SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 86
GUIA MINAS GERAIS
Paula Meyer / 2021
Sumário
Mapa de Minas ......................................................................03
Roteiro ........................................................................................04
Curiosidades de Minas Gerais
Curiosidades Gerais .............................................................05
Personalidades .......................................................................06
Pratos Locais ............................................................................15
Guia
São João Del Rei ...................................................................17
Tiradentes .................................................................................24
Bichinhos ...................................................................................30
Itabira .........................................................................................33
Barbacena ................................................................................40
Barão de Cocais .....................................................................46
Ouro Preto ................................................................................48
Mariana .....................................................................................65
Congonhas................................................................................70
Cordisburgo .............................................................................75
Brumadinho .............................................................................83
1) Libertas Quae Sera Tamen, o lema na bandeira do estado,
significa Liberdade Ainda que Tardia.
2) UAI – Uma das teorias que explica que essa era uma
expressão usada durante a Inconfidência Mineira para que seus
membros se identificassem e não fossem achados pela polícia
portuguesa. Significa União, Amor e Independência.
3) O território de Minas Gerais é maior do que o francês.
4) Minas é o segundo estado mais populoso, com 20 milhões de
habitantes. O primeiro é São Paulo, com 40 milhões.
5) Minas é o estado com maior número de municípios: 853.
6) A primeira cidade de Minas Gerais foi Mariana. À propósito…
Você sabia que Mariana foi a primeira capital mineira?
7) A menor cidade do Brasil é a mineira Santa Cruz de Minas.
8) Inhotim é o maior museu de arte contemporânea a céu aberto
do mundo. Localizado em Brumadinho, o Instituto Cultural
Inhotim expõem, em seus pavilhões, galerias e jardins, obras de
relevantes artistas nacionais e internacionais.
9) A menor basílica do mundo fica em Minas. Singela e
encantadora, a Basílica Ermida da Padroeira de Minas Gerais –
Nossa Senhora da Piedade é a menor do mundo.
10) O Catupiry (que, na verdade, é um queijo cremoso) é uma
criação brasileira. Ele foi criado por Mário e Isaíra Silvestrini, um
casal de imigrantes italianos, em 1911, em Lambari, Minas Gerais.
A palavra catupiry tem origem tupi-guarani e significa
“excelente”.
https://www.portaltresmarias.com.br/post/10-curiosidades-sobre-minas-gerais
https://www.bing.com/search?q=curiosidades+de+minas+gerais&cvid=eab85e19539b44efacc6564f912055cb&aqs=edge.0.0j69i57j69i60l2.3771j0j9&PC=U531&first=1&FORM=PERE
Tomás Antônio Gonzaga (1744 – 1810)
Patrono da cadeira no 37 da Academia Brasileira de Letras,
nasceu na cidade do Porto, em Portugal. Era filho do brasileiro
dr. João Bernardo Gonzaga e de dona Tomásia Isabel Clark.
Passou parte da infância no Recife e na Bahia, onde o pai servia
na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal para
completar os estudos, matriculando-se na Universidade de
Coimbra, onde concluiu o curso de direito aos 24 anos.
Depois de formado, exerceu alguns cargos de natureza jurídica
e candidatou-se a uma cadeira na Universidade de Coimbra,
apresentando a tese "Tratado de Direito Natural". Em 1778, foi
nomeado juiz-de-fora na cidade de Beja, com exercício até 1781.
No ano seguinte, no Brasil, foi indicado para ocupar o cargo de
Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (atual Ouro Preto), em
Minas Gerais.
Nessa época, o poeta, aos 40 anos, dedicava poesias a Maria
Doroteia Joaquina de Seixas, de apenas 17 anos, que iriam fazer
parte do livro "Marília de Dirceu". A família da moça, muito
tradicional, opunha-se ao romance, mas aos poucos a resistência
foi cedendo. Em 1789, Tomás Antônio Gonzaga foi acusado de
participação na Inconfidência Mineira. Detido, foi enviado para
a Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, partindo depois para
Moçambique, onde conheceu Juliana de Sousa Mascarenhas de
Sousa Mascarenhas, filha de um rico comerciante de escravos, e
teve um casal de filhos. Faleceu no exílio em dia desconhecido,
no mês de fevereiro de 1810.
Tomás Antônio Gonzaga, cujo nome arcádico é Dirceu, escreveu
poesias líricas, típicas do arcadismo, com temas pastoris e de
galanteio, dirigidas à sua amada, a pastora Marília. As "liras"
refletem a trajetória do poeta. Antes da prisão, apresentam a
ventura do amor e a satisfação com o momento presente.
Depois, trazem o infortúnio, a justiça e o destino. As "Cartas
Chilenas" correspondem a uma coleção de doze cartas, poemas
satíricos que circularam em Vila Rica poucos antes da
Inconfidência Mineira.
Cláudio Manuel da Costa (1729 – 1789)
Foi um dos mais importantes poetas do Arcadismo no Brasil. A
publicação de “Obras Poéticas” (1768) representa o marco inicial
do movimento no País.
Além de escritor, ele foi advogado, jurista brasileiro e participou
do movimento da Inconfidência Mineira.
Cláudio Manuel da Costa é patrono da cadeira n.º 8, na
Academia Brasileira de Letras (ABL).
Cláudio Manuel da Costa nasceu em 5 de junho de 1729 na Vila
do Ribeirão do Carmo (atual Mariana), Minas Gerais. Era filho
de João Gonçalves da Costa e de Teresa Ribeiro de Alvarenga.
Iniciou seus estudos em Vila Rica (atual Ouro Preto), e mais tarde
mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou filosofia no
Colégio dos Jesuítas.
Com 20 anos de idade viaja para Portugal com o intuito de
estudar na Universidade de Coimbra. Em 1753, formou-se em
Cânones por essa Universidade.
Retorna ao Brasil e passa a viver em Vila Rica. Ali trabalhou com
advogado, secretário do Governo da Província e foi juiz
medidor de terras da Câmara de Vila Rica.
Em 1768, fundou uma Arcádia chamada “Colônia Ultramarina”,
na cidade de Vila Rica. A partir disso e da publicação de Obras
Poéticas, Cláudio Manuel da Costa é considerado o introdutor do
movimento arcadista no Brasil.
Vale ressaltar que Cláudio Manuel da Costa foi amigo do pintor
Aleijadinho e de Tiradentes, o líder da Inconfidência Mineira.
Foi grande amigo do escritor árcade Tomás Antônio Gonzaga e,
como ele, esteve envolvido no movimento da Inconfidência
Mineira. Por conta disso, foi interrogado e preso em 1789.
Chegou a denunciar seus amigos, suicidando-se em 4 de julho de
1789 na cadeia de Ouro Preto, Minas Gerais. Faleceu com 60 anos.
Tiradentes (Ritápolis 1746 – 1792)
1. Segundo o professor de história João Ribeiro Netto, Tiradentes
nunca foi cabeludo. “Pesquisas da época mostram que
Tiradentes nunca usou barba nem cabelo comprido. No dia em
que foi enforcado estava, inclusive, sem barba e com a cabeça
raspada, pois era assim que ficavam os presos para evitar a
proliferação de piolhos”, diz o especialista.
2. Depois de ser enforcado, no dia 21 de abril de 1792, seu corpo
foi esquartejado. Sua cabeça foi levada para Vila Rica, em Minas
Gerais, e exposta em um poste, em praça pública. O mais
interessante (e sinistro) é que três dias depois ela foi roubada e
nunca mais foi encontrada.
3. Apesar de ficar conhecido como dentista, Tiradentes também
foi tropeiro, minerador, engenheiro e militar. Ele chegou até a
ser segundo-tenente da Sexta Companhia de Dragões de Minas Gerais.
