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e se alguém perguntar pelo
  acordo ortográfico?
                                                atividades destinadas preferencialmente
                                                      aos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico

                                                                     Este destacável segue o novo acordo
                           e As suAs mudAnçAs
               A GrAfiA




                                                                       Cartaz em exposição no Museu da Farmácia


Destacável Noesis n.º 81                                 Conceção de Edite Prada (investigadora e consultora do Ciberdúvidas)
ponto de partida*
     Em Janeiro deste ano deu-se início ao processo de entrada em vigor do novo acordo ortográfico, passando
     gradualmente os documentos oficiais a ser escritos segundo novas regras, às quais, paulatinamente, todos vamos
     ter de nos adaptar.
     Esta adaptação, no entanto, não é pacífica. Têm sido muitas as vozes que se têm erguido quer contra, quer a
     favor, tal como aconteceu com outros acordos em momentos anteriores.
     Nem sempre a ortografia foi interpretada da mesma forma. Durante a Idade Média, a escrita era sobretudo
     fonética, ou seja, os escribas tentavam registar por escrito os sons que ouviam.
     Durante o Renascimento, alguns estudiosos recorreram ao latim e ao grego para definir uma regra escrita, ou
     ortografia, com base na etimologia. É o período etimológico da ortografia portuguesa que alguns designam
     como pseudo-etimológico.
     Durante o século XIX e início do século XX, desenvolveu-se a consciência da necessidade de simplificar e regular
     a ortografia para difundir o ensino e combater o analfabetismo.
     Com este intuito, o Governo da recém-implantada República promove a reforma de 1911, que introduz profundas
     alterações na ortografia.
     Em 1945, um novo acordo ortográfico foi oficializado pelo Governo português, mas não ratificado pelo Congresso
     Brasileiro. Na prática, nenhum dos países adoptou a totalidade das bases que compõem o acordo, tendo cada
     um introduzido uns aspectos e preterido outros. A título de exemplo, o Brasil deixou cair as consoantes mudas e
     Portugal deixou cair o trema e o acento gráfico em ditongos – ei-, tónicos e graves, como em ideia.
     Os encontros com vista à uniformização foram prosseguindo até 1990. O acordo que finalmente entrou em vigor,
     no início do ano 2010, segue de perto o acordo ortográfico de 1945.
     O que aqui se pretende é disponibilizar meios para que os alunos possam compreender as novas regras
     ortográficas e os critérios utilizados.

     * Nota: este destacável segue o novo acordo




     apresentação
     As atividades que a seguir se propõem podem ser usadas para introduzir o estudo sobre o acordo, ou, numa
     fase anterior à sua introdução explícita no ensino, para facilitar a abordagem do acordo ortográfico, caso seja
     considerada útil. Será o professor a decidir se é pertinente ou não o estudo do tema, tal como a escolha da
     atividade que mais se adeque a cada turma.

     >	 A atividade 1 pretende levar os alunos a perceber que sempre houve mudanças no português,
         contextualizando o acordo.
     >	 Na atividade 4, apresenta-se um quadro com as alterações gráficas que ocorrem em diversos contextos
        com o prefixo in. O objetivo é, por um lado, tomar consciência de que em determinadas situações já se não
        escreviam as consoantes que se não ouviam; por outro lado, alertar para as alterações específicas que vão
        ocorrer em palavras como peremptório, onde a queda do p implica a transformação do m em n: perentório.
     >	 Na atividade 5, poderá alertar-se os alunos para a dupla acentuação, provocada por diferentes timbres
        entre Portugal e o Brasil: Antônio/António, bebé/bebê.
     >	 Na atividade 6, convém recordar a formação de palavras e distinguir composição de derivação.

     Não se referem, por opção, as mudanças que apenas afetam o Brasil.




02
a grafia e as suas mudanças
atividade 1 – a reforma ortográfica de 1911


  A primeira grande reforma da língua foi feita em 1911, com a consciência de que era necessário simplificar e regular a
  ortografia. Foi recebida, no entanto, com muitos protestos.

