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1. CONTINUANDO...
• Cap. VII - PSICANÁLISE DO REALISTA;
• Cap. VIII - O OBSTÁCULO ANIMISTA;
• Cap. IX - O MITO DA DIGESTÃO.

2. A psicanálise a ser instituída para a terapia do
substancialismo deve ser a psicanálise do sentimento de
ter. O complexo a ser desfeito é o complexo do pequeno
lucro, que, para simplificar, pode ser chamado de
complexo de Harpagon (BACHELARD, 1996, p.164);
PSICANÁLISE DO REALISTA

3. Assim, é verdade que as pedras preciosas são, nas
sociedades atuais, valores materiais indiscutíveis. Mas,
ao aceitar como fundamentada essa valorização social, é
interessante ver como ela se estende a outros campos
alheios à valorização inicial, como ao da farmácia
(BACHELARD, 1996, p.164);
PSICANÁLISE DO REALISTA

4. E impossível dar melhor demonstração de que a
superstição é uma antiga sabedoria que basta
modernizar e aparar, para descobrir-lhe o verdadeiro
valor (BACHELARD, 1996, p.166).
PSICANÁLISE DO REALISTA

5. O OBSTÁCULO ANIMISTA
É a ideia de que todas as coisas, incluindo pessoas,
animais, características geográficas, fenômenos naturais
e objetos inanimados, possuem um espírito que os
conecta uns aos outros.

6. O que mostra com mais clareza o caráter mal colocado
do fenômeno biológico é a importância conferida à
noção dos três reinos da Natureza e o lugar
preponderante que é dado aos reinos vegetal e animal
em comparação com o reino mineral (BACHELARD,
1996, p.186);
O OBSTÁCULO ANIMISTA

7. Os obstáculos animistas se referem ao uso de atributos
humanos para a explicação de certos fenômenos. E isso
pode configurar um entrave para a aprendizagem. Ao
atribuir vida e características humanas às substâncias
como subsidio para explicar os fenômenos, o ser
humano está fazendo uso de fetichismos amplamente
utilizados nas ciências e pseudociências no século
XVIII.
O OBSTÁCULO ANIMISTA

8. O MITO DA DIGESTÃO
A digestão é uma função privilegiada, poema ou drama,
fonte de êxtase ou de sacrifício. Torna-se, pois, para o
inconsciente um tema explicativo cuja valorização é
imediata e sólida (BACHELARD, 1996, p.209);

9. O alimento sólido e consistente é mais prezado. O beber
não é nada diante do comer. (BACHELARD, 1996,
p.210);
O MITO DA DIGESTÃO

10. Um dos mitos mais tenazes que se pode seguir através
dos períodos científicos, apresentado segundo a ciência
de cada época, é o da assimilação dos similares pela
digestão (BACHELARD, 1996, p.211);
O MITO DA DIGESTÃO

11. • Água de mil-flores, a própria urina:
(BACHELARD, 1996, p.221);
• A bosta fresca de vaca que se alimenta de capim tem
a qualidade de acalmar a inflamação de feridas e
tumores (BACHELARD, 1996, p.222);
O MITO DA DIGESTÃO

12. Vários autores, entre outros Ettmuller, atribuíram muitas
propriedades ao álbum grcecum (cocô de cachorro);
reconheceram-no como sudorífico, calmante, febrífugo,
vulnerário, emoliente, hidragogo, específico para as
escrófulas, angina e todas as doenças da garganta
(BACHELARD, 1996, p.222).
O MITO DA DIGESTÃO