SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Baixar para ler offline
UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE
APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E
MONTESSORI
BRUNA HELOISA FACINA
MARINGÁ – PR
2018
BRUNA HELOISA FACINA
A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE
APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E
MONTESSORI
Artigo apresentado ao Curso de
Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
UNICESUMAR – Centro Universitário de
Maringá como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel(a) em
Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação
da Prof. Marcela Gomes de Albuquerque
Zalite.
MARINGÁ – PR
2018
FOLHA DE APROVAÇÃO
BRUNA HELOISA FACINA
A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE
APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E
MONTESSORI
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da
Prof. Marcela Gomes de Albuquerque Zalite.
Aprovado em: ____ de _______ de _____.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Me. Marcela Gomes de Albuquerque Zalite - Unicesumar
__________________________________________
Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)
__________________________________________
Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)
A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE
APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E
MONTESSORI
Bruna Heloisa Facina
RESUMO
A educação infantil é essencial no desenvolvimento humano, que engloba os aspectos
físicos, sociais e emocionais, constituindo assim, a base para a formação de uma
sociedade. Para isso, o espaço escolar deve proporcionar amplas condições de
aprendizagem. A pesquisa analisa os métodos pedagógicos idealizados por Rudolf
Steiner e Maria Montessori, que contestaram não só a forma de educar, mas também
o espaço em que se educa, estabelecendo uma relação entre a pedagogia e a
arquitetura. Este trabalho tem como propósito desenvolver um estudo a respeito da
arquitetura escolar como transformadora do ambiente de ensino. Com isso, objetiva-
se propor uma arquitetura baseada nos elementos alternativos propostos nas
pedagogias Waldorf e Montessori, de forma que possa ser aplicado em escolas
públicas de ensino tradicional, buscando estabelecer o ambiente físico como
complemento à educação brasileira. Para compreensão da relevância da instituição
educacional na vida criança, optou-se por uma revisão bibliográfica e análise de
correlatos. Por fim, o artigo resulta em diretrizes para a implantação de uma instituição
de ensino com essa arquitetura mista, com elementos mais humanizados, que
transmita a percepção de um ambiente familiar, acolhedor e seguro, onde as crianças
tenham liberdade para brincar, aprender e socializar, além de fortalecer a relação com
a natureza, propiciando um desenvolvimento saudável e natural.
Palavras-chave: Arquitetura escolar. Educação infantil. Pedagogias alternativas.
THE CONTRIBUTION OF SCHOOL ARCHITECTURE IN THE CHILDREN'S
LEARNING ENVIRONMENT THROUGH THE PEDAGOGIES WALDORF AND
MONTESSORI
ABSTRACT
Childhood education is essential in human development, includes physical, social and
emotional aspects, following the base for the formation of a society. For this, the school
space should provide ample learning conditions. The research analyzes the
pedagogical methods idealized by Rudolf Steiner and Maria Montessori, who
challenged not only the way of educating but also the space in which it is educated,
establishing a relation between pedagogy and architecture. The purpose of this work
is to develop a study about school architecture as a transforming educational
environment. The aim of this study is to propose an architecture based on the
alternative elements proposed in the Waldorf and Montessori pedagogies, so that it
can be applied in public schools of traditional teaching, seeking to establish the
physical environment as a complement to Brazilian education. To understand the
relevance of the educational institution in child life, was opted for a bibliographic review
and analysis of correlates. Finally, the article results in guidelines for the implantation
of an educational institution with this mixed architecture, implanted more humanized
elements, which conveys the perception of a familiar, welcoming and safe environment
where children are free to play, learn and socialize, in addition to strengthening the
relationship with nature, promoting a healthy and natural development.
Keywords: School architecture. Child education. Alternative pedagogies.
1 INTRODUÇÃO
Historicamente, a educação brasileira possui caráter elitista, sendo destinada a
uma pequena parcela da população que permanecia no poder. Com o passar do
tempo e com o desenvolvimento do país, a educação popularizou-se, assim como a
arquitetura escolar. Contudo, o sistema tradicional de ensino, presente na maioria das
escolas brasileiras, vem resistindo às transformações sociais ao longo dos séculos,
sendo fundamentado na centralização do professor como transmissor de conteúdo,
na posição de autoridade.
Em contrapartida ao sistema tradicional, diversas pedagogias alternativas
foram idealizadas, como a Waldorf e a Montessoriana, que adotam a descentralização
do professor, estimulando a aprendizagem por meio do ambiente e da interação entre
os alunos. Desse modo, o foco é o desenvolvimento social, intelectual, emocional e
ambiental das crianças. A presença da natureza, a preocupação com o conforto
ambiental e o autodidatismo são características fundamentais dessas novas
pedagogias.
Esse estudo justifica-se porque, apesar de pedagogias alternativas e políticas
públicas atuais dedicadas a promover espaços de qualidade para as crianças, ainda
são poucas as escolas projetadas com esse fim. Essa realidade demonstra a
necessidade de mudança no sistema de ensino brasileiro, principalmente sua relação
com o espaço físico. Desse modo, o objetivo desse artigo é unir arquitetura e
pedagogia, inserindo elementos arquitetônicos dos métodos alternativos Waldorf e
Montessori, para estabelecer uma arquitetura mista, mais humanizada, funcional à
qualquer pedagogia. Assim, a arquitetura transformaria o espaço físico em ambiente
de aprendizagem, contribuindo com o desenvolvimento infantil, sem restringir-se à
rigidez pedagógica, o que a tornaria amplamente acessível.
Para investigar como a arquitetura pode contribuir para a qualidade do ensino
infantil no Brasil, optou-se por uma revisão bibliográfica, através de obras publicadas
e artigos na internet, tendo como base pesquisadores da área de arquitetura,
pedagogia e educação para entender a importância dessa instituição na vida da
criança e quais conceitos são essenciais para o projeto de uma escola mais
humanizada.
6
O desenvolvimento do artigo se dividirá em três partes. Primeiro apresentará o
contexto histórico da educação e sua importância na formação da criança. Em
seguida, serão expostas as pedagogias alternativas Waldorf e Montessoriana, e seus
respectivos parâmetros de projeto. Por fim, abrangerá as questões acerca do sistema
de ensino atual e sua relação com o espaço físico, apresentando recomendações de
projeto para aplicação em escolas de ensino infantil.
2 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO MUNDO
A história da educação pode ser entendida como o desenvolvimento cultural,
econômico e político de uma sociedade, posto que a educação é vista como
transmissão de valores e aglomerado de conhecimento da coletividade. O princípio
da instituição escolar está na transferência de conhecimentos específicos para a
próxima geração, através de aprendizes e ajudantes (KOWALTOWSKI, 2011),
consolidando atividades profissionais como a de artesãos, agricultores, ferreiros e
carpinteiros.
Desde as grandes civilizações do Oriente Médio, a educação era fornecida
apenas a uma pequena parcela da população, pertencente às religiões dominantes,
que possuíam acesso à escrita, já que os templos ou igrejas operavam como escola
também. Apenas a partir do século XVI, com o surgimento da imprensa, a
alfabetização começou a atingir níveis mais abrangentes da população
(KOWALTOWSKI, 2011). Já a forma de ver o espaço escolar só se transforma a partir
do século XX, com o Movimento Moderno, onde o objetivo era favorecer o
desenvolvimento e o aprendizado da criança. Começam a surgir as primeiras ideias
em relação aos ambientes, como manter maior contato com o externo, interação entre
ambientes internos e externos e transparência espacial (BEYER, 2015).
Durante esse período, a arquitetura buscava simbolizar os avanços
tecnológicos da época, se desprendendo do passado. Começaram a surgir então,
movimentos de vanguarda na arquitetura, cujas características principais são o
racionalismo de suas formas, a padronização e a produção em série. No entanto,
surgiram também correntes que se distanciaram da racionalidade, que buscavam
formas mais próximas da natureza, como a arquitetura orgânica, ligada à paixão pela
vida, pela busca da essência do ser humano, e de formas orgânicas e expressivas
7
agradáveis ao corpo, à mente e ao espírito humano (ALVARES, 2010). Atualmente,
as escolas buscam transmitir os valores da sociedade à criança pela rotina escolar,
onde o professor exerce o papel da autoridade, e a retribuição pelo esforço ou
ociosidade se dá pela atribuição de notas (KOWALTOWSKI, 2011).
3 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO E DA ESCOLA NO BRASIL
No Brasil, os principais eventos históricos influenciaram a arquitetura escolar,
incluindo acontecimentos sociais, econômicos, políticos e culturais (KOWALTOWSKI,
2011). No período da Primeira República (1889-1930), originou-se a ideia de que para
um governo ser popular deveria haver um desenvolvimento nacional do ensino, o que
abriu portas para a alfabetização das massas, influenciada também pelo histórico da
educação na Europa e na América do Norte. A escola popularizou-se, mas a educação
não teve um grande desenvolvimento, porque a alfabetização era o saber ler, escrever
e calcular apenas, deixando de lado outros elementos fundamentais que completam
a educação (JÚNIOR, 2003), como o desenvolvimento criativo, artístico, musical,
manual e crítico das crianças.
Nessa época, a maioria dos edifícios escolares localizava-se em áreas anexas
às praças, com rebuscados detalhamentos, demonstrando a importância dada à
educação. O programa arquitetônico era vinculado ao projeto pedagógico, formado
por ambientes administrativos modestos e salas de aula, onde o professor fica na
frente, em posição de supervisão. Havia ainda uma forte separação entre setores
femininos e masculinos, e a formulação do espaço era vinculada ao Código Sanitário
de 1894 (KOWALTOWSKI, 2011), que estabelecia parâmetros de iluminação e
ventilação natural para renovação do ar, quantidade máxima de 50 alunos por sala de
aula, pátios ao ar livre e pátios cobertos, permitindo a atividade física até em dias de
chuva e, entre outros quesitos, não se permitia a matrícula de alunos não vacinados.
Na década de 1920 novos princípios da educação se incorporaram na
concepção dos projetos, como a unificação da legislação escolar, a partir da criação
de códigos de Educação nos Estados, e a criação de um planejamento que
considerasse um conjunto de necessidades. Esse programa arquitetônico de
necessidades estabeleceu alguns pontos a serem seguidos, como salas de aula
maiores, claras e bem ventiladas; sala de educação física e jogos; auditório; biblioteca;
8
instalações para assistência médica e higiênica. Em relação ao edifício, a arquitetura
moderna era predominante nas escolas da época, com formas simples e geométricas
(KOWALTOWSKI, 2011).
A datar da década de 1950, um novo processo de industrialização intensificou
a urbanização, aumentando a demanda por escolas, em quantidade, rapidez e
economia, mas que prejudicava a qualidade das construções escolares. Como
solução, novas técnicas construtivas e elementos pré-fabricados foram introduzidas,
cada vez mais simples e com materiais definidos. A racionalidade advinda da
industrialização caracterizou também elementos do ambiente escolar, como os
estudantes divididos por faixas etárias, a flexibilidade no uso dos espaços, a
viabilidade de ampliações e a avaliação local do clima no que diz respeito à insolação
e ventilação, além de considerar os acessos e fluxos do entorno e no interior da escola
(KOWALTOWSKI, 2011).
Já em 1988, com a nova Constituição Federal1, promulgada após um longo
período de ditadura militar no Brasil, procurou-se introduzir inovações e compromissos
em diversas áreas da sociedade, com destaque para a universalização do
atendimento escolar e erradicação do analfabetismo, com princípios de igualdade na
condição de acesso e de permanência, assim como a gratuidade do ensino público.
Com isso, abriu-se caminho à popularização do ensino básico, médio e superior,
gerando um processo de expansão do ensino público no Brasil.
A partir dessas diretrizes, há a inclusão da sala de informática e da quadra de
esportes na escola, ampliando as funções da edificação, como atividade de jogos,
festas e reuniões mais constantes, incentivando uma maior utilização dos espaços
escolares pelos alunos, e também pela comunidade aos fins de semana
(KOWALTOWSKI, 2011).
4 METODOLOGIAS PEDAGÓGICAS
A aprendizagem acontece em inúmeros espaços, como em uma praça, no
parque, por exemplo, e em nossas casas, onde ocorrem as primeiras lições de vida.
1
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 09 maio 2018.
9
Já a escola possibilita experiências educativas, em um ambiente construído
particularmente para este fim (BEYER, 2015), além de ser o primeiro ambiente de
socialização depois da família, onde as crianças desenvolvem as mais variadas
habilidades humanas e sua formação pessoal (OLIVEIRA, 2016).
Cada pessoa pode seguir um caminho diferente na hora de aprender. Isso
significa que, para um ensino eficiente, o professor deve levar em consideração as
diversas formas de aprendizagem dos alunos, ajudando-os também a explorar melhor
suas capacidades. Com base nisso, e em importantes obras do gênero, diferentes
metodologias de ensino foram surgindo ao longo das décadas (KOWALTOWSKI,
2011, p. 34).
O método mais comum é o chamado método tradicional, no qual um professor
fica responsável por uma turma, no caso do ensino fundamental, ou responsável por
uma disciplina, no caso do ensino médio (KOWALTOWSKI, 2011, p. 35). Nessa
metodologia, o ensino é focado na instrução e formação intelectual do ser humano,
com preocupação em transmitir o conteúdo cultural universal, por meio da figura de
autoridade em sala de aula, o professor. Já o aluno é considerado o sujeito passivo,
que desempenha o papel de receptor de conhecimentos produzidos por outros.
Nessas escolas, o ambiente deve propiciar a concentração da criança, principalmente
para realizar exercícios de fixação e avaliação, e as salas de aula devem ser
organizadas ao longo de corredores, favorecendo a supervisão dos estudantes
(ALVARES, 2016).
Entre as diversas metodologias alternativas surgidas a partir do séc. XIX,
destacam-se entre as mais importantes as de Maria Montessori e Rudolf Steiner,
que contestaram não só a forma de educar, como também o espaço em que se educa
(BEYER, 2015), e serão abordados com mais profundidade nos próximos capítulos.
Maria Montessori (1870-1952) propõe em seu método conhecer e respeitar o
desenvolvimento das crianças, fazendo com que a educação acompanhe o processo
natural da vida. O espaço deve ser preparado com elementos proporcionais à escala
da criança, estimulando a aprendizagem e tornando o processo educativo
espontâneo. Assim, o educador não teria atuação direta sobre a criança, mas
ofereceria meios para sua auto-formação. O ambiente, livre de obstáculos e com
10
formas simples, permite que diversas atividades possam ser realizadas
simultaneamente (BEYER, 2015; ALVARES, 2010).
Em 1919 surge a proposta de Rudolf Steiner (1861-1925), filósofo e educador,
idealizada como pedagogia Waldorf, que propõe outra visão da educação baseada na
busca da essência do ser humano, desenvolvendo não só o lado intelectual da
criança, mas também o emocional, o psicológico, o intuitivo e a experiência concreta.
A arquitetura proposta é baseada em seu estudo antroposófico, ou seja, a arquitetura
orgânica relacionada com a natureza, através das formas orgânicas, da utilização de
materiais reciclados e acessíveis em cada contexto, e da adaptação às condições
climáticas do ambiente sem recorrer a elementos artificiais. Os espaços ao ar livre tem
destaque nos projetos, pois permitem o agrupamento e debate, assim como os
espaços para a agricultura e as práticas artísticas e desportivas (BEYER, 2015;
ALVARES, 2010).
Estes pensadores abriram caminho para a construção de escolas que buscam
transformar o espaço de ensino, com projetos arquitetônicos atuais baseados nessas
teorias pedagógicas inovadoras, com espaços adequados para facilitar o aprendizado
(BEYER, 2015).
4.1 PEDAGOGIA WALDORF
A pedagogia Waldorf foi fundada pelo educador Rudolf Steiner (1861-1925) no
início do século XX e adota a Arquitetura Antroposófica (OLIVEIRA, 2016, p.21). A
primeira escola Waldorf foi fundada na Alemanha, em 1919, para filhos de
empregados de um diretor de fábrica de cigarros, que ficou encantado com as ideias
de Steiner. A principal intenção de Steiner, com sua pedagogia, era trabalhar o homem
como um todo na educação, não desenvolver somente o intelecto dos alunos
(ALVARES, 2010), mas trazer conhecimento do ser humano considerando sua
totalidade, com os aspectos físico, intelectual e emocional (OLIVEIRA, 2016).
Essa pedagogia trabalha sobre as qualidades e conhecimento que a criança já
possui (OLIVEIRA, 2016), ou seja, ela inicia com o que já sabe, para depois introduzir
algo novo, que não é familiar. É um processo de aprendizagem baseado na transição
de conhecimentos, entre uma matéria e outra, e a possibilidade de rever assuntos já
11
vistos, reforçando o aprendizado e promovendo uma repetição rítmica deles
(ALVARES, 2010).
As sugestões de Steiner para a arquitetura das escolas Waldorf foram para que
os edifícios fossem completamente funcionais, atendendo a todas as necessidades
do ser humano, estabelecendo uma conexão entre o espaço e a educação humana.
Seria o resultado da manifestação da vida, demonstrando dinamismo na disposição
dos espaços, desenvolvidos organicamente a partir do programa funcional e das
atividades às quais se destinam, com formas curvas e fluídas (OLIVEIRA, 2016).
4.2 ARQUITETURA WALDORF
As escolas Waldorf normalmente são associações de pais e/ou professores,
sendo mantidas e administradas por eles, com recursos próprios. Desta forma, não se
caracterizam como uma escola pública, e nem como uma escola particular tradicional
(OLIVEIRA, 2016). Segundo a Federação das Escolas Waldorf no Brasil – FEWB2,
fundada em 1998, o Brasil possui 78 escolas Waldorf afiliadas, sendo 42 apenas no
Estado de São Paulo, demonstrando que essa pedagogia alternativa está se
difundindo pelos estados, embora muito lentamente. Sendo de essencial importância
o uso de diretrizes projetivas adequadas à potencialização destas características
pedagógicas essenciais, utilizando-se de parâmetros que possibilitem a efetiva
aplicação deste método em novas escolas.
O primeiro parâmetro de projeto é a escola acolhedora, onde a escola possa
ser um local acolhedor para a comunidade, permitindo uma participação ativa,
dependendo do modo como é projetada. A aparência do edifício escolar pode ser
convidativa e aberta, num gesto acolhedor, como um abraço. A organização espacial
dos edifícios podem ser articulados de modo a envolver espaços comunitários internos
e externos, definindo uma área que proporciona sensação de proteção e aconchego,
que são importantes para as crianças menores. Outros elementos importantes para
esse acolhimento e conexão com a comunidade, são caminhos mínimos para carros,
2
FEWB – Federação das Escolas Waldorf no Brasil. Disponível em: <http://www.fewb.org.br/>. Acesso em: 12
maio 2018.
12
estacionamento fora da linha de visão das crianças, pequenas comunidades de
aprendizagem, acessibilidade, entrada em escala humana e que harmonize com a
coletividade (OLIVEIRA, 2016, p. 41).
Uma característica marcante das escolas de pedagogia Waldorf é a casa como
modelo para a escola, que defende uma transição suave para a escola, pois
normalmente é o primeiro ambiente público da criança. Para isso, é indicado que
ambientes de educação infantil tenham atmosfera semelhante ao lar (OLIVEIRA,
2016, p. 42-43), com crianças de idades variadas e com a orientação de pessoas mais
velhas, que representam uma espécie de família à criança (ALVARES, 2010).
A entrada deve ser coberta e acolhedora, criando um ambiente convidativo aos
usuários na transição ente ambiente público e escola, com elementos característicos
que compõem uma identidade arquitetônica. Por isso, é recomendável que o setor
administrativo esteja próximo à entrada, em razão de sua função de diálogo entre a
escola e a comunidade, além de possibilitar controle visual que providencie maior
segurança aos alunos. A organização espacial é composta, em sua maioria, por salas
de aula organizadas em torno de ambientes sociais, como praças internas e externas,
teatros e anfiteatros, ou seja, locais onde a comunidade escolar reúne-se e usufrui,
estimulando esse vínculo comunitário característico tão importante na escola Waldorf
(OLIVEIRA, 2016, p. 44-48).
As áreas de aprendizagem diversificadas são baseadas na premissa de que a
inteligência humana é dividida em oito grupos, desenvolvidos em níveis e modos
diferentes: musical, lógico-matemática, linguística, espacial, corporal-cinestésica,
naturalista, interpessoal e intrapessoal. Aliado a isso, o parâmetro propicia as diversas
modalidades de aprendizagem, como o compartilhamento de informações, a
aplicação do conhecimento adquirido na realidade prática, o aprendizado por meio de
alguém com maior conhecimento, e o adquirido por meio da introspecção e reflexão
individual. Assim, para atender as necessidades, capacidades e as potencialidades
de cada criança individualmente, são necessários ambientes físicos diversificados,
internos e externos, naturais e construídos. Como espaços para socialização, conexão
com a natureza, aulas expositivas, salas e oficinas para atividades de concentração
(OLIVEIRA, 2016, p. 50-51).
13
Segundo Oliveira (2016), os aspectos físicos das salas de aula devem ser
elaborados de modo que, além de transmitir o sentimento de segurança e proteção,
sejam mais agradáveis e eficientes ao desenvolvimento infantil. Com este fim, a
arquitetura das escolas Waldorf prega o uso de diferentes formatos nas salas de aula,
que incluem da planta baixa até as esquadrias, assim como a variação das dimensões
dos mobiliários e do próprio ambiente (BEYER, 2015). Podem também possuir cantos
com tetos mais baixos, transformando uma sala de aula em ambientes menores, que
aumentam a sensação de proteção e gera espaços para brincadeira e socialização.
Nesse sentido, as modificações do formato da sala de aula acompanham a
necessidade de desenvolvimento da criança, bem como sua escala e o tipo de
aprendizado (OLIVEIRA, 2016, p. 52-57).
Já quanto ao desenvolvimento artístico e criativo, em adição aos métodos
clássicos de ensino, baseados exclusivamente no conhecimento formal, as artes são
de extrema importância para o desenvolvimento da imaginação, criatividade e fantasia
das crianças. As salas de aula e a estrutura física da escola deve dar suporte para a
realização de trabalhos artísticos produzidos pelas crianças e pelos professores. Os
ambientes para apresentações musicais e artísticas podem ter variadas
configurações, como teatros formais, ou áreas de convívio informais e multifuncionais,
e também podem ocupar uma posição central na escola, ou ser maior que o conjunto