  “Imaginem esta palavra phase, escripta assim: fase. Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto.” (Alexan-
  dre Fontes, A Questão Orthographica, Lisboa, 1910, p. 9)

  “Na palavra lagryma (...) a forma do y é lacrimal; estabelece a harmonia entre a sua expressão gráfica ou plástica e a sua
  expressão psicológica. Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escuridão, mistério… Escrevê-la
  com i latino é fechar a boca ao abysmo, é transformá-lo numa superfície banal.” (Teixeira de Pascoais, A Águia, citado
  por Francisco Álvaro Gomes, O Acordo Ortográfico, Porto, Edições Flumen e Porto Editora, 2008, p. 10)

  “… Odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal portuguez, (…) a orthographia
  sem ípsilon, como escarro directo que me enjoa independentemente de quem o cuspisse.” (Bernardo Soares (Fer-
  nando Pessoa), Livro do Desassossego)



2. Repara na seguinte placa que existe no Porto, escrita antes da reforma
   ortográfica de 1911:
   2.1 Reescreve o texto, adequando-o à forma como escreves hoje.




         Foto de Manuel de Sousa, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Placa_pre-1911_(Porto).jpg


3. Tens a seguir uma lista de palavras com a grafia anterior a 1911 (retiradas do Dicionário Lacerda de 1858). Escreve essas
   mesmas palavras com a grafia actual:

    Agglutinar                                                         Estylo
    Alchimista                                                         Hombro
    Céllula                                                             Hibérico
    Chapeo                                                             Immóvel
    Chirurgia                                                          Propheta
    Damnificado                                                        Retrahir



  Enquanto língua viva, o português está em constante mudança.
  Em alguns momentos específicos, as mudanças são mais visíveis porque são organizadas e sistematizadas, o que, por
  vezes, provoca a reação das pessoas.




                                                                                                                           03
o acordo ortográfico de 1990
O acordo ortográfico de 1990 prevê algumas mudanças. A seguir vais encontrar referência
às mais significativas na norma portuguesa.


atividade 2 – o alfabeto tem mais três letras?

1. Assinala a posição que cada uma das novas letras ocupa em relação às outras:
   ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ

2. Escreve o nome da cada uma das novas letras do alfabeto:
     K
     W
     Y



atividade 3 – o uso das maiúsculas e das minúsculas

  Passam a escrever-se com minúscula:
  a) Os dias da semana, dos meses e das estações do ano;
  b) Os termos fulano, sicrano, etc.
  c) Os pontos cardiais, exceto quando usados de forma absoluta: Norte, por norte de Portugal.

  Escrevem-se opcionalmente com maiúscula ou minúscula:
  a) Os títulos dos livros (sempre com a primeira letra e os nomes próprios em maiúscula…): As pupilas do senhor reitor
     ou As Pupilas do Senhor Reitor.
  b) Os nomes das áreas do saber: português ou Português; matemática ou Matemática;
  c) Nas formas de tratamento (axiónimos): senhor doutor Manuel, ou Senhor Doutor Manuel;
  d) Nos títulos dos santos (hagiónimos): santo António, ou Santo António;
  e) A designação dos logradouros públicos: rua da Liberdade, ou Rua da Liberdade.


1. O texto que a seguir se apresenta está escrito segundo as normas ainda em vigor. Sublinha o que muda, ou pode
   mudar, com o novo acordo:

     O meu primo José costuma visitar Lisboa na Primavera, que começa a 21 de Março. Este ano há-de vir nas férias da
     Páscoa. Como adora livros, aproveita sempre para visitar a Biblioteca da Faculdade de Letras, que fica na Alameda
     da Universidade. Há-de trazer-me, como sempre, um livro. Na Primavera passada, ofereceu-me os Novos Contos da
     Montanha, de Miguel Torga, que adorei.

2. Reescreve o texto, utilizando as regras do novo acordo nas palavras que sublinhaste (nas palavras que se escrevem
   opcionalmente com maiúscula ou minúscula, utiliza minúscula).




04
atividade 4 – o que não se ouve não se escreve.

