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“ Eu gosto de catar o mínimo e escondido.
Onde ninguém mete o nariz, aí entra o
meu com curiosidade estreita e aguda que
descobre o encoberto.”
(Machado de Assis, 11 de novembro de 1847)
Assim era Joaquim Maria Machado
de Assis
Alguém que colocava a essência humana
na microestrutura de sua obra. Para que o
leitor a observasse por meio de pequenos
gestos e de palavras aparentemente
irrelevantes, mas possuidoras de grande
significado na obra machadiana.
O universo machadiano constitui-se de um
permanente jogo entre a essência e a
aparência. Machado de Assis foi mestre
em utilizar a superfície do texto para
suscitar discussões e denunciar uma
sociedade patriarcal e escravocrata como
foi a de seu tempo. Por meio desta
superficialidade Machado de Assis vai
desnudando o psiquismo e as relações
humanas.
Machado de Assis não se furta do direito
de explorar o comportamento de seus
personagens em geral medíocres, pouco
inteligentes, frívolos e vaidosos
Outra característica importante na obra
machadiana e que merece destaque é o
anticlimax, que consiste em criar-se um conflito
cuja solução seja aparentemente previsível para
depois frustrar essa previsibilidade com uma
solução inusitada.
A estratégia estilística criada por M.A tem por
objetivo principal neutralizar o binômio
“felicidade ou desgraça” que permeava as obras
românticas.
E fortalecer os princípios realistas momento
literário do qual faz parte nosso brilhante
escritor. Pode-se afirmar diante da peculiaridade
do autor que: Machado de Assis não se prende
a um estilo de época. Cria seu próprio estilo.
“A fama de machado de Assis transcende sua
morte física”(José Paulo Ramos Junior-Discutindo
literatura – vol 4 p.37)
O CONTO MACHADIANO
 Além da concisão do pensamento,
sutileza de idéias e sobriedade de estilo
(EUGÊNIO GOMES, vol 70 p.7)
 Há um novo elemento que será
predominante em seus contos: o
humorismo irônico.
O Estilo de época
A base cultural e histórica do realismo é a
ciência, que dominou a segunda metade
do séc. XIX, chegando mesmo a adentrar
no século XX. O mundo se viu invadido
por uma onda materialista, com o
positivismo de Conte, o evolucionismo de
Darwin, o psicologismo de Wundt, o
determinismo de Taine. Nasce o gosto
pela análise.
 Análise psicológica ou sociológica
 A objetividade
 A observação
 A fidelidade
 A impassibilidade
 A imparcialidade
que são características dominantes do realismo
cujo objetivo era mostrar, um retrato fiel e
preciso da realidade.
Estrutura da obra
Conto estruturado em treze capítulos. M.A
fundamenta-se em possíveis “crônicas”.O
que se pode comprovar logo no início do
conto :”As crônicas da vila de Itaguaí
dizem que em tempos remotos...(O
alienista- Machado de Assis). Os tempos
remotos citados anteriormente remontam
à primeira metade do século XVIII
VAMOS AO CONTO
A publicação do Conto “ O alienista” em
algumas edições chega a possuir mais de
oitenta páginas o que leva alguns críticos
classificarem-no como novela. Porém em
“O alienista ao contrário da novela não há
grande número de células dramáticas e
preocupação em contar a história
simplesmente. Fatores importantes na
constituição da novela.
O alienista – capítulo I De como Itaguaí
ganhou uma “Casa de Orates”
Simão Bacamarte (protagonista da estória)
médico recém chagado da Europa estabelece
residência em Itaguaí casa-se com uma moça
chamada Evarista Mascarenhas, 25 anos, viúva
possuidora de pouca beleza , porém de
condições fisiológicas e anatômicas de primeira
ordem (de acordo com S.B). Sendo assim
poderiam ter ela e S.B filhos sãos e inteligentes
(a mulher enquanto reprodutora e responsável
pela perpetuação da família)
Simão bacamarte tinha a ciência como seu
universo e seu único emprego. Diante da
frustração de não ter um filho pois pensara em
tudo menos na possibilidade de D. Evarista ser
estéril .
