 𝐿 𝜇, 𝜎2 ; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = ෑ 𝑖=1 𝑛 1 2𝜋𝜎2 𝑒𝑥𝑝 − 1 2 𝑥𝑖 − 𝜇 𝜎 2
  • 57. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 57 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Ou seja, 𝐿 𝜇, 𝜎2 ; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = 2𝜋 − Τ 𝑛 2 𝜎2 − Τ 𝑛 2 𝑒𝑥𝑝 − 1 2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝜇 𝜎 2 Para encontrar o estimador de máxima verosimilhança para 𝜃 = 𝜇, 𝜎2 devemos encontrar os valores de 𝜇 e 𝜎2 para os quais a função de verosimilhança, 𝐿 𝜇, 𝜎2 ; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 , é máxima. Para isso primeiramente aplicaremos a função 𝑙𝑛, ln 𝐿 𝜇, 𝜎2 ; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 = ln 2𝜋 − Τ 𝑛 2 𝜎2 − Τ 𝑛 2 𝑒𝑥𝑝 − 1 2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝜇 𝜎 2 = − 𝑛 2 ln 2𝜋 − 𝑛 2 ln 𝜎2 − 1 2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝜇 𝜎 2
  • 58. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 58 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Agora vamos derivar em relação a 𝜇: 𝜕 ln 𝐿 𝜇, 𝜎2; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 𝜕μ = − 2 2𝜎2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝜇 −1 = ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝜇 𝜎2 Igualando o resultado a zero obtemos: ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − ො 𝜇 𝜎2 = 0 ⟺ 1 𝜎2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − ො 𝜇 = 0 ⟺ ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − ො 𝜇 = 0 ⟺ ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝑛 ො 𝜇 = 0 ⟺ 𝑛 ො 𝜇 = ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 ⟺ ො 𝜇 = 𝑥 E então, o possível estimador de máxima verosimilhança da média populacional 𝜇 é 𝑋.
  • 59. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Distribuição Amostral 59 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Basta avaliar agora se realmente 𝑥 é ponto de máximo. Para isto, 𝜕2 ln 𝐿 𝜇, 𝜎2; 𝑥1, … , 𝑥𝑛 𝜕μ2 = 𝜕2 𝜕μ2 1 𝜎2 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 − 𝜇 = − 𝑛 𝜎2 < 0 Assim, concluímos que 𝑥 é realmente um ponto de máximo e, portanto, o estimador de máxima verosimilhança para 𝜇 é ො 𝜇 = 𝑋. 𝐃𝐞𝐟𝟗: Um estimador 𝑇 = 𝑇 𝑋1, 𝑋2 … , 𝑋𝑛 é dito não viciado (não enviesado) para algum parâmetro populacional 𝜃 se 𝐸 𝑇 = 𝜃 para todo 𝜃. Sempre que um estimador torna-se cada vez mais próximo do parâmetro, dizemos que o estimador é consistente.
  • 60. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Pontual Tipos de Estimação 60 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Existem dois tipos fundamentais de estimação de um parâmetro populacional: por ponto e por intervalo. Estimação pontual Quando utilizamos dados amostrais calcula-se um valor da estimativa do parâmetro populacional e com isso tem-se uma estimativa por ponto do parâmetro analisado. Estimativa pontual é a estimativa de um único valor para um parâmetro populacional. Assim, a estatística amostral 𝑥, média da amostra, pode ser usada como um estimador do parâmetro 𝜇, média da população. Exemplo: Amostra aleatória de 200 alunos de uma universidade de 20.000 estudantes revelou uma média amostral de 5,2.
  • 61. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Estimação de Intervalar 61 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Quando, a partir da amostra procura-se construir um intervalo de variação, de modo que esse intervalo tem uma probabilidade conhecida de conter o verdadeiro parâmetro populacional. Na estimação por intervalos, em vez de se indicar um valor concreto para certo parâmetro da população, e, constrói-se um intervalo que, com certo grau de certeza, previamente estipulado, o contenha. Ao estimar um parâmetro populacional através de uma amostra, evidentemente estamos cometendo um erro. Portanto, a deficiência da estimação pontual reside no fato de que, neste procedimento, desconhecemos a medida do possível erro cometido na estimação. Desta limitação surge a idéia da estimação por intervalo.
