O documento discute o rastreamento do câncer de mama por meio de mamografia no Brasil. Apesar de ser oferecido gratuitamente pelo SUS, fatores socioeconômicos como renda, escolaridade e localização dificultam o acesso para algumas mulheres. A taxa de mortalidade por câncer de mama é alta no país e varias regiões apresentam desigualdades no acesso aos exames. A pandemia também impactou a realização de exames diagnósticos.
1. TRABALHO DE MAMOGRAFIA
•Condicionantes socioeconômicas e
acesso
• Affonso Celso
• David Azulay
• Gustavo Silva
• Luã Gomes
• Natan Levi
• Rafaela Fonseca
• Rychard Candido
• Rubihelton Kobi
• Vinícius Carmanini
• Vinícius Rodrigues
• Yasmin Meire
2. A MAMOGRAFIA É O PRINCIPAL EXAME DE RASTREAMENTO
DO CÂNCER DE MAMA. OS PROCEDIMENTOS DE
RASTREAMENTO PARA CÂNCER DE MAMA SÃO ESSENCIAIS
PARA A DETECÇÃO PRECOCE DA DOENÇA.
3. APESAR DE SER UM EXAME OFERECIDO
GRATUITAMENTE PELO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS), EXISTEM FATORES SOCIAIS E
ECONÔMICOS QUE DIFICULTAM O ACESSO AO
EXAME POR PARTE DE ALGUMAS CAMADAS
SOCIAIS.
• Renda familiar;
• Nível de escolaridade;
• Questões raciais e preconceitos;
• Localização de moradia /
localização da realização de
exame.
4. TAXA DE
MORTALIDADE
• Os dados referentes a taxa de
mortalidade no Brasil
preocupam, pois mesmo não
sendo o câncer que mais
acomete as mulheres (esse
título fica com o câncer de
pele não melanoma), o câncer
de mama é o que mais mata a
população feminina no país.
5. OS DADOS NO SITE DO INCA SÃO RECENTES, DE 2019, É
MOSTRAM UMA PORCENTAGEM DE 16,1% DO TOTAL DE
MORTALIDADE EM MULHERES POR CÂNCER DE MAMA,
SE COMPARADOS A OUTROS TIPOS DE CÂNCER
16.1
83.9
Mortalidade por Câncer de Mama em comparação a outros tipos de câncer
BRASIL
Câncer de Mama Outros tipos de câncer
6. 13.2
86.8
Região Norte - Câncer de mama
em 2º lugar em câncer que mais
mata mulheres.
16.9
83.1
Região Sudeste - Câncer de
mama em 1º lugar em câncer
que mais mata mulheres.
16.5
83.5
Região Centro-Oeste - Câncer
de mama em 1º lugar em
câncer que mais mata mulheres.
15.6
84.4
Região Nordeste - Câncer de
mama em 1º lugar em câncer
que mais mata mulheres.
15.4
84.6
Região Sul - Câncer de mama
em 1º lugar em câncer que mais
mata mulheres.
Câncer de Mama
Outros tipos de
câncer
7. AINDA SEGUNDO OS DADOS DO
INCA, AMPARADOS PELO
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE
MORTALIDADE (SIM) E O IBGE, A
TAXA DE MORTALIDADE POR
CÂNCER DE MAMA AUMENTA
PROGRESSIVAMENTE DE
ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA.
HÁ UM AUMENTO SIGNIFICATIVO
NO NÚMERO DE MORTES A
CADA 100.000 MULHERES NAS
FAIXAS ETÁRIAS DE 60 A 69
ANOS, 70 A 79 ANOS E 80 ANOS A
MAIS. (INCA, 2021).
8. QUESTÕES DE
ACESSO
• As desigualdades de saúde
refletem as desigualdades mais
abrangentes na sociedade.
Raça, posição socioeconômica
e gênero influenciam a saúde
dos brasileiros por meio de
diferentes relações e com
magnitudes diversas a
depender da pergunta que se
deseja responder. (CHOR, 2013)
Drª Dóra Chor
9. DADOS DE RENDA
PER CAPITA
61.6
66.2
74.2
79.5
88.2
94.2
38.4
33.8
27.8
20.5
11.8
5.8
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Até R$104 R$104 a 208 R$208 a 415 R$415 a 830 R$830 a 1245 R$1245 ou
mais
Regiões Metropolitanas.
Fizeram Mamografia?
SIM NÃO
Dados das cidades metropolitanas
analisados: São Paulo, Salvador, Rio de
Janeiro, Recife, Porto Alegre,
Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte e
Belém.