S. B mergulha em seus estudos científicos cada
vez mais e acaba por ocupar-se com o “recanto
psiquiátrico”
“A saúde da alma... É a ocupaçãp mais digna
do médico” (O alienista – ed. Scipione p.1)
Decidido a estudar a mente humana (a loucura
mais especificamente) S. B. consegue o apoio da
Câmara para a construção da casa de Orates. A
empreitada causa estranheza em muitos
moradores do local
“— Olhe D.Evarista — disse-lhe o padre-
veja se seu marido dá um passeio ao Rio
de janeiro Isso de estudar sempre,
sempre, não é bom, vira o juizo.” (p.2
idem)
Capítulo II – Torrente de loucos
O alienista desvenda o mistério de seu
coração.
Caridade? “Se eu conhecer quanto se
pode saber, e não tiver caridade, não sou
nada.” — I epístola de São Paulo aos
Coríntios. (p. 3 idem)
Motivo principal
As causa e o remédio( motivo
aparente) “O principal nesta obra da Casa
Verde é estudar profundamente a loucura,
os seus diversos graus, classificar-lhes os
casos, descobrir enfim a causa do
fenômeno e o remédio universal.(p.3
idem)
Intenção verdadeira
Simão bacamarte deseja servir à ciência,
porém, sua intenção é atingir a glória e
ser a pessoa mais importante de Itaguaí.
“Machado de Assis desmascara a
hipocrisia humana”
Ao final de quatro meses estava
construída a Casa de Orates
Capítulo III – Torrente de loucos
“ A princípio , a inauguração do sanatório é
comemorada pela população. Entretanto, as
pessoas logo mudam de conduta, quando S.B.
recolhe à Casa Verde pessoas em cuja loucura
a população não acredita. Para S.B. o homem é
considerado um caso que deve ser analisado
cientificamente. S.B. representa a caricatura do
despotismo cientificista do século XIX (algo que
pode-se comprovar através de seu sobrenome).
S.B tornou-se vítima de suas próprias idéias,
recolhendo-se à Casa Verde por se considerar o
único cérebro bem organizado em Itaguaí.”
Capítulo IV, XI, XII – As teorias de
Simão Bacamarte
 São loucos aqueles que apresentarem um
comportamento anormal de acordo com o
conhecimento da maioria
 “A razão é o ,perfeito equilíbrio de todas
as faculdades, fora daí, insânia, insânia e
só insânia.”
 Os loucos agora são leais, os justos, os
honestos e imparciais. Dizia que se devia
admitir como normal o desequilíbrio das
faculdades e como ,patológico, o seu
equilíbrio
 O único ser perfeito de Itaguaí era o
próprio Simão Bacamarte. Logo somente
ele deveria ir para a Casa Verde.
O narrador
É de 3ª pessoa, portanto, onisciente. Sua
intenção é:
 analisar o comportamento humano,
procurando atingir os motivos essenciais
de sua conduta.
 Criticar a postura do cientista e do
extremo cientificismo
Observe que o narrador não conheceu Simão
Bacamarte e nem morou em Itaguaí e vale-se
dos cronistas a quem recorre constantemente:
“As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que em
tempos remotos vivera ali..”
Observe o uso do advérbio ali posicionando o narrador
em um lugar distante de onde ocorre a narrativa. Os
tempos remotos remontam a primeira metade do século
XVIII ( reinado de D.João V)
O narrador provavelmente mora ou morou
no Rio de Janeiro
“...agora que ela perdera as últimas
esperanças de respirar os ares da nossa
boa cidade..”(p.8 idem)
Observe o uso do pronome nossa o que
configura local de nascimento ou moradia
Os personagens
Já conhecemos bem Simão Bacamarte e
D. Evarista. Conheçamos agora outros
personagens.
 Crispim Soares – boticário muito amigo de
S.B. e admirador de sua obra
“humanitária”. Também passou pela Casa
Verde, pois não soube “ser prudente em
tempos de revolução”
 Padre Lopes : era o vigário do local.
