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Texto JULIANA MESQUITA/COLABORADORA
PÉ DIABÉTICODas consequências do distúrbio, esse pode
ser considerado um dos mais graves
U
M DIABETES MAL CONTROLADO PORANOS pode acarretar
em várias consequências à saúde. Uma delas, inclusive, é
o pé diabético, que nada mais é do que quando um feri-
mento ou uma área infeccionada nos pés toma grandes
proporções, desenvolvendo uma ferida. “O pé diabético é uma as-
sociação de falta de circulação (por agressão às artérias das pernas)
e pela neuropatia (principalmente), levando a deformidades dos pés,
úlceras e falta de sensibilidade nos mesmos”, explica a endocrinolo-
gista, Maria Fernanda Barca. De acordo com a Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), calcula-se que metade
dos pacientes acima dos 60 anos apresente o pé diabético.A seguir,
saiba quais são as causas e como evitar o problema.
QUANDO O PROBLEMA COMEÇA
Nem todos os diabéticos desenvolverão o pé diabético. Para
que isso aconteça, é preciso que a doença esteja mal controlada
por anos. Essas alterações nos pés geralmente são
causadas pela neuropatia (que consiste nos danos
causados aos nervos do corpo) e, caso não
tratado, o problema pode levar à amputação
do membro. “A lesão dos nervos por causa
do nível elevado de glicose tende a causar
insensibilidade nos pés e, assim, o diabético
pode não sentir algum ferimento e deixar que
se agrave sem trata-lo”, frisa o angiologista
e cirurgião vascular Eduardo Fávero.
PREVENÇÃO SEMPRE
A melhor forma de evitar o pé diabético
é atacar a origem do problema,ou seja,man-
ter uma glicemia controlada.“A prevenção é
20 . DIABETES
manter o diabetes sob controle e dar atenção
especial aos pés, sempre os inspecionando
em busca de lesões de pele ou unhas que
possam se agravar. Também é fundamental
procurar um médico sempre que sejam iden-
tificadas,por menor que sejam,para iniciar o
tratamento o mais precocemente possível”,
aconselha a endocrinologista Keyla Facchin
Guedes. Outros cuidados também podem
ser adicionados ao dia a dia:
n Observe os pés diariamente à procura
de feridas, bolhas ou rachaduras;
n Quando fizer a higiene dos pés,é preciso
secar bem. Um ambiente úmido favorece a
proliferação de fungos que podem causar
mau cheiro;
n As unhas devem ser aparadas semanal-
mente com uma lixa em linha reta, evitando
cortá-las. Evite remover calos. Para isso,
procure um podólogo;
n Use calçados confortáveis, para evitar
possíveis machucados;
CONSULTORIA Eduardo Fávero, angiologista e cirurgião vascular; Dra Keyla Facchin Guedes, endocrinologista e coordenadora do P.A. do Hospital Sepaco;
Maria Fernanda Barca, endocrinologista FOTO iStock.com/Getty Images
n Evite sapatos com bicos finos;
n Use meias de algodão sem costura;
n Não use bolsas de água quente nos pés
e evite colocá-los de molho na água;
n Verifique se não há algum corpo estra-
nho nas meias e calçados antes de utilizá-los;
n Consulte um cirurgião vascular
regularmente.
TRATAMENTO
Caso e ao problema esteja instalado, a
primeira atitude a se tomar é procurar por
um angiologista ou um cirurgião vascular.
Esses especialistas saberão lidar com o seu
problema. Basicamente, para auxiliar na ci-
catrização de úlceras nos pés, em primeiro
lugar, é preciso controlar os níveis de açúcar
no sangue por meio de medicamentos orais
ou insulina. Para melhorar a circulação, o
médico poderá prescrever remédios especí-
ficos. Em casos mais graves, o especialista
poderá solicitar uma intervenção cirúrgica.