de edifícios (OLIVEIRA, 2016, p. 59-61).
Incluído entre os parâmetros de Waldorf, os trabalhos escolares podem ser
importante meio de aumento da apropriação e envolvimento dos alunos no meio
escolar. Pois, através de sua exposição próxima à entrada da escola e em outros
ambientes, à vista de todos os alunos e da comunidade externa, proporciona-se um
ambiente de acréscimo motivacional e reconhecimento pessoal por parte dos alunos,
devido ao estímulo ao seu desenvolvimento e destaque de seus talentos pessoais
(OLIVEIRA, 2016, p. 61-62).
Fundamental na arquitetura Waldorf, a conexão com a natureza estabelece os
ambientes externos como indispensáveis nas escolas, em razão do incentivo aos
alunos a ficarem mais tempo ao ar livre, em contato com a natureza e respirando ar
fresco. Exemplos dessas áreas externas são pátios não pavimentados, campos
abertos para práticas esportivas e artísticas, áreas para jardinagem, agricultura,
14
vegetação, árvores e áreas de socialização e festividades. São espaços para
brincadeira e descontração, mas também para fortalecer o vínculo com a terra e
ensinar às crianças sobre sua responsabilidade moral para com o meio ambiente.
Além disso, também são lugares de aprendizagem, que promovem o desenvolvimento
criativo, aumentam a mobilidade das crianças e melhoram o desempenho acadêmico
dos estudantes, através de jardins e hortas, por exemplo, que ajudam no estímulo dos
sentidos e no ensino sobre nutrição saudável e cultivo da terra (OLIVEIRA, 2016, p.
71-75).
Em razão da importância da natureza nessa pedagogia, essas escolas
localizam-se normalmente nas áreas rurais ou próximo a parques e paisagens
naturais. Isso traz alívio mental e visual para as crianças, com a possibilidade de vista
para a paisagem natural a partir do interior das salas, que contam com janelas com
peitoril adequado à escala da criança (KOWALTOWSKI, 2011; OLIVEIRA, 2016).
A iluminação natural é outro parâmetro fundamental nessa arquitetura, devendo
ser trabalhada junto com a cor, manipulável pelo professor de forma a melhorar o
processo de aprendizagem, adequando a iluminação à atividade a ser desenvolvida,
já que pode afetar o desempenho escolar, o humor e o bem-estar das crianças. A
iluminação artificial deve complementar a natural quando necessário, sendo essa
união a melhor opção para o aprendizado e conforto dos alunos nas salas de aula.
Outro importante fator que pode afetar diretamente o estudante é a ventilação natural,
que deve ser aproveitada o máximo possível, pois contribui para um ambiente
saudável, regulando a umidade e temperatura, evitando a formação de fungos e
propiciando uma melhor qualidade do ar (OLIVEIRA, 2016, p. 75-78).
As escolas características dessa pedagogia adotam elementos da arquitetura
sustentável, como forma de incorporar local, clima e cultura, respeitando a natureza e
desenvolvendo a consciência ecológica das crianças, promovendo um estilo de vida
sustentável. Essa arquitetura busca diminuir a intervenção da construção nas
características naturais do terreno em que está inserido, com o uso de materiais
vernaculares, tanto nas edificações quanto nos objetos, defende o uso do teto verde,
gestão de águas pluviais e estratégias de energia limpa, como paineis solares
(OLIVEIRA, 2016, p. 78-79).
15
Além dos parâmetros apresentados até agora, existem outros que
complementam a arquitetura Waldorf, como por exemplo, os espaços multifuncionais,
característicos do senso de comunidade preservado nesta pedagogia. Outro aspecto
importante é florescer o sentimento de pertencimento ao local de ensino, onde
pequenos espaços espalhados pela escola ajudam a criar ambientes onde as crianças
podem brincar e socializar com segurança. Há também uma preocupação em relação
à estética do edifício, com equilíbrio de cores e ritmo, além de fornecer um ambiente
sensorialmente estimulante (OLIVEIRA, 2016).
Um correlato que reúne alguns dos parâmetros de projeto da arquitetura
Waldorf é a Escola Trem Amarelo3, localizada em Tamil Nadu, na Índia, e projetada
pelo escritório Biome Environmental Solutions, em 2013 (Figura 01). A escola conta
com áreas para atividades em grupo, cantos que permitem a contemplação individual,
e espaços para exposição dos trabalhos feitos pelas crianças.
Figura 01 – Fachada e planta baixa da Escola Trem Amarelo, Índia
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental-
solutions (2013)
Como o clima é quente na região, os espaços de jogos e brincadeiras ficam
dentro do edifício, na forma de pátios cobertos, assim são acessíveis aos alunos em
todos os momentos, criando também espaços mais privativos. Um teatro ao ar livre,
que também pode ser usado como pátio externo, permite que as crianças liberem a
criatividade e criem atos improvisados.
3
Escola Trem Amarelo / Biome Environmental Solutions. 13 Jun. 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Delaqua,
Victor). Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental-
solutions>. Acesso em: 08 set. 2018.
16
Assim como estabelece os parâmetros da arquitetura Waldorf, essa escola
conta com uma planta adequada à escala infantil, possui janelas de peitoril baixo para
as crianças visualizarem o exterior de uma forma diferente, a ventilação natural é
predominante e a edificação é ajustada ao clima local (Figura 02).
Figura 02 – Pátio externo e pátio coberto da Escola Trem Amarelo, Índia
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental-
solutions (2013)
4.3 PEDAGOGIA MONTESSORIANA
A pedagogia Montessori foi idealizada pela educadora e médica italiana Maria
Montessori (1870-1952) no início do século XX, sendo em 1907 a fundação da
primeira escola montessoriana, a Casa dei Bambini, em San Lorenzo, uma área de
baixa renda em Roma. Segundo Alvares (2016), a missão dessa pedagogia é
“despertar a atividade infantil através do estímulo e promover a autoeducação da
criança, colocando meios adequados de trabalho a sua disposição”, uma vez que o
espaço físico assume a função de meio educador. Desta forma, o professor assume
o papel de observador, quando possui formação específica na “ciência da observação”
da abordagem Montessori (RÖHRS, 2010), e torna-se o elo entre a criança e o
ambiente educador (ALVARES, 2016).
A metodologia pedagógica Montessoriana consiste em equilibrar a interação de
corpo, vontade e inteligência, por meio da liberdade física da criança e da utilização
de material pedagógico autodidata, promovendo o aprendizado prematuro das
capacidades de leitura e escrita. A livre escolha das atividades, que desenvolve a
concentração e imaginação da criança, é essencial nesse método, assim como a
educação da vontade e da atenção (KOWALTOWSKI, 2011, p. 24-26).
17
A fundadora desta pedagogia elaborou, a partir da observação da criança e do
ritmo de seu desenvolvimento, o material didático que seria usado nas salas de aula,
abordando as áreas da linguagem, da matemática, das ciências, da vida cotidiana e
de questões sensoriais através de exercícios (ABEM, 2016). Esses materiais auxiliam
na coordenação motora, através da experimentação e manuseio, e provocam o
esforço individual das crianças, visto que os professores são apenas auxiliares da
aprendizagem (KOWALTOWSKI, 2011, p. 25-26).
4.4 ARQUITETURA MONTESSORIANA
O sistema Montessori, desde que este chegou ao Brasil em 1910, contou com
diversas tentativas de implantação, na maioria bem sucedidas, tanto na rede pública
como na rede privada. De acordo com estimativas da OMB – Organização Montessori
do Brasil4, fundada em 1996, o Brasil possui 53 escolas montessorianas afiliadas,
ocorrendo maior concentração no Estado de São Paulo, com 12 escolas.
Sua arquitetura procura fornecer um ambiente que respeite a individualidade,
as necessidades e capacidades dos alunos, valendo-se de princípios de ordem,
liberdade e respeito. Dessa forma, os espaços devem ser planejados para impulsionar
a cooperação, concentração e comunicação entre as crianças. Para que isto seja
possível, uma instituição de ensino montessoriana deve ser equipada com ambientes
específicos, como, por exemplo, laboratórios e bibliotecas, que auxiliam nos estudos
individuais e de socialização, e jardins e áreas externas, que trazem a presença da
natureza (ALVARES, 2016).
A relação do mobiliário nas salas de aula constitui um dos princípios da
arquitetura Montessoriana. Pois, organizado proporcionalmente à escala da criança,
com a inclusão de cadeiras e mesas em tamanho reduzido, disponíveis ao manuseio
de todos, estimula-se a aprendizagem e torna o processo educativo mais espontâneo
(BEYER, 2015; ALVARES, 2010). O mobiliário deve ser variado e possuir formas
simples e diversas, possibilitando que várias atividades sejam desenvolvidas
4
OMB – Organização Montessori do Brasil. Escolas Afiliadas. Disponível em: <http://omb.org.br/>. Acesso em:
01 jun. 2018.
18
simultaneamente, o que gera uma maior interação entre os alunos (COSTA, 2001).
Além disso, é recomendado que os materiais sejam absorventes de ruídos, para
melhorar a qualidade dos sons, visto que ambientes barulhentos tendem a resultar em
um pior rendimento acadêmico (RÖHRS, 2010).
A organização espacial do edifício escolar tem como característica agrupar as
salas de aula de acordo com as faixas etárias, sendo organizadas de modo que
tenham acesso às áreas de convívio comum, na forma de grandes corredores que
recebem atividades pedagógicas (ALVARES, 2016). Para este fim, há liberdade na
forma e tamanho desses ambientes, com o intuito de permitir a movimentação
independente dos alunos. Para tanto, ao menos uma porta da sala de aula deve levar
para o ambiente externo, a um cenário de paisagem natural, permitindo a passagem
das crianças de dentro para fora quando necessário (COSTA, 2001).
Já em relação ao ambiente externo, outro princípio da arquitetura
Montessoriana, se constitui pela presença de jardins, florestas ou campos, este pode
ser observado através de janelas que chegam quase a altura do piso, principalmente
em salas com crianças pequenas, permitindo que assistam crianças de outras
classes. A iluminação e ventilação naturais também são características dessas
escolas, que possuem grandes janelas, permitindo abundância de luz natural e um
bom fluxo de ar entre os ambientes, sendo fundamentais para o desempenho e saúde
dos alunos. Por último, a estética do ambiente é formada pela graça e harmonia de
linha e cor, combinada com a simplicidade exigida pela leveza do mobiliário
(ALVARES, 2016).
Uma escola que apresenta grande parte dos traços característicos da
metodologia Montessori é a Escola Montessoriana Waalsdorp5, localizada no distrito
de Benoordenhout, Haia, Holanda, e projetada pelo escritório De Zwarte Hond, em
2014.
O projeto foi elaborado dentro do sistema de educação montessoriano,
abrigando um grupo etário específico em cada uma das três unidades organizacionais
que abrigam as salas de aula, sendo separadas pelo ginásio de esportes. Além disso,
5
DeZwarteHond. Montessorischool Waalsdorp. Disponível em:
<https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp>. Acesso em: 27 maio 2018.
19
ambientes especiais como sala de brincadeiras, área de atenção extraclasse, sala de
estudos técnicos, refeitório e auditório se fazem presentes (Figura 03).
Figura 03 – Fachada e sala de aula da Escola Montessoriana Waalsdorp, Holanda
Fonte: https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp (2014)
Essas características estão conectadas por um grande corredor que fomenta a
aprendizagem, é um ambiente direcionado para que os alunos possam se conhecer e
trabalhar de forma independente fora da sala de aula, com amplo espaço para
brincadeiras e exposição de trabalhos escolares (Figura 04). O desenho dos
ambientes intensifica o caráter aberto e transparente do edifício, caracterizado pelo
extenso uso do vidro, pé-direito elevado e de vazios que conectam os dois andares e
os ambientes, que permitem a entrada de luz natural em seu interior.
Figura 04 – Corredor de aprendizagem e cozinha das crianças da Escola Montessoriana
Waalsdorp, Holanda
Fonte: https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp (2014)
Outro princípio do método Montessoriano aplicado foi adequar a escala da
criança ao o mobiliário interno e externo, que receberam grande atenção, sendo
20
planejados e detalhados para cada espaço específico, como estantes de livros e
estações de trabalho, incluindo a cozinha utilizada pelos alunos.
5 ARQUITETURA HUMANIZADA
Os diferentes métodos de ensino possuem diversas vantagens, como maior
liberdade e independência dos pequenos, contribui com o desenvolvimento individual
e social das crianças, e estimula a aprendizagem de habilidades manuais, artísticas e
esportivas. No entanto, as desvantagens também se fazem presentes, como o custo
elevado dos grandes terrenos, devido à necessidade de amplo espaço para instalação
dessas escolas, além de requerer condições específicas para serem eficazes, como
ambiente físico adequado, treinamento de funcionários e especialização de
professores.
Contudo, a qualidade da educação em qualquer instituição de ensino depende
do ambiente escolar, constituído por material didático, equipamentos, mobiliário,
conforto ao realizar atividades e a forma do espaço físico (KOWALTOWSKI, 2011,
p.36). Mas infelizmente, não é isso que vemos nos dias de hoje, onde o ensino
tradicional é predominante, mas ultrapassado. Escolas continuam repetindo o sistema
dos séculos passados, com professores na posição de autoridade inquestionável,
transferindo um conhecimento básico e inflexível, sem levar em conta a diversidade
de formas de aprendizado e habilidades dos estudantes (VALENCIA, 2016).
O filósofo francês Edgar Morin critica os sistemas educacionais atuais,
afirmando que a complexa sociedade contemporânea atual demanda estudos de
caráter inter-poli-transdisciplinar. Isso porque o sistema de ensino atual, ou seja, a
pedagogia tradicional apresenta o mundo e os saberes de forma dissociada, com uma
visão unidimensional que impossibilita assimilar os fatos (MORIN, 2014). O foco do
sistema educacional atual é a valorização da avaliação do aluno por meio de
conteúdos intelectuais específicos. Porém, grande parte dos estudantes fica em
desvantagem, pois esses conhecimentos não abrangem todos os tipos de
inteligências que o ser humano possui (COSTA, 2001). Para Morin (2014), é
importante estimular o autodidatismo e estabelecer novas práticas pedagógicas para
21
uma educação centrada na natureza humana, envolvendo as relações entre indivíduo,
sociedade e natureza.
Morin (2014) propõe sete necessidades de mudança para o futuro da
educação, apresentados à UNESCO em 1999 (KOWALTOWSKI, 2011). A primeira
refere-se ao próprio conhecimento humano, tendencioso ao erro e à ilusão, e também
às dificuldades em fornecer saberes no ensino. A segunda relaciona-se ao
discernimento de informações chave e a contextualização, que levam aos princípios
do conhecimento pertinente, capaz de assimilar problemas globais e fundamentais.
Na terceira, Morin afirma que é necessário reconhecer a humanidade comum e a
diversidade da condição humana, e compreender a unidade e complexidade do ser
humano, através da didática interdisciplinar. Na quarta, o autor mostra que é preciso
ensinar aos jovens a história da humanidade, apoiando relações positivas entre os
seres humanos, com mais compreensão e empatia, ensinando também a identidade
e a consciência terrena. A quinta mudança diz respeito a enfrentar as incertezas, pois
o futuro é incerto, então deve-se ensinar a tomar decisões e estratégias para corrigir
ações a partir das informações disponíveis. Na sexta, Morin expõe que é preciso
também ensinar a compreensão, o respeito pelos princípios e ideias das outras
pessoas e seus estilos de vida. A última mudança proposta pelo autor é a ética do
gênero humano, mostrando o circuito indivíduo-sociedade, que ensina a democracia,
e o circuito indivíduo-espécie, que ensina a cidadania terrestre (MORIN, 2014).
A educação tem uma grande influência sobre a humanidade, pois não se trata
somente da transmissão de conhecimentos intelectuais, mas também do
desenvolvimento da consciência coletiva, individual, emocional e ecológica. Esses
valores são fundamentais para o ser humano, e devem ser ensinados na infância,
período de maior influência para moldar sua personalidade. Dessa maneira, as
crianças se tornam adultos mais completos e bem preparados, que pensam no bem
estar coletivo, no meio ambiente e nas gerações futuras, sendo a educação a solução
primária de diversos problemas sociais.
Assim, de forma a considerar os seres humanos em sua humanidade, como
aptos a tomar decisões que propiciem a colocação do homem como um fim em si
mesmo, não considerando este como um simples meio, ferramenta da indústria
consumista de massificação da educação, se torna possível o alcance da educação
22
nas escolas sob o imperativo prático da dignidade da pessoa humana, como exposto
por Imannuel Kant6. Uma vez que, segundo o filósofo, a dignidade apenas se torna de
nosso alcance conforme o imperativo: “age de tal maneira que possas usar a
humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e
simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio”.
Atualmente, há um entendimento geral da população de que somente métodos
e teorias podem melhorar o ensino e a escola, desconsiderando as variáveis da
sociedade brasileira, como o modelo de distribuição de renda, a qualidade de vida das
pessoas e o investimento no profissional da educação e na organização do ensino.
Por causa disso, as únicas tentativas substanciais de democratização da escola e do
ensino no país foram as opções por teorias pedagógicas diferentes. Poucas vezes
políticas educacionais foram baseadas na análise da situação sociopolítica do país,
levando em conta o papel que a escola desempenha na transformação da sociedade
(RÖHRS, 2010).
No entanto, algumas pedagogias alternativas, como a Waldorf e a
Montessoriana, encontraram condições de inserção dos métodos quase que
exclusivamente nas escolas privadas brasileiras, destinadas às classes mais
favorecidas, pelo fato de demandarem material especializado, formação específica de
professores e amplo espaço para as atividades oferecidas (RÖHRS, 2010). Por conta
disso, a arquitetura característica dessas pedagogias, cujo propósito é ensinar às
crianças valores que as acompanham até a vida adulta, com a ajuda de um ambiente
educador, fica restrita a poucas unidades privadas espalhadas pelo país, enquanto a
pedagogia tradicional, que tem como objetivo preparar os estudantes para o ensino
superior e capacitá-los para o ofício da profissão, é amplamente difundida por estar
presente na grande maioria das escolas públicas brasileiras, mas que contam com
uma arquitetura rígida e padrão.
A partir desse pensamento, é concebida a proposta de uma arquitetura escolar
mista, mais humanizada, baseada em parâmetros de projetos da arquitetura Waldorf,
aliados a princípios da arquitetura Montessoriana, que juntos, estabelecem diretrizes
capazes de fornecer mudanças na aprendizagem e desenvolvimento das crianças
6
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafisica dos costumes e outros escritos. São Paulo: Martin Claret,
2002.
23
através do ambiente físico, sem necessariamente seguir um método pedagógico
específico. A aplicação dessa arquitetura humanizada seria mais tangível em relação
à massificação do ensino, flexibilizando a rigidez usual destes métodos em prol da
praticidade de sua aplicação. Pois, sem um método rígido de ensino pré-estabelecido,
essa nova concepção da arquitetura poderia ser amplamente aplicada às escolas
públicas, de ensino tradicional, por não influenciar diretamente no método pedagógico,
mas sim, estabelecer o ambiente físico como complemento à educação brasileira.
Essa arquitetura escolar humanizada seria composta, em relação à arquitetura
Waldorf, pelos princípios de escola acolhedora, tanto aos alunos quanto à
comunidade; salas de aula com possibilidade de variação do layout; espaços para
socialização e brincadeiras; salas e oficinas para atividades artísticas e de
concentração; ambiente para apresentações; lugares para exposição de trabalhos
escolares, à vista dos alunos e da comunidade; conexão com a natureza, através de
vegetação, área para jardinagem e campos abertos para práticas esportivas;
iluminação e ventilação naturais; arquitetura sustentável; formas orgânicas e espaços
multifuncionais.
Já no que diz respeito à arquitetura Montessoriana, os seguintes princípios
seriam adotados: ambientes específicos para estudos e socialização, como
laboratórios e bibliotecas; presença da natureza através de jardins, áreas externas e
cenários naturais; agrupamento das salas de aula de acordo com as faixas etárias,
com acesso às áreas de convívio comum e corredores de aprendizagem; liberdade
na forma e tamanho dos ambientes; acesso entre a sala de aula e o ambiente exterior,
de livre passagem dos alunos; janelas na altura do observador infantil; iluminação e
ventilação naturais; e em relação ao mobiliário, se possível, deve ser adequado à
escala das crianças, simples e leve, facilitando seu deslocamento.
Um exemplo de escola que reúne grande parte desses parâmetros de projeto
de uma arquitetura mais humanizada é a Escola Tidhar7, localizada em Afula, Israel,
e projetada pelo escritório Schwartz Besnosoff Architects, em 2013. A escola possui
uma abordagem diferenciada, baseada na relação entre sustentabilidade e o ambiente
7
Escola Tidhar / Schwartz Besnosoff. 08 Mar 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo). Disponível em:
<https://www.archdaily.com.br/br/783270/escola-tidhar-school-schwartz-besnosoff-architects>. Acesso em:
27 maio 2018.
24
existente, com a presença da paisagem verde ao redor, que caracteriza o espaço
público aberto. As salas de aula são organizadas em volta de pequenos pátios verdes,
que criam espaços mais privativos, com caminhos luminosos e arejados. Deste modo,
os alunos podem vivenciar o ambiente verde como parte do processo de
aprendizagem através de aulas ao ar livre (Figura 05).
Figura 05 – Fachada e planta baixa da Escola Tidhar, Israel
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/783270/escola-tidhar-school-schwartz-besnosoff-
architects (2013)
A escola conta com uma planta flexível e adequada à escala infantil, possui
janelas de peitoril baixo que concede visão do exterior às crianças, a altura variável
das esquadrias permite várias opções de luz e ventilação natural, facilmente
manipulável pelos usuários, e a edificação é adaptada ao clima da região.
Com a união desses elementos, uma arquitetura participativa do ensino infantil
se tornaria acessível ao grande público, não somente a minorias já socialmente
favorecidas, enriquecendo a experiência humana no ambiente de ensino. Tais
princípios devem ser tratados como base, e não como modelos fixos, para alcançar
uma arquitetura de qualidade, beneficiando a todos os envolvidos.
6 CONCLUSÃO
A educação exerce um papel extremamente relevante, sendo elemento
fundamental e formador da base da sociedade. Além de ser a transmissão de valores
e conhecimentos da coletividade, é responsável por formar o cidadão e o capacitar
profissionalmente. É na infância que o ser humano desenvolve sua personalidade e
25
seus princípios, sendo de suma importância uma educação de qualidade nesse
período, desenvolvendo a criança e tornando-a um adulto completo e preparado para
os problemas da sociedade.
As considerações desenvolvidas neste trabalho possibilitaram a compreensão
dos métodos educacionais alternativos Waldorf e Montessori, e de como a arquitetura
os complementa, já que necessitam de ambientes amplos e flexíveis, propícios ao
aprendizado, contribuindo na promoção de um ensino de melhor qualidade para a
educação infantil.
Observando o cenário brasileiro, o principal ponto negativo dessas pedagogias