Homem de muitas virtudes, foi recolhido
também à Casa verde por isso mesmo. Foi
posto em liberdade por ter traduzido
grego e hebraico, embora não soubesse
nada dessas línguas. Foi considerado
normal.
 Porfírio, o barbeiro: sua participação no conto é
das mais importantes posto que representa a
caricatura política na sátira machadiana.
Representa bem a ambição de poder, quando
lidera a rebelião que depôs o governo legal. Foi
preso na casa verde duas vezes; primeiro por ter
liderado a rebelião; segundo porque se negou a
participar de uma segunda revolução. “Preso por
ter cão, preso por não ter cão.” (p.31 idem)
O poder corrompe
Porfírio, ao assumir o poder em Itaguaí,
procura o apoio de Simão Bacamarte,
mostrando que, os políticos fazem
conchavos para manter-se no poder,
mesmo sendo ele um representante do
povo.
Decurso temporal
Toda a história se passa no passado,
havendo uso do flash back:
“As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que em
tempos remotos vivera ali um certo médico:
o Dr. Simão Bacamarte.”
Aspectos de crítica social
Pode-se perceber no povo Itaguaiense a
submissão, a fácil manipulação diante do
conhecimento e da liderança.
na figura de Porfírio analisa-se o político
sempre buscando vantagens pessoais
Simão Bacamarte aparece como símbolo de um
saber duvidoso, pois não se revela senão em
estado de pânico em que põe o universo,
quando ele procura determinar uma norma geral
de conduta para o comportamento humano,
igualando rasteiramente todos os indivíduos.É a
deformação do “cientista” que toma como
verdade absoluta os pressupostos da ciência e
comete, em seu nome, equívocos sucessivos
sem dar pelo absurdo de suas pretensões.”
Máximas machadianas
 Cada estação da vida é uma edição, que
corrige a anterior, e que será corrigida
também, até a edição definitiva,...
Memórias Póstumas de Brás Cubas
 Não tive filhos não transmiti a nenhuma
criatura o legado da nossa miséria. (idem)
O alienista
Na visão de
Cândido Portinari
BIBLIOGRAFIA
 ASSIS, Machado de , O Alienista e Outros
contos, Ed. Moderna. 2001
 ALENCAR, HERON DE . José de Alencar e a
Ficção Romântica. In COUTINHO, Afrânio. A
Literatura no Brasil, 3@ ed. Ver. Atual. Rio de
janeiro: José olympio; Niterói: Eduff,1986
 Pesquisa e org. Prof. Espec. Jandiassy Ribeiro

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O cientista e a loucura humana

  • 1.
  • 2. “ Eu gosto de catar o mínimo e escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu com curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto.” (Machado de Assis, 11 de novembro de 1847)
  • 3. Assim era Joaquim Maria Machado de Assis Alguém que colocava a essência humana na microestrutura de sua obra. Para que o leitor a observasse por meio de pequenos gestos e de palavras aparentemente irrelevantes, mas possuidoras de grande significado na obra machadiana.
  • 4. O universo machadiano constitui-se de um permanente jogo entre a essência e a aparência. Machado de Assis foi mestre em utilizar a superfície do texto para suscitar discussões e denunciar uma sociedade patriarcal e escravocrata como foi a de seu tempo. Por meio desta superficialidade Machado de Assis vai desnudando o psiquismo e as relações humanas.
  • 5. Machado de Assis não se furta do direito de explorar o comportamento de seus personagens em geral medíocres, pouco inteligentes, frívolos e vaidosos
  • 6. Outra característica importante na obra machadiana e que merece destaque é o anticlimax, que consiste em criar-se um conflito cuja solução seja aparentemente previsível para depois frustrar essa previsibilidade com uma solução inusitada. A estratégia estilística criada por M.A tem por objetivo principal neutralizar o binômio “felicidade ou desgraça” que permeava as obras românticas.
  • 7. E fortalecer os princípios realistas momento literário do qual faz parte nosso brilhante escritor. Pode-se afirmar diante da peculiaridade do autor que: Machado de Assis não se prende a um estilo de época. Cria seu próprio estilo. “A fama de machado de Assis transcende sua morte física”(José Paulo Ramos Junior-Discutindo literatura – vol 4 p.37)
  • 8. O CONTO MACHADIANO  Além da concisão do pensamento, sutileza de idéias e sobriedade de estilo (EUGÊNIO GOMES, vol 70 p.7)  Há um novo elemento que será predominante em seus contos: o humorismo irônico.