4. Apesar de ser conhecido no mundo pelo nome de Tiradentes,
Joaquim José da Silva Xavier odiava arrancar os dentes das
pessoas. “Ele já era um dentista a frente do seu tempo. Naquela
época era comum extrair um dente por qualquer motivo, mas
Tiradentes não concordava com isso. Dizem que ele procurava
várias formas de fazer as pessoas manterem seus dentes
originais”, diz o professor.
5. Apesar de ter tido dois filhos, Tiradentes nunca se casou. Ele
teve João, com a mulata Eugênia e Joaquina, com Antônia Maria
do Espírito Santo. A única vez que se apaixonou de verdade já
tinha 40 anos e foi por uma menina de 15, que já estava
prometida para outro homem.
6. Como Tiradentes foi condenado por Inconfidência (traição à
coroa), os sinos da igreja da cidade não poderiam tocar durante
sua execução. “No entanto, diz a história, que no momento de
seu enforcamento, o sino badalou cinco vezes”, diz João.
7. Depois da sua execução, a casa de Tiradentes em Vila Rica foi
queimada, jogaram sal grosso no chão para que nunca mais
crescesse nada naquelas terras e seus parentes foram todos
condenados infames.
8. Tiradentes é o único brasileiro que teve sua data de morte
transformada em feriado nacional. É também o mais citado no
Google, existem hoje mais de 2 milhões de páginas que citam
seu nome.
Aleijadinho (1738 – 1814)
Antônio Francisco Lisboa nasceu em Bom Sucesso, subúrbio de
Vila Rica, hoje Ouro Preto, Minas Gerais.
Era filho do arquiteto português Manuel Francisco Lisboa e da
escrava Isabel. Manuel Francisco Lisboa chegou à Vila Rica em
1728 e passou a trabalhar em carpintaria, arquitetura e escultura;
era casado com Antônia de São Pedro e tinha quatro filhos desse
casamento.
Logo ao nascer, Antônio Francisco recebeu carta de alforria de
seu pai, e alguns anos depois teve com ele as suas primeiras
lições de arquitetura e escultura. Recebeu ainda instruções do
artista português João Gomes Batista, que trabalhava como
gravador de moedas em uma casa de fundição de Vila Rica.
Algum tempo depois Antônio Lisboa foi trabalhar por conta
própria, fazendo esculturas e planejando igrejas. Seus trabalhos
já chamavam a atenção de todos, até das cidades vizinhas, mas
não assinava seus trabalhos e nem os livros de registros de
pagamentos por ser mestiço.
No auge da fama, foi acometido por duas graves doenças:
porfiria e hanseníase, quando perdeu os dedos dos pés e foi
obrigado a andar de joelhos, perdendo também alguns dedos
das mãos, restando apenas os dedos indicadores e polegares.
Por causa da doença foi apelidado de Aleijadinho.
Mesmo doente, Aleijadinho continuou trabalhando, com a ajuda
de três escravos. Um deles, chamado Justino, um dia fugiu
levando o dinheiro de um grande trabalho. Outro escravo e
discípulo seu, chamado Maurício, ajudava-o amarrando às suas
mãos o cinzel e o martelo com uma correia de couro.
Vivia sempre isolado; saía de casa de madrugada e retornava
tarde da noite para que ninguém reparasse a sua deformidade.
Morreu aleijado, cego e na miséria, no dia18 de novembro de
1814. Foi sepultado numa vala comum da Confraria da Boa Morte,
em Vila Rica.
Alphonsus de Guimaraens (1870 – 1921)
Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo de Afonso Henrique da
Costa Guimarães, nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 24
de julho de 1870. Filho do comerciante português Albino da Costa
Guimarães e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, fez os
cursos básicos em Minas Gerais.
Aos 17 anos se apaixonou pela prima Constança, filha do escritor
Bernardo Guimarães seu tio-avô. Com a morte prematura da
prima, em 1888, o poeta abandona o curso de Engenharia e se
entrega a vida boêmia.
Nessa época, Alphonsus de Guimaraens já colaborava no
Almanaque Administrativo, Mercantil, Industrial, Científico e
Literário do município de Ouro Preto.
Em 1891 resolve viajar para São Paulo com o amigo José
Severino de Resende, e Inicia o curso de Direito na Faculdade de
Direito do Largo de São Francisco, entrando em contato com os
poetas simbolistas.
De volta para Ouro Preto, em 1893, continua o curso de Direito na
recém-criada Academia Livre de Direito de Minas Gereis,
colando grau em 1895.
 Cruz e Souza (Negro / Simbolismo)
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987)
1. Drummond foi expulso do internato que frequentava por
"insubordinação mental" aos 17 anos, porque se desentendeu
com o seu professor de português. Nessa época, o poeta era
conhecido como "general" por causa de seu jeito altivo.
2. Em 1923, Carlos Drummond resolveu fazer uma faculdade e se
matriculou na Escola de Odontologia e Farmácia, em Belo
Horizonte.
3. Os primeiros contatos entre Drummond e os modernistas
aconteceram em 1924. Conheceu os poetas Mário de Andrade e
Oswald de Andrade e a pintora Tarsila do Amaral. Apesar do
sobrenome comum, Mário, Oswald e Carlos não tinham nenhum
parentesco.
4. Ele lançou seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em 1930. Foram
publicados apenas 500 exemplares.
5. Drummond nunca aceitou fazer parte da Academia Brasileira
de Letras.
6. A cidade natal de Drummond, Itabira, tem 44 poemas do
escritor espalhados pelas ruas. Eles foram colocados nos locais
que inspiraram os versos.
7. Já velho e magro, costumava caminhar todas as tardes na
praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Mesmo assim, como
bom mineiro, não gostava do mar.
8. Drummond morreu no dia 17 de agosto de 1987, doze dias
depois da morte de sua filha, Maria Julieta. Ela tinha 59 anos e
passou dois lutando contra o câncer. Pai e filha chegaram a
travar uma disputa para ver quem morreria primeiro. Assim, o
primeiro não sofreria com a perda do outro. No velório de Maria
Julieta, Drummond disse a um amigo: "Isto não está certo, ela
deveria ficar para fechar os meus olhos".
9. Drummond era agnóstico e pediu que nenhuma homenagem
ou oração fossem feitas durante o seu sepultamento. Também
não queria cruz ou símbolos religiosos. Seu enterro, realizado
no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de
800 pessoas, entre amigos, parentes, artistas, políticos e fãs. Seu
corpo foi enterrado ao lado do da filha.
10. FASE GAUCHE / FASE SOCIAL / FASE DO NÃO / FASE
MEMORIALISTA
Guimarães Rosa (1908 – 1967)
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo em 1908. Antes de
se tornar um grande escritor, foi também médico e diplomata,
mas nunca se afastou de sua paixão pela escrita, cultivada
desde a infância. Ainda criança, começou a estudar várias
línguas: inglês, espanhol, francês, russo, esperanto, alemão,
italiano, latim e grego.
Sua obra teve como elemento central o sertão brasileiro e uma
de suas principais características é o uso de uma linguagem
inovadora, cheia de arcaísmos e neologismos.
Guimarães Rosa foi um dos principais expoentes da Terceira
Geração Modernista, com obras aclamadas como “Grande
Sertão: Veredas” (romance), “Corpo de Baile” (livro de novelas)
“Sagarana” e “Primeiras Estórias” (livros de contos).
Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963, só tomou
posse em 1967. Adiou-a por 4 anos pois temia ser tomado por uma
forte emoção, e faleceu 3 dias após, vitimado por um ataque
cardíaco.
Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977)
Nasceu em 1914 em Sacramento, uma comunidade rural do
interior de Minas, onde morou até os 16 anos. Vivendo na favela,
em São Paulo, ganhava a vida como catadora de papel — e
escrevia em cadernos encontrados em meio ao material que
recolhia.
Alguns de seus livros — no total, escreveu 8 — só foram
publicados após sua morte, em 1977. “Quarto de despejo”, o mais
conhecido, revela detalhes de sua vida sofrida e das dificuldades
que passou para garantir seu sustento e de seus 3 filhos. Em
“Diário de Bitita”, compilou lembranças de sua infância e
adolescência em Minas Gerais.
Sua sensibilidade aguçada e a maneira incisiva de abordar
questões sociais importantes, como a desigualdade e o racismo,
contribuem para que a obra de Carolina seja cada vez mais
reconhecida na literatura brasileira.
Darcy Ribeiro (1922 – 1997)
Darcy Ribeiro foi um sociólogo, antropólogo, educador, escritor
e indigenista brasileiro, defensor da causa indígena e da
educação pública e de qualidade. Seus estudos publicados em
vasta produção bibliográfica são centrais para o entendimento
da cultura indígena e da formação do povo brasileiro.
O antropólogo Darcy Ribeiro também escreveu romances e
entrou para a Academia Brasileira de Letras por suas
contribuições literárias. Dentre seus grandes feitos, estão a
criação do Museu do Índio, a fundação da Universidade de
Brasília (UnB), a criação de um amplo projeto de educação em
tempo integral no Rio de Janeiro (os Cieps) junto ao governador
Leonel Brizola, a fundação do Parque Nacional do Xingu e a
participação na criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira – LDB.
 O que foi o Clube da Esquina?
O encontro das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa
Tereza, em Belo Horizonte, forma a esquina mais famosa das
Minas Gerais. O espaço físico de um clube ― como sugerido pela
exportação do termo Corner Club ― nunca existiu, mas o ponto
de encontro, sim.
Foi então, literalmente em uma esquina de BH, que um grupo de
jovens músicos começou a se reunir para criar, antes de mais
nada, a amizade que foi a fundação do movimento musical do
Clube da Esquina.
Era 1983 quando a amizade entre Milton Nascimento e os irmãos
Marilton, Marcio e Lô Borges, aliada à suas afinidades artísticas
e poéticas, os fizeram dar início ao Clube da Esquina.
Com o tempo, outros integrantes chegaram para compor o
Clube. Entre eles, estavam Flávio Venturini, Tavinho Moura,
Toninho Horta, Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e
Murilo Antunes.
Outros nomes de peso para Literatura nacional: Bernardo
Guimarães, Fernando Sabino, Ziraldo, Rubem Braga, Autran
Dourado, Rubem Alves, Paulo Mendes Campos, Murilo Rubião,
Murilo Mendes, Henriqueta Lisboa, Abgar Renault, Cyro dos
Anjos, Oswaldo França Jr., Bartolomeu Campos de Queirós,
Lúcia Machado de Almeida, Laís Corrêa de Araújo, Alaíde Lisboa,
Pedro Nava, Roberto Drummond, Otto Lara Resende, Conceição
Evaristo, Ana Maria Gonçalves, dentre outros.
Bambá de couve
Tradicional da região de Ouro Preto,
o bambá de couve é feito à base de
fubá de milho. Sua origem está
ligada aos tempos da escravidão.
Acredita-se que os escravos
aproveitavam o resto do mingau de
fubá da casa grande, e para dar mais
saciedade, o incrementavam com couve rasgada, pé e orelha de
porco. Ainda hoje, o formato da couve é um dos itens que
caracterizam um legítimo bambá. A diferença é que, ao longo
do tempo, as carnes foram substituídas por linguiça.
Ora-Pro-Nobis
Muito característica das comidas
típicas de Minas Gerais, a ora-pro-
nobis é uma hortaliça usada em
refogados, saladas, sopas, tortas e
omeletes. Entretanto, seu preparo
mais tradicional é em forma cozido,
junto com o frango caipira.
Na cidade de Sabará, inclusive, acontece um evento anual que
recebe o nome de Festival de Oro-pro-nobis e apresenta
diversos pratos com a verdura. A título de curiosidade, o nome
da planta vem do latim, e quer dizer “orai por nós”.
Frango ao Molho Pardo
Aqui vai um divisor de opiniões.
Alguns dizem que o frango ao molho
pardo é bem forte, outros que o
prato é o melhor de Minas Gerais.A
receita é herança portuguesa, a
galinha cabidela.
O preparo orienta que a ave,
cortada em pedaços, tenha o caldo engrossado pelo próprio
sangue, acrescido de vinagre, para evitar que coagule.
São João Del Rei que a princípio se chamava Arraial Novo do
Rio das Mortes, foi fundada entre 1704 e 1705 naquela época a
corrida do ouro deu origem a cidade que tinha como objetivo
ser um ponto de entreposto entre Paraty-RJ e as cidades da
região central de Minas Gerais (Ouro Preto, Mariana,
Conselheiro Lafaiete entre outras), mas a descoberta de ouro da
região fez com que São João Del Rei também se tornasse ponto
de mineração.
Com mais de 300 anos de história São João Del Rei está entre as
cidades históricas mineiras que mais se desenvolveu
economicamente. Quem chega a cidade se depara com trânsito
e comércio movimentados.
Entretanto ela ainda conserva bela parte do seu patrimônio que
é cheio de belezas arquitetônicas, como a igreja de São
Francisco de Assis e a Catedral Nossa Senhora do Pilar, mas têm
ainda o moderno Memorial Tancredo Neves, figura ilustre que
nasceu na cidade. O museu possui recursos digitais que contam
a vida do ex-presidente juntamente a história de Minas Gerais.
Além disso, na antiga área geográfica do município, ficava a
Fazenda do Pombal, onde nasceu Joaquim José da Silva Xavier,
o Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira. Depois, em 1962,
mudou-se o mapa da região e essa fazenda passou a fazer
parte do município de Ritápolis.
A arquitetura é uma das principais
características do centro histórico,
em torno de 700 prédios foram
tombados pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) para preservar a
história da antiga cidade colonial. Nesses prédios funcionam
restaurantes, lojas ou bares.
Rua das Casas Tortas, seu nome
original é Rua Santo Antônio, mas,
devido a uma característica da
época ela se tornou a famosa Rua
das Casas Tortas.
Anos atrás, as ruas de São João Del
Rei eram de barro e devido a isso, as casas costumavam se
adaptar ao deslocamento da terra devido as chuvas e o vai e
vem das carroças e cavalos que passavam por ali.
Daí, as casas costumavam ser construídas obedecendo aos
desníveis ou a formação do barranco onde iriam ser edificadas.
Com isso, a rua ganhou diversas casas que possuem paredes
tortas que se consegue observar a olho nu. A rua é uma das
grandes atrações que São João Del Rei apresenta ao visitante.
Com um acervo de 484 peças, o
Museu Regional de São João del
Rei é um passeio imperdível para
os amantes da cultura e da história
do nosso país.
Localizado em um casarão antigo
de três andares, o acervo conta mobílias, utensílios domésticos,
pinturas, instrumentos musicais e até meios de transportes que
os mineiros utilizavam nos séculos XVIII e XIX, que ficam
exposto durante todo o ano.
O Theatro Municipal[1] de São
João del-Rei foi construído em 1893.
Passou por uma grande reforma
entre 1922 e 1925.
Palco difusor da cultura regional
até a década de 1970, chegou aos
anos 1990 abandonado e sem condições técnicas de receber
espetáculos.