é a grande dificuldade da aplicação prática de métodos estritamente teóricos. Em
contrapartida, o método tradicional é amplamente difundido no sistema público de
ensino, pelo fato do espaço físico ser irrelevante à sua aplicação. Em resposta à esse
problema, os aspectos abordados nessa pesquisa servirão como base para a criação
de diretrizes que conduzirão a elaboração de um projeto escolar de arquitetura
humanizada, que une elementos das arquiteturas Waldorf e Montessori. Com isso, o
ambiente da escola é transformando em um aliado no ensino, sendo essa arquitetura
humanizada possível de ser aplicada em qualquer escola, independente do método
pedagógico proposto, tornando-a acessível ao grande público.
Logo, o espaço arquitetônico do ambiente escolar, principalmente do infantil,
caracteriza-se como um conjunto de elementos responsáveis por influenciar
diretamente na aprendizagem dos alunos. Deve transmitir a percepção de um
ambiente familiar, acolhedor e seguro, onde as crianças possam brincar, aprender e
socializar livremente, além de potencializar a interação com a natureza, possibilitando
um desenvolvimento natural e saudável.
REFERÊNCIAS
ABEM – Associação Brasileira de Educação Montessoriana. 2016. Disponível
em: <http://www.montessoribrasil.com.br/#!0>. Acesso em: 01 jun.2018.
ALVARES, Sandra Leonora. Traduzindo em formas a pedagogia Waldorf. 2010.
147f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
26
Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~laforma/art/Alvares_SandraLeonora_M.
pdf>. Acesso em: 21 maio 2018.
ALVARES, Sandra Leonora. Programando a Arquitetura Escolar: a relação entre
Ambientes de Aprendizagem, Comportamento Humano no Ambiente Construído e
Teorias Pedagógicas. 2016. 372f. Tese (Doutorado em Arquitetura, Tecnologia e
Cidade) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp,
Campinas, 2016. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/
321169>. Acesso em: 28 maio 2018.
BEYER, Sabine. Uma Introdução à Arquitetura nas Pedagogias Alternativas.
2015. ArchDaily Brasil. Disponível em:
<https://www.archdaily.com.br/br/774406/uma-introducao-a-arquitetura-nas-
pedagogias-alternativas>. Acesso em: 19 abr. 2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao. htm>.
Acesso em: 09 maio 2018.
COSTA, Magda Suely Pereira. Maria Montessori e seu método. Revista Linhas
Críticas, v.7, n.13, jul./dez. 2001. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/
linhascriticas/article/view/6544>. Acesso em: 29 maio 2018.
DeZwarteHond. Montessorischool Waalsdorp. Disponível em:
<https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp>. Acesso em:
27 maio 2018.
Escola Montessoriana Waalsdorp / De Zwarte Hond. 13 Jan 2015. ArchDaily
Brasil. (Trad. Santiago Pedrotti, Gabriel). Disponível em:
<https://www.archdaily.com.br/br/ 759921/escola-montessoriana-waalsdorp-de-
zwarte-hond>. Acesso em: 27 maio 2018.
Escola Tidhar / Schwartz Besnosoff. 08 Mar 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza,
Eduardo). Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783270/escola-tidhar-
school-schwartz-besnosoff-architects>. Acesso em: 27 maio 2018.
Escola Trem Amarelo / Biome Environmental Solutions. 13 Jun 2016. ArchDaily
Brasil. (Trad. Delaqua, Victor). Disponível em: <
https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental-
solutions>. Acesso em: 08 set. 2018.
FEWB – Federação das Escolas Waldorf no Brasil. Disponível em:
<http://www.fewb.org.br/>. Acesso em: 12 maio 2018. (fundada em 1998)
JÚNIOR, Francisco Gilson Rebouças Porto. Educação na Primeira República (1889-
1930). Revista Aprender, Cad. de Filosofia e Psic. da Educação, Ano I, n. 1,
jul./dez. 2003. Disponível em:
<http://periodicos.uesb.br/index.php/aprender/article/view/3776>. Acesso em: 27
maio 2018.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafisica dos costumes e outros
escritos. São Paulo: Martin Claret, 2002.
27
KOWALTOWSKI, D. C. C. K. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino.
São Paulo: Oficina de Textos, 2011.
MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. Cortez
Editora, 2014.
OLIVEIRA, Thaís Regina Silva Cardoso e. Parâmetros de Projeto da Arquitetura
Escolar Waldorf e as opiniões e preferências de seus usuários. 2016. 217f.
Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Estadual de
Maringá e Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000207939>. Acesso em: 08
abr. 2018.
OMB – Organização Montessori do Brasil. Escolas Afiliadas. Disponível em:
<http://omb.org.br/>. Acesso em: 01 jun. 2018.
RÖHRS, Hermann. Maria Montessori Editado. Coleção Educadores MEC. (Trad.
Almeida, Danilo Di Manno de; Alves, Maria Leila). Editora Massangana, 2010.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4679.pdf>.
Acesso em: 29 maio 2018.
VALENCIA, Nicolás. Arquitetos que projetam prisões são os mesmos que
projetam escolas (ou como pensar a escola do século XXI). (Trad. Sbeghen,
Camilla). 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/785131/aqueles-
que-desenharam-as-prisoes-tambem-desenharam-os-colegios-ou-como-pensar-a-
escola-do-seculo-xxi>. Acesso em: 28 abr. 2018.
Pátio Aberto Playground
RefeitórioCozinha Banheiros
Lavanderia
Salas de aula Banheiros
Salas de
atividades Brinquedoteca
Auditório Biblioteca
Salas de aula
Banheiros
Corredor
Pátio Coberto
Praça - Entrada
Administração
Enfermaria
Atendimento Paisrecepção
Banheiros
Estacionamento Estacionamento
Acesso Principal
Área Infantil
Acesso Principal
Área Ensino Fundamental I
Corredor
Pátio Coberto
Praça - Entrada
Estacionamento
Administração
Enfermaria
Atendimento Paisrecepção
Área Esportiva
Banheiros
Pátio Aberto Playground
RefeitórioCozinha Banheiros
Lavanderia
Salas de aula
Banheiros
e Apoio
Salas de
atividades
Brinquedoteca
Solário
Horta Praça Interna
Salas de aula
Banheiros
e Apoio
Solário
Fluxograma
Sem Escala
Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo
Acadêmica:
Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2
Orientadora:
Marcela Gomes de Albuquerque Zalite
Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018
1 2 3 4 5
Escola de Ensino Infantil e Fundamental I
UBS
Escola Infantil
Localização
Sem Escala
N
Av. Dr. Sophia Rasgulaeff
Av. Dr. Alexandre
Rasgulaeff
Av. Tuiuti
400m
600m
800m
1000m
200m
N
Sem Escala
Entorno
Proposta de Prolongamento da Rua
Porção do Terreno Adotada
Terreno Original
Níveis Adotados
Sem Escala
Nível Natural do Terreno
Sem Escala
N
Observando o cenário brasileiro, o método tradicional é amplamente difundido no sistema
público de ensino, pelo fato do espaço físico ser irrelevante à sua aplicação. Algumas pedagogias
alternativas vêm ganhando força nos últimos anos, mas ainda estão longe de se rmar no país. o
principal ponto negativo dessas pedagogias é a grande diculdade da aplicação prática de métodos
estritamente teóricos.
A partir desse pensamento, é concebida a proposta de uma arquitetura escolar mista, mais
humanizada, baseada em parâmetros de projetos da arquitetura Waldorf, aliados a princípios da
arquitetura Montessoriana, que juntos, estabelecem diretrizes capazes de fornecer mudanças na
aprendizagem e desenvolvimento das crianças através do ambiente físico, sem necessariamente seguir um
método pedagógico especíco.
A aplicação dessa arquitetura humanizada seria mais tangível em relação à massicação do
ensino, exibilizando a rigidez usual destes métodos em prol da praticidade de sua aplicação. Pois, sem
um método rígido de ensino pré-estabelecido, essa nova concepção da arquitetura poderia ser
amplamente aplicada às escolas públicas, de ensino tradicional, por não inuenciar diretamente no
método pedagógico, mas sim, estabelecer o ambiente físico como complemento à educação brasileira.
Um dos princípios adotados para a escola mais humanizada é transmitir a percepção de um ambiente
familiar, acolhedor e seguro, onde as crianças possam brincar, aprender e socializar livremente, além
de potencializar a interação com a natureza, possibilitando um desenvolvimento natural e saudável. A
aparência do edifício escolar pode ser convidativa e aberta, num gesto acolhedor, como um abraço. A
organização espacial dos edifícios podem ser articulados de modo a envolver espaços comunitários
internos e externos, denindo uma área que proporciona sensação de proteção e aconchego, que são
importantes para as crianças menores.
O princípio de casa como modelo para a escola defende uma transição suave para a escola, pois
normalmente é o primeiro ambiente público da criança. Para isso, é indicado que ambientes de educação
infantil tenham atmosfera semelhante ao lar, que no caso do projeto foi transmitido através do
formato tradicional de «casinha» no corredor central, que atua como entrada acolhedora, pátio
coberto e ligação de uma ponta à outra da escola. A conexão com a natureza é outro fator fundamental
nessa arquitetura humanizada, que acontece através de áreas para jardinagem, campos abertos para
práticas esportivas e socialização. Esse contato é intensicado pela visão das crianças de dentro das
salas de aula, devido às janelas de peitoril adequado à escala infantil.
Iluminação e ventilação naturais também tem grande peso no projeto, e estão presentes na
ventilação cruzada pelas janelas de diferentes alturas e cobertura em shed nas salas de aula, que
permite a entrada de iluminação indireta. O mobiliário é organizado proporcionalmente à escala da
criança, com a inclusão de cadeiras e mesas em tamanho reduzido, disponíveis ao manuseio de todos,
estimulando a aprendizagem e tornando o processo educativo mais espontâneo. As salas são agrupadas
de acordo com a faixa etária, dispostas de modo que tenham acesso às áreas de convívio comum.
Conceito e Partido
O terreno ca localizado na Av. Tuiuti, e
originalmente possui 57.400,00m² se área livre,
formando um grande vazio urbano na cidade. Ele foi
escolhido pela localização privilegiada entre dois
fundos de vale, pois recebe o ar puro da região e o
vento fresco constante, que fazem bem para a saúde
das crianças.
Por causa do grande tamanho do terreno,
inviável para apenas uma escola, foi decidido utilizar
apenas uma parcela, que corresponde a
20.690,00m², quase um terço do tamanho original.
Para isso, foi proposto o prolongamento da rua rio
poá, dando uma nova fachada ao terreno. A parte
triangular voltada ao sul foi descartada da porção
escolhida por ser uma área que oferece riscos devido
à ação de alta tensão, e pela provável futura
continuação da avenida Jinroku Kubota. Por isso, a
testada voltada à Av. Tuiuti cou mais estreita, com
54,50m, enquanto a testada da nova rua cou com
117,00m.
Localização
O programa se organiza em 5 platôs, onde as duas
entradas e o corredor central cam no nível
+2,50m, junto com a área administrativa de cada
entrada. As salas de aula se dividem nos níveis
+2,00m, junto com os refeitórios e o auditório, e
+3,00m, junto com a biblioteca. Já toda a área
esportiva localiza-se no nível +1,00m. Todos os
platôs são acessíveis por rampas e escadas, incluindo
os estacionamentos dispostos no terreno. A
organização é feita em 6 setores: setor de
atendimento, setor pedagógico, setor comunitário,
setor de assistência, setor administrativo e setor de
serviços.
Programa N
SOBE
SOBE
SOBE
SOBE
Setor Administrativo
Setor de Assistência
Setor de Serviços
Setor Pedagógico
Setor Comunitário
Setor de AtendimentoSetorização
Sem Escala
Perspectiva da Fachada para a rua prolongada
SOBE
0 5 10 20
Implantação e Cobertura
Acesso Principal
Área Infantil
Estacionamento
Área Infantil
Estacionamento
Área Ensino Fundamental I
Entrada Principal
Área Ensino Fundamental I
Estacionamento
Área Ensino Fundamental I
Entrada de Serviços
N
Av.Tuiuti
PropostadeProlongamentodaRua
Esquema Modulação Estrutural
Sem Escala
Viga de Concreto 30x50cm
Módulos de 8,50x7,50m
Pilar de Concreto 50x30cm
Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo
Acadêmica:
Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2
Orientadora:
Marcela Gomes de Albuquerque Zalite
Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018
NEsquema Estudo Insolação
Sem Escala
Estudo Insolação 9h Estudo Insolação 12h Estudo Insolação 16h
Imagem Aérea da Escola vista da Av. Tuiuti
1 2 3 4 5
Escola de Ensino Infantil e Fundamental I
A edicação foi desenvolvida em nível
térreo, estabelecendo a horizontalidade como
identidade da escola, além de não fugir da escala
da criança. Foi utilizado o sistema modular para
denir a estrutura, formando um módulo de
8,50mX7,50m, com pilares e vigas em concreto
armado com 50X30cm de seção.
A cobertura do corredor central é em
laje pré-moldada inclinada de concreto
impermeabilizado de 7cm, com rasgos para
iluminação natural zenital. O suporte para essa
laje é feito com treliças metálicas com pintura
colorida, dando um ar mais lúdico ao corredor,
que atua também como pátio coberto.
Estrutura
A cobertura das salas de aula é feita em
shed, com treliças metálicas escondidas nas
paredes laterais, telha sanduíche metálica para
melhor conforto térmico e acústico, e
aberturas de 80cm voltadas a sudeste,
iluminando indiretamente as salas. Contornando
o corredor dos pátios entre as salas, uma laje
de concreto impermeabilizado de 10cm é
sustentada por pilares circulares de 15cm de
diâmetro.
Já as áreas administrativas possuem
platibanda simples, mas com as telhas sanduíche
também, assim como a biblioteca, o auditório e
os refeitórios. A quadra coberta possui
cobertura curva, para quebrar um pouco a
monotonia dos ângulos retos presentes no
projeto.
Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo
Acadêmica:
Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2
Orientadora:
Marcela Gomes de Albuquerque Zalite
Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018
0 5 10 20
Planta Baixa Humanizada
Acesso Principal
Área Infantil
Estacionamento
Área Infantil
Estacionamento
Área Ensino Fundamental I
Entrada Principal
Área Ensino Fundamental I
Estacionamento
Área Ensino Fundamental I
Entrada de Serviços
A
B
A
B
C
D
DC
Corte AA 0 5 10 20
Corte BB 0 5 10 20
Laje de Concreto Inclinada
Impermeabilizada de 7cm com Aberturas
Cobertura Shed com PlatibandaCobertura Refeitório com Platibanda
Quadra Coberta
Auditório com Fachada em Brise
Cobertura Shed com Platibanda
Quadra Coberta
Solário com Cerca Viva
Ambientes / Áreas
34 - Berçário I (0 a 1 ano) 64,40m²
35 - Berçário II (1 a 2 anos) 64,60m²
36 - Maternal (2 a 3 anos) 64,20m²
37 - Pré-Escola I (3 a 4 anos) 64,60m²
38 - Pré-Escola II (4 a 5 anos) 64,60m²
39 - Sala de Atividades Multiuso 72,20m²
40 - Brinquedoteca 120,80m²
41 - Depósito Fraldário 4,00m²
42 - Fraldário 14,75m²
43 - Amamentação 10,90m²
44 - Lactário 13,30m²
45 - Higienização 7,80m²
46 - PNE Infantil 7,00m²
47 - Banheiro Infantil 11,75m²
48 - DML 5,80m²
49 - Depósito Materiais 23,10m²
50 - Lavanderia 14,90m²
15 - Circulação 15,50m²
16 - Recepção/Secretaria 34,90m²
17 - Almoxarifado 9,00m²
18 - Depósito Materiais 9,00m²
19 - Sala de Reuniões 36,70m²
20 - Arquivo 20,30m²
21 - Enfermaria 14,50m²
22 - Diretoria 18,60m²
23 - Quadra Poliesportiva 432,00m²
24 - Quadra Coberta
25 - Depósito Esportes 26,50m²
26 - Vestiário Feminino 31,60m²
27 - Vestiário Masculino 31,60m²
28 - Pista de Atletismo 320,00m²
29 - Estacionamento 30 vagas
30 - Circulação Aberta 380,00m²
31 - Solário 22,30m²
51 - Roupa Limpa 8,30m²
32 - Playground Infantil 195,00m²
52 - Banheiro Masculino 8,80m²
33 - Pátio Aberto Infantil 290,00m²
1 - Praça Área Infantil 127,00m²
2 - Circulação corredor 1340,00m²
3 - PNE Masculino 3,70m²
4 - PNE Feminino 3,70m²
5 - Coordenação 25,35m²
6 - Circulação 13,00m²
7 - Sala de Professores 28,70m²
13,50m²
13,25m²
15,00m²
17,60m²
11 - Vestiário Masculino Prof.
12 - Vestiário Feminino Prof.
13 - Espera
14 - Atendimento Pais/Alunos
8 - Depósito 7,20m²
69 - Circulação Aberta 380,00m²
70 - Playground 195,00m²
71 - Pátio Aberto 290,00m²
72 - Auditório 282,00m²
73 - Foyer 81,90m²
74 - Banheiro Feminino 7,70m²
75 - PNE 4,25m²
76 - Banheiro Masculino 9,60m²
77 - Biblioteca 285,15m²
78 - Acervo/Depósito 28,50m²
79 - PNE 4,80m²
80 - Copiadora 24,15m²
81 - Praça Área Ensino
Fundamental 392,00m²
9 - Psicólogo Infantil 12,70m²
10 - Copa/Estar Prof. 37,90m²
665,00m²
53 - Banheiro Feminino 8,80m²
54 - Refeitório Infantil 205,60m²
55 - Higienização Cozinha 9,60m²
56 - Louça Suja 5,70m²
57 - Louça Limpa 5,70m²
58 - Separação 9,60m²
59 - Distribuição 7,50m²
60 - Cozinha 33,30m²
61 - Depósito 14,40m²
62 - Coleta Seletiva 2,50m²
63 - Horta 410,00m²
64 - Praça Interna 190,00m²
65 - Refeitório 205,60m²
66 - Salas de Aula 64,60m²
67 - Banheiro Feminino 26,40m²
68 - Banheiro Masculino 25,00m²
82 - Caixa D’água -
83 - Gerador de Energia -
84 - Cisterna -
1 2
5
3
4
7
8
6
10 9
11 12
16
13
1415
141817
19
20 21
22
2 2 2 2 2 2
23
24
25
26
27
3
4
28
29
29
29
30 30
54
30
30
30
32
33
35
36
31
31
31
31
31
31
31
31
31
31
34
34
35
36
37
37
38
38
39
39
40 40
43
44
45
41
42
42
44
45
46
47
46 46
59
46
46
47
47
49
48
49
48
51
50
5352
56
57
55
58
60
61
46
62
63
64
59
56
57
55
58
60
61
62
65
46 51
5352
46
50
66
66
66
66
66
66
66
66
66
66
46
46
46
46
67
68
67
68
3939
39
39
69 69
69
70
69 69
69
71
30 72
73 74 75
76
77
78
7979
80
7
10 11 12
8
19
5
43 13
20
21
14
14
22
16
17
18
81
82
83
84
84 83
1 2 3 4 5
Vista Interna Corredor Central
N
Janela 80cm
com vidro 8mm
Detalhe Shed
Sem Escala
Calha
Metálica 20cm
Viga de concreto
50x30cm
Parede em
Alvenaria
Beiral 20cmTerça
Telha Sanduíche Metálica
Forro
de Gesso
Detalhe Telha Sanduíche Metálica
Sem Escala
Cobertura Shed
Para melhorar a iluminação natural nas salas de aula e de
atividades, foi proposta a cobertura do tipo shed, voltada à
sudeste para receber iluminação indireta e difusa. Foi utilizada na
cobertura a telha termo acústica dupla, também conhecida como
telha sanduíche, por possuir duas camadas de telha metálica,
recheada com o material isolante EPS. A telha sanduíche garante
o controle térmico dos ambientes, o que evita também o
superaquecimento das coberturas, possui ação retardante na
ação de chamas e forma uma barreira acústica.
Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo
Acadêmica:
Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2
Orientadora:
Marcela Gomes de Albuquerque Zalite
Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018
0 2,5 5 10Corte CC
Corte DD 0 2,5 5 10
Quadra Coberta
Cobertura Shed com PlatibandaCobertura Shed com Platibanda
Laje de Concreto Inclinada
Impermeabilizada de 7cmTesoura Metálica
Pintada
Portão do Corredor
Laje de Concreto Inclinada
Impermeabilizada de 7cmTesoura Metálica
Pintada
Portão do CorredorCobertura Shed com Platibanda
Fachada Noroeste - Voltada para a rua projetada
Sem Escala
Fachada Sudeste - Voltada para a Av. Tuiuti
Sem Escala
Det. Brise Móvel Corte Vertical
Sem Escala
70°
Detalhe Brise Móvel Corte Horizontal
Sem Escala
Brise Vertical móvel
Uma forma de controlar a insolação incidente no ambiente de
aprendizado e de trabalho é a utilização de brise móvel, podendo barrar parte
da insolação quando desejar. Indicado para orientações leste-oeste, o brise
vertical foi o escolhido e se faz presente em várias partes do projeto,
formando a identidade visual da escola, aliada ao conforto térmico oferecido.
O elemento é composto por conjuntos de duas ou três placas
deslizantes, que possuem sete pás na angulação de 70° para permitir a entrada
de luz difusa na maior parte do dia, evitando a insolação direta que pode ser
incômoda.
Além das salas de aula e da área administrativa, o brise foi aplicado na
biblioteca e no auditório, com cores características para marcar o ambiente.
Nos dois casos, o brise cumpre sua função ao proteger uma parede quase toda
envidraçada, barrando a insolação, mas também é aplicado na parede cega
voltada para a rua, compondo a fachada. Nesse último caso, o brise é xo, pois
não exerce sua função, é apenas um elemento decorativo.
1 2 3 4 5
Perspectiva da Horta Perspectiva da Quadra Coberta Perspectiva da Praça Interna
Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo
Acadêmica:
Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2
Orientadora:
Marcela Gomes de Albuquerque Zalite
Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018
1 2 3 4 5
Escola de Ensino Infantil e Fundamental I
Móvel na escala da criança, com altura de
60cm, permitindo o acesso livre e espontâneo
da criança. Puxadores exíveis para maior
segurança e conforto. Cores neutras, deixando
para as esquadrias e para os brinquedos a
função de alegrar o ambiente. Com a
profundidade de 60cm, é possível utilizar sua
superfície superior para expor trabalhos
feitos pelos alunos.
Janela do shed de 80cm basculante para
entrada de iluminação indireta difusa, pois está
voltado para o sudeste. Moldura da janela
colorida seguindo as cores externas, formando
o arco-íris, tornando o ambiente mais lúdico.
Grandes janelas de correr voltadas para o
pátio central, com peitoril de 60cm, permitindo
a visão da criança ao exterior, que contém
vegetação. Intensica o contato e a conexão
com a natureza. Moldura da janela colorida
seguindo as cores denidas para cada turma,
dando uma identidade à classe. torna o ambiente
mais lúdico.
O tapete de EVA conhecido como tatame é
sugerido para que as crianças possam brincar
com mais segurança, sem contato com a chão
frio e duro, podendo brincar com mais
conforto.
Forro de gesso inclinado para permitir a
entrada de iluminação indireta difusa através do
shed. Com diferentes alturas, a sala de aula
ca mais aconchegante e cria pequenos espaços
de convivência mais agradáveis às crianças.
A parede lousa foi proposta com o intuito de
que todas as crianças de qualquer altura
possam alcançar, brincar e escrever no
quadro.
Na face que recebe mais sol durante o dia, as
janelas caram menores, e as árvores próximas
fazem a barreira contra a incidência solar
direta, deixando o ambiente mais confortável.
Pela diminuição do tamanho das janelas, a sala
de aula ganhou mais área de parede, na altura
das crianças, que podem expor os trabalhos
feitos colando na parede ou apenas encostando
sobre o móvel, que ca a 60cm do chão, e
possui 35cm de profundidade.
Mesas infantis individuais na formato
retangular, possibilitando o encaixe com
grupos de duas, quatro ou mais crianças.
Cadeiras com a mesma cor das esquadrias de
cada sala, sendo a identidade da turma.
Na frente das janelas de cada sala há um
banco de concreto acompanhando o
comprimento da parede, pintado na mesma cor
das esquadrias, fazendo a identicação de
cada sala de aula. Laje e piso em concreto
aparente. Pilares da laje pintados formando
o arco-íris, deixando mais lúdico o pátio
infantil.
Playground infantil com caixa de
areia para diversão das crianças,
escorregador e um brinquedo
grande completo, que ajuda no
desenvolvimento físico e motor das
crianças, além do convívio social
com os colegas.
Portão em cada transição de bloco para
maior segurança das crianças, impedindo
que qualquer pessoa chegue até elas sem
ser chamada. O portão é metálico, mas
pintado com as cores do arco-íris,
acompanhando a treliça metálica acima de
cada portão. Eles são vazados para permitir
a livre passagem de ar dentro do corredor
Rasgos com vidro xo na laje
inclinada do corredor central, que
remete ao formato de casa. Possui a
moldura pintada também para
acompanhar a alegria e harmonizar
com as cores das outras esquadrias,
já que as paredes, pilares e vigas são
todas da mesma cor.
O corredor central possui janelas
em toda a extensão de suas paredes
para deixar o ambiente bem
iluminado, dando a sensação de
estar a céu aberto, em meio a
n at u r e z a d o e n t o r n o . A s
esquadrias também são coloridas, e
há o mesmo banco que há na frente
das salas.
Perspectiva do Playground Infantil
Sem Escala
Perspectiva Interna do Corredor Central
Sem Escala
Perspectiva Interna da Sala de Aula
Sem Escala
Fonte do TCC: http://rdu.unicesumar.edu.br/bitstream/123456789/896/1/Trabalho%20de%
20conclusão%20de%20curso%20TCCC.pdf
https://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/
1

