1. O documento discute o dimensionamento de sistemas de irrigação por aspersão, incluindo a coleta de dados necessários e cálculos hidráulicos para dimensionar linhas laterais, principais, de recalque e sucção.
2. São apresentados passos para o dimensionamento agronômico e operacional, como cálculo da lâmina líquida necessária e escolha do aspersor.
3. São detalhados os cálculos para dimensionar a linha principal usando a equação de Hazen-Williams e a fórmula de Bresse,
Dimensionamento de sistema de irrigação por aspersão
1. Disciplina: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
Prof. Dr. Robson Prucoli Posse
1
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO: DIMENSIONAMENTO
Considerações sobre o sistema de irrigação por Aspersão Convencional:
Levantamento de dados para Dimensionamentos.
Na elaboração de um projeto de irrigação é necessário observar parâmetros e
critérios técnicos agronômicos e de engenharia de irrigação como:
• condições do clima;
• cultura (necessidade hídrica, profundidade sistema radicular,
evapotranspiração);
• água disponível (quantidade, qualidade);
• solo (VIB, CC, PM, densidade do solo);
• topografia da área;
• equipamento de irrigação escolhido;
• disponibilidade de energia (elétrica, diesel);
• custos (viabilidade econômica); e
• sustentabilidade.
O cálculo hidráulico possibilita o dimensionamento das linhas laterais,
principais, de recalque, sucção e o conjunto motobomba. É realizado para que as
condições ideais de funcionamento sejam atendidas.
A disposição do sistema no campo deve ser de forma a equilibrar pressões,
diminuir a exigência de potência da motobomba e aproveitar a declividade do terreno
como ganho de pressão, caso seja possível.
• Localização da fonte de água:
o Deve-se deixar o sistema o mais próximo possível da fonte de água.
• Tamanho e forma da área:
o Áreas muito extensas devem ser, na medida do possível, subdivididas
para baratear o projeto;
o A área deve ter forma quadrada ou retangular para facilitar o transporte
das linhas laterais.
• Direção e comprimento das linhas laterais:
o As linhas laterais devem ser instaladas acompanhando a curva de nível
e de plantio, na direção perpendicular à maior declividade do terreno e,
se possível perpendicular à direção predominante dos ventos, como
forma de melhor compensar os efeitos do arraste da água.
o O comprimento da linha lateral é limitado pela dimensão da área e pelo
limite de perda de carga (20% da pressão de serviço do aspersor).
OBS: O comprimento da linha lateral deve ser definido de forma que a perda de
carga na linha lateral seja de no máximo 20% da PS do aspersor, o que
proporcionará uma variação de 10% na vazão entre os aspersores da linha
lateral.
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• Direção e comprimento da linha principal:
o Deve ser instalada no sentido da maior declividade, ao longo de toda a
área, normalmente dividindo a área simetricamente no meio.
OBS: o fato de colocar a linha principal no meio da área possibilita que a linha
lateral tenha menor comprimento, o que uniformiza a distribuição de água.
Distribuições mais comuns em campo:
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Dimensionamento Agronômico e Operacional:
1º Passo: Cálculo da IRN (lâmina líquida), ITN (lâmina bruta), Turno de rega (TR) e
período de irrigação (PI).
2º Passo: Escolha do Aspersor.
OBS: é importante ressaltar que o projetista pode optar pelo modelo cuja intensidade
de aplicação gere um tempo de irrigação compatível com as necessidades da
propriedade, ou seja, que implique o fato de que as mudanças ocorrem no momento
adequado e que potencializem o tempo de irrigação do sistema. Talvez a escolha do
aspersor permite menores mudanças de posição, viabilizando irrigações noturnas.
3º Passo: Calcular o tempo de irrigação (Ti):
𝑇𝑖 =
𝐼𝑇𝑁
𝐼𝑎
4º Passo: Tempo necessário por posição (TNP):
Quanto tempo será gasto para irrigar determinada posição mais o tempo para
desmontá-lo, transportá-lo e montá-lo na próxima a ser irrigada.
TNP = Ti + Tmud
5º Passo: Número de posições na linha de derivação (NPLD):
𝑁𝑃𝐿𝐷 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙
𝑇𝑁𝑃
= 𝑝𝑜𝑠𝑖çõ𝑒𝑠/𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎/𝑑𝑖𝑎
6º Passo: Número total de posições (NTP), na linha principal:
Neste caso, divide-se o comprimento da área (L) pelo espaçamento entre linhas dos
aspersores (ELL) e multiplica-se por 2, já que a linha principal passará pela área,
dividindo-a ao meio.