10. SEGUNDO OS DADOS DAS
PESQUISAS POR CADA REGIÃO
METROPOLITANA ANALISADA
SEPARADA, HOUVE UMA
DISCREPÂNCIA POR REGIÃO,
MOSTRANDO QUE O ACESSO É
MAIS FACILITADO NAS REGIÕES
SUDESTE E SUL, DO QUE NAS
REGIÕES NORTE E NORDESTE.
76
71
57
46
39
96
93
94
89
91
SÃO PAULO CURITIBA RECIFE BÉLEM FORTALEZA
COMPARAÇÃO ENTRE SÃO PAULO E CURITIBA COM
CIDADES METROPOLITANAS DO NORTE E NORDESTE
FIZERAM MAMOGRAFIA? SIM
Menor renda - até R$104 Maior renda - R$1245 ou mais
11. DADOS DE NÍVEL
DE ESCOLARIDADE
• O mesmo tipo de relação
sobre renda per capita
foi encontrado se
analisados dados de
escolaridade nas regiões
metropolitanas.
Conjunto das Regiões Metropolitanas
Por Nível Escolar. Fizeram Mamografia?
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
< 1 ano de estudo
= ou > que 15 anos de estudo
65
94
35
6
SIM
NÃO
13. PROBLEMAS COM A
DISTÂNCIA DE MORADIA
/ DISTÂNCIA DO LOCAL
DO EXAME
• Mulheres residentes em região
metropolitana tinham mais de
três vezes a chance de serem
submetidas ao exame de
mamografia do que as de área
rural, enquanto para as que
moravam em área urbana, a
chance era em torno de duas
vezes maior. Essa diferença
manteve-se constante entre os
anos de 2003 e 2008.
14. QUESTÕES RACIAIS E
PRECONCEITOS
• Segundo dados apresentados na Câmara dos Deputados em
20/11/2013, “de acordo com a secretária de Ações Afirmativas da
SEPIR, Ângela Nascimento, 41,5% das mulheres negras com mais
de 40 anos nunca fizeram mamografia contra 26,7% das mulheres
brancas com a mesma idade. A desigualdade se estende a outros
exames.
15. OS DADOS SE TORNAM
MAIS ALARMANTES SE
OBSERVARMOS QUE
70% DOS USUÁRIOS
DO SUS SÃO NEGROS.
16. MELHORAS NO
NÚMERO DE
MAMOGRAFIAS
• Houve significativa expansão da
cobertura de mamografia, entre
2003 e 2008 consideradas as
mulheres acima de 25 anos que
referiram alguma vez terem feito
o exame. Dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD).
17. • Outubro Rosa é
um movimento
internacional,
que acontece no
mês de outubro
em
conscientização
a prevenção e
detecção
precoce do
câncer de mama.
18. A CAMPANHA TEVE INÍCIO EM 1990.
TOMOU FORÇA APÓS O CONGRESSO AMERICANO RECONHECER
NACIONALMENTE QUE OUTUBRO SERIA O MÊS DA PREVENÇÃO
CONTRA O CÂNCER DE MAMA.
CORRIDA PELA CURA (RACE FOR THE CURE), REALIZADA EM NOVA
YORK, EM 1991.
NO BRASIL FOI EM 02 DE OUTUBRO DE 2002 FOI ILUMINADO O
MONUMENTO MAUSOLÉU DO SOLDADO CONSTITUCIONALISTA (MAIS
CONHECIDO COMO OBELISCO DO IBIRAPUERA) NA CIDADE DE SÃO
PAULO.
EM 2008, INSTITUTO NEO MAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE AO
CÂNCER DE MAMA ILUMINA A FORTALEZA DA BARRA EM SANTOS – SP.
MOVIMENTO SE TOMOU FORÇA A PARTIR DE 2008, COM CORRIDAS,
CAMPANHAS E ILUMINAÇÃO DE MONUMENTOS PÚBLICOS EM
DIVERSAS CIDADES E LOCAIS DO MUNDO.
Race for the Cure
Obelisco do Ibirapuera
Cristo Redentor
19. COMO A PANDEMIA
DO COVID-19 AFETOU
OS EXAMES?
• Desde março de 2020, mais de 30
milhões de procedimentos
médicos e ambulatoriais do SUS
deixaram de ser realizados. Entre
os procedimentos cancelados,
estima-se que 16 milhões teriam
finalidade diagnóstica, o que
afetou diversas mulheres que
deveriam fazer o
acompanhamento de casos de
câncer de mama. (ESTADÃO,
2021).