1. Repara no quadro que se segue:


     prefixo in + palavra primitiva              resultado                             conclusão

              In + Transitável                   Intransitável
               In + Suspeito                      Insuspeito
              In + Imaginável                   Inimaginável

                 In + Hábil                         Inábil

              In + Perdoável                    Imperdoável
                In + Batível                      Imbatível

                  In + Real                         Irreal

                   In + Legal                        Ilegal
                In + Mobilizar                    Imobilizar
                 In + Negável                      Inegável


   1.1 Completa a coluna da direita do quadro com a conclusão adequada:
       a) antes de b ou p escreve-se m;
       c) antes de r, o n do prefixo in-, transforma-se em r;
       d) antes de m, n ou l, o n do prefixo in-, desaparece;
       e) nas palavras com h, o n do prefixo in- mantém-se, mas desaparece o h;
       f) não há alterações no prefixo nem na palavra a que se associa.

   1.2 Como pudeste observar no exercício anterior, ao longo da evolução do português, já houve consoantes que
       desapareceram, porque
                                                                                            (preenche o espaço)

2. Escreve as palavras que se seguem, aplicando a regra “O que não se ouve não se escreve”:

   a) acção                                                      g) adopção
   b) projecto                                                   h) óptimo
   c) seleccionar                                                i) opção
   d) accionar                                                   j) humidade
   e) contacto                                                   k) peremptório
   f) adoptar                                                    l) assumpção



      CoNClusão: as consoantes c (cc, cç; ct) e p (pc, pç, pt) que não se ouvem caem. Uma excepção a esta regra de
      que o que se não ouve se não escreve é o h inicial: habitante; húmido, etc.




                                                                                                                 05
atividade 5 – a acentuação



        acento                               contexto                                    exemplo

                                      -oi- em penúltima sílaba                        Joia (v. nota 1)
                                 Verbos com duas vogais iguais                       Creem (v. nota 2)
      Desaparece
                                       Verbos com qu ou gu                               Adeque
                                       Pára, pêlo, pêra; pólo                      Para, pelo, pera; polo




      Mantém-se                                                     Pôr; pôde



                           Formas do pretérito perfeito do indicativo              Louvámos/louvamos
                                   verbos 1.ª conjugação
     É facultativo
                                 Presente conjuntivo verbo dar                        Dêmos/demos


Nota1: comboio já não tinha acento.
Nota 2: enjoo, voo, perdoo, já não tinham acento.



1. Assinala com uma cruz (X) as palavras que estão certas, segundo o novo acordo ortográfico:

     Boia                                             Comboio
     Paranóia                                         Lêem
     Vêm                                              Deem
     Para (verbo)                                     Pêlo
     Por (verbo)                                      Afinámos
     Girassóis                                        Averigúe
     Veem                                             Enjoo



2. Acentua o texto seguinte, tendo em conta as normas do acordo:

     O João e o amigo leem corretamente, embora não saibam por os acentos certos nas palavras. Ainda mal sabem
     escrever e enfrentar a escrita, para eles, e um exercicio tão heroico como se enfrentassem uma enorme jiboia.




06
atividade 6 – o hífen

1 - Coloca os exemplos em baixo no lugar correto; podes acrescentar outros exemplos que se adequem à regra.


                               palavras formadas por composição: são poucas as alterações

                 Regra geral: mantém-se a grafia actual (de 1945)
  Passam a escrever-se sem hífen quando já se perdeu noção de composição
                      (como já acontecia com girassol).


                             palavras formadas por derivação: regra geral o hífen desaparece

                                                   exceções: hífen mantém-se
     Com a mesma letra no fim do prefixo e no início da palavra (v. nota 1)
                          Quando a palavra começa por h
  Com prefixos circum- e pan-, quando a palavra começa com m, n, ou vogal
                         Com pré, pós, pró e ex (=anterior)
Nota 1: Exceção – os prefixos co-, re- e pre- ligam-se sempre (mesmo quando repete vogal)


                                             outros: verbo haver e preposição de

      O verbo haver perde o hífen e dá origem a duas palavras separadas


circum-navegação             paraquedas                   preestabelecer             coocorrência     contra-ataque
navio-escola                 pós-graduação                ano-luz                    pró-acordo       ex-presidente
pan-americano                reeleito                     há de                      super-homem      hei de
mandachuva,                  pré-aviso                    super-rigoroso             paraquedista

2. Assinala, colocando uma cruz (x) as palavras que estão adequadas ao novo acordo:

   Pós-tónica                                                           Pos-pôr
   Cooperação                                                           Microondas
   Retro-visor                                                          Ultra-rápido
   Hiper-realista                                                       Hiper-mercado
   Circumambiente                                                       Segundafeira
   Anti-higiénico                                                       Anti-religioso
   Anti-inflamatório                                                    Mal-educado
   Mal-humorado                                                         Há-de
   Mini-saia                                                            Malvisto
   Bem-visto                                                            Sub-vinte
   Préaviso                                                             Preencher
   Auto-avaliação                                                       Semabrigo

   2.1. Corrige as que identificaste como inadequadas no espaço à frente.



      NoTA: O uso do hífen ficou um pouco mais claro e sistematizado, embora ainda precise de melhorar.