Em 1998, através do Instituto Histórico e Geográfico de São João
del-Rei, contando com o apoio da iniciativa privada, foi possível
a sua recuperação e modernização. As obras foram finalizadas
em junho de 2003.
Construído em homenagem ao
político, o Memorial Tancredo Neves
é outra opção de atração cultural
para incluir na lista de passeios em
São João del Rei.
Contando a história de vida de
Tancredo, o museu é bem amplo, dividido em 9 salas e com um
lindo jardim externo, famoso pelo banco com uma estátua
sentada de Tancredo.
E para aproveitar os cenários perfeitos para milhares de fotos,
visite também o Solar dos Neves, um casarão lindíssimo que fica
do ladinho do museu – pertencente também à família Neves.
SOBRE TANCREDO NEVES
Tancredo Neves foi um político brasileiro que ficou muito
conhecido por ter sido o primeiro civil eleito à presidência depois
de 21 anos de Ditadura Militar. A trajetória política de Tancredo
iniciou-se na década de 1930, foi interrompida pelo Estado Novo
e retomada no final da década de 1940. Ele participou ativamente
dos governos de Getúlio Vargas e João Goulart.
Durante a ditadura, Tancredo fez parte da oposição aos
militares, filiando-se ao Movimento Democrático Brasileiro
(MDB). Na década de 1980, foi um dos grandes nomes que
lutaram pela redemocratização do Brasil. Apoiou as Diretas Já
e foi eleito presidente no Colégio Eleitoral de 1985, mas acabou
morrendo antes de assumir a presidência da República.
CURIOSIDADES
 Tinha 11 irmãos.
 Tancredo tentou cursar engenharia; depois, tentou
ingressar na Escola Naval e na Faculdade de Medicina, mas
não passou em ambas as seletivas; por fim, para não ficar
desocupado, escolheu Direito.
 Esteve envolvido em dois acontecimentos importantes de
sua época: a Revolução de 1930 e a Revolução
Constitucionalista de 1932. Na primeira, envolveu-se
diretamente; no segundo caso, apenas participou de
manifestações de apoio aos rebelados em São Paulo.
 O político mineiro faleceu no dia 21 de abril de 1985, após
passar por sete cirurgias e ficar internado por semanas,
primeiro em Brasília e, depois, em São Paulo.
Às sextas e sábados, a visitação é feita das 9h às 17h30. E aos
domingos, o museu funciona das 9h às 15h30.
Importante referência na arquitetura
religiosa colonial, a Igreja de São
Francisco de Assis foi projetada por
Aleijadinho, enquanto, a reforma foi
executada pelo mestre Francisco de
Lima Cerqueira, iniciada em 1774 e
finalizada em 1804. A portada é
esculpida em pedra sabão e possui magnificas talhas que se
organizam formado um formidável desenho. Em seu interior é
possível observar nitidamente a influência do rococó, que é
marcado pela capela-mor, com a composição em relevo da
Santíssima Trindade, seis altares nave, os púlpitos e um
gigantesco lustre de cristal Bacarat, todos ricamente trabalhados
em madeira. Ela está localizada em um lindo jardim de
palmeiras imperiais, com um adro delimitado por um muro de
mármore branco vindo diretamente de Portugal. Além disso, no
cemitério da igreja, encontra-se o túmulo do ex-presidente
Tancredo Neves, natural da cidade. Vale ressaltar que, aos
domingos, a missa é acompanhada por música barroca.
É a mais antiga igreja de São João
del-Rei, é datada de 1708. Nos anos de
1751 e 1936 a igreja foi
substancialmente modificada. A
primeira capela de Nossa Senhora
do Rosário foi benta pelo Vigário da
Vara Padre Dr. Manuel Cabral
Camelo, em 1719, no mesmo local onde hoje se encontra. Onze
anos antes, em primeiro de junho de 1708, quando São João del-
Rei ainda era arraial, foi fundada a Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito. No dia 7 de Julho de 1720 foi
colocada neste templo a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
A história da Basílica está
intimamente ligada à história
da cidade e inicia em
princípios do século XVIII,
quando foi levantada entre
1703 e 1704 uma capela de taipa
coberta de palha no alto do
Morro da Forca dedicada à
Virgem do Pilar. Em torno
desta capela, a primeira do
povoado, formou-se um
arraial. Em 1709 esta capela foi incendiada durante a Guerra dos
Emboabas.
Poucos anos mais tarde a Irmandade do Santíssimo Sacramento,
fundada em 1711 e reservada aos homens brancos mais
abastados da povoação, desejou erguer novo templo para
substituir a capela primitiva que fora destruída, mas
localizando-o no centro da vila. A licença para a construção foi
concedida em 12 de setembro de 1721, com um desenho de
Francisco de Lima Cerqueira para a fachada.
O prédio da Basílica foi erguido em alvenaria de pedra, e
embora guarde muitos traços barrocos da construção primitiva,
mostra alguma influência da estética neoclássica, introduzida
nas extensas reformas a que foi submetido no século XIX. Em
sua frente foi construído um adro com pavimentação de pedra,
ao qual se tem acesso por uma escadaria, sendo cercado por
grade de ferro e pilastras de pedra.
Ainda que faça parte do
município de Ritápolis, a
Fazenda do Pombal não pode
ficar de fora do roteiro da sua
viagem para São João del Rei.
Localizada a 12 km do centro, é
conhecida por ser o lugar de
nascimento de Tiradentes, em
1746, e onde passou parte de sua infância, até os 11 anos de idade.
A casa original conta apenas com as paredes preservadas, mas
possui murais e outras instalações que contam a história de
Tiradentes.
A visitação pode ser feita diariamente das 7h30 às 16h30.
Como chegar | a fazenda faz parte da Floresta Nacional de
Ritápolis, localizada no km 4,5 da BR-494.
Tiradentes é uma das cidades mais lindas do Brasil, a pequena
cidade localizada no estado de Minas Gerais une construções
históricas, pousadas aconchegantes e ótima gastronomia em um
só lugar. Todo o charme da cidade pode ser admirado através
de seus casarões, igrejas e museus e um tour pelo Centro
Histórico de Tiradentes é essencial para ver de perto, tudo o que
a cidade tem a oferecer a seus visitantes.
Uma das cidades mais importantes de Minas Gerais, Tiradentes
foi fundada por volta de 1702, quando os paulistas descobriram
ouro nas encostas da Serra de São José. Durante todo o século
XVIII, a cidade que era chamada na época de Vila de São José
viveu de exploração de ouro, sendo um dos mais importantes
centros produtores de Minas Gerais. Mesmo após tanto tempo,
a cidade ainda possui excelentes exemplares de arquitetura
civil do século XVIII.
A partir de 1889, a cidade passou a se chamar Tiradentes, em
homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da
Silva Xavier. Hoje, a maior fonte de renda da cidade é o turismo,
tendo em vista que o conjunto arquitetônico colonial da cidade
está muito bem preservado, quase inalterado. A cidade foi
tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1938 pelo
IPHAN.
Museu Casa Padre Toledo: ocorreu a primeira reunião dos
inconfidentes, em 1788.
O Largo das Forras é a praça
principal de Tiradentes e um dos
lugares mais gostosos para passar
uma tarde tranquila. Além disso, o
local também é ponto de encontro
para uma série de eventos, shows
e outras atividades culturais da
cidade.
Então você pode aproveitar para dar uma volta pelo centro
histórico e, em seguida, passar algumas horinhas no Largo das
Forras.
A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos
Pretos é um local que precisa visitado,
sobretudo se você gosta de história.
Essa igreja é muito interessante, não
apenas por ter uma arquitetura diferente,
mas também por ter sido frequentada
apenas por negros.
