1. D.H Lawrence
David Herbert Lawrence (1885-1930) ainda adolescente, começou a escrever. Alguns dos seus
livros foram proibidos por obscenos. Lawrence sentia-se incompatível com a atmosfera da
Inglaterra pós vitoriana. Ao atingir a idade da razão decidiu sair do país natal e a maior parte da
sua breve existência foi vivida longe do Reino Unido. Na Alemanha apaixonou-se pela baronesa
Frieda Rrichtoffen, seis anos mais velha do que ele, acabou morrendo por complicações de
A obra tem como pano de fundo a Revolução
Mexicana de 1910.
Em 1910, o México se deparava sobre o governo de
Porfírio Diaz que estabelecia uma ditadura no país.
As classes não burguesas eram obrigadas a adotar
idéias da burguesia norte-americana.
Com o slogan “Tierra y Liberdad”, foi responsável por
importantes mudanças no México, além de ter sido a
primeira das grandes revoluçõesdo século XX.
A obra possui características do modernismo, uma vez
que retrata a situação social da época, seus problemas
seus jeitos, e sua contra vontade e situações ligadas a
ciência, o que fazem a obra ser ligada ao modernismo.
Kate Leslie, uma viúva irlandesa de 40 anos se vê envolta
num místico desconhecido ao conhecer no México Dom
Ramon e Dom Cipriano, líderes de culto clandestino ao
deus asteca Quetzalcoatl. Apesar de seus muitos
preconceitos contra a cultura e origem mexicana, á
medida que vai se envolvendo a Cipriano, Ramon e todo o
contexto e ascensão de seu estranho culto, Kate se depara
com um conflito que pode envolver a queda de sua
liberdade moral, mas ao mesmo tempo pode significar o
fim do marasmo de sua depressiva existência.
O chamado da aventura: A convocação do destino e
transferência da heroína do centro da sociedade para
uma região desconhecida, repleta de tesouros e “perigos”.
O encontro com o desconhecido: As emoções
repulsivas da heróina ao mundo primitivo do México
iniciam-se logo no primeiro contato com o desconhecido.
A busca pela identidade feminina: o despertar da
consciência abre os olhos da heroína entre o que ela é e o
vir-a-ser. Não obstante estar mergulhada em um
turbilhão de conflitos, Kate sabia que “era preciso
renascer.
A busca pelo divino: A busca pelo divino corre
paralela à psicológica empreendida pelo ego. Tal busca
metaforiza os processos psicológicos do caminho da
individuação e busca identitária.
Subtemas: Anticapitalismo; Antiamericanismo;
Romantismo; Nacionalismo; Etnocentrismo; Racismo;
Xenofobia.
A obra é dividida em 27 capítulos
Cada capítulo possui de 10 a 25 páginas
A obra possui estrutura linear (Início – Meio – Fim)
(sem flashbacks)
- Introdução: (capítulo 1 ao capítulo 3)
- Quebra da rotina/ novos ares: (capítulo 4 ao capítulo 6)
- Início da trama: (capítulo 7 ao capítulo 14)
- Desenvolvimento da trama: (capítulo 15 ao capítulo 18)
- Ponto de virada: (capítulo 19 ao capítulo 20)
- Consequências do ponto de virada: (capítulo 21 ao
capítulo 24)
- Resoluções: (capítulo 25 ao capítulo 27)
Nota-se que há usos de palavras de origem espanhola ao decorrer da
obra, tais como : alacrán, revozo,serape, maguey.
A linguagem empregada na obra é altamente descritiva com uso significativo de
adjetivação e comparação.
2. O anti-americanismo retratado na obra pelos mexicanos, visto que estavam em transição a uma revolução. O
preconceito de alguns personagens em relação aos mexicanos, o que se pode trazer para o mundo atual com a aversão
de outros países a América latina.
É válido ressaltar que devemos respeitar todas as pessoas e suas culturas e religiões sem menosprezar, não somos
obrigados a aceitar e ter o mesmo conceito para nossas vidas. No entanto temos que não devemos julgar nenhum
indivíduo pela roupa que está vestindo tampouco julgar sua religião, visto que a beleza é relativa, o que pode ser belo
para mim, pode não ser para outra pessoa. O mesmo acontece com os fatores religiosos e culturais.
É válido ressaltar que devemos respeitar todas as pessoas e suas culturas e religiões sem menosprezar, não somos
obrigados a aceitar e ter o mesmo conceito para nossas vidas. No entanto temos que não devemos julgar nenhum
indivíduo pela roupa que está vestindo tampouco julgar sua religião, visto que a beleza é relativa, o que pode ser belo
para mim, pode não ser para outra pessoa. O mesmo acontece com os fatores religiosos e culturais.
LAWRENCE, D. H. A Serpente Emplumada. Tradução de Aurea Weisenberg. São Paulo: Editora Campos, 1987.
CARDOSO, Ana Maria Leal. O mito da serpente em D. H. Lawrence. Universidade Federal de Sergipe. Maringá, 2018.
