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Semiologia Ortopédica para Médico Assistente e Perito Médico
Prof. Dr. José Heitor Machado Fernandes
2ª
V
E
R
S
Ã
O
DO
H
I
P
E
R
T
E
X
T
O
Módulos
• Módulo 1 - Semiologia Ortopédica Pericial
• Módulo 2 – Termos Ortopédicos Comuns
• Módulo 3 – Doença Musculoesquelética
• Módulo 4 – Distúrbios Ortopédicos Gerais
• Módulo 5 – Exame Clínico
• Módulo 6- Marcha Humana (resumo)
• Módulo 7- Exame Físico Ortopédico
• Módulo 8 - Articulação Temporomandibular
• Módulo 9 – Coluna Cervical
• Módulo 10 – Testes Físicos Especiais
• Módulo 11 – Coluna Torácica e Lombar
• Módulo 12 – Articulações Sacroilíacas
• Módulo 13 – Ombros
• Módulo 14 – Cotovelos
• Módulo 15 – Antebraços
• Módulo 16 - Punhos e Mãos
• Módulo 17 - Quadril
• Módulo 18 – Joelhos e Pernas
• Módulo 19 – Pés e Tornozelos
• Módulo 20 - Trauma Ortopédico
• Módulo 21 – Radiologia do Aparelho Locomotor
• Módulo 22 – Dificuldades do Exame Físico Pericial
• Módulo 23- Principais DORTs da nossa comunidade
• Módulo 24 – Crédito de Imagens &
Referências Bibliográficas
• Módulo 25 – Relação de Vídeos, na Internet, sobre
Exame Físico do Aparelho Locomotor
• Epílogo
Módulos
ANTEBRAÇOS
Assuntos do Módulo 15
ANTEBRAÇOS
1- Comentários clínicos sobre cotovelo
2- Exame físico ( Inspeção, palpação, mobilidade, força muscular, exame neurológico)
3- Dor referida ao cotovelo
4- Anatomia topográfica interna de um nervo periférico
5- Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão
6- Fisiopatologia das neuropatias compressivas
7- Neuropraxia, Axoniotmese, Neurotmese
8- Degeneração nervosa (Walleriana, axônica)
9- Sutura perineural em lesão parcial de nervo; sutura epiperineural
10- Eletroneuromiografia (ENMG)
11- Neuropatias do Membro Superior ( síndrome do túnel do carpo (n. mediano),
síndrome do túnel do ulnar)
12- Síndrome do interósseo anterior
13- Síndrome do pronador (n. mediano), síndrome do supinador (n. radial)
14- Síndrome do canal de Guyon (n. ulnar)
15- Radiologia músculo esquelética
• Embora as articulações do antebraço, do punho e da mão sejam discutidas
separadamente, elas não atuam isoladamente.
• Ao contrário, atuam como grupos funcionais.
• A posição de uma articulação influencia a posição e a ação de outras
articulações.
Por exemplo, quando o punho é flexionado, as articulações interfalângicas
não flexionam totalmente, principalmente em decorrência da insuficiência
passiva dos extensores dos dedos e seus tendões.
• Cada articulação depende de forças equilibradas para que o
posicionamento e o controle sejam adequados.
Quando este equilíbrio ou balanceamento está ausente por causa de um
trauma, uma lesão nervosa ou outros fatores, a perda deforças de
contrabalanço acarreta deformidades.
• Além disso, todo o membro superior deve ser considerado como uma
cadeia cinética que permite que a mão seja posicionada adequadamente.
• As ações combinadas das articulações, do ombro , do cotovelo e do punho
permitem que a mão seja colocada sobre quase todas as áreas do corpo.
Fonte: Magee, D J; Orthopedic Physical Assessment , 4th Ed., Elseiver- 2002
A e B Face Anterior do Antebraço
A. m. braquiorradial; B. m.
pronador redondo; C. m. flexor
radial do carpo; D. m. plamar
longo; E. m. flexor ulnar do
carpo.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A , B e C Face Posterior do Antebraço
A. m. braquiorradial; B. m.
pronador redondo; C. m. flexor
radial do carpo; D. m. plamar
longo; E. m. flexor ulnar do
carpo; F. mm. Proeminentes do
polegar; G. borda subcutânea
da ulna.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A e B Compensação da rotação deficiente do antebraço com
movimento do ombro.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
Rotação do antebraço. A. Posição neutra. B. Supinação. C. Pronação.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A. Palpação do tendão do m. bíceps braquial (porção distal)
B. Palpação da artéria braquial.
A B
Palpação para investigação da síndrome do pronador
O local mais comum de compressão do
nervo mediano é o ponto onde ele passa
entre as duas porções do m. pronador
redondo, razão pela qual a condição é
denominada síndrome do pronador.
Essa síndrome de compressão nervosa
relativamente comum manifesta-se na
forma de dor vaga na massa flexora
proximal do antebraço, que se agrava em
decorrência de movimentos vigorosos
repetitivos, como levantamento de grandes
pesos (halterofilistas, estivadores).
Para investigar a síndrome do pronador, o
examinador posiciona o paciente para
testar a força do pronador. Com uma das
mãos, o examinador oferece resistência à
tentativa do paciente de pronar o
antebraço, enquanto com o polegar oposto,
aplica uma firme pressão à massa do
pronador a uma distância de 3 dedos de
largura distalmente à prega do cotovelo.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
José Heitor Machado
Fernandes
13
Síndrome do nervo interósseo anterior (ramo do n.mediano)
Caracterizada por uma
deformidade na pega do
pinçamento = polpa com polpa.
Resulta da paralisia dos flexores
do indicador e polegar
Nesta síndrome não há perda
sensitiva, porque o n. interósseo
anterior é um nervo motor.
Palpação para investigação da síndrome do túnel radial ou
síndrome do supinador( palpação da Arcada de Froshe)
A neuropatia compressiva mais comum do nervo
radial e seus ramos envolve o nervo interósseo
posterior (ramo motor do n. radial) quando este
passa entre as duas porções do músculo
supinador sob um espesso arco fibroso
conhecido como arcada de Froshe.
A compressão do nervo interósseo posterior
nessa localização é também conhecida como
síndrome do túnel radial.
Os pacientes com essa síndrome geralmente
apresentam dor na massa muscular extensora,
que costuma se irradiar ainda mais em direção
distal do antebraço e, proximalmente acima do
cotovelo.
Como não há nenhum nervo sensitivo afetado,
não ocorrem parestesias.
O local mais comum de compressão é mais bem palpado estando o antebraço do paciente relaxado e
pronado. Como a arcada de Froshe se localiza a cerca de 4 dedos de lagura distalmente ao epicôndilo
lateral, o examinador coloca quatro dedos sobre a massa muscular extensora numa linha estendendo-
se distalmente a partir do epicôndilo lateral. O dedo indicador deve estar localizado sobre a arcada de
Froshe. A pressão digital nesse ponto reproduz ou exacerba a dor familiar ao paciente. Sempre deve
ser feito o diagnóstico difere
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
figura
José Heitor Machado
Fernandes
15
Canal ou Arcada de Froshe
Compressão do n.interósseo posterior
( ramo motor profundo do n. radial)
figura
A e B Palpação para a síndrome da intersecção
( ALP /ECP x ERLC/ERCC )
Outro distúrbio incomum que afeta o lado extensor do antebraço é a síndrome da intersecção.
Essa síndrome caracteriza-se por inflamação no local onde dois dos músculos proeminentes, o m. abdutor
longo do polegar (ALP) e o músculo extensor curto do polegar (ECP), cruzam os músculos extensor radial
longo do carpo (ERLC) e extensor radial curto do carpo (ERCC). O examinador deve palpar o dorso da parte
distal do antebraço do paciente, estando o antebraço totalmente pronado.
O ponto de intersecção situa-se a 4 dedos da mão numa linha ao longo do dorso da porção distal do rádio,
estando o dedo mínimo adjacente ao tubérculo de Lister. O dedo indicador do examinador deve estar
posicionado sobre o ponto de intersecção.
Antebraço pronado com palpação da porção distal do rádio.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A e B Palpação da cabeça do rádio enquanto o examinador efetua a
rotação.
Ao contrário da ulna, o rádio não é facilmente palpável em todo seu comprimento.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
Demonstração da contração do m. braquiorradial (seta).
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
Teste da força muscular do m. flexor longo do polegar e m. flexor
profundo dos dedos para a síndrome do n. interósseo anterior
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A e B Distribuíção sensitiva do nervo mediano na mão.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A e B Distribuíção sensitiva do nervo ulnar na mão.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
A e B Distribuíção sensitiva do nervo radial na mão.
Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
Nota: a insistência na reprodução dos territórios de inervação periférica na mão é para o aprendizado dos mesmos.
Dor referida ao cotovelo
Assuntos do Módulo 15
ANTEBRAÇOS
1- Comentários clínicos sobre cotovelo
2- Exame físico ( Inspeção, palpação, mobilidade, força muscular, exame neurológico)
3- Dor referida ao cotovelo
4- Anatomia topográfica interna de um nervo periférico
5- Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão
6- Fisiopatologia das neuropatias compressivas
7- Neuropraxia, Axoniotmese, Neurotmese
8- Degeneração nervosa (Walleriana, axônica)
9- Sutura perineural em lesão parcial de nervo; sutura epiperineural
10- Eletroneuromiografia (ENMG)
11- Neuropatias do Membro Superior ( síndrome do túnel do carpo (n. mediano),
síndrome do túnel do ulnar)
12- Síndrome do interósseo anterior
13- Síndrome do pronador (n. mediano), síndrome do supinador (n. radial)
14- Síndrome do canal de Guyon (n. ulnar)
15- Radiologia músculo esquelética
NERVOS PERIFÉRICOS
Antomia topográfica interna do nervo periférico
Desenho esquemático
À esquerda esquema plexiforme descrito
por Sundeland.
À direita esquema de Jabaley
demonstrando um padrão mais uniforme
dos fascículos.
Próximo as articulações proximais
(quadril, joelho, ombro e cotovelo) a
distribuição é mais plexiforme e no
restante dos nervos periféricos o padrão é
mais uniforme.
Esquerda Direita
Esquema de corte transversal de nervos periféricos demonstrando o
epineuro externo, epineuro interno, perineuro e endoneuro.
Na figura à esquerda oberva-se um nervo polifascicular, na central oligofascicular e na
direita monofascicular.
Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após
lesão
Neurônio Normal Reação do corpo celular
(cromatólise) e degenração
Walleriana após a lesão
Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após
lesão
Divisão das células de
Schwann
(bandas de Büngner)
Cones de
crescimento
Neurônio regenerado
Processo de regeneração nervosa.
Observar a divisão das células de Schwann formando as bandas de
Büngner, a fagocitose por células do sistema retículo endotilial
(macrófagos), brotamento axônico e os cones de crescimento.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 33
Fisiopatologia das
Neuropatias Compressivas
• Trauma
• Pressão Mecânica / Isquemia
• Iônica ( desequilíbrio eletrolítico)
Fundamental : - A interrupção do sangue segue
evoluindo para a degeneração axonial e
desmielinização.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 34
Classificação de Sedon (1948)
das lesões Neurais
Neuropraxia
Axoniotmese
Neurotmese
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 35
Tipos de Lesão Neurais
(Classificação de Seddon)
• NEUROPRAXIA = Disfunção (ausência de lesão)
• AXONIOTMESE = Lesão: axônio + endoneuro (fibra) +
perineuro (fascículo)
• NEUROTMESE = Lesão: Axônio + endoneuro + perineuro
+ epineuro (nervo)
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 36
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 37
Neuropraxia
• A estrutura do nervo permanece intacta, porém
a condução axonal está interrompida;
• Há uma perda temporária da função motora do
nervo com disfunção da propriocepção, estímulo
vibratório, tato, dor e sudorese;
• Não há Degeneração Walleriana;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 38
Neuropraxia
• Forma leve de trauma do nervo é a lesão mais vista
nas neuropatias compressivas;
• Ela envolve um bloqueio temporário da condução
com desmielinização nervosa no local do trauma.
Não há perda da continuidade anatômica;
• Lesão biomecânica usualmente causada por leve
compressão sem corte, perto do nervo;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 39
Neuropraxia
• Envolve fibras mielinizadas grandes que são mais
suscetíveis à compressão e isquemia ( fibras
sensitivas e motoras);
• Uma vez que o nervo tenha se remielinizado, ocorre
recuperação completa;
• A recuperação pode ocorrer em horas até uns
poucos meses , sendo a média de 6 a 8 semanas;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 40
Neuropraxia
• Envolve uma divisão microscópica dos axônios
e de suas bainhas de mielina,
com preservação do tecido conjuntivo de
cobertura (endoneuro).
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 41
Axoniotmese
• Ocorre a interrupção do axônio mas as bainhas
conectivas permanecem intactas;
• Surge a Degeneração Walleriana causando paralisia
motora, sensitiva e autonômica, porém a
recuperação pode ser de bom prognóstico, com
tempo variável de acordo com o nível da lesão;
• Na axoniotmese o epineuro sempre se encontra
preservado;
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 42
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 43
Axoniotmese
• Resulta de um trauma por compressão mais severa
ou contusão;
• Com perda da continuidade axonal, degeneração
Walleriana ocorre na porção distal ao trauma;
( Uma reação inflamatória local ocorre com degeneração
mielínica distal para as terminações nervosas dos músculos e
terminações sensitivas dos órgãos )
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 44
• Degeneração Nervosa – após uma lesão nervosa ocorre
um processo degenerativo no segmento distal que é
chamado degeneração walleriana ou centrífuga e no
segmento proximal, conhecido como degeneração axônica
ou centrípeta;
• Degeneração Walleriana é um processo de degradação de
todas as estruturas do axônio distal à lesão, que perde sua
continuidade com o corpo celular
do neurônio;
• Degeneração axônica ocorre em alguns milímetros ou
centímetros proximalmente à lesão e sua extensão varia de
acordo com a intensidade do trauma;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 45
Degeneração walleriana da parte distal de axônio, como
consequência de um corte.
Auguste-Henri Forel (1848-1931),
um eminente cientista suiço, observou no mesmo ano que His (1886), que quando
o corpo celular do neurônio morre ou quando um axônio é cortado, ocorre uma
degeneração anterógrada no axônio remanescente distal à parte que morreu
(também chamada de degeneração walleriana, em homenagem ao patologista que
a descobriu, Waller), mas que ela não progride além da junção deste axônio com
outros neurônios.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 46
Auguste Forel (1848-1931)
• Cientista Suíço
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 47
Axoniotmese
• Usualmente há um elemento de degeneração axonal
proximal para o próximo nódulo de Ranvier;
• Em muitos danos traumáticos severos, a
degeneração proximal pode se estender além do
próximo nódulo de Ranvier;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 48
Axoniotmese
• Afeta ambas as funções: motora, sensorial e
autonômica;
• A regeneração axonal ocorre na razão de 1 mm/ dia
e o avanço desta regeneração pode ser monitorada
com o sinal de Tinel;
• Sinal de Tinel =/= Teste da digito-percussão local de
nervo periférico;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 49
Axoniotmese
• A recuperação da função motora e sensorial é
determinada pela restauração dos axônios proximais
e pela distância entre o músculo / interface nervo;
• O prognóstico da axoniotomese é dependente
da distância do músculo a ser inervado e o local da
lesão;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 50
Axoniotmese
• É causada por uma secção completa da fibra nervosa
com descontinuidade do tecido conjuntivo de
revestimento ( transecção ) ou ruptura interna severa
do nervo envolvendo os axônios, bainha de mielina,
perinervo e endonervo.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 51
Neurotmese
• Todo o nervo e suas estruturas estão lesadas;
• Não há integridade do epineuro;
• A reparação sempre é cirúrgica ;
• A regeneração e reinervação nunca é completa e,
geralmente, os pacientes evoluem com alguma
deficiência residual quanto a função motora e
sensitiva;
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 52
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 53
figura
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figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 56
Neurotmese
• Afeta as funções : motora, sensorial e autonômica;
• Degeneração Walleriana ocorre da mesma maneira
do que numa lesão por axoniotomese;
• Se reversível, a lesão transforma-se numa lesão por
axoniotomese;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 57
Neurotmese
• Com uma lesão completa de neurotmese, o neuroma
desenvolve a disfunção e a não condutividade,
impedindo a reinervação do seus alvos originais
motor e sensorial;
• O prognóstico depende do envolvimento do nervo
específico, da duração da lesão, da idade do paciente
e do nível de fibrose;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 58
Fundamental
• O reconhecimento precoce e o tratamento
das neuropatias compressivas da extremidade
superior é a chave para prevenir mudanças
irreversíveis ( fibrose ) no nervo.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 59
Avaliação Sensibilidade
• Nervo Mediano
• Nervo Radial
• Nervo Ulnar
2 Pts. de discriminação sensorial, toque suave
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 60
Avaliação Sensibilidade
• Pacientes portadores de lesões nervosas devem ser
submetidos a uma criteriosa avaliação da sensibilidade;
• Esta poderá elucidar dados como a presença de uma lesão
parcial, acompanhar a evolução da reinervação e determinar
a necessidade de uma reeducação sensorial;
• O exame clínico poderá revelar alterações do trofismo,
alteração da função vasomotora, perda da sudorese, atrofia
da polpa dos dedos, alterações ungueais, crescimento e
queda de pêlos, susceptibilidade a lesões, lentidão na
cicatrização e outros;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 61
Avaliação Sensibilidade
• Após a lesão de um nervo periférico a área autonômica torna-
se anestesiada e áreas vizinhas de regiões com sensibilidade
preservada encontram-se com hipoestesia;
• A regeneração nervosa em humanos ocorre numa velocidade
de 1 a 2 mm por dia
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 62
Sinal de Tinel
• O acompanhamento do Sinal de Tinel (percussão no
trajeto do nervo de distal para proximal em busca de
choque que traduz a regeneração nervosa) auxilia na
interpretação da recuperaçào da sensibilidade em
áreas anestésicas.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 63
Alterações Sensitivas
• Todas as modalidades de sensações ( dor, tato,
temperatura, estereognosia e dicriminação de 2
pontos) podem ser perdidas, exceto a propriocepção
do movimento articular e a sensação cinético-
postural;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 64
FUNÇÃO SENSORIAL SOMÁTICA
Se as fibras nervosas aferentes somáticas são
danificadas, então as modalidades de dor, toque,
pressão e temperatura podem ser afetadas.