                                                                                                                 07
recursos



Casteleiro, João Malaca (2009). Vocabulário ortográfico da língua portuguesa.
Porto: Porto Editora. Disponível online, gratuito, em www.infopedia.pt.

Castilho, Ataliba T., Game da Reforma Ortográfica. Disponível em http://fmu.br/game/home.asp.

Castro, Duarte & Leiria, orgs. (1987). A demanda da ortografia portuguesa: comentário do acordo
ortográfico de 1986 e subsídios para a compreensão da Questão que se lhe seguiu.
Lisboa: Sá da Costa.

Correia, Margarita (coord.) (2010). Vocabulário ortográfico do português.
Lisboa: Instituto de Linguística Técnica e Computacional, disponível em:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org.

Feytor Pinto, Paulo (2009). Novo acordo ortográfico da língua portuguesa.
Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Gomes, Francisco Álvaro (2008). O acordo ortográfico. Porto: Edições Flumen; Porto Editora.

Guia do acordo ortográfico, Moderna, (Brasil).
http://www.scribd.com/doc/9788211/Guia-Do-Acordo-Ortografico-Moderna.

Português exato. Porto Editora, disponível em: http://www.portuguesexato.pt.

Prada, Edite (2010). Acordo ortográfico: visão global in Profalmada. Almada,
Associação de Professores do Concelho de Almada.
http://www.prof2000.pt/users/anamartins/Separata_Acordo_Ortografico_ecra.pdf

Ricardo, Daniel, Guia prático para perceber o Acordo Ortográfico.
Disponível em http://aeiou.visao.pt/guia-pratico-para-perceber-o-acordo-ortografico=f543282.

Souza, Maurício e Alfacinha, António, A turma da Mónica e a reforma ortográfica. Disponível em
http://ebooksgratis.com.br/quadrinhos/quadrinhos-turma-da-monica-saiba-mais-reforma-ortografica/.

Tufano, Douglas (2008). Guia Prático da Nova Ortografia:
Saiba o Que Mudou na Ortografia Brasileira. São Paulo, Editora Melhoramentos.
Disponível em www.livrariamelhoramentos.com.br/Guia_Reforma_Ortografica_Melhoramentos.pdf.

Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (2009). 5.ª edição.
Academia Brasileira das Letras. Pode ser consultado on-line em http://www.academia.org.br/.

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As mudanças na grafia portuguesa

