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ORIENTAÇÃO
Norte Magnético e Geográfico
■ O planeta Terra pode ser considerado um gigantesco imã, devido à
circulação da corrente elétrica em seu núcleo formado de ferro e
níquel em estado líquido. Estas correntes criam um campo
magnético.
Norte Magnético e Geográfico
■ O eixo magnético não coincide com o eixo geográfico. Esta
diferença entre a indicação do Pólo Norte magnético (dada pela
bússola) e a posição do Pólo Norte geográfico denomina-se de
declinação magnética.
Azimute
■ Azimute de uma direção é o ângulo formado entre a meridiana de
origem que contém os Pólos, magnéticos ou geográficos, e a direção
considerada. É medido a partir do Norte, no sentido horário e varia
de 0º a 360º .
Rumo
■ Rumo é o menor ângulo formado pela meridiana que materializa o
alinhamento Norte Sul e a direção considerada. Varia de 0º a 90º,
sendo contado do Norte ou do Sul por leste e oeste. Este sistema
expressa o ângulo em função do quadrante em que se encontra.
■ Além valor numérico do ângulo acrescenta-se uma sigla (NE, SE, SW,
NW) cuja primeira letra indica a origem a partir do qual se realiza a
contagem e a segunda indica a direção do giro ou quadrante.
Rumo
Conversão entre Rumo e Azimute
■ Sempre que possível é recomendável a transformação dos rumos
em azimutes, tendo em vista a praticidade nos cálculos de
coordenadas, por exemplo, e também para a orientação de
estruturas em campo.
Conversão entre Rumo e Azimute
Conversão entre Rumo e Azimute
– No primeiro quadrante:
R1 = A Z1
– No segundo quadrante:
R2 =180º - AZ2
– No terceiro quadrante:
R3= Az3 - 180º
– No quarto quadrante:
R4 = 360º - AZ4
Conversão de azimute para rumo
Conversão entre Rumo e Azimute
– No primeiro quadrante
(NE):
AZ1 = R1
– No segundo quadrante (SE):
AZ2 = 180º - R2
– No terceiro quadrante (SW):
Az3 = 180º + R3
– No quarto quadrante (NW):
AZ4 = 360º - R4
Conversão de rumo para azimute
Exercícios
■ Transforme os seguintes rumos em azimute e vice versa.
Rumo = 30º 25' SE Azimute = 33º 43 Rumo = 38º 15’ NW Azimute =
233º 40' S
Levantamentos topográficos
(Erros em medições)
Erros em medições
■ Somatório dos ângulos internos
𝞢𝒂𝒊 = 𝒏 − 𝟐 ∗ 𝟏𝟖𝟎°
■ Erro admissível (Ea)
𝑬𝒂 = 𝑬𝒆 ∗ 𝒏
Onde:
Ee: Erro do equipamento
n: número de leituras
Erros em medições
■ Erro angular cometido
O erro angular cometido deve ser menor que o erro admissível. Caso seja maior, o
levantamento deve ser refeito.
■ Correção dos ângulos internos (Ca)
𝐶𝑎 =
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜
𝑛
Erros em medições
■ Ângulos internos:
A-B: 119°32’50”
B-C: 127°33’46”
C-D: 102°27’15”
D-E: 101°12’ 38”
E-A: 89°15’59”
Cálculo do azimute dos vértices
■ Levantamento no sentido horário
𝐴𝑧 = 𝐴𝑧𝑎𝑛𝑡 + 180° − 𝑎𝑖
■ Levantamento no sentido anti-horário
𝐴𝑧 = 𝐴𝑧𝑎𝑛𝑡 + 180° + 𝑎𝑖
Coordenadas ou projeções
latitudinais e longitudinais
■ Coordenadas ou projeções “x”
P
x
θ
θ
𝑃𝑥 = 𝑠𝑒𝑛∅ ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡
Coordenadas ou projeções
latitudinais e longitudinais
■ Coordenadas ou projeções “y”
P
x
θ
𝑃𝑥 = 𝑐𝑜𝑠∅ ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡
Poligonação ou caminhamento
 É realizado através de cada vértice da poligonal topográfica, medindo-se ângulos
e distâncias, percorrendo-se (caminhando) para outro vértice, fazendo-se o
mesmo procedimento.
 No início é feita a leitura do azimute no primeiro vértice para cálculos posteriores
dos demais.
 Após o reconhecimento inicial do terreno e marcados todos
os vértices da poligonal a ser levantada, é o momento das medições de
ângulos e distâncias da mesma.
 Tomando-se como exemplo a poligonal com 4 lados, primeiramente,
estaciona-se
(instala-se) o teodolito ou estação total sobre o ponto 0 (zero). Faz-se o
processo de centragem e calagem do equipamento.
