SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
Hepatopatias e Cirurgias
Curso Continuado de Cirurgia Geral do
Capítulo de São Paulo do Colégio
Brasileiro de Cirurgiões
26/04/2008
Hepatopatias e Cirurgias
Os cuidados pré e pós-operatórios nos
pacientes com hepatopatias merecem
especial atenção em virtude das
múltiplas e essenciais funções do fígado
na economia humana.
Hepatopatias e Cirurgias
Importância do Fígado na Economia Humana
- Fígado – Metabolismo
- Fígado – Nutrição
- Fígado – Hemodinâmica
- Fígado – Coagulação
- Fígado – Função Renal
- Fígado – Anestesia
Avaliação Laboratorial da Função Hepática
Função Hepática Básica e operabilidade
Situações especiais:
- Massa Hepática
- Icterícia Cirúrgica
- Hipertensão Portal
- Afecção de outros órgãos
Estado Atual da questão
Hepatopatias e Cirurgias
Introdução
FÍGADO
– maior órgão do corpo humano
1 a 2% do peso corporal – 1.350kg
– Massa funcionnte – 2/3
– Cel. Kupffer, vasos, canais biliares e tecido sustentação – 1/3
Hepatopatias e Cirurgias
Cirurgia de alto risco
Resultados obtidos - Eletiva
- Urgência
Sobrevida – Estadiamento Clássico e Anat. Pat. da Doença
Cirurgia pode alterar evolução natural da Mol. Hep. de base.
Introdução
Hepatopatias e Cirurgias
Introdução
CENTRO METABÓLICO DO ORGANISMO
- No fígado os nutrientes são assimilados, modificados e
armazenados até serem solicitados.
- Produtos e substâncias absorvidas são detoxificadas,
catabolizadas e/ou excretadas
- Componentes de alguns sistemas fundamentais, como
mecanismos de coagulação são mantidos
Hepatopatias e Cirurgias
Introdução
PAPEL CENTRAL NO METABOLISMO
Fluxo portal contribui para 70% do O2 utilizado pelo fígado.
Requer suprimento sangüíneo abundante.
Recebe 1/5 do débito cardíaco e excreta 1.000 a 1.500 ml de bile por
dia .
Metabolismo de carboidrato, proteínas e lipídeos depende da
função hepática.
Hepatopatias e Cirurgias
Introdução
GLICEMIA
O fígado é responsável manutensão da glicose sérica através da
decomposição química das reservas de glicogênio
(glicogenólise)ou pela sua formação por glicogenese ou
gliconeogenese.
Hipoglicemia dano hepático grave
Hepatopatias e Cirurgias
Introdução
AMINOÁCIDOS
Metabolismo de aminoácidos na síntese proteíca e na conversão
de aminoácidos para carboidratos e lipides. A conversão de
amonea para uréia ocorre no fígado.
Excesso de amonea encefalopatia
Hepatopatias e Cirurgias
Importância do Fígado na Economia Humana
As células parenquimatosas hepáticas possuem
funções específicas associadas a uma arquitetura
complexa e bem organizada.
Capacidade Regenerativa
Hepatopatias e Cirurgias
FÍGADO
Metab.
Nutr.
Hemod.
Hemostasia
F. Renal
Anest
Hepatopatias e Cirurgias
Importância
HEPATOPATIAS
Merecem atenção especial na avaliação pré e pós-operatória pois
diferem entre si quanto a doença de base e o grau de sua evolução.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA
Dados Clínicos – Laboratoriais – Radiológicos – Cirurgia anteriores
Hepatopatias e Cirurgias
Fluxo Sangüíneo Hepático
Normal 800 a 1.200 cc/mim
Estresse Norapinefrina < FSH – desvia 80% do vol.
sangüíneo para circ. sistêmica em 18 seg. – vasopressina
Glucagon Antagoniza a vasoconstrição produzida pela
hipoxia e aumenta o fluxo arterial hepático.
Hepatopatias e Cirurgias
Fluxo Sangüíneo Hepático
Queda FSH diminui aporte O2 para o hepatócito com queda
de metabolismo aeróbico e da produção de ATP – alteração
da bomba de Na – K resultando em edema celular e necrose
centro lobular precoce.
Hepatopatias e Cirurgias
Alterações Sinusoidais
Queda FSH leva a alterações sinusoidais e abertura de
colaterais de baixa resistência resultando em comunicação
portossistêmica com desvio do fluxo esplênico para a
circulação sistêmica.
Alterações hemodinâmicas, mesmo leves, em hepatopatas
crônicos pode levar a severa hipofixia tecidual, as vezes não
diagnosticada que pode preceder o desenvolvimento da
síndrome de falência de múltiplos órgãos e sistemas.
Hepatopatias e Cirurgias
Concentração de Co2
Hipercapnia – discreto aumento do F. arterial hepáticoe
contundente vasodilatação a nível portal
Hipocapnia – efeito contrário
Hepatopatias e Cirurgias
Radicais Livres
Implicados nos transtornos inflamatórios e na lesão tecidual.
Papel importante nas alterações vascular e tecidual.
- Captadores de radicais livres (dimetilsulfoxida), ou
inibidor de xantino – oxidase, consegue abolir totalmente as
alterações de permeabilidade induzida pela isquemia.