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar   terreno e seus condicionantesEstudo preliminar   terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar terreno e seus condicionantesRômulo Marques
 
Tony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrialTony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrialMarcia Rodrigues
 
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua PortuguesaMuseu da Língua Portuguesa
Museu da Língua PortuguesaJéssica Lucas
 
Pracas-brasileiras-fabio-robba-ppf
Pracas-brasileiras-fabio-robba-ppfPracas-brasileiras-fabio-robba-ppf
Pracas-brasileiras-fabio-robba-ppfUrban Acabamentos
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidadesTakayfau
 
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno Resumo
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno ResumoTrabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno Resumo
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno ResumoBruno Gustavo Braz
 
Plantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-Construir
Plantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-ConstruirPlantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-Construir
Plantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-Construirdanilosaccomori
 
Apresentaçao diagnostico
Apresentaçao diagnosticoApresentaçao diagnostico
Apresentaçao diagnosticoSteves Rocha
 
Conjunto habitacional jardim edite
Conjunto habitacional jardim edite Conjunto habitacional jardim edite
Conjunto habitacional jardim edite Lúrian Sodré
 
TFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidiana
TFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidianaTFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidiana
TFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidianaLuísa Cangussu
 
TFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações Musicais
TFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações MusicaisTFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações Musicais
TFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações MusicaisBeatriz Lara Campos
 
Sistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletiva
Sistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletivaSistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletiva
Sistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletivaMaria Claudia Oliveira
 
Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso
Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao IdosoMonografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso
Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao IdosoLuciana Paixão Arquitetura
 
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SPPRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SPJuliana Carvalho
 
32 parametros kowaltowski pt 1
32 parametros kowaltowski pt 132 parametros kowaltowski pt 1
32 parametros kowaltowski pt 1Fernanda Salmazo
 

Mais procurados (20)

Estudo de Caso: Sesc Pompeia-SP
Estudo de Caso: Sesc Pompeia-SPEstudo de Caso: Sesc Pompeia-SP
Estudo de Caso: Sesc Pompeia-SP
 
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar   terreno e seus condicionantesEstudo preliminar   terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
 
Tony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrialTony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrial
 
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua PortuguesaMuseu da Língua Portuguesa
Museu da Língua Portuguesa
 
Pracas-brasileiras-fabio-robba-ppf
Pracas-brasileiras-fabio-robba-ppfPracas-brasileiras-fabio-robba-ppf
Pracas-brasileiras-fabio-robba-ppf
 
Equipamentos urbanos
Equipamentos urbanosEquipamentos urbanos
Equipamentos urbanos
 
Analise urbana
Analise urbanaAnalise urbana
Analise urbana
 
Detalhamento de Telhado
Detalhamento de TelhadoDetalhamento de Telhado
Detalhamento de Telhado
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidades
 
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno Resumo
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno ResumoTrabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno Resumo
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura Modular - Caderno Resumo
 
Plantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-Construir
Plantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-ConstruirPlantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-Construir
Plantas Técnicas de Piso, Teto e Demolir-Construir
 
Apresentaçao diagnostico
Apresentaçao diagnosticoApresentaçao diagnostico
Apresentaçao diagnostico
 
Conjunto habitacional jardim edite
Conjunto habitacional jardim edite Conjunto habitacional jardim edite
Conjunto habitacional jardim edite
 
TFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidiana
TFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidianaTFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidiana
TFG - Viver na rua - Arquitetura, Urbanismo e vida cotidiana
 
TFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações Musicais
TFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações MusicaisTFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações Musicais
TFG - Arquitetura e Urbanismo - Espaço Cultural de Apresentações Musicais
 
Sistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletiva
Sistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletivaSistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletiva
Sistemas e métodos para a produção de habitação individual e coletiva
 
Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso
Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao IdosoMonografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso
Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso
 
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SPPRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
 
Aula 7 cidade jardim
Aula 7   cidade jardimAula 7   cidade jardim
Aula 7 cidade jardim
 
32 parametros kowaltowski pt 1
32 parametros kowaltowski pt 132 parametros kowaltowski pt 1
32 parametros kowaltowski pt 1
 

Semelhante a Arquitetura Escolar - Prancha TCC Arquitetura - Temas para TCC

Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1Patricia Fcm
 
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1Patricia Fcm
 
Formação de professores na escola capitalista
Formação de professores na escola capitalistaFormação de professores na escola capitalista
Formação de professores na escola capitalistaRosyane Dutra
 
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...Daniela Menezes
 
O processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escolaO processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escolaElicio Lima
 
O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...
O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...
O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...christianceapcursos
 
Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...
Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...
Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...curriculoemmovimentopara
 
O uso responsável do celular na sala de aula
O uso responsável do celular na sala de aulaO uso responsável do celular na sala de aula
O uso responsável do celular na sala de aulaEdison Paulo
 
2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh
2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh
2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuhAndressa Rafaela Bandeira
 
Cibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia ModernaCibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia ModernaFranck Araujo
 
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporânea
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporâneaO pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporânea
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporâneaMirianne Almeida
 
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
 ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionaisElicio Lima
 
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Temas para TCC
 
Teoria da Ação Comunicativa no cotexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no cotexto da CiberculturaTeoria da Ação Comunicativa no cotexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no cotexto da CiberculturaElisângela Vantine
 
Teoria da Ação Comunicativa no contexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no contexto da CiberculturaTeoria da Ação Comunicativa no contexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no contexto da CiberculturaElisângela Vantine
 

Semelhante a Arquitetura Escolar - Prancha TCC Arquitetura - Temas para TCC (20)

Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
 
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
Diretrizes curriculares versao_preliminar_parte_1
 
Formação de professores na escola capitalista
Formação de professores na escola capitalistaFormação de professores na escola capitalista
Formação de professores na escola capitalista
 
Didática geral
Didática geralDidática geral
Didática geral
 
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
 
O processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escolaO processo educativo antecede a escola
O processo educativo antecede a escola
 
O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...
O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...
O CURRÍCULO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE RECONHECIMENTO DE NOSSAS IDENTIDADES CULTU...
 
Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...
Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...
Formação Docente, Culturas, Saberes E Práticas: Desafios Em Face Das Territor...
 
O uso responsável do celular na sala de aula
O uso responsável do celular na sala de aulaO uso responsável do celular na sala de aula
O uso responsável do celular na sala de aula
 
Apresentação slide marcos pessoa
Apresentação slide marcos pessoaApresentação slide marcos pessoa
Apresentação slide marcos pessoa
 
2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh
2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh
2009 unioeste pedagogo_artigo_itagira_vigo_schuh
 
Apresentação slide marcos pessoa
Apresentação slide marcos pessoaApresentação slide marcos pessoa
Apresentação slide marcos pessoa
 
Cibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia ModernaCibercultura e a Pedagogia Moderna
Cibercultura e a Pedagogia Moderna
 
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporânea
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporâneaO pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporânea
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporânea
 
Teorias do Currículo
Teorias do Currículo Teorias do Currículo
Teorias do Currículo
 
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
 ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais ABORDAGENS  TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
ABORDAGENS TEÓRICAS E METODOLÓGICAS: Tendencias educacionais
 
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...
 
Teoria da Ação Comunicativa no cotexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no cotexto da CiberculturaTeoria da Ação Comunicativa no cotexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no cotexto da Cibercultura
 
Teoria da Ação Comunicativa no contexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no contexto da CiberculturaTeoria da Ação Comunicativa no contexto da Cibercultura
Teoria da Ação Comunicativa no contexto da Cibercultura
 
Monografia Carla Pedagogia 2008
Monografia Carla Pedagogia 2008Monografia Carla Pedagogia 2008
Monografia Carla Pedagogia 2008
 

Mais de Temas para TCC

“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica
“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica
“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem críticaTemas para TCC
 
A constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedade
A constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedadeA constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedade
A constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedadeTemas para TCC
 
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...Temas para TCC
 
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...Temas para TCC
 
Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...
Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...
Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...Temas para TCC
 
Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde
Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúdeViolência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde
Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúdeTemas para TCC
 
Violência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao parto
Violência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao partoViolência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao parto
Violência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao partoTemas para TCC
 
A intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulher
A intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulherA intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulher
A intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulherTemas para TCC
 
Logística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicos
Logística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicosLogística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicos
Logística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicosTemas para TCC
 
Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...
Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...
Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...Temas para TCC
 
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...Temas para TCC
 
Centro de Convivência do Idoso
Centro de Convivência do IdosoCentro de Convivência do Idoso
Centro de Convivência do IdosoTemas para TCC
 

Mais de Temas para TCC (12)

“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica
“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica
“Crise ambiental, ensino de biologia e educação ambiental: uma abordagem crítica
 
A constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedade
A constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedadeA constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedade
A constitucionalização do direito civil e o direito fundamental à propriedade
 
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...
 
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRESENTE NO COTIDIANO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL...
 
Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...
Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...
Serviço social na educação - um estudo das atribuições profissionais em escol...
 
Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde
Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúdeViolência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde
Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde
 
Violência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao parto
Violência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao partoViolência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao parto
Violência obstétrica e a humanização das práticas de cuidado ao parto
 
A intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulher
A intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulherA intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulher
A intervenção do Serviço Social junto à questão da violência contra a mulher
 
Logística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicos
Logística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicosLogística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicos
Logística e sustentabilidade: as vantagens da fabricação de tijolos ecológicos
 
Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...
Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...
Estudo comparativo da qualidade da água da chuva coletada em telhado com telh...
 
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes p...
 
Centro de Convivência do Idoso
Centro de Convivência do IdosoCentro de Convivência do Idoso
Centro de Convivência do Idoso
 

Último

GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 

Último (20)

GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 

Arquitetura Escolar - Prancha TCC Arquitetura - Temas para TCC

  • 1. UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E MONTESSORI BRUNA HELOISA FACINA MARINGÁ – PR 2018
  • 2. BRUNA HELOISA FACINA A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E MONTESSORI Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Prof. Marcela Gomes de Albuquerque Zalite. MARINGÁ – PR 2018
  • 3. FOLHA DE APROVAÇÃO BRUNA HELOISA FACINA A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E MONTESSORI Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Prof. Marcela Gomes de Albuquerque Zalite. Aprovado em: ____ de _______ de _____. BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Prof. Me. Marcela Gomes de Albuquerque Zalite - Unicesumar __________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição) __________________________________________ Nome do professor - (Titulação, nome e Instituição)
  • 4. A CONTRIBUIÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR NO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM INFANTIL EM FACE DAS PEDAGOGIAS WALDORF E MONTESSORI Bruna Heloisa Facina RESUMO A educação infantil é essencial no desenvolvimento humano, que engloba os aspectos físicos, sociais e emocionais, constituindo assim, a base para a formação de uma sociedade. Para isso, o espaço escolar deve proporcionar amplas condições de aprendizagem. A pesquisa analisa os métodos pedagógicos idealizados por Rudolf Steiner e Maria Montessori, que contestaram não só a forma de educar, mas também o espaço em que se educa, estabelecendo uma relação entre a pedagogia e a arquitetura. Este trabalho tem como propósito desenvolver um estudo a respeito da arquitetura escolar como transformadora do ambiente de ensino. Com isso, objetiva- se propor uma arquitetura baseada nos elementos alternativos propostos nas pedagogias Waldorf e Montessori, de forma que possa ser aplicado em escolas públicas de ensino tradicional, buscando estabelecer o ambiente físico como complemento à educação brasileira. Para compreensão da relevância da instituição educacional na vida criança, optou-se por uma revisão bibliográfica e análise de correlatos. Por fim, o artigo resulta em diretrizes para a implantação de uma instituição de ensino com essa arquitetura mista, com elementos mais humanizados, que transmita a percepção de um ambiente familiar, acolhedor e seguro, onde as crianças tenham liberdade para brincar, aprender e socializar, além de fortalecer a relação com a natureza, propiciando um desenvolvimento saudável e natural. Palavras-chave: Arquitetura escolar. Educação infantil. Pedagogias alternativas. THE CONTRIBUTION OF SCHOOL ARCHITECTURE IN THE CHILDREN'S LEARNING ENVIRONMENT THROUGH THE PEDAGOGIES WALDORF AND MONTESSORI ABSTRACT Childhood education is essential in human development, includes physical, social and emotional aspects, following the base for the formation of a society. For this, the school space should provide ample learning conditions. The research analyzes the pedagogical methods idealized by Rudolf Steiner and Maria Montessori, who challenged not only the way of educating but also the space in which it is educated, establishing a relation between pedagogy and architecture. The purpose of this work is to develop a study about school architecture as a transforming educational environment. The aim of this study is to propose an architecture based on the
  • 5. alternative elements proposed in the Waldorf and Montessori pedagogies, so that it can be applied in public schools of traditional teaching, seeking to establish the physical environment as a complement to Brazilian education. To understand the relevance of the educational institution in child life, was opted for a bibliographic review and analysis of correlates. Finally, the article results in guidelines for the implantation of an educational institution with this mixed architecture, implanted more humanized elements, which conveys the perception of a familiar, welcoming and safe environment where children are free to play, learn and socialize, in addition to strengthening the relationship with nature, promoting a healthy and natural development. Keywords: School architecture. Child education. Alternative pedagogies.
  • 6. 1 INTRODUÇÃO Historicamente, a educação brasileira possui caráter elitista, sendo destinada a uma pequena parcela da população que permanecia no poder. Com o passar do tempo e com o desenvolvimento do país, a educação popularizou-se, assim como a arquitetura escolar. Contudo, o sistema tradicional de ensino, presente na maioria das escolas brasileiras, vem resistindo às transformações sociais ao longo dos séculos, sendo fundamentado na centralização do professor como transmissor de conteúdo, na posição de autoridade. Em contrapartida ao sistema tradicional, diversas pedagogias alternativas foram idealizadas, como a Waldorf e a Montessoriana, que adotam a descentralização do professor, estimulando a aprendizagem por meio do ambiente e da interação entre os alunos. Desse modo, o foco é o desenvolvimento social, intelectual, emocional e ambiental das crianças. A presença da natureza, a preocupação com o conforto ambiental e o autodidatismo são características fundamentais dessas novas pedagogias. Esse estudo justifica-se porque, apesar de pedagogias alternativas e políticas públicas atuais dedicadas a promover espaços de qualidade para as crianças, ainda são poucas as escolas projetadas com esse fim. Essa realidade demonstra a necessidade de mudança no sistema de ensino brasileiro, principalmente sua relação com o espaço físico. Desse modo, o objetivo desse artigo é unir arquitetura e pedagogia, inserindo elementos arquitetônicos dos métodos alternativos Waldorf e Montessori, para estabelecer uma arquitetura mista, mais humanizada, funcional à qualquer pedagogia. Assim, a arquitetura transformaria o espaço físico em ambiente de aprendizagem, contribuindo com o desenvolvimento infantil, sem restringir-se à rigidez pedagógica, o que a tornaria amplamente acessível. Para investigar como a arquitetura pode contribuir para a qualidade do ensino infantil no Brasil, optou-se por uma revisão bibliográfica, através de obras publicadas e artigos na internet, tendo como base pesquisadores da área de arquitetura, pedagogia e educação para entender a importância dessa instituição na vida da criança e quais conceitos são essenciais para o projeto de uma escola mais humanizada.
  • 7. 6 O desenvolvimento do artigo se dividirá em três partes. Primeiro apresentará o contexto histórico da educação e sua importância na formação da criança. Em seguida, serão expostas as pedagogias alternativas Waldorf e Montessoriana, e seus respectivos parâmetros de projeto. Por fim, abrangerá as questões acerca do sistema de ensino atual e sua relação com o espaço físico, apresentando recomendações de projeto para aplicação em escolas de ensino infantil. 2 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO MUNDO A história da educação pode ser entendida como o desenvolvimento cultural, econômico e político de uma sociedade, posto que a educação é vista como transmissão de valores e aglomerado de conhecimento da coletividade. O princípio da instituição escolar está na transferência de conhecimentos específicos para a próxima geração, através de aprendizes e ajudantes (KOWALTOWSKI, 2011), consolidando atividades profissionais como a de artesãos, agricultores, ferreiros e carpinteiros. Desde as grandes civilizações do Oriente Médio, a educação era fornecida apenas a uma pequena parcela da população, pertencente às religiões dominantes, que possuíam acesso à escrita, já que os templos ou igrejas operavam como escola também. Apenas a partir do século XVI, com o surgimento da imprensa, a alfabetização começou a atingir níveis mais abrangentes da população (KOWALTOWSKI, 2011). Já a forma de ver o espaço escolar só se transforma a partir do século XX, com o Movimento Moderno, onde o objetivo era favorecer o desenvolvimento e o aprendizado da criança. Começam a surgir as primeiras ideias em relação aos ambientes, como manter maior contato com o externo, interação entre ambientes internos e externos e transparência espacial (BEYER, 2015). Durante esse período, a arquitetura buscava simbolizar os avanços tecnológicos da época, se desprendendo do passado. Começaram a surgir então, movimentos de vanguarda na arquitetura, cujas características principais são o racionalismo de suas formas, a padronização e a produção em série. No entanto, surgiram também correntes que se distanciaram da racionalidade, que buscavam formas mais próximas da natureza, como a arquitetura orgânica, ligada à paixão pela vida, pela busca da essência do ser humano, e de formas orgânicas e expressivas
  • 8. 7 agradáveis ao corpo, à mente e ao espírito humano (ALVARES, 2010). Atualmente, as escolas buscam transmitir os valores da sociedade à criança pela rotina escolar, onde o professor exerce o papel da autoridade, e a retribuição pelo esforço ou ociosidade se dá pela atribuição de notas (KOWALTOWSKI, 2011). 3 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO E DA ESCOLA NO BRASIL No Brasil, os principais eventos históricos influenciaram a arquitetura escolar, incluindo acontecimentos sociais, econômicos, políticos e culturais (KOWALTOWSKI, 2011). No período da Primeira República (1889-1930), originou-se a ideia de que para um governo ser popular deveria haver um desenvolvimento nacional do ensino, o que abriu portas para a alfabetização das massas, influenciada também pelo histórico da educação na Europa e na América do Norte. A escola popularizou-se, mas a educação não teve um grande desenvolvimento, porque a alfabetização era o saber ler, escrever e calcular apenas, deixando de lado outros elementos fundamentais que completam a educação (JÚNIOR, 2003), como o desenvolvimento criativo, artístico, musical, manual e crítico das crianças. Nessa época, a maioria dos edifícios escolares localizava-se em áreas anexas às praças, com rebuscados detalhamentos, demonstrando a importância dada à educação. O programa arquitetônico era vinculado ao projeto pedagógico, formado por ambientes administrativos modestos e salas de aula, onde o professor fica na frente, em posição de supervisão. Havia ainda uma forte separação entre setores femininos e masculinos, e a formulação do espaço era vinculada ao Código Sanitário de 1894 (KOWALTOWSKI, 2011), que estabelecia parâmetros de iluminação e ventilação natural para renovação do ar, quantidade máxima de 50 alunos por sala de aula, pátios ao ar livre e pátios cobertos, permitindo a atividade física até em dias de chuva e, entre outros quesitos, não se permitia a matrícula de alunos não vacinados. Na década de 1920 novos princípios da educação se incorporaram na concepção dos projetos, como a unificação da legislação escolar, a partir da criação de códigos de Educação nos Estados, e a criação de um planejamento que considerasse um conjunto de necessidades. Esse programa arquitetônico de necessidades estabeleceu alguns pontos a serem seguidos, como salas de aula maiores, claras e bem ventiladas; sala de educação física e jogos; auditório; biblioteca;
  • 9. 8 instalações para assistência médica e higiênica. Em relação ao edifício, a arquitetura moderna era predominante nas escolas da época, com formas simples e geométricas (KOWALTOWSKI, 2011). A datar da década de 1950, um novo processo de industrialização intensificou a urbanização, aumentando a demanda por escolas, em quantidade, rapidez e economia, mas que prejudicava a qualidade das construções escolares. Como solução, novas técnicas construtivas e elementos pré-fabricados foram introduzidas, cada vez mais simples e com materiais definidos. A racionalidade advinda da industrialização caracterizou também elementos do ambiente escolar, como os estudantes divididos por faixas etárias, a flexibilidade no uso dos espaços, a viabilidade de ampliações e a avaliação local do clima no que diz respeito à insolação e ventilação, além de considerar os acessos e fluxos do entorno e no interior da escola (KOWALTOWSKI, 2011). Já em 1988, com a nova Constituição Federal1, promulgada após um longo período de ditadura militar no Brasil, procurou-se introduzir inovações e compromissos em diversas áreas da sociedade, com destaque para a universalização do atendimento escolar e erradicação do analfabetismo, com princípios de igualdade na condição de acesso e de permanência, assim como a gratuidade do ensino público. Com isso, abriu-se caminho à popularização do ensino básico, médio e superior, gerando um processo de expansão do ensino público no Brasil. A partir dessas diretrizes, há a inclusão da sala de informática e da quadra de esportes na escola, ampliando as funções da edificação, como atividade de jogos, festas e reuniões mais constantes, incentivando uma maior utilização dos espaços escolares pelos alunos, e também pela comunidade aos fins de semana (KOWALTOWSKI, 2011). 4 METODOLOGIAS PEDAGÓGICAS A aprendizagem acontece em inúmeros espaços, como em uma praça, no parque, por exemplo, e em nossas casas, onde ocorrem as primeiras lições de vida. 1 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 09 maio 2018.
  • 10. 9 Já a escola possibilita experiências educativas, em um ambiente construído particularmente para este fim (BEYER, 2015), além de ser o primeiro ambiente de socialização depois da família, onde as crianças desenvolvem as mais variadas habilidades humanas e sua formação pessoal (OLIVEIRA, 2016). Cada pessoa pode seguir um caminho diferente na hora de aprender. Isso significa que, para um ensino eficiente, o professor deve levar em consideração as diversas formas de aprendizagem dos alunos, ajudando-os também a explorar melhor suas capacidades. Com base nisso, e em importantes obras do gênero, diferentes metodologias de ensino foram surgindo ao longo das décadas (KOWALTOWSKI, 2011, p. 34). O método mais comum é o chamado método tradicional, no qual um professor fica responsável por uma turma, no caso do ensino fundamental, ou responsável por uma disciplina, no caso do ensino médio (KOWALTOWSKI, 2011, p. 35). Nessa metodologia, o ensino é focado na instrução e formação intelectual do ser humano, com preocupação em transmitir o conteúdo cultural universal, por meio da figura de autoridade em sala de aula, o professor. Já o aluno é considerado o sujeito passivo, que desempenha o papel de receptor de conhecimentos produzidos por outros. Nessas escolas, o ambiente deve propiciar a concentração da criança, principalmente para realizar exercícios de fixação e avaliação, e as salas de aula devem ser organizadas ao longo de corredores, favorecendo a supervisão dos estudantes (ALVARES, 2016). Entre as diversas metodologias alternativas surgidas a partir do séc. XIX, destacam-se entre as mais importantes as de Maria Montessori e Rudolf Steiner, que contestaram não só a forma de educar, como também o espaço em que se educa (BEYER, 2015), e serão abordados com mais profundidade nos próximos capítulos. Maria Montessori (1870-1952) propõe em seu método conhecer e respeitar o desenvolvimento das crianças, fazendo com que a educação acompanhe o processo natural da vida. O espaço deve ser preparado com elementos proporcionais à escala da criança, estimulando a aprendizagem e tornando o processo educativo espontâneo. Assim, o educador não teria atuação direta sobre a criança, mas ofereceria meios para sua auto-formação. O ambiente, livre de obstáculos e com
  • 11. 10 formas simples, permite que diversas atividades possam ser realizadas simultaneamente (BEYER, 2015; ALVARES, 2010). Em 1919 surge a proposta de Rudolf Steiner (1861-1925), filósofo e educador, idealizada como pedagogia Waldorf, que propõe outra visão da educação baseada na busca da essência do ser humano, desenvolvendo não só o lado intelectual da criança, mas também o emocional, o psicológico, o intuitivo e a experiência concreta. A arquitetura proposta é baseada em seu estudo antroposófico, ou seja, a arquitetura orgânica relacionada com a natureza, através das formas orgânicas, da utilização de materiais reciclados e acessíveis em cada contexto, e da adaptação às condições climáticas do ambiente sem recorrer a elementos artificiais. Os espaços ao ar livre tem destaque nos projetos, pois permitem o agrupamento e debate, assim como os espaços para a agricultura e as práticas artísticas e desportivas (BEYER, 2015; ALVARES, 2010). Estes pensadores abriram caminho para a construção de escolas que buscam transformar o espaço de ensino, com projetos arquitetônicos atuais baseados nessas teorias pedagógicas inovadoras, com espaços adequados para facilitar o aprendizado (BEYER, 2015). 4.1 PEDAGOGIA WALDORF A pedagogia Waldorf foi fundada pelo educador Rudolf Steiner (1861-1925) no início do século XX e adota a Arquitetura Antroposófica (OLIVEIRA, 2016, p.21). A primeira escola Waldorf foi fundada na Alemanha, em 1919, para filhos de empregados de um diretor de fábrica de cigarros, que ficou encantado com as ideias de Steiner. A principal intenção de Steiner, com sua pedagogia, era trabalhar o homem como um todo na educação, não desenvolver somente o intelecto dos alunos (ALVARES, 2010), mas trazer conhecimento do ser humano considerando sua totalidade, com os aspectos físico, intelectual e emocional (OLIVEIRA, 2016). Essa pedagogia trabalha sobre as qualidades e conhecimento que a criança já possui (OLIVEIRA, 2016), ou seja, ela inicia com o que já sabe, para depois introduzir algo novo, que não é familiar. É um processo de aprendizagem baseado na transição de conhecimentos, entre uma matéria e outra, e a possibilidade de rever assuntos já
  • 12. 11 vistos, reforçando o aprendizado e promovendo uma repetição rítmica deles (ALVARES, 2010). As sugestões de Steiner para a arquitetura das escolas Waldorf foram para que os edifícios fossem completamente funcionais, atendendo a todas as necessidades do ser humano, estabelecendo uma conexão entre o espaço e a educação humana. Seria o resultado da manifestação da vida, demonstrando dinamismo na disposição dos espaços, desenvolvidos organicamente a partir do programa funcional e das atividades às quais se destinam, com formas curvas e fluídas (OLIVEIRA, 2016). 4.2 ARQUITETURA WALDORF As escolas Waldorf normalmente são associações de pais e/ou professores, sendo mantidas e administradas por eles, com recursos próprios. Desta forma, não se caracterizam como uma escola pública, e nem como uma escola particular tradicional (OLIVEIRA, 2016). Segundo a Federação das Escolas Waldorf no Brasil – FEWB2, fundada em 1998, o Brasil possui 78 escolas Waldorf afiliadas, sendo 42 apenas no Estado de São Paulo, demonstrando que essa pedagogia alternativa está se difundindo pelos estados, embora muito lentamente. Sendo de essencial importância o uso de diretrizes projetivas adequadas à potencialização destas características pedagógicas essenciais, utilizando-se de parâmetros que possibilitem a efetiva aplicação deste método em novas escolas. O primeiro parâmetro de projeto é a escola acolhedora, onde a escola possa ser um local acolhedor para a comunidade, permitindo uma participação ativa, dependendo do modo como é projetada. A aparência do edifício escolar pode ser convidativa e aberta, num gesto acolhedor, como um abraço. A organização espacial dos edifícios podem ser articulados de modo a envolver espaços comunitários internos e externos, definindo uma área que proporciona sensação de proteção e aconchego, que são importantes para as crianças menores. Outros elementos importantes para esse acolhimento e conexão com a comunidade, são caminhos mínimos para carros, 2 FEWB – Federação das Escolas Waldorf no Brasil. Disponível em: <http://www.fewb.org.br/>. Acesso em: 12 maio 2018.
  • 13. 12 estacionamento fora da linha de visão das crianças, pequenas comunidades de aprendizagem, acessibilidade, entrada em escala humana e que harmonize com a coletividade (OLIVEIRA, 2016, p. 41). Uma característica marcante das escolas de pedagogia Waldorf é a casa como modelo para a escola, que defende uma transição suave para a escola, pois normalmente é o primeiro ambiente público da criança. Para isso, é indicado que ambientes de educação infantil tenham atmosfera semelhante ao lar (OLIVEIRA, 2016, p. 42-43), com crianças de idades variadas e com a orientação de pessoas mais velhas, que representam uma espécie de família à criança (ALVARES, 2010). A entrada deve ser coberta e acolhedora, criando um ambiente convidativo aos usuários na transição ente ambiente público e escola, com elementos característicos que compõem uma identidade arquitetônica. Por isso, é recomendável que o setor administrativo esteja próximo à entrada, em razão de sua função de diálogo entre a escola e a comunidade, além de possibilitar controle visual que providencie maior segurança aos alunos. A organização espacial é composta, em sua maioria, por salas de aula organizadas em torno de ambientes sociais, como praças internas e externas, teatros e anfiteatros, ou seja, locais onde a comunidade escolar reúne-se e usufrui, estimulando esse vínculo comunitário característico tão importante na escola Waldorf (OLIVEIRA, 2016, p. 44-48). As áreas de aprendizagem diversificadas são baseadas na premissa de que a inteligência humana é dividida em oito grupos, desenvolvidos em níveis e modos diferentes: musical, lógico-matemática, linguística, espacial, corporal-cinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal. Aliado a isso, o parâmetro propicia as diversas modalidades de aprendizagem, como o compartilhamento de informações, a aplicação do conhecimento adquirido na realidade prática, o aprendizado por meio de alguém com maior conhecimento, e o adquirido por meio da introspecção e reflexão individual. Assim, para atender as necessidades, capacidades e as potencialidades de cada criança individualmente, são necessários ambientes físicos diversificados, internos e externos, naturais e construídos. Como espaços para socialização, conexão com a natureza, aulas expositivas, salas e oficinas para atividades de concentração (OLIVEIRA, 2016, p. 50-51).
  • 14. 13 Segundo Oliveira (2016), os aspectos físicos das salas de aula devem ser elaborados de modo que, além de transmitir o sentimento de segurança e proteção, sejam mais agradáveis e eficientes ao desenvolvimento infantil. Com este fim, a arquitetura das escolas Waldorf prega o uso de diferentes formatos nas salas de aula, que incluem da planta baixa até as esquadrias, assim como a variação das dimensões dos mobiliários e do próprio ambiente (BEYER, 2015). Podem também possuir cantos com tetos mais baixos, transformando uma sala de aula em ambientes menores, que aumentam a sensação de proteção e gera espaços para brincadeira e socialização. Nesse sentido, as modificações do formato da sala de aula acompanham a necessidade de desenvolvimento da criança, bem como sua escala e o tipo de aprendizado (OLIVEIRA, 2016, p. 52-57). Já quanto ao desenvolvimento artístico e criativo, em adição aos métodos clássicos de ensino, baseados exclusivamente no conhecimento formal, as artes são de extrema importância para o desenvolvimento da imaginação, criatividade e fantasia das crianças. As salas de aula e a estrutura física da escola deve dar suporte para a realização de trabalhos artísticos produzidos pelas crianças e pelos professores. Os ambientes para apresentações musicais e artísticas podem ter variadas configurações, como teatros formais, ou áreas de convívio informais e multifuncionais, e também podem ocupar uma posição central na escola, ou ser maior que o conjunto de edifícios (OLIVEIRA, 2016, p. 59-61). Incluído entre os parâmetros de Waldorf, os trabalhos escolares podem ser importante meio de aumento da apropriação e envolvimento dos alunos no meio escolar. Pois, através de sua exposição próxima à entrada da escola e em outros ambientes, à vista de todos os alunos e da comunidade externa, proporciona-se um ambiente de acréscimo motivacional e reconhecimento pessoal por parte dos alunos, devido ao estímulo ao seu desenvolvimento e destaque de seus talentos pessoais (OLIVEIRA, 2016, p. 61-62). Fundamental na arquitetura Waldorf, a conexão com a natureza estabelece os ambientes externos como indispensáveis nas escolas, em razão do incentivo aos alunos a ficarem mais tempo ao ar livre, em contato com a natureza e respirando ar fresco. Exemplos dessas áreas externas são pátios não pavimentados, campos abertos para práticas esportivas e artísticas, áreas para jardinagem, agricultura,