Anestesia - É a perda da sensação na área afetada que
pode causar distúrbios consideráveis de função,
dependendo da área afetada e da extensão da
anestesia.
A mão é um problema particular e pode
sofrer mais lesões se o paciente não estiver
totalmente consciente das dificuldades que surgem
com a perda sensorial.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 65
FUNÇÃO SENSORIAL SOMÁTICA
Se as fibras nervosas aferentes somáticas são danificadas,
então as modalidades de dor, toque, pressão e temperatura
podem ser afetadas.
• Disestesia: As lesões incompletas podem levar a um
distúrbio na sensação em dormência e formigamento.
• Analgesia: Lesões completas que afetam fibras e dão
sensações de dor podem resultar em analgesia.
• Hiperpatia: A dor é uma característica em certas lesões
especialmente se for uma lesão incompleta.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 66
Alterações Vasomotoras
• A desnervação promove uma diminuíção na circulação;
• A diminuição da circulação associada ao desuso pode
provocar alterações tróficas da pele e da unha;
• Estas alterações são graduais e se caracterizam pela mudança
na textura e cor da pele;
• Quanto mais precoce for a reparação do nervo, melhor o
prognóstico;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 67
Alterações Vasomotoras
• As fibras musculares estriadas, após cerca de 2 anos
de desnervação, sofrem processo de degeneração
irreverssível e sua reinervação não é acompanhada
por retorno de sua função;
• O retorno da função dos receptores de sensibilidade
dependerá da precocidade de sua reinervação;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 68
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 69
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 70
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 71
Avaliação Motora
• Nervo Mediano – FRC (C7); FSD (C8); FPD
com Nervo Ulnar (C8);Lumbricais com
com Nervo Ulnar (C8,T1);
• Nervo Radial – ERCC, ERLC (C6); EUC,Tríceps (C7);
• Nervo Ulnar – FUC (C8); Interossei Dorsal (T1);
Interossei Palmar (C8,T1);
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 72
Alterações Motoras
• A paralisia é observada claramente logo após a
lesão.
• A hipotrofia muscular é progressiva, sendo evidente
após cerca de 4 a 6 semanas;
• Os músculos tornan-se degenerados e fibróticos
caso a reinervação não ocorra até cerca de 2 anos;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 73
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 74
Nervo Mediano
• A lesão do nervo mediano provoca uma paralisia e hipotrofia
de alguns músculos da eminência tenar e uma perda da
sensibilidade ao nível do polegar, dedos indicador, médio e
metade radial e volar do anular;
• Lesões do n.Mediano ao nível do punho afetam os músculos:
abdutor curto do polegar, porção superficial do flexor curto,
oponente do polegar e segundo lumbricais;
• Lesões do n.Mediano mais proximais ( braço, cotovelo e
cervical) os músculos extrínsecos são também
comprometidos: flexor longo do polegar, porção radial do
flexor profundo dos dedos, os pronadores, flexor radial do
carpo e palmar longo;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 75
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 76
Nervo Radial
• A lesão do nervo radial é reconhecida pela postura em flexão
devido a paralisia da musculatura extensora do punho, dedos
e polegar: abdutor longo do polegar, extensor curto do
polegar,extensor longo do polegar, extensor radial curto e
longo do punho, extensor comum de dedos, extensor próprio
dos dedos indicador e mínimo e extensor ulnar do carpo;
• Funcionalmente esta lesão acarreta uma grande dificuldade
em realizar a preensão de um objeto pois o paciente não
consegue posicionar a mão para segurá-lo;
• A mão não estabilizada é pouco utilizada nas atividades
pessoais;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 77
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 78
Nervo Ulnar
• As lesões do nervo ulnar provocam uma paralisia e uma
hipotrofia da maioria dos músculos intrínsecos da mão (
interósseos palmares, interósseos dorsais, lumbricais dos
dedos mínimo e anular, músculos da eminência hipotenar,
adutor do polegar e porção profunda do flexor curto do
polegar) acarretando uma deformidade em Garra Ulnar da
mão;
• Garra Ulnar = hiperextensão da articulação
metacarpofalangeana e flexão das interfalangeanas,
principalmente dos dedos mínimo e anular;
• Pela paralisia dos interósseos há perda da capacidade de
adução e abdução dos dedos.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 79
Testes Especiais
• Sinal de Tinel
• Sinal de Phalen
• Teste de compressão do Nervo Mediano
• Teste de flexão do cotovelo / Percussão do
túnel ulnar ( cubital)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 80
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 81
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 82
ELECTRONEUROMIOGRAFIA
(ENMG)
Dra. Mariana Santos Bento
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Plexo Lombossacro
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Degeneração Axonal
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Eletromiografia
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PUM – degeneração axonal
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Eletromiografia – Atividade Espontânea
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EMG – Atividade Voluntária
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EMG – Atividade Voluntária
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EMG – Atividade Voluntária
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NEUROPATIAS DO MEMBRO SUPERIOR
• NERVE INJURIES,INJURY - Everything You
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Neuropatia Diabética – Sinais e Sintomas
• Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
• O sintoma mais comum é uma sensação de dormência ou ardência
nos pés, com perda dos reflexos aquileus, seguida do envolvimento
das mãos
• Distúrbio da marcha devido à perda do sentido posicional nos pés
• Perda da sensação vibratória nos pés
• Alterações tróficas nos pés (pele brilhosa)
• Neuropatias cranianas, incluindo III NC (pupila geralmente
poupada) e VI NC
• Sintomas de neuropatias autonômicas incluem diarréia, impotência,
hipotensão postural, retenção urinária
• Mononeuropatia múltipla emvolve grandes nervos e extremidades
• Neuropatia femoral: dor na parte superior da coxa, fraqueza do
psoas e quadríceps, abolição do reflexo patelar
Neuropatia Compressiva (por estrangulamento) – MMSS e MMII
Tratamento / Administração
• Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
• Síndrome do Túnel do Carpo: colocar tala no punho numa posição
neutra e injetar esteróides no túnel do carpo; fazer o paciente
evitar tarefas esportivas.
Cirurgia de liberação do ligamento transverso do carpo pode ser
necessária em casos intratáveis
• Neuropatia do Ulnar: Evitar apoiar-se sobre os cotovelos, usar
coxim macio no cotovelo
Cirurgia de transposição do nervo ulnar pode ser necessária em
casos intratáveis
• Neuropatia radial: Evitar apoiar-se sobre o braço, colocar talas na
mão em caso de queda do punho
• Neuropatia fibular comum: Evitar cruzar as pernas, evitar perda
rápida e grande de peso, usar órteses no tornozelo/pé para evitar
encurtamento do tendão-de-aquiles
Neuropatia Compressiva (por estrangulamento) –
Sinais e Sintomas
• Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
• Sintomas sensitivos incluem formigamento (parestesias) na
distribuíção dos ramos nervosos sensitivos de um único nervo
designado, dormência e uma sensação de “amortecimento”
• Sintomas motores incluem fraqueza na distribuíção da parte
motora do nervo estrangulado (comprimido)
• Descoloração da pele
• Hiperalgesia (mior sensibilidade a estímulos dolorosos)
• Hiperestesia ou hipoestesia (aumento ou diminuíção da
sensibilidade ao tato)
• Sinal da digitopercussão (bater de leve sobre a área produz
parestesias em sua distribuíção
figura
Neuropatia Radial (também designada como paralisisa do sábado à
noite) – Sinais e Sintomas
• Uma neuropatia compressiva do nervo radial no sulco espiral
do úmero
• Ocorre tipicamente quando o paciente fica embriagado e
adormece com o braço pendente de um sofá ou uma cadeira
• Muitas lesões são desmielinizantes; entretanto, a perda
axonal pode ocorrer com uma compressão prolongada
• Manifesta-se por queda do punho e dos dedos (fraqueza dos
extensores do punho e dos dedos)
• Músculos tríceps são poupados (nenhuma fraqueza da
extensão do cotovelo)
• Há perda da sensação sobre o aspecto lateral dorsal da mão e
dos quatro primeiros dedos ( na distribuíção do nervo
sensitivo radial superficial).
Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
Neuropatia Braquial Aguda – Sinais e Sintomas
• Início agudo de dor em torno do ombro, que pode irradiar-se para o pescoço e
braço
• Dentro de alguns dias, ocorrem fraqueza e déficit sensitivo no braço associadas à
perda dos reflexos extensores musculares
• Envolvimento unilateral é mais comum
• Fraqueza muscular pode ser profunda e é seguida rapidamente de atrofia
muscular
• Uma lesão do tronco superior ocasionando sinais C5-C6 é o padrão de lesão mais
comum e acarreta a perda do controle voluntário do ombro e do cotovelo
• Todo o plexo pode ser envolvido, acarretando um braço em mangual (relho)
Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
figura
Avaliação do Antebraço
-Síndrome do m. Pronador Redondo (n. mediano)
-Síndrome do n. interósseo anterior (n. mediano)
-Síndrome do m. Supinador (n. radial)
- Teste da preensão em pinça (n. interósseo
anterior) – (3,5)
Flexores camada intermediária
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Neuropatia do Mediano
• INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano
• O nervo mediano origina-se do cordão lateral (C5-C6) e do
cordão medial (C8-T1) do plexo braquial.
• As fibras que se originam do cordão lateral inervam a
sensibilidade da eminência tenar (C6), polegar (C6),
indicador (C6-C7) e dedo médio (C7) e a motricidade dos
músculos pronador redondo e flexor radial do carpo.
• As fibras que se originam do cordão medial inervam a
sensibilidade da metade lateral do dedo anelar (C7-C8) e a
motricidade de todos os outros músculos inervados pelo
mediano. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
Neuropatia do Mediano
• INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano
• Após a união das fibras originárias dos cordões lateral e
medial, o nervo mediano tem trajeto descendente no braço
e antebraço, onde passa entre os dois feixes do músculo
pronador redondo para transitar entre os músculos flexores
superficial e profundo dos dedos até atravessar o retináculo
dos flexores no punho.
• No braço, não emite ramos, exceto em casos excepcionais,
onde o ramo para o pronador redondo origina-se antes da
articulação do cotovelo.
• No antebraço proximal o nervo mediano emite ramos para
os músculos pronador redondo, flexor radial do carpo,
palmar longo e flexor superficial dos dedos.
figura
Neuropatia do Mediano
• INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano
• O nervo interósseo anterior, ramo exclusivamente motor do
nervo mediano, inerva os músculos flexor profundo para o II
e III dedos, flexor longo do polegar e pronador quadrado.
• No antebraço distal, aproximadamente 5 cm proximal ao
punho, o nervo mediano emite seu primeiro ramo sensorial
conhecido como nervo cutâneo palmar que passa
externamente ao túnel do carpo para inervar a eminência
tenar na face palmar da mão.
• O túnel do carpo está localizado na base da palma da mão.
É delimitado dorsalmente pelos ossos do carpo e
ventralmente pelo retináculo flexor conhecido como
ligamento transverso do carpo.
Neuropatia do Mediano
• INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano
• Além do nervo mediano, outros nove tendões dos músculos
da mão passam pelo túnel do carpo.
• Após cruzar o túnel do carpo, o nervo mediano inerva
através de seu ramo recorrente tenar os músculos abdutor
curto do polegar, oponente do polegar e a porção superficial
do flexor curto do polegar. Também emite ramos digitais
sensoriais terminais para a face palmar do polegar,
indicador, dedo médio e metade lateral do dedo anelar e
inerva a porção dorsal das falanges distais dos dedos
indicador e anelar.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• A grande maioria das compressões do nervo mediano
ocorrem no túnel do carpo. Entretanto, outros sítios de
compressão podem eventualmente ocorrer. Traumas e
luxações do ombro podem causar lesão do nervo mediano
na axila. Fraturas do úmero, uso de torniquetes cirúrgicos,
punção venosa ou presença de tumores podem comprimir o
nervo no braço. O ligamento de Struthers é o principal ponto
de compressão no braço distal. Nestes casos, a supinação do
antebraço com extensão do cotovelo produz exacerbação
dos sintomas, assim como diminuição do pulso radial.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• Próximo ao cotovelo, duas síndromes de compressão do
nervo mediano precisam ser diferenciadas. A primeira é a
síndrome do pronador redondo, onde o nervo mediano é
comprimido quando passa entre as duas cabeças do músculo
pronador redondo. Caracteriza-se por dor da região proximal
do antebraço, principalmente na porção anterior. Parestesias
dos dedos pode ocorrer, mas em menor intensidade que na
síndrome do túnel do carpo. Déficit sensorial ocorre em todo
o território do nervo mediano na mão, incluindo a eminência
tenar.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• A segunda síndrome é conhecida como síndrome do
interósseo anterior, bem mais incomum, onde uma banda
fibrosa entre os músculos pronador redondo e flexor
profundo dos dedos comprime o nervo mediano.
Caracteriza-se por fraqueza progressiva da flexão do polegar,
indicador e dedo médio, além da pronação da mão com o
cotovelo em flexão (músculo pronador quadrado). Nenhum
sintoma sensorial ocorre, pois o nervo interósseo anterior é
exclusivamente motor. No exame físico, o paciente é incapaz
de formar um círculo com o polegar e o indicador, como no
sinal de Ok.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• Este nervo pode ser acometido isoladamente como
manifestação da plexopatia braquial aguda ou amiotrofia
neurálgica. Dor severa no ombro e braço deve levantar essa
possibilidade. Algumas causas associadas com compressão
proximal do nervo mediano são hipertrofia do músculo
pronador redondo, luxação do cotovelo, punção da artéria
braquial com formação de pseudo-aneurisma, fístula
arteriovenosa para hemodiálise, pressão externa durante
anestesia geral. Tratamento cirúrgico deve ser considerado
caso os sintomas não melhorem com tratamento
conservador.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• A síndrome do túnel do carpo é a compressão do nervo mediano
no punho e corresponde à mais freqüente causa para o
encaminhamento aos laboratórios de EMG.
• Sintomas de túnel do carpo ocorrem em até 15% da população,
sendo as mulheres mais freqüentemente acometidas que os
homens. Ocorre por aumento da pressão no túnel do carpo e
produz isquemia do nervo mediano.
• A fisiopatologia básica é a desmielinização segmentar do nervo
mediano, porém, dependendo da severidade do processo, perda
axonal pode estar presente.
• As fibras sensoriais são envolvidas mais precocemente que as
motoras e os sintomas iniciais caracterizam-se por dor na mão
podendo atingir o ombro, associada à parestesia dos dedos
polegar, indicador e médio. Entretanto, não é infrequente que
toda a mão fique adormecida.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• Os sintomas são intermitentes e particularmente mais
intensos durante a noite (acroparestesias noturnas), não
sendo incomum o paciente referir que acorda durante a
madrugada com a mão amortecida. Queixas de parestesias
enquanto dirigindo também são freqüentes. A movimentação
da mão alivia os sintomas. No exame físico, a discriminação
entre dois pontos é a primeira anormalidade detectável.
Sintomas sensoriais isolados podem ocorrer por mais de uma
década. Nos casos mais graves, sintomas motores também
aparecem. Atrofia da eminência tenar pode ser vista nos casos
com degeneração axonal importante.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO
• Atenção!
• É difícil , mas não impossível, demonstrar a fraqueza da
abdução (abdutor curto do polegar) e oposição (oponente
do polegar) do polegar pois a abdução também é realizada
pelo abdutor longo do polegar (inervado pelo radial) e a
oponência, também, é realizada pela cabeça profunda do
flexor curto do polegar (inervado pelo ulnar) e pelo flexor
longo do polegar (inervado pelo interósseo anterior).
COMPRESSÃO DO N. MEDIANO –
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Neuropatia do nervo mediano na axila ou braço
• Síndrome do pronador redondo
• Síndrome do interósseo anterior
• Síndrome do túnel do carpo
• Plexopatia braquial
• Radiculopatia C6 ou C7
• Polineuropatia
• Tendinites
• Lesão por esforços repetitivos (LER)
EXAME FÍSICO DO NERVO MEDIANO
• Força muscular
– abdutor curto do polegar (N. mediano)
– interósseos dorsais (N. ulnar)
– flexor longo do polegar (N. interósseo anterior)
– pronacão do antebraço com cotovelo extendido (N. mediano)
– bíceps (N. musculocutâneo)
– tríceps (N. radial)
– deltóide (N. axilar)
• Reflexos Tendinosos Profundos
– Serão normais
• Sensibilidade
– superfície palmar do polegar, indicador e dedo médio
– região tenar
– região hipotenar
– dorso da mão
Confirmação eletrodiagnóstica do túnel do
carpo
Para a confirmação eletrodiagnóstica do túnel do carpo, pelo
menos duas das três anormalidades abaixo devem estar
presentes:
• diminuição da velocidade de condução sensorial nos
segmentos I dígito-punho, II dígito-punho ou III dígito-
punho.
• diminuição da velocidade de condução sensorial no
segmento palma-punho.
• prolongamento da latência terminal motora.
Cuidado com a melhora eletrofisiológica para
STC.
• A condução nervosa geralmente melhora após
descompressão cirúrgica do ligamento transverso do carpo.
Entretanto, mesmo após um ano de cirurgia, algumas
anormalidades ainda podem ser vistas, não significando
insucesso cirúrgico.
• Portanto, a melhora clínica parece melhor evidência de
sucesso que a melhora eletrofisiológica.
• Quando o túnel do carpo é bilateral, o lado da mão
dominante geralmente é mais severamente afetado.