Hepatopatias e Cirurgias
Isquemias
- Isquemia xantino oxidase liberado por ação
proteolitica (medida pelo cálcio) sobre a xantina –
desidrogenase – assim alterações de Ca podem piorar o dano
isquêmico tissular.
- Isquemia – bloqueio da atividade das células do SRE, com
diminuição da resposta fagocitária e facilitação à infecção.
Hepatopatias e Cirurgias
Fígado - Trauma Cirúrgico
Aumento enzimas
Bilirrubina
- Resposta ao Trauma – Cirurgia – Choque – Sepse
- Subclínica
- Clínica – icterícia – 4º d 10º d queda.
ou insuficiência hepática - > 8 mg% alto
Índice de mortalidade – encefalopatia.
- Anatomia patológica – congestão centrolobular, colestase intra-hepática
Degeneração gordurosa
Infiltração linfocitária portal
Hiperplasia das celulas de Kupffer.
Hepatopatias e Cirurgias
Alterações Hemodinâmicas
HEPATOPATA COMPENSADO
O Comportamento hemodinâmico semelhante ao sepses ou
politraumatizado grave – aumento do débito e da freqüência
cardíaca e diminuição do tempo de ejeção.
O consumo de O2 e a produção de CO2 estão alteradas - não
existe acidose metabólica.
- Aumento da resposta miocárdica é proporcional as
necessidades periféricas.
Cirróticos compensados - estresse
Hepatopatias e Cirurgias
Alterações Hemodinâmicas
HEPATOPATA GRAVE
As alterações hiperdinâmicas são mais graves – infecções severas
– choque séptico – incapacidade de resposta miocárdica
satisfatória.
Redução do consumo CO2 – acidose metabólica.
Hepatopatias e Cirurgias
Fígado - Rim
SÍNDROME HEPATO-RENAL
Doença hepática crônica + dilatação vascular pulmonar + hipoxia
arterial.
- Etiologia desconhecida – Hipertensão Portal
- Oxigenação arterial piora – posição supina
- Dispscia – cianose – baqueteamento dos dedos – 80%
ALTA MORTALIDADE – TIPS Pré-op.
Hepatopatias e Cirurgias
- Proteínas da cascata de coagulação são sintetizadas no fígado
Fat. II, V, VII. IX e X
- O fígado regula o nº de plaquetas circulantes
- Pré – op. TAP – TTPA – TP e plaquetas.
- TAP > 50% - TTPA <15 seg. do controle - TT > 3 seg. do controle
- Plaquetas > 85.000/mm3 – pode ser operado.
Fígado - Hemostasia
Hepatopatias e Cirurgias
SELEÇÃO DE ANESTESIA - IMPORTANTE
- Técnicas reduzem o F.S.H - não devem ser usadas
- Efeito hapatotoxico de drogas
- Prevenção da hipotensão arterial – hipoxemia – hipercabia –
hipocabia- oligúria.
- Monitorização – PVC – P.A.M. – ECG – Fluxo urinário – Equilíbrio
ácido básico – eletrolítos
- Temperatura corporal – 36 e 37º C – colcha térmica – evitar acidose
metabólica.
- Plano – O2 e protoxido de nitrogenio – pressão positiva intermitente
Fígado - Anestesia
Hepatopatias e Cirurgias
Função Hepática básica e Operabilidade
Nenhuma Limitação
Resposta Normal a todas as operações
Capacidade Normal de regeneração do Fígado
Alguma Limitação da Função Hepática
Resposta alterada a todas as operações, porém bem toleradas se o
paciente for preparado no pré-operatório.
Capacidade reduzida de regenerar novo parênquima hepático de
modo que todas as ressecções hepáticas de grande porte estão
contra-indicadas.
Limitação grave da função Hepática.
Resposta ruim a todas as operações, independente dos esforços
preparatórios.
Ressecção do fígado, independente do tamanho, está contra-
indicado.
CLASSE A
CLASSE B
CLASSE C
Hepatopatias e Cirurgias
Pré e Pós- Operatório
Jejum – aumento da osmolaridade sérica dependente das
perdas renais e insensíveis.
- Aumento – maior liberação do H. antidiurético –
acentuação da concentração urinária.
Hepatopatias e Cirurgias
Pré e Pós- Operatório
Administração de fluídos no intra-operatório deve ser
orientado pelo controle de avaliação hemodinâmica imediata
– pulso – pressão arterial – PVC – débito urinário.
Cirurgia abdominal – intra-operatório – 12 a 15 ml/kg – 1ª hora
– 6 a 10 ml – hora seg.
grandes perdas sangüínea – sangue +
Solução Balanceada de sais.
Hepatopatias e Cirurgias
PÓS-OPERATÓRIO
Déficit moderado extracelular – sonolência – anorexia – taquicardia –
colapso de veias periféricas.
Déficit severo – exturpor – extremidades
frias – hipotermia.
Hemoconcentração – aumento Hb – aumento uréia e diminuição do sódio,
urinário
Na – 90% das particularidades osmoticamente ativas do extracelular
Hiponatremia - restrição de fluídos
Hipernatremia - déficit de água
Pré e Pós- Operatório
Hepatopatias e Cirurgias
CÁLCULO REPOSIÇÃO VOLÊMICA
K – sérico – urinário e corporal total
- Cirrose compensada - K sérico normal
- Cirrose descompensada – K sérico diminui – (diurético – diarréia)