  • 1. e se alguém perguntar pelo acordo ortográfico? atividades destinadas preferencialmente aos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico Este destacável segue o novo acordo e As suAs mudAnçAs A GrAfiA Cartaz em exposição no Museu da Farmácia Destacável Noesis n.º 81 Conceção de Edite Prada (investigadora e consultora do Ciberdúvidas)
  • 2. ponto de partida* Em Janeiro deste ano deu-se início ao processo de entrada em vigor do novo acordo ortográfico, passando gradualmente os documentos oficiais a ser escritos segundo novas regras, às quais, paulatinamente, todos vamos ter de nos adaptar. Esta adaptação, no entanto, não é pacífica. Têm sido muitas as vozes que se têm erguido quer contra, quer a favor, tal como aconteceu com outros acordos em momentos anteriores. Nem sempre a ortografia foi interpretada da mesma forma. Durante a Idade Média, a escrita era sobretudo fonética, ou seja, os escribas tentavam registar por escrito os sons que ouviam. Durante o Renascimento, alguns estudiosos recorreram ao latim e ao grego para definir uma regra escrita, ou ortografia, com base na etimologia. É o período etimológico da ortografia portuguesa que alguns designam como pseudo-etimológico. Durante o século XIX e início do século XX, desenvolveu-se a consciência da necessidade de simplificar e regular a ortografia para difundir o ensino e combater o analfabetismo. Com este intuito, o Governo da recém-implantada República promove a reforma de 1911, que introduz profundas alterações na ortografia. Em 1945, um novo acordo ortográfico foi oficializado pelo Governo português, mas não ratificado pelo Congresso Brasileiro. Na prática, nenhum dos países adoptou a totalidade das bases que compõem o acordo, tendo cada um introduzido uns aspectos e preterido outros. A título de exemplo, o Brasil deixou cair as consoantes mudas e Portugal deixou cair o trema e o acento gráfico em ditongos – ei-, tónicos e graves, como em ideia. Os encontros com vista à uniformização foram prosseguindo até 1990. O acordo que finalmente entrou em vigor, no início do ano 2010, segue de perto o acordo ortográfico de 1945. O que aqui se pretende é disponibilizar meios para que os alunos possam compreender as novas regras ortográficas e os critérios utilizados. * Nota: este destacável segue o novo acordo apresentação As atividades que a seguir se propõem podem ser usadas para introduzir o estudo sobre o acordo, ou, numa fase anterior à sua introdução explícita no ensino, para facilitar a abordagem do acordo ortográfico, caso seja considerada útil. Será o professor a decidir se é pertinente ou não o estudo do tema, tal como a escolha da atividade que mais se adeque a cada turma. > A atividade 1 pretende levar os alunos a perceber que sempre houve mudanças no português, contextualizando o acordo. > Na atividade 4, apresenta-se um quadro com as alterações gráficas que ocorrem em diversos contextos com o prefixo in. O objetivo é, por um lado, tomar consciência de que em determinadas situações já se não escreviam as consoantes que se não ouviam; por outro lado, alertar para as alterações específicas que vão ocorrer em palavras como peremptório, onde a queda do p implica a transformação do m em n: perentório. > Na atividade 5, poderá alertar-se os alunos para a dupla acentuação, provocada por diferentes timbres entre Portugal e o Brasil: Antônio/António, bebé/bebê. > Na atividade 6, convém recordar a formação de palavras e distinguir composição de derivação. Não se referem, por opção, as mudanças que apenas afetam o Brasil. 02
  • 3. a grafia e as suas mudanças atividade 1 – a reforma ortográfica de 1911 A primeira grande reforma da língua foi feita em 1911, com a consciência de que era necessário simplificar e regular a ortografia. Foi recebida, no entanto, com muitos protestos. “Imaginem esta palavra phase, escripta assim: fase. Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto.” (Alexan- dre Fontes, A Questão Orthographica, Lisboa, 1910, p. 9) “Na palavra lagryma (...) a forma do y é lacrimal; estabelece a harmonia entre a sua expressão gráfica ou plástica e a sua expressão psicológica. Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escuridão, mistério… Escrevê-la com i latino é fechar a boca ao abysmo, é transformá-lo numa superfície banal.” (Teixeira de Pascoais, A Águia, citado por Francisco Álvaro Gomes, O Acordo Ortográfico, Porto, Edições Flumen e Porto Editora, 2008, p. 10) “… Odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal portuguez, (…) a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enjoa independentemente de quem o cuspisse.” (Bernardo Soares (Fer- nando Pessoa), Livro do Desassossego) 2. Repara na seguinte placa que existe no Porto, escrita antes da reforma ortográfica de 1911: 2.1 Reescreve o texto, adequando-o à forma como escreves hoje. Foto de Manuel de Sousa, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Placa_pre-1911_(Porto).jpg 3. Tens a seguir uma lista de palavras com a grafia anterior a 1911 (retiradas do Dicionário Lacerda de 1858). Escreve essas mesmas palavras com a grafia actual: Agglutinar Estylo Alchimista Hombro Céllula Hibérico Chapeo Immóvel Chirurgia Propheta Damnificado Retrahir Enquanto língua viva, o português está em constante mudança. Em alguns momentos específicos, as mudanças são mais visíveis porque são organizadas e sistematizadas, o que, por vezes, provoca a reação das pessoas. 03
  • 4. o acordo ortográfico de 1990 O acordo ortográfico de 1990 prevê algumas mudanças. A seguir vais encontrar referência às mais significativas na norma portuguesa. atividade 2 – o alfabeto tem mais três letras? 1. Assinala a posição que cada uma das novas letras ocupa em relação às outras: ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ 2. Escreve o nome da cada uma das novas letras do alfabeto: K W Y atividade 3 – o uso das maiúsculas e das minúsculas Passam a escrever-se com minúscula: a) Os dias da semana, dos meses e das estações do ano; b) Os termos fulano, sicrano, etc. c) Os pontos cardiais, exceto quando usados de forma absoluta: Norte, por norte de Portugal. Escrevem-se opcionalmente com maiúscula ou minúscula: a) Os títulos dos livros (sempre com a primeira letra e os nomes próprios em maiúscula…): As pupilas do senhor reitor ou As Pupilas do Senhor Reitor. b) Os nomes das áreas do saber: português ou Português; matemática ou Matemática; c) Nas formas de tratamento (axiónimos): senhor doutor Manuel, ou Senhor Doutor Manuel; d) Nos títulos dos santos (hagiónimos): santo António, ou Santo António; e) A designação dos logradouros públicos: rua da Liberdade, ou Rua da Liberdade. 1. O texto que a seguir se apresenta está escrito segundo as normas ainda em vigor. Sublinha o que muda, ou pode mudar, com o novo acordo: O meu primo José costuma visitar Lisboa na Primavera, que começa a 21 de Março. Este ano há-de vir nas férias da Páscoa. Como adora livros, aproveita sempre para visitar a Biblioteca da Faculdade de Letras, que fica na Alameda da Universidade. Há-de trazer-me, como sempre, um livro. Na Primavera passada, ofereceu-me os Novos Contos da Montanha, de Miguel Torga, que adorei. 2. Reescreve o texto, utilizando as regras do novo acordo nas palavras que sublinhaste (nas palavras que se escrevem opcionalmente com maiúscula ou minúscula, utiliza minúscula). 04
  • 5. atividade 4 – o que não se ouve não se escreve. 1. Repara no quadro que se segue: prefixo in + palavra primitiva resultado conclusão In + Transitável Intransitável In + Suspeito Insuspeito In + Imaginável Inimaginável In + Hábil Inábil In + Perdoável Imperdoável In + Batível Imbatível In + Real Irreal In + Legal Ilegal In + Mobilizar Imobilizar In + Negável Inegável 1.1 Completa a coluna da direita do quadro com a conclusão adequada: a) antes de b ou p escreve-se m; c) antes de r, o n do prefixo in-, transforma-se em r; d) antes de m, n ou l, o n do prefixo in-, desaparece; e) nas palavras com h, o n do prefixo in- mantém-se, mas desaparece o h; f) não há alterações no prefixo nem na palavra a que se associa. 1.2 Como pudeste observar no exercício anterior, ao longo da evolução do português, já houve consoantes que desapareceram, porque (preenche o espaço) 2. Escreve as palavras que se seguem, aplicando a regra “O que não se ouve não se escreve”: a) acção g) adopção b) projecto h) óptimo c) seleccionar i) opção d) accionar j) humidade e) contacto k) peremptório f) adoptar l) assumpção CoNClusão: as consoantes c (cc, cç; ct) e p (pc, pç, pt) que não se ouvem caem. Uma excepção a esta regra de que o que se não ouve se não escreve é o h inicial: habitante; húmido, etc. 05