• Se o lado não dominante for mais severo, deve-se suspeitar
de uma lesão compressiva como tumores ou outras causas
não idiopáticas. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 172
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 173
Síndrome do Túnel do Carpo
• Neuropatia compressiva periférica mais
comum;
• Primeira comunicação feita em 1854 por Sir
James Paget;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 174
Síndrome do Tunel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 175
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 176
Síndrome do Túnel do Carpo
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 177
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 178
Síndrome do Túnel do Carpo
Cross Section
Carpal Tunnel
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 179
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 180
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 181
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 182
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 183
Síndrome do Túnel do Carpo
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 184
• Síndrome do Túnel do Carpo (STC)
• ENMG VC/ latência sensitiva distal > 3,5 Pode-s
observar a positividade dos seguintes testes:
* Teste de Phalen
* Teste de Phalen Invertido
* Sinal de digito-percussão no túnel
* Teste de compressão carpal
* Teste de compressão com garrote
pneumático
* Dois pontos de discriminação 2PD
* Hipotrofia tenar
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 185
Diagnóstico STC
• História
• Teste de Tinel + ?????
• Teste de compressão do Nervo Mediano
• Alterações sensitivas no território de distribuíção do
Nervo Mediano; déficits motores ?
• EMG / VCN ???
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 186
Tratamento
• Meta : paciente funcional
• Tratar causa subjascente, se identificada
• Baseado nos sinais e sintomas
• Conservador : tala de punho neutra ( noturna,
trabalho), AINES, injeção de esteróide, evitar
atividades de agravamento
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 187
Prevenção
• Alongamento
• Pausa nas tarefas para descanso
• Talas ????
• Correção postural / posição do punho
• Mudanças no posto de trabalho / ferramentas
manuseáveis
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 188
Indicações Cirurgicas
• Falha no tratamento conservador
• Atrofia tenar
• Alterações neurológicas progressivas ( motoras e
sensitivas)
• Piora do quadro álgico noturno e aumento das
parestesias diurnas
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 189
09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 190
Síndrome do nervo interósseo anterior (ramo do
n.mediano)
Caracterizada por uma
deformidade na pega do
pinçamento = polpa com
polpa.
Resulta da paralisia dos
flexores do indicador e polegar
Nesta síndrome não há perda
sensitiva, porque o n.
interósseo anterior é um
nervo motor.
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 191
09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 192
Teste da Preensão em Pinça (3,5)
revela patologia do n. interósseo anterior ( ramo do n. mediano )
Polpa com a polpaPonta com a ponta
Achados Físicos em
Dístúrbios do Cotovelo e Antebraço
• Síndrome do Nervo Interósseo Anterior
- Fraqueza do músculo flexor longo do polegar e m. flexor profundo dos
dedos para o dedo indicador ( seinal do O); prensão digital entre polegar
e indicador é anormalmente feita polpa a polpa
- Fraqueza do m. pronador quadrado (variável)
Fonte: O Exame Físico em Ortopedia – Reider,B.; W.B. Saunders Company
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 194
Síndrome do Pronador Redondo
• Compressão do n. mediano entre dois ventres musculares do m.
Pronador Redondo
• Flexão do cotovelo contra- resistência entre 120º e 160º
• Pronação do antebraço e flexão do punho forçadas
• Dígito-percussão positiva ao nível do m. Pronador redondo
• Dígito- percussão negativa do túnel do carpo
• Sinais de Phalen e Phalen invertido negativos
• Comprometimento sensitivo da Eminência Tenar (hipoestesia na palma
da mão = ramo cutâneo palmar )
• Déficit da oponência do polegar
Detalhes anatômicos do pronador
redondo e suas inserções na
tuberosidade do rádio.
Achados Físicos em
Dístúrbios do Cotovelo e Antebraço
• Síndrome do Pronador
- Hipersensibilidade na parte proximal do antebraço sobre o m. pronador
redondo ( o local da compressão é palpado sobre o m. pronador redondo, estando o
antebraço supinado, a uma distância de três dedos de largura da interlinha articular do
cotovelo, sobre o m. pronador redondo)
- Sensação anormal (discriminação de 2PD ou toque suave) no polegar, no dedo
indicador, no dedo médio e no lado radial do dedo anular (variável)
- Pronação prolongada, contra-resistência que reproduz os sintomas
- Fraqueza dos músculos inervados pelo nervo mediano (variável)
Fonte: O Exame Físico em Ortopedia – Reider,B.; W.B. Saunders Company
09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 197
Palpação para investigação da síndrome do pronador
Polegar produz firme pressão sobre o m. pronador a uma distância de três
dedos de largura distalmente à prega do cotovelo
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 198
Síndrome do Supinador
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 199
Síndrome do Supinador
09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 200
Músculo Supinador
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 201
Síndrome do Supinador
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 203
Síndrome do Supinador
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 204
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 205
Síndrome do Supinador
N. Interósseo
posterior
( ramo profundo
motor do n. radial)
–
Síndrome do
Supinador
Nervo interósseo
anterior – é nervo
motor – ( ramo do
n. mediano)
Síndrome do nervo
interósseo anterior
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 206
09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 207
Palpação da Arcada de Froshe
Síndrome do Supinador compressão do ramo interósseo
profundo do n. radial ( ramo motor) na arcada de Froshe
O local da compressão é
palpado estando o
paciente com o antebraço
relaxado e pronado.
A arcada de Froshe se
localiza a quatro dedos de
largura distalmente ao
epicôndilo lateral.
O dedo indicador do
examinador exerce
pressão neste local
reproduzindo a dor.
09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 208
Arcada de Froshe
Compressão do n.interósseo posterior
( ramo motor profundo do n. radial)
Achados Físicos em
Dístúrbios do Cotovelo e Antebraço
• Síndrome do Túnel Radial ou Síndrome do Supinador
- Hipersensibilidade na massa muscular extensora do antebraço na arcada
de Froshe ( o local da compressão é palpado no antebraço relaxado e pronado, a uma
distância de quatro dedos transversos do epicôndilo lateral, sobre a arcada de Froshe)
- Teste de extensão do dedo médio, que reproduz a dor habitual
- Fraqueza dos músculos extensor comum dos dedos e extensores do
polegae e m. extensor ulnar do carpo (incomum)
Fonte: O Exame Físico em Ortopedia – Reider,B.; W.B. Saunders Company
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 210
Síndrome do Supinador
Etiologia
• Anatômica
• Empurrando com força repetidamente
puxando, dobrando o punho;
• Prensando (segurar firmemente) e pinçando
com os quirodáctilos pode esticar o nervo
interósseo posterior;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 211
Síndrome do Supinador ( sind. do n. interósseo post.)
Compressão do ramo motor do nervo radial na Arcada de que é fibrotendínea
em 30% dos indivíduos.
• Dor profunda na face posterior do antebraço,
iniciando no terço proximal
• Não há alteração da sensibilidade
• Nos casos graves existe comprometimento motor do
Extensor comum dos dedos e do Extensor longo do
polegar ( déficit extensão das AMF dos dedos)
• A dor aumenta com os esforços e os movimentos de
flexão / extensão / pronação / supinação
• Sensação de fadiga
• Este quadro doloroso é recidivante
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 212
Síndrome do Supinador
Apresentação Clínica
• Dolorimento indefinido no antebraço proximal
ao cotovelo que piora pela atividade repetitiva
( 4 dedos transversos do epicôndilo lateral
sobre o músculo supinador);
• Muitas vezes confundido com epicondilite
lateral;
• Outros : fraqueza e fadiga do antebraço;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 213
Sindrome do Supinador
Diagnóstico
• História / Exame Físico ( dor a palpação sobre os
extensores do punho no antebraço proximal);
• Achados motor e sensitivo estão tipicamente
ausentes;
• Teste de extensão do dedo longo ( ECRB) ???
• Teste do Supinador ??? (Arcada de Froshe);
• EMG / VCN usualmente normal;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 214
Síndrome do Supinador
Tratamento
• Meta : Paciente funcional
• Conservador: descanso, AINES, tala com punho em
extensão ???, Fisioterapia ??? Infiltração ???
• Cirurgia
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 215
Sindrome do Supinador
Prevenção
• Alongamento
• Pausas nas tarefas e descanso
• Talas ???
• Correção postural / posição do antebraço;
• Alterações no posto de trabalho / evitar
extensão do punho repetida, torção repetida
do antebraço;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 216
Síndrome do Supinador
Indicações Cirúrgicas
• Falha da Terapia Conservadora;
• Epicondilite de longa duração que falha com o
tratamento conservador;
• Melhora com infiltração diagnóstica;
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 217
figura
figura
Nervo Radial Profundo
figura
Extensores curtos
Assuntos do Módulo 15
ANTEBRAÇOS
1- Comentários clínicos sobre cotovelo
2- Exame físico ( Inspeção, palpação, mobilidade, força muscular, exame neurológico)
3- Dor referida ao cotovelo
4- Anatomia topográfica interna de um nervo periférico
5- Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão
6- Fisiopatologia das neuropatias compressivas
7- Neuropraxia, Axoniotmese, Neurotmese
8- Degeneração nervosa (Walleriana, axônica)
9- Sutura perineural em lesão parcial de nervo; sutura epiperineural
10- Eletroneuromiografia (ENMG)
11- Neuropatias do Membro Superior ( síndrome do túnel do carpo (n. mediano),
síndrome do túnel do ulnar)
12- Síndrome do interósseo anterior
13- Síndrome do pronador (n. mediano), síndrome do supinador (n. radial)
14- Síndrome do canal de Guyon (n. ulnar)
15- Radiologia músculo esquelética
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Neuropatia do Radial
• INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial
• O nervo radial é o maior ramo do plexo braquial.
• Origina-se do cordão posterior do plexo braquial através das
raízes C5, C6, C7, C8 e algumas vezes T1.
• Logo após entrar no braço, ainda medialmente ao úmero, ele
emite o primeiro ramo para o tríceps braquial e um segundo
ramo para o m. anconeu.
• Ainda antes de cruzar o úmero posteriormente, através do sulco
espiral ou radial, o nervo radial emite 3 ramos sensoriais: nervo
cutâneo posterior do braço, nervo cutâneo lateral inferior do
braço e nervo cutâneo posterior do antebraço.
• Somente então ele cruza de medial para lateral antes de entrar
no compartimento anterior do braço, através do septo
intermuscular lateral. Fonte:
http://www.emglab.com.br/index.html
Neuropatia do Radial
• INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial
• Em seu trajeto descendente pela porção anterolateral do
braço, o nervo radial emite ramos para os músculos
braquiorradial (também recebe fibras do musculocutâneo) e
extensor radial longo do carpo antes de entrar no túnel
radial próximo ao epicôndilo lateral do úmero.
• O túnel radial é formado pelo úmero posteriormente, pelo
músculo braquial medialmente e pelos músculos
braquiorradial e extensor radial do carpo antero-
lateralmente. Dentro do túnel radial, o nervo radial divide-se
em dois ramos terminais: nervo interósseo posterior, ramo
exclusivamente motor e nervo radial superficial, ramo
exclusivamente sensorial.
figura
figura
Neuropatia do Radial
• INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial
• O nervo interósseo posterior emite seu primeiro ramo para
músculo supinador e depois penetra nele, passando pela
arcada de Frohse. Continuando seu trajeto descendente pelo
antebraço em direção à mão, ele emite ramos para os
músculos extensor comum dos dedos, extensor ulnar do
carpo, extensor do quinto dedo, extensor próprio do
indicador, extensor longo do polegar, extensor curto do
polegar e extensor longo do polegar.
• O nervo radial superficial torna-se superficial na metade do
antebraço para inervar a pele da região dorsal da mão,
incluindo o polegar, o indicador, o dedo médio e a metade
lateral do dedo anelar, exceto a região dorsal das falanges
distais, inervadas pelo nervo mediano.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• O nervo radial é menos comumente envolvido em compressões
que o mediano ou o ulnar.
• Entretanto, é o nervo mais freqüentemente envolvido em
traumas do braço, geralmente durante fraturas. Além disso, é
comumente afetado na intoxicação pelo chumbo.
• A localização mais comum de compressão do nervo radial ocorre
no sulco espiral do úmero. A causa clássica de neuropatia radial
no sulco espiral é o consumo excessivo de álcool seguido de sono
profundo com compressão do nervo radial no sulco. Essa
síndrome é conhecida como “paralisia do sábado à noite”, termo
em alusão às tradicionais bebedeiras de final de semana.
Entretanto, outras condições podem causar compressão radial
nesta localização, entre elas a cabeça do cônjuje na chamada
paralisia dos amantes, esforço muscular exagerado, fratura
proximal do úmero, etc.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• O quadro clínico é característico.
Os pacientes acordam de uma noite de sono profundo e são
incapazes de extender o punho e os dedos.
A extensão do cotovelo é preservada pois o ramo para o
tríceps é emitido antes do sulco espiral.
Os músculos braquiorradial e supinador estão sempre
envolvidos, conseqüentemente a flexão do cotovelo com o
antebraço em meia posição entre supinação e pronação e a
supinação são afetadas.
O reflexo estilorradial estará anormal com preservação do
tricipital. Isto ocorre pois a inervação radial para o tríceps
está preservada.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• Como os ramos sensoriais para a porção posterior do braço e
antebraço são emitidos proximalmente ao sulco espiral, não
há envolvimento sensorial nestes segmentos.
• O território do nervo radial superficial na mão teoricamente
está comprometido, entretanto isso raramente é observado
na prática.
• Uma peculiaridade merece ser ressaltada. Quando ocorre
queda do punho por lesão do nervo radial, ao testar a força
dos músculos intrínsecos da mão inervados pelo nervo ulnar,
o punho deve ser apoiado sobre uma superfície plana, pois
caso contrário, os músculos intrínsecos parecerão fracos e
podem simular uma falsa lesão ulnar associada.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• O nervo radial menos comumente pode ser lesado na axila
através de compressão por muletas, lesões por armas de
fogo ou lesões por armas brancas. Os pacientes também
apresentam queda do punho, porém nesses casos a
extensão do antebraço está fraca, pois o ramo para o tríceps
é lesado e ocorre perda sensorial na porção posterior do
braço e antebraço devido à lesão dos nervos cutâneo
posterior do braço, cutâneo lateral inferior do braço e
cutâneo posterior do antebraço. Tanto o reflexo tricipital
como o estilorradial estão anormais. As lesões do nervo
radial na axila podem ser diferenciadas clínica e
eletrofisiologicamente pela preservação do músculo
deltóide, responsável pela abdução do braço e inervado pelo
nervo axilar, que se origina do cordão posterior do plexo
braquial.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• O nervo interósseo posterior quando lesado ocasiona
sintomas similares à lesão do nervo radial, entretanto a
extensão do punho está parcialmente preservada, com
desvio da mão para o lado radial, pois o músculo extensor
radial do carpo é inervado pelo tronco principal do nervo
radial. Conseqüentemente, a extensão dos dedos está
desproporcionalmente pior que a extensão do punho. É
comum os pacientes conseguirem escrever, porém serem
incapazes de digitar. Além disso, nas lesões de interósseo
posterior, os músculos braquiorradial e supinador são
normais. Apesar do músculo supinador ser inervado pelo
interósseo posterior, a compressão geralmente ocorre distal
ao ramo para o supinador.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• Ao contrário das lesões do nervo radial no sulco espiral, as lesões
do nervo interósseo posterior são progressivas.
Tanto o reflexo tricipital como o estilorradial estão normais.
• Como ele é um nervo exclusivamente motor, não há sintomas
sensoriais. As causas mais comuns de lesão do interósseo
posterior são trauma de antebraço, compressão do nervo pela
arcada de Frohse, compressão ao nível do túnel radial, lipomas,
cistos, gânglios, artrite reumatóide, fístulas arteriovenosas para
diálise e artroscopia de cotovelo.
• O tratamento é geralmente cirúrgico, sobretudo nas causas
traumáticas ou secundárias a tumores, ao contrário das
compressões no sulco espiral.
• Já nas síndromes do túnel radial e do supinador, tratamento
conservador pode ser tentado. Evitar movimentos de pronaçào e
supinação pode ajudar. Caso não haja melhora em 3 a 6 meses,
cirurgia está indicada.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL
• Lesões no nervo radial superficial geralmente ocorrem no
punho pelo uso de algemas ou braceletes apertados.
Raramente também pode ocorrer por compressões tumorais
ou trauma cirúrgico.
Ocorre dor e hipoestesia no território do nervo radial
superficial no dorso da mão.
Essa entidade é chamada de cheralgia parestésica ou
neuropatia das algemas.
COMPRESSÃO DO N. RADIAL –
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
– Lesão do nervo radial no sulco espiral do úmero.
– Lesão do nervo radial na axila.
– Lesão do nervo interósseo posterior
– Lesão do cordão posterior do plexo braquial.
– Plexopatia braquial aguda auto-imune
(amiotrofia neurálgica, Parsonage Turner).
– Radiculopatia C7 severa.
– Lesões do neurônio motor ou do sistema nervoso
central.
DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO
NAS LESÕES DO N. RADIAL
• Devido à distribuição ordenada dos ramos motores e
sensoriais do nervo radial ao longo de seu trajeto no braço e
antebraço, o estudo eletrofisiológico das lesões do nervo
radial é freqüentemente conclusivo.
Mesmo em lesões predominantemente axonais, a
localização aproximada da lesão é geralmente possível na
maioria dos pacientes.
• Os principais objetivos da avaliação eletrofisiológica são
localizar a lesão, graduar a intensidade, definir se o processo
é predominantemente axonal ou desmielinizante, prever o
prognóstico e ajudar na escolha do tratamento.
• O estudo da condução nervosa motora do nervo radial é útil
principalmente para demonstrar a presença de bloqueio de
condução ao nível do sulco espiral, ou menos
freqüentemente na arcada de Frohse.
DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO
NAS LESÕES DO N. RADIAL
• Quando o potencial sensorial estiver anormal, indica lesão
predominantemente axonal de mais de 7 dias acima da
bifurcação terminal do nervo radial ou lesão isolada do ramo
radial superficial. Quando o potencial radial superficial
estiver normal, pode indicar lesão do nervo interósseo
posterior (ramo puramente motor), lesão axonal proximal do
nervo radial na fase hiperaguda, lesão proximal puramente
desmielinizante do nervo radial ou radiculopatia C7.
• A eletromiografia de agulha é o teste mais útil para a
localização das lesões do nervo radial e seu ramo motor
distal, o nervo interósseo posterior. Além disso, é
importante para diferenciá-las de lesões do cordão posterior
do plexo braquial ou da raiz C7. A EMG de agulha é essencial
para localizar lesões axonais que não podem ser localizadas
pela condução nervosa.
EXAME FÍSICO DO N. RADIAL
- Força muscular
• Tríceps (N. radial)
• Braquiorradial (N. radial)
• Extensor radial do carpo (N. radial)
• Supinador (N. interósseo posterior)
• Extensão do punho (N. interósseo posterior)
• Extensão dos dedos (N. interósseo posterior)
• Deltóide (N. axilar)
– Reflexos
• Tricipital (N. radial – C6,C7)
• Estilorradial (N. radial – C5,C6)
– Sensibilidade
• Região posterior do braço (N. cutâneo posterior do braço)
• Região posterior do antebraço (N. cutâneo posterior do
antebraço)
• Região dorsal radial da mão (N. radial superficial)
Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
figura
• NERVE INJURIES,INJURY - Everything You
Need To Know
Acesse o vídeo
NEUROPATIAS DE ULNAR
• INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial
• O nervo ulnar origina-se do cordão medial do plexo braquial
(C8-T1). Desce pelo braço sem emitir nenhum ramo,
tornando-se superficial no cotovelo, onde passa pelo sulco
retroepicondilar ou ulnar, formado pelo epicôndilo medial
do úmero e pelo olécrano da ulna.
• Após passar pelo sulco ulnar do cotovelo, segue trajeto em
direção à mão passando embaixo do túnel cubital (arcada
aponeurótica úmero-ulnar), formado pelo arco tendíneo que
liga o úmero com a cabeça do músculo flexor ulnar do carpo.
No túnel cubital o nervo ulnar emite ramos motores para os
músculos flexor ulnar do carpo e flexor profundo do IV e V
dedos. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
NEUROPATIAS DE ULNAR
• INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial
• Aproximadamente 5 a 8 cm proximal ao punho o nervo ulnar
emite um ramo sensorial conhecido como ramo cutâneo
ulnar dorsal que é responsável pela sensibilidade da região
medial e dorsal da mão, porção medial do dedo anelar e
dedo mínimo.
• Um pouco antes de entrar no punho, próximo ao processo
estilóide da ulna, o nervo ulnar emite outro ramo sensorial
chamado de nervo cutâneo palmar, que supre a
sensibilidade cutânea da eminência hipotenar.
NEUROPATIAS DE ULNAR
• INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial
• O nervo ulnar finalmente entra no punho através do canal
de Guyon onde se divide em ramos terminais motores e
sensoriais.
O ramo terminal sensorial deixa o nervo ulnar dentro do
canal de Guyon para suprir a sensibilidade cutânea da face
palmar do V dedo e a metade medial do IV dedo.
O ramo terminal motor inerva os músculos interósseos
dorsais e palmares, o III e o IV lumbricais, o abdutor do
quinto dedo e o músculo adutor do polegar.
figura
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• Os dois principais locais de compressão do nervo ulnar são o
cotovelo e o punho.
• Lesões da axila são difíceis de diferenciar das lesões no
braço ou cotovelo, pois o nervo ulnar não emite nenhum
ramo nesse trajeto. O envolvimento concomitante do nervo
mediano sugere que a lesão encontra-se acima do cotovelo.
• Lesões do nervo ulnar no antebraço são raras e difíceis de
diferenciar de lesões no cotovelo.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• O cotovelo é o local mais comum de compressão do nervo
ulnar e a neuropatia ulnar no cotovelo é a segunda
mononeuropatia mais freqüente na prática, atrás apenas da
síndrome do túnel do carpo. Não é infreqüente que a
compressão seja bilateral.
• Ela pode ocorrer tanto no sulco ulnar do cotovelo (paralisia
ulnar tardia) como no túnel cubital (síndrome do túnel
cubital).
• Os sintomas sensoriais de compressão do nervo ulnar no
cotovelo incluem parestesias e formigamentos da porção
medial da mão (lado ulnar), principalmente na ponta dos
dedos e dor no cotovelo que pode se irradiar para a porção
medial da mão.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• A neuropatia ulnar não causa sintomas na porção medial do
antebraço, pois essa área é inervada pelo tronco inferior do
plexo braquial, e não pelo nervo ulnar.
• Os sintomas motores incluem dificuldade para adução do V
dedo (sinal precoce), além de fraqueza e atrofia dos
músculos intrínsecos da mão. Essa abdução do quinto dedo
causada pela fraqueza da adução é conhecida como sinal de
Wartenberg.
Os pacientes queixam-se que precisam segurar seu quinto
dedo para colocá-los no bolso.
• Fraqueza do primeiro interósseo dorsal é mais freqüente que
do abdutor do quinto dedo. Os músculos flexor ulnar do
carpo e flexor profundo do IV e V dedos geralmente estão
acometidos, mas podem estar normais.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• Como os músculos intrínsecos da mão estão fracos, os
pacientes usam os flexores longos do polegar e do indicador
(inervados pelo interósseo anterior – ramo do mediano)
para segurar objetos com a mão (Sinal de Froment).
• Nos casos severos ocorre a característica mão em garra.
Isso ocorre pela fraqueza do III e IV lumbricais.
• Muitos pacientes são assintomáticos. O exame neurológico
pode ser normal, principalmente em pacientes com
sintomas sensoriais isolados.
• A diferenciação clínica entre compressão no sulco ulnar e no
túnel cubital é extremamente difícil.
• Mesmo a exploração cirúrgica algumas vezes não consegue
definir o local correto da compressão.
PRINCIPAIS CAUSAS DE COMPRESSÃO
DO N. ULNAR NO COTOVELO SÃO:
• Fraturas do cotovelo com deformidade articular
• Trauma de cotovelo sem fratura
• Flexão habitual do cotovelo durante o sono
• Movimentos ocupacionais repetidos do cotovelo
• Diabetes
• Hanseníase
• Artrite Reumatóide
• Artrose do Cotovelo
• Compressão externa durante cirurgias
• Injeção de esteróide para cotovelo de tenista
• Compressão crônica por apoio freqüente do cotovelo contra superfícies
rígidas (Paralisia Ulnar Tardia)
• Síndrome do túnel cubital
• Neuropatia hereditária com predisposição a paralisia por pressão.
• Neuropatia motora multifocal
• Shunt AV para hemodiálise
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 250
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 251
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 252
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 253
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 254
Síndrome do Canal do Ulnar
• Segunda Neuropatia Periférica mais comum
• Primeira descrição feita por Feindel e Stratford
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 255
Síndrome do Canal do Ulnar
Etiologia
• Anatômica – Artrose, Subluxação recidivante do Nervo
Ulnar, Hipertrofia Sinovial, Bandas Fibrosas Constritoras
• Trauma
• Tumores
• Hipertrofia do Tríceps
• Ferramentas com vibração prolongada
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 256
Síndrome do Canal do Ulnar
Etiologia Cont.
• Modificações na forma do Túnel Ulnar no Carpo (
redução de 55% do volume) passando de um túnel
redondo para um túnel oval com a flexão do
cotovelo;
• Há significativo achatamento do nervo ulnar com a
flexão do cotovelo em aproximadamente 130 graus;
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 257
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 258
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 259
Síndrome do Canal do Ulnar
Apresentação Clínica
• Entorpecimento (formigamento), dolorimento,
sensação de ardência ou queimação nos 4ºe 5º
quirodáctilos;
• Dormência no dorso da mão ( diferente do Canal de
Guyon);
• Dor definida no MS, fraqueza e falta de alinhamento
da mão;
• Perda da manipulação fina;
• Atrofia muscular intrínsica;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 260
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 261
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 262
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 263
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 264
Síndrome do Canal do Ulnar
Diagnóstico
• História / Exame Físico
• Teste de flexão do cotovelo +
• Teste de percussão do Túnel Cubital +
• EMG / VCN
• Alterações sensitivas na distribuíção do Nervo Ulnar
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 265
Síndrome do Canal Ulnar ( cotovelo )
Locais possíveis de compressão: Arcada de medial
* Digito-percussão positiva no canal ulnar
(próximo ao olécrano)
* Hipotrofia dos mm. Intrínsecos da maõ
( casos avançados )
* Hipotrofia da Eminência Hipotenar
* Alterações da sensibilidade na área do
nervo ulnar ( dedos anular e mínimo)
* Garra Ulnar
* Força de prensão diminuída.
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 266
Síndrome do Canal do Ulnar
Tratamento
• Meta : Paciente funcional;
• Tratamento conservador : AINES, tala longa
com o braço em extensão;
• Fisioterapia ?
• Cirurgia ;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 267
Síndrome do Canal do Ulnar
Prevenção
• Alongamento
• Pausas nas tarefas para descanso
• Talas (como Prevenção) ???
• Correção postural / Posição do Cotovelo
• Mudanças no Posto de Trabalho
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 268
Síndrome do Canal do Ulnar
Indicações Cirúrgicas
• Atrofia muscular intrínseca;
• Sintomas neurológicos progressivos;
• Falha com o tratamento conservador;
• Formação de Garra Ulnar (Sinal de Froment);
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 269
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 270
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 271
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 272
Síndrome do Canal do Ulnar
(cotovelo)
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 273
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 274
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 275
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 276
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 277
Canal de Guyon
• Contém a Artéria Ulnar e o Nervo Ulnar;
• Não possui tendões no seu interior, como o
túnel do carpo;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 278
Síndrome do Canal de Guyon
Etiologia
• Cisto sinovial
• Lesão ocupando espaço
• Trauma violento
• Palmar longo acessório
• Fraturas do gancho do osso Hamato
• Artrite inflamatória
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 279
Síndrome do Canal de Guyon
Apresentação Clínica
• Dor na mão ou no antebraço com combinações
variadas de fraqueza e parestesias nos 4º e 5º QDDs;
neuropatia motora ou sensitiva, ou combinação
motora / sensitiva ;
• A presença de uma neuropatia combinada motora /
sensitiva do nervo ulnar indica que a compressão
está proximal ou está no punho no Canal de Guyon
antes da divisão do nervo para formar os ramos
superficial e profundo;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 280
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 281
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 282
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 283
Síndrome do Canal de Guyon
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 284
Síndrome do Canal de Guyon
Diagnóstico
• (Hx) História + (Px) Exame Físico
• EMG + / VCN +
• Alterações sensitivas e motoras
• Formação de Garra Ulnar / Sinal de Froment
• Sinal de Tinel + ???
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 285
Síndrome do Canal de Guyon
Eletrofisiologia
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 286
Síndrome do Canal de Guyon
Prevenção
• Evitar pressão constante, segurar pêso, pressão
repetida na palma da mão ( pistolas de pintura);
• Órteses de punho;
• Mudanças no posto de trabalho, posição do punho,
alinhamento corporal;
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 287
Síndrome do Canal de Guyon
Tratamento
• Meta : Paciente funcional
• Conservador: luvas acolchoadas, talas de punho
???, AINES, evitar ações provocativas – trauma
violento repetitivo;
• Cirurgia
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 288
Síndrome do Canal de Guyon
Indicações Cirurgicas
• Falha da terapia conservadora
• EMG + / VCN +
• Formação de Garra Ulnar / Sinal de Froment
• Alterações neurológicas progressivas
figura
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 289
09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 290
Síndrome do Canal de Guyon
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• O punho e a palma são o segundo local mais comum de
compressão do nervo ulnar.
• Entretanto existem quatro diferentes sítios de lesão no
punho, a saber:
• - dentro do canal de Guyon
• - logo após a saída do canal de Guyon
• - na palma lesando o ramo distal motor
• - na palma lesando o ramo distal sensorial
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• Lesões dentro do canal de Guyon causam fraqueza dos
músculos da mão inervados pelo ulnar e perda sensorial na
superfície palmar do dedo mínimo e na metade ulnar do
dedo anelar, correspondendo ao território do ramo terminal
sensorial do nervo ulnar.
A região dorsal geralmente é preservada, pois o ramo
cutâneo ulnar dorsal não passa pelo canal de Guyon.
• Lesões logo após a saída do canal de Guyon preservam o
ramo terminal sensorial e não causam sintomas sensoriais.
Portanto, esses pacientes apresentam déficit motor de todos
os músculos da mão inervados pelo ulnar.
LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR
• Lesões do ramo terminal motor na palma (distal ao osso
hamato) causam fraqueza dos músculos tênares inervados
pelo ulnar, preservando os músculos hipotenares.
• Lesões do ramo terminal sensorial na palma são raras e
apresentam apenas sintomas sensoriais na superfície palmar
do dedo mínimo e na metade ulnar do dedo anelar.
As principais causas de neuropatia ulnar no
punho e palma são:
• - trauma
• - compressões por cistos
• - hanseníase
• - artrite reumatóide
• - anomalias congênitas
• - neuropatia hereditária com susceptibilidade a paralisia por
compressão
• - ciclismo
COMPRESSÃO DO N. ULNAR –
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• - Neuropatia ulnar na axila
• - Neuropatia ulnar no braço
• - Neuropatia ulnar no sulco ulnar (Paralisia Ulnar Tardia)
• - Neuropatia ulnar no túnel cubital (Síndrome do Túnel Ulnar)
• - Neuropatia ulnar no antebraço
• - Neuropatia ulnar no punho (Canal de Guyon)
• - Neuropatia ulnar na palma
• - Radiculopatia C8 e T1
• - Síndrome do desfiladeiro torácico
• - Lesão de tronco inferior ou cordão medial do plexo braquial
• - Doença do neurônio motor inicial
• - Siringomielia
DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO DAS
NEUROPATIAS ULNARES
• O exame de escolha para o diagnóstico das neuropatias
ulnares é a eletroneuromiografia. Ela é capaz de localizar a
lesão na maioria dos casos, além de definir a severidade.
• A condução motora do nervo ulnar é realizada de rotina
registrando o músculo abdutor do quinto dedo.
Entretanto, em casos suspeitos de neuropatia ulnar o estudo
deve incluir estímulos registrando os potenciais no primeiro
interósseo dorsal, pois as fibras para o abdutor do quinto
dedo e para o primeiro interósseo dorsal podem ser
acometidas seletivamente.
• O estudo da condução nervosa motora é parte importante
da avaliação eletrofisiológica. Alentecimentos no segmento
do cotovelo ou bloqueio de condução no cotovelo indicam
desmielinização focal e que a compressão está nesse nível.
figura
DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO DAS
NEUROPATIAS ULNARES
• Quando o estudo da condução nervosa sensorial do nervo
ulnar for anormal, devemos estudar o nervo cutâneo
antebraquial medial para descartar envolvimento do tronco
inferior do plexo braquial, já que esse nervo é ramo direto
do plexo braquial e é responsável pela inervação do porção
medial do antebraço.
• A EMG de agulha deve estudar pelo menos dois músculos
distais ao punho inervados pelo ulnar. Nós estudamos o
primeiro interósseo dorsal na região tenar e o abdutor do
quinto dedo na região hipotenar. Pelo menos um músculo
inervado pelo ulnar no antebraço também deve ser
estudado (flexor ulnar do carpo ou flexor profundo do IV e V
dedos).
DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO DAS
NEUROPATIAS ULNARES
• Se os músculos inervados pelo ulnar forem anormais,
devemos estudar músculos não inervados pelo ulnar e
inervados por C8-T1 e tronco inferior do plexo braquial
(abdutor curto do polegar, extensor próprio do indicador,
flexor longo do polegar) para descartar a possibilidade de
lesões nesses pontos.
• Se qualquer músculo não inervado pelo ulnar e inervado
por C8-T1 ou tronco inferior do plexo braquial for anormal,
devemos estudar os músculos paraespinhais para diferenciar
entre plexopatia e radiculopatia.
EXAME FÍSICO DO N. ULNAR
• - Força Muscular
• - músculos intrínsecos da mão (Nervo ulnar)
• - abdução do quinto dedo (Nervo ulnar)
• - flexão ulnar do punho (Nervo ulnar)
• - flexão da falange distal do IV e V dedos (Nervo ulnar)
• - abdução e oponência do polegar (N. mediano)
• - flexão da falange distal do I e II dedos (N. interósseo anterior)
• - extensão do indicador (N. interósseo posterior)
• - Sinal de Wartenberg ou sinal de Froment?
• - Reflexos
• - bicipital
• - tricipital
• - estilorradial
• - Atrofia
• - interósseos dorsais
• - hipotenares
• - mão em garra?
