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INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO DE HOTELARIA E TURISMO
FÓRMULAS. FUNÇÕES E GRÁFICOS
Classe: 11ª
Sala: 21
Periódo: Tarde
Turma: RB11BT
Luanda, 2023
INFORMÁTICA
INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO DE HOTELARIA E TURISMO
Integrantes do Grupo
Nº Nome completo Percentagem de Participação
01 Adelina Nunes Josias
02 Avelino Marcos
03 André Avelino Pedro
04 Carlos Mateus
05 César Nicolau
06 Claudiomiro Mendes
07 Dora Pedro
08 Emília Canga
09 Esperança Mateus
10 Josefina Filipe
11 Sukuma Nlandu
FÓRMULAS. FUNÇÕES E GRÁFICOS
Trabalho de Informática, apresentado
pelos estudantes do Instituto Médio
Técnico de Hotelaria e Turismo, como
requisito de avaliação.
Docente
___________________________
Arnaldo Diogo
Luanda, 2023
AGRADECIMENTOS
A elaboração deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração, estímulo e
empenho de diversas pessoas. Gostariamos, por este facto, de expressar toda a nossa gratidão e
apreço a todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para que esta tarefa se tornasse
uma realidade. A todos queremos manifestar os nossos sinceros agradecimentos.
Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em nossa vida, autor de
nosso destino, nosso guia, socorro presente na hora da angústia, aos nossos pais е nossos irmãos.
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a Deus, que nos presenteia
todos os dias com a energia da vida, que nos dá forças
e coragem para atingir os nossos objectivos.
EPÍGRAFE
“Talvez não tenha conseguido fazer o
melhor, mas lutei para que melhor
fosse feito. Não sou o que deveria ser,
mas Graças a Deus, não sou o que era
antes.”
Martin Lther King
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................7
2. OBJECTIVOS...........................................................................................................................................8
2.1 Geral....................................................................................................................................................8
2.2 Específicos ..........................................................................................................................................8
3. Fundamentação Teórica ............................................................................................................................9
3.1 A Formação de Classes Sociais...........................................................................................................9
3.2 O Poder de Compra...........................................................................................................................10
4. IMPACTOS DA CRISE NO PODER DE COMPRA DAS FAMÍLIAS ANGOLANAS......................12
4.1 Cenário Político e Econômico...........................................................................................................12
4.2 Desemprego.......................................................................................................................................12
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................15
7
1. INTRODUÇÃO
O poder de compra é um assunto de grande importância e interesse pela população
angolana, pois possui relação directa com o poder aquisitivo de cada um. Em períodos de grande
instabilidade e oscilação econômica, saber ler e interpretar indicadores econômicos tão presentes
no dia-a-dia é fundamental para se ter um maior controle sobre as finanças pessoais e, com isso,
um maior aproveitamento sobre o salário. Com isso, este trabalho visa demonstrar a perca do poder
de compra das famílias angolanas a partir da análise de quatro indicadores econômicos: Produto
Interno Bruto, Inflação, Taxa de Juros e Taxa de Desemprego.
O poder de compra é uma preocupação do cidadão no seu dia-a-dia. Ele tem de fazer as
contas e ver se, com o que aufere, consegue assegurar a sua subsistência num dia, num mês, ao
longo do ano e se ainda resta algo para fazer face aos imprevistos (as doenças e outras maleitas).
Entre o período de 2017 a 2022, Angola se encontrava em uma forte crise política e
econômica. As constantes retrações do PIB, as crescentes taxas de desemprego, a pandemia de
COVI-19, o aumento da inflação e consequentemente os cortes nas taxas de juros resultaram em
um cenário de grande instabilidade política, crise de confiança e rebaixamento do grau de
investimento angolano por grandes agências de risco mundiais.
8
2. OBJECTIVOS
2.1 Geral
 O objectivo desse estudo será mostrar de que forma o poder de compra da
população angolana foi afetado durante a crise iniciada em 2017.
2.2 Específicos
 Compreender as definições e o comportamento da taxa de desemprego, taxa de
juros, inflação e PIB.
 Identificar quais componentes deverão ser considerados ao se estudar o poder de
compra da população.
