Este documento discute a literatura infantil brasileira ao longo da história. Inicialmente, analisa o desenvolvimento do gênero no Brasil no século XIX e início do século XX, quando obras estrangeiras eram mais comuns devido à falta de material de leitura local. Posteriormente, fala sobre o período da República Velha e a adaptação do modelo europeu, com ênfase no ideal rural e heróis patrióticos. Por fim, aborda as mudanças nas décadas seguintes, como o uso do folclore regional

1. Literatura Infantil
Brasileira
Apresentação da obra
Marisa Lajolo e Regina Zilberman
Projeto: Literatura Infantil Amazonense na escola: leitura e produção de
conhecimento com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental
Orientadora: Prof. Kézia Simeia Barbosa da Silva Martins

2. A Obra

3. Era uma vez
um livro
Capítulo Introdutório
01

4. Ideias Principais
Produção de
livros torna-se
um segmento
econômico;
Impasses sobre
a literatura
infantil nacional;
Análise no plano
histórico e
cultural;
Literatura Infantil
encarada como
produção cultural
inferior;
Privilégio do
caráter educativo
e político;
Consumo
específico;
Natureza da obra
infantil:
Ilustração;
Episódios
históricos.

5. Escrever para crianças e
fazer literatura
Desenvolvimento da
literatura
02

6. Ideias Principais A literatura
Industrialização
Êxodo Rural
Falta de
emprego
Marginalização
Revolução
Industrial
Urbanização Desigualdade
Burguesia
Instituições
Família
Padrão “criança”
Escola
Equipar a
criança
Livro mundo
idealizado

7. Na República Velha
a formação de um gênero novo
Chegada no Brasil
03

8. ● Século XX, embora ao longo do século XIX encontra-se notícias do
aparecimento de uma ou duas obras destinada a crianças.
O Surgimento
A República
● O país passava por diversas transformações (sociedade rural em urbana);
● Consumismo de produtos industrializados;
● Escola possui um papel fundamental (valores ideológicos, conhecimento e
produção de bens culturais).

9. ● Padrão de escolarização  identificação ou diferença;
● A instrução e a alfabetização  hábito de ler para a formação do cidadão;
● A ausência de material de leitura  forte marcação de obras estrangeiras.
Belle Époque à brasileira
As imagens do Brasil
● Adaptação do modelo europeu que chegava geralmente de Portugal;
● Protagonistas crianças nas histórias.
A paisagem brasileira
● Literatura Infantil determinada por um fim ideológico marcado por traços
presentes na literatura brasileira não-infantil;
● Autores mencionam em suas obras a falência dessa proposta rural para a
nação.

10. A paisagem brasileira
O modelo da língua nacional
● Preocupação com o escrever corretamente;
● Os que defendiam: Transferir aos livros infantis as mesmas normas que
imprimiam à literatura em geral. Tratava-se não apenas de coerência, mas
também de uma garantia para o futuro.
● Os que não defendiam.
● A literatura Infantil é determinada por um traço ideológico presente na
literatura brasileira não-infantil;
Heroísmo, patriotismo, riqueza e beleza da terra.
● Autores mencionam em suas obras a falência dessa proposta rural para a
nação.
Cidades Mortas, Lobato e O triste fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto.

11. De braços dados com
a modernização
Muitas mudanças
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12. ● Campo da Educação: Proposto por pedagogos que fundaram o movimento Escola
Nova durante os anos 20 caracterizado pela crítica à educação tradicional.
● A educação tradicional: somente para a formação da elite.
● As reformas se sucederam, mas nenhuma foi eficaz.
● Através dos ministros Campos e Capanema a educação primária se tornou
obrigatória, ensino técnico, formação do magistério e cursos superiores.
Décadas de reforma
● Campo da cultura: a linguagem;
● O recurso ao folclore (indígena e africana)
● Observação da realidade: Modernização (miséria) e nativismo.

13. A presença de
um cenário rural
Sítio do picapau amarelo
Álbum de 2001
Fonte: Wikipédia
Cena do filme Macunaíma
Fonte: G1 - Globo

14. A literatura infantil brasileira, elaborando seus
modelos narrativos e heróis, funda um universo
imaginário peculiar […] De um lado, reproduz e
interpreta a sociedade nacional, avaliando o
processo acelerado de modernização […] Para
tanto, circunscreve um espaço preferencial de
representação – o ambiente rural […] De outro
lado, dá margem à manifestação do mundo
infantil, que se aloja melhor na fantasia, e não na
sociedade, opção que sugere uma resposta à
marginalização a que o meio empurra a criança.”
(p. 65)

15. Entre dois
brasis
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16. ● Até os anos 40 não se utilizava o folclore da região, apenas os de origem africana e
ibérica.
A Amazônia misteriosa
A Exceção
Gênero: juvenil
Raimundo Morais
Fonte: Mercado Livre

17. Indústria cultural &
Renovação literária
Diversas regiões
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18. ● Anos 60 e 70 a produção cultural é muito maior;
● Preocupação educativa, comprometida com valores, menos tradicionais e mais
libertadoras;
● Caráter urbano e mais contemporâneos: mistérios a serem resolvidos,
reaproveitamento inovador de lendas brasileiras e assuntos regionais.
● No entanto, sua circulação depende da instituição escolar.
Geral