  • 62. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação Estimação de Intervalar 62 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Os intervalos de confiança são usados para indicar a fiabilidade de uma estimativa. Pode-se interpretar o intervalo de confiança como um intervalo que contém os valores "plausíveis" que o parâmetro 𝜃 pode assumir. Assim, a amplitude do intervalo está associada a incerteza que temos a respeito do parâmetro.
  • 63. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Definições 63 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Grau de Confiança: também conhecido como nível de confiança ou coeficiente de confiança: É a probabilidade 1 − 𝛼 do intervalo de confiança conter o verdadeiro valor do parâmetro populacional. Grau de Significância: também conhecido como nível de significância ou alpha: É um limite que determina se o resultado de um estudo pode ser considerado estatisticamente significativo depois de se realizarem os teste estatísticos planeados.
  • 64. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝝈𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 64 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 = 𝒙 − 𝒛𝜶 𝟐 × 𝝈 𝒏 ; 𝒙 + 𝒛𝜶 𝟐 × 𝝈 𝒏 Exercício 1: Seja 𝑋 uma população com distribuição normal de média 𝜇 e desvio padrão igual a 2. Uma amostra aleatória de dimensão 𝑛 = 25 foi extraída desta população e revelou uma média 𝑥 = 78.3. Calcule o intervalo de confiança para μ a 99%. Sabendo que 𝜎 = 2; 𝑛 = 25; 𝑥 = 78,3; 1 − 𝛼 = 0,99 ⟹ 𝛼 = 0,01 ⟹ 𝛼 2 = 0,005 ∧ 𝑧𝛼 2 = 𝑧0,005 = 2,57 𝑰𝑪 = 𝒙 − 𝒛𝜶 𝟐 × 𝝈 𝒏 ; 𝒙 + 𝒛𝜶 𝟐 × 𝝈 𝒏 = 𝟕𝟖, 𝟑 − 𝟐, 𝟓𝟕 × 𝟐 𝟐𝟓 ; 𝟕𝟖, 𝟑 + 𝟐, 𝟓𝟕 × 𝟐 𝟐𝟓 𝑰𝑪 𝝁, 𝟗𝟗% = 𝟕𝟕, 𝟐𝟕𝟐; 𝟕𝟗, 𝟑𝟐𝟖
  • 65. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝝈𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 65 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Exercício 2: Considere uma v.a. normal de variância igual a 4. Recolheu-se a seguinte amostra: 3, 7, 9, 10, 11, 12, 12, 14 Determine um intervalo de confiança a 90% para a média. Sabendo que 𝜎2 = 4; 𝑛 = 8; 𝑥 = 3 + 7 + 9 + 10 + 11 + 12 + 12 + 14 8 = 9,75; 1 − 𝛼 = 0,90 ⟹ 𝛼 = 0,1 ⟹ 𝛼 2 = 0,05 ∧ 𝑧𝛼 2 = 𝑧0,05 = 1,65 𝐼𝐶 = 𝑥 − 𝑧𝛼 2 × 𝜎 𝑛 ; 𝑥 + 𝑧𝛼 2 × 𝜎 𝑛 = 9,75 − 1,65 × 2 8 ; 9,75 + 1,65 × 2 8 𝑰𝑪 𝝁, 𝟗𝟎% = 𝟖, 𝟓𝟖𝟑; 𝟏𝟎, 𝟗𝟏𝟕
  • 66. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 66 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Caso 1: Tamanho da Amostra 𝒏 > 𝟑𝟎 𝑛 = 100 𝑍𝛼 2 = 1,96 ҧ 𝑥 = σ𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 𝑛 = 28,35 𝑠𝑥 = 𝑣𝑎𝑟 𝑥 = 7,04 𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 : ഥ 𝒙 − 𝒁𝜶 𝟐 ∗ 𝒔𝒙 𝒏 ≤ 𝝁 ≤ ഥ 𝒙 + 𝒁𝜶 𝟐 ∗ 𝒔𝒙 𝒏 𝐼𝐶 𝜇, 0,95 = 28,35 − 1,96 ∗ 7,04 100 ; 28,35 + 1,96 ∗ 7,04 100 𝐼𝐶 𝜇, 0,95 = 26,97 ; 29,73 A média da idade dos utentes que frequentam a ASAG encontram-se, a um nível de confiança de 95%, entre 26,97 e 29,73 anos de idade.