- Grave – severo comprometimento metabólico celular.
Pré e Pós- Operatório
Hepatopatias e Cirurgias
ANTIBIOTICOTERAPIA E ANTI-FÚNGICOS
Profilática – usada em virtude do desenvolvimento de resistência
bacteriana subsequente.
Dias de operação – 5 a 10 d pós-op.
Ampicilina – vancomicina – gentamicina – cefalosporina – 2 h
antes e 12 após a cirurgia.
Normal - usada em determinadas situações
Fungos – geralmente à associação – Profilaxia ???
Pré e Pós- Operatório
Hepatopatias e Cirurgias
Hepatopatia crônica – diminuição da capacidade de síntese e
armazenamento do glicogenio que frente e estresse cirúrgico e
infecção é rapidamente consumido.
Existe utilização de aminoácidos como fonte de energia –
catabolismo sustentados – altos níveis de glucagon e aumento da
insulina.
Aumento – a a cadeia aromática (fenilalalina – tritofano – tirosina)
Diminuição - a a. cadeia ramificada (leucina – isoleucina – valina).
Preparo pre-op. – administração soluções balanceadas ricas em aa
cadeia ramificada e pobre de cadeia aromática.
Pré e Pós- Operatório
Hepatopatias e Cirurgias
BILIRRUBINAS – PROTEÍNAS E COAGULAÇÃO
Pós-Operatório – icterícia – transfusão – hemólise – reabsorção de
hematomas – embolia pulmonar – hipotensão – hipovolemia.
Secções extensas – comprometimento de síntese – tempo
protrombina alargado e diminuição de albumina – encefalopatia.
Pré e Pós- Operatório
Hepatopatias e Cirurgias
ASCITE – HEMOSTASIAS - MELENA
São comuns e graves no pós-operatório de
hepatopatias crônicos e devem ser tratados
efetivamente.
Pré e Pós- Operatório
Hepatopatias e Cirurgias
GERAIS
- Evitar hiperbilirrubinemia prolongada e avaliar função renal.
- Tratar processos infecciosos – urinário – pulmonar – colangites
- Corrigir déficits pré-renais – déficit de volume e albumina Tx Hb – 10g/l
- Evitar antiinflamatórios não esteróides – alteram síntese
prostaglandinas renais – precipita IRA e nefrite instersticial aguda.
Procedimentos no Pré-operatório
Hepatopatias e Cirurgias
ESPECÍFICOS
- Proteção renal – I. renal cirrose 50 a 70% dos doentes – manitol e boa
perfusão hepática na cirurgia
- 100 ml de manitol a 20% - 2h antes e no intra-op.
- 20 g manitol 2x no pós-op. se fluxo renal < 50ml/h.
- S. fisiológico – natridiurese. Dopa 1 a 2 mg Kg – IRA
- Administração de fluídos
- Eletrolitos
- Ascite
Procedimentos no Pré-operatório
Hepatopatias e Cirurgias
Avaliação Laboratorial da Função Hepática
• Bilirrubinas
• Proteínas
• Atividade Enzimática
• Aminotransferase
• Fosf. Alcalina
• GGT
• Colinesterase
•Bromossulfaleina
• Verde – de – indocianina
Hepatopatias e Cirurgias
• Corrigir Hipocalemia – alcalose
• Corrigir distúrbios hidroeleltrolíticos
• Corrigir hipovolêmia
• Tratar infecção
• Tratar hemorragia digestiva
• Tratar distúrbio de coagulação
• Tratar hipoalbumina
• Tratar ascite e anasarca
• Tratar colestase
Procedimentos no Pré-operatório
Hepatopatias e Cirurgias
- Sangramento – importante
- Mortalidade – 69% - Transfusão > 2u sangue
- Mortalidade – 22% - Transfusão < 2u sangue
Sangramento – distúrbios metabólicos pós-op.
insuficiência hepática
Hemorragia – sepse - óbito
Intra-operatório
Hepatopatias e Cirurgias
• Prevenção – complicações pulmonares – cardíacas –
infecciosas - < mortalidade
• Hipofixia – atelectasia pulmonar – infecção – causas mais
freqüentes de óbito.
• Insuficiência Respiratória 100% óbito
• Sepse com falência M. órgãos 87% óbito
• Hemorragia 7% óbito
• Transfusão PFG 61% óbito
• Sem PFG 19% óbito
Pós-operatório
Hepatopatias e Cirurgias
• Adequação hemodinâmica cardiovascular
• Grau de alterações histológicas
• Rígida avaliação clínica e bioquímica
Permitem estadiamento da doença e correto prognóstico e
estabeler forma racional de terapêutica especificamente para
cada doente.
Combater hipovolêmia e hipoxia.
Fase de sangramento – reserva funcional hepática reduzida –
Tratamento Conservador
Estado Atual da Questão
Hepatopatias e Cirurgias
Apesar de todas as dificuldades inerentes a organização de
tão importante tema da Hepatologia Cirúrgica, sentimos que
é cada vez mais alientador o rápido conhecimento dos
estudos hemodinâmicos e da fisiopatologia.
Este enriquecimento cultural nos possibilita hoje, um
manuseio racional e seguro no período pré – intra e pós-
operatório dos doentes portadores de hepatopatias agudas
ou crônicas.
Estado Atual da Questão
Hepatopatias e Cirurgias
Obrigado
Integração Multidisciplinar