3. Narrador em terceira pessoa.
Onisciente, descritivo.
PRIMÁRIOS: SECUNDÁRIOS:
Kate Leslie (o)
General Cipriano (o)
Dom Ramón (o)
Sra. Norris (-)
Owen (-)
Dona Carlota (-)
Teresa (-)
Juana (-)
Kate Leslie - Padrão arqueótipo da mulher medial.
Owen e Dom Jamón – símbolos do anticapitalismo.
Dom Ramón também representa o antiamericanismo.
Enquanto Owen representa a face do descobridor.
Tereza – a mulher passiva e submissa.
Dona Carlotta – Símbolo da cristã tradicional e
conservadora.
O espaço da obra se mostra predominantemente aberto,
por se passar na Cidade do México, e mostrar os locais
onde os personagens realizam os rituais ao deus
Quetzácoatl . O ambiente da obra transmite algo mítico,
desconhecido e violento. Também são retratadas tensão e
inquietude em relação aos mexicanos e a cidade.
Kate, Owen e Villers vão à tourada
Kate Conhece Dom Cipriano
Os Kate, Villers e Owen são convidados ao chá na casa da Senhora Norris em que Cipriano e um certo Dom Ramon também
foram convidados.
Kate, Owen e Villers excursionam por uma universidade no México.
Há um jantar com Dom Ramon e ele os convida a ir a Sayula
Quando Owen retorna aos Estados Unidos, Kate decide ir a Sayula por um tempo.
Kate se hospeda numa casa perto do lago sob os cuidados de Juana e sua família
Certo dia ela ouve tambores tocando, vai averiguar e se depara com o ritual ao deus Quetzalcoatl
Fala-se que Ramon estaria por trás dos novo ritual que estaria surgindo
Em conversas com Dom Ramon, Kate descobre que Ramon era sim responsável pelos rituais
Ela confidencia que ele deseja se tornar um deus, a reencarnação da
Serpente Emplumada
Ramon convida Kate para jantar em sua casa, ela conhece sua esposa, Carlota. Cipriano também está lá.
Há Naquela noite há uma dança no pátio. Don Ramón promete que os deuses renascidos trarão nova vida ao país.
Recusando-se a testemunhar as heresias de seu marido, como as chama, Doña Carlota retorna à Cidade do México. Enquanto
isso, o trabalho dos homens de Quetzalcoatl continua.
Em suas visitas, Cipriano pede a Kate que se case com ele, ela o expulsa
Ramon escreve hinos para Quetzalcoatl e os soldados de Cipriano os distribuem pela cidade constantemente.
O clero de Jamiltepec não está satisfeito com Dom Ramon
um grupo de inimigos políticos e religiosos de Don Ramón, disfarçados de bandidos, ataca Jamiltepec e tentan assassinar Don
Ramón, mas ele é salvo por Kate e seus criados
Kate está cada vez mais envolvida e intrigada pelos feitos de dom Ramon e seu credo
Cipriano acredita que ele é o Huitzilopochtli Redivivo, deus da guerra.
Kate cede ao pedido de Casamento de Dom Cipriano
Don Ramón casa-os com ritos pagãos e Kate torna-se Malintzi, noiva do deus das batalhas de facas vermelhas
Don Ramón reabre a igreja, que ele havia convertido em santuário dos antigos deuses astecas
Ramon realiza um ritual declarando-se Quetzalcoatl Redivivo
Em meio a um Ritual Carlota reaparece em meio à multidão protestando contra a heresia de seu marido, porém é vitima de um
derrame e morre pouco tempo depois
Cipriano realiza um ritual junto a Ramon e Kate declarando-se Huitzilopochtli redvivo, deus da faca. Nos ritos de sua suposição,
ele sacrifica três dos prisioneiros capturados após o ataque a Don Ramón
Kate fica horrorizada durante o ritual de Cipriano e a partir daí começa a questionar suas decisões
Algum tempo se passa, Ramon casa-se novamente com Teresa, uma mulher mais nova e orgulhosa de usa submissão
Teresa entra em conflito com Kate fazendo-a questionar-se sobre a troca de sua identidade e liberdade por algum frescor de
aventura e importância
Por conta da pressão feita por Ramon, Cipriano e seus seguidores, O presidente do México declara a Igreja fora da lei, e a fé de
Quetzalcoatl se torna a religião oficial da república.
Kate vê esses acontecimentos com uma sensação de horror. O orgulho e a força dos antigos deuses parecem ameaçar seu espírito
e sua feminilidade. Ela decide voltar para a Irlanda.
Mas antes, Kate casa-se com Cipriano e passa a viver em Villa Aragón
Kate sente-se presa a Ramon e Cipriano, por mais que tenha perdido sua liberdade, sente que destruiu o marasmo em sua
existência. A atração de Cipriano é mais forte que sua sensibilidade europeia, ela se sente desejada, mas não necessária. A
necessidade, ela percebe, é dela mesma, não de Cipriano.
Kate decide Ficar