Além disso, toda a parte de ouro da
construção e decoração foi feita a partir
dos desvios dos minérios explorados na cidade.
Por isso mesmo, a porta frontal da igreja ficava fechada e os
frequentadores entravam pela porta lateral.
Construída em 1708, é a igreja mais antiga da cidade. Nos altares
folheados a ouro, as imagens de santos negros ganham
destaque. Elementos da religião católica se misturam aos das
religiões africanas, principalmente do candomblé, o que
evidencia o contato com diversos credos por parte de seus
frequentadores. Santo Elesbão é retratado em uma das imagens
mais relevantes da igreja, tendo sido um rei negro e cristão que
viveu na Etiópia no século VI.
Segunda, Terça, Quarta: 09:00 - 16:00
Quinta, Sexta, Sábado, Domingo, Feriado: Fechado
O Instituto Mario Mendonça é
uma ótima opção para quem
gosta de artes. Isso porque o
local abriga obrar caríssimas e
muito valiosas.
São 900 esculturas e cerca de 1600
quadros de artistas como Tarsila
do Amaral, Botero, Di Cavalcanti,
Portinari e muitos outros.
O local é pouco frequentado, inclusive, porque muita gente acha
que o local permanece fechado. Mas a verdade é que as portas
precisam permanecer fechadas por medidas de segurança.
O melhor desse passeio é que, para conhecer essa obras, não é
necessário pagar nenhum ingresso, pois a entrada é gratuita.
Quinta até Sábado: 13h/17h
Inaugurado em 2014, ele é dedicado à
mãe de Maria e avó de Jesus, que na
religião católica é considerada a
protetora dos lares, da família e dos
mineradores.
Antes de ser tornar museu, era aqui
que ficava a Cadeia Pública de
Tiradentes. Hoje o local abriga mais de 300 imagens da santa,
datadas entre os séculos XVII e XIX, que foram trazidas pela
colecionadora Ângela Gutierrez, há quatro décadas.
O museu funciona de segunda à sábado e feriados, das 10h às
18h. Entrada paga.
Considerado um dos casarões
mais importantes de Tiradentes, o
Museu Casa Padre Toledo foi o
local onde ocorreu a primeira
reunião dos inconfidentes, em 1788.
Ao entrar no museu, você fica
impressionado ao ver de perto os
móveis, itens e pinturas da época.
O nome do casarão, entretanto, ficou para homenagear o padre,
pois há relatos que ele foi o grande responsável pelo
movimento.
O museu funciona de terça à sábado, das 10h às 17h, e aos
domingos das 9h às 15h. Entrada paga.
O Chafariz de São José é mais
um ponto turístico de
Tiradentes que carrega a
história da cidade, construído
há mais de 270 anos.
Repleto de elementos barrocos
e detalhes em quartzo, o
chafariz foi construído em 1749
e era a única fonte de água
potável de Tiradentes – ele era
responsável pelo fornecimento de água para os moradores.
Era ali que as pessoas bebiam a água e ainda lavavam suas
roupas – na parte de trás, há dois tanques. Ele também servia
como bebedouro dos animais. Acima do chafariz, há uma
imagem de São José de Botas, e por isso ele possui esse nome.
Sua água vem direto da nascente Mãe D’água, e até hoje ela é
limpinha. Inclusive, ela também pode ser visitada.
Como chegar | O chafariz fica na Rua Francisco Cândido Barbosa,
número 34.
O Passeio de Maria Fumaça é, sem dúvidas, uma das
experiências mais legais da cidade!
A atração sai de Tiradentes e vai até a lindíssima São João Del-
Rei na mais antiga Maria Fumaça em funcionamento no Brasil!
Em geral, são 45 minutos em 12 km de trilhos com paisagens
incríveis. Além disso, você ainda pode aproveita o passeio para
conhecer São João Del-Rei, cidadezinha história que também
possui todo o seu charme.
O trajeto custa por volta de R$80,00 e os bilhetes podem ser
adquiridos diretamente na bilheteria. Entretanto, como é um
passeio bastante concorrido, o ideal é adquirir os tickets com
antecedência através do site Guichê Virtual.
Quinta-feira, sexta-feira e sábado: 8h às 12h; 13h às 17h;
Domingo: 8h às 12h.
O povoado de Bichinho, MG, chama-se oficialmente Vitoriano
Veloso. Ele fica ao lado de sua vizinha Tiradentes, e é destino
certo para aqueles turistas que buscam passar alguns dias e
entender melhor o Brasil; além de admirar a arquitetura,
gastronomia e a arte que essa região de Minas Gerais
proporciona aos viajantes.
A pequena Bichinho é um distrito que ficou famoso por seu
artesanato, que é revendido para outros estados e até mesmo
fora do Brasil. A Oficina de Agosto e as obras de seu artesão,
trouxeram ainda mais fama para a região.
Criada pelos irmãos Toti e Sônia em 19 de agosto de 1991, nasceu
como uma oficina itinerante, mas ganhou fama internacional e
hoje traz muitos turistas e comerciantes para Bichinho.
Esse encantador vilarejo de Minas Gerais fica bem localizado,
sendo que a distância de BH a cidade de Bichinho é de 198 km ao
sul da capital.
Trata-se de uma dos destinos que compõem a região da Estrada
Real, que era o caminho que os colonizadores faziam para
extrair e transportar o ouro do estado.
É sem dúvidas um dos lugares mais interessantes para se visitar
no Brasil, pois preserva a alma, a arquitetura e os costumes da
história brasileira.
Na verdade o distrito se chama Vitoriano Veloso, mas a lenda
diz que recebeu o curioso apelido devido aos caminhantes, que
na rota a partir de Tiradentes, chegavam com bicho-de-pé. Desci
do carro e fomos caminhar para conhecer mais sobre o
artesanato local.
Andando pelas ruas de Bichinho, acabei descobrindo que além
do nome, também existem outras curiosidades que cercam o
distrito.
Fiquei intrigado ao saber que a grande maioria das casas não
são construídas com tijolos comuns, e sim com adobe, um dos
antecedentes históricos do tijolo que conhecemos.
O adobe é constituído de barro e palha moldados em fôrmas,
sendo um material que se mostra benéfico do ponto de vista
ecológico, pois é mais econômico e regula a temperatura interna
da construção.
Idealizada e criada pelo casal
de atores carioca Renato Maia
e Lu Gatelli, fundadores da Cia
Entreato, a Casa Torta de
Bichinho foi construída com o
objetivo de abrigar um centro
cultural e sede para o grupo de
teatro.
A casa ficou tão linda que virou
um dos principais atrativos
turísticos do pequeno distrito,
tornando um espaço lúdico e interativo, para estimular a
imaginação e criatividade.
A entrada custa R$15, funciona de Horário de Funcionamento: de
quinta a domingo das 10 às 18 horas
A loja do alambique Tabaroa fica em
frente a Casa Torta e possui o formato de
barril (ou pipa, como quiser chamar). Há 4
garrafões de cachaças diferentes para
provar, algumas especiais em garrafas
normais, outras menores e vários produtos diferentes como
queijos e doces. É possível visitar a fábrica logo na entrada do
vilarejo.
A Mazuma Mineira é o projeto de aposentadoria do Fabio e da
Sandra, como eles mesmos gostam de apelidar. O casal que há
cerca de 30 anos tem uma casa de veraneio em Tiradentes, bem
pertinho de Bichinho, se jogou em um curso de mestre
alambiqueiro apenas por hobby, assim que os dois se
aposentaram. Mas o que era apenas passatempo se aprofundou
e após mais estudos surgiu a cachaçaria.