  • 6. atividade 5 – a acentuação acento contexto exemplo -oi- em penúltima sílaba Joia (v. nota 1) Verbos com duas vogais iguais Creem (v. nota 2) Desaparece Verbos com qu ou gu Adeque Pára, pêlo, pêra; pólo Para, pelo, pera; polo Mantém-se Pôr; pôde Formas do pretérito perfeito do indicativo Louvámos/louvamos verbos 1.ª conjugação É facultativo Presente conjuntivo verbo dar Dêmos/demos Nota1: comboio já não tinha acento. Nota 2: enjoo, voo, perdoo, já não tinham acento. 1. Assinala com uma cruz (X) as palavras que estão certas, segundo o novo acordo ortográfico: Boia Comboio Paranóia Lêem Vêm Deem Para (verbo) Pêlo Por (verbo) Afinámos Girassóis Averigúe Veem Enjoo 2. Acentua o texto seguinte, tendo em conta as normas do acordo: O João e o amigo leem corretamente, embora não saibam por os acentos certos nas palavras. Ainda mal sabem escrever e enfrentar a escrita, para eles, e um exercicio tão heroico como se enfrentassem uma enorme jiboia. 06
  • 7. atividade 6 – o hífen 1 - Coloca os exemplos em baixo no lugar correto; podes acrescentar outros exemplos que se adequem à regra. palavras formadas por composição: são poucas as alterações Regra geral: mantém-se a grafia actual (de 1945) Passam a escrever-se sem hífen quando já se perdeu noção de composição (como já acontecia com girassol). palavras formadas por derivação: regra geral o hífen desaparece exceções: hífen mantém-se Com a mesma letra no fim do prefixo e no início da palavra (v. nota 1) Quando a palavra começa por h Com prefixos circum- e pan-, quando a palavra começa com m, n, ou vogal Com pré, pós, pró e ex (=anterior) Nota 1: Exceção – os prefixos co-, re- e pre- ligam-se sempre (mesmo quando repete vogal) outros: verbo haver e preposição de O verbo haver perde o hífen e dá origem a duas palavras separadas circum-navegação paraquedas preestabelecer coocorrência contra-ataque navio-escola pós-graduação ano-luz pró-acordo ex-presidente pan-americano reeleito há de super-homem hei de mandachuva, pré-aviso super-rigoroso paraquedista 2. Assinala, colocando uma cruz (x) as palavras que estão adequadas ao novo acordo: Pós-tónica Pos-pôr Cooperação Microondas Retro-visor Ultra-rápido Hiper-realista Hiper-mercado Circumambiente Segundafeira Anti-higiénico Anti-religioso Anti-inflamatório Mal-educado Mal-humorado Há-de Mini-saia Malvisto Bem-visto Sub-vinte Préaviso Preencher Auto-avaliação Semabrigo 2.1. Corrige as que identificaste como inadequadas no espaço à frente. NoTA: O uso do hífen ficou um pouco mais claro e sistematizado, embora ainda precise de melhorar. 07
  • 8. recursos Casteleiro, João Malaca (2009). Vocabulário ortográfico da língua portuguesa. Porto: Porto Editora. Disponível online, gratuito, em www.infopedia.pt. Castilho, Ataliba T., Game da Reforma Ortográfica. Disponível em http://fmu.br/game/home.asp. Castro, Duarte & Leiria, orgs. (1987). A demanda da ortografia portuguesa: comentário do acordo ortográfico de 1986 e subsídios para a compreensão da Questão que se lhe seguiu. Lisboa: Sá da Costa. Correia, Margarita (coord.) (2010). Vocabulário ortográfico do português. Lisboa: Instituto de Linguística Técnica e Computacional, disponível em: http://www.portaldalinguaportuguesa.org. Feytor Pinto, Paulo (2009). Novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda. Gomes, Francisco Álvaro (2008). O acordo ortográfico. Porto: Edições Flumen; Porto Editora. Guia do acordo ortográfico, Moderna, (Brasil). http://www.scribd.com/doc/9788211/Guia-Do-Acordo-Ortografico-Moderna. Português exato. Porto Editora, disponível em: http://www.portuguesexato.pt. Prada, Edite (2010). Acordo ortográfico: visão global in Profalmada. Almada, Associação de Professores do Concelho de Almada. http://www.prof2000.pt/users/anamartins/Separata_Acordo_Ortografico_ecra.pdf Ricardo, Daniel, Guia prático para perceber o Acordo Ortográfico. Disponível em http://aeiou.visao.pt/guia-pratico-para-perceber-o-acordo-ortografico=f543282. Souza, Maurício e Alfacinha, António, A turma da Mónica e a reforma ortográfica. Disponível em http://ebooksgratis.com.br/quadrinhos/quadrinhos-turma-da-monica-saiba-mais-reforma-ortografica/. Tufano, Douglas (2008). Guia Prático da Nova Ortografia: Saiba o Que Mudou na Ortografia Brasileira. São Paulo, Editora Melhoramentos. Disponível em www.livrariamelhoramentos.com.br/Guia_Reforma_Ortografica_Melhoramentos.pdf. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (2009). 5.ª edição. Academia Brasileira das Letras. Pode ser consultado on-line em http://www.academia.org.br/.