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Teoria da Contabilidade
Prof. PedroLuisdeMoraes
Passivo e PL
Passivo – Definições
• Teoria da Propriedade:
– Exigibilidades são “subtraendos dos ativos,
ativos negativos” (Hatfield, 1927).
• Teoria dos Fundos:
– Passivos são “reservas ou restrições aos
ativos, derivantes de considerações legais,
eqüitativas, econômicas ou gerenciais”.
• Teoria da Entidade:
– Exigibilidades são “reclamos contra a entidade
ou, mais especificamente, contra os ativos da
entidade.”
Composição das Exigibilidades
• “Os interesses dos credores (exigibilidades)
são reclamos contra a entidade e derivam de
atividades passadas ou eventos, que,
usualmente, requerem, para sua satisfação, o
gasto de recursos coorporativos”.
(AAA, 1957)
• Origem no passado (necessariamente);
• Indicação de um credor;
• Indicação de um valor razoável;
• Data prevista (estimativa de um vencimento);
• Consumo de ativo.
Hendriksen e Breda (1999):
O reconhecimento de uma exigibilidade depende do
reconhecimento do outro lado da transação
 Incorrência de uma despesa;
 Reconhecimento de uma perda (greve);
 Recebimento, por parte da empresa, de um ativo específico.
Reconhecimento do Passivo
Tipos de Passivos
Atividades operacionais,
líquidas e certas:
decorrentes das atividades
usuais da empresa
Atividades de
financiamento: decorrentes
da contratação de
empréstimos (capital giro
e/ou investimento)
Atividades societárias:
Obrigações estatutárias
p/ sócios e outros
Provisões
Arrendamentos
a pagar
Salários e
encargos
Obrigações fiscais
Contas a pagar
Adiantamentos de
clientes
Fornecedores
Empréstimos e
Financiamentos
Juros a pagar
Debêntures a
pagar
Dividendos a
pagar
Participações
a pagar
Provisões
(CPC 25)
Definições
• Provisão:
– É um passivo de prazo ou de valor incertos.
• Passivo:
– É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos
da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
• Evento que cria obrigação:
– É um evento que cria uma obrigação legal ou não formalizada que
faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista
senão liquidar essa obrigação.
Reconhecimento
• Uma provisão deverá ser reconhecida quando:
– (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não
formalizada) como resultado de evento passado;
– (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
– (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da
obrigação. As provisões são distinguidas dos outros passivos, pois
há incerteza em relação ao prazo ou ao valor do desembolso
futuro;
Provisões
Provisão para
garantias
Provisão para
riscos fiscais
Provisão para
riscos
trabalhistas
Provisão para
riscos cíveis
Provisão para
danos
ambientais
Etc...
Passivo Contingente
• Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são
incertas quanto ao seu prazo ou valor.
• O CPC 25 usa o termo “contingente” para passivos e ativos que não
sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada
pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não
totalmente sob o controle da entidade.
• Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado para passivos que
não satisfaçam os critérios de reconhecimento.
• Passivo contingente (reconhecimento):
– A entidade não deve reconhecer passivos contingentes;
– Os passivos contingentes devem ser divulgados em notas
explicativas (a não ser que a possibilidade seja considerada como
remota).
Mensuração das Provisões
A entidade deve utilizar a melhor estimativa do
desembolso exigido para liquidar a obrigação;
A entidade pode calcular o “valor esperado”, por meio
da avaliação dos cenários possíveis;
Ajuste a valor presente: deve ser realizado (a não
ser que os efeitos não sejam considerados como
materiais).
Exemplo: Processo Trabalhista
• Existem cinco processos trabalhistas, da mesma natureza,
contra a empresa, julgados por juízes diferentes, e é provável
o pagamento das indenizações reclamadas. A probabilidade
de ocorrência dos desembolsos futuros é:
Processos Desembolso (R$ mil) Probabilidade de
ocorrência
Provisão
1 100 75% 75
2 70 50% 35
3 30 80% 24
4 120 75% 90
5 80 45% 36
Mensuração adequada: ponderar os possíveis
desfechos – montante de $260.