  • 67. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 67 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Caso 2: Tamanho da Amostra 𝒏 ≤ 𝟑𝟎 – t-Studant 𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 = 𝒙 − 𝒕𝜶 𝟐 ;𝒏−𝟏 × 𝒔𝒙 𝒏 ; 𝒙 + 𝒕𝜶 𝟐 ;𝒏−𝟏 × 𝒔𝒙 𝒏 Numa fábrica de automóveis existe uma secção destinada à produção de determinado tipo de peças, cujo comprimento deverá ser aproximadamente de 2.5 cm. A secção de controlo de qualidade da referida fábrica afirma que as peças apresentam comprimentos superiores aos exigidos. Com o objectivo de avaliar a veracidade da afirmação proferida pela secção de controlo de qualidade, seleccionou-se ao acaso uma amostra de 26 peças na produção de um dia, tendo sido obtidos os resultados seguintes: σ𝑖=1 26 𝑥𝑖 = 78; σ𝑖=1 26 𝑥𝑖 − 𝑥 2 = 13.
  • 68. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 68 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Caso 2: Tamanho da Amostra 𝒏 ≤ 𝟑𝟎 – t-Studant Admitindo a normalidade da população subjacente aos dados: Construa um intervalo de confiança a 95% para o comprimento médio das peças. 𝑥 = 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥𝑖 = 1 26 ෍ 𝑖=1 26 𝑥𝑖 = 78 26 = 3; 𝑠2 = 1 𝑛 − 1 ෍ 𝑖=1 26 𝑥𝑖 − 𝑥 2 = 13 25 = 0,52 𝐼𝐶 = 𝑥 − 𝑡𝛼 2;𝑛−1 × 𝑠𝑥 𝑛 ; 𝑥 + 𝑡𝛼 2;𝑛−1 × 𝑠𝑥 𝑛 𝑰𝑪 𝝁, 𝟏 − 𝜶 = 3 − 2,060 × 0,72111 26 ; 3 + 2,060 × 0,72111 26 = 𝟐, 𝟕𝟎𝟗; 𝟑, 𝟐𝟗
  • 69. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝑬𝒙𝒆𝒓𝒄í𝒄𝒊𝒐𝒔 69 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 1) Um fabricante produz resistores que segue uma distribuição normal com desvio padrão de 8Ω. A resistência média de uma amostra aleatória de 20 resistores foi medida como sendo de 80 Ω. Calcule o intervalo de confiança, com um nível de confiança de 95,0%, para a média da população de resistores produzidos.
  • 70. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝑬𝒙𝒆𝒓𝒄í𝒄𝒊𝒐𝒔 70 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 2) Para avaliar a qualidade dos rolamentos produzidos, um engenheiro recolheu uma amostra aleatória de 12 esferas da produção diária. Usando um paquímetro ele obteve as seguintes medições para as esferas. Calcule o intervalo de confiança para a média das esferas produzidas com 95% de confiança. 8,2 ; 8,3 ; 8,4 ; 8,2 ; 8,2 ; 8,4 ; 8,3 ; 8,2 ; 8,4 ; 8,4 ; 8,2 ; 8,4
  • 71. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Média - 𝑬𝒙𝒆𝒓𝒄í𝒄𝒊𝒐𝒔 71 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 3) Um fabricante produz resistores com desvio padrão 12Ω e distribuição normal. A resistência média de uma amostra aleatória de 𝑛 = 25 foi 98,0Ω. Calcule o intervalo de confiança para a média da população de resistores produzidos. Use o nível de confiança 95,0%.