 Com auxílio da bússola e uma baliza, o topógrafo determina a direção do
norte magnético para medição do azimute magnético do alinhamento 0-1.
 Para a medição do ângulo interno a partir do ponto 0 (zero), o topógrafo faz
uma visada de ré pedindo a um auxiliar para que segure uma baliza, de
forma verticalizada, sobre o ponto topográfico 3, zerando o ângulo horizontal
do instrumento e medindo o ângulo até a baliza de vante localizada no ponto
1
Poligonação ou caminhamento
 Para a medição das distâncias 3-0 e 0-1, o
topógrafo poderá utilizar-se de uma trena comum, trena
eletrônica ou mira-falante para medir através da
taqueometria.
 Com o término das leituras de ângulos e distâncias no
vértice 0, o topógrafo caminha até o vértice 1. Neste vértice,
ele poderá fazer as medições das distâncias 0-1 e 1-2. A
medição do ângulo será medido através da ré em 0 e a
vante em 2.
 E assim por diante....
 Vale salientar que os alinhamentos podem ser medidos duas
vezes, através de vértices diferentes, para que seja feita
uma comparação e se há coerência nas medições.
Poligonação ou caminhamento
Erro angular:
 Soma dos ângulos internos = (n-2) x 180º, sendo n o número de
vértices ou lados da poligonal fechada.
Exemplo, em um retângulo, tem-se:
Portanto, a soma dos ângulos internos deve ser 360º para o
retângulo.
A tolerância do erro, segundo a norma, é de k√𝑛(nesse caso
k=1’), sendo assim, para o retângulo pode-se errar até 2’.
Para o cálculo das correções:
 Caso o resultado do somatório dos ângulos internos do
levantamento seja maior que 2’ (para o retângulo), deverá o
topógrafo fazer um novo levantamento.
 Caso seja menor ou igual, serão feitas as correções através de
compensações.
 Se o valor do resultado do somatório dos ângulos internos do levantamento
seja maior que 360º, deverá ser realizado uma subtração na correção.
 Se o valor do resultado do somatório dos ângulos internos
do levantamento seja menor que 360º, deverá ser realizado uma soma na
correção.
Exemplo do retângulo com erro de 2’ para mais
ou para menos, realiza-se a correção determinando-se a diferença do
somatório dos ângulos internos de um retângulo perfeito pelo somatório dos
ângulos internos obtidos no levantamento da poligonal.
Deverá ser feita a
compensação subtraindo-se
30’’ em cada um dos 4
vértices da poligonal.
Deverá ser feita a
compensação somando-se 30’’
em cada um dos 4
vértices da poligonal..
Para o cálculo das correções:
A tabela a seguir é um exemplo de como se procede o
preenchimento e compensações dos ângulos internos da
poligonal fechada na Figura , com erro a mais de 02’ 00’’.
Para o cálculo das correções:
Exemplo de um levantamento por poligonação.
Orientação
Todo trabalho realizado em campo deve ser orientado bússola
O procedimento de orientação da poligonal deve ser concomitante ao
procedimento do método de caminhamento.
No vértice 0, se faz a leitura do azimute magnético do alinhamento 0-1,
posteriormente faz os cálculos para se descobrir os valores dos azimutes dos
demais alinhamentos Correções dos azimutes na tabela
Cálculo do Azimute:
Será considerado (Azimute anterior + ângulo interno) = X
Se X for < que 180º, somam-se 180º a X
Se X for entre 180º e 540º, subtraem-se 180º de X
Se X for > que 540º, subtraem-se 540º de X
Correção do erro do Azimute:
Busca-se o erro encontrado na soma dos ângulos internos.
Faz-se o mesmo procedimento que foi feito para correção dos
ângulos internos, só que, dessa vez a correção para Azimutes é
acumulativa, como mostra a tabela:
No final das compensações dos ângulos internos e cálculos
dos azimutes tem-se que o azimute lido do alinhamento 0-1 é
igual ao azimute calculado neste mesmo alinhamento. Neste
exemplo o valor é de 120º00’00’

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Orientação sobre Norte Magnético, Rumo, Azimute e Levantamentos Topográficos

  • 2. Norte Magnético e Geográfico ■ O planeta Terra pode ser considerado um gigantesco imã, devido à circulação da corrente elétrica em seu núcleo formado de ferro e níquel em estado líquido. Estas correntes criam um campo magnético.
  • 3. Norte Magnético e Geográfico ■ O eixo magnético não coincide com o eixo geográfico. Esta diferença entre a indicação do Pólo Norte magnético (dada pela bússola) e a posição do Pólo Norte geográfico denomina-se de declinação magnética.