• - Perda sensorial
• - ramo cutâneo dorsal
• - ramo cutâneo palmar
• - ramo terminal sensorial Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
RADIOLOGIA
MUSCULOESQUELETICA
http://www.info-radiologie.ch/index-portugues.php
Radiografia do antebraço
http://www.info-radiologie.ch/radiografia-antebraco.php
Radiologia Convencional ou Radiografia Simples ou
Raio X Simples Musculoesqauelético
• Radiografia da coluna cervical
• Radiografia da coluna torácica
• Radiografia da coluna lombar
• Radiografia de tórax
• Radiografia do ombro
• Radiografia do cotovelo
• Radiografia do antebraço
• Radiografia do punho
• Radiografia da mão
• Radiografia do abdômen
• Radiografia da bacia (pelve)
• Radiografia do quadril
Fonte: info-radiologie.ch
• Radiografia do joelho
• Radiografia do tornozelo
• Radiografia do pé
RM Musculoesquelética
• Ressonância Magnética de ombro
• Ressonância Magnética do cotovelo
• Ressonância Magnética do quadril
• Ressonância Magnética da coxa
• Ressonância Magnética do joelho
• Ressonância Magnética do tornozelo
• TC Musculoesquelética
• Tomografia Computadorizada do Tornozelo e do Pé
Fonte: info-radiologie.ch

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Modulo 15

  • 1. Semiologia Ortopédica para Médico Assistente e Perito Médico Prof. Dr. José Heitor Machado Fernandes 2ª V E R S Ã O DO H I P E R T E X T O
  • 2. Módulos • Módulo 1 - Semiologia Ortopédica Pericial • Módulo 2 – Termos Ortopédicos Comuns • Módulo 3 – Doença Musculoesquelética • Módulo 4 – Distúrbios Ortopédicos Gerais • Módulo 5 – Exame Clínico • Módulo 6- Marcha Humana (resumo) • Módulo 7- Exame Físico Ortopédico • Módulo 8 - Articulação Temporomandibular • Módulo 9 – Coluna Cervical • Módulo 10 – Testes Físicos Especiais • Módulo 11 – Coluna Torácica e Lombar • Módulo 12 – Articulações Sacroilíacas • Módulo 13 – Ombros • Módulo 14 – Cotovelos • Módulo 15 – Antebraços
  • 3. • Módulo 16 - Punhos e Mãos • Módulo 17 - Quadril • Módulo 18 – Joelhos e Pernas • Módulo 19 – Pés e Tornozelos • Módulo 20 - Trauma Ortopédico • Módulo 21 – Radiologia do Aparelho Locomotor • Módulo 22 – Dificuldades do Exame Físico Pericial • Módulo 23- Principais DORTs da nossa comunidade • Módulo 24 – Crédito de Imagens & Referências Bibliográficas • Módulo 25 – Relação de Vídeos, na Internet, sobre Exame Físico do Aparelho Locomotor • Epílogo Módulos
  • 5. Assuntos do Módulo 15 ANTEBRAÇOS 1- Comentários clínicos sobre cotovelo 2- Exame físico ( Inspeção, palpação, mobilidade, força muscular, exame neurológico) 3- Dor referida ao cotovelo 4- Anatomia topográfica interna de um nervo periférico 5- Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão 6- Fisiopatologia das neuropatias compressivas 7- Neuropraxia, Axoniotmese, Neurotmese 8- Degeneração nervosa (Walleriana, axônica) 9- Sutura perineural em lesão parcial de nervo; sutura epiperineural 10- Eletroneuromiografia (ENMG) 11- Neuropatias do Membro Superior ( síndrome do túnel do carpo (n. mediano), síndrome do túnel do ulnar) 12- Síndrome do interósseo anterior 13- Síndrome do pronador (n. mediano), síndrome do supinador (n. radial) 14- Síndrome do canal de Guyon (n. ulnar) 15- Radiologia músculo esquelética
  • 6. • Embora as articulações do antebraço, do punho e da mão sejam discutidas separadamente, elas não atuam isoladamente. • Ao contrário, atuam como grupos funcionais. • A posição de uma articulação influencia a posição e a ação de outras articulações. Por exemplo, quando o punho é flexionado, as articulações interfalângicas não flexionam totalmente, principalmente em decorrência da insuficiência passiva dos extensores dos dedos e seus tendões. • Cada articulação depende de forças equilibradas para que o posicionamento e o controle sejam adequados. Quando este equilíbrio ou balanceamento está ausente por causa de um trauma, uma lesão nervosa ou outros fatores, a perda deforças de contrabalanço acarreta deformidades. • Além disso, todo o membro superior deve ser considerado como uma cadeia cinética que permite que a mão seja posicionada adequadamente. • As ações combinadas das articulações, do ombro , do cotovelo e do punho permitem que a mão seja colocada sobre quase todas as áreas do corpo. Fonte: Magee, D J; Orthopedic Physical Assessment , 4th Ed., Elseiver- 2002
  • 7. A e B Face Anterior do Antebraço A. m. braquiorradial; B. m. pronador redondo; C. m. flexor radial do carpo; D. m. plamar longo; E. m. flexor ulnar do carpo. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 8. A , B e C Face Posterior do Antebraço A. m. braquiorradial; B. m. pronador redondo; C. m. flexor radial do carpo; D. m. plamar longo; E. m. flexor ulnar do carpo; F. mm. Proeminentes do polegar; G. borda subcutânea da ulna. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 9. A e B Compensação da rotação deficiente do antebraço com movimento do ombro. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 10. Rotação do antebraço. A. Posição neutra. B. Supinação. C. Pronação. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 11. A. Palpação do tendão do m. bíceps braquial (porção distal) B. Palpação da artéria braquial. A B
  • 12. Palpação para investigação da síndrome do pronador O local mais comum de compressão do nervo mediano é o ponto onde ele passa entre as duas porções do m. pronador redondo, razão pela qual a condição é denominada síndrome do pronador. Essa síndrome de compressão nervosa relativamente comum manifesta-se na forma de dor vaga na massa flexora proximal do antebraço, que se agrava em decorrência de movimentos vigorosos repetitivos, como levantamento de grandes pesos (halterofilistas, estivadores). Para investigar a síndrome do pronador, o examinador posiciona o paciente para testar a força do pronador. Com uma das mãos, o examinador oferece resistência à tentativa do paciente de pronar o antebraço, enquanto com o polegar oposto, aplica uma firme pressão à massa do pronador a uma distância de 3 dedos de largura distalmente à prega do cotovelo. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 13. José Heitor Machado Fernandes 13 Síndrome do nervo interósseo anterior (ramo do n.mediano) Caracterizada por uma deformidade na pega do pinçamento = polpa com polpa. Resulta da paralisia dos flexores do indicador e polegar Nesta síndrome não há perda sensitiva, porque o n. interósseo anterior é um nervo motor.
  • 14. Palpação para investigação da síndrome do túnel radial ou síndrome do supinador( palpação da Arcada de Froshe) A neuropatia compressiva mais comum do nervo radial e seus ramos envolve o nervo interósseo posterior (ramo motor do n. radial) quando este passa entre as duas porções do músculo supinador sob um espesso arco fibroso conhecido como arcada de Froshe. A compressão do nervo interósseo posterior nessa localização é também conhecida como síndrome do túnel radial. Os pacientes com essa síndrome geralmente apresentam dor na massa muscular extensora, que costuma se irradiar ainda mais em direção distal do antebraço e, proximalmente acima do cotovelo. Como não há nenhum nervo sensitivo afetado, não ocorrem parestesias. O local mais comum de compressão é mais bem palpado estando o antebraço do paciente relaxado e pronado. Como a arcada de Froshe se localiza a cerca de 4 dedos de lagura distalmente ao epicôndilo lateral, o examinador coloca quatro dedos sobre a massa muscular extensora numa linha estendendo- se distalmente a partir do epicôndilo lateral. O dedo indicador deve estar localizado sobre a arcada de Froshe. A pressão digital nesse ponto reproduz ou exacerba a dor familiar ao paciente. Sempre deve ser feito o diagnóstico difere Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 15. figura José Heitor Machado Fernandes 15 Canal ou Arcada de Froshe Compressão do n.interósseo posterior ( ramo motor profundo do n. radial)
  • 17. A e B Palpação para a síndrome da intersecção ( ALP /ECP x ERLC/ERCC ) Outro distúrbio incomum que afeta o lado extensor do antebraço é a síndrome da intersecção. Essa síndrome caracteriza-se por inflamação no local onde dois dos músculos proeminentes, o m. abdutor longo do polegar (ALP) e o músculo extensor curto do polegar (ECP), cruzam os músculos extensor radial longo do carpo (ERLC) e extensor radial curto do carpo (ERCC). O examinador deve palpar o dorso da parte distal do antebraço do paciente, estando o antebraço totalmente pronado. O ponto de intersecção situa-se a 4 dedos da mão numa linha ao longo do dorso da porção distal do rádio, estando o dedo mínimo adjacente ao tubérculo de Lister. O dedo indicador do examinador deve estar posicionado sobre o ponto de intersecção.
  • 18. Antebraço pronado com palpação da porção distal do rádio. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 19. A e B Palpação da cabeça do rádio enquanto o examinador efetua a rotação. Ao contrário da ulna, o rádio não é facilmente palpável em todo seu comprimento. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 20. Demonstração da contração do m. braquiorradial (seta). Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 21. Teste da força muscular do m. flexor longo do polegar e m. flexor profundo dos dedos para a síndrome do n. interósseo anterior Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 22. A e B Distribuíção sensitiva do nervo mediano na mão. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 23. A e B Distribuíção sensitiva do nervo ulnar na mão. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001
  • 24. A e B Distribuíção sensitiva do nervo radial na mão. Reider, O Exame Físico em Ortopedia – Guanabara Koogan -2001 Nota: a insistência na reprodução dos territórios de inervação periférica na mão é para o aprendizado dos mesmos.
  • 25. Dor referida ao cotovelo
  • 26. Assuntos do Módulo 15 ANTEBRAÇOS 1- Comentários clínicos sobre cotovelo 2- Exame físico ( Inspeção, palpação, mobilidade, força muscular, exame neurológico) 3- Dor referida ao cotovelo 4- Anatomia topográfica interna de um nervo periférico 5- Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão 6- Fisiopatologia das neuropatias compressivas 7- Neuropraxia, Axoniotmese, Neurotmese 8- Degeneração nervosa (Walleriana, axônica) 9- Sutura perineural em lesão parcial de nervo; sutura epiperineural 10- Eletroneuromiografia (ENMG) 11- Neuropatias do Membro Superior ( síndrome do túnel do carpo (n. mediano), síndrome do túnel do ulnar) 12- Síndrome do interósseo anterior 13- Síndrome do pronador (n. mediano), síndrome do supinador (n. radial) 14- Síndrome do canal de Guyon (n. ulnar) 15- Radiologia músculo esquelética
  • 28. Antomia topográfica interna do nervo periférico Desenho esquemático À esquerda esquema plexiforme descrito por Sundeland. À direita esquema de Jabaley demonstrando um padrão mais uniforme dos fascículos. Próximo as articulações proximais (quadril, joelho, ombro e cotovelo) a distribuição é mais plexiforme e no restante dos nervos periféricos o padrão é mais uniforme. Esquerda Direita
  • 29. Esquema de corte transversal de nervos periféricos demonstrando o epineuro externo, epineuro interno, perineuro e endoneuro. Na figura à esquerda oberva-se um nervo polifascicular, na central oligofascicular e na direita monofascicular.
  • 30. Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão Neurônio Normal Reação do corpo celular (cromatólise) e degenração Walleriana após a lesão
  • 31. Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão Divisão das células de Schwann (bandas de Büngner) Cones de crescimento Neurônio regenerado
  • 32. Processo de regeneração nervosa. Observar a divisão das células de Schwann formando as bandas de Büngner, a fagocitose por células do sistema retículo endotilial (macrófagos), brotamento axônico e os cones de crescimento.
  • 33. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 33 Fisiopatologia das Neuropatias Compressivas • Trauma • Pressão Mecânica / Isquemia • Iônica ( desequilíbrio eletrolítico) Fundamental : - A interrupção do sangue segue evoluindo para a degeneração axonial e desmielinização.
  • 34. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 34 Classificação de Sedon (1948) das lesões Neurais Neuropraxia Axoniotmese Neurotmese
  • 35. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 35 Tipos de Lesão Neurais (Classificação de Seddon) • NEUROPRAXIA = Disfunção (ausência de lesão) • AXONIOTMESE = Lesão: axônio + endoneuro (fibra) + perineuro (fascículo) • NEUROTMESE = Lesão: Axônio + endoneuro + perineuro + epineuro (nervo)
  • 36. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 36
  • 37. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 37 Neuropraxia • A estrutura do nervo permanece intacta, porém a condução axonal está interrompida; • Há uma perda temporária da função motora do nervo com disfunção da propriocepção, estímulo vibratório, tato, dor e sudorese; • Não há Degeneração Walleriana;
  • 38. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 38 Neuropraxia • Forma leve de trauma do nervo é a lesão mais vista nas neuropatias compressivas; • Ela envolve um bloqueio temporário da condução com desmielinização nervosa no local do trauma. Não há perda da continuidade anatômica; • Lesão biomecânica usualmente causada por leve compressão sem corte, perto do nervo;
  • 39. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 39 Neuropraxia • Envolve fibras mielinizadas grandes que são mais suscetíveis à compressão e isquemia ( fibras sensitivas e motoras); • Uma vez que o nervo tenha se remielinizado, ocorre recuperação completa; • A recuperação pode ocorrer em horas até uns poucos meses , sendo a média de 6 a 8 semanas;
  • 40. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 40 Neuropraxia • Envolve uma divisão microscópica dos axônios e de suas bainhas de mielina, com preservação do tecido conjuntivo de cobertura (endoneuro).
  • 41. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 41 Axoniotmese • Ocorre a interrupção do axônio mas as bainhas conectivas permanecem intactas; • Surge a Degeneração Walleriana causando paralisia motora, sensitiva e autonômica, porém a recuperação pode ser de bom prognóstico, com tempo variável de acordo com o nível da lesão; • Na axoniotmese o epineuro sempre se encontra preservado;
  • 42. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 42
  • 43. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 43 Axoniotmese • Resulta de um trauma por compressão mais severa ou contusão; • Com perda da continuidade axonal, degeneração Walleriana ocorre na porção distal ao trauma; ( Uma reação inflamatória local ocorre com degeneração mielínica distal para as terminações nervosas dos músculos e terminações sensitivas dos órgãos )
  • 44. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 44 • Degeneração Nervosa – após uma lesão nervosa ocorre um processo degenerativo no segmento distal que é chamado degeneração walleriana ou centrífuga e no segmento proximal, conhecido como degeneração axônica ou centrípeta; • Degeneração Walleriana é um processo de degradação de todas as estruturas do axônio distal à lesão, que perde sua continuidade com o corpo celular do neurônio; • Degeneração axônica ocorre em alguns milímetros ou centímetros proximalmente à lesão e sua extensão varia de acordo com a intensidade do trauma;
  • 45. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 45 Degeneração walleriana da parte distal de axônio, como consequência de um corte. Auguste-Henri Forel (1848-1931), um eminente cientista suiço, observou no mesmo ano que His (1886), que quando o corpo celular do neurônio morre ou quando um axônio é cortado, ocorre uma degeneração anterógrada no axônio remanescente distal à parte que morreu (também chamada de degeneração walleriana, em homenagem ao patologista que a descobriu, Waller), mas que ela não progride além da junção deste axônio com outros neurônios.
  • 46. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 46 Auguste Forel (1848-1931) • Cientista Suíço
  • 47. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 47 Axoniotmese • Usualmente há um elemento de degeneração axonal proximal para o próximo nódulo de Ranvier; • Em muitos danos traumáticos severos, a degeneração proximal pode se estender além do próximo nódulo de Ranvier;
  • 48. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 48 Axoniotmese • Afeta ambas as funções: motora, sensorial e autonômica; • A regeneração axonal ocorre na razão de 1 mm/ dia e o avanço desta regeneração pode ser monitorada com o sinal de Tinel; • Sinal de Tinel =/= Teste da digito-percussão local de nervo periférico;
  • 49. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 49 Axoniotmese • A recuperação da função motora e sensorial é determinada pela restauração dos axônios proximais e pela distância entre o músculo / interface nervo; • O prognóstico da axoniotomese é dependente da distância do músculo a ser inervado e o local da lesão;
  • 50. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 50 Axoniotmese • É causada por uma secção completa da fibra nervosa com descontinuidade do tecido conjuntivo de revestimento ( transecção ) ou ruptura interna severa do nervo envolvendo os axônios, bainha de mielina, perinervo e endonervo.
  • 51. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 51 Neurotmese • Todo o nervo e suas estruturas estão lesadas; • Não há integridade do epineuro; • A reparação sempre é cirúrgica ; • A regeneração e reinervação nunca é completa e, geralmente, os pacientes evoluem com alguma deficiência residual quanto a função motora e sensitiva;
  • 52. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 52
  • 53. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 53
  • 54. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 54
  • 56. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 56 Neurotmese • Afeta as funções : motora, sensorial e autonômica; • Degeneração Walleriana ocorre da mesma maneira do que numa lesão por axoniotomese; • Se reversível, a lesão transforma-se numa lesão por axoniotomese;
  • 57. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 57 Neurotmese • Com uma lesão completa de neurotmese, o neuroma desenvolve a disfunção e a não condutividade, impedindo a reinervação do seus alvos originais motor e sensorial; • O prognóstico depende do envolvimento do nervo específico, da duração da lesão, da idade do paciente e do nível de fibrose;
  • 58. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 58 Fundamental • O reconhecimento precoce e o tratamento das neuropatias compressivas da extremidade superior é a chave para prevenir mudanças irreversíveis ( fibrose ) no nervo.
  • 59. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 59 Avaliação Sensibilidade • Nervo Mediano • Nervo Radial • Nervo Ulnar 2 Pts. de discriminação sensorial, toque suave
  • 60. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 60 Avaliação Sensibilidade • Pacientes portadores de lesões nervosas devem ser submetidos a uma criteriosa avaliação da sensibilidade; • Esta poderá elucidar dados como a presença de uma lesão parcial, acompanhar a evolução da reinervação e determinar a necessidade de uma reeducação sensorial; • O exame clínico poderá revelar alterações do trofismo, alteração da função vasomotora, perda da sudorese, atrofia da polpa dos dedos, alterações ungueais, crescimento e queda de pêlos, susceptibilidade a lesões, lentidão na cicatrização e outros;
  • 61. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 61 Avaliação Sensibilidade • Após a lesão de um nervo periférico a área autonômica torna- se anestesiada e áreas vizinhas de regiões com sensibilidade preservada encontram-se com hipoestesia; • A regeneração nervosa em humanos ocorre numa velocidade de 1 a 2 mm por dia
  • 62. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 62 Sinal de Tinel • O acompanhamento do Sinal de Tinel (percussão no trajeto do nervo de distal para proximal em busca de choque que traduz a regeneração nervosa) auxilia na interpretação da recuperaçào da sensibilidade em áreas anestésicas.