𝑁𝑇𝑃 =
𝐿
𝐸𝐿𝐿
× 2
7º Passo: Número de posições irrigadas por dia (NPID):
𝑁𝑃𝐼𝐷 =
𝑁𝑇𝑃
𝑃𝐼
8º Passo: Número de linhas laterais (NLL):
𝑁𝐿𝐿 =
𝑁𝑃𝐼𝐷
𝑁𝑃𝐿𝐷
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9º Passo: Dimensionamento Hidráulico.
A) O Critério utilizado para o dimensionamento da Linha Principal, Recalque
e Sucção é baseado na velocidade média de escoamento em condutos
forçados (na faixa de 1 a 2 m/s). Em geral, trabalha-se com velocidade de 1,5
m/s.
O cálculo do diâmetro e efetuado utilizando-se a equação da continuidade:
𝑄 = 𝐴 . 𝑉
𝑄 =
𝜋𝐷2
4
. 𝑉
𝐷 = √
4. 𝑄
𝜋. 𝑉
𝑉 =
4. 𝑄
𝜋. 𝐷2
ou, usando a equação de
Hazen-Williams:
V = 0,355 x C x D0,663
x J0,54
Q = 0,2788 x C x D2,63
x J0,54
Q = vazão da linha principal, m3
/s.
A = área da seção interna da tubulação, m2
.
V = velocidade de escoamento, m/s.
D = diâmetro interno da tubulação, m.
J = perda de carga unitária, m/m.
C = coeficiente de Hazen-Williams, adimensional.
Como valores médios de C pode-se citar: Ferro fundido (C = 100); Aço galvanizado (C = 125);
Aço zincado (C = 130); Alumínio (C = 130); PVC (C = 150).
J =
852
,
1
63
,
2
2788
,
0
D
C
Q
ou J = 6,806.
1
𝐷1,17
. (
𝑉
𝐶
)
1,852
ou J = 10,646.
1
𝐷4,87
. (
𝑄
𝐶
)
1,852
A perda de carga (hf) é calculada utilizando-se a equação de Hazen-Williams:
hf = J . L
ℎ𝑓 = 10,646 . (
𝑄
𝐶
)
1,852
.
𝐿
𝐷4,87
hf = perda de carga ao longo da linha, mca.
Q = vazão da linha principal, m3
/s.
C = coeficiente de rugosidade, adimensional.
L = comprimento da linha, m.
D = diâmetro da tubulação, m.
Estipulando o valor do diâmetro (D) pela Fórmula de Bresse:
Quando o sistema está em funcionamento contínuo, ou seja, 24 horas por dia:
D = k. Q p/ (Q m3
/s e D m)
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O valor de K representa um balanço entre gastos com investimentos, e gastos
com operação de instalação, ou seja, custo operacional, podendo assumir valores
entre 0,8 a 1,3. O valor de K está relacionado diretamente com a velocidade de
deslocamento:
𝑄 = 𝐴 . 𝑉
𝑄 =
𝜋𝐷2
4
. 𝑉
𝑄 =
𝜋(𝑘. √𝑄)
2
4
. 𝑉
𝒌 =
𝟐
√𝝅. 𝑽
Velocidades recomendadas e correspondentes valores de k:
Quando o sistema está em funcionamento intermitente ou não contínuo por dia:
Conforme fórmula da ABNT (NB-92/66): FÓRMULA DE FORCHHEIMMER
𝐷 = 1,3 . (
𝑇
24
)
0,25
. √𝑄
Onde,
T = horas de funcionamento da bomba por dia, horas.
Após a estimativa do diâmetro, utilizar o que admite velocidade permitida de
escoamento (1 a 2 m/s).
O dimensionamento da linha de recalque será idêntico ao da linha principal. De
forma prática, utiliza-se o mesmo diâmetro da linha principal. Caso a linha principal
tenha mais de um diâmetro, utiliza-se na linha de recalque, o mesmo diâmetro do
primeiro trecho da linha principal, ou seja, o de maior diâmetro.
Para o dimensionamento da sucção, basta utilizar um diâmetro comercial acima
do diâmetro da linha de recalque.
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Exemplo:
Comprimento da linha principal (L): 120 m
Material: PVC (C=150)
Vazão na linha lateral (QLL): 6,7 l/s = 0,0067 m3
/s.