 Analisar de que forma o cenário político e econômico influencia nas variações
no poder de compra da população, podendo tanto aumentá-lo como diminuí-lo.
9
3. Fundamentação Teórica
3.1 A Formação de Classes Sociais
A divisão da sociedade em classes não é um fenômeno recente, e para entender suas
origens é preciso voltar aos séculos XVII e XIX. Durante esse período, graças a uma burguesia de
alto poder aquisitivo e uma localização estratégica, foi desenvolvida na Inglaterra a Primeira
Revolução Industrial, período marcado pela transformação nos métodos de produção. O trabalho
artesanal - até então predominante -, era caracterizado por artesões que trabalhavam em suas casas
na cadeia completa de produção. Este modo de trabalho passou lentamente a ser substituído por
manufaturas, onde o trabalho ainda possuía a característica artesanal, mas com os primeiros
indícios de divisão de trabalho: Nesse momento, o trabalhador não era responsável por todo o
processo de produção, mas sim por um processo específico, o que facilitava e agilizava a produção.
Os indivíduos isolados só formam uma classe na medida em que têm que manter uma luta
comum contra outra classe; no restante, eles mesmos defrontam-se uns com outros na
concorrência. Por outro lado, a classe autonomiza-se em face dos indivíduos, de sorte que estes
últimos encontram suas condições de vida preestabelecidas e têm, assim, sua posição na vida e seu
desenvolvimento pessoal determinados pela classe, tornam-se subsumidos a ela. Trata-se do
mesmo fenômeno que o da subordinação dos indivíduos isolados à divisão do trabalho, e tal
fenômeno não pode ser suprimido se não se superam a propriedade privada e o próprio trabalho
(MARX & ENGELS, 1986, p. 84).
Em Angola, o processo de revolução industrial se desenvolveu tardiamente. Isso deve-se
ao facto de o país ter sua economia baseada, principalmente, em Petróleo. Em 2015-2017, a queda
da bolsa de valores de Nova York afetou seriamente a economia mundial, e Angola viu sua
exportação de Petróleo – principal produto da época – cair drasticamente, entrando em crise. Essa
crise levou a elite cafeeira, detentora de capital na época, a investir seu dinheiro em novas formas
de produção, como a produção industrial. Essa transição se deu graças a alianças políticas internas
autoritárias e conservadoras, mas que não vieram acompanhadas de reformas clássicas e essenciais
como a agrária, tributária e social. Com isso, houve a expansão e o acúmulo de terras por partes
de grandes latifundiários, o Estado se viu incapaz arrecadar tributos de forma suficiente para se
sustentar, e as classes mais baixas da população eram deixadas cada vez mais às margens, não
tento seus interesses atendidos. Desta forma, o cenário de exclusão e marginalização da população
mais pobre começou a se expandir.
10
Figura 1 ― Distribuição de Renda entre Classes no Brasil (2019)
Fonte: Google a partir de dados da Associação angolana de Empresas de Pesquisa
(Abep) - 2019
3.2 O Poder de Compra
De forma geral, o poder de compra pode ser definido como a quantidade de bens e
serviços uma pessoa pode adquirir em um determinado período e em uma mesma moeda. Sabemos
que o valor do dinheiro não permanece constante no tempo e possui a tendência a ser valorizado
ou desvalorizado, sendo necessário o desembolso de uma quantia maior ou menor na compra de
um mesmo bem. De itens simples, baratos, e essenciais ao dia-a-dia até os mais caros, supérfluos
e luxuosos, tudo o que pode ser comprado está suscetível a mudança de preços, e dificilmente o
valor desembolsado em algo se manterá constante ao passar dos anos. As vezes a mudança se da
de forma lenta e gradual, não apresentando grandes variações, mas nem sempre é assim. É
necessário, então, entender quais são as variáveis que influenciam na oscilação dos preços, e
entender também como essa oscilação impacta o poder de compra do consumidor.
Em Angola a actuação da entidade reguladora dos preços e a fiscalização exercida pelo
Ministério do Comércio têm obrigado os comerciantes a cumprirem com o que é legalmente
estabelecido. Porém, a grande margem representada pelo sector informal da economia rompe,
muitas vezes, com o que é razoável e aceitável.