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Cuidados com pacientes hepáticos em cirurgias

Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Roberta Giovanini
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de LaboratórioSheyla Amorim
 
Antihipertensivos
AntihipertensivosAntihipertensivos
Antihipertensivosresenfe2013
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosRodrigo Biondi
 
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015ReginaReiniger
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoCíntia Costa
 
Cirrose E Suas ComplicaçõEs Aula Curso De Uti 2008
Cirrose E Suas ComplicaçõEs   Aula   Curso De Uti 2008Cirrose E Suas ComplicaçõEs   Aula   Curso De Uti 2008
Cirrose E Suas ComplicaçõEs Aula Curso De Uti 2008galegoo
 
Suporte avançado de vida em cardiologia em adultos
Suporte avançado de vida em cardiologia em adultosSuporte avançado de vida em cardiologia em adultos
Suporte avançado de vida em cardiologia em adultosAroldo Gavioli
 
IRA e cirurgia cardíaca
IRA e cirurgia cardíacaIRA e cirurgia cardíaca
IRA e cirurgia cardíacagisa_legal
 
Avaliação da função hepatica e via biliar
Avaliação da função hepatica e via biliarAvaliação da função hepatica e via biliar
Avaliação da função hepatica e via biliarLucas Oliveira
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaRodrigo Biondi
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutriçãoLuaraGarcia3
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015ReginaReiniger
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 

Semelhante a Cuidados com pacientes hepáticos em cirurgias (20)

Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
 
Sd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinicoSd hepato renal - caso clinico
Sd hepato renal - caso clinico
 
Irc 2014
Irc 2014Irc 2014
Irc 2014
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de Laboratório
 
Antihipertensivos
AntihipertensivosAntihipertensivos
Antihipertensivos
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015Principais diisturbios do sistema urinario 2015
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
Pacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdfPacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdf
 
Cirrose E Suas ComplicaçõEs Aula Curso De Uti 2008
Cirrose E Suas ComplicaçõEs   Aula   Curso De Uti 2008Cirrose E Suas ComplicaçõEs   Aula   Curso De Uti 2008
Cirrose E Suas ComplicaçõEs Aula Curso De Uti 2008
 
Suporte avançado de vida em cardiologia em adultos
Suporte avançado de vida em cardiologia em adultosSuporte avançado de vida em cardiologia em adultos
Suporte avançado de vida em cardiologia em adultos
 
IRA e cirurgia cardíaca
IRA e cirurgia cardíacaIRA e cirurgia cardíaca
IRA e cirurgia cardíaca
 