  • 63. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 63 Alterações Sensitivas • Todas as modalidades de sensações ( dor, tato, temperatura, estereognosia e dicriminação de 2 pontos) podem ser perdidas, exceto a propriocepção do movimento articular e a sensação cinético- postural;
  • 64. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 64 FUNÇÃO SENSORIAL SOMÁTICA Se as fibras nervosas aferentes somáticas são danificadas, então as modalidades de dor, toque, pressão e temperatura podem ser afetadas. Anestesia - É a perda da sensação na área afetada que pode causar distúrbios consideráveis de função, dependendo da área afetada e da extensão da anestesia. A mão é um problema particular e pode sofrer mais lesões se o paciente não estiver totalmente consciente das dificuldades que surgem com a perda sensorial.
  • 65. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 65 FUNÇÃO SENSORIAL SOMÁTICA Se as fibras nervosas aferentes somáticas são danificadas, então as modalidades de dor, toque, pressão e temperatura podem ser afetadas. • Disestesia: As lesões incompletas podem levar a um distúrbio na sensação em dormência e formigamento. • Analgesia: Lesões completas que afetam fibras e dão sensações de dor podem resultar em analgesia. • Hiperpatia: A dor é uma característica em certas lesões especialmente se for uma lesão incompleta.
  • 66. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 66 Alterações Vasomotoras • A desnervação promove uma diminuíção na circulação; • A diminuição da circulação associada ao desuso pode provocar alterações tróficas da pele e da unha; • Estas alterações são graduais e se caracterizam pela mudança na textura e cor da pele; • Quanto mais precoce for a reparação do nervo, melhor o prognóstico;
  • 67. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 67 Alterações Vasomotoras • As fibras musculares estriadas, após cerca de 2 anos de desnervação, sofrem processo de degeneração irreverssível e sua reinervação não é acompanhada por retorno de sua função; • O retorno da função dos receptores de sensibilidade dependerá da precocidade de sua reinervação;
  • 68. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 68
  • 69. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 69
  • 70. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 70
  • 71. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 71 Avaliação Motora • Nervo Mediano – FRC (C7); FSD (C8); FPD com Nervo Ulnar (C8);Lumbricais com com Nervo Ulnar (C8,T1); • Nervo Radial – ERCC, ERLC (C6); EUC,Tríceps (C7); • Nervo Ulnar – FUC (C8); Interossei Dorsal (T1); Interossei Palmar (C8,T1);
  • 72. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 72 Alterações Motoras • A paralisia é observada claramente logo após a lesão. • A hipotrofia muscular é progressiva, sendo evidente após cerca de 4 a 6 semanas; • Os músculos tornan-se degenerados e fibróticos caso a reinervação não ocorra até cerca de 2 anos;
  • 73. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 73
  • 74. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 74 Nervo Mediano • A lesão do nervo mediano provoca uma paralisia e hipotrofia de alguns músculos da eminência tenar e uma perda da sensibilidade ao nível do polegar, dedos indicador, médio e metade radial e volar do anular; • Lesões do n.Mediano ao nível do punho afetam os músculos: abdutor curto do polegar, porção superficial do flexor curto, oponente do polegar e segundo lumbricais; • Lesões do n.Mediano mais proximais ( braço, cotovelo e cervical) os músculos extrínsecos são também comprometidos: flexor longo do polegar, porção radial do flexor profundo dos dedos, os pronadores, flexor radial do carpo e palmar longo;
  • 75. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 75
  • 76. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 76 Nervo Radial • A lesão do nervo radial é reconhecida pela postura em flexão devido a paralisia da musculatura extensora do punho, dedos e polegar: abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar,extensor longo do polegar, extensor radial curto e longo do punho, extensor comum de dedos, extensor próprio dos dedos indicador e mínimo e extensor ulnar do carpo; • Funcionalmente esta lesão acarreta uma grande dificuldade em realizar a preensão de um objeto pois o paciente não consegue posicionar a mão para segurá-lo; • A mão não estabilizada é pouco utilizada nas atividades pessoais;
  • 77. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 77
  • 78. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 78 Nervo Ulnar • As lesões do nervo ulnar provocam uma paralisia e uma hipotrofia da maioria dos músculos intrínsecos da mão ( interósseos palmares, interósseos dorsais, lumbricais dos dedos mínimo e anular, músculos da eminência hipotenar, adutor do polegar e porção profunda do flexor curto do polegar) acarretando uma deformidade em Garra Ulnar da mão; • Garra Ulnar = hiperextensão da articulação metacarpofalangeana e flexão das interfalangeanas, principalmente dos dedos mínimo e anular; • Pela paralisia dos interósseos há perda da capacidade de adução e abdução dos dedos.
  • 79. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 79 Testes Especiais • Sinal de Tinel • Sinal de Phalen • Teste de compressão do Nervo Mediano • Teste de flexão do cotovelo / Percussão do túnel ulnar ( cubital)
  • 80. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 80
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  • 145. • NERVE INJURIES,INJURY - Everything You Need To Know Acesse o vídeo
  • 146. Neuropatia Diabética – Sinais e Sintomas • Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S. • O sintoma mais comum é uma sensação de dormência ou ardência nos pés, com perda dos reflexos aquileus, seguida do envolvimento das mãos • Distúrbio da marcha devido à perda do sentido posicional nos pés • Perda da sensação vibratória nos pés • Alterações tróficas nos pés (pele brilhosa) • Neuropatias cranianas, incluindo III NC (pupila geralmente poupada) e VI NC • Sintomas de neuropatias autonômicas incluem diarréia, impotência, hipotensão postural, retenção urinária • Mononeuropatia múltipla emvolve grandes nervos e extremidades • Neuropatia femoral: dor na parte superior da coxa, fraqueza do psoas e quadríceps, abolição do reflexo patelar
  • 147. Neuropatia Compressiva (por estrangulamento) – MMSS e MMII Tratamento / Administração • Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S. • Síndrome do Túnel do Carpo: colocar tala no punho numa posição neutra e injetar esteróides no túnel do carpo; fazer o paciente evitar tarefas esportivas. Cirurgia de liberação do ligamento transverso do carpo pode ser necessária em casos intratáveis • Neuropatia do Ulnar: Evitar apoiar-se sobre os cotovelos, usar coxim macio no cotovelo Cirurgia de transposição do nervo ulnar pode ser necessária em casos intratáveis • Neuropatia radial: Evitar apoiar-se sobre o braço, colocar talas na mão em caso de queda do punho • Neuropatia fibular comum: Evitar cruzar as pernas, evitar perda rápida e grande de peso, usar órteses no tornozelo/pé para evitar encurtamento do tendão-de-aquiles
  • 148. Neuropatia Compressiva (por estrangulamento) – Sinais e Sintomas • Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S. • Sintomas sensitivos incluem formigamento (parestesias) na distribuíção dos ramos nervosos sensitivos de um único nervo designado, dormência e uma sensação de “amortecimento” • Sintomas motores incluem fraqueza na distribuíção da parte motora do nervo estrangulado (comprimido) • Descoloração da pele • Hiperalgesia (mior sensibilidade a estímulos dolorosos) • Hiperestesia ou hipoestesia (aumento ou diminuíção da sensibilidade ao tato) • Sinal da digitopercussão (bater de leve sobre a área produz parestesias em sua distribuíção
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  • 150. Neuropatia Radial (também designada como paralisisa do sábado à noite) – Sinais e Sintomas • Uma neuropatia compressiva do nervo radial no sulco espiral do úmero • Ocorre tipicamente quando o paciente fica embriagado e adormece com o braço pendente de um sofá ou uma cadeira • Muitas lesões são desmielinizantes; entretanto, a perda axonal pode ocorrer com uma compressão prolongada • Manifesta-se por queda do punho e dos dedos (fraqueza dos extensores do punho e dos dedos) • Músculos tríceps são poupados (nenhuma fraqueza da extensão do cotovelo) • Há perda da sensação sobre o aspecto lateral dorsal da mão e dos quatro primeiros dedos ( na distribuíção do nervo sensitivo radial superficial). Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
  • 151. Neuropatia Braquial Aguda – Sinais e Sintomas • Início agudo de dor em torno do ombro, que pode irradiar-se para o pescoço e braço • Dentro de alguns dias, ocorrem fraqueza e déficit sensitivo no braço associadas à perda dos reflexos extensores musculares • Envolvimento unilateral é mais comum • Fraqueza muscular pode ser profunda e é seguida rapidamente de atrofia muscular • Uma lesão do tronco superior ocasionando sinais C5-C6 é o padrão de lesão mais comum e acarreta a perda do controle voluntário do ombro e do cotovelo • Todo o plexo pode ser envolvido, acarretando um braço em mangual (relho) Fonte: In a page neurology – Brillman,J.; Kahan,S.
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  • 153. Avaliação do Antebraço -Síndrome do m. Pronador Redondo (n. mediano) -Síndrome do n. interósseo anterior (n. mediano) -Síndrome do m. Supinador (n. radial) - Teste da preensão em pinça (n. interósseo anterior) – (3,5)
  • 155. • NERVE INJURIES,INJURY - Everything You Need To Know Acesse o vídeo
  • 156. Neuropatia do Mediano • INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano • O nervo mediano origina-se do cordão lateral (C5-C6) e do cordão medial (C8-T1) do plexo braquial. • As fibras que se originam do cordão lateral inervam a sensibilidade da eminência tenar (C6), polegar (C6), indicador (C6-C7) e dedo médio (C7) e a motricidade dos músculos pronador redondo e flexor radial do carpo. • As fibras que se originam do cordão medial inervam a sensibilidade da metade lateral do dedo anelar (C7-C8) e a motricidade de todos os outros músculos inervados pelo mediano. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
  • 157. Neuropatia do Mediano • INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano • Após a união das fibras originárias dos cordões lateral e medial, o nervo mediano tem trajeto descendente no braço e antebraço, onde passa entre os dois feixes do músculo pronador redondo para transitar entre os músculos flexores superficial e profundo dos dedos até atravessar o retináculo dos flexores no punho. • No braço, não emite ramos, exceto em casos excepcionais, onde o ramo para o pronador redondo origina-se antes da articulação do cotovelo. • No antebraço proximal o nervo mediano emite ramos para os músculos pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor superficial dos dedos.
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  • 159. Neuropatia do Mediano • INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano • O nervo interósseo anterior, ramo exclusivamente motor do nervo mediano, inerva os músculos flexor profundo para o II e III dedos, flexor longo do polegar e pronador quadrado. • No antebraço distal, aproximadamente 5 cm proximal ao punho, o nervo mediano emite seu primeiro ramo sensorial conhecido como nervo cutâneo palmar que passa externamente ao túnel do carpo para inervar a eminência tenar na face palmar da mão. • O túnel do carpo está localizado na base da palma da mão. É delimitado dorsalmente pelos ossos do carpo e ventralmente pelo retináculo flexor conhecido como ligamento transverso do carpo.
  • 160. Neuropatia do Mediano • INTRODUÇÃO – trajeto anatômico do n. mediano • Além do nervo mediano, outros nove tendões dos músculos da mão passam pelo túnel do carpo. • Após cruzar o túnel do carpo, o nervo mediano inerva através de seu ramo recorrente tenar os músculos abdutor curto do polegar, oponente do polegar e a porção superficial do flexor curto do polegar. Também emite ramos digitais sensoriais terminais para a face palmar do polegar, indicador, dedo médio e metade lateral do dedo anelar e inerva a porção dorsal das falanges distais dos dedos indicador e anelar.
  • 161. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • A grande maioria das compressões do nervo mediano ocorrem no túnel do carpo. Entretanto, outros sítios de compressão podem eventualmente ocorrer. Traumas e luxações do ombro podem causar lesão do nervo mediano na axila. Fraturas do úmero, uso de torniquetes cirúrgicos, punção venosa ou presença de tumores podem comprimir o nervo no braço. O ligamento de Struthers é o principal ponto de compressão no braço distal. Nestes casos, a supinação do antebraço com extensão do cotovelo produz exacerbação dos sintomas, assim como diminuição do pulso radial.
  • 162. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • Próximo ao cotovelo, duas síndromes de compressão do nervo mediano precisam ser diferenciadas. A primeira é a síndrome do pronador redondo, onde o nervo mediano é comprimido quando passa entre as duas cabeças do músculo pronador redondo. Caracteriza-se por dor da região proximal do antebraço, principalmente na porção anterior. Parestesias dos dedos pode ocorrer, mas em menor intensidade que na síndrome do túnel do carpo. Déficit sensorial ocorre em todo o território do nervo mediano na mão, incluindo a eminência tenar.
  • 163. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • A segunda síndrome é conhecida como síndrome do interósseo anterior, bem mais incomum, onde uma banda fibrosa entre os músculos pronador redondo e flexor profundo dos dedos comprime o nervo mediano. Caracteriza-se por fraqueza progressiva da flexão do polegar, indicador e dedo médio, além da pronação da mão com o cotovelo em flexão (músculo pronador quadrado). Nenhum sintoma sensorial ocorre, pois o nervo interósseo anterior é exclusivamente motor. No exame físico, o paciente é incapaz de formar um círculo com o polegar e o indicador, como no sinal de Ok.
  • 164. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • Este nervo pode ser acometido isoladamente como manifestação da plexopatia braquial aguda ou amiotrofia neurálgica. Dor severa no ombro e braço deve levantar essa possibilidade. Algumas causas associadas com compressão proximal do nervo mediano são hipertrofia do músculo pronador redondo, luxação do cotovelo, punção da artéria braquial com formação de pseudo-aneurisma, fístula arteriovenosa para hemodiálise, pressão externa durante anestesia geral. Tratamento cirúrgico deve ser considerado caso os sintomas não melhorem com tratamento conservador.
  • 165. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • A síndrome do túnel do carpo é a compressão do nervo mediano no punho e corresponde à mais freqüente causa para o encaminhamento aos laboratórios de EMG. • Sintomas de túnel do carpo ocorrem em até 15% da população, sendo as mulheres mais freqüentemente acometidas que os homens. Ocorre por aumento da pressão no túnel do carpo e produz isquemia do nervo mediano. • A fisiopatologia básica é a desmielinização segmentar do nervo mediano, porém, dependendo da severidade do processo, perda axonal pode estar presente. • As fibras sensoriais são envolvidas mais precocemente que as motoras e os sintomas iniciais caracterizam-se por dor na mão podendo atingir o ombro, associada à parestesia dos dedos polegar, indicador e médio. Entretanto, não é infrequente que toda a mão fique adormecida.
  • 166. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • Os sintomas são intermitentes e particularmente mais intensos durante a noite (acroparestesias noturnas), não sendo incomum o paciente referir que acorda durante a madrugada com a mão amortecida. Queixas de parestesias enquanto dirigindo também são freqüentes. A movimentação da mão alivia os sintomas. No exame físico, a discriminação entre dois pontos é a primeira anormalidade detectável. Sintomas sensoriais isolados podem ocorrer por mais de uma década. Nos casos mais graves, sintomas motores também aparecem. Atrofia da eminência tenar pode ser vista nos casos com degeneração axonal importante.
  • 167. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. MEDIANO • Atenção! • É difícil , mas não impossível, demonstrar a fraqueza da abdução (abdutor curto do polegar) e oposição (oponente do polegar) do polegar pois a abdução também é realizada pelo abdutor longo do polegar (inervado pelo radial) e a oponência, também, é realizada pela cabeça profunda do flexor curto do polegar (inervado pelo ulnar) e pelo flexor longo do polegar (inervado pelo interósseo anterior).
  • 168. COMPRESSÃO DO N. MEDIANO – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Neuropatia do nervo mediano na axila ou braço • Síndrome do pronador redondo • Síndrome do interósseo anterior • Síndrome do túnel do carpo • Plexopatia braquial • Radiculopatia C6 ou C7 • Polineuropatia • Tendinites • Lesão por esforços repetitivos (LER)
  • 169. EXAME FÍSICO DO NERVO MEDIANO • Força muscular – abdutor curto do polegar (N. mediano) – interósseos dorsais (N. ulnar) – flexor longo do polegar (N. interósseo anterior) – pronacão do antebraço com cotovelo extendido (N. mediano) – bíceps (N. musculocutâneo) – tríceps (N. radial) – deltóide (N. axilar) • Reflexos Tendinosos Profundos – Serão normais • Sensibilidade – superfície palmar do polegar, indicador e dedo médio – região tenar – região hipotenar – dorso da mão
  • 170. Confirmação eletrodiagnóstica do túnel do carpo Para a confirmação eletrodiagnóstica do túnel do carpo, pelo menos duas das três anormalidades abaixo devem estar presentes: • diminuição da velocidade de condução sensorial nos segmentos I dígito-punho, II dígito-punho ou III dígito- punho. • diminuição da velocidade de condução sensorial no segmento palma-punho. • prolongamento da latência terminal motora.
  • 171. Cuidado com a melhora eletrofisiológica para STC. • A condução nervosa geralmente melhora após descompressão cirúrgica do ligamento transverso do carpo. Entretanto, mesmo após um ano de cirurgia, algumas anormalidades ainda podem ser vistas, não significando insucesso cirúrgico. • Portanto, a melhora clínica parece melhor evidência de sucesso que a melhora eletrofisiológica. • Quando o túnel do carpo é bilateral, o lado da mão dominante geralmente é mais severamente afetado. • Se o lado não dominante for mais severo, deve-se suspeitar de uma lesão compressiva como tumores ou outras causas não idiopáticas. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
  • 172. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 172 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 173. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 173 Síndrome do Túnel do Carpo • Neuropatia compressiva periférica mais comum; • Primeira comunicação feita em 1854 por Sir James Paget;
  • 174. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 174 Síndrome do Tunel do Carpo
  • 175. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 175 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 176. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 176 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 177. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 177
  • 178. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 178 Síndrome do Túnel do Carpo Cross Section Carpal Tunnel
  • 179. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 179 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 180. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 180 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 181. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 181 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 182. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 182 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 183. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 183 Síndrome do Túnel do Carpo
  • 184. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 184 • Síndrome do Túnel do Carpo (STC) • ENMG VC/ latência sensitiva distal > 3,5 Pode-s observar a positividade dos seguintes testes: * Teste de Phalen * Teste de Phalen Invertido * Sinal de digito-percussão no túnel * Teste de compressão carpal * Teste de compressão com garrote pneumático * Dois pontos de discriminação 2PD * Hipotrofia tenar
  • 185. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 185 Diagnóstico STC • História • Teste de Tinel + ????? • Teste de compressão do Nervo Mediano • Alterações sensitivas no território de distribuíção do Nervo Mediano; déficits motores ? • EMG / VCN ???