  • 15. 14 vegetação, árvores e áreas de socialização e festividades. São espaços para brincadeira e descontração, mas também para fortalecer o vínculo com a terra e ensinar às crianças sobre sua responsabilidade moral para com o meio ambiente. Além disso, também são lugares de aprendizagem, que promovem o desenvolvimento criativo, aumentam a mobilidade das crianças e melhoram o desempenho acadêmico dos estudantes, através de jardins e hortas, por exemplo, que ajudam no estímulo dos sentidos e no ensino sobre nutrição saudável e cultivo da terra (OLIVEIRA, 2016, p. 71-75). Em razão da importância da natureza nessa pedagogia, essas escolas localizam-se normalmente nas áreas rurais ou próximo a parques e paisagens naturais. Isso traz alívio mental e visual para as crianças, com a possibilidade de vista para a paisagem natural a partir do interior das salas, que contam com janelas com peitoril adequado à escala da criança (KOWALTOWSKI, 2011; OLIVEIRA, 2016). A iluminação natural é outro parâmetro fundamental nessa arquitetura, devendo ser trabalhada junto com a cor, manipulável pelo professor de forma a melhorar o processo de aprendizagem, adequando a iluminação à atividade a ser desenvolvida, já que pode afetar o desempenho escolar, o humor e o bem-estar das crianças. A iluminação artificial deve complementar a natural quando necessário, sendo essa união a melhor opção para o aprendizado e conforto dos alunos nas salas de aula. Outro importante fator que pode afetar diretamente o estudante é a ventilação natural, que deve ser aproveitada o máximo possível, pois contribui para um ambiente saudável, regulando a umidade e temperatura, evitando a formação de fungos e propiciando uma melhor qualidade do ar (OLIVEIRA, 2016, p. 75-78). As escolas características dessa pedagogia adotam elementos da arquitetura sustentável, como forma de incorporar local, clima e cultura, respeitando a natureza e desenvolvendo a consciência ecológica das crianças, promovendo um estilo de vida sustentável. Essa arquitetura busca diminuir a intervenção da construção nas características naturais do terreno em que está inserido, com o uso de materiais vernaculares, tanto nas edificações quanto nos objetos, defende o uso do teto verde, gestão de águas pluviais e estratégias de energia limpa, como paineis solares (OLIVEIRA, 2016, p. 78-79).
  • 16. 15 Além dos parâmetros apresentados até agora, existem outros que complementam a arquitetura Waldorf, como por exemplo, os espaços multifuncionais, característicos do senso de comunidade preservado nesta pedagogia. Outro aspecto importante é florescer o sentimento de pertencimento ao local de ensino, onde pequenos espaços espalhados pela escola ajudam a criar ambientes onde as crianças podem brincar e socializar com segurança. Há também uma preocupação em relação à estética do edifício, com equilíbrio de cores e ritmo, além de fornecer um ambiente sensorialmente estimulante (OLIVEIRA, 2016). Um correlato que reúne alguns dos parâmetros de projeto da arquitetura Waldorf é a Escola Trem Amarelo3, localizada em Tamil Nadu, na Índia, e projetada pelo escritório Biome Environmental Solutions, em 2013 (Figura 01). A escola conta com áreas para atividades em grupo, cantos que permitem a contemplação individual, e espaços para exposição dos trabalhos feitos pelas crianças. Figura 01 – Fachada e planta baixa da Escola Trem Amarelo, Índia Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental- solutions (2013) Como o clima é quente na região, os espaços de jogos e brincadeiras ficam dentro do edifício, na forma de pátios cobertos, assim são acessíveis aos alunos em todos os momentos, criando também espaços mais privativos. Um teatro ao ar livre, que também pode ser usado como pátio externo, permite que as crianças liberem a criatividade e criem atos improvisados. 3 Escola Trem Amarelo / Biome Environmental Solutions. 13 Jun. 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Delaqua, Victor). Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental- solutions>. Acesso em: 08 set. 2018.
  • 17. 16 Assim como estabelece os parâmetros da arquitetura Waldorf, essa escola conta com uma planta adequada à escala infantil, possui janelas de peitoril baixo para as crianças visualizarem o exterior de uma forma diferente, a ventilação natural é predominante e a edificação é ajustada ao clima local (Figura 02). Figura 02 – Pátio externo e pátio coberto da Escola Trem Amarelo, Índia Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental- solutions (2013) 4.3 PEDAGOGIA MONTESSORIANA A pedagogia Montessori foi idealizada pela educadora e médica italiana Maria Montessori (1870-1952) no início do século XX, sendo em 1907 a fundação da primeira escola montessoriana, a Casa dei Bambini, em San Lorenzo, uma área de baixa renda em Roma. Segundo Alvares (2016), a missão dessa pedagogia é “despertar a atividade infantil através do estímulo e promover a autoeducação da criança, colocando meios adequados de trabalho a sua disposição”, uma vez que o espaço físico assume a função de meio educador. Desta forma, o professor assume o papel de observador, quando possui formação específica na “ciência da observação” da abordagem Montessori (RÖHRS, 2010), e torna-se o elo entre a criança e o ambiente educador (ALVARES, 2016). A metodologia pedagógica Montessoriana consiste em equilibrar a interação de corpo, vontade e inteligência, por meio da liberdade física da criança e da utilização de material pedagógico autodidata, promovendo o aprendizado prematuro das capacidades de leitura e escrita. A livre escolha das atividades, que desenvolve a concentração e imaginação da criança, é essencial nesse método, assim como a educação da vontade e da atenção (KOWALTOWSKI, 2011, p. 24-26).
  • 18. 17 A fundadora desta pedagogia elaborou, a partir da observação da criança e do ritmo de seu desenvolvimento, o material didático que seria usado nas salas de aula, abordando as áreas da linguagem, da matemática, das ciências, da vida cotidiana e de questões sensoriais através de exercícios (ABEM, 2016). Esses materiais auxiliam na coordenação motora, através da experimentação e manuseio, e provocam o esforço individual das crianças, visto que os professores são apenas auxiliares da aprendizagem (KOWALTOWSKI, 2011, p. 25-26). 4.4 ARQUITETURA MONTESSORIANA O sistema Montessori, desde que este chegou ao Brasil em 1910, contou com diversas tentativas de implantação, na maioria bem sucedidas, tanto na rede pública como na rede privada. De acordo com estimativas da OMB – Organização Montessori do Brasil4, fundada em 1996, o Brasil possui 53 escolas montessorianas afiliadas, ocorrendo maior concentração no Estado de São Paulo, com 12 escolas. Sua arquitetura procura fornecer um ambiente que respeite a individualidade, as necessidades e capacidades dos alunos, valendo-se de princípios de ordem, liberdade e respeito. Dessa forma, os espaços devem ser planejados para impulsionar a cooperação, concentração e comunicação entre as crianças. Para que isto seja possível, uma instituição de ensino montessoriana deve ser equipada com ambientes específicos, como, por exemplo, laboratórios e bibliotecas, que auxiliam nos estudos individuais e de socialização, e jardins e áreas externas, que trazem a presença da natureza (ALVARES, 2016). A relação do mobiliário nas salas de aula constitui um dos princípios da arquitetura Montessoriana. Pois, organizado proporcionalmente à escala da criança, com a inclusão de cadeiras e mesas em tamanho reduzido, disponíveis ao manuseio de todos, estimula-se a aprendizagem e torna o processo educativo mais espontâneo (BEYER, 2015; ALVARES, 2010). O mobiliário deve ser variado e possuir formas simples e diversas, possibilitando que várias atividades sejam desenvolvidas 4 OMB – Organização Montessori do Brasil. Escolas Afiliadas. Disponível em: <http://omb.org.br/>. Acesso em: 01 jun. 2018.
  • 19. 18 simultaneamente, o que gera uma maior interação entre os alunos (COSTA, 2001). Além disso, é recomendado que os materiais sejam absorventes de ruídos, para melhorar a qualidade dos sons, visto que ambientes barulhentos tendem a resultar em um pior rendimento acadêmico (RÖHRS, 2010). A organização espacial do edifício escolar tem como característica agrupar as salas de aula de acordo com as faixas etárias, sendo organizadas de modo que tenham acesso às áreas de convívio comum, na forma de grandes corredores que recebem atividades pedagógicas (ALVARES, 2016). Para este fim, há liberdade na forma e tamanho desses ambientes, com o intuito de permitir a movimentação independente dos alunos. Para tanto, ao menos uma porta da sala de aula deve levar para o ambiente externo, a um cenário de paisagem natural, permitindo a passagem das crianças de dentro para fora quando necessário (COSTA, 2001). Já em relação ao ambiente externo, outro princípio da arquitetura Montessoriana, se constitui pela presença de jardins, florestas ou campos, este pode ser observado através de janelas que chegam quase a altura do piso, principalmente em salas com crianças pequenas, permitindo que assistam crianças de outras classes. A iluminação e ventilação naturais também são características dessas escolas, que possuem grandes janelas, permitindo abundância de luz natural e um bom fluxo de ar entre os ambientes, sendo fundamentais para o desempenho e saúde dos alunos. Por último, a estética do ambiente é formada pela graça e harmonia de linha e cor, combinada com a simplicidade exigida pela leveza do mobiliário (ALVARES, 2016). Uma escola que apresenta grande parte dos traços característicos da metodologia Montessori é a Escola Montessoriana Waalsdorp5, localizada no distrito de Benoordenhout, Haia, Holanda, e projetada pelo escritório De Zwarte Hond, em 2014. O projeto foi elaborado dentro do sistema de educação montessoriano, abrigando um grupo etário específico em cada uma das três unidades organizacionais que abrigam as salas de aula, sendo separadas pelo ginásio de esportes. Além disso, 5 DeZwarteHond. Montessorischool Waalsdorp. Disponível em: <https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp>. Acesso em: 27 maio 2018.
  • 20. 19 ambientes especiais como sala de brincadeiras, área de atenção extraclasse, sala de estudos técnicos, refeitório e auditório se fazem presentes (Figura 03). Figura 03 – Fachada e sala de aula da Escola Montessoriana Waalsdorp, Holanda Fonte: https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp (2014) Essas características estão conectadas por um grande corredor que fomenta a aprendizagem, é um ambiente direcionado para que os alunos possam se conhecer e trabalhar de forma independente fora da sala de aula, com amplo espaço para brincadeiras e exposição de trabalhos escolares (Figura 04). O desenho dos ambientes intensifica o caráter aberto e transparente do edifício, caracterizado pelo extenso uso do vidro, pé-direito elevado e de vazios que conectam os dois andares e os ambientes, que permitem a entrada de luz natural em seu interior. Figura 04 – Corredor de aprendizagem e cozinha das crianças da Escola Montessoriana Waalsdorp, Holanda Fonte: https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp (2014) Outro princípio do método Montessoriano aplicado foi adequar a escala da criança ao o mobiliário interno e externo, que receberam grande atenção, sendo
  • 21. 20 planejados e detalhados para cada espaço específico, como estantes de livros e estações de trabalho, incluindo a cozinha utilizada pelos alunos. 5 ARQUITETURA HUMANIZADA Os diferentes métodos de ensino possuem diversas vantagens, como maior liberdade e independência dos pequenos, contribui com o desenvolvimento individual e social das crianças, e estimula a aprendizagem de habilidades manuais, artísticas e esportivas. No entanto, as desvantagens também se fazem presentes, como o custo elevado dos grandes terrenos, devido à necessidade de amplo espaço para instalação dessas escolas, além de requerer condições específicas para serem eficazes, como ambiente físico adequado, treinamento de funcionários e especialização de professores. Contudo, a qualidade da educação em qualquer instituição de ensino depende do ambiente escolar, constituído por material didático, equipamentos, mobiliário, conforto ao realizar atividades e a forma do espaço físico (KOWALTOWSKI, 2011, p.36). Mas infelizmente, não é isso que vemos nos dias de hoje, onde o ensino tradicional é predominante, mas ultrapassado. Escolas continuam repetindo o sistema dos séculos passados, com professores na posição de autoridade inquestionável, transferindo um conhecimento básico e inflexível, sem levar em conta a diversidade de formas de aprendizado e habilidades dos estudantes (VALENCIA, 2016). O filósofo francês Edgar Morin critica os sistemas educacionais atuais, afirmando que a complexa sociedade contemporânea atual demanda estudos de caráter inter-poli-transdisciplinar. Isso porque o sistema de ensino atual, ou seja, a pedagogia tradicional apresenta o mundo e os saberes de forma dissociada, com uma visão unidimensional que impossibilita assimilar os fatos (MORIN, 2014). O foco do sistema educacional atual é a valorização da avaliação do aluno por meio de conteúdos intelectuais específicos. Porém, grande parte dos estudantes fica em desvantagem, pois esses conhecimentos não abrangem todos os tipos de inteligências que o ser humano possui (COSTA, 2001). Para Morin (2014), é importante estimular o autodidatismo e estabelecer novas práticas pedagógicas para
  • 22. 21 uma educação centrada na natureza humana, envolvendo as relações entre indivíduo, sociedade e natureza. Morin (2014) propõe sete necessidades de mudança para o futuro da educação, apresentados à UNESCO em 1999 (KOWALTOWSKI, 2011). A primeira refere-se ao próprio conhecimento humano, tendencioso ao erro e à ilusão, e também às dificuldades em fornecer saberes no ensino. A segunda relaciona-se ao discernimento de informações chave e a contextualização, que levam aos princípios do conhecimento pertinente, capaz de assimilar problemas globais e fundamentais. Na terceira, Morin afirma que é necessário reconhecer a humanidade comum e a diversidade da condição humana, e compreender a unidade e complexidade do ser humano, através da didática interdisciplinar. Na quarta, o autor mostra que é preciso ensinar aos jovens a história da humanidade, apoiando relações positivas entre os seres humanos, com mais compreensão e empatia, ensinando também a identidade e a consciência terrena. A quinta mudança diz respeito a enfrentar as incertezas, pois o futuro é incerto, então deve-se ensinar a tomar decisões e estratégias para corrigir ações a partir das informações disponíveis. Na sexta, Morin expõe que é preciso também ensinar a compreensão, o respeito pelos princípios e ideias das outras pessoas e seus estilos de vida. A última mudança proposta pelo autor é a ética do gênero humano, mostrando o circuito indivíduo-sociedade, que ensina a democracia, e o circuito indivíduo-espécie, que ensina a cidadania terrestre (MORIN, 2014). A educação tem uma grande influência sobre a humanidade, pois não se trata somente da transmissão de conhecimentos intelectuais, mas também do desenvolvimento da consciência coletiva, individual, emocional e ecológica. Esses valores são fundamentais para o ser humano, e devem ser ensinados na infância, período de maior influência para moldar sua personalidade. Dessa maneira, as crianças se tornam adultos mais completos e bem preparados, que pensam no bem estar coletivo, no meio ambiente e nas gerações futuras, sendo a educação a solução primária de diversos problemas sociais. Assim, de forma a considerar os seres humanos em sua humanidade, como aptos a tomar decisões que propiciem a colocação do homem como um fim em si mesmo, não considerando este como um simples meio, ferramenta da indústria consumista de massificação da educação, se torna possível o alcance da educação
  • 23. 22 nas escolas sob o imperativo prático da dignidade da pessoa humana, como exposto por Imannuel Kant6. Uma vez que, segundo o filósofo, a dignidade apenas se torna de nosso alcance conforme o imperativo: “age de tal maneira que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio”. Atualmente, há um entendimento geral da população de que somente métodos e teorias podem melhorar o ensino e a escola, desconsiderando as variáveis da sociedade brasileira, como o modelo de distribuição de renda, a qualidade de vida das pessoas e o investimento no profissional da educação e na organização do ensino. Por causa disso, as únicas tentativas substanciais de democratização da escola e do ensino no país foram as opções por teorias pedagógicas diferentes. Poucas vezes políticas educacionais foram baseadas na análise da situação sociopolítica do país, levando em conta o papel que a escola desempenha na transformação da sociedade (RÖHRS, 2010). No entanto, algumas pedagogias alternativas, como a Waldorf e a Montessoriana, encontraram condições de inserção dos métodos quase que exclusivamente nas escolas privadas brasileiras, destinadas às classes mais favorecidas, pelo fato de demandarem material especializado, formação específica de professores e amplo espaço para as atividades oferecidas (RÖHRS, 2010). Por conta disso, a arquitetura característica dessas pedagogias, cujo propósito é ensinar às crianças valores que as acompanham até a vida adulta, com a ajuda de um ambiente educador, fica restrita a poucas unidades privadas espalhadas pelo país, enquanto a pedagogia tradicional, que tem como objetivo preparar os estudantes para o ensino superior e capacitá-los para o ofício da profissão, é amplamente difundida por estar presente na grande maioria das escolas públicas brasileiras, mas que contam com uma arquitetura rígida e padrão. A partir desse pensamento, é concebida a proposta de uma arquitetura escolar mista, mais humanizada, baseada em parâmetros de projetos da arquitetura Waldorf, aliados a princípios da arquitetura Montessoriana, que juntos, estabelecem diretrizes capazes de fornecer mudanças na aprendizagem e desenvolvimento das crianças 6 KANT, Immanuel. Fundamentação da metafisica dos costumes e outros escritos. São Paulo: Martin Claret, 2002.
  • 24. 23 através do ambiente físico, sem necessariamente seguir um método pedagógico específico. A aplicação dessa arquitetura humanizada seria mais tangível em relação à massificação do ensino, flexibilizando a rigidez usual destes métodos em prol da praticidade de sua aplicação. Pois, sem um método rígido de ensino pré-estabelecido, essa nova concepção da arquitetura poderia ser amplamente aplicada às escolas públicas, de ensino tradicional, por não influenciar diretamente no método pedagógico, mas sim, estabelecer o ambiente físico como complemento à educação brasileira. Essa arquitetura escolar humanizada seria composta, em relação à arquitetura Waldorf, pelos princípios de escola acolhedora, tanto aos alunos quanto à comunidade; salas de aula com possibilidade de variação do layout; espaços para socialização e brincadeiras; salas e oficinas para atividades artísticas e de concentração; ambiente para apresentações; lugares para exposição de trabalhos escolares, à vista dos alunos e da comunidade; conexão com a natureza, através de vegetação, área para jardinagem e campos abertos para práticas esportivas; iluminação e ventilação naturais; arquitetura sustentável; formas orgânicas e espaços multifuncionais. Já no que diz respeito à arquitetura Montessoriana, os seguintes princípios seriam adotados: ambientes específicos para estudos e socialização, como laboratórios e bibliotecas; presença da natureza através de jardins, áreas externas e cenários naturais; agrupamento das salas de aula de acordo com as faixas etárias, com acesso às áreas de convívio comum e corredores de aprendizagem; liberdade na forma e tamanho dos ambientes; acesso entre a sala de aula e o ambiente exterior, de livre passagem dos alunos; janelas na altura do observador infantil; iluminação e ventilação naturais; e em relação ao mobiliário, se possível, deve ser adequado à escala das crianças, simples e leve, facilitando seu deslocamento. Um exemplo de escola que reúne grande parte desses parâmetros de projeto de uma arquitetura mais humanizada é a Escola Tidhar7, localizada em Afula, Israel, e projetada pelo escritório Schwartz Besnosoff Architects, em 2013. A escola possui uma abordagem diferenciada, baseada na relação entre sustentabilidade e o ambiente 7 Escola Tidhar / Schwartz Besnosoff. 08 Mar 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo). Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783270/escola-tidhar-school-schwartz-besnosoff-architects>. Acesso em: 27 maio 2018.
  • 25. 24 existente, com a presença da paisagem verde ao redor, que caracteriza o espaço público aberto. As salas de aula são organizadas em volta de pequenos pátios verdes, que criam espaços mais privativos, com caminhos luminosos e arejados. Deste modo, os alunos podem vivenciar o ambiente verde como parte do processo de aprendizagem através de aulas ao ar livre (Figura 05). Figura 05 – Fachada e planta baixa da Escola Tidhar, Israel Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/783270/escola-tidhar-school-schwartz-besnosoff- architects (2013) A escola conta com uma planta flexível e adequada à escala infantil, possui janelas de peitoril baixo que concede visão do exterior às crianças, a altura variável das esquadrias permite várias opções de luz e ventilação natural, facilmente manipulável pelos usuários, e a edificação é adaptada ao clima da região. Com a união desses elementos, uma arquitetura participativa do ensino infantil se tornaria acessível ao grande público, não somente a minorias já socialmente favorecidas, enriquecendo a experiência humana no ambiente de ensino. Tais princípios devem ser tratados como base, e não como modelos fixos, para alcançar uma arquitetura de qualidade, beneficiando a todos os envolvidos. 6 CONCLUSÃO A educação exerce um papel extremamente relevante, sendo elemento fundamental e formador da base da sociedade. Além de ser a transmissão de valores e conhecimentos da coletividade, é responsável por formar o cidadão e o capacitar profissionalmente. É na infância que o ser humano desenvolve sua personalidade e