O nome escolhido é bem interessante e remete às tradições
linguísticas de Minas Gerais. No dicionário mineirês, Mazuma é
o jeitinho carinhoso de se pedir “mais uma”. Além disso,
também significa “fortuna” em hebraico e é uma gíria para
“dinheiro” no inglês.
O nome "Itabira" se origina da antiga língua tupi, significando
"pedra que brilha", através da junção dos termos itá ("pedra") e
byra ("que brilha").
Terra do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, o ponto
forte de Itabira é o turismo cultural. Mas as belezas naturais não
ficam para trás, já que a cidade faz parte do Circuito Turístico do
Ouro, coração da Estrada Real e região de maior visibilidade
turística de Minas Gerais.
Quem passa pela cidade logo nota seu belo patrimônio cultural
que conta com rico acervo arquitetônico que forma seu centro
histórico, incluindo sobrados e casarões construídos no final do
século 18 e início do século 19, erguidos em estrutura autônoma
de madeira com vedação em alvenaria de adobe e pau-a-pique.
Quando o assunto é economia, o destaque fica por conta da
mineração. Ainda mais que a história da cidade foi marcada
pela antiga Companhia Vale do Rio Doce, a maior mineradora
do Brasil.
Carlos Drummond de Andrade
Nasceu em Itabira, Minas Gerais
Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por
isso sou triste, orgulhoso: de ferro. — Trecho do poema
Confidência do Itabirano
Foi expulso do colégio
Quando tinha 15 anos, Estudou na capital mineira e depois em
um colégio jesuíta de Nova Friburgo (RJ). Foi lá onde publicou
seu primeiro texto, em 14 de abril de 1918, no jornal do colégio.
Um ano depois, foi expulso por 'insubordinação mental', após
uma briga com seu professor de Português. Ele não pôde se
despedir de ninguém e teve de deixar o colégio durante a
madrugada.
Mais tarde, em sua autobiografia, Drummond afirmou: 'Perdi a
fé. Perdi tempo. E sobretudo perdi a confiança na justiça
daqueles que me julgavam'. Ao jornalista Geneton Morais,
naquela que seria sua última entrevista, disse:
'Não tenho trauma, não. Já falei tanto mal dos padres que me
expulsaram, já esculhambei tanto que hoje estamos quites'.
Traduziu músicas da banda The Beatles
Era fã de Chico Buarque
Morreu 12 dias depois da filha
Drummond morreu em 17 de agosto de 1987, doze dias após a
morte de sua única filha, Maria Julieta, aos 59 anos. Aos 25 anos,
drummond perdeu seu primeiro filho, Carlos Flávio, falecido
poucos meses após o nascimento. Drummond faleceu de ataque
cardíaco no dia 17 de agosto. "Pai e filha chegaram a travar uma
disputa para ver quem morreria primeiro. Assim, o primeiro não
sofreria com a perda do outro. No velório de Maria Julieta,
Drummond disse a um amigo:
'Isto não está certo, ela deveria ficar para fechar os meus olhos'".
Não fez parte da ABL
O escritor sempre rejeitou o título de imortal atribuído aos
membros da Academia Brasileira de Letras. Isso porque
Drummond nunca sequer se inscreveu para candidatar-se para
ocupar uma cadeira.
Desentendimento com Mário de Andrade
Com 22 anos, o poeta lançou seu livro “Os 25 poemas da Triste
Alegria”, de forma artesanal. Uma das pessoas que ele mostrou
sua obra recém-lançada foi Mário de Andrade, que devolveu
fortes críticas. Um ano depois, conta-se que quando se
encontraram Drummond recusou o abraço de Mário – mas
muitos atribuem o gesto à timidez de Drummond.
Agnóstico
Drummond era agnóstico e pediu que nenhuma homenagem ou
oração fossem feitas durante o seu sepultamento. Também não
queria cruz ou símbolos religiosos. Seu enterro, realizado no
cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 800
pessoas, entre amigos, parentes, artistas, políticos e fãs. Seu
corpo foi enterrado ao lado do da filha.
O Museu foi criado em 1971, por meio da Lei Estadual Nº 5.664,
como “Museu do Ferro”, tendo como principais objetivos
pesquisar, recolher, classificar e expor os produtos
característicos das jazidas de minério de ferro; e os objetos de
valor histórico e artístico que se relacionem com a mineração e
a siderurgia. Ainda de acordo com a Lei 5.664, em seu artigo 2º, o
museu deveria ser instalado em um dos casarões históricos do
município.
Somente em 1993, a entidade foi instalada, definitivamente, na
antiga casa de Câmara e Cadeia de Itabira, à praça do
Centenário, 116. Enfim, após 22 anos cumpria-se o artigo 2º da sua
lei de criação.
Ainda na década 1990, o Museu assumiu um novo conceito sobre
sua vocação ao buscar uma identidade mais próxima da história
do município. Com isso, o Museu do Ferro se transformou no
Museu de Itabira.
Em meados de 2010, o prédio foi fechado para reforma, sendo
reaberto em 2018 com a exposição Uma Maravilha Itabirana:
Elke. Na época, roupas, acessórios, objetos pessoais e fotos da
artista foram expostos na parte superior do sobrado. O acervo,
cedido pela família de Elke Maravilha com supervisão de sua
irmã Francisca Grunnupp, chegou a Itabira por meio da ex-
superintendente da FCCDA, Myriam Brandão (amiga da família
e madrinha de Francisca) e inaugurou a primeira exposição
oficial da artista no Brasil.
O Museu de Território Caminhos Drummondianos resgata a
história de Itabira permitindo uma viagem pela obra do Poeta
Maior. As placas com poemas referenciam os fatos, locais e
personagens que fizeram parte da vida de Carlos Drummond de
Andrade em Itabira ou nas lembranças de sua terra natal.
Possibilitam, assim, um contato do público com a poesia
Drummondiana, ao mesmo tempo em que mostra a preservação
do patrimônio histórico e arquitetônico local. É formado por 44
pontos com poemas de Carlos Drummond de Andrade e, para
melhor vivência do museu de território, recomenda-se que a
visita seja feita com o acompanhamento dos guias credenciados
para tal trabalho.
O Parque Natural Municipal do
Intelecto fica localizado na área
central da cidade, na Rua Gerson
Guerra, nº 162, Bairro Santo
Antônio, entre os bairros
Campestre, São Pedro, Centro e
Penha. Horário de visitação de 07
às 17 horas.
O Memorial por si só já é uma obra de arte que merece ser
visitada. Do lado de fora, uma poética vista de Itabira faz pano
de fundo para sua estátua em bronze. Construído em uma área
de aproximadamente 2 mil metros, o projeto, desenvolvido por
Oscar Niemeyer, grande amigo do poeta, tem formato
curvilíneo, um desafio para os engenheiros e mestres de obras
acostumados a planos retos. Para tirar o projeto do papel, eles
tiveram que usar ferramentas e métodos que fizessem o prédio
ser curvado.
Abriga um grande acervo sobre a vida de Drummond, doados
pela Fundação Cultural do Banco do Brasil, pela biblioteca da
Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, familiares e
amigos. Lá, estão a primeira máquina de datilografia do poeta-
cronista; uma coleção de cartas, recebidas de grandes autores e
familiares; prêmios literários e obras de artes feitas em sua
homenagem, rádio de pilha.
O visitante também pode conhecer um exemplar da revista que
ele gostava de ler na infância e certificados do colégio em que
estudou; cartas em que ele trocava com os amigos da pequena
cidade, os poemas que não foram publicados e o recadinho da
mãe, que de tão valioso ficou guardado até amarelar.