É óbvio que a esta medida de depreciação do Kwanza o Executivo deve/vai associar outras que
devem permitir suavizar o impacto da perda de compra da moeda nacional. A rescisão do contrato
11
com a Brumangol, cuja vigência tinha incidências sobre o preço final dos bens e serviços
importados, é uma dessas medidas que se espera venha a ter reflexos no mercado. Outra
expectável, no segmento das telecomunicações, é o surgimento de um novo operador na rede
móvel e de televisão. É preciso não esquecer, entretanto, a intervenção para pôr ponto final à onda
de especulação artificialmente criada à volta do preço do saco de cimento.
Se no imediato é o crescimento da inflação que preocupa, a curto prazo importa referenciar como
factor positivo uma taxa de câmbio mais realista, maior acesso às divisas por parte dos empresários
através de regras mais transparentes, o fomento da concorrência e das boas práticas no mercado
que, por junto e atacado, nos vão dar como ganho um empresariado com uma nova estrutura de
pensamento.[Fonte: Jornal de Angola]
É importante destacar que estudar o poder de compra requer atenção, pois alguns fatores
podem influenciar significativamente o resultado das pesquisas. Podemos citar alguns exemplos:
Fatores geográficos, pois o poder de compra pode variar entre cidades e estados de um mesmo país
e fatores temporais, pois o poder de compra tende a ser alterado com o passar do tempo.
O coordenador do Observatório Político e Social de Angola, Sérgio Calundungo, afirmou
que o importante é que, em resultado destas medidas, se verifique uma redução ou, no mínimo,
um abrandamento do nível de preços dos bens e serviços essenciais, pois, ao longo do ano,
registou-se um acentuado crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços num período
de tempo relativamente curto.“Foi muito duro para algumas famílias terem de lidar com uma
situação de subida do preço das propinas, dos alimentos e de alguns serviços de saúde, sem que
vissem os seus rendimentos, sobretudo, os salariais, subirem na mesma proporção”, disse.
Relativamente às medidas de ajustamento fiscal, que visam essencialmente equilibrar o
orçamento do Governo através do aumento do imposto sobre o consumo de alguns produtos bens
e serviços, Sérgio Calundungo prevê um forte impacto na vida dos consumidores e das empresas.
É necessário verificar onde é que o Governo vai fazer cortes nas despesas, que segmentos
da população ficam mais afectados e que medidas existem para compensar os eventuais cortes nas
despesas, sendo, por agora, “prematuro falarmos dos efeitos destas medidas sem termos connosco
informações sobre os principais cortes nos gastos e as medidas de compensação previstas”, referiu.
Defendeu ser necessário preservar a contratação de funcionários em sectores como
educação, saúde, onde se há défice de funcionários e sugere também redução dos benefícios a
titulares de importantes cargos públicos.
12
Tal como Carlos Rosado, Sérgio Calundungo propõe que o Executivo clarifique se
Angola está perante a necessidade de medidas de austeridade, “que é outra forma de apelar aos
ajustes fiscais”. Em relação às medidas ligadas à política monetária e cambial, Sérgio Calundungo
sublinhou que o importante é saber se o cidadão comum vai poder ou não cumprir com os seus
compromissos com os fornecedores de bens e serviços no exterior do país.“Temos, além dos
empresários, um número considerável de cidadãos que se deslocam ao exterior do país em busca
de soluções em termos de serviços de saúde, educação, compra de bens e serviço e, estes, são os
que mais sofrem com esta situação”, disse. Para o economista é preciso inverter o cenário
económico e cambial em que empresários não conseguem importar componentes importantes para
máquinas e equipamentos que precisam para actuar no mercado nacional. “Todos estes aguardam
com esperanças de que as novas políticas implementadas venham a introduzir de facto um “novo
normal”
4. IMPACTOS DA CRISE NO PODER DE COMPRA DAS FAMÍLIAS
ANGOLANAS
4.1 Cenário Político e Econômico
Em 2017, ano marcado pelo último mandato do Ex. Presidente José Eduardo Dos Santos,
a economia angolana já apresentava sinais de fraquezas. Em um cenário desfavorável interna e
externamente, o país caminhava a passos largos para o que viria a ser a pior crise já registrada até
então. Antes de se verificar as consequências causadas por esse momento conturbado, este trabalho
abordará os principais factores que levaram à sua formação.