  • 186. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 186 Tratamento • Meta : paciente funcional • Tratar causa subjascente, se identificada • Baseado nos sinais e sintomas • Conservador : tala de punho neutra ( noturna, trabalho), AINES, injeção de esteróide, evitar atividades de agravamento
  • 187. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 187 Prevenção • Alongamento • Pausa nas tarefas para descanso • Talas ???? • Correção postural / posição do punho • Mudanças no posto de trabalho / ferramentas manuseáveis
  • 188. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 188 Indicações Cirurgicas • Falha no tratamento conservador • Atrofia tenar • Alterações neurológicas progressivas ( motoras e sensitivas) • Piora do quadro álgico noturno e aumento das parestesias diurnas
  • 189. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 189
  • 190. 09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 190 Síndrome do nervo interósseo anterior (ramo do n.mediano) Caracterizada por uma deformidade na pega do pinçamento = polpa com polpa. Resulta da paralisia dos flexores do indicador e polegar Nesta síndrome não há perda sensitiva, porque o n. interósseo anterior é um nervo motor.
  • 191. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 191
  • 192. 09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 192 Teste da Preensão em Pinça (3,5) revela patologia do n. interósseo anterior ( ramo do n. mediano ) Polpa com a polpaPonta com a ponta
  • 193. Achados Físicos em Dístúrbios do Cotovelo e Antebraço • Síndrome do Nervo Interósseo Anterior - Fraqueza do músculo flexor longo do polegar e m. flexor profundo dos dedos para o dedo indicador ( seinal do O); prensão digital entre polegar e indicador é anormalmente feita polpa a polpa - Fraqueza do m. pronador quadrado (variável) Fonte: O Exame Físico em Ortopedia – Reider,B.; W.B. Saunders Company
  • 194. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 194 Síndrome do Pronador Redondo • Compressão do n. mediano entre dois ventres musculares do m. Pronador Redondo • Flexão do cotovelo contra- resistência entre 120º e 160º • Pronação do antebraço e flexão do punho forçadas • Dígito-percussão positiva ao nível do m. Pronador redondo • Dígito- percussão negativa do túnel do carpo • Sinais de Phalen e Phalen invertido negativos • Comprometimento sensitivo da Eminência Tenar (hipoestesia na palma da mão = ramo cutâneo palmar ) • Déficit da oponência do polegar
  • 195. Detalhes anatômicos do pronador redondo e suas inserções na tuberosidade do rádio.
  • 196. Achados Físicos em Dístúrbios do Cotovelo e Antebraço • Síndrome do Pronador - Hipersensibilidade na parte proximal do antebraço sobre o m. pronador redondo ( o local da compressão é palpado sobre o m. pronador redondo, estando o antebraço supinado, a uma distância de três dedos de largura da interlinha articular do cotovelo, sobre o m. pronador redondo) - Sensação anormal (discriminação de 2PD ou toque suave) no polegar, no dedo indicador, no dedo médio e no lado radial do dedo anular (variável) - Pronação prolongada, contra-resistência que reproduz os sintomas - Fraqueza dos músculos inervados pelo nervo mediano (variável) Fonte: O Exame Físico em Ortopedia – Reider,B.; W.B. Saunders Company
  • 197. 09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 197 Palpação para investigação da síndrome do pronador Polegar produz firme pressão sobre o m. pronador a uma distância de três dedos de largura distalmente à prega do cotovelo
  • 198. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 198 Síndrome do Supinador
  • 199. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 199 Síndrome do Supinador
  • 200. 09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 200 Músculo Supinador
  • 201. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 201 Síndrome do Supinador
  • 202. figura
  • 203. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 203 Síndrome do Supinador
  • 204. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 204
  • 205. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 205 Síndrome do Supinador N. Interósseo posterior ( ramo profundo motor do n. radial) – Síndrome do Supinador Nervo interósseo anterior – é nervo motor – ( ramo do n. mediano) Síndrome do nervo interósseo anterior
  • 206. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 206
  • 207. 09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 207 Palpação da Arcada de Froshe Síndrome do Supinador compressão do ramo interósseo profundo do n. radial ( ramo motor) na arcada de Froshe O local da compressão é palpado estando o paciente com o antebraço relaxado e pronado. A arcada de Froshe se localiza a quatro dedos de largura distalmente ao epicôndilo lateral. O dedo indicador do examinador exerce pressão neste local reproduzindo a dor.
  • 208. 09/12/2015 Dr. José Heitor M. Fernandes 208 Arcada de Froshe Compressão do n.interósseo posterior ( ramo motor profundo do n. radial)
  • 209. Achados Físicos em Dístúrbios do Cotovelo e Antebraço • Síndrome do Túnel Radial ou Síndrome do Supinador - Hipersensibilidade na massa muscular extensora do antebraço na arcada de Froshe ( o local da compressão é palpado no antebraço relaxado e pronado, a uma distância de quatro dedos transversos do epicôndilo lateral, sobre a arcada de Froshe) - Teste de extensão do dedo médio, que reproduz a dor habitual - Fraqueza dos músculos extensor comum dos dedos e extensores do polegae e m. extensor ulnar do carpo (incomum) Fonte: O Exame Físico em Ortopedia – Reider,B.; W.B. Saunders Company
  • 210. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 210 Síndrome do Supinador Etiologia • Anatômica • Empurrando com força repetidamente puxando, dobrando o punho; • Prensando (segurar firmemente) e pinçando com os quirodáctilos pode esticar o nervo interósseo posterior;
  • 211. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 211 Síndrome do Supinador ( sind. do n. interósseo post.) Compressão do ramo motor do nervo radial na Arcada de que é fibrotendínea em 30% dos indivíduos. • Dor profunda na face posterior do antebraço, iniciando no terço proximal • Não há alteração da sensibilidade • Nos casos graves existe comprometimento motor do Extensor comum dos dedos e do Extensor longo do polegar ( déficit extensão das AMF dos dedos) • A dor aumenta com os esforços e os movimentos de flexão / extensão / pronação / supinação • Sensação de fadiga • Este quadro doloroso é recidivante
  • 212. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 212 Síndrome do Supinador Apresentação Clínica • Dolorimento indefinido no antebraço proximal ao cotovelo que piora pela atividade repetitiva ( 4 dedos transversos do epicôndilo lateral sobre o músculo supinador); • Muitas vezes confundido com epicondilite lateral; • Outros : fraqueza e fadiga do antebraço;
  • 213. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 213 Sindrome do Supinador Diagnóstico • História / Exame Físico ( dor a palpação sobre os extensores do punho no antebraço proximal); • Achados motor e sensitivo estão tipicamente ausentes; • Teste de extensão do dedo longo ( ECRB) ??? • Teste do Supinador ??? (Arcada de Froshe); • EMG / VCN usualmente normal;
  • 214. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 214 Síndrome do Supinador Tratamento • Meta : Paciente funcional • Conservador: descanso, AINES, tala com punho em extensão ???, Fisioterapia ??? Infiltração ??? • Cirurgia
  • 215. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 215 Sindrome do Supinador Prevenção • Alongamento • Pausas nas tarefas e descanso • Talas ??? • Correção postural / posição do antebraço; • Alterações no posto de trabalho / evitar extensão do punho repetida, torção repetida do antebraço;
  • 216. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 216 Síndrome do Supinador Indicações Cirúrgicas • Falha da Terapia Conservadora; • Epicondilite de longa duração que falha com o tratamento conservador; • Melhora com infiltração diagnóstica;
  • 217. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 217
  • 218. figura
  • 221. Assuntos do Módulo 15 ANTEBRAÇOS 1- Comentários clínicos sobre cotovelo 2- Exame físico ( Inspeção, palpação, mobilidade, força muscular, exame neurológico) 3- Dor referida ao cotovelo 4- Anatomia topográfica interna de um nervo periférico 5- Processo de degeneração e regeneração da fibra nervosa após lesão 6- Fisiopatologia das neuropatias compressivas 7- Neuropraxia, Axoniotmese, Neurotmese 8- Degeneração nervosa (Walleriana, axônica) 9- Sutura perineural em lesão parcial de nervo; sutura epiperineural 10- Eletroneuromiografia (ENMG) 11- Neuropatias do Membro Superior ( síndrome do túnel do carpo (n. mediano), síndrome do túnel do ulnar) 12- Síndrome do interósseo anterior 13- Síndrome do pronador (n. mediano), síndrome do supinador (n. radial) 14- Síndrome do canal de Guyon (n. ulnar) 15- Radiologia músculo esquelética
  • 222. • NERVE INJURIES,INJURY - Everything You Need To Know Acesse o vídeo
  • 223. Neuropatia do Radial • INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial • O nervo radial é o maior ramo do plexo braquial. • Origina-se do cordão posterior do plexo braquial através das raízes C5, C6, C7, C8 e algumas vezes T1. • Logo após entrar no braço, ainda medialmente ao úmero, ele emite o primeiro ramo para o tríceps braquial e um segundo ramo para o m. anconeu. • Ainda antes de cruzar o úmero posteriormente, através do sulco espiral ou radial, o nervo radial emite 3 ramos sensoriais: nervo cutâneo posterior do braço, nervo cutâneo lateral inferior do braço e nervo cutâneo posterior do antebraço. • Somente então ele cruza de medial para lateral antes de entrar no compartimento anterior do braço, através do septo intermuscular lateral. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
  • 224. Neuropatia do Radial • INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial • Em seu trajeto descendente pela porção anterolateral do braço, o nervo radial emite ramos para os músculos braquiorradial (também recebe fibras do musculocutâneo) e extensor radial longo do carpo antes de entrar no túnel radial próximo ao epicôndilo lateral do úmero. • O túnel radial é formado pelo úmero posteriormente, pelo músculo braquial medialmente e pelos músculos braquiorradial e extensor radial do carpo antero- lateralmente. Dentro do túnel radial, o nervo radial divide-se em dois ramos terminais: nervo interósseo posterior, ramo exclusivamente motor e nervo radial superficial, ramo exclusivamente sensorial.
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  • 227. Neuropatia do Radial • INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial • O nervo interósseo posterior emite seu primeiro ramo para músculo supinador e depois penetra nele, passando pela arcada de Frohse. Continuando seu trajeto descendente pelo antebraço em direção à mão, ele emite ramos para os músculos extensor comum dos dedos, extensor ulnar do carpo, extensor do quinto dedo, extensor próprio do indicador, extensor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor longo do polegar. • O nervo radial superficial torna-se superficial na metade do antebraço para inervar a pele da região dorsal da mão, incluindo o polegar, o indicador, o dedo médio e a metade lateral do dedo anelar, exceto a região dorsal das falanges distais, inervadas pelo nervo mediano.
  • 228. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • O nervo radial é menos comumente envolvido em compressões que o mediano ou o ulnar. • Entretanto, é o nervo mais freqüentemente envolvido em traumas do braço, geralmente durante fraturas. Além disso, é comumente afetado na intoxicação pelo chumbo. • A localização mais comum de compressão do nervo radial ocorre no sulco espiral do úmero. A causa clássica de neuropatia radial no sulco espiral é o consumo excessivo de álcool seguido de sono profundo com compressão do nervo radial no sulco. Essa síndrome é conhecida como “paralisia do sábado à noite”, termo em alusão às tradicionais bebedeiras de final de semana. Entretanto, outras condições podem causar compressão radial nesta localização, entre elas a cabeça do cônjuje na chamada paralisia dos amantes, esforço muscular exagerado, fratura proximal do úmero, etc.
  • 229. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • O quadro clínico é característico. Os pacientes acordam de uma noite de sono profundo e são incapazes de extender o punho e os dedos. A extensão do cotovelo é preservada pois o ramo para o tríceps é emitido antes do sulco espiral. Os músculos braquiorradial e supinador estão sempre envolvidos, conseqüentemente a flexão do cotovelo com o antebraço em meia posição entre supinação e pronação e a supinação são afetadas. O reflexo estilorradial estará anormal com preservação do tricipital. Isto ocorre pois a inervação radial para o tríceps está preservada.
  • 230. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • Como os ramos sensoriais para a porção posterior do braço e antebraço são emitidos proximalmente ao sulco espiral, não há envolvimento sensorial nestes segmentos. • O território do nervo radial superficial na mão teoricamente está comprometido, entretanto isso raramente é observado na prática. • Uma peculiaridade merece ser ressaltada. Quando ocorre queda do punho por lesão do nervo radial, ao testar a força dos músculos intrínsecos da mão inervados pelo nervo ulnar, o punho deve ser apoiado sobre uma superfície plana, pois caso contrário, os músculos intrínsecos parecerão fracos e podem simular uma falsa lesão ulnar associada.
  • 231. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • O nervo radial menos comumente pode ser lesado na axila através de compressão por muletas, lesões por armas de fogo ou lesões por armas brancas. Os pacientes também apresentam queda do punho, porém nesses casos a extensão do antebraço está fraca, pois o ramo para o tríceps é lesado e ocorre perda sensorial na porção posterior do braço e antebraço devido à lesão dos nervos cutâneo posterior do braço, cutâneo lateral inferior do braço e cutâneo posterior do antebraço. Tanto o reflexo tricipital como o estilorradial estão anormais. As lesões do nervo radial na axila podem ser diferenciadas clínica e eletrofisiologicamente pela preservação do músculo deltóide, responsável pela abdução do braço e inervado pelo nervo axilar, que se origina do cordão posterior do plexo braquial.
  • 232. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • O nervo interósseo posterior quando lesado ocasiona sintomas similares à lesão do nervo radial, entretanto a extensão do punho está parcialmente preservada, com desvio da mão para o lado radial, pois o músculo extensor radial do carpo é inervado pelo tronco principal do nervo radial. Conseqüentemente, a extensão dos dedos está desproporcionalmente pior que a extensão do punho. É comum os pacientes conseguirem escrever, porém serem incapazes de digitar. Além disso, nas lesões de interósseo posterior, os músculos braquiorradial e supinador são normais. Apesar do músculo supinador ser inervado pelo interósseo posterior, a compressão geralmente ocorre distal ao ramo para o supinador.
  • 233. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • Ao contrário das lesões do nervo radial no sulco espiral, as lesões do nervo interósseo posterior são progressivas. Tanto o reflexo tricipital como o estilorradial estão normais. • Como ele é um nervo exclusivamente motor, não há sintomas sensoriais. As causas mais comuns de lesão do interósseo posterior são trauma de antebraço, compressão do nervo pela arcada de Frohse, compressão ao nível do túnel radial, lipomas, cistos, gânglios, artrite reumatóide, fístulas arteriovenosas para diálise e artroscopia de cotovelo. • O tratamento é geralmente cirúrgico, sobretudo nas causas traumáticas ou secundárias a tumores, ao contrário das compressões no sulco espiral. • Já nas síndromes do túnel radial e do supinador, tratamento conservador pode ser tentado. Evitar movimentos de pronaçào e supinação pode ajudar. Caso não haja melhora em 3 a 6 meses, cirurgia está indicada.
  • 234. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. RADIAL • Lesões no nervo radial superficial geralmente ocorrem no punho pelo uso de algemas ou braceletes apertados. Raramente também pode ocorrer por compressões tumorais ou trauma cirúrgico. Ocorre dor e hipoestesia no território do nervo radial superficial no dorso da mão. Essa entidade é chamada de cheralgia parestésica ou neuropatia das algemas.
  • 235. COMPRESSÃO DO N. RADIAL – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL – Lesão do nervo radial no sulco espiral do úmero. – Lesão do nervo radial na axila. – Lesão do nervo interósseo posterior – Lesão do cordão posterior do plexo braquial. – Plexopatia braquial aguda auto-imune (amiotrofia neurálgica, Parsonage Turner). – Radiculopatia C7 severa. – Lesões do neurônio motor ou do sistema nervoso central.
  • 236. DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO NAS LESÕES DO N. RADIAL • Devido à distribuição ordenada dos ramos motores e sensoriais do nervo radial ao longo de seu trajeto no braço e antebraço, o estudo eletrofisiológico das lesões do nervo radial é freqüentemente conclusivo. Mesmo em lesões predominantemente axonais, a localização aproximada da lesão é geralmente possível na maioria dos pacientes. • Os principais objetivos da avaliação eletrofisiológica são localizar a lesão, graduar a intensidade, definir se o processo é predominantemente axonal ou desmielinizante, prever o prognóstico e ajudar na escolha do tratamento. • O estudo da condução nervosa motora do nervo radial é útil principalmente para demonstrar a presença de bloqueio de condução ao nível do sulco espiral, ou menos freqüentemente na arcada de Frohse.
  • 237. DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO NAS LESÕES DO N. RADIAL • Quando o potencial sensorial estiver anormal, indica lesão predominantemente axonal de mais de 7 dias acima da bifurcação terminal do nervo radial ou lesão isolada do ramo radial superficial. Quando o potencial radial superficial estiver normal, pode indicar lesão do nervo interósseo posterior (ramo puramente motor), lesão axonal proximal do nervo radial na fase hiperaguda, lesão proximal puramente desmielinizante do nervo radial ou radiculopatia C7. • A eletromiografia de agulha é o teste mais útil para a localização das lesões do nervo radial e seu ramo motor distal, o nervo interósseo posterior. Além disso, é importante para diferenciá-las de lesões do cordão posterior do plexo braquial ou da raiz C7. A EMG de agulha é essencial para localizar lesões axonais que não podem ser localizadas pela condução nervosa.