  • 72. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 72 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Agora, queremos construir um intervalo de confiança para a proporção populacional 𝒑. Lembrando que a estimativa pontual de 𝒑 é dada pela proporção de sucessos numa amostra e é denotada por ො 𝑝 = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑛 . Antes de construir um intervalo para a proporção, devemos verificar se a distribuição de amostragem de ො 𝑝 pode ser aproximada pela distribuição Normal. Isso ocorrerá se forem satisfeitas as condições: 𝑖 𝒏ෝ 𝒑 ≥ 𝟓; 𝑖𝑖 𝒏ෝ 𝒒 ≥ 𝟓 Se essas duas condições ocorrerem, podemos construir o intervalo de confiança para a proporção, que utilizará, para a determinação do valor crítico, a tabela da Normal:
  • 73. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 73 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Populações infinitas: 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑 − 𝒛𝒄 ෝ 𝒑 𝟏 − ෝ 𝒑 𝒏 ; ෝ 𝒑 + 𝒛𝒄 ෝ 𝒑 𝟏 − ෝ 𝒑 𝒏 Populações finitas: 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑 − 𝒛𝒄 ෝ 𝒑 𝟏 − ෝ 𝒑 𝒏 𝑵 − 𝒏 𝑵 − 𝟏 ; ෝ 𝒑 + 𝒛𝒄 ෝ 𝒑 𝟏 − ෝ 𝒑 𝒏 𝑵 − 𝒏 𝑵 − 𝟏 Uma população é considerada finita quando: 𝑛 𝑁 > 0,05
  • 74. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 74 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Quando não possuímos uma estimativa prévia do valor de ෝ 𝒑, utilizamos uma abordagem conservativa para o cálculo do intervalo de confiança, baseada no facto de que a expressão 𝑝(1– 𝑝) possui valor máximo igual a ¼ quando 0 ≤ 𝑝 ≤ 1. Populações infinitas: 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑 − 𝒛𝒄 𝟏 𝟒𝒏 ; ෝ 𝒑 + 𝒛𝒄 𝟏 𝟒𝒏 Populações finitas: 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑 − 𝒛𝒄 𝟏 𝟒𝒏 𝑵 − 𝒏 𝑵 − 𝟏 ; ෝ 𝒑 + 𝒛𝒄 𝟏 𝟒𝒏 𝑵 − 𝒏 𝑵 − 𝟏
  • 75. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 75 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Uma outra maneira de obtermos um intervalo de confiança para proporção é através da aproximação normal com correcção de continuidade. Considerando o processo anterior, a única diferença é que aqui não consideraremos simplesmente a proporção amostral ෝ 𝒑, mas sim uma correcção dela, dada por: ෝ 𝒑𝒄 = ෝ 𝒑 + 1 2𝑛 𝑠𝑒 Ƹ 𝑝 < 0,5 ෝ 𝒑 − 1 2𝑛 𝑠𝑒 Ƹ 𝑝 > 0,5 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑𝒄 − 𝒛𝒄 ෝ 𝒑𝒄 𝟏 − ෝ 𝒑𝒄 𝒏 ; ෝ 𝒑𝒄 + 𝒛𝒄 ෝ 𝒑𝒄 𝟏 − ෝ 𝒑𝒄 𝒏 O factor de continuidade é utilizado para melhorar a aproximação de uma variável aleatória discreta Ƹ 𝑝 pela distribuição normal que é contínua.