Avaliação da função hepatica e via biliar
Avaliação da função hepatica e via biliarAvaliação da função hepatica e via biliar
Avaliação da função hepatica e via biliar
 
Insuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática AgudaInsuficiência Hepática Aguda
Insuficiência Hepática Aguda
 
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre  Pâncreas e fígado e nutriçãoAula sobre  Pâncreas e fígado e nutrição
Aula sobre Pâncreas e fígado e nutrição
 
Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015Bioquimica clinica 2015
Bioquimica clinica 2015
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Pancreatite
PancreatitePancreatite
Pancreatite
 

Mais de SilvioMattos3

doacao_da_medula.ppt
doacao_da_medula.pptdoacao_da_medula.ppt
doacao_da_medula.pptSilvioMattos3
 
INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdfINTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdfSilvioMattos3
 
ProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdf
ProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdfProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdf
ProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdfSilvioMattos3
 
APRENDIZAGEM MOVEL.ppt
APRENDIZAGEM MOVEL.pptAPRENDIZAGEM MOVEL.ppt
APRENDIZAGEM MOVEL.pptSilvioMattos3
 
VISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
VISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdfVISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
VISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdfSilvioMattos3
 
Sistema-Cardiovascular-I.ppt
Sistema-Cardiovascular-I.pptSistema-Cardiovascular-I.ppt
Sistema-Cardiovascular-I.pptSilvioMattos3
 
sistema-tegumentar.ppt
sistema-tegumentar.pptsistema-tegumentar.ppt
sistema-tegumentar.pptSilvioMattos3
 

Mais de SilvioMattos3 (10)

doacao_da_medula.ppt
doacao_da_medula.pptdoacao_da_medula.ppt
doacao_da_medula.ppt
 
repteis_flavia.ppt
repteis_flavia.pptrepteis_flavia.ppt
repteis_flavia.ppt
 
INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdfINTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
 
ProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdf
ProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdfProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdf
ProjetoInclusaoDigital-PowerPoint-Basico.pdf
 
APRENDIZAGEM MOVEL.ppt
APRENDIZAGEM MOVEL.pptAPRENDIZAGEM MOVEL.ppt
APRENDIZAGEM MOVEL.ppt
 
VISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
VISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdfVISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
VISAO GERAL INTELIGENCIA ARTIFICIAL.pdf
 
Sistema-Cardiovascular-I.ppt
Sistema-Cardiovascular-I.pptSistema-Cardiovascular-I.ppt
Sistema-Cardiovascular-I.ppt
 
CAP1_intro.ppt
CAP1_intro.pptCAP1_intro.ppt
CAP1_intro.ppt
 
CARBOIDRATOS.pdf
CARBOIDRATOS.pdfCARBOIDRATOS.pdf
CARBOIDRATOS.pdf
 
sistema-tegumentar.ppt
sistema-tegumentar.pptsistema-tegumentar.ppt
sistema-tegumentar.ppt
 