Sintomas
Quando um ou
mais sinais forem
identificados nos
membros inferiores,
consulte um médico.
n Queimação
n Dormência
n Câimbras
n Atrofia da
musculatura
n Deformidades
n Ressecamento da
pele
n Perda gradual de
sensibilidade nos pés
DIABETES . 21

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Entrevista com Keyla Facchin Guedes sobre pés diabéticos

  • 1. Texto JULIANA MESQUITA/COLABORADORA PÉ DIABÉTICODas consequências do distúrbio, esse pode ser considerado um dos mais graves U M DIABETES MAL CONTROLADO PORANOS pode acarretar em várias consequências à saúde. Uma delas, inclusive, é o pé diabético, que nada mais é do que quando um feri- mento ou uma área infeccionada nos pés toma grandes proporções, desenvolvendo uma ferida. “O pé diabético é uma as- sociação de falta de circulação (por agressão às artérias das pernas) e pela neuropatia (principalmente), levando a deformidades dos pés, úlceras e falta de sensibilidade nos mesmos”, explica a endocrinolo- gista, Maria Fernanda Barca. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), calcula-se que metade dos pacientes acima dos 60 anos apresente o pé diabético.A seguir, saiba quais são as causas e como evitar o problema. QUANDO O PROBLEMA COMEÇA Nem todos os diabéticos desenvolverão o pé diabético. Para que isso aconteça, é preciso que a doença esteja mal controlada por anos. Essas alterações nos pés geralmente são causadas pela neuropatia (que consiste nos danos causados aos nervos do corpo) e, caso não tratado, o problema pode levar à amputação do membro. “A lesão dos nervos por causa do nível elevado de glicose tende a causar insensibilidade nos pés e, assim, o diabético pode não sentir algum ferimento e deixar que se agrave sem trata-lo”, frisa o angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero. PREVENÇÃO SEMPRE A melhor forma de evitar o pé diabético é atacar a origem do problema,ou seja,man- ter uma glicemia controlada.“A prevenção é 20 . DIABETES
  • 2. manter o diabetes sob controle e dar atenção especial aos pés, sempre os inspecionando em busca de lesões de pele ou unhas que possam se agravar. Também é fundamental procurar um médico sempre que sejam iden- tificadas,por menor que sejam,para iniciar o tratamento o mais precocemente possível”, aconselha a endocrinologista Keyla Facchin Guedes. Outros cuidados também podem ser adicionados ao dia a dia: n Observe os pés diariamente à procura de feridas, bolhas ou rachaduras; n Quando fizer a higiene dos pés,é preciso secar bem. Um ambiente úmido favorece a proliferação de fungos que podem causar mau cheiro; n As unhas devem ser aparadas semanal- mente com uma lixa em linha reta, evitando cortá-las. Evite remover calos. Para isso, procure um podólogo; n Use calçados confortáveis, para evitar possíveis machucados; CONSULTORIA Eduardo Fávero, angiologista e cirurgião vascular; Dra Keyla Facchin Guedes, endocrinologista e coordenadora do P.A. do Hospital Sepaco; Maria Fernanda Barca, endocrinologista FOTO iStock.com/Getty Images n Evite sapatos com bicos finos; n Use meias de algodão sem costura; n Não use bolsas de água quente nos pés e evite colocá-los de molho na água; n Verifique se não há algum corpo estra- nho nas meias e calçados antes de utilizá-los; n Consulte um cirurgião vascular regularmente. TRATAMENTO Caso e ao problema esteja instalado, a primeira atitude a se tomar é procurar por um angiologista ou um cirurgião vascular. Esses especialistas saberão lidar com o seu problema. Basicamente, para auxiliar na ci- catrização de úlceras nos pés, em primeiro lugar, é preciso controlar os níveis de açúcar no sangue por meio de medicamentos orais ou insulina. Para melhorar a circulação, o médico poderá prescrever remédios especí- ficos. Em casos mais graves, o especialista poderá solicitar uma intervenção cirúrgica. Sintomas Quando um ou mais sinais forem identificados nos membros inferiores, consulte um médico. n Queimação n Dormência n Câimbras n Atrofia da musculatura n Deformidades n Ressecamento da pele n Perda gradual de sensibilidade nos pés DIABETES . 21