2. Agulhas Náuticas
• Um dos problemas principais da navegação é
determinar a direcção a seguir de um ponto para outro
na superfície da terra, bem como determinar a posição
do navio em função de pontos de terra quando dentro do
alcance visual (Azimute). A solução de ambos exige que
se conheça uma orientação e esta é obtida pelas
agulhas náuticas.
• Tipos de agulhas náuticas:
• a) Agulha magnética; e
• b) Agulha giroscópica.
3. Agulha Giroscópica
• Agulha giroscópica (girobússola) –
Equipamento complexo que exige
uma fonte de alimentação.
• Independente do magnetismo
terrestre, aponta na direcção do
meridiano verdadeiro com precisão
ao quarto do grau.
• Está sujeita a avarias próprias dos
equipamentos eléctricos, exige uma
adequada manutenção para operar
em condições normais de eficiência.
4. Agulha Magnética - Vantagens
• A agulha Magnética é um instrumento
comparativamente simples, que opera
independentemente de qualquer fonte
de energia eléctrica.
• Requer pouca manutenção;
• É um equipamento robusto, que não
sofre avarias com facilidade; e
• Custos relativamente baixos.
5. Agulha Magnética - Limitações
• A agulha magnética utiliza o Campo Magnético
Terrestre, indicando o Norte Magnético, em lugar do
Norte Verdadeiro;
• É afectada por material magnético ou equipamentos
eléctricos;
• Não é tão precisa e fácil de usar como a Agulha
Giroscópica;
• Normalmente, suas informações não podem ser
transmitidas com facilidade para outros sistemas;
• Uma Agulha Magnética é mais afectada por altas
latitudes que uma Agulha Giroscópica.
6. Campo Magnético
• O campo magnético
terrestre assemelha-se a
um dipolo magnético com
seus pólos próximos dos
pólos geográficos da
Terra.
• Ao ângulo formado entre
o Norte Geográfico e o
Norte Magnético, dá-se o
nome de Declinação
Magnética (D) .
7. Declinação Magnética
• Devido às oscilações dos pólos magnéticos e à
composição do globo, a Declinação magnética varia
geograficamente e temporalmente.
• As cartas náuticas indicam-nos a declinação magnética
para o ano de referência e a sua variação anual em
minutos.
• As linhas de igual declinação chamam-se linhas
isogónicas.
9. Rosa de Declinação
•D= 5º 05’ W 2000 (8’E)
•Ano 2000
Declinação = 5º 05´W
Variação anual = 8’E/ano
10. Declinação Magnética
Nv
Nm
5º 05´W
•D= 5º 05’ W 2000 (8’E)
Ano 2000
5º 05´W – 8’ E = 4º 57’ W
Ano 2001
5º 05´W 4º 57´W4º 49´W
4º 41´W4º 57´W – 8’ E = 4º 49’ W
Ano 2002
4º 49´W – 8’ E = 4º 41’ W
Ano 2003
11. Declinação Magnética
• Ex: D = 5º 25’ W 1985 (7’ E)
• D (2008)=
2008-1985 = 23 anos
23 anos x 7’ = 161’ E = 2º 41’ E
• D (2008)= 5º 25’ – 2º 41’ =
= 2º 44’ W
aprox 3ºW
12. Calculo da DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (D).
Utilizando a disposição de calculo fornecida
• A Declinação Magnética, encontra-se na carta de navegação, na
rosa da declinação.
Como algumas cartas que se utilizam
nestes exercícios, são cortes parciais
das originais, por vezes não têm esta
informação.
Quando assim é, deve ser dada no
enunciado, como é o caso agora
apresentado.
13. • A Declinação Magnética fornecida é:
5º 25’ W (7’E) para o ano 1985
• no ano de 1985, foi contabilizada uma diferença entre o Norte
verdadeiro e o Norte magnético, na área representada na carta, de
5º 25’W, verificando-se uma alteração anual de 7’ Este.
• Temos assim de atualizar a Declinação para o ano do exercício,
neste caso, 2008.
• Vamos usar para isso a disposição de calculo.
14. • Preenchemos a linha de cima (a azul) com os elementos de Declinação
fornecidos;
• Entramos com o ano do exercício e calculamos a diferença anual.
• Calculam-se os minutos de correção total, transformam-se em graus e
minutos, e aplica-se à Declinação fornecida inicialmente.
• Para subtrair aos 5º 25’ os 2º 41’ temos que retirar 1º, ficando com 4, e
somando 60’ aos 25’, ficando com 85’, permitindo assim efetuar o calculo.
• Arredonda-se o valor obtido de declinação ao grau mais próximo ou ao
meio grau, obtendo-se assim a Declinação Magnética de trabalho para o
ano em que estamos a fazer o exercício.
1985 5 25 7’E
2008
23
7’E
161E
2º 41’ E
2 44
3
4º 85’
15. Agulha Magnética - desvio
• A agulha magnética é um equipamento, que como
qualquer outro, é afectado por erros do próprio
equipamento.
• Ao erro de leitura da agulha magnética dá-se o nome de
desvio da agulha (δ).
16. desvio da agulha (δ)
• Durante a construção do navio, as massas de ferro duro
adquirem uma magnetização própria que irá influenciar
agulha magnética, bem como os circuitos eléctricos da
embarcação (magnetização permanente).
• As massas de ferro macio criam magnetização própria,
dependendo da forma como estão expostas ao campo
magnético (magnetização induzida).
• A soma destas magnetizações será diversa devido à
magnetização induzida, dependendo da proa a que o
navio navega e irá influenciar a agulha magnética,
originando o desvio da agulha.
17. Magnetização Permanente
desvio da agulha (δ)
Navio construído com proa ao Nm ( a
magnetização não se altera
posteriormente com a proa; depende
apenas da proa a que foi construído).