Número de linhas laterais: 1
Considerar velocidade de escoamento de 1,5 m/s.
• Cálculo do diâmetro da linha principal:
𝐷 = √
4. 𝑄
𝜋. 𝑉 𝐷 = √
4 .0,0067
3,14 . 1,5
= 0,075 𝑚 = 75𝑚𝑚 (3")
• Cálculo da perda de carga na linha principal:
ℎ𝑓 = 10,646 .(
𝑄
𝐶
)
1,852
.
𝐿
𝐷4,87
ℎ𝑓 = 10,646 .(
0,0067
150
)
1,852
.
120
0,0754,87
= 3,37 𝑚𝑐𝑎
B) Hidráulica e dimensionamento da Linha Lateral.
No dimensionamento da linha lateral, devem-se oferecer as condições
adequadas, e homogêneas, para o funcionamento dos aspersores.
OBS: permitir uma variação de pressão, ao longo da linha lateral, de no máximo
20% da pressão de serviço (PS) do aspersor, o que corresponde a uma variação
de vazão de no máximo 10% da vazão média dos aspersores.
CRITÉRIO: A perda de carga total (hf) ≤ ΔPS = 0,2 x PS
Como a variação de pressão é determinada pelo somatório da perda de carga
e pelo desnível (positivo ou negativo):
ΔP = hf ± Dn
✓ Linha lateral em nível (Dn=0):
ΔP = hf = 20%PS = (0,20 x PS)
✓ Linha lateral em declive:
ΔP = hf – Dn
hf = ΔP + Dn
hf = (0,20 x PS) + Dn
✓ Linha lateral em aclive:
ΔP = hf + Dn
hf = ΔP – Dn
hf = (0,20 x PS) – Dn
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Dimensionamento do diâmetro da linha lateral:
A equação normalmente utilizada é a de Hazen-Williams:
ℎ𝑓′
=
ℎ𝑓
𝐹 𝐹 =
1
𝑚 + 1
+
1
2 . 𝑁
+
√𝑚 − 1
6 . 𝑁2
Em que:
F = fator de múltiplas saídas;
m = expoente da vazão na equação de perda de carga (Hazen-Williams, m = 1,852);
N = número de saídas (número de aspersores na linha lateral).
𝑁 =
𝐿
𝐸𝐴
Em que:
N = número de aspersores na linha lateral;
L = comprimento da linha lateral, m;
EA = espaçamento entre aspersores, m.
Tabela 1 - Fator F de Christiansen
Número de
saídas
F Número de
saídas
F
1 1,000 16 0,382
2 0,639 17 0,380
3 0,535 18 0,379
4 0,486 19 0,377
5 0,457 20 0,376
6 0,435 22 0,374
7 0,425 24 0,372
8 0,415 26 0,370
9 0,409 28 0,369
10 0,402 30 0,368
11 0,397 35 0,365
12 0,394 40 0,364
13 0,391 50 0,361
14 0,387 100 0,356
15 0,384 ˃100 0,351
A perda de carga fictícia ( hf ’) é calculada com o objetivo de ajustar a equação
de Hazen-Williams para o cálculo de perda de carga em tubulações com múltiplas
saídas (provocadas pelos aspersores).
𝐷 = [10,646 . (
𝑄
𝐶
)
1,852
.
𝐿
ℎ𝑓′
]
1
4,87
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8
Dimensionamento da Linha Lateral com dois diâmetros:
𝑳𝟐 = [
(
𝑫𝟏
𝑫
)
𝒏
− 𝟏
(
𝑫𝟏
𝑫𝟐
)
𝒏
− 𝟏
]
𝟏
𝒎+𝟏
. 𝑳
Onde:
D = diâmetro não comercial encontrado, utilizando o limite de hf;
D1 = diâmetro comercial imediatamente superior à D;
D2 = diâmetro comercial imediatamente inferior à D;
L = comprimento total da tubulação, m;
L2 = comprimento do trecho da tubulação com Diâmetro D2, m;
L1 = L – L2 = comprimento do trecho da tubulação com Diâmetro D1, m.
m e n = expoente da vazão e do diâmetro, respectivamente, das fórmulas utilizadas
(Hazen-Willians 1,852 e 4,87) (Fórmula Universal 2 e 5).