Cuidados com pacientes hepáticos em cirurgias

  • 1. Hepatopatias e Cirurgias Curso Continuado de Cirurgia Geral do Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões 26/04/2008
  • 2. Hepatopatias e Cirurgias Os cuidados pré e pós-operatórios nos pacientes com hepatopatias merecem especial atenção em virtude das múltiplas e essenciais funções do fígado na economia humana.
  • 3. Hepatopatias e Cirurgias Importância do Fígado na Economia Humana - Fígado – Metabolismo - Fígado – Nutrição - Fígado – Hemodinâmica - Fígado – Coagulação - Fígado – Função Renal - Fígado – Anestesia Avaliação Laboratorial da Função Hepática Função Hepática Básica e operabilidade Situações especiais: - Massa Hepática - Icterícia Cirúrgica - Hipertensão Portal - Afecção de outros órgãos Estado Atual da questão
  • 4. Hepatopatias e Cirurgias Introdução FÍGADO – maior órgão do corpo humano 1 a 2% do peso corporal – 1.350kg – Massa funcionnte – 2/3 – Cel. Kupffer, vasos, canais biliares e tecido sustentação – 1/3
  • 5. Hepatopatias e Cirurgias Cirurgia de alto risco Resultados obtidos - Eletiva - Urgência Sobrevida – Estadiamento Clássico e Anat. Pat. da Doença Cirurgia pode alterar evolução natural da Mol. Hep. de base. Introdução
  • 6. Hepatopatias e Cirurgias Introdução CENTRO METABÓLICO DO ORGANISMO - No fígado os nutrientes são assimilados, modificados e armazenados até serem solicitados. - Produtos e substâncias absorvidas são detoxificadas, catabolizadas e/ou excretadas - Componentes de alguns sistemas fundamentais, como mecanismos de coagulação são mantidos
  • 7. Hepatopatias e Cirurgias Introdução PAPEL CENTRAL NO METABOLISMO Fluxo portal contribui para 70% do O2 utilizado pelo fígado. Requer suprimento sangüíneo abundante. Recebe 1/5 do débito cardíaco e excreta 1.000 a 1.500 ml de bile por dia . Metabolismo de carboidrato, proteínas e lipídeos depende da função hepática.
  • 8. Hepatopatias e Cirurgias Introdução GLICEMIA O fígado é responsável manutensão da glicose sérica através da decomposição química das reservas de glicogênio (glicogenólise)ou pela sua formação por glicogenese ou gliconeogenese. Hipoglicemia dano hepático grave
  • 9. Hepatopatias e Cirurgias Introdução AMINOÁCIDOS Metabolismo de aminoácidos na síntese proteíca e na conversão de aminoácidos para carboidratos e lipides. A conversão de amonea para uréia ocorre no fígado. Excesso de amonea encefalopatia
  • 10. Hepatopatias e Cirurgias Importância do Fígado na Economia Humana As células parenquimatosas hepáticas possuem funções específicas associadas a uma arquitetura complexa e bem organizada. Capacidade Regenerativa
  • 12. Hepatopatias e Cirurgias Importância HEPATOPATIAS Merecem atenção especial na avaliação pré e pós-operatória pois diferem entre si quanto a doença de base e o grau de sua evolução. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA Dados Clínicos – Laboratoriais – Radiológicos – Cirurgia anteriores
  • 13. Hepatopatias e Cirurgias Fluxo Sangüíneo Hepático Normal 800 a 1.200 cc/mim Estresse Norapinefrina < FSH – desvia 80% do vol. sangüíneo para circ. sistêmica em 18 seg. – vasopressina Glucagon Antagoniza a vasoconstrição produzida pela hipoxia e aumenta o fluxo arterial hepático.
  • 14. Hepatopatias e Cirurgias Fluxo Sangüíneo Hepático Queda FSH diminui aporte O2 para o hepatócito com queda de metabolismo aeróbico e da produção de ATP – alteração da bomba de Na – K resultando em edema celular e necrose centro lobular precoce.
  • 15. Hepatopatias e Cirurgias Alterações Sinusoidais Queda FSH leva a alterações sinusoidais e abertura de colaterais de baixa resistência resultando em comunicação portossistêmica com desvio do fluxo esplênico para a circulação sistêmica. Alterações hemodinâmicas, mesmo leves, em hepatopatas crônicos pode levar a severa hipofixia tecidual, as vezes não diagnosticada que pode preceder o desenvolvimento da síndrome de falência de múltiplos órgãos e sistemas.
  • 16. Hepatopatias e Cirurgias Concentração de Co2 Hipercapnia – discreto aumento do F. arterial hepáticoe contundente vasodilatação a nível portal Hipocapnia – efeito contrário
  • 17. Hepatopatias e Cirurgias Radicais Livres Implicados nos transtornos inflamatórios e na lesão tecidual. Papel importante nas alterações vascular e tecidual. - Captadores de radicais livres (dimetilsulfoxida), ou inibidor de xantino – oxidase, consegue abolir totalmente as alterações de permeabilidade induzida pela isquemia.
