O documento descreve procedimentos para trabalho em altura, incluindo: (1) planejamento e autorização prévios são necessários, (2) análise de riscos deve considerar condições locais e externas, (3) trabalhadores devem estar conectados a pelo menos dois pontos de ancoragem independentes.
1. Procedimentos para trabalho em altura
DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado
por trabalhador capacitado e autorizado.
Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da
atividade.
A execução do serviço deve considerar as influências externas que
possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise
de risco.
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
Não é permitido subir sobre a carga e/ou estrutura superior dos
veículos. Em caso de extrema necessidade, a atividade só pode ser
realizada cumprindo este procedimento na íntegra.
2. As atividades de trabalho em altura não rotineiras
devem ser previamente autorizadas mediante
Permissão de Trabalho Perigoso.
Durante a execução da atividade o trabalhador deve
estar conectado a pelo menos duas cordas em pontos
de ancoragem independentes.
O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela
Análise de Risco;
O trabalhador deve permanecer conectado ao
sistema de ancoragem durante todo o período de
exposição ao risco de queda;
Procedimentos para trabalho em altura
DESCRIÇÃO DA AÇÃO – Continuação...
3. Quando houver exposições a agentes químicos que possam comprometer a integridade das cordas
ou equipamentos, devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com as
recomendações do fabricante considerando as tabelas de incompatibilidade dos produtos
identificados com as cordas e equipamentos;
Nas atividades nas proximidades de sistemas energizados ou com possibilidade de energização,
devem ser adotadas medidas adicionais;
O trabalho de acesso por corda deve ser interrompido imediatamente em caso de ventos
superiores a quarenta quilômetros por hora;
Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em condições
com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis quilômetros
por hora, desde que atendidos os seguintes requisitos: a) justificar a impossibilidade do adiamento
dos serviços mediante documento assinado pelo responsável pela execução dos serviços; b)
elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, suas causas, consequências e
medidas de controle, efetuada por equipe multidisciplinar coordenada por profissional qualificado
em segurança do trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta
norma, anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinada por todos
os participantes;
4. Análise de Risco para Trabalho em Altura
Um ponto bastante importante para o Trabalho em Altura é a Análise de Risco, que deve
ser feita obrigatoriamente antes de qualquer atividade em altura. Além de todos os riscos
naturais desse tipo de atividade, a análise de risco deve considerar:
O local em que o serviço será executado e o seu entorno.
O isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho.
O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem.
As condições meteorológicas adversas.
O risco de queda de materiais e ferramentas.
A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
5. 1. a) o local em que os serviços serão executados e seu
entorno;
Definição do local ou do equipamento onde serão realizados
os serviços, vale ressaltar que o entorno que deve ser
verificado tem e muito a dizer no tocante aos riscos da
operação: área energizada, área classificada, trânsito de
veículos ou de pessoas, etc.
6. b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
No tocante a definição da área de isolamento, mas especificadamente do tamanho/abrangência
desta área, é importante levar em consideração o possível efeito mola de materiais em queda, e
claro, que tipo de isolamento será eficaz neste cenário, fitas zebradas em locais onde há vento
normalmente não farão este isolamento com eficácia, assim, seria mais correto o uso de correntes
plásticas cordas, telas tapume, etc. No campo da sinalização é extremamente importante
padronizar placas informando ao público afetado por estas atividades sobre a execução das
mesmas, a dupla isolamento e sinalização deve ter procedimento e padronizada para a rápida
identificação das áreas com trabalhos em altura.
7. Permissão de Trabalho para Atividade em Altura
No caso de Atividades em Altura não rotineiras, é preciso que elas sejam previamente autorizadas e
aprovadas por uma Permissão de Trabalho, que deve ter a validade do tempo de execução da
atividade. Esse importante documento deve conter as seguintes informações:
Os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos.
As disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco.
A relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
8. Emergência e Salvamento
As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano
de emergência da empresa. Os recursos para respostas a emergências serão definidos a partir de
análise de risco considerando os possíveis cenários de situações de emergência, resultando no
plano de emergências.
De acordo com o plano de emergências, o empregador deve disponibilizar equipe apta para atuar
em caso de emergências para trabalho em altura, não significando que a equipe é dedicada a esta
atividade.
Esta equipe pode ser própria (composta por trabalhadores da empresa), externa ou composta
pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura (auto resgate), em função das
características das atividades.
A equipe externa pode ser pública ou privada. A pública pode ser formada pelo corpo de
bombeiros, defesa civil, SAMU ou serviços correlatos.
9. A utilização de equipes próprias, externas, públicas ou mesmo com os próprios trabalhadores deve
considerar a eficiência da resposta. As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento
devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.
A capacitação para os trabalhadores que atuam na emergência e salvamento não se confunde com a
capacitação inicial para executar trabalho em altura, não sendo o conteúdo e carga horária para esta
capacitação apenas os estabelecidos no subitem 35.3.2 da norma.
Se a empresa, de acordo com o seu plano de emergência, dispor ou necessitar de equipe própria ou
formada pelos próprios trabalhadores para executar o resgate e prestar primeiros socorros, os membros
desta equipe devem possuir treinamento adequado através de simulações periódicas, como se fossem um
caso real, para estar preparados a dar uma pronta e adequada resposta.
10. SUSPENSÃO INERTE
Suspensão inerte é a situação em que uma vítima, equipada com cinto
de segurança, permanece suspensa, completamente sem movimentos,
seja por estafa ou inconsciência. Dependendo da posição ou tempo em
que a pessoa fique suspensa, poderá sofrer consequências.
O uso do cinto de segurança, indispensável às atividades
em alturas, pode comprimir o fluxo de sangue do trabalhador e,
consequentemente, impedir que o sistema circulatório
funcione corretamente. Nessa situação, as fitas do cinto
impossibilitam a passagem adequada do sangue pelas artérias
e veias, principalmente nos membros inferiores.
11. Em pouco tempo, podem surgir alterações, como o aumento da frequência
cardíaca e da pressão das vias de condução sanguínea, a fim de restabelecer
a circulação. O corpo percebe que a medida não é eficaz e a pressão é
reduzida. Inicia-se, então, o depósito de sangue nos membros inferiores e a
diminuição da quantidade de oxigênio nesses e no cérebro.
O estrangulamento causado pelas fitas do cinto é capaz de promover
edemas e liberação de toxinas (acidose) por isquemia leve, cujos
desdobramentos podem gerar trombose venosa, insuficiência renal,
embolia pulmonar e fabricação de ácidos nos músculos. Confira alguns dos
sintomas:
12. ESTRIBO DE EMERGÊNCIA
Possui fivela de ajuste rápido para regulagem de altura, local para
colocar um ou os dois pés – com fita dupla para armar e identificar
ponto correto para pisar. Fica armazenado em bolsa de tecido com
fechamento em velcro – deixando para fora alça para puxar o estribo
para fora da bolsa para uso. Pode ser instalado
em qualquer modelo de cinto – através da fita superior por
entrelaçamento ou ainda ser instalado por mosquetão.