  • 76. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 76 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Pretende-se estimar a proporção de cura, através do uso de um certo medicamento em doentes contaminados com certa doença. Uma experiência consistiu em aplicar o medicamento a 200 pacientes, escolhidos ao acaso, e observar que 160 deles foram curados. O que podemos dizer da proporção da população em geral para um nível de confiança de 95%? Inicialmente, vamos calcular a proporção amostral: ො 𝑝 = 160 200 = 0,8 𝐼𝐶 = ො 𝑝 ± 𝑧𝑐 ො 𝑝 1 − ො 𝑝 𝑛 = 0,8 ± 1,96 0,8 1 − 0,8 200 = 0,8 ± 0,055 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟕𝟒𝟓; 𝟎, 𝟖𝟓𝟓
  • 77. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 77 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Numa amostra aleatória de tamanho 𝑛 = 700 foram encontrados 68 elementos defeituosos. Encontrar um intervalo de confiança de nível 95% para a proporção 𝑝 de elementos defeituosos. Temos que ො 𝑝 = 68 700 = 0,0971. Para 𝛼 = 0,05, temos pela tabela da distribuição normal que 𝑍0,025 = 1,96. Então o intervalo de confiança é dado por 𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = Ƹ 𝑝 − 𝑍𝛼 2 Ƹ 𝑝 1 − Ƹ 𝑝 𝑛 , Ƹ 𝑝 − 𝑍𝛼 2 Ƹ 𝑝 1 − Ƹ 𝑝 𝑛 𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 0,0971 − 1,96 0,0971 1 − 0,0971 700 , 0,0971 + 1,96 0,0971 1 − 0,0971 700 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟓𝟐; 𝟎, 𝟏𝟏𝟗 .
  • 78. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Proporção 78 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Numa amostra aleatória de tamanho 𝑛 = 700 foram encontrados 68 elementos defeituosos. Encontrar um intervalo de confiança de nível 95% para a proporção 𝑝 de elementos defeituosos. Temos que Ƹ 𝑝 = 68 700 = 0,0971. Assim, Ƹ 𝑝 < 0,5. Entãoෝ 𝒑𝒄 = 0,0971 + 1 2×700 = 0,0978. Para 𝛼 = 0,05, temos pela tabela da distribuição normal que 𝑍0,025 = 1,96. Então o intervalo de confiança é dado por 𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑𝒄 − 𝒛𝒄 ෝ 𝒑𝒄 𝟏 − ෝ 𝒑𝒄 𝒏 ; ෝ 𝒑𝒄 + 𝒛𝒄 ෝ 𝒑𝒄 𝟏 − ෝ 𝒑𝒄 𝒏 𝐼𝐶 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 0,0978 − 1,96 0,0978 1 − 0,0978 700 , 0,0978 − 𝑍𝛼 2 0,0978 1 − 0,0978 700 𝑰𝑪 𝝆, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟓𝟕𝟗; 𝟎, 𝟏𝟏𝟗𝟖
  • 79. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Taxa 79 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Consideremos uma amostra aleatória 𝑋1, … , 𝑋𝑛 de uma população com distribuição de Poisson com parâmetro 𝜆, isto é, 𝑋1, … , 𝑋𝑛~𝑃𝑜𝑖𝑠𝑠𝑜𝑛 𝜆 . Sabemos que መ 𝜆 = 1 𝑛 σ𝑖=1 𝑛 𝑋𝑖 é um estimador da máxima verosimilhança para 𝜆. Utilizando o teorema limite central, temos መ 𝜆 = 1 𝑛 ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑋𝑖 ~𝑁 𝜆, 𝜆 𝑛 ⟹ 𝑍 = መ 𝜆 − 𝜆 መ 𝜆 𝑛 ~𝑁0, 1. Analogamente aos casos anteriores obtemos um intervalo com de confiança para a taxa: 𝑰𝑪 𝝀, 𝟏 − 𝜶 = ෠ 𝝀 − 𝒁𝜶 𝟐 ෠ 𝝀 𝒏 ; ෠ 𝝀 + 𝒁𝜶 𝟐 ෠ 𝝀 𝒏 .