Logo, a perda de carga total da linha lateral (hfLL) será:
hfLL = hf1 + hf2 – hf3
em que:
hf1 = perda de carga utilizando D1, L, Qtotal;
hf2 = perda de carga utilizando D2, L2, Q2;
hf3 = perda de carga utilizando D1, L2, Q2;
Lembrando que: hf = hf ’ x F
Assim, hf1 = hf1’ x F hf2 = hf2’ x F e hf3 = hf3’ x F
Onde F representará o número de saídas de cada trecho a ser analisado.
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C) Pressão requerida no início da Linha Lateral.
Para o cálculo da pressão no início da linha lateral, consideram-se 75% (¾) da
perda de carga ao longo da metade da linha, porque o dimensionamento é realizado
com base no aspersor que opera com a pressão de serviço média, o qual se encontra
próximo do meio (50%) do comprimento da linha lateral. Pelo mesmo motivo, o
desnível considerado é de apenas a metade do desnível total.
A pressão requerida no início da linha lateral é expressa da seguinte forma:
𝑷𝒊𝒏 = 𝑷𝒔 + 𝑨𝒂 + (
𝟑
𝟒
. 𝒉𝒇) ± (
𝟏
𝟐
. 𝑫𝒏)
Onde:
Pin = pressão requerida no início da linha lateral (mca);
Ps = pressão de serviço média dos aspersores (mca);
Aa = altura do aspersor (m);
hf = perda de carga na linha lateral (mca); e
Dn = desnível ao longo da linha lateral (m).
em nível: Dn = 0
em aclive: + ½ Dn
em declive: -½ Dn
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11
D) Cálculo do conjunto Motobomba.
Os parâmetros de projeto utilizado para seleção da motobomba são a vazão e
a altura manométrica do sistema.
A vazão do sistema é aquela necessária para suprir a reposição de água, e a
altura manométrica total representa a pressão que o conjunto terá que vencer para
fornecer a vazão adequada e propiciar o perfeito funcionamento do sistema. Pode ser
descrita da seguinte forma:
𝑯𝒎𝒂𝒏 = 𝑷𝒊𝒏 + (𝒉𝒇𝑳𝑷 + ∆𝒁𝑳𝑷) + (𝒉𝒇𝑳𝑹 + ∆𝒁𝑳𝑹) + (𝒉𝒇𝑳𝑺 + ∆𝒁𝑳𝑺) + 𝒉𝒇𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍
Em que:
Hman = altura manométrica total, em mca;
Pin = pressão no início da linha lateral, em mca;
hfLP = perda de carga ao longo da linha principal, em mca;
ΔZLP = desnível da linha principal, em m;
hfLR = perda de carga ao longo da linha de recalque, em mca;
ΔZLR = desnível da linha de recalque, em m;
hfLS = perda de carga ao longo da sucção, em mca;
ΔZLS = desnível da sucção, em m;
hfLocal = perda de carga localizada, de 3 a 5% das outras perdas.
OBS: Atentar na unidade da vazão no cálculo da potência da motobomba.
𝑃𝑜𝑡𝑈𝐵 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
75
𝑃𝑜𝑡𝐴𝐵 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
75 . 𝐸𝑏
𝑃𝑜𝑡𝑈𝑀 ≈ 𝑃𝑜𝑡𝐴𝐵
𝑃𝑜𝑡𝐴𝑀 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
75 . 𝐸𝑏 . 𝐸𝑚
(cv)
𝑃𝑜𝑡𝐴𝑀 = 𝟎, 𝟕𝟑𝟔.
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
75 . 𝐸𝑏 . 𝐸𝑚
(𝐤𝐰)
𝑃𝑎𝐾𝑤 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
367. 𝜂𝑏
𝑃𝑎𝑐𝑣 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
270.𝜂𝑏
𝑃𝐾𝑤 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
367. 𝜂𝑏. 𝜂𝑚
𝑃
𝑐𝑣 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
270.𝜂𝑏. 𝜂𝑚
Onde:
PotUB = potência útil da bomba, em cv;
PotAB = potência absorvida pela bomba, em cv;
PotUM = potência útil do motor, em cv;
PotAM = potência absorvida pelo motor, em cv;
Q = vazão do projeto, em L/s;
Hman = altura manométrica total (mca);
Eb = eficiência (rendimento) da bomba, em decimal;
Em = eficiência (rendimento) do motor, em decimal.
Onde:
Pakw = potência absorvida na bomba, KW;
Pacv = potência absorvida na bomba, cv;
Pkw = potência elétrica necessária ao sistema, kw;
Pcv = potência elétrica necessária ao sistema, cv;
Q = vazão na bomba, m3
/h;
Hman = altura manométrica, mca;
𝜂𝑏 = rendimento/eficiência da bomba, decimal.