De acordo com Rossi e Mello (2017), também foram responsáveis pela crise factores
como falhas na condução econômica, incerteza eleitoral acerca da eleição de 2012, a queda do
preço das commodities e o avanço da operação Lava Jato, que afetou setores estratégicos da
economia.
4.2 Desemprego
Outro índice importante a ser analisado e que foi gravemente impactado com a crise
angolana foi o desemprego. Divulgado trimestralmente pela Folha 8, PNAD Contínua (Pesquisa
Nacional por Amostras de Domicílios) permite acompanhar as oscilações da força de trabalho no
13
curto, médio e longo prazo. Entre 2014 e 2018, a taxa de desemprego no país passou de
aproximadamente 7% para 13,7%, transformando a vida de milhares de angolanos que precisaram
buscar novas formas de obter seus rendimentos, como o trabalho informal e o por conta própria.
As constantes quedas no PIB, e por consequência a recessão econômica, foram factores
fundamentais para o agravamento do desemprego. Com a economia em crise, muitas empresas e
lojas são obrigadas a fechar as portas por falta de consumidores, uma vez que estes reduzem o
consumo por conta da insegurança sobre seus salários e postos de trabalho.
Figura 9 ― Taxa de Desemprego em Angola (2014 – 2018)
Caso o cenário de uma taxa de inflação de 5,8% em 2023 se concretize, deverá registar-se
uma nova perda do poder de compra as Famílias Angolanas. A maioria dos empregadores
(34%) espera antes uma atualização salarial entre os 2,5% e os 4,9%
A inflação galopante que se fez sentir durante o ano passado anulou a totalidade dos
aumentos salariais que os angolanos receberam. O resultado foi uma queda do poder de compra,
que, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), atingiu os 4%.
Apesar de o salário mensal em 2022 ter atingido 50 mil kz, em termos reais, ou seja,
descontando a taxa de inflação, este salário representa apenas 50 mil kz, um valor que é inferior
ao do salário de 2021 e que também é inferior ao salário de 2020. Num só ano, a taxa de inflação
mais alta dos últimos trinta anos, de 7,8%, engoliu os aumentos que se verificaram em 2020 e
2021.
CONCLUSÃO
14
Esse trabalho buscou, através de uma análise do contexto político-econômico de Angola
durante a 2ª década do século XXI, observar quais foram os factores que mais tiveram influências
sobre o poder de compra do consumidor angolano durante a crise de 2015 à 2018. Foi apresentada
uma breve descrição da construção do cenário que viria a se transformar nesse período de intensa
preocupação e insegurança por parte da população, seguido por uma análise da variação de cada
indicador econômico analisado, sendo eles: Produto Interno Bruto (PIB), Inflação, Juros e
Desemprego. Ao verificar o comportamento do PIB, foi encontrado um resultado semelhante ao
esperado. Por se tratar de uma crise econômica, é natural que esse indicador tenha uma queda
brusca, visto que a crise se traduz pela retração da actividade econômica do país. Esse índice pode
ser considerado um dos primeiros a ser analisado quando se busca entender o andamento geral da
actividade econômica, pois quanto mais alto, maior a produção de bens e serviços, e, por
consequência, maior o desenvolvimento da nação.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/detalhes.php?id=396757
2. ALVARENGA, Barbara de Souza; SANTOS, Fernando de Almeida. Estudo Comparativo
sobre o PIB e a Inflação no Brasil. Revista Faetec Zona Sul, ed. 1ª, Outubro 2014.
3. BALASSIANO, Marcel Grillo. Recessão Brasileira (2014-2016): Uma Análise por Meio
do Método do Controle Sintético do PIB, PIB per capita, Taxa de Investimento e Taxa de
Desemprego. Texto para Debate. Anpec 2018. Disponível em:
https://www.anpec.org.br/encontro/2018/submissao/files_I/i4-
e40f41cc1badaf4207dc9dc7f5823cc8.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.
4. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Controle e Inflação. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao. Acesso em: 26 out. 2019
5. BARBOSA FILHO, Fernando de Holanda. A crise econômica de 2014/2017. Estud. av.,
São Paulo, v. 31, n. 89, p. 51-60, Apr. 2017. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142017000100051&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 out. 2019
6. BONIFACIO, Gustavo Roberto. Desemprego e Inflação: reflexões sobre as causas e
consequências no Brasil. Fórum Liberdade Econômica, Londrina, 2017.