  • 238. EXAME FÍSICO DO N. RADIAL - Força muscular • Tríceps (N. radial) • Braquiorradial (N. radial) • Extensor radial do carpo (N. radial) • Supinador (N. interósseo posterior) • Extensão do punho (N. interósseo posterior) • Extensão dos dedos (N. interósseo posterior) • Deltóide (N. axilar) – Reflexos • Tricipital (N. radial – C6,C7) • Estilorradial (N. radial – C5,C6) – Sensibilidade • Região posterior do braço (N. cutâneo posterior do braço) • Região posterior do antebraço (N. cutâneo posterior do antebraço) • Região dorsal radial da mão (N. radial superficial) Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
  • 239. figura
  • 240. • NERVE INJURIES,INJURY - Everything You Need To Know Acesse o vídeo
  • 241. NEUROPATIAS DE ULNAR • INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial • O nervo ulnar origina-se do cordão medial do plexo braquial (C8-T1). Desce pelo braço sem emitir nenhum ramo, tornando-se superficial no cotovelo, onde passa pelo sulco retroepicondilar ou ulnar, formado pelo epicôndilo medial do úmero e pelo olécrano da ulna. • Após passar pelo sulco ulnar do cotovelo, segue trajeto em direção à mão passando embaixo do túnel cubital (arcada aponeurótica úmero-ulnar), formado pelo arco tendíneo que liga o úmero com a cabeça do músculo flexor ulnar do carpo. No túnel cubital o nervo ulnar emite ramos motores para os músculos flexor ulnar do carpo e flexor profundo do IV e V dedos. Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
  • 242. NEUROPATIAS DE ULNAR • INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial • Aproximadamente 5 a 8 cm proximal ao punho o nervo ulnar emite um ramo sensorial conhecido como ramo cutâneo ulnar dorsal que é responsável pela sensibilidade da região medial e dorsal da mão, porção medial do dedo anelar e dedo mínimo. • Um pouco antes de entrar no punho, próximo ao processo estilóide da ulna, o nervo ulnar emite outro ramo sensorial chamado de nervo cutâneo palmar, que supre a sensibilidade cutânea da eminência hipotenar.
  • 243. NEUROPATIAS DE ULNAR • INTRODUÇÃO - trajeto anatômico do n. radial • O nervo ulnar finalmente entra no punho através do canal de Guyon onde se divide em ramos terminais motores e sensoriais. O ramo terminal sensorial deixa o nervo ulnar dentro do canal de Guyon para suprir a sensibilidade cutânea da face palmar do V dedo e a metade medial do IV dedo. O ramo terminal motor inerva os músculos interósseos dorsais e palmares, o III e o IV lumbricais, o abdutor do quinto dedo e o músculo adutor do polegar.
  • 244. figura
  • 245. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • Os dois principais locais de compressão do nervo ulnar são o cotovelo e o punho. • Lesões da axila são difíceis de diferenciar das lesões no braço ou cotovelo, pois o nervo ulnar não emite nenhum ramo nesse trajeto. O envolvimento concomitante do nervo mediano sugere que a lesão encontra-se acima do cotovelo. • Lesões do nervo ulnar no antebraço são raras e difíceis de diferenciar de lesões no cotovelo.
  • 246. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • O cotovelo é o local mais comum de compressão do nervo ulnar e a neuropatia ulnar no cotovelo é a segunda mononeuropatia mais freqüente na prática, atrás apenas da síndrome do túnel do carpo. Não é infreqüente que a compressão seja bilateral. • Ela pode ocorrer tanto no sulco ulnar do cotovelo (paralisia ulnar tardia) como no túnel cubital (síndrome do túnel cubital). • Os sintomas sensoriais de compressão do nervo ulnar no cotovelo incluem parestesias e formigamentos da porção medial da mão (lado ulnar), principalmente na ponta dos dedos e dor no cotovelo que pode se irradiar para a porção medial da mão.
  • 247. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • A neuropatia ulnar não causa sintomas na porção medial do antebraço, pois essa área é inervada pelo tronco inferior do plexo braquial, e não pelo nervo ulnar. • Os sintomas motores incluem dificuldade para adução do V dedo (sinal precoce), além de fraqueza e atrofia dos músculos intrínsecos da mão. Essa abdução do quinto dedo causada pela fraqueza da adução é conhecida como sinal de Wartenberg. Os pacientes queixam-se que precisam segurar seu quinto dedo para colocá-los no bolso. • Fraqueza do primeiro interósseo dorsal é mais freqüente que do abdutor do quinto dedo. Os músculos flexor ulnar do carpo e flexor profundo do IV e V dedos geralmente estão acometidos, mas podem estar normais.
  • 248. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • Como os músculos intrínsecos da mão estão fracos, os pacientes usam os flexores longos do polegar e do indicador (inervados pelo interósseo anterior – ramo do mediano) para segurar objetos com a mão (Sinal de Froment). • Nos casos severos ocorre a característica mão em garra. Isso ocorre pela fraqueza do III e IV lumbricais. • Muitos pacientes são assintomáticos. O exame neurológico pode ser normal, principalmente em pacientes com sintomas sensoriais isolados. • A diferenciação clínica entre compressão no sulco ulnar e no túnel cubital é extremamente difícil. • Mesmo a exploração cirúrgica algumas vezes não consegue definir o local correto da compressão.
  • 249. PRINCIPAIS CAUSAS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR NO COTOVELO SÃO: • Fraturas do cotovelo com deformidade articular • Trauma de cotovelo sem fratura • Flexão habitual do cotovelo durante o sono • Movimentos ocupacionais repetidos do cotovelo • Diabetes • Hanseníase • Artrite Reumatóide • Artrose do Cotovelo • Compressão externa durante cirurgias • Injeção de esteróide para cotovelo de tenista • Compressão crônica por apoio freqüente do cotovelo contra superfícies rígidas (Paralisia Ulnar Tardia) • Síndrome do túnel cubital • Neuropatia hereditária com predisposição a paralisia por pressão. • Neuropatia motora multifocal • Shunt AV para hemodiálise
  • 250. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 250 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 251. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 251 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 252. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 252 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 253. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 253 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 254. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 254 Síndrome do Canal do Ulnar • Segunda Neuropatia Periférica mais comum • Primeira descrição feita por Feindel e Stratford
  • 255. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 255 Síndrome do Canal do Ulnar Etiologia • Anatômica – Artrose, Subluxação recidivante do Nervo Ulnar, Hipertrofia Sinovial, Bandas Fibrosas Constritoras • Trauma • Tumores • Hipertrofia do Tríceps • Ferramentas com vibração prolongada
  • 256. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 256 Síndrome do Canal do Ulnar Etiologia Cont. • Modificações na forma do Túnel Ulnar no Carpo ( redução de 55% do volume) passando de um túnel redondo para um túnel oval com a flexão do cotovelo; • Há significativo achatamento do nervo ulnar com a flexão do cotovelo em aproximadamente 130 graus;
  • 257. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 257
  • 258. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 258
  • 259. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 259 Síndrome do Canal do Ulnar Apresentação Clínica • Entorpecimento (formigamento), dolorimento, sensação de ardência ou queimação nos 4ºe 5º quirodáctilos; • Dormência no dorso da mão ( diferente do Canal de Guyon); • Dor definida no MS, fraqueza e falta de alinhamento da mão; • Perda da manipulação fina; • Atrofia muscular intrínsica;
  • 260. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 260 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 261. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 261 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 262. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 262 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 263. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 263 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 264. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 264 Síndrome do Canal do Ulnar Diagnóstico • História / Exame Físico • Teste de flexão do cotovelo + • Teste de percussão do Túnel Cubital + • EMG / VCN • Alterações sensitivas na distribuíção do Nervo Ulnar
  • 265. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 265 Síndrome do Canal Ulnar ( cotovelo ) Locais possíveis de compressão: Arcada de medial * Digito-percussão positiva no canal ulnar (próximo ao olécrano) * Hipotrofia dos mm. Intrínsecos da maõ ( casos avançados ) * Hipotrofia da Eminência Hipotenar * Alterações da sensibilidade na área do nervo ulnar ( dedos anular e mínimo) * Garra Ulnar * Força de prensão diminuída.
  • 266. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 266 Síndrome do Canal do Ulnar Tratamento • Meta : Paciente funcional; • Tratamento conservador : AINES, tala longa com o braço em extensão; • Fisioterapia ? • Cirurgia ;
  • 267. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 267 Síndrome do Canal do Ulnar Prevenção • Alongamento • Pausas nas tarefas para descanso • Talas (como Prevenção) ??? • Correção postural / Posição do Cotovelo • Mudanças no Posto de Trabalho
  • 268. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 268 Síndrome do Canal do Ulnar Indicações Cirúrgicas • Atrofia muscular intrínseca; • Sintomas neurológicos progressivos; • Falha com o tratamento conservador; • Formação de Garra Ulnar (Sinal de Froment);
  • 269. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 269
  • 270. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 270 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 271. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 271 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 272. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 272 Síndrome do Canal do Ulnar (cotovelo)
  • 273. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 273 Síndrome do Canal de Guyon
  • 274. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 274 Síndrome do Canal de Guyon
  • 275. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 275 Síndrome do Canal de Guyon
  • 276. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 276 Síndrome do Canal de Guyon
  • 277. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 277 Canal de Guyon • Contém a Artéria Ulnar e o Nervo Ulnar; • Não possui tendões no seu interior, como o túnel do carpo;
  • 278. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 278 Síndrome do Canal de Guyon Etiologia • Cisto sinovial • Lesão ocupando espaço • Trauma violento • Palmar longo acessório • Fraturas do gancho do osso Hamato • Artrite inflamatória
  • 279. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 279 Síndrome do Canal de Guyon Apresentação Clínica • Dor na mão ou no antebraço com combinações variadas de fraqueza e parestesias nos 4º e 5º QDDs; neuropatia motora ou sensitiva, ou combinação motora / sensitiva ; • A presença de uma neuropatia combinada motora / sensitiva do nervo ulnar indica que a compressão está proximal ou está no punho no Canal de Guyon antes da divisão do nervo para formar os ramos superficial e profundo;
  • 280. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 280 Síndrome do Canal de Guyon
  • 281. 09/12/2015 281 Síndrome do Canal de Guyon
  • 282. 09/12/2015 282 Síndrome do Canal de Guyon
  • 283. 09/12/2015 283 Síndrome do Canal de Guyon
  • 284. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 284 Síndrome do Canal de Guyon Diagnóstico • (Hx) História + (Px) Exame Físico • EMG + / VCN + • Alterações sensitivas e motoras • Formação de Garra Ulnar / Sinal de Froment • Sinal de Tinel + ???
  • 285. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 285 Síndrome do Canal de Guyon Eletrofisiologia
  • 286. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 286 Síndrome do Canal de Guyon Prevenção • Evitar pressão constante, segurar pêso, pressão repetida na palma da mão ( pistolas de pintura); • Órteses de punho; • Mudanças no posto de trabalho, posição do punho, alinhamento corporal;
  • 287. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 287 Síndrome do Canal de Guyon Tratamento • Meta : Paciente funcional • Conservador: luvas acolchoadas, talas de punho ???, AINES, evitar ações provocativas – trauma violento repetitivo; • Cirurgia
  • 288. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 288 Síndrome do Canal de Guyon Indicações Cirurgicas • Falha da terapia conservadora • EMG + / VCN + • Formação de Garra Ulnar / Sinal de Froment • Alterações neurológicas progressivas
  • 289. figura 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 289
  • 290. 09/12/2015 Dr. José Heitor Machado Fernandes 290 Síndrome do Canal de Guyon
  • 291. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • O punho e a palma são o segundo local mais comum de compressão do nervo ulnar. • Entretanto existem quatro diferentes sítios de lesão no punho, a saber: • - dentro do canal de Guyon • - logo após a saída do canal de Guyon • - na palma lesando o ramo distal motor • - na palma lesando o ramo distal sensorial
  • 292. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • Lesões dentro do canal de Guyon causam fraqueza dos músculos da mão inervados pelo ulnar e perda sensorial na superfície palmar do dedo mínimo e na metade ulnar do dedo anelar, correspondendo ao território do ramo terminal sensorial do nervo ulnar. A região dorsal geralmente é preservada, pois o ramo cutâneo ulnar dorsal não passa pelo canal de Guyon. • Lesões logo após a saída do canal de Guyon preservam o ramo terminal sensorial e não causam sintomas sensoriais. Portanto, esses pacientes apresentam déficit motor de todos os músculos da mão inervados pelo ulnar.
  • 293. LOCAIS DE COMPRESSÃO DO N. ULNAR • Lesões do ramo terminal motor na palma (distal ao osso hamato) causam fraqueza dos músculos tênares inervados pelo ulnar, preservando os músculos hipotenares. • Lesões do ramo terminal sensorial na palma são raras e apresentam apenas sintomas sensoriais na superfície palmar do dedo mínimo e na metade ulnar do dedo anelar.
  • 294. As principais causas de neuropatia ulnar no punho e palma são: • - trauma • - compressões por cistos • - hanseníase • - artrite reumatóide • - anomalias congênitas • - neuropatia hereditária com susceptibilidade a paralisia por compressão • - ciclismo
  • 295. COMPRESSÃO DO N. ULNAR – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • - Neuropatia ulnar na axila • - Neuropatia ulnar no braço • - Neuropatia ulnar no sulco ulnar (Paralisia Ulnar Tardia) • - Neuropatia ulnar no túnel cubital (Síndrome do Túnel Ulnar) • - Neuropatia ulnar no antebraço • - Neuropatia ulnar no punho (Canal de Guyon) • - Neuropatia ulnar na palma • - Radiculopatia C8 e T1 • - Síndrome do desfiladeiro torácico • - Lesão de tronco inferior ou cordão medial do plexo braquial • - Doença do neurônio motor inicial • - Siringomielia
  • 296. DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO DAS NEUROPATIAS ULNARES • O exame de escolha para o diagnóstico das neuropatias ulnares é a eletroneuromiografia. Ela é capaz de localizar a lesão na maioria dos casos, além de definir a severidade. • A condução motora do nervo ulnar é realizada de rotina registrando o músculo abdutor do quinto dedo. Entretanto, em casos suspeitos de neuropatia ulnar o estudo deve incluir estímulos registrando os potenciais no primeiro interósseo dorsal, pois as fibras para o abdutor do quinto dedo e para o primeiro interósseo dorsal podem ser acometidas seletivamente. • O estudo da condução nervosa motora é parte importante da avaliação eletrofisiológica. Alentecimentos no segmento do cotovelo ou bloqueio de condução no cotovelo indicam desmielinização focal e que a compressão está nesse nível.
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  • 298. DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO DAS NEUROPATIAS ULNARES • Quando o estudo da condução nervosa sensorial do nervo ulnar for anormal, devemos estudar o nervo cutâneo antebraquial medial para descartar envolvimento do tronco inferior do plexo braquial, já que esse nervo é ramo direto do plexo braquial e é responsável pela inervação do porção medial do antebraço. • A EMG de agulha deve estudar pelo menos dois músculos distais ao punho inervados pelo ulnar. Nós estudamos o primeiro interósseo dorsal na região tenar e o abdutor do quinto dedo na região hipotenar. Pelo menos um músculo inervado pelo ulnar no antebraço também deve ser estudado (flexor ulnar do carpo ou flexor profundo do IV e V dedos).
  • 299. DIAGNÓSTICO ELETROFISIOLÓGICO DAS NEUROPATIAS ULNARES • Se os músculos inervados pelo ulnar forem anormais, devemos estudar músculos não inervados pelo ulnar e inervados por C8-T1 e tronco inferior do plexo braquial (abdutor curto do polegar, extensor próprio do indicador, flexor longo do polegar) para descartar a possibilidade de lesões nesses pontos. • Se qualquer músculo não inervado pelo ulnar e inervado por C8-T1 ou tronco inferior do plexo braquial for anormal, devemos estudar os músculos paraespinhais para diferenciar entre plexopatia e radiculopatia.
  • 300. EXAME FÍSICO DO N. ULNAR • - Força Muscular • - músculos intrínsecos da mão (Nervo ulnar) • - abdução do quinto dedo (Nervo ulnar) • - flexão ulnar do punho (Nervo ulnar) • - flexão da falange distal do IV e V dedos (Nervo ulnar) • - abdução e oponência do polegar (N. mediano) • - flexão da falange distal do I e II dedos (N. interósseo anterior) • - extensão do indicador (N. interósseo posterior) • - Sinal de Wartenberg ou sinal de Froment? • - Reflexos • - bicipital • - tricipital • - estilorradial • - Atrofia • - interósseos dorsais • - hipotenares • - mão em garra? • - Perda sensorial • - ramo cutâneo dorsal • - ramo cutâneo palmar • - ramo terminal sensorial Fonte: http://www.emglab.com.br/index.html
  • 302. Radiologia Convencional ou Radiografia Simples ou Raio X Simples Musculoesqauelético • Radiografia da coluna cervical • Radiografia da coluna torácica • Radiografia da coluna lombar • Radiografia de tórax • Radiografia do ombro • Radiografia do cotovelo • Radiografia do antebraço • Radiografia do punho • Radiografia da mão • Radiografia do abdômen • Radiografia da bacia (pelve) • Radiografia do quadril Fonte: info-radiologie.ch • Radiografia do joelho • Radiografia do tornozelo • Radiografia do pé
  • 303. RM Musculoesquelética • Ressonância Magnética de ombro • Ressonância Magnética do cotovelo • Ressonância Magnética do quadril • Ressonância Magnética da coxa • Ressonância Magnética do joelho • Ressonância Magnética do tornozelo • TC Musculoesquelética • Tomografia Computadorizada do Tornozelo e do Pé Fonte: info-radiologie.ch