𝜂𝑚 = rendimento/eficiência do motor, decimal.
12. Disciplina: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
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12
Para efeito de cálculo do consumo de energia, utiliza-se o valor da potência
absorvida pelo motor (PotAM). Para a compra do motor, utiliza-se a potência útil do
motor (PotUM), ou seja, o valor da potência que ele fornece no seu eixo.
Deve-se admitir um acréscimo na potência instalada, em função da potência
absorvida pela bomba (PotAB), conforme indicado a seguir:
Potência necessária Acréscimo
< 2 cv 30%
2 a 5 cv 25%
5 a 10 cv 20%
10 a 20 cv 15%
> 20 cv 10%
Valores do fator de serviço (FS) e recomendação de acréscimo na potência de motores
elétricos para o acionamento de bombas hidráulicas.
Cálculo do Consumo de Energia (Kw/h):
𝐊𝐰/𝐡 =
𝐐. 𝐇𝐦𝐚𝐧
𝟑𝟎𝟖, 𝟓. 𝐄𝐛
Onde Q = m3
/h
Cálculo do Transformador Necessário (KVA):
𝐊𝐕𝐀 =
𝐊𝐰/𝐡
𝟎, 𝟖𝟓
0,85 = eficiência máxima do transformador.
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Velocidade de Rotação (n) e Rotação Específica (ns)
• Mantendo a forma e o diâmetro do rotor constantes:
(Mudança de ROTAÇÕES)
Q2
Q1
=
n2
n1
;
H2
H1
= (
n2
n1
)
2
;
P2
P1
= (
n2
n1
)
3
Ou
𝑃2
𝑃1
= (
𝐻2
𝐻1
)
3
2
⁄
= (
Q2
Q1
)
3
= (
n2
n1
)
3
• Mantendo a forma e a rotação do rotor constantes:
(Mudança no DIÂMETRO)
Q2
Q1
=
D2
D1
;
H2
H1
= (
𝐷2
D1
)
2
;
P2
P1
= (
D2
D1
)
3
Ou
𝑃2
𝑃1
= (
𝐻2
𝐻1
)
3
2
⁄
= (
Q2
Q1
)
3
= (
D2
D1
)
3
Em que:
n = rotação do rotor, rpm;
D = diâmetro do rotor, mm;
Q = vazão da motobomba, L/s;
H = altura manométrica na motobomba, mca;
P = potência absorvida pela motobomba, cv
O índice 1 refere-se às características originais e o 2, às novas características.
A rotação específica (ns) pode ser determinada:
𝐧𝐬 = 𝐧.
𝐐𝟏/𝟐
𝐇𝟑/𝟒
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14
ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS – Várias são as razões que levam à necessidade de
associar bombas:
• Quando a vazão é grande e não há no mercado comercial, bombas capazes
de atender a demanda pretendida;
• Ampliações;
• Inexistência de bombas comerciais para grandes alturas manométricas.
Basicamente quando as vazões são amplas utilizam-se bombas em paralelo e
para grandes alturas manométricas, utiliza-se em série.
Associação de bombas em paralelo (a) e em série (b).
Bombas em PARALELO: trabalham sob a mesma manométrica, mas com vazões
somadas.
𝐻𝑀𝐴𝑁 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 = 𝐻𝑀𝐴𝑁1 = 𝐻𝑀𝐴𝑁2 = ⋯ = 𝐻𝑀𝐴𝑁𝑛
𝑄𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 = 𝑄1 + 𝑄2 + ⋯ + 𝑄𝑛
𝑃𝑜𝑡𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 = 𝑃𝑜𝑡1 + 𝑃𝑜𝑡2
𝜂 =
𝜂1𝜂2(𝑄1 + 𝑄2)
𝜂1𝑄2 + 𝜂2𝑄1
Bombas em SÉRIE: a vazão é a mesma, mas, as alturas manométricas somam-se.
𝐻𝑀𝐴𝑁 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 = 𝐻𝑀𝐴𝑁1 + 𝐻𝑀𝐴𝑁2 + ⋯ + 𝐻𝑀𝐴𝑁𝑛
𝑄𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 = 𝑄1 = 𝑄2 = ⋯ = 𝑄𝑛
𝑃𝑜𝑡𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 = 𝑃𝑜𝑡1 + 𝑃𝑜𝑡2
𝜂 =
𝜂1𝜂2(𝐻𝑀𝐴𝑁1 + 𝐻𝑀𝐴𝑁2)
𝜂1𝐻𝑀𝐴𝑁2 + 𝜂2𝐻𝑀𝐴𝑁1
OBS: Associar bombas que forneçam a mesma vazão (Q).