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  • 1. INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO DE HOTELARIA E TURISMO FÓRMULAS. FUNÇÕES E GRÁFICOS Classe: 11ª Sala: 21 Periódo: Tarde Turma: RB11BT Luanda, 2023 INFORMÁTICA
  • 2. INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO DE HOTELARIA E TURISMO Integrantes do Grupo Nº Nome completo Percentagem de Participação 01 Adelina Nunes Josias 02 Avelino Marcos 03 André Avelino Pedro 04 Carlos Mateus 05 César Nicolau 06 Claudiomiro Mendes 07 Dora Pedro 08 Emília Canga 09 Esperança Mateus 10 Josefina Filipe 11 Sukuma Nlandu FÓRMULAS. FUNÇÕES E GRÁFICOS Trabalho de Informática, apresentado pelos estudantes do Instituto Médio Técnico de Hotelaria e Turismo, como requisito de avaliação. Docente ___________________________ Arnaldo Diogo Luanda, 2023
  • 3. AGRADECIMENTOS A elaboração deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração, estímulo e empenho de diversas pessoas. Gostariamos, por este facto, de expressar toda a nossa gratidão e apreço a todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para que esta tarefa se tornasse uma realidade. A todos queremos manifestar os nossos sinceros agradecimentos. Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em nossa vida, autor de nosso destino, nosso guia, socorro presente na hora da angústia, aos nossos pais е nossos irmãos.
  • 4. DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a Deus, que nos presenteia todos os dias com a energia da vida, que nos dá forças e coragem para atingir os nossos objectivos.
  • 5. EPÍGRAFE “Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes.” Martin Lther King
  • 6. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................7 2. OBJECTIVOS...........................................................................................................................................8 2.1 Geral....................................................................................................................................................8 2.2 Específicos ..........................................................................................................................................8 3. Fundamentação Teórica ............................................................................................................................9 3.1 A Formação de Classes Sociais...........................................................................................................9 3.2 O Poder de Compra...........................................................................................................................10 4. IMPACTOS DA CRISE NO PODER DE COMPRA DAS FAMÍLIAS ANGOLANAS......................12 4.1 Cenário Político e Econômico...........................................................................................................12 4.2 Desemprego.......................................................................................................................................12 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................15
  • 7. 7 1. INTRODUÇÃO O poder de compra é um assunto de grande importância e interesse pela população angolana, pois possui relação directa com o poder aquisitivo de cada um. Em períodos de grande instabilidade e oscilação econômica, saber ler e interpretar indicadores econômicos tão presentes no dia-a-dia é fundamental para se ter um maior controle sobre as finanças pessoais e, com isso, um maior aproveitamento sobre o salário. Com isso, este trabalho visa demonstrar a perca do poder de compra das famílias angolanas a partir da análise de quatro indicadores econômicos: Produto Interno Bruto, Inflação, Taxa de Juros e Taxa de Desemprego. O poder de compra é uma preocupação do cidadão no seu dia-a-dia. Ele tem de fazer as contas e ver se, com o que aufere, consegue assegurar a sua subsistência num dia, num mês, ao longo do ano e se ainda resta algo para fazer face aos imprevistos (as doenças e outras maleitas). Entre o período de 2017 a 2022, Angola se encontrava em uma forte crise política e econômica. As constantes retrações do PIB, as crescentes taxas de desemprego, a pandemia de COVI-19, o aumento da inflação e consequentemente os cortes nas taxas de juros resultaram em um cenário de grande instabilidade política, crise de confiança e rebaixamento do grau de investimento angolano por grandes agências de risco mundiais.
  • 8. 8 2. OBJECTIVOS 2.1 Geral  O objectivo desse estudo será mostrar de que forma o poder de compra da população angolana foi afetado durante a crise iniciada em 2017. 2.2 Específicos  Compreender as definições e o comportamento da taxa de desemprego, taxa de juros, inflação e PIB.  Identificar quais componentes deverão ser considerados ao se estudar o poder de compra da população.  Analisar de que forma o cenário político e econômico influencia nas variações no poder de compra da população, podendo tanto aumentá-lo como diminuí-lo.