Mudança e Utilização das Provisões
 As provisões devem ser revistas a cada
balanço e ajustadas para refletir a atual
melhor estimativa.
 Se já não é provável que uma saída de
recursos será necessária para estabelecer
uma obrigação, a provisão deverá ser
revertida.
 Uma provisão deve ser usada somente para
gastos relacionados com a provisão
originalmente reconhecida.
Reconhecimento e Evidenciação
Tipo de Risco
Tratamento Atual
Contabiliza Notas
Explicativas
Risco provável e quantificável
(provisão)
Sim Sim
Risco Provável e não quantificável
(contingência)
Não Sim
Risco Possível (contingência) Não Sim
Risco Remoto Não Nada é informado
Exemplo de Constituição de
Provisões
Garantia
• Um fabricante dá garantias no momento da venda para os
compradores do seu produto.
– De acordo com os termos do contrato de venda, o fabricante compromete a
consertar, por reparo ou substituição, defeitos de produtos que se tornarem
aparentes dentro de três anos desde a data da venda. De acordo com a
experiência passada, é provável (ou seja, mais provável que sim do que
não) que haverá algumas reclamações dentro das garantias.
– Obrigação presente como resultado de evento passado que gera
obrigação – O evento que gera a obrigação é a venda do produto com a
garantia, o que dá origem a uma obrigação legal.
– Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação –
Provável para as garantias como um todo.
– Conclusão – A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos
para consertos de produtos com garantia vendidos antes da data do
balanço.
Passivos e Provisões
Cesp, DFP 2010
Patrimônio Líquido
Definição
• PL existe?
• CPC: Patrimônio Líquido é o valor residual
dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos.
– Por exclusão, o que não é passivo é PL
– O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado
no balanço patrimonial depende da mensuração dos
ativos e passivos.
– Não impede o detalhamento por natureza
• Capital, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em
tesouraria e prejuízos acumulados.
PL sob a Perspectiva das
Teorias:
• Teoria do Proprietário
• Teoria da Entidade
• Teoria do Acionista Ordinário
• Teoria do Fundo
• Teoria do Empreendimento
Teoria do Proprietário
Ativo – Passivo = Proprietário
• Abordagem mais antiga do Patrimônio Líquido.
• A propriedade é vista como o valor líquido da empresa
para seus donos.
– PL = ativos líquidos
• Os passivos representam obrigações do dono. Receitas
e despesas determinam o lucro do dono.
• Proprietário
– Centro de atenção da Contabilidade
– Posição de Principal Interesse
• Adapta-se às formas organizacionais mais simples.
Ativo = Obrigações + PL
ou
Ativo = Passivo
• Contraposição à teoria do proprietário
• Surgiu no final do séc. XIX, com a popularização do mercado
acionário e das DCs para usuários externos. Necessidade de
separar a gestão da propriedade.
• A entidade tem personalidade própria e vida distinta das
atividades e dos interesses pessoais dos proprietários.
• Ativo = Obrigações
• Passivo  conotação de origem dos recursos globais.
• A entidade é o centro da atenção da Contabilidade.
• Lucro é uma medida de eficiência gerencial.
Teoria da Entidade
• Ou Teoria Residual.
• Os acionistas ordinários são considerados os donos do
negócio e a informação contábil deve focar a decisão
destes acionistas e a previsão dos seus dividendos
futuros.
• Considera a ação ordinária como sendo o financiador
de capital com mais elevado nível de risco.
Ativos – Passivo – Ações Preferenciais = Interesse residual
• Interesse residual  acionistas ordinários
Teoria do Acionista Ordinário
Teoria do Fundo
Ativos = Restrições sobre os ativos (Fundo)
• Considera um grupo de ativos e suas obrigações
relacionadas.
• Centrada no Ativo – gestão e uso apropriado.
• Implica, às vezes, na existência de contabilidade
separada para cada um dos fundos (próprio ou de
terceiros)
• Capital Investido  Representam restrição financeira
para o uso dos ativos
• Utilizada por entidades governamentais e sem fins
lucrativos – recursos captados com finalidade
específica.
• O Lucro não é o ponto central da contabilidade.