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15
Sugestão de diâmetro de tubulação por Vazão
Capacidade Requerida Para o Sistema ( Q )
Q=
( 2,78 x ETc x Area (ha) x TR x 100 )
x 3,6 m³/h
Ea (%) x H(horas /dia) x PI
Cálculo do diâmetro da polia em função da rotação
Ф polia do motor =
rpm da bomba X Ф polia bomba
rpm do motor
Ф polia da bomba =
rpm do motor X Ф polia motor
rpm da bomba
Esquema de instalação de uma bomba centrífuga
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17
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO: Projeto
Exemplo: Mantovani et al., 2007 (pag.145)
Dimensionar um sistema de irrigação por aspersão para a área de 3.0 ha, na
seguinte situação:
Cultura: Milho (semente)
Fator de disponibilidade hídrica (f) = 0,4
Profundidade do sistema radicular: 50 cm
Cc: 28% (em peso)
Pm: 16% (em peso)
Da: 1,25 g/cm3
VIB: 15 mm/h
Irrigação por Aspersão, com eficiência de aplicação de 80%
Jornada de trabalho: 18 horas/dia
Tubulação em PVC (C=150), com diâmetros comerciais (mm) de 50, 75, 100, 125,
150, etc.
Tempo de mudança da tubulação: 36 minutos (0,6 horas).
Eficiência da bomba: 65%
Eficiência do motor: 92%
Altura de sucção: 4 m
Altura do aspersor: 2m
Comprimento da tubulação de sucção: 6m
ETc máxima = 5 mm/dia
CROQUI:
18. Disciplina: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
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18
1º Passo: Cálculo da IRN (lâmina líquida), ITN (lâmina bruta), Turno de rega (TR) e
período de irrigação (PI).
IRN =
(28 − 16)
10
.1,25 . 50 . 0,4 = 30 mm
ITN =
IRN
Ea
=
30
0,80
= 37,5 mm
𝑇𝑅 =
𝐼𝑅𝑁
𝐸𝑇𝑐
=
30
5
= 6 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑃𝐼 = 𝑇𝑅 − 1(𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑛𝑔𝑜) = 5 𝑑𝑖𝑎𝑠
2º Passo: Escolha do Aspersor.
Ia ≤ VIB
Fabricante: NAAN DAN
Modelo: NAAN 333
Pressão de serviço: 35 mca
Espaçamento: 12 x 18 m
Bocal: 4,6 x 3,8 mm
Vazão: 2,08 m3
/h
Raio irrigado: 16 m
𝐼𝑎 =
2,08
12 × 18
× 1000 = 9,63 𝑚𝑚/ℎ
3º Passo: Calcular o tempo de irrigação (Ti):
𝑇𝑖 =
𝐼𝑇𝑁
𝐼𝑎
𝐓𝐢 =
𝟑𝟕, 𝟓
𝟗, 𝟔𝟑
= 𝟑, 𝟗 𝐡𝐨𝐫𝐚𝐬
4º Passo: Tempo necessário por posição (TNP):
Considerando mais o tempo de mudança de 36 minutos (0,6 horas):
TNP=Ti + Tmud
TNP = 3,9 + 0,6 = 4,5 horas
5º Passo: Número de posições na linha de derivação (NPLD):
𝑁𝑃𝐿𝐷 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙
𝑇𝑁𝑃
𝑁𝑃𝐿𝐷 =
18
4,5
= 4 𝑝𝑜𝑠𝑖çõ𝑒𝑠/𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎/𝑑𝑖𝑎
19. Disciplina: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
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19
6º Passo: Número total de posições (NTP), na linha principal:
𝑁𝑇𝑃 =
𝐿
𝐸𝐿𝐿
× 2
𝑁𝑇𝑃 =
182
18
× 2 = 20 𝑝𝑜𝑠𝑖çõ𝑒𝑠
7º Passo: Número de posições irrigadas por dia (NPID):
𝑁𝑃𝐼𝐷 =
𝑁𝑇𝑃
𝑃𝐼
𝑁𝑃𝐼𝐷 =
20
5
= 4 𝑝𝑜𝑠𝑖çõ𝑒𝑠 𝑎 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑖𝑟𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎
8º Passo: Número de linhas laterais (NLL):
𝑁𝐿𝐿 =
𝑁𝑃𝐼𝐷
𝑁𝑃𝐿𝐷
𝑁𝐿𝐿 =
4
4
= 1 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙
9º Passo: Dimensionamento Hidráulico.