  • 9. 9 3. Fundamentação Teórica 3.1 A Formação de Classes Sociais A divisão da sociedade em classes não é um fenômeno recente, e para entender suas origens é preciso voltar aos séculos XVII e XIX. Durante esse período, graças a uma burguesia de alto poder aquisitivo e uma localização estratégica, foi desenvolvida na Inglaterra a Primeira Revolução Industrial, período marcado pela transformação nos métodos de produção. O trabalho artesanal - até então predominante -, era caracterizado por artesões que trabalhavam em suas casas na cadeia completa de produção. Este modo de trabalho passou lentamente a ser substituído por manufaturas, onde o trabalho ainda possuía a característica artesanal, mas com os primeiros indícios de divisão de trabalho: Nesse momento, o trabalhador não era responsável por todo o processo de produção, mas sim por um processo específico, o que facilitava e agilizava a produção. Os indivíduos isolados só formam uma classe na medida em que têm que manter uma luta comum contra outra classe; no restante, eles mesmos defrontam-se uns com outros na concorrência. Por outro lado, a classe autonomiza-se em face dos indivíduos, de sorte que estes últimos encontram suas condições de vida preestabelecidas e têm, assim, sua posição na vida e seu desenvolvimento pessoal determinados pela classe, tornam-se subsumidos a ela. Trata-se do mesmo fenômeno que o da subordinação dos indivíduos isolados à divisão do trabalho, e tal fenômeno não pode ser suprimido se não se superam a propriedade privada e o próprio trabalho (MARX & ENGELS, 1986, p. 84). Em Angola, o processo de revolução industrial se desenvolveu tardiamente. Isso deve-se ao facto de o país ter sua economia baseada, principalmente, em Petróleo. Em 2015-2017, a queda da bolsa de valores de Nova York afetou seriamente a economia mundial, e Angola viu sua exportação de Petróleo – principal produto da época – cair drasticamente, entrando em crise. Essa crise levou a elite cafeeira, detentora de capital na época, a investir seu dinheiro em novas formas de produção, como a produção industrial. Essa transição se deu graças a alianças políticas internas autoritárias e conservadoras, mas que não vieram acompanhadas de reformas clássicas e essenciais como a agrária, tributária e social. Com isso, houve a expansão e o acúmulo de terras por partes de grandes latifundiários, o Estado se viu incapaz arrecadar tributos de forma suficiente para se sustentar, e as classes mais baixas da população eram deixadas cada vez mais às margens, não tento seus interesses atendidos. Desta forma, o cenário de exclusão e marginalização da população mais pobre começou a se expandir.
  • 10. 10 Figura 1 ― Distribuição de Renda entre Classes no Brasil (2019) Fonte: Google a partir de dados da Associação angolana de Empresas de Pesquisa (Abep) - 2019 3.2 O Poder de Compra De forma geral, o poder de compra pode ser definido como a quantidade de bens e serviços uma pessoa pode adquirir em um determinado período e em uma mesma moeda. Sabemos que o valor do dinheiro não permanece constante no tempo e possui a tendência a ser valorizado ou desvalorizado, sendo necessário o desembolso de uma quantia maior ou menor na compra de um mesmo bem. De itens simples, baratos, e essenciais ao dia-a-dia até os mais caros, supérfluos e luxuosos, tudo o que pode ser comprado está suscetível a mudança de preços, e dificilmente o valor desembolsado em algo se manterá constante ao passar dos anos. As vezes a mudança se da de forma lenta e gradual, não apresentando grandes variações, mas nem sempre é assim. É necessário, então, entender quais são as variáveis que influenciam na oscilação dos preços, e entender também como essa oscilação impacta o poder de compra do consumidor. Em Angola a actuação da entidade reguladora dos preços e a fiscalização exercida pelo Ministério do Comércio têm obrigado os comerciantes a cumprirem com o que é legalmente estabelecido. Porém, a grande margem representada pelo sector informal da economia rompe, muitas vezes, com o que é razoável e aceitável. É óbvio que a esta medida de depreciação do Kwanza o Executivo deve/vai associar outras que devem permitir suavizar o impacto da perda de compra da moeda nacional. A rescisão do contrato
