O documento descreve um curso de formação em Terapia Comunitária Integrativa oferecido pelo Movimento T.E.A.R em Sergipe em 2019. O curso tem duração de 240 horas distribuídas entre aspectos teóricos, vivências terapêuticas, e intervisões. A Terapia Comunitária Integrativa objetiva fortalecer a saúde mental por meio de processos emancipatórios realizados em grupos.
1. PROGRAMAÇÃO
CARGA HORÁRIA - 240 HORAS
100 horas de aspectos teóricos e vivenciais;
80 horas de intervisão;
60 horas dedicadas à realização de trinta rodas de
Terapias Comunitária Integrativa.
O Movimento T.E.A.R favorece a
transformação de pessoas e comunidades a partir
da promoção de práticas emancipatórias, afetivas
e resilientes levadas a cabo por processos e
metodologias da educação popular e outras
tecnologias de abordagens participativas, como a
Terapia Comunitária Integrativa (TCI), Cuidando
do Cuidador, Teatro do oprimido (TO), etc.
CURSO DE FORMAÇÃO EM
TERAPIA COMUNITÁRIA
INTEGRATIVA
TCI
MOVIMENTO T.E.A.R
SERGIPE
2019
CERTIFICAÇÃO:
MISMECDF
ABRATECOM
2. O QUE É TERAPIA COMUNITÁRIA?
Técnica de trabalho que permite mobilizar os
recursos e competências dos indivíduos, grupos e
comunidades por meio de processos de
emancipação humana no sentido de fortalecer a
autoestima e promover a saúde mental.
É um espaço de cuidado comunitário onde se
procura partilhar experiências de vida e
sabedorias de forma horizontal e circular.
Objetiva também a construção de redes sociais
solidárias capazes de transformar o sofrimento
em crescimento e a carência em competência.
Essa metodologia vem sendo desenvolvida ao
longo de mais de vinte anos pelo psiquiatra Dr.
Adalberto Barreto, professor da Universidade
Federal do Ceará.
OBJETIVO DO CURSO
Formar Terapeutas Comunitários capazes de
auxiliar indivíduos, comunidades e famílias na
prevenção de doença, crises familiares, prevenção
a violência, ao Bullying, abandono social,
dependências, prevenção ao suicídio e outros
sofrimentos, através de rodas de Terapia
Comunitária Integrativa.
PÚBLICO ALVO
Profissionais da Saúde, Assistência Social,
Educação, Agentes Sociais, lideranças
comunitárias ou religiosas, Conselheiros
Tutelares, voluntários, estudantes e demais
pessoas que tenham atuação em instituições ou
empresas que desenvolvam trabalhos em grupo
e/ou comunidades.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) foi criada no Brasil
em 2006, após aprovação unânime pelo Conselho
Nacional de Saúde.
O objetivo é implementar tratamentos
complementares à medicina biomédica, na rede
de saúde pública do Brasil, através do Sistema
Único de Saúde(SUS).
Em 2017, 1,4 milhão de procedimentos
individuais foram registrados como práticas
integrativas e complementares pelo SUS, sendo
estimado que 5 milhões de procedimentos desse
tipo são realizados anualmente se somados os
atendimentos coletivos, entre elas a TCI.
A TCI consiste numa prática incluída em 2017 na
Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) do Sistema Único de
Saúde (SUS), contudo já está sendo utilizada a
TCI desde os anos 2008 através de convênio
entre o Ministério da Saúde e a Fundação da
Universidade Federal do Ceará, que capacitou
profissionais de saúde por todo o Brasil.
A TCI hoje, no Brasil, é uma metodologia
reconhecida como uma Prática Integrativa e
complementar e uma estratégia da Saúde Mental
na Atenção Básica, recomendada pelo Ministério
da Saúde. Também é utilizada na Educação para
trabalhar com a comunidade escolar, na
Assistência Social (PAIFI e PAEFI), nos Núcleos
de Justiça, no Sistema Socioeducativo, nas
Empresas com trabalhadores e nas Organizações
não Governamentais.
Ainda, como fruto dessa caminhada, as ações
com a TCI estenderam-se a vários países da
Europa, África e América do Sul.
DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES
MÓDULOS – São as atividades que acontecem
com duração de dois dias e têm por finalidade
capacitar os participantes na metodologia da
TCI a nível teórico e prático. Trabalha-se
também as vivências necessárias a formação do
Terapeuta.
VIVÊNCIAS TERAPÊUTICAS – As vivências
terapêuticas trabalham partindo da história
pessoal e familiar de cada participante, atuando
com suas próprias emoções e inseguranças,
ajudando-os a se conhecerem e agirem em suas
comunidades e nos grupos com os quais irão
trabalhar. O Terapeuta Comunitário precisa lidar
com suas próprias emoções, inseguranças e
sofrimentos para conhecer suas limitações e
possibilidades de intervenção. Estas vivências
ajudam a tomar a distância necessária entre suas
próprias emoções e as que emergirão no seu
trabalho sócio terapêutico.
INTERVISÕES – Têm como objetivo
proporcionar aos participantes do curso a
reflexão sobre a prática da Terapia Comunitária.
Oferecer a possibilidade de pôr em prática as
técnicas e conteúdos vistos durante o curso
teórico. Estabelecer uma dialética entre a teoria
e a prática.