9.1. Dimensionamento da Linha Lateral:
A) Número de aspersores (N):
𝑁 =
𝐿
𝐸𝐴
=
85
12
= 7,08 = 7 𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠
Obs: L = 85 m (equivalente à metade da largura da área a ser irrigada).
B) Cálculo da vazão na linha lateral:
Q = N x q
Q = 7 x 2,08 m3
/h = 14,56 m3
/h = 0,0040 m3
/s
C) Cálculo da variação de pressão máxima permitida na linha lateral
(ΔP = 20% x PS).
Como há um lado com declive e o outro com aclive, dimensiona-se esse cálculo
para a pior situação (aclive):
ΔP = hf + Dn
hf = ΔP – Dn
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hf = (0,20 x PS) – Dn
PS = 35 mca
Dn = 2% =
2
100
× 85𝑚 = 1,7
hf = (0,20 x 35) – 1,7 = 5,3 mca
𝐹 =
1
𝑚 + 1
+
1
2 . 𝑁
+
√𝑚 − 1
6 . 𝑁2
𝐹 =
1
1,852 + 1
+
1
2 .7
+
√1,852 − 1
6 . 72
= 0,425
ℎ𝑓′
=
ℎ𝑓
𝐹
=
5,3
0,425
= 12,47 𝑚𝑐𝑎
D) Cálculo do diâmetro da tubulação da linha lateral:
𝐷 = [10,646 .(
𝑄
𝐶
)
1,852
.
𝐿
ℎ𝑓′
]
1
4,87
𝐷 = [10,646 . (
0,0040
150
)
1,852
.
85
12,47
]
1
4,87
= 0,044 𝑚 = 44𝑚𝑚
Como o diâmetro encontrado não é comercial, será utilizado o imediatamente acima
(50mm). Contudo a perda de carga será diferente da encontrada no tubo de 44mm,
assim, deve-se calcular a perda de carga na tubulação que será utilizada:
E) Cálculo da perda de carga na tubulação com diâmetro comercial:
ℎ𝑓′ = 10,646 .(
𝑄
𝐶
)
1,852
.
𝐿
𝐷4,87
ℎ𝑓′
= 10,646 . (
0,0040
150
)
1,852
.
85
(0,050)4,87
= 6,63 𝑚𝑐𝑎
Para entrar na equação de Hazen-Williams, faz-se necessário um ajuste, chamando
a perda de fictícia. Deve-se fazer o processo contrário quando for sair da equação,
como:
hf = hf’ x F
hf = 6,63 x 0,425 = 2,82 mca
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21
9.2. Pressão requerida no início da Linha Lateral.
𝑷𝒊𝒏 = 𝑷𝒔 + 𝑨𝒂 + (
𝟑
𝟒
. 𝒉𝒇) ± (
𝟏
𝟐
. 𝑫𝒏)
Declive: 𝑃𝑖𝑛 = 35 + 2 + (
3
4
. 2,82) − (
1
2
. 1,7) = 38,26 𝑚𝑐𝑎
Aclive: 𝑃𝑖𝑛 = 35 + 2 + (
3
4
. 2,82) + (
1
2
. 1,7) = 39,96 𝑚𝑐𝑎
Obs: em irrigação, considere sempre a pior situação: neste caso, as linhas em
ACLIVE.
9.3. Dimensionamento da linha principal:
Método: limite de velocidade do escoamento (1,0 a 2,0 m/s).
Uma linha lateral – trecho único:
𝑄 =
𝜋𝐷2
4
. 𝑉
𝐷 = √
4. 𝑄
𝜋. 𝑉
Vazão na linha principal: QLL x NLL = 0,0040 x 1 = 0,0040 m3
/s.
LLP = 182 m (comprimento total da área).
𝐷 = √
4 . 0,0040
3,1416 . 1,5
= 0,058𝑚 = 58𝑚𝑚
Posto que o diâmetro requerido não é comercial, devem-se definir as opções,
calcular a velocidade e definir qual o melhor diâmetro a ser utilizado.