  • 11. 11 com a Brumangol, cuja vigência tinha incidências sobre o preço final dos bens e serviços importados, é uma dessas medidas que se espera venha a ter reflexos no mercado. Outra expectável, no segmento das telecomunicações, é o surgimento de um novo operador na rede móvel e de televisão. É preciso não esquecer, entretanto, a intervenção para pôr ponto final à onda de especulação artificialmente criada à volta do preço do saco de cimento. Se no imediato é o crescimento da inflação que preocupa, a curto prazo importa referenciar como factor positivo uma taxa de câmbio mais realista, maior acesso às divisas por parte dos empresários através de regras mais transparentes, o fomento da concorrência e das boas práticas no mercado que, por junto e atacado, nos vão dar como ganho um empresariado com uma nova estrutura de pensamento.[Fonte: Jornal de Angola] É importante destacar que estudar o poder de compra requer atenção, pois alguns fatores podem influenciar significativamente o resultado das pesquisas. Podemos citar alguns exemplos: Fatores geográficos, pois o poder de compra pode variar entre cidades e estados de um mesmo país e fatores temporais, pois o poder de compra tende a ser alterado com o passar do tempo. O coordenador do Observatório Político e Social de Angola, Sérgio Calundungo, afirmou que o importante é que, em resultado destas medidas, se verifique uma redução ou, no mínimo, um abrandamento do nível de preços dos bens e serviços essenciais, pois, ao longo do ano, registou-se um acentuado crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços num período de tempo relativamente curto.“Foi muito duro para algumas famílias terem de lidar com uma situação de subida do preço das propinas, dos alimentos e de alguns serviços de saúde, sem que vissem os seus rendimentos, sobretudo, os salariais, subirem na mesma proporção”, disse. Relativamente às medidas de ajustamento fiscal, que visam essencialmente equilibrar o orçamento do Governo através do aumento do imposto sobre o consumo de alguns produtos bens e serviços, Sérgio Calundungo prevê um forte impacto na vida dos consumidores e das empresas. É necessário verificar onde é que o Governo vai fazer cortes nas despesas, que segmentos da população ficam mais afectados e que medidas existem para compensar os eventuais cortes nas despesas, sendo, por agora, “prematuro falarmos dos efeitos destas medidas sem termos connosco informações sobre os principais cortes nos gastos e as medidas de compensação previstas”, referiu. Defendeu ser necessário preservar a contratação de funcionários em sectores como educação, saúde, onde se há défice de funcionários e sugere também redução dos benefícios a titulares de importantes cargos públicos.
  • 12. 12 Tal como Carlos Rosado, Sérgio Calundungo propõe que o Executivo clarifique se Angola está perante a necessidade de medidas de austeridade, “que é outra forma de apelar aos ajustes fiscais”. Em relação às medidas ligadas à política monetária e cambial, Sérgio Calundungo sublinhou que o importante é saber se o cidadão comum vai poder ou não cumprir com os seus compromissos com os fornecedores de bens e serviços no exterior do país.“Temos, além dos empresários, um número considerável de cidadãos que se deslocam ao exterior do país em busca de soluções em termos de serviços de saúde, educação, compra de bens e serviço e, estes, são os que mais sofrem com esta situação”, disse. Para o economista é preciso inverter o cenário económico e cambial em que empresários não conseguem importar componentes importantes para máquinas e equipamentos que precisam para actuar no mercado nacional. “Todos estes aguardam com esperanças de que as novas políticas implementadas venham a introduzir de facto um “novo normal” 4. IMPACTOS DA CRISE NO PODER DE COMPRA DAS FAMÍLIAS ANGOLANAS 4.1 Cenário Político e Econômico Em 2017, ano marcado pelo último mandato do Ex. Presidente José Eduardo Dos Santos, a economia angolana já apresentava sinais de fraquezas. Em um cenário desfavorável interna e externamente, o país caminhava a passos largos para o que viria a ser a pior crise já registrada até então. Antes de se verificar as consequências causadas por esse momento conturbado, este trabalho abordará os principais factores que levaram à sua formação. De acordo com Rossi e Mello (2017), também foram responsáveis pela crise factores como falhas na condução econômica, incerteza eleitoral acerca da eleição de 2012, a queda do preço das commodities e o avanço da operação Lava Jato, que afetou setores estratégicos da economia. 4.2 Desemprego Outro índice importante a ser analisado e que foi gravemente impactado com a crise angolana foi o desemprego. Divulgado trimestralmente pela Folha 8, PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios) permite acompanhar as oscilações da força de trabalho no