  • 4. Azimute ■ Azimute de uma direção é o ângulo formado entre a meridiana de origem que contém os Pólos, magnéticos ou geográficos, e a direção considerada. É medido a partir do Norte, no sentido horário e varia de 0º a 360º .
  • 5. Rumo ■ Rumo é o menor ângulo formado pela meridiana que materializa o alinhamento Norte Sul e a direção considerada. Varia de 0º a 90º, sendo contado do Norte ou do Sul por leste e oeste. Este sistema expressa o ângulo em função do quadrante em que se encontra. ■ Além valor numérico do ângulo acrescenta-se uma sigla (NE, SE, SW, NW) cuja primeira letra indica a origem a partir do qual se realiza a contagem e a segunda indica a direção do giro ou quadrante.
  • 7. Conversão entre Rumo e Azimute ■ Sempre que possível é recomendável a transformação dos rumos em azimutes, tendo em vista a praticidade nos cálculos de coordenadas, por exemplo, e também para a orientação de estruturas em campo.
  • 9. Conversão entre Rumo e Azimute – No primeiro quadrante: R1 = A Z1 – No segundo quadrante: R2 =180º - AZ2 – No terceiro quadrante: R3= Az3 - 180º – No quarto quadrante: R4 = 360º - AZ4 Conversão de azimute para rumo
  • 10. Conversão entre Rumo e Azimute – No primeiro quadrante (NE): AZ1 = R1 – No segundo quadrante (SE): AZ2 = 180º - R2 – No terceiro quadrante (SW): Az3 = 180º + R3 – No quarto quadrante (NW): AZ4 = 360º - R4 Conversão de rumo para azimute
  • 11. Exercícios ■ Transforme os seguintes rumos em azimute e vice versa. Rumo = 30º 25' SE Azimute = 33º 43 Rumo = 38º 15’ NW Azimute = 233º 40' S
  • 13. Erros em medições ■ Somatório dos ângulos internos 𝞢𝒂𝒊 = 𝒏 − 𝟐 ∗ 𝟏𝟖𝟎° ■ Erro admissível (Ea) 𝑬𝒂 = 𝑬𝒆 ∗ 𝒏 Onde: Ee: Erro do equipamento n: número de leituras
  • 14. Erros em medições ■ Erro angular cometido O erro angular cometido deve ser menor que o erro admissível. Caso seja maior, o levantamento deve ser refeito. ■ Correção dos ângulos internos (Ca) 𝐶𝑎 = 𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑛
  • 15. Erros em medições ■ Ângulos internos: A-B: 119°32’50” B-C: 127°33’46” C-D: 102°27’15” D-E: 101°12’ 38” E-A: 89°15’59”
  • 16. Cálculo do azimute dos vértices ■ Levantamento no sentido horário 𝐴𝑧 = 𝐴𝑧𝑎𝑛𝑡 + 180° − 𝑎𝑖 ■ Levantamento no sentido anti-horário 𝐴𝑧 = 𝐴𝑧𝑎𝑛𝑡 + 180° + 𝑎𝑖
  • 17. Coordenadas ou projeções latitudinais e longitudinais ■ Coordenadas ou projeções “x” P x θ θ 𝑃𝑥 = 𝑠𝑒𝑛∅ ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡
  • 18. Coordenadas ou projeções latitudinais e longitudinais ■ Coordenadas ou projeções “y” P x θ 𝑃𝑥 = 𝑐𝑜𝑠∅ ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡
  • 19. Poligonação ou caminhamento  É realizado através de cada vértice da poligonal topográfica, medindo-se ângulos e distâncias, percorrendo-se (caminhando) para outro vértice, fazendo-se o mesmo procedimento.  No início é feita a leitura do azimute no primeiro vértice para cálculos posteriores dos demais.