  • 18. Hepatopatias e Cirurgias Isquemias - Isquemia xantino oxidase liberado por ação proteolitica (medida pelo cálcio) sobre a xantina – desidrogenase – assim alterações de Ca podem piorar o dano isquêmico tissular. - Isquemia – bloqueio da atividade das células do SRE, com diminuição da resposta fagocitária e facilitação à infecção.
  • 19. Hepatopatias e Cirurgias Fígado - Trauma Cirúrgico Aumento enzimas Bilirrubina - Resposta ao Trauma – Cirurgia – Choque – Sepse - Subclínica - Clínica – icterícia – 4º d 10º d queda. ou insuficiência hepática - > 8 mg% alto Índice de mortalidade – encefalopatia. - Anatomia patológica – congestão centrolobular, colestase intra-hepática Degeneração gordurosa Infiltração linfocitária portal Hiperplasia das celulas de Kupffer.
  • 20. Hepatopatias e Cirurgias Alterações Hemodinâmicas HEPATOPATA COMPENSADO O Comportamento hemodinâmico semelhante ao sepses ou politraumatizado grave – aumento do débito e da freqüência cardíaca e diminuição do tempo de ejeção. O consumo de O2 e a produção de CO2 estão alteradas - não existe acidose metabólica. - Aumento da resposta miocárdica é proporcional as necessidades periféricas. Cirróticos compensados - estresse
  • 21. Hepatopatias e Cirurgias Alterações Hemodinâmicas HEPATOPATA GRAVE As alterações hiperdinâmicas são mais graves – infecções severas – choque séptico – incapacidade de resposta miocárdica satisfatória. Redução do consumo CO2 – acidose metabólica.
  • 22. Hepatopatias e Cirurgias Fígado - Rim SÍNDROME HEPATO-RENAL Doença hepática crônica + dilatação vascular pulmonar + hipoxia arterial. - Etiologia desconhecida – Hipertensão Portal - Oxigenação arterial piora – posição supina - Dispscia – cianose – baqueteamento dos dedos – 80% ALTA MORTALIDADE – TIPS Pré-op.
  • 23. Hepatopatias e Cirurgias - Proteínas da cascata de coagulação são sintetizadas no fígado Fat. II, V, VII. IX e X - O fígado regula o nº de plaquetas circulantes - Pré – op. TAP – TTPA – TP e plaquetas. - TAP > 50% - TTPA <15 seg. do controle - TT > 3 seg. do controle - Plaquetas > 85.000/mm3 – pode ser operado. Fígado - Hemostasia
  • 24. Hepatopatias e Cirurgias SELEÇÃO DE ANESTESIA - IMPORTANTE - Técnicas reduzem o F.S.H - não devem ser usadas - Efeito hapatotoxico de drogas - Prevenção da hipotensão arterial – hipoxemia – hipercabia – hipocabia- oligúria. - Monitorização – PVC – P.A.M. – ECG – Fluxo urinário – Equilíbrio ácido básico – eletrolítos - Temperatura corporal – 36 e 37º C – colcha térmica – evitar acidose metabólica. - Plano – O2 e protoxido de nitrogenio – pressão positiva intermitente Fígado - Anestesia
  • 25. Hepatopatias e Cirurgias Função Hepática básica e Operabilidade Nenhuma Limitação Resposta Normal a todas as operações Capacidade Normal de regeneração do Fígado Alguma Limitação da Função Hepática Resposta alterada a todas as operações, porém bem toleradas se o paciente for preparado no pré-operatório. Capacidade reduzida de regenerar novo parênquima hepático de modo que todas as ressecções hepáticas de grande porte estão contra-indicadas. Limitação grave da função Hepática. Resposta ruim a todas as operações, independente dos esforços preparatórios. Ressecção do fígado, independente do tamanho, está contra- indicado. CLASSE A CLASSE B CLASSE C
  • 26. Hepatopatias e Cirurgias Pré e Pós- Operatório Jejum – aumento da osmolaridade sérica dependente das perdas renais e insensíveis. - Aumento – maior liberação do H. antidiurético – acentuação da concentração urinária.
  • 27. Hepatopatias e Cirurgias Pré e Pós- Operatório Administração de fluídos no intra-operatório deve ser orientado pelo controle de avaliação hemodinâmica imediata – pulso – pressão arterial – PVC – débito urinário. Cirurgia abdominal – intra-operatório – 12 a 15 ml/kg – 1ª hora – 6 a 10 ml – hora seg. grandes perdas sangüínea – sangue + Solução Balanceada de sais.
  • 28. Hepatopatias e Cirurgias PÓS-OPERATÓRIO Déficit moderado extracelular – sonolência – anorexia – taquicardia – colapso de veias periféricas. Déficit severo – exturpor – extremidades frias – hipotermia. Hemoconcentração – aumento Hb – aumento uréia e diminuição do sódio, urinário Na – 90% das particularidades osmoticamente ativas do extracelular Hiponatremia - restrição de fluídos Hipernatremia - déficit de água Pré e Pós- Operatório
  • 29. Hepatopatias e Cirurgias CÁLCULO REPOSIÇÃO VOLÊMICA K – sérico – urinário e corporal total - Cirrose compensada - K sérico normal - Cirrose descompensada – K sérico diminui – (diurético – diarréia) - Grave – severo comprometimento metabólico celular. Pré e Pós- Operatório