  • 80. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Taxa 80 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Num processo de uma fábrica, 72 peças foram escolhidas de forma aleatória e o número de defeitos encontrado em cada peça se encontra na tabela abaixo. Construa um intervalo de confiança, com 𝛼 = 0,05, para a taxa de defeitos nas peças. Temos que መ 𝜆 = 1 72 σ𝑖=1 𝑛 𝑋𝑖 = 0,64. Para 𝛼 = 0,05, temos pela tabela da distribuição normal que 𝑍0 , 025 = 1,96. Então, o intervalo de confiança é dado por 𝐼𝐶 𝜆, 1 − 𝛼 = 0,64 − 1,96 0,64 72 ; 0,64 − 1,96 0,64 72 = 0,455; 0,825 . 0 0 1 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 3 1 0 2 0 1 2 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 5 1 0 0 2 0 0 1 0 3 0 0 0 2 0 2 1 0 0 1 0 0 0 0 2 1 0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1
  • 81. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Variância & Desvio Padrão 81 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Para construirmos intervalos de confiança para a variância e desvio padrão, devemos lembrar que a estimativa pontual para 𝜎2 é 𝑠2 e que a estimativa pontual para 𝜎 é 𝑠. Além disso, devemos trabalhar com uma outra distribuição que não a Normal nem a t-Student: usamos a Qui-quadrado. Intervalo de confiança para a Variância: 𝑰𝑪 𝝈𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐 𝝌𝒔𝒖𝒑 𝟐 ; 𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐 𝝌𝒊𝒏𝒇 𝟐 Intervalo de confiança para o Desvio-padrão: 𝑰𝑪 𝝈, 𝟏 − 𝜶 = 𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐 𝝌𝒔𝒖𝒑 𝟐 ; 𝒏 − 𝟏 𝒔𝟐 𝝌𝒊𝒏𝒇 𝟐
  • 82. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Variância & Desvio Padrão 82 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Vamos encontrar os valores críticos 𝝌𝒊𝒏𝒇 𝟐 e 𝝌𝒔𝒖𝒑 𝟐 para um intervalo de confiança de 90%, quando o tamanho da amostra for igual a 20. Os graus de liberdade são: 𝒈. 𝒍. = 𝒏 – 𝟏 = 20 – 1 = 19. Para um intervalo de 90%, teremos uma área de 5% à esquerda de 𝜒𝑖𝑛𝑓 2 e de 5% à direita de 𝜒𝑠𝑢𝑝 2 . Mas, para utilizarmos a tabela, devemos pensar em valores à direita e, portanto, temos de 95% à esquerda de 𝝌𝒔𝒖𝒑 𝟐 e 5% à esquerda de 𝝌𝒊𝒏𝒇 𝟐 . Ou seja, 𝝌𝒔𝒖𝒑 𝟐 = 𝝌𝟏− 𝜶 𝟐 𝟐 e 𝝌𝒊𝒏𝒇 𝟐 = 𝝌𝜶 𝟐 𝟐
  • 83. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Variância & Desvio Padrão 83 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Um farmacêutico selecciona aleatoriamente 30 amostras de um antialérgico e as pesa. O desvio padrão da amostra é 1,20 miligramas. Supondo que os pesos são normalmente distribuídos, construa um intervalo de confiança de 99% para a variância e o desvio padrão da população. Para 𝑔. 𝑙. = 𝑛 − 1 = 30 − 1 = 29, os valores obtidos na tabela são: 𝜒𝑖𝑛𝑓 2 = 13,121; 𝜒𝑠𝑢𝑝 2 = 52,336 O intervalo de confiança para a variância é: 𝐼𝐶 = 𝑛 − 1 𝑠2 𝜒𝑠𝑢𝑝 2 ; 𝑛 − 1 𝑠2 𝜒𝑖𝑛𝑓 2 = 30 − 1 1,20 2 52,336 ; 30 − 1 1,20 2 13,121 𝑰𝑪 𝝈𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟖𝟎; 𝟑, 𝟏𝟖
  • 84. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Variância & Desvio Padrão 84 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Um farmacêutico selecciona aleatoriamente 30 amostras de um antialérgico e as pesa. O desvio padrão da amostra é 1,20 miligramas. Supondo que os pesos são normalmente distribuídos, construa um intervalo de confiança de 99% para a variância e o desvio padrão da população. Intervalo de confiança para o desvio−padrão: 𝑰𝑪 𝝈, 𝟏 − 𝜶 = 30 − 1 1,20 2 52,336 ; 30 − 1 1,20 2 13,121 = 𝟎, 𝟖𝟗; 𝟏, 𝟕𝟖 Assim, podemos dizer: com 99% de confiança a variância populacional está entre 0,80 e 3,18 miligramas2, enquanto que o desvio padrão fica entre 0,89 e 1,78 miligramas.