A magnetização altera-se quase
instantaneamente; depende da proa e
do valor do campo terrestre no local
onde o navio se encontra.
Magnetização Induzida
18. Determinação do desvio (δ)
• Utilizando azimutes conhecidos de um ponto fixo em
terra, um enfiamento ou uma girobússola, é possível
determinar o desvio da agulha.
• As agulhas magnéticas profissionais possuem
instrumentos que permitem corrigir parte desse erro.
• Todas as agulhas magnéticas possuem um desvio maior
ou menor que deve ser quantificado.
19. Agulha magnética
A agulha magnética trabalha
dentro da bitácula possuindo
esta instrumentos que permitem
a correcção do desvio da
agulha.
20. desvio da agulha (δ)
• O desvio
restante
após
correcção
deve ser
quantifica
do e
listado
por meio
de:
Curva de desvios Tabela de desvios
21. Variação (V)
• Quando se efectua uma leitura na agulha magnética, o
valor obtido deve ser corrigido de:
– desvio da agulha (δ);
– Declinação magnética (D).
• Ao somatório da declinação (D) com o desvio (δ) dá-se
o nome de Variação (V).
• V = D + δ
22. Conversão de proas/azimutes
• D= 5ºW
• δ= 2º E
• Pa= 050º
• Pv= ?
• Pv= Pa + V (-) W
(+) E
• V = D+ δ = -5 + 2
= -3 = 3º W
• Pv= 050º + (-)3 = 047º
Nv
Nm
D
Pv
Pm
δ
Na
V
Pa
23. Conversão de proas/azimutes
• Pv = Pa + V (-W)
• Pa = Pv – V (-E)
• D = 5º 25’ W 1995 (8’E)
• Ano do exercício 2008
• Pv = 225º
• Pa = ?
24. Conversão de proas/azimutes
1. Actualização da Declinação para o ano do problema.
D1995 = 5º25’W 2008-1995 =13 anos
13 x 8’ = 104’ E = 1º 44’ E
D2008 = 5º25’ -1º44’=
D2008 = 3º41’ W = 4ºW
2. Desvio da agulha (δ)
Pv = 225º (Tabela desvios) = 2ºE
3. Variação (V)
V = D-δ= 4º - 2º = 2º W
4. Pa = Pv – V
Pa = 225º - (-2º) = 225º + 2º = 227º
(4º85’)
5º25’
-1º44’
3º41’
25. • Calculo da Variação com a disposição de
calculo
• A Declinação Magnética fornecida é:
5º 25’ W (8’E) para o ano 1995
• no ano de 1995, foi contabilizada uma diferença entre o Norte
verdadeiro e o Norte magnético, na área representada na carta, de
5º 25’W, verificando-se uma alteração anual de 8’ Este.
• Temos assim de atualizar a Declinação para o ano do exercício,
neste caso, 2008.
• Vamos usar para isso a disposição de calculo.
26. • Preenchemos a linha de cima (a azul) com os elementos de Declinação
fornecidos;
• Entramos com o ano do exercício e calculamos a diferença anual.
• Calculam-se os minutos de correção total, transformam-se em graus e
minutos, e aplica-se à Declinação fornecida inicialmente.
• Para subtrair aos 5º 25’ os 1º 44’ temos que retirar 1º, ficando com 4, e
somando 60’ aos 25’, ficando com 85’, permitindo assim efetuar o calculo.
• Arredonda-se o valor obtido de declinação ao grau mais próximo ou ao
meio grau, obtendo-se assim a Declinação Magnética de trabalho para o
ano em que estamos a fazer o exercício.
1995 5 25 8’E
2008
13
8’E
104E
1º 44’ E
3 41
4
4º 85’
27. • Calculo da Variação (V).
• Uma vez que calculamos a Declinação, podemos avançar com a
determinação da Variação, uma vez mais utilizando a disposição de
calculo.
4
•Usamos a Declinação anteriormente calculada;
•Entrando na tabela de desvios com a Proa da agulha
(Pa) fornecida (225º), obtemos o desvio
correspondente;
•Calcula-se então a Variação fazendo o somatório da
Declinação com o Desvio. Estes somam-se se forem
do mesmo sinal e subtraem-se se forem de sinais
contrários, tomando o sinal do maior.
225 2 E
2 W
28. • Conversão dos Azimutes de Agulha em
Azimutes Verdadeiros
• Os 2º W de variação que calculamos é a diferença que
temos que aplicar a proa verdadeira para a converter em
agulha. Resta definir se os vamos somar ou subtrair.
• Apesar de existirem diversos métodos de fazer esta
análise, e de forma a simplificar o calculo, vamos
considerar que:
– Para Variações OESTE os valores de AGULHA são MAIORES
que os VERDADEIROS. (VAOS - Verdadeiro para Agulha
com declinação Oeste Soma)
• Pa= Pv + V = 225º + 2º = 227º
29. Conversão de proas/azimutes
• D = 3º 25’ W 1985 (8’E)
• Pa= 330º
• Za1=220º Zv1= ?
• Za2=050º Zv2= ?
• D=3º25’W – 23x8= 3º25’-184’=3º25’-3º04’=0º21’=0º
• δ(Pa=330º)= 2º E
• V= D+δ=0+2= 2º E
• Zv= Za + V
• Zv1= Za1 + V = 220º + 2 = 222º
• Zv2= Za2 + V = 050º + 2 = 052º
30. Conversão de proas/azimutes
• D = 3º 25’ W 1985 (8’E)
• Pa= 330º
• Za1=220º Zv1= ?
• D 2008= 0º
• δ = 2º E
• V= 2º E
• Zv1 = 222º
• Pv = 332º
Nv
Pv
Na
Zv1
Pa
Za1
V