  • 9. O Estilo de época A base cultural e histórica do realismo é a ciência, que dominou a segunda metade do séc. XIX, chegando mesmo a adentrar no século XX. O mundo se viu invadido por uma onda materialista, com o positivismo de Conte, o evolucionismo de Darwin, o psicologismo de Wundt, o determinismo de Taine. Nasce o gosto pela análise.
  • 10.  Análise psicológica ou sociológica  A objetividade  A observação  A fidelidade  A impassibilidade  A imparcialidade que são características dominantes do realismo cujo objetivo era mostrar, um retrato fiel e preciso da realidade.
  • 11. Estrutura da obra Conto estruturado em treze capítulos. M.A fundamenta-se em possíveis “crônicas”.O que se pode comprovar logo no início do conto :”As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos...(O alienista- Machado de Assis). Os tempos remotos citados anteriormente remontam à primeira metade do século XVIII
  • 12. VAMOS AO CONTO A publicação do Conto “ O alienista” em algumas edições chega a possuir mais de oitenta páginas o que leva alguns críticos classificarem-no como novela. Porém em “O alienista ao contrário da novela não há grande número de células dramáticas e preocupação em contar a história simplesmente. Fatores importantes na constituição da novela.
  • 13. O alienista – capítulo I De como Itaguaí ganhou uma “Casa de Orates” Simão Bacamarte (protagonista da estória) médico recém chagado da Europa estabelece residência em Itaguaí casa-se com uma moça chamada Evarista Mascarenhas, 25 anos, viúva possuidora de pouca beleza , porém de condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem (de acordo com S.B). Sendo assim poderiam ter ela e S.B filhos sãos e inteligentes (a mulher enquanto reprodutora e responsável pela perpetuação da família)
  • 14. Simão bacamarte tinha a ciência como seu universo e seu único emprego. Diante da frustração de não ter um filho pois pensara em tudo menos na possibilidade de D. Evarista ser estéril . S. B mergulha em seus estudos científicos cada vez mais e acaba por ocupar-se com o “recanto psiquiátrico” “A saúde da alma... É a ocupaçãp mais digna do médico” (O alienista – ed. Scipione p.1)
  • 15. Decidido a estudar a mente humana (a loucura mais especificamente) S. B. consegue o apoio da Câmara para a construção da casa de Orates. A empreitada causa estranheza em muitos moradores do local “— Olhe D.Evarista — disse-lhe o padre- veja se seu marido dá um passeio ao Rio de janeiro Isso de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juizo.” (p.2 idem)
  • 16. Capítulo II – Torrente de loucos O alienista desvenda o mistério de seu coração. Caridade? “Se eu conhecer quanto se pode saber, e não tiver caridade, não sou nada.” — I epístola de São Paulo aos Coríntios. (p. 3 idem)
  • 17. Motivo principal As causa e o remédio( motivo aparente) “O principal nesta obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhes os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal.(p.3 idem)
  • 18. Intenção verdadeira Simão bacamarte deseja servir à ciência, porém, sua intenção é atingir a glória e ser a pessoa mais importante de Itaguaí. “Machado de Assis desmascara a hipocrisia humana” Ao final de quatro meses estava construída a Casa de Orates
  • 19. Capítulo III – Torrente de loucos “ A princípio , a inauguração do sanatório é comemorada pela população. Entretanto, as pessoas logo mudam de conduta, quando S.B. recolhe à Casa Verde pessoas em cuja loucura a população não acredita. Para S.B. o homem é considerado um caso que deve ser analisado cientificamente. S.B. representa a caricatura do despotismo cientificista do século XIX (algo que pode-se comprovar através de seu sobrenome). S.B tornou-se vítima de suas próprias idéias, recolhendo-se à Casa Verde por se considerar o único cérebro bem organizado em Itaguaí.”