Teoria do Empreendimento
Ativo+Despesas+Perdas =
Passivo+Receitas+Ganhos+PL, se
positivo
• A contabilidade deve estar voltada para outros
usuários: empregados, governo, entidade
reguladoras, governo e público.
• Extensão social da teoria da entidade
• Empreendimento é uma instituição social mantida
para o benefício de muitos grupos interessados.
• Essa teoria tem sido utilizada para justificar a
publicação do valor adicionado e balanço social
(distribuição do resultado: juros, dividendos e
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  • 1. Teoria da Contabilidade Prof. PedroLuisdeMoraes Passivo e PL
  • 2. Passivo – Definições • Teoria da Propriedade: – Exigibilidades são “subtraendos dos ativos, ativos negativos” (Hatfield, 1927). • Teoria dos Fundos: – Passivos são “reservas ou restrições aos ativos, derivantes de considerações legais, eqüitativas, econômicas ou gerenciais”. • Teoria da Entidade: – Exigibilidades são “reclamos contra a entidade ou, mais especificamente, contra os ativos da entidade.”
  • 3. Composição das Exigibilidades • “Os interesses dos credores (exigibilidades) são reclamos contra a entidade e derivam de atividades passadas ou eventos, que, usualmente, requerem, para sua satisfação, o gasto de recursos coorporativos”. (AAA, 1957) • Origem no passado (necessariamente); • Indicação de um credor; • Indicação de um valor razoável; • Data prevista (estimativa de um vencimento); • Consumo de ativo.
  • 4. Hendriksen e Breda (1999): O reconhecimento de uma exigibilidade depende do reconhecimento do outro lado da transação  Incorrência de uma despesa;  Reconhecimento de uma perda (greve);  Recebimento, por parte da empresa, de um ativo específico. Reconhecimento do Passivo
  • 5. Tipos de Passivos Atividades operacionais, líquidas e certas: decorrentes das atividades usuais da empresa Atividades de financiamento: decorrentes da contratação de empréstimos (capital giro e/ou investimento) Atividades societárias: Obrigações estatutárias p/ sócios e outros Provisões Arrendamentos a pagar Salários e encargos Obrigações fiscais Contas a pagar Adiantamentos de clientes Fornecedores Empréstimos e Financiamentos Juros a pagar Debêntures a pagar Dividendos a pagar Participações a pagar
  • 7. Definições • Provisão: – É um passivo de prazo ou de valor incertos. • Passivo: – É uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. • Evento que cria obrigação: – É um evento que cria uma obrigação legal ou não formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidar essa obrigação.
  • 8. Reconhecimento • Uma provisão deverá ser reconhecida quando: – (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; – (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e – (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. As provisões são distinguidas dos outros passivos, pois há incerteza em relação ao prazo ou ao valor do desembolso futuro;
  • 9. Provisões Provisão para garantias Provisão para riscos fiscais Provisão para riscos trabalhistas Provisão para riscos cíveis Provisão para danos ambientais Etc...
  • 10. Passivo Contingente • Em sentido geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu prazo ou valor. • O CPC 25 usa o termo “contingente” para passivos e ativos que não sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. • Adicionalmente, o termo passivo contingente é usado para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento. • Passivo contingente (reconhecimento): – A entidade não deve reconhecer passivos contingentes; – Os passivos contingentes devem ser divulgados em notas explicativas (a não ser que a possibilidade seja considerada como remota).
  • 11. Mensuração das Provisões A entidade deve utilizar a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação; A entidade pode calcular o “valor esperado”, por meio da avaliação dos cenários possíveis; Ajuste a valor presente: deve ser realizado (a não ser que os efeitos não sejam considerados como materiais).
  • 12. Exemplo: Processo Trabalhista • Existem cinco processos trabalhistas, da mesma natureza, contra a empresa, julgados por juízes diferentes, e é provável o pagamento das indenizações reclamadas. A probabilidade de ocorrência dos desembolsos futuros é: Processos Desembolso (R$ mil) Probabilidade de ocorrência Provisão 1 100 75% 75 2 70 50% 35 3 30 80% 24 4 120 75% 90 5 80 45% 36 Mensuração adequada: ponderar os possíveis desfechos – montante de $260.