  • 13. 13 curto, médio e longo prazo. Entre 2014 e 2018, a taxa de desemprego no país passou de aproximadamente 7% para 13,7%, transformando a vida de milhares de angolanos que precisaram buscar novas formas de obter seus rendimentos, como o trabalho informal e o por conta própria. As constantes quedas no PIB, e por consequência a recessão econômica, foram factores fundamentais para o agravamento do desemprego. Com a economia em crise, muitas empresas e lojas são obrigadas a fechar as portas por falta de consumidores, uma vez que estes reduzem o consumo por conta da insegurança sobre seus salários e postos de trabalho. Figura 9 ― Taxa de Desemprego em Angola (2014 – 2018) Caso o cenário de uma taxa de inflação de 5,8% em 2023 se concretize, deverá registar-se uma nova perda do poder de compra as Famílias Angolanas. A maioria dos empregadores (34%) espera antes uma atualização salarial entre os 2,5% e os 4,9% A inflação galopante que se fez sentir durante o ano passado anulou a totalidade dos aumentos salariais que os angolanos receberam. O resultado foi uma queda do poder de compra, que, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), atingiu os 4%. Apesar de o salário mensal em 2022 ter atingido 50 mil kz, em termos reais, ou seja, descontando a taxa de inflação, este salário representa apenas 50 mil kz, um valor que é inferior ao do salário de 2021 e que também é inferior ao salário de 2020. Num só ano, a taxa de inflação mais alta dos últimos trinta anos, de 7,8%, engoliu os aumentos que se verificaram em 2020 e 2021. CONCLUSÃO
  • 14. 14 Esse trabalho buscou, através de uma análise do contexto político-econômico de Angola durante a 2ª década do século XXI, observar quais foram os factores que mais tiveram influências sobre o poder de compra do consumidor angolano durante a crise de 2015 à 2018. Foi apresentada uma breve descrição da construção do cenário que viria a se transformar nesse período de intensa preocupação e insegurança por parte da população, seguido por uma análise da variação de cada indicador econômico analisado, sendo eles: Produto Interno Bruto (PIB), Inflação, Juros e Desemprego. Ao verificar o comportamento do PIB, foi encontrado um resultado semelhante ao esperado. Por se tratar de uma crise econômica, é natural que esse indicador tenha uma queda brusca, visto que a crise se traduz pela retração da actividade econômica do país. Esse índice pode ser considerado um dos primeiros a ser analisado quando se busca entender o andamento geral da actividade econômica, pois quanto mais alto, maior a produção de bens e serviços, e, por consequência, maior o desenvolvimento da nação.
  • 15. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/detalhes.php?id=396757 2. ALVARENGA, Barbara de Souza; SANTOS, Fernando de Almeida. Estudo Comparativo sobre o PIB e a Inflação no Brasil. Revista Faetec Zona Sul, ed. 1ª, Outubro 2014. 3. BALASSIANO, Marcel Grillo. Recessão Brasileira (2014-2016): Uma Análise por Meio do Método do Controle Sintético do PIB, PIB per capita, Taxa de Investimento e Taxa de Desemprego. Texto para Debate. Anpec 2018. Disponível em: https://www.anpec.org.br/encontro/2018/submissao/files_I/i4- e40f41cc1badaf4207dc9dc7f5823cc8.pdf. Acesso em: 12 out. 2019. 4. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Controle e Inflação. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/controleinflacao. Acesso em: 26 out. 2019 5. BARBOSA FILHO, Fernando de Holanda. A crise econômica de 2014/2017. Estud. av., São Paulo, v. 31, n. 89, p. 51-60, Apr. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142017000100051&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 out. 2019 6. BONIFACIO, Gustavo Roberto. Desemprego e Inflação: reflexões sobre as causas e consequências no Brasil. Fórum Liberdade Econômica, Londrina, 2017.