1. Conto de fadas para Mulheres Modernas
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima
que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava
de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo
e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e
eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num
belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar
conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e
viveríamos felizes para sempre… …
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um
cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: – Eu, hein?…
nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo)
Interpretação de Texto:
1-A princesa possui uma atitude típica das heroínas de contos de fada? Explique?
2.Em um conto de fada clássico, qual seria o desfecho desse conto?
3-Qual o conceito de “Felizes para sempre” para o príncipe?
4-Em sua opinião, qual o conceito de felicidade na visão da princesa?
5-Quais adjetivos são usados para definir a princesa? Esses adjetivos condizem com a atitude que ela
toma no fim do conto? Justifique.
6-O título do texto nos dá ideia do que encontraremos nesse conto? Caso sim, explique qual a posição
da mulher moderna?
7-Qual o dito popular que define melhor a ideia central do conto de Luís Fernando Veríssimo?
(a) Melhor um na mão do que dois voando.
(b) Sempre existe um sapato velho para um pé doente.
(c) Antes só do que mal acompanhada.
(d) Quem ama o feio bonito lhe parece.
(e) Quem cospe para cima na cara lhe cai.
Rachel de Queiroz.
Nasceu no ano de 1910, e faleceu em 2003.
Escritora e Jornalista cearense, estreou O Quinze (1930), documentário sócio-regional que
ajudou a consolidar a ficção nordestina moderna. Seus romances, que têm como pano de fundo os
problemas geográficos e sociais da sua região natal, centralizam a sua temática em torno da posição da
mulher na sociedade moderna.
Uma das maiores qualidades da autora é a profundidade e a acuidade com que retrata a alma
feminina, abordando seus sentimentos e contradições com uma psicologia refinada. Escreveu, entre
outros, os romances Três Marias (1939), Dora, Doralina (1974), Memorial de Maria Moura (1992). Justa
Homenagem: Em setembro de 1997, a revista Cadernos de Literatura Brasileira se dedicou à obra da
romancista Raquel de Queirós, a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.
Lygia Fagundes Telles (1923)
Nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Seu interesse pela literatura começou na
adolescência. Com 15 anos escreveu seus primeiros contos “Porão e Sobrado”. Formou-se em Direito e
em Educação Física.
Em 1944, estreou oficialmente na literatura com a publicação do livro de contos “Praia Viva”.
Segue em contínua produção de romances e contos, entre eles, “O Cacto Vermelho” (1949), “Ciranda
de Pedra” (1955), “Verão no Aquário” (1964) e “As Meninas” (1973), ambos receberam o Prêmio Jabuti,
da Câmara Brasileira do Livro, em 1965 e 1974, respectivamente, “A Disciplina do Amor” (1980),
“Mistérios” (1981) e “Passaporte para a China” (2011).
A obra de Lygia Fagundes Telles, com características pós-modernistas, apresenta um universo
marcadamente feminino, embora comprometida em documentar a difícil condição de vida de uma
sociedade frágil na educação e saúde. Em 1954, foi eleita para a cadeira n.º 16 da Academia Brasileira
2. de Letras. Em 2005, recebeu o Prêmio Camões, pelo conjunto de sua obra, que lhe foi entregue durante
a VIII Cúpula Luso-brasileira, realizada na cidade do Porto em Portugal.
Cecília Meireles
Foi uma grande escritora brasileira nascida no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do rio de
janeiro. Órfã de pai e mãe, Cecília Meireles foi criada pela avó, Dona jacinta. Cecília Meireles é um dos
grandes nomes da literatura brasileira. Além de poetisa, ela foi também professora e jornalista, sendo
estas profissões muito valorizadas por ela. Muitos são os que conhecem a sua contribuição
na literatura, porém, poucos sabem que ela também foi a fundadora da primeira biblioteca infantil de
todo o território brasileiro, assim como atuou, já depois de aposentada, em uma rádio: a Rádio
Ministério da Educação.
Entre as suas principais e mais revolucionárias obras podemos destacar o “Romance da
Inconfidência”, o “Ou isto ou aquilo” e “A Viagem”, sendo esses livros que realmente marcaram a sua
carreira. Com o último desses, a autora ganhou ainda
renomado Prêmio de Poesia, da Academia Brasileira de Letras. O conjunto de tais obras também
concedeu à poetisa o Prêmio Machado de Assis.
Clarice Lispector
Foi uma das mais célebres escritoras brasileiras de todos os tempos e uma das autoras de maior
sucesso na internet ainda hoje, mesmo depois de décadas da sua morte. Clarice Lispector, na verdade,
nasceu em 10 de dezembro , na cidade de Tchetchelnik (Ucrânia), com o nome Haia Lispector;
Enquanto brasileira, declarava-se pernambucana, já que morou no estado desde os 2 anos de idade. A
autora morreu em 1977 no Rio de Janeiro. Suas principais obras foram “Perto do Coração Selvagem”,
“Laços de Família” e “Felicidade Clandestina”, entre diversas outras.Clarice chamou a atenção em sua
época, especialmente, devido à sua peculiaridade. Seus textos, ensaios, peças teatrais, crônicas e
contos falavam de fatos simples do cotidiano, mas com uma visão muito diferenciada de uma mulher
que nunca teve medo de “sentir demais” e que discorria sobre temas como amor, traição, amizade e
liberdade, entre outros, com uma sutileza difícil de se encontrar.