Os recortes das crônicas que o poeta escreveu para o Jornal “O
Cometa” foram emolduradas na parede. Elas tiveram
significado importante na vida do poeta. O jornal surgiu em 1979
quando a relação entre Drummond e a cidade estava
estremecida, por causa da interpretação distorcida de uma das
frases do poema “Confidência do Itabirano”, que diz: “Itabira é
apenas um retrato na parede”. Ainda bem que tudo foi
resolvido!
Ao acompanhar este programa especial, você também vai
conferir a mostra assinada pela artista plástica Sandra Bianchi,
que apresenta a biografia do poeta por meio de delicadas
aquarelas.
Ah, e um detalhe curioso: localizado em um ponto privilegiado
da cidade, para chegar ao Memorial é preciso percorrer uma
estradinha de pedras. Carro só pode entrar com autorização da
direção do museu. Para o visitante, a dica é ir a pé e deixar o
carro na praça que fica ao lado do Memorial.
Muito interessante
esse museu, bem
estruturado e conta de
forma muito
organizada a história
dos tropeiros em
Minas. Muitas peças
históricas, mostrando
os costumes, crenças e
valores morais dos
homens e mulheres que desbravaram de Minas ao Rio. Nossa
"Estrada Real". Mas, o mais interessante são as poesias de Carlos
Drummond de Andrade, presentes entre uma peça, sala e
período histórico. Além disso tem o trabalho artístico cultural da
comunidade que estão vivos nesse museu. O artesanato que é
produzido e vendido ajudam nas obras sociais.
Em 12 de outubro de 1903, o governo de Minas Gerais inaugurou
a instituição psiquiátrica: Hospital Colônia de Barbacena e, a
partir desta construção, a cidade mineira ganhou a alcunha de
“Cidade dos Loucos”.
O manicômio de Barbacena fez parte de uma construção
de 7 prédios que abrigavam diferente unidades de tratamento,
onde os pacientes eram separados por sexo, idade e
características físicas. A instituição foi fundada com capacidade
para 200 leitos, porém contava com cerca de cinco mil internos
em 1961.
Esta instituição não era responsável somente por pessoas
da cidade de Barbacena, o hospital recebia diariamente pessoas
de diferentes locais do país e todos chegavam até o local de
trem, conhecido como “trem de doido”, nomeado pelo escritor
Guimarães Rosa, que trabalhou brevemente como médico neste
local. Além dessa menção de Guimarães Rosa, este trem levou
as pessoas fazerem comparações com os campos de
concentração nazista, os quais também usavam trens.
As pessoas eram internadas pela própria família e tais
internações eram justificadas pelo decreto presidencial 24.559 de
1934 baixado por Getúlio Vargas, portanto, qualquer pessoa
tinha a liberdade de solicitar a internação de alguém em um
hospital psiquiátrico, bastava ter um atestado médico.
As pessoas internadas e esquecidas no Manicômio de
Barbacena e nos demais do país eram aquelas indesejadas pela
sociedade, como mulheres abandonadas pelos maridos, pessoas
com deficiência, homossexuais, alcoólatras, militantes políticos,
mães solteiras, mendigos, negros, pobres, indígenas, prostitutas,
entre outros. Os hospitais psiquiátricos eram instituições para
esconder todos que não pertenciam à normalidade determinada
pela sociedade.
As torturas físicas eram rotina em qualquer manicômio
no Brasil, entre as mais conhecidas estavam banhos por
máquinas de alta pressão, tratamentos de choque, banheira com
gelo, agressões físicas. Além disso, muitos internos sofreram
estupros.
Em Barbacena, o período de maior mortalidade foi
registrado durante a Ditadura Militar. Estima-se que 60 mil vidas
foram perdidas neste manicômio e 70% dos internados sequer
foram diagnosticados com doenças mentais.
O Hospital Colônia de Barbacena foi fechado somente
nos anos 80 e, em 1996, um dos pavilhões transformou-se no
Museu da Loucura, com o objetivo de manter viva essa triste e
dolorida história, para que nunca mais tais crimes sejam
cometidos.
Atualmente, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas
Gerais (FHEMIG) é a responsável pelo hospital que acolhe 200
sobreviventes, porque após o fechamento do manicômio, muitos
internos foram transferidos para abrigos com melhores
condições e passaram a receber indenização do Estado.
“QUINCAS BORBA” – MACHADO DE ASSIS
Quincas Borba foi escrito a partir de 1886, sendo publicado em
capítulos na revista A Estação e em volume em 1891. Publicado
dez anos depois de Memórias, romance de que se originou –
seria um spin of – Quincas Borba é o filósofo, criador do
Humanitismo, amigo de Brás Cubas, em cuja casa morreu. Em
Quincas Borba, Machado de Assis retoma o filósofo em sua
viagem a Barbacena, interior de Minas Gerais, anunciada nas
Memórias. É, pois, um desdobramento de sua problemática e de
sua narrativa.
O romance compõe a trilogia realista de Machado de Assis, com
Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, sendo
também uma narrativa de ruptura com o Romantismo. Sai de
cena o mundo idealizado dos românticos e entram as
imperfeições, os defeitos do mundo burguês. Quincas Borba
prende-se mais aos aspectos prosaicos, ao cotidiano da vida na
Corte, não tendo a tensão filosófica de Memórias Póstuma nem
a tensão psicológica de Dom Casmurro.
A construção da narrativa de Quincas Borba difere em dois
pontos essenciais de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Este
transgrediu as características realistas, por começar o enredo
pelo fim/a morte do protagonista e pelo narrador em primeira
pessoa. Quincas Borba manteve a tradição realista da terceira
pessoa e inicia o enredo in media res/no meio da coisa, mais
convencional. Mas ambos apresentam enredo fragmentado e
recorrência aos tempos cronológico e psicológico.
O Hospital começou a funcionar em 1903, com o nome de Azylo
Central de Barbacena. Em 1911, transformou-se em Hospital
Colônia de Barbacena. A partir daí, milhares de pessoas eram
encaminhadas para, teoricamente, serem tratadas naquele
hospital.
Trens chamados de “trens de loucos” chegavam cheios de
pessoas para serem internadas, muitas abandonas pelas
famílias. Com capacidade para 200 pessoas, já chegou a receber
5000!
Superlotação, condições desumanas, doenças. Fácil entender
porque cerca de 700 pacientes morriam por ano. Logo, outro fato
começou a ficar comum: corpos começaram a desaparecer “sem
explicação” – iniciou-se um comércio ilegal para faculdades de
medicina.
Quanto mais entrávamos no museu, mais mergulhávamos nessa
história tão triste. Os pacientes eram trancados em celas,
algemados, tinham que comer com as mãos e muitos ficavam
nus. Em 1930, um diretor sugeriu o chamado “leito único”: camas
foram retiradas e todos dormiam no chão ou em esteiras de
capim. Dizem que o modelo de leito único deu tão certo que o
próprio governo o recomendou, em 1959, para outros hospitais
mineiros.
As condições a que eram submetidos os pacientes eram a mais
degradantes possíveis. Banhos gelados, eletrochoque,
lobotomia. Não havia dignidade. Não havia cuidado. Não havia
esperança. O hospital chegou a ser comparado a um campo de
concentração nazista por um psiquiatra italiano que o visitou.
Tornou-se um verdadeiro de depósito de gente. Pessoas
rejeitadas, excluídas, indesejadas. Pessoas que eram torturadas.
Vimos as algemas, o aparelho de eletrochoque, o picador de
gelo usado para se chegar até o cérebro na lobotomia, cirurgia
irreversível que desconecta algumas áreas do cérebro. Ouvimos
áudios de pacientes gravados pela imprensa, quando as
denúncias começaram a surgir. Gritos, cantos e também relatos
aparentemente bem lúcidos de pessoas contando como foram
parar ali, já que com o tempo qualquer ser indesejado, como
alcoólatras, mendigos, homossexuais, meninas solteiras que não
eram mais virgens e esposas traídas (para que os homens
ficassem com as amantes) eram mandados para lá. Estima-se de
60 mil pessoas tenham morrido e quase 2000 corpos tenham sido
vendidos.