  • 20.  Após o reconhecimento inicial do terreno e marcados todos os vértices da poligonal a ser levantada, é o momento das medições de ângulos e distâncias da mesma.  Tomando-se como exemplo a poligonal com 4 lados, primeiramente, estaciona-se (instala-se) o teodolito ou estação total sobre o ponto 0 (zero). Faz-se o processo de centragem e calagem do equipamento.  Com auxílio da bússola e uma baliza, o topógrafo determina a direção do norte magnético para medição do azimute magnético do alinhamento 0-1.  Para a medição do ângulo interno a partir do ponto 0 (zero), o topógrafo faz uma visada de ré pedindo a um auxiliar para que segure uma baliza, de forma verticalizada, sobre o ponto topográfico 3, zerando o ângulo horizontal do instrumento e medindo o ângulo até a baliza de vante localizada no ponto 1 Poligonação ou caminhamento
  • 21.  Para a medição das distâncias 3-0 e 0-1, o topógrafo poderá utilizar-se de uma trena comum, trena eletrônica ou mira-falante para medir através da taqueometria.  Com o término das leituras de ângulos e distâncias no vértice 0, o topógrafo caminha até o vértice 1. Neste vértice, ele poderá fazer as medições das distâncias 0-1 e 1-2. A medição do ângulo será medido através da ré em 0 e a vante em 2.  E assim por diante....  Vale salientar que os alinhamentos podem ser medidos duas vezes, através de vértices diferentes, para que seja feita uma comparação e se há coerência nas medições. Poligonação ou caminhamento
  • 22. Erro angular:  Soma dos ângulos internos = (n-2) x 180º, sendo n o número de vértices ou lados da poligonal fechada. Exemplo, em um retângulo, tem-se: Portanto, a soma dos ângulos internos deve ser 360º para o retângulo. A tolerância do erro, segundo a norma, é de k√𝑛(nesse caso k=1’), sendo assim, para o retângulo pode-se errar até 2’.
  • 23. Para o cálculo das correções:  Caso o resultado do somatório dos ângulos internos do levantamento seja maior que 2’ (para o retângulo), deverá o topógrafo fazer um novo levantamento.  Caso seja menor ou igual, serão feitas as correções através de compensações.  Se o valor do resultado do somatório dos ângulos internos do levantamento seja maior que 360º, deverá ser realizado uma subtração na correção.  Se o valor do resultado do somatório dos ângulos internos do levantamento seja menor que 360º, deverá ser realizado uma soma na correção.
  • 24. Exemplo do retângulo com erro de 2’ para mais ou para menos, realiza-se a correção determinando-se a diferença do somatório dos ângulos internos de um retângulo perfeito pelo somatório dos ângulos internos obtidos no levantamento da poligonal. Deverá ser feita a compensação subtraindo-se 30’’ em cada um dos 4 vértices da poligonal. Deverá ser feita a compensação somando-se 30’’ em cada um dos 4 vértices da poligonal.. Para o cálculo das correções:
  • 25. A tabela a seguir é um exemplo de como se procede o preenchimento e compensações dos ângulos internos da poligonal fechada na Figura , com erro a mais de 02’ 00’’. Para o cálculo das correções:
  • 26. Exemplo de um levantamento por poligonação.
  • 27. Orientação Todo trabalho realizado em campo deve ser orientado bússola O procedimento de orientação da poligonal deve ser concomitante ao procedimento do método de caminhamento. No vértice 0, se faz a leitura do azimute magnético do alinhamento 0-1, posteriormente faz os cálculos para se descobrir os valores dos azimutes dos demais alinhamentos Correções dos azimutes na tabela
  • 28. Cálculo do Azimute: Será considerado (Azimute anterior + ângulo interno) = X Se X for < que 180º, somam-se 180º a X Se X for entre 180º e 540º, subtraem-se 180º de X Se X for > que 540º, subtraem-se 540º de X
  • 29. Correção do erro do Azimute: Busca-se o erro encontrado na soma dos ângulos internos. Faz-se o mesmo procedimento que foi feito para correção dos ângulos internos, só que, dessa vez a correção para Azimutes é acumulativa, como mostra a tabela: No final das compensações dos ângulos internos e cálculos dos azimutes tem-se que o azimute lido do alinhamento 0-1 é igual ao azimute calculado neste mesmo alinhamento. Neste exemplo o valor é de 120º00’00’

Notas do Editor

  1. Por questão de convenção, devido aos teodolitos antigos que mediam apenas num sentido (horário), os ângulos dos vértices, devem ser lidos no sentido horário, visando-se o vértice anterior, zerando-se o ângulo horizontal e visando-se o vértice posterior fazendo-se a leitura do ângulo no vértice em que se encontra o teodolito. Desta forma o processo do caminhamento ou poligonação é feito no sentido anti-horário
  2. Na prática, em poligonais com muitos vértices, mesmo com a realização do reconhecimento da área, os vértices de vante são determinados à medida em que se faz o caminhamento. Por isso não se tem certeza onde ficará o último vértice, necessitando-se instalar o instrumento duas vezes no primeiro vértice, sendo uma instalação no início e outra no final ou fechamento da poligonal topográfica
  3. Para um levantamento planimétrico por caminhamento podemos controlar (calcular, corrigir ou descartar) o erro angular, conhecendo-se a forma geométrica da poligonal e as regras para somas de ângulos