  • 30. Hepatopatias e Cirurgias ANTIBIOTICOTERAPIA E ANTI-FÚNGICOS Profilática – usada em virtude do desenvolvimento de resistência bacteriana subsequente. Dias de operação – 5 a 10 d pós-op. Ampicilina – vancomicina – gentamicina – cefalosporina – 2 h antes e 12 após a cirurgia. Normal - usada em determinadas situações Fungos – geralmente à associação – Profilaxia ??? Pré e Pós- Operatório
  • 31. Hepatopatias e Cirurgias Hepatopatia crônica – diminuição da capacidade de síntese e armazenamento do glicogenio que frente e estresse cirúrgico e infecção é rapidamente consumido. Existe utilização de aminoácidos como fonte de energia – catabolismo sustentados – altos níveis de glucagon e aumento da insulina. Aumento – a a cadeia aromática (fenilalalina – tritofano – tirosina) Diminuição - a a. cadeia ramificada (leucina – isoleucina – valina). Preparo pre-op. – administração soluções balanceadas ricas em aa cadeia ramificada e pobre de cadeia aromática. Pré e Pós- Operatório
  • 32. Hepatopatias e Cirurgias BILIRRUBINAS – PROTEÍNAS E COAGULAÇÃO Pós-Operatório – icterícia – transfusão – hemólise – reabsorção de hematomas – embolia pulmonar – hipotensão – hipovolemia. Secções extensas – comprometimento de síntese – tempo protrombina alargado e diminuição de albumina – encefalopatia. Pré e Pós- Operatório
  • 33. Hepatopatias e Cirurgias ASCITE – HEMOSTASIAS - MELENA São comuns e graves no pós-operatório de hepatopatias crônicos e devem ser tratados efetivamente. Pré e Pós- Operatório
  • 34. Hepatopatias e Cirurgias GERAIS - Evitar hiperbilirrubinemia prolongada e avaliar função renal. - Tratar processos infecciosos – urinário – pulmonar – colangites - Corrigir déficits pré-renais – déficit de volume e albumina Tx Hb – 10g/l - Evitar antiinflamatórios não esteróides – alteram síntese prostaglandinas renais – precipita IRA e nefrite instersticial aguda. Procedimentos no Pré-operatório
  • 35. Hepatopatias e Cirurgias ESPECÍFICOS - Proteção renal – I. renal cirrose 50 a 70% dos doentes – manitol e boa perfusão hepática na cirurgia - 100 ml de manitol a 20% - 2h antes e no intra-op. - 20 g manitol 2x no pós-op. se fluxo renal < 50ml/h. - S. fisiológico – natridiurese. Dopa 1 a 2 mg Kg – IRA - Administração de fluídos - Eletrolitos - Ascite Procedimentos no Pré-operatório
  • 36. Hepatopatias e Cirurgias Avaliação Laboratorial da Função Hepática • Bilirrubinas • Proteínas • Atividade Enzimática • Aminotransferase • Fosf. Alcalina • GGT • Colinesterase •Bromossulfaleina • Verde – de – indocianina
  • 37. Hepatopatias e Cirurgias • Corrigir Hipocalemia – alcalose • Corrigir distúrbios hidroeleltrolíticos • Corrigir hipovolêmia • Tratar infecção • Tratar hemorragia digestiva • Tratar distúrbio de coagulação • Tratar hipoalbumina • Tratar ascite e anasarca • Tratar colestase Procedimentos no Pré-operatório
  • 38. Hepatopatias e Cirurgias - Sangramento – importante - Mortalidade – 69% - Transfusão > 2u sangue - Mortalidade – 22% - Transfusão < 2u sangue Sangramento – distúrbios metabólicos pós-op. insuficiência hepática Hemorragia – sepse - óbito Intra-operatório
  • 39. Hepatopatias e Cirurgias • Prevenção – complicações pulmonares – cardíacas – infecciosas - < mortalidade • Hipofixia – atelectasia pulmonar – infecção – causas mais freqüentes de óbito. • Insuficiência Respiratória 100% óbito • Sepse com falência M. órgãos 87% óbito • Hemorragia 7% óbito • Transfusão PFG 61% óbito • Sem PFG 19% óbito Pós-operatório
  • 40. Hepatopatias e Cirurgias • Adequação hemodinâmica cardiovascular • Grau de alterações histológicas • Rígida avaliação clínica e bioquímica Permitem estadiamento da doença e correto prognóstico e estabeler forma racional de terapêutica especificamente para cada doente. Combater hipovolêmia e hipoxia. Fase de sangramento – reserva funcional hepática reduzida – Tratamento Conservador Estado Atual da Questão
  • 41. Hepatopatias e Cirurgias Apesar de todas as dificuldades inerentes a organização de tão importante tema da Hepatologia Cirúrgica, sentimos que é cada vez mais alientador o rápido conhecimento dos estudos hemodinâmicos e da fisiopatologia. Este enriquecimento cultural nos possibilita hoje, um manuseio racional e seguro no período pré – intra e pós- operatório dos doentes portadores de hepatopatias agudas ou crônicas. Estado Atual da Questão