  • 85. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Razão entre duas Variâncias 85 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Se retiramos uma amostra aleatória 𝑋1, 𝑋2 … , 𝑋𝑛1 da população 1, com distribuição 𝑁 𝜇1, 𝜎1 2 , e uma amostra 𝑌1, 𝑌2 … , 𝑌𝑛2 da população 2, com distribuição 𝑁 𝜇2, 𝜎2 2 , para construir um intervalo de confiança para a razão entre duas variâncias de populações normais independentes, recorre-se a expressão 𝐹 definida por 𝐹 = 𝑠1 2 𝜎2 2 𝑠2 2 𝜎1 2 tem distribuição 𝐹 de Snedecor com 𝑛1 − 1 graus de liberdade no numerador e 𝑛2 − 1 graus de liberdade no denominador e denotamos por 𝐹 𝑛1−1; 𝑛2−1 . 𝑰𝑪 𝝈𝟏 𝟐 𝝈𝟐 𝟐 , 𝟏 − 𝜶 = 𝑭 𝜶 𝟐 𝒔𝟏 𝟐 𝒔𝟐 𝟐 ; 𝑭𝟏− 𝜶 𝟐 𝒔𝟏 𝟐 𝒔𝟐 𝟐 .
  • 86. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Razão entre duas Variâncias 86 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Observe que 𝑭 𝟏− 𝜶 𝟐 ; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏 e 𝑭 𝜶 𝟐 ; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏 = 𝟏 𝑭 𝟏− 𝜶 𝟐 ; 𝒏𝟐−𝟏; 𝒏𝟏−𝟏 𝑭 𝟏− 𝜶 𝟐 ; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏 = 𝑭 𝟎,𝟗𝟓;𝟖;𝟏𝟎 = 𝟑, 𝟎𝟕 𝑭 𝜶 𝟐 ; 𝒏𝟏−𝟏; 𝒏𝟐−𝟏 = 𝟏 𝑭 𝟎,𝟗𝟓;𝟏𝟎;𝟖 = 𝟏 𝟑, 𝟑𝟓 = 𝟎, 𝟐𝟗𝟖𝟓 𝑰𝑪 𝝈𝟏 𝟐 𝝈𝟐 𝟐 , 𝟏 − 𝜶 = 𝟎, 𝟐𝟗𝟖𝟓 ∗ 𝟕, 𝟏𝟒 𝟑, 𝟐𝟏 ; 𝟑, 𝟎𝟕 ∗ 𝟕, 𝟏𝟒 𝟑, 𝟐𝟏 = 𝟎, 𝟔𝟔𝟒; 𝟔, 𝟖𝟐𝟗
  • 87. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Diferença de Médias 87 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Caso 1: 𝝈𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝑿 − 𝒀 − 𝒁𝜶 𝟐 𝝈𝟏 𝟐 𝒏𝟏 + 𝝈𝟐 𝟐 𝒏𝟐 ; 𝑿 − 𝒀 + 𝒁𝜶 𝟐 𝝈𝟏 𝟐 𝒏𝟏 + 𝝈𝟐 𝟐 𝒏𝟐 Caso 2: 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 + 𝐈𝐠𝐮𝐚𝐢𝐬 𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝑿 − 𝒀 − 𝒕 Τ 𝜶 𝟐 𝒔𝒑 𝟏 𝒏𝟏 + 𝟏 𝒏𝟐 ; 𝑿 − 𝒀 + 𝒕 Τ 𝜶 𝟐 𝒔𝒑 𝟏 𝒏𝟏 + 𝟏 𝒏𝟐 𝑇 = 𝑋 − 𝑌 − 𝜇1 − 𝜇2 𝑠𝑝 1 𝑛1 + 1 𝑛2 ~𝑡𝑛1+𝑛2−2 𝑠𝑝 = 𝑛1 − 1 𝑠1 2 + 𝑛2 − 1 𝑠2 2 𝑛1 + 𝑛2 − 2
  • 88. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Diferença de Médias 88 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Caso 3: 𝝈𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 + 𝐃𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝑿 − 𝒀 − 𝒕 𝒗, Τ 𝜶 𝟐 𝒔𝟏 𝟐 𝒏𝟏 + 𝒔𝟐 𝟐 𝒏𝟐 ; 𝑿 − 𝒀 + 𝒕 𝒗, Τ 𝜶 𝟐 𝒔𝟏 𝟐 𝒏𝟏 + 𝒔𝟐 𝟐 𝒏𝟐 𝑇 = 𝑋 − 𝑌 − 𝜇1 − 𝜇2 𝑠1 2 𝑛1 + 𝑠2 2 𝑛2 ~𝑡𝑛1+𝑛2−2 𝜈 = 𝑠1 2 𝑛1 + 𝑠2 2 𝑛2 2 𝑠1 2 𝑛1 2 𝑛1 − 1 + 𝑠2 2 𝑛2 2 𝑛2 − 1