  • 13. Mudança e Utilização das Provisões  As provisões devem ser revistas a cada balanço e ajustadas para refletir a atual melhor estimativa.  Se já não é provável que uma saída de recursos será necessária para estabelecer uma obrigação, a provisão deverá ser revertida.  Uma provisão deve ser usada somente para gastos relacionados com a provisão originalmente reconhecida.
  • 14. Reconhecimento e Evidenciação Tipo de Risco Tratamento Atual Contabiliza Notas Explicativas Risco provável e quantificável (provisão) Sim Sim Risco Provável e não quantificável (contingência) Não Sim Risco Possível (contingência) Não Sim Risco Remoto Não Nada é informado
  • 15. Exemplo de Constituição de Provisões
  • 16. Garantia • Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores do seu produto. – De acordo com os termos do contrato de venda, o fabricante compromete a consertar, por reparo ou substituição, defeitos de produtos que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a data da venda. De acordo com a experiência passada, é provável (ou seja, mais provável que sim do que não) que haverá algumas reclamações dentro das garantias. – Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – O evento que gera a obrigação é a venda do produto com a garantia, o que dá origem a uma obrigação legal. – Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável para as garantias como um todo. – Conclusão – A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos para consertos de produtos com garantia vendidos antes da data do balanço.
  • 19. Definição • PL existe? • CPC: Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. – Por exclusão, o que não é passivo é PL – O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. – Não impede o detalhamento por natureza • Capital, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
  • 20. PL sob a Perspectiva das Teorias: • Teoria do Proprietário • Teoria da Entidade • Teoria do Acionista Ordinário • Teoria do Fundo • Teoria do Empreendimento
  • 21. Teoria do Proprietário Ativo – Passivo = Proprietário • Abordagem mais antiga do Patrimônio Líquido. • A propriedade é vista como o valor líquido da empresa para seus donos. – PL = ativos líquidos • Os passivos representam obrigações do dono. Receitas e despesas determinam o lucro do dono. • Proprietário – Centro de atenção da Contabilidade – Posição de Principal Interesse • Adapta-se às formas organizacionais mais simples.
  • 22. Ativo = Obrigações + PL ou Ativo = Passivo • Contraposição à teoria do proprietário • Surgiu no final do séc. XIX, com a popularização do mercado acionário e das DCs para usuários externos. Necessidade de separar a gestão da propriedade. • A entidade tem personalidade própria e vida distinta das atividades e dos interesses pessoais dos proprietários. • Ativo = Obrigações • Passivo  conotação de origem dos recursos globais. • A entidade é o centro da atenção da Contabilidade. • Lucro é uma medida de eficiência gerencial. Teoria da Entidade
  • 23. • Ou Teoria Residual. • Os acionistas ordinários são considerados os donos do negócio e a informação contábil deve focar a decisão destes acionistas e a previsão dos seus dividendos futuros. • Considera a ação ordinária como sendo o financiador de capital com mais elevado nível de risco. Ativos – Passivo – Ações Preferenciais = Interesse residual • Interesse residual  acionistas ordinários Teoria do Acionista Ordinário
  • 24. Teoria do Fundo Ativos = Restrições sobre os ativos (Fundo) • Considera um grupo de ativos e suas obrigações relacionadas. • Centrada no Ativo – gestão e uso apropriado. • Implica, às vezes, na existência de contabilidade separada para cada um dos fundos (próprio ou de terceiros) • Capital Investido  Representam restrição financeira para o uso dos ativos • Utilizada por entidades governamentais e sem fins lucrativos – recursos captados com finalidade específica. • O Lucro não é o ponto central da contabilidade.
  • 25. Teoria do Empreendimento Ativo+Despesas+Perdas = Passivo+Receitas+Ganhos+PL, se positivo • A contabilidade deve estar voltada para outros usuários: empregados, governo, entidade reguladoras, governo e público. • Extensão social da teoria da entidade • Empreendimento é uma instituição social mantida para o benefício de muitos grupos interessados. • Essa teoria tem sido utilizada para justificar a publicação do valor adicionado e balanço social (distribuição do resultado: juros, dividendos e salários).