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Nacionalismo e a 1a Guerra Mundial
1. A Primeira Guerra Mundial e o Nacionalismo
O Nacionalismo
O Nacionalismo, ideologia que se formou durante o século XIX e que representava um sentimento de
valorização da nação e da sua língua, cultura, religião, entre outros aspectos. O nacionalismo foi utilizado como
forma de persuasão das massas populares (trabalhadores pobres) para os desejos expansionistas da burguesia e
dos governantes dos países europeus. O discurso da necessidade do cidadão civil em se alistar no exército para
defender sua nação e pátria foi um recurso utilizado como forma de ampliar o contingente dos exércitos.
Nacionalismo e Imperialismo
O nacionalismo tornou-se no fim do século XIX e no início do século XX um vetor ideológico que
produziu diversas rivalidades, tanto no plano econômico-político quanto no plano militar. A rivalidade entre as
nações desse período desencadeou, por exemplo, o processo de colonização dos continentes asiático e africano –
processo esse que ficou conhecido como Imperialismo, termo usado para estabelecer a diferença com o
colonialismo dos séculos XVI e XVII realizado nas Américas. Como o Imperialismo implicava disputa por
território e integração entre o capital financeiro (bancos) e o capital industrial, as nações que o praticavam
ficaram conhecidas como “imperialistas”.
O fato é que, a despeito de terem sido importantes no processo de composição dos modelos políticos
atuais, sobretudo no mundo ocidental, as ideologias embutidas nos conceitos de Nacionalismo e Imperialismo
acabaram por arquitetar, posteriormente, os maiores horrores do século XX: as duas guerras mundiais
(1914-1918 e 1939-1945, respectivamente), que muitos autores encaram como sendo um único conflito, com
intervalo de 21 anos.
Nacionalismo e a Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918, foi o primeiro confronto capitalista em escala
global. As causas certamente foram várias, mas não há como negar que a busca por lucros não tenha tido papel
central. O confronto envolveu não somente os antigos impérios como também as colônias que controlavam,
entra elas colônias na África, no Oriente Médio, na China e no oceano pacífico. Uma verdadeira guerra pelo
controle do mundo, comandada pelos burgueses e pelos generais, mas que foi de fato lutada pelos trabalhadores
pobres. Estes mesmos trabalhadores, que em seus respectivos países eram explorados pelos burgueses, são então
enviados a lutar em uma guerra criada por esses mesmos burgueses. Além de já serem explorados, tiveram que
dar suas vidas por aqueles que os exploravam. E os exploradores mesmo nunca tocaram os campos de batalha.
“Lutamos pelo bem da Alemanha”, “lutamos pelo bem da Inglaterra” – bradavam os soldados e
generais … mas quem é Alemanha? Quem é Inglaterra? Ou melhor, o que é um país? Um país certamente é uma
abstração, uma generalidade. Não podemos tomar uma xícara de café com um país. Mas podemos sim tomar
uma xícara de café com aquelas pessoas concretas, que desencadearam a guerra e que se dizem representantes
de seus países. E quem seriam esses representantes? Seriam eles os trabalhadores que foram a campo lutar?
A primeira guerra mundial foi um evento catastrófico. Com 10 milhões de mortos em combate e terras
devastadas por componentes químicos das munições, foi um desastre imperialista de proporções globais. E o
que até hoje chama a atenção é que a análise permanece encoberta pela ilusão do nacionalismo. Até hoje se
repetem frases como “a Alemanha entrou em guerra com a França e a Inglaterra”. O problema é que países não
entram em guerra. Países são abstrações. O que de fato vai para a guerra são as pessoas, a grande maioria delas
soldados. E soldados são os trabalhadores. E não são os soldados que decidem por fazer guerra. Quem decide
pelo conflito são os que provavelmente, como raras exceções, não morrerão nele.
O nacionalismo, exaltado durantes as guerras, opera por encobrir as diferenças de classe. A comum
análise do ponto de vista de países e nacionalidades somente serve para apagar da história que a guerra
2. contemporânea é uma guerra controlada pelos burgueses e lutada pelos trabalhadores. A análise em termos de
nações oculta o componente da exploração e do fato de que são os explorados que se convertem em soldados.
Texto adaptado a partir de:
FERNANDES, Cláudio. Nacionalismo e Imperialismo. Disponível em: <https://escolakids.uol.com.br/
nacionalismo-imperialismo.htm>. Acesso em: 30 de abril de 2018.
MARX 21. A Primeira Guerra Global e o Nacionalismo. Disponível em: <https://marx21.com
/2013/04/14/a-primeira-guerra-global-e-o-nacionalismo>. Acesso em: 30 de abril de 2018.
PINTO, Tales dos Santos. Nacionalismo e I Guerra Mundial. Disponível em: <https://brasilescola
.uol.com.br/historiag/nacionalismo-i-guerra-mundial.htm>. Acesso em 30 de abril de 2018.