  • 89. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Diferença de Médias 89 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com Os dados a seguir correspondem a teores de um elemento indicador da qualidade de um certo produto. Foram recolhidas 2 amostras referente a 2 métodos de produção. Construa um intervalo de confiança para a diferença das médias dos dois métodos. A média referente ao método 1 é 𝑥1 = 3,63 e do método 2 é 𝑥2 = 3,96. Calculando as variâncias amostrais, obtemos 𝑠1 2 = ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥1𝑖 − 𝑥1 2 9 = 8,29 𝑠2 2 = ෍ 𝑖=1 𝑛 𝑥2𝑖 − 𝑥2 2 9 = 2,53 em que 𝑥1𝑖 são os teores referentes ao método 1 e 𝑥2𝑖 ao método 2, 𝑖 = 1, 2, … , 10. Os graus de liberdade são dados por Método 1 0,9 2,5 9,2 3,2 3,7 1,3 1,2 2,4 3,6 8,3 Método 2 5,3 6,3 5,5 3,6 4,1 2,7 2 1,5 5,1 3,5
  • 90. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Diferença de Médias 90 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝜈 = 8,29 10 + 2,53 10 2 8,29 10 2 9 + 2,53 10 2 9 = 14,028 Assim, da Tabela da distribuição 𝑡 de Student obtemos que 𝑡14,;0,025 = 2,145 e então temos que 𝐼𝐶 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 3,63 − 3,96 − 2,145 8,29 10 + 2,53 10 ; 3,63 − 3,96 + 2,145 8,29 10 + 2,53 10 𝑰𝑪 𝝁𝟏 − 𝝁𝟐, 𝟏 − 𝜶 = 𝟐, 𝟓𝟔; 𝟏, 𝟗𝟎
  • 91. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Diferença de Proporções 91 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com 𝑰𝑪 𝝆𝟏 − 𝝆𝟐, 𝟏 − 𝜶 = ෝ 𝒑𝟏 − ෝ 𝒑𝟐 ± 𝒛𝒄 ෝ 𝒑𝟏 𝟏 − ෝ 𝒑𝟏 𝒏𝟏 + ෝ 𝒑𝟐 𝟏 − ෝ 𝒑𝟐 𝒏𝟐
  • 92. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: Teoria da Estimação - Intervalar Diferença de Proporções 92 Wadiley Nascimento (Pós-Graduação em Estatística) Telm.: (+239) 980 1045 / 906 0200 E-mail: wadmiguel547@yahoo.com
  • 93. Wadiley Sousa do Nascimento Pós-Graduado em Estatística, Matemática e Computação – Ramo Estatística Computacional Mobile: +239 980 10 45 / 906 02 00 | Email: wadmiguel547@yahoo.com OBRIGADO