Neste caso, têm-se as seguintes opções:
a) Toda a linha com um diâmetro de 75 mm, que resultaria numa velocidade de
escoamento de 1,0 m/s.
b) Toda a linha com um diâmetro de 50 mm, que resultaria numa velocidade de
escoamento de 2,1 m/s.
c) Parte da linha com 75 mm e parte com 50 mm de diâmetro.
Neste exemplo será utilizada, portanto, a tubulação de diâmetro imediatamente
superior ao encontrado (75 mm).
Definido isso, tem-se de calcular a perda de carga imposta por esse diâmetro:
ℎ𝑓 = 10,646 .(
0,0040
150
)
1,852
.
182
(0,075)4,87
= 1,97 𝑚𝑐𝑎
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Normalmente, o que se adota é que o número de linhas laterais define o número
de trechos da linha principal, assim como segue:
✓ 2 LL = Trecho AB e Trecho BC.
✓ 3 LL = Trecho AB, Trecho BC e Trecho CD.
9.4. Dimensionamento da linha de recalque:
A linha de recalque também é calculada com o método do limite de velocidade
do escoamento (1 a 2 m/s), implicando que o diâmetro será o mesmo da linha
principal.
Vazão na linha de recalque: igual a QLP = 0,0040 m3
/s.
LLR = 100 m (distância da motobomba até a entrada da área).
Então para o diâmetro de 75 mm (igual ao da linha principal):
ℎ𝑓 = 10,646 .(
0,0040
150
)
1,852
.
100
(0,075)4,87
= 1,08 𝑚𝑐𝑎
9.5. Dimensionamento da linha de sucção:
Na linha de sucção normalmente de adota um valor comercial superior ao da
linha de recalque ou principal. Para o exemplo admite-se um diâmetro comercial de
100 mm.
ℎ𝑓 = 10,646 .(
0,0040
150
)
1,852
.
6
(0,100)4,87
= 0,02 𝑚𝑐𝑎
9.6. Conjunto Motobomba:
Vazão do projeto: Q = 4,0 L/s (0,004 m3
/s).
𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝑃𝑖𝑛 + (ℎ𝑓𝐿𝑃 + ∆𝑍𝐿𝑃) + (ℎ𝑓𝐿𝑅 + ∆𝑍𝐿𝑅) + (ℎ𝑓𝐿𝑆 + ∆𝑍𝐿𝑆) + ℎ𝑓𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
a) Pressão no início da linha lateral:
Pin = 39,96 mca
b) Cálculo da perda de carga e diferença de nível na linha principal:
hfLP = 1,97 metros
ΔZLP = (6/100) x 182 = 10,92 m
Obs: considerou-se no cálculo a pior situação: LL no ponto B.
c) Cálculo da perda de carga e diferença de nível na linha de recalque:
hfLR =1,08 mca
ΔZLR = (6/100) x 100 = 6 m
d) Cálculo da perda de carga e diferença de nível na linha de sucção:
hfLS = 0,02 mca
ΔZLS = 4 m
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e) Cálculo da perda de carga localizada
hflocalizada = 3 a 5% da soma dos demais parâmetros de Hman.
hflocalizada = (4/100) x 63,95 = 2,56 mca
f) Cálculo da altura manométrica total:
𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝑃𝑖𝑛 + (ℎ𝑓𝐿𝑃 + ∆𝑍𝐿𝑃) + (ℎ𝑓𝐿𝑅 + ∆𝑍𝐿𝑅) + (ℎ𝑓𝐿𝑆 + ∆𝑍𝐿𝑆) + ℎ𝑓𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
𝐻𝑚𝑎𝑛 = 39,96 + (1,97 + 10,92) + (1,08 + 6) + (0,02 + 4) + 2,56 = 66,51 𝑚𝑐𝑎
g) Potência da motobomba (Pot):
Potência do motor a comprar:
𝑃𝑜𝑡𝐴𝐵 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
75 . 𝐸𝑏
𝑃𝑜𝑡𝐴𝐵 =
4 . 66,51
75 . 0,65
= 5,46 𝑐𝑣
Potência para cálculo da energia consumida:
𝑃𝑜𝑡𝐴𝑀 =
𝑄 . 𝐻𝑚𝑎𝑛
75 . 𝐸𝑏 . 𝐸𝑚
𝑃𝑜𝑡𝐴𝑀 =
4 . 66,51
75 . (0,65 . 0,92)
= 5,93 𝑐𝑣
Uma vez que a potência encontrada não é a comercial, escolhe-se uma
motobomba de potência comercial imediatamente superior. Nesse caso será utilizada
a potência de 7,5 cv.