  • 20. Capítulo IV, XI, XII – As teorias de Simão Bacamarte  São loucos aqueles que apresentarem um comportamento anormal de acordo com o conhecimento da maioria  “A razão é o ,perfeito equilíbrio de todas as faculdades, fora daí, insânia, insânia e só insânia.”
  • 21.  Os loucos agora são leais, os justos, os honestos e imparciais. Dizia que se devia admitir como normal o desequilíbrio das faculdades e como ,patológico, o seu equilíbrio  O único ser perfeito de Itaguaí era o próprio Simão Bacamarte. Logo somente ele deveria ir para a Casa Verde.
  • 22. O narrador É de 3ª pessoa, portanto, onisciente. Sua intenção é:  analisar o comportamento humano, procurando atingir os motivos essenciais de sua conduta.  Criticar a postura do cientista e do extremo cientificismo
  • 23. Observe que o narrador não conheceu Simão Bacamarte e nem morou em Itaguaí e vale-se dos cronistas a quem recorre constantemente: “As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali..” Observe o uso do advérbio ali posicionando o narrador em um lugar distante de onde ocorre a narrativa. Os tempos remotos remontam a primeira metade do século XVIII ( reinado de D.João V)
  • 24. O narrador provavelmente mora ou morou no Rio de Janeiro “...agora que ela perdera as últimas esperanças de respirar os ares da nossa boa cidade..”(p.8 idem) Observe o uso do pronome nossa o que configura local de nascimento ou moradia
  • 25. Os personagens Já conhecemos bem Simão Bacamarte e D. Evarista. Conheçamos agora outros personagens.  Crispim Soares – boticário muito amigo de S.B. e admirador de sua obra “humanitária”. Também passou pela Casa Verde, pois não soube “ser prudente em tempos de revolução”
  • 26.  Padre Lopes : era o vigário do local. Homem de muitas virtudes, foi recolhido também à Casa verde por isso mesmo. Foi posto em liberdade por ter traduzido grego e hebraico, embora não soubesse nada dessas línguas. Foi considerado normal.
  • 27.  Porfírio, o barbeiro: sua participação no conto é das mais importantes posto que representa a caricatura política na sátira machadiana. Representa bem a ambição de poder, quando lidera a rebelião que depôs o governo legal. Foi preso na casa verde duas vezes; primeiro por ter liderado a rebelião; segundo porque se negou a participar de uma segunda revolução. “Preso por ter cão, preso por não ter cão.” (p.31 idem)
  • 28. O poder corrompe Porfírio, ao assumir o poder em Itaguaí, procura o apoio de Simão Bacamarte, mostrando que, os políticos fazem conchavos para manter-se no poder, mesmo sendo ele um representante do povo.
  • 29. Decurso temporal Toda a história se passa no passado, havendo uso do flash back: “As crônicas da Vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico: o Dr. Simão Bacamarte.”
  • 30. Aspectos de crítica social Pode-se perceber no povo Itaguaiense a submissão, a fácil manipulação diante do conhecimento e da liderança. na figura de Porfírio analisa-se o político sempre buscando vantagens pessoais
  • 31. Simão Bacamarte aparece como símbolo de um saber duvidoso, pois não se revela senão em estado de pânico em que põe o universo, quando ele procura determinar uma norma geral de conduta para o comportamento humano, igualando rasteiramente todos os indivíduos.É a deformação do “cientista” que toma como verdade absoluta os pressupostos da ciência e comete, em seu nome, equívocos sucessivos sem dar pelo absurdo de suas pretensões.”
  • 32. Máximas machadianas  Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva,... Memórias Póstumas de Brás Cubas  Não tive filhos não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. (idem)
  • 33. O alienista Na visão de Cândido Portinari
  • 34. BIBLIOGRAFIA  ASSIS, Machado de , O Alienista e Outros contos, Ed. Moderna. 2001  ALENCAR, HERON DE . José de Alencar e a Ficção Romântica. In COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil, 3@ ed. Ver. Atual. Rio de janeiro: José olympio; Niterói: Eduff,1986  Pesquisa e org. Prof. Espec. Jandiassy Ribeiro