  • 26. 25 seus princípios, sendo de suma importância uma educação de qualidade nesse período, desenvolvendo a criança e tornando-a um adulto completo e preparado para os problemas da sociedade. As considerações desenvolvidas neste trabalho possibilitaram a compreensão dos métodos educacionais alternativos Waldorf e Montessori, e de como a arquitetura os complementa, já que necessitam de ambientes amplos e flexíveis, propícios ao aprendizado, contribuindo na promoção de um ensino de melhor qualidade para a educação infantil. Observando o cenário brasileiro, o principal ponto negativo dessas pedagogias é a grande dificuldade da aplicação prática de métodos estritamente teóricos. Em contrapartida, o método tradicional é amplamente difundido no sistema público de ensino, pelo fato do espaço físico ser irrelevante à sua aplicação. Em resposta à esse problema, os aspectos abordados nessa pesquisa servirão como base para a criação de diretrizes que conduzirão a elaboração de um projeto escolar de arquitetura humanizada, que une elementos das arquiteturas Waldorf e Montessori. Com isso, o ambiente da escola é transformando em um aliado no ensino, sendo essa arquitetura humanizada possível de ser aplicada em qualquer escola, independente do método pedagógico proposto, tornando-a acessível ao grande público. Logo, o espaço arquitetônico do ambiente escolar, principalmente do infantil, caracteriza-se como um conjunto de elementos responsáveis por influenciar diretamente na aprendizagem dos alunos. Deve transmitir a percepção de um ambiente familiar, acolhedor e seguro, onde as crianças possam brincar, aprender e socializar livremente, além de potencializar a interação com a natureza, possibilitando um desenvolvimento natural e saudável. REFERÊNCIAS ABEM – Associação Brasileira de Educação Montessoriana. 2016. Disponível em: <http://www.montessoribrasil.com.br/#!0>. Acesso em: 01 jun.2018. ALVARES, Sandra Leonora. Traduzindo em formas a pedagogia Waldorf. 2010. 147f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
  • 27. 26 Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~laforma/art/Alvares_SandraLeonora_M. pdf>. Acesso em: 21 maio 2018. ALVARES, Sandra Leonora. Programando a Arquitetura Escolar: a relação entre Ambientes de Aprendizagem, Comportamento Humano no Ambiente Construído e Teorias Pedagógicas. 2016. 372f. Tese (Doutorado em Arquitetura, Tecnologia e Cidade) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Campinas, 2016. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/ 321169>. Acesso em: 28 maio 2018. BEYER, Sabine. Uma Introdução à Arquitetura nas Pedagogias Alternativas. 2015. ArchDaily Brasil. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/774406/uma-introducao-a-arquitetura-nas- pedagogias-alternativas>. Acesso em: 19 abr. 2018. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao. htm>. Acesso em: 09 maio 2018. COSTA, Magda Suely Pereira. Maria Montessori e seu método. Revista Linhas Críticas, v.7, n.13, jul./dez. 2001. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/ linhascriticas/article/view/6544>. Acesso em: 29 maio 2018. DeZwarteHond. Montessorischool Waalsdorp. Disponível em: <https://www.dezwartehond.nl/projecten/montessorischool-waalsdorp>. Acesso em: 27 maio 2018. Escola Montessoriana Waalsdorp / De Zwarte Hond. 13 Jan 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Santiago Pedrotti, Gabriel). Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/ 759921/escola-montessoriana-waalsdorp-de- zwarte-hond>. Acesso em: 27 maio 2018. Escola Tidhar / Schwartz Besnosoff. 08 Mar 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo). Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783270/escola-tidhar- school-schwartz-besnosoff-architects>. Acesso em: 27 maio 2018. Escola Trem Amarelo / Biome Environmental Solutions. 13 Jun 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Delaqua, Victor). Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/789387/yellow-train-school-biome-environmental- solutions>. Acesso em: 08 set. 2018. FEWB – Federação das Escolas Waldorf no Brasil. Disponível em: <http://www.fewb.org.br/>. Acesso em: 12 maio 2018. (fundada em 1998) JÚNIOR, Francisco Gilson Rebouças Porto. Educação na Primeira República (1889- 1930). Revista Aprender, Cad. de Filosofia e Psic. da Educação, Ano I, n. 1, jul./dez. 2003. Disponível em: <http://periodicos.uesb.br/index.php/aprender/article/view/3776>. Acesso em: 27 maio 2018. KANT, Immanuel. Fundamentação da metafisica dos costumes e outros escritos. São Paulo: Martin Claret, 2002.
  • 28. 27 KOWALTOWSKI, D. C. C. K. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. Cortez Editora, 2014. OLIVEIRA, Thaís Regina Silva Cardoso e. Parâmetros de Projeto da Arquitetura Escolar Waldorf e as opiniões e preferências de seus usuários. 2016. 217f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000207939>. Acesso em: 08 abr. 2018. OMB – Organização Montessori do Brasil. Escolas Afiliadas. Disponível em: <http://omb.org.br/>. Acesso em: 01 jun. 2018. RÖHRS, Hermann. Maria Montessori Editado. Coleção Educadores MEC. (Trad. Almeida, Danilo Di Manno de; Alves, Maria Leila). Editora Massangana, 2010. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4679.pdf>. Acesso em: 29 maio 2018. VALENCIA, Nicolás. Arquitetos que projetam prisões são os mesmos que projetam escolas (ou como pensar a escola do século XXI). (Trad. Sbeghen, Camilla). 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/785131/aqueles- que-desenharam-as-prisoes-tambem-desenharam-os-colegios-ou-como-pensar-a- escola-do-seculo-xxi>. Acesso em: 28 abr. 2018.
  • 29. Pátio Aberto Playground RefeitórioCozinha Banheiros Lavanderia Salas de aula Banheiros Salas de atividades Brinquedoteca Auditório Biblioteca Salas de aula Banheiros Corredor Pátio Coberto Praça - Entrada Administração Enfermaria Atendimento Paisrecepção Banheiros Estacionamento Estacionamento Acesso Principal Área Infantil Acesso Principal Área Ensino Fundamental I Corredor Pátio Coberto Praça - Entrada Estacionamento Administração Enfermaria Atendimento Paisrecepção Área Esportiva Banheiros Pátio Aberto Playground RefeitórioCozinha Banheiros Lavanderia Salas de aula Banheiros e Apoio Salas de atividades Brinquedoteca Solário Horta Praça Interna Salas de aula Banheiros e Apoio Solário Fluxograma Sem Escala Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo Acadêmica: Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2 Orientadora: Marcela Gomes de Albuquerque Zalite Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018 1 2 3 4 5 Escola de Ensino Infantil e Fundamental I UBS Escola Infantil Localização Sem Escala N Av. Dr. Sophia Rasgulaeff Av. Dr. Alexandre Rasgulaeff Av. Tuiuti 400m 600m 800m 1000m 200m N Sem Escala Entorno Proposta de Prolongamento da Rua Porção do Terreno Adotada Terreno Original Níveis Adotados Sem Escala Nível Natural do Terreno Sem Escala N Observando o cenário brasileiro, o método tradicional é amplamente difundido no sistema público de ensino, pelo fato do espaço físico ser irrelevante à sua aplicação. Algumas pedagogias alternativas vêm ganhando força nos últimos anos, mas ainda estão longe de se rmar no país. o principal ponto negativo dessas pedagogias é a grande diculdade da aplicação prática de métodos estritamente teóricos. A partir desse pensamento, é concebida a proposta de uma arquitetura escolar mista, mais humanizada, baseada em parâmetros de projetos da arquitetura Waldorf, aliados a princípios da arquitetura Montessoriana, que juntos, estabelecem diretrizes capazes de fornecer mudanças na aprendizagem e desenvolvimento das crianças através do ambiente físico, sem necessariamente seguir um método pedagógico especíco. A aplicação dessa arquitetura humanizada seria mais tangível em relação à massicação do ensino, exibilizando a rigidez usual destes métodos em prol da praticidade de sua aplicação. Pois, sem um método rígido de ensino pré-estabelecido, essa nova concepção da arquitetura poderia ser amplamente aplicada às escolas públicas, de ensino tradicional, por não inuenciar diretamente no método pedagógico, mas sim, estabelecer o ambiente físico como complemento à educação brasileira. Um dos princípios adotados para a escola mais humanizada é transmitir a percepção de um ambiente familiar, acolhedor e seguro, onde as crianças possam brincar, aprender e socializar livremente, além de potencializar a interação com a natureza, possibilitando um desenvolvimento natural e saudável. A aparência do edifício escolar pode ser convidativa e aberta, num gesto acolhedor, como um abraço. A organização espacial dos edifícios podem ser articulados de modo a envolver espaços comunitários internos e externos, denindo uma área que proporciona sensação de proteção e aconchego, que são importantes para as crianças menores. O princípio de casa como modelo para a escola defende uma transição suave para a escola, pois normalmente é o primeiro ambiente público da criança. Para isso, é indicado que ambientes de educação infantil tenham atmosfera semelhante ao lar, que no caso do projeto foi transmitido através do formato tradicional de «casinha» no corredor central, que atua como entrada acolhedora, pátio coberto e ligação de uma ponta à outra da escola. A conexão com a natureza é outro fator fundamental nessa arquitetura humanizada, que acontece através de áreas para jardinagem, campos abertos para práticas esportivas e socialização. Esse contato é intensicado pela visão das crianças de dentro das salas de aula, devido às janelas de peitoril adequado à escala infantil. Iluminação e ventilação naturais também tem grande peso no projeto, e estão presentes na ventilação cruzada pelas janelas de diferentes alturas e cobertura em shed nas salas de aula, que permite a entrada de iluminação indireta. O mobiliário é organizado proporcionalmente à escala da criança, com a inclusão de cadeiras e mesas em tamanho reduzido, disponíveis ao manuseio de todos, estimulando a aprendizagem e tornando o processo educativo mais espontâneo. As salas são agrupadas de acordo com a faixa etária, dispostas de modo que tenham acesso às áreas de convívio comum. Conceito e Partido O terreno ca localizado na Av. Tuiuti, e originalmente possui 57.400,00m² se área livre, formando um grande vazio urbano na cidade. Ele foi escolhido pela localização privilegiada entre dois fundos de vale, pois recebe o ar puro da região e o vento fresco constante, que fazem bem para a saúde das crianças. Por causa do grande tamanho do terreno, inviável para apenas uma escola, foi decidido utilizar apenas uma parcela, que corresponde a 20.690,00m², quase um terço do tamanho original. Para isso, foi proposto o prolongamento da rua rio poá, dando uma nova fachada ao terreno. A parte triangular voltada ao sul foi descartada da porção escolhida por ser uma área que oferece riscos devido à ação de alta tensão, e pela provável futura continuação da avenida Jinroku Kubota. Por isso, a testada voltada à Av. Tuiuti cou mais estreita, com 54,50m, enquanto a testada da nova rua cou com 117,00m. Localização O programa se organiza em 5 platôs, onde as duas entradas e o corredor central cam no nível +2,50m, junto com a área administrativa de cada entrada. As salas de aula se dividem nos níveis +2,00m, junto com os refeitórios e o auditório, e +3,00m, junto com a biblioteca. Já toda a área esportiva localiza-se no nível +1,00m. Todos os platôs são acessíveis por rampas e escadas, incluindo os estacionamentos dispostos no terreno. A organização é feita em 6 setores: setor de atendimento, setor pedagógico, setor comunitário, setor de assistência, setor administrativo e setor de serviços. Programa N SOBE SOBE SOBE SOBE Setor Administrativo Setor de Assistência Setor de Serviços Setor Pedagógico Setor Comunitário Setor de AtendimentoSetorização Sem Escala Perspectiva da Fachada para a rua prolongada
  • 30. SOBE 0 5 10 20 Implantação e Cobertura Acesso Principal Área Infantil Estacionamento Área Infantil Estacionamento Área Ensino Fundamental I Entrada Principal Área Ensino Fundamental I Estacionamento Área Ensino Fundamental I Entrada de Serviços N Av.Tuiuti PropostadeProlongamentodaRua Esquema Modulação Estrutural Sem Escala Viga de Concreto 30x50cm Módulos de 8,50x7,50m Pilar de Concreto 50x30cm Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo Acadêmica: Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2 Orientadora: Marcela Gomes de Albuquerque Zalite Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018 NEsquema Estudo Insolação Sem Escala Estudo Insolação 9h Estudo Insolação 12h Estudo Insolação 16h Imagem Aérea da Escola vista da Av. Tuiuti 1 2 3 4 5 Escola de Ensino Infantil e Fundamental I A edicação foi desenvolvida em nível térreo, estabelecendo a horizontalidade como identidade da escola, além de não fugir da escala da criança. Foi utilizado o sistema modular para denir a estrutura, formando um módulo de 8,50mX7,50m, com pilares e vigas em concreto armado com 50X30cm de seção. A cobertura do corredor central é em laje pré-moldada inclinada de concreto impermeabilizado de 7cm, com rasgos para iluminação natural zenital. O suporte para essa laje é feito com treliças metálicas com pintura colorida, dando um ar mais lúdico ao corredor, que atua também como pátio coberto. Estrutura A cobertura das salas de aula é feita em shed, com treliças metálicas escondidas nas paredes laterais, telha sanduíche metálica para melhor conforto térmico e acústico, e aberturas de 80cm voltadas a sudeste, iluminando indiretamente as salas. Contornando o corredor dos pátios entre as salas, uma laje de concreto impermeabilizado de 10cm é sustentada por pilares circulares de 15cm de diâmetro. Já as áreas administrativas possuem platibanda simples, mas com as telhas sanduíche também, assim como a biblioteca, o auditório e os refeitórios. A quadra coberta possui cobertura curva, para quebrar um pouco a monotonia dos ângulos retos presentes no projeto.
  • 31. Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo Acadêmica: Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2 Orientadora: Marcela Gomes de Albuquerque Zalite Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018 0 5 10 20 Planta Baixa Humanizada Acesso Principal Área Infantil Estacionamento Área Infantil Estacionamento Área Ensino Fundamental I Entrada Principal Área Ensino Fundamental I Estacionamento Área Ensino Fundamental I Entrada de Serviços A B A B C D DC Corte AA 0 5 10 20 Corte BB 0 5 10 20 Laje de Concreto Inclinada Impermeabilizada de 7cm com Aberturas Cobertura Shed com PlatibandaCobertura Refeitório com Platibanda Quadra Coberta Auditório com Fachada em Brise Cobertura Shed com Platibanda Quadra Coberta Solário com Cerca Viva Ambientes / Áreas 34 - Berçário I (0 a 1 ano) 64,40m² 35 - Berçário II (1 a 2 anos) 64,60m² 36 - Maternal (2 a 3 anos) 64,20m² 37 - Pré-Escola I (3 a 4 anos) 64,60m² 38 - Pré-Escola II (4 a 5 anos) 64,60m² 39 - Sala de Atividades Multiuso 72,20m² 40 - Brinquedoteca 120,80m² 41 - Depósito Fraldário 4,00m² 42 - Fraldário 14,75m² 43 - Amamentação 10,90m² 44 - Lactário 13,30m² 45 - Higienização 7,80m² 46 - PNE Infantil 7,00m² 47 - Banheiro Infantil 11,75m² 48 - DML 5,80m² 49 - Depósito Materiais 23,10m² 50 - Lavanderia 14,90m² 15 - Circulação 15,50m² 16 - Recepção/Secretaria 34,90m² 17 - Almoxarifado 9,00m² 18 - Depósito Materiais 9,00m² 19 - Sala de Reuniões 36,70m² 20 - Arquivo 20,30m² 21 - Enfermaria 14,50m² 22 - Diretoria 18,60m² 23 - Quadra Poliesportiva 432,00m² 24 - Quadra Coberta 25 - Depósito Esportes 26,50m² 26 - Vestiário Feminino 31,60m² 27 - Vestiário Masculino 31,60m² 28 - Pista de Atletismo 320,00m² 29 - Estacionamento 30 vagas 30 - Circulação Aberta 380,00m² 31 - Solário 22,30m² 51 - Roupa Limpa 8,30m² 32 - Playground Infantil 195,00m² 52 - Banheiro Masculino 8,80m² 33 - Pátio Aberto Infantil 290,00m² 1 - Praça Área Infantil 127,00m² 2 - Circulação corredor 1340,00m² 3 - PNE Masculino 3,70m² 4 - PNE Feminino 3,70m² 5 - Coordenação 25,35m² 6 - Circulação 13,00m² 7 - Sala de Professores 28,70m² 13,50m² 13,25m² 15,00m² 17,60m² 11 - Vestiário Masculino Prof. 12 - Vestiário Feminino Prof. 13 - Espera 14 - Atendimento Pais/Alunos 8 - Depósito 7,20m² 69 - Circulação Aberta 380,00m² 70 - Playground 195,00m² 71 - Pátio Aberto 290,00m² 72 - Auditório 282,00m² 73 - Foyer 81,90m² 74 - Banheiro Feminino 7,70m² 75 - PNE 4,25m² 76 - Banheiro Masculino 9,60m² 77 - Biblioteca 285,15m² 78 - Acervo/Depósito 28,50m² 79 - PNE 4,80m² 80 - Copiadora 24,15m² 81 - Praça Área Ensino Fundamental 392,00m² 9 - Psicólogo Infantil 12,70m² 10 - Copa/Estar Prof. 37,90m² 665,00m² 53 - Banheiro Feminino 8,80m² 54 - Refeitório Infantil 205,60m² 55 - Higienização Cozinha 9,60m² 56 - Louça Suja 5,70m² 57 - Louça Limpa 5,70m² 58 - Separação 9,60m² 59 - Distribuição 7,50m² 60 - Cozinha 33,30m² 61 - Depósito 14,40m² 62 - Coleta Seletiva 2,50m² 63 - Horta 410,00m² 64 - Praça Interna 190,00m² 65 - Refeitório 205,60m² 66 - Salas de Aula 64,60m² 67 - Banheiro Feminino 26,40m² 68 - Banheiro Masculino 25,00m² 82 - Caixa D’água - 83 - Gerador de Energia - 84 - Cisterna - 1 2 5 3 4 7 8 6 10 9 11 12 16 13 1415 141817 19 20 21 22 2 2 2 2 2 2 23 24 25 26 27 3 4 28 29 29 29 30 30 54 30 30 30 32 33 35 36 31 31 31 31 31 31 31 31 31 31 34 34 35 36 37 37 38 38 39 39 40 40 43 44 45 41 42 42 44 45 46 47 46 46 59 46 46 47 47 49 48 49 48 51 50 5352 56 57 55 58 60 61 46 62 63 64 59 56 57 55 58 60 61 62 65 46 51 5352 46 50 66 66 66 66 66 66 66 66 66 66 46 46 46 46 67 68 67 68 3939 39 39 69 69 69 70 69 69 69 71 30 72 73 74 75 76 77 78 7979 80 7 10 11 12 8 19 5 43 13 20 21 14 14 22 16 17 18 81 82 83 84 84 83 1 2 3 4 5 Vista Interna Corredor Central N
  • 32. Janela 80cm com vidro 8mm Detalhe Shed Sem Escala Calha Metálica 20cm Viga de concreto 50x30cm Parede em Alvenaria Beiral 20cmTerça Telha Sanduíche Metálica Forro de Gesso Detalhe Telha Sanduíche Metálica Sem Escala Cobertura Shed Para melhorar a iluminação natural nas salas de aula e de atividades, foi proposta a cobertura do tipo shed, voltada à sudeste para receber iluminação indireta e difusa. Foi utilizada na cobertura a telha termo acústica dupla, também conhecida como telha sanduíche, por possuir duas camadas de telha metálica, recheada com o material isolante EPS. A telha sanduíche garante o controle térmico dos ambientes, o que evita também o superaquecimento das coberturas, possui ação retardante na ação de chamas e forma uma barreira acústica. Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo Acadêmica: Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2 Orientadora: Marcela Gomes de Albuquerque Zalite Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018 0 2,5 5 10Corte CC Corte DD 0 2,5 5 10 Quadra Coberta Cobertura Shed com PlatibandaCobertura Shed com Platibanda Laje de Concreto Inclinada Impermeabilizada de 7cmTesoura Metálica Pintada Portão do Corredor Laje de Concreto Inclinada Impermeabilizada de 7cmTesoura Metálica Pintada Portão do CorredorCobertura Shed com Platibanda Fachada Noroeste - Voltada para a rua projetada Sem Escala Fachada Sudeste - Voltada para a Av. Tuiuti Sem Escala Det. Brise Móvel Corte Vertical Sem Escala 70° Detalhe Brise Móvel Corte Horizontal Sem Escala Brise Vertical móvel Uma forma de controlar a insolação incidente no ambiente de aprendizado e de trabalho é a utilização de brise móvel, podendo barrar parte da insolação quando desejar. Indicado para orientações leste-oeste, o brise vertical foi o escolhido e se faz presente em várias partes do projeto, formando a identidade visual da escola, aliada ao conforto térmico oferecido. O elemento é composto por conjuntos de duas ou três placas deslizantes, que possuem sete pás na angulação de 70° para permitir a entrada de luz difusa na maior parte do dia, evitando a insolação direta que pode ser incômoda. Além das salas de aula e da área administrativa, o brise foi aplicado na biblioteca e no auditório, com cores características para marcar o ambiente. Nos dois casos, o brise cumpre sua função ao proteger uma parede quase toda envidraçada, barrando a insolação, mas também é aplicado na parede cega voltada para a rua, compondo a fachada. Nesse último caso, o brise é xo, pois não exerce sua função, é apenas um elemento decorativo. 1 2 3 4 5 Perspectiva da Horta Perspectiva da Quadra Coberta Perspectiva da Praça Interna
  • 33. Infantil e Fundamental IUniCesumar - Arquitetura e Urbanismo Acadêmica: Bruna Heloisa Facina / RA: 1411687-2 Orientadora: Marcela Gomes de Albuquerque Zalite Escola de EnsinoTrabalho de Conclusão de Curso 2018 1 2 3 4 5 Escola de Ensino Infantil e Fundamental I Móvel na escala da criança, com altura de 60cm, permitindo o acesso livre e espontâneo da criança. Puxadores exíveis para maior segurança e conforto. Cores neutras, deixando para as esquadrias e para os brinquedos a função de alegrar o ambiente. Com a profundidade de 60cm, é possível utilizar sua superfície superior para expor trabalhos feitos pelos alunos. Janela do shed de 80cm basculante para entrada de iluminação indireta difusa, pois está voltado para o sudeste. Moldura da janela colorida seguindo as cores externas, formando o arco-íris, tornando o ambiente mais lúdico. Grandes janelas de correr voltadas para o pátio central, com peitoril de 60cm, permitindo a visão da criança ao exterior, que contém vegetação. Intensica o contato e a conexão com a natureza. Moldura da janela colorida seguindo as cores denidas para cada turma, dando uma identidade à classe. torna o ambiente mais lúdico. O tapete de EVA conhecido como tatame é sugerido para que as crianças possam brincar com mais segurança, sem contato com a chão frio e duro, podendo brincar com mais conforto. Forro de gesso inclinado para permitir a entrada de iluminação indireta difusa através do shed. Com diferentes alturas, a sala de aula ca mais aconchegante e cria pequenos espaços de convivência mais agradáveis às crianças. A parede lousa foi proposta com o intuito de que todas as crianças de qualquer altura possam alcançar, brincar e escrever no quadro. Na face que recebe mais sol durante o dia, as janelas caram menores, e as árvores próximas fazem a barreira contra a incidência solar direta, deixando o ambiente mais confortável. Pela diminuição do tamanho das janelas, a sala de aula ganhou mais área de parede, na altura das crianças, que podem expor os trabalhos feitos colando na parede ou apenas encostando sobre o móvel, que ca a 60cm do chão, e possui 35cm de profundidade. Mesas infantis individuais na formato retangular, possibilitando o encaixe com grupos de duas, quatro ou mais crianças. Cadeiras com a mesma cor das esquadrias de cada sala, sendo a identidade da turma. Na frente das janelas de cada sala há um banco de concreto acompanhando o comprimento da parede, pintado na mesma cor das esquadrias, fazendo a identicação de cada sala de aula. Laje e piso em concreto aparente. Pilares da laje pintados formando o arco-íris, deixando mais lúdico o pátio infantil. Playground infantil com caixa de areia para diversão das crianças, escorregador e um brinquedo grande completo, que ajuda no desenvolvimento físico e motor das crianças, além do convívio social com os colegas. Portão em cada transição de bloco para maior segurança das crianças, impedindo que qualquer pessoa chegue até elas sem ser chamada. O portão é metálico, mas pintado com as cores do arco-íris, acompanhando a treliça metálica acima de cada portão. Eles são vazados para permitir a livre passagem de ar dentro do corredor Rasgos com vidro xo na laje inclinada do corredor central, que remete ao formato de casa. Possui a moldura pintada também para acompanhar a alegria e harmonizar com as cores das outras esquadrias, já que as paredes, pilares e vigas são todas da mesma cor. O corredor central possui janelas em toda a extensão de suas paredes para deixar o ambiente bem iluminado, dando a sensação de estar a céu aberto, em meio a n at u r e z a d o e n t o r n o . A s esquadrias também são coloridas, e há o mesmo banco que há na frente das salas. Perspectiva do Playground Infantil Sem Escala Perspectiva Interna do Corredor Central Sem Escala Perspectiva Interna da Sala de Aula Sem Escala
  • 34. Fonte do TCC: http://rdu.unicesumar.edu.br/bitstream/123456789/896/1/Trabalho%20de% 20conclusão%20de%20curso%20TCCC.pdf https://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/ 1