Em 1958, começaram as primeiras denúncias. Em uma sala
dedicada a este fim, podemos ver as notícias do jornal da época,
como a famosa matéria “Nos porões da loucura”. Foi feito
também um documentário chamado Em Nome da Razão.
Em 1958, começaram as primeiras denúncias. Em uma sala
dedicada a este fim, podemos ver as notícias do jornal da época,
como a famosa matéria “Nos porões da loucura”. Foi feito
também um documentário chamado Em Nome da Razão.
Como as coisas demoram, foram 10 anos de discussão para
somente após 10 anos, em 2001, ser assinada a Lei 10216, conhecida
como Lei Antimanicomial.
O Museu das Loucura é daqueles espaços, assim como museus
dedicados à inquisição, ao holocausto, à escravidão e à
ditadura, que são necessários para nos fazer refletir e lutar para
que atrocidades como as foram cometidas não se repitam
jamais. Foi difícil montar esse museu, pois temiam que fosse ruim
para a imagem da cidade e achavam que era uma história que
devia ser esquecida. Conhecer a história, porém, é importante
para não deixar acontecer novamente.
Telefone (32) 3339-1611.
No prédio que era a antiga
Cadeia Pública, hoje funciona
a Casa da Cultura da cidade de
Barbacena. Abriga o Arquivo
Municipal, a Biblioteca Pública
Municipal e Academia
Barbacenense de Letras. O
IEPHA (Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) tombou o local
há alguns anos.
Esta foi a primeira indústria de
fabricação de seda de teor natural no
Brasil. Data do século XIX, e abriga
hoje a Universidade de Música
Popular (Bituca). Esta é uma iniciativa
inclusiva do Centro Regional de
Saúde e do Grupo Ponto de Partida
de Barbacena.
A antiga mansão de João Fernandes
de Oliveira Pena, comendador, é
agora o Museu Municipal. Datando
de 1810, a construção é totalmente no
estilo mineiro colonial.
Nele está abrigado um grande
acervo com:
Peças dos titulares do Império;
Objetos de cunho pessoal de ilustres políticos;
Mobiliário do século XIX;
Centenas de fotos de Barbacena dos 100 últimos anos;
Entre outros objetos de valor cultural.
Um dos atrativos mais visitados em Barão de Cocais é o
Santuário de São João Batista, igreja do século XVII que contou
com a participação intensa do mestre Aleijadinho em sua
construção e ornamentação, os altares são folheados a ouro.
A Serra do Garimpo possui relevante diversidade biológica,
geomorfológica e histórica, além de vistas panorâmicas de onde
se podem avistar seis cidades vizinhas. O Distrito de Cocais é
também bastante procurado pelos turistas. O local é
aconchegante, acolhedor e perfeito para caminhadas, trekking
e passeios a cavalo.
Dentre seus atrativos, destacam-se a Igreja de Sant’ana, o
Sítio Arqueológico da Pedra Pintada com pinturas rupestres de
cerca de seis mil anos, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e
a Cachoeira de Cocais ou Pedra Pintada.
Dicas de Viagem: O Parque Nacional do Caraça, a 26 quilômetros
de distância de Barão de Cocais, localizado nos municípios de
Santa Bárbara e Catas Altas, é uma visita imperdível. O Centro
Histórico é composto pelo Santuário Nossa Senhora Mãe dos
Homens, o prédio do antigo Colégio, o Claustro com a
Catacumba e o Relógio de Sol e o Calvário. O Santuário do
Caraça também possui atrativos naturais como cachoeiras e
trilhas. A pedra do Caraça é um dos pontos mais visitados e dá
nome ao Santuário. À noite, com sorte, o turista pode ver de
perto os lobos-guará que comem nas mãos dos padres da Igreja
Nossa Senhora Mãe dos Homens.
1. Por que o nome Ouro Preto?
O nome Ouro Preto foi adotado em 20 de maio de 1823, quando
a antiga Vila Rica foi elevada a cidade. Segundo reza a lenda,
os exploradores encontraram pedras de granito pretas dentro
do rio que banhava a região e levaram algumas pedras para
averiguar o que seria, por isso o nome “Ouro Preto”. O primeiro
nome da cidade foi Vila Rica.
É bacana observar que Vila Rica se tornou Ouro Preto no ano
seguinte ao da independência do Brasil.
2. O sumiço da cabeça do Tiradentes
Primeiramente, temos que falar que o Tiradentes não é uma
lenda. Joaquim José da Silva Xavier realmente participou da
Inconfidência Mineira e foi morto para que servisse de exemplo
aos demais traidores da Coroa Portuguesa. Segundo a história,
ele foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro.
A cabeça de Tiradentes foi exposta na Praça que hoje leva seu
nome em Ouro Preto. A intenção é que ela ficasse ali até que
fosse consumida pelo tempo. Porém, a cabeça do Tiradentes
sumiu depois do primeiro dia de exposição e até hoje, ninguém
sabe do paradeiro dela.
A praça onde a cabeça foi exposta, no centro de Ouro Preto,
hoje se chama Praça de Tiradentes. É lá que fica o Museu da
Inconfidência. O prédio de arquitetura colonial era antes a Casa
de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Hoje ele é dedicado a
preservar a memória dos inconfidentes e da sociedade mineira
do século XVIII.
3. Aleijadinho realmente existiu?
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, é conhecido como o
maior artista da Arte Colonial Brasileira. A ele são atribuídas
obras não apenas em Ouro Preto, mas também em Sabará, São
João del-Rei e Congonhas, outras cidades históricas mineiras.
No entanto, conta a história, ele passou a conviver com uma
doença que o fez perder os dedos das mãos e todos os dedos
dos pés. Foi assim que o artista ganhou seu apelido: Aleijadinho.
Apesar de toda genialidade, há quem defenda que a figura do
Aleijadinho foi criada décadas mais tarde, justamente para
preencher o papel de herói nacional.
A tese é defendida por Guiomar de Grammont, professora e
pesquisadora da Universidade Federal de Ouro Preto, que
afirma: “muitas obras que são de outros artistas acabaram
sendo atribuídas para Aleijadinho”.
4, Ouro Preto foi a vila mais desenvolvida da colônia no século
XVIII
Pelo menos é isso que garantem alguns historiadores. Numa
época em que São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador eram
pequenas, Ouro Preto – ainda chamada de Vila Rica – chegou
ao auge populacional.
De acordo com o livro “Boa Ventura” de Lucas Figueiredo, “Em
meio século de existência, período em que sua população
branca passou de zero a 30 mil, o berço da corrida do ouro se
transformara numa pequena metrópole. Em 1732, Francisco
Tavares de Brito, conhecedor das Minas Gerais, informava à
Coroa que Vila Rica — “um Potosí de ouro”, segundo ele — era
“mais soberba e opulenta que todas” as vilas da região. Era
mais que isso: era a urbe mais desenvolvida da colônia, um
canteiro de obras em permanente evolução.”
5. Título de Patrimônio Cultural da Humanidade
Uma curiosidade interessante é que em 2 de setembro de 1980 a
cidade de Ouro Preto foi declarada pela UNESCO como
Patrimônio Cultural da Humanidade!
Além disso, alguns dos pontos turísticos de Ouro Preto possuem
reconhecimentos especiais, como a Igreja de São Francisco de
Assis. Ela é considerada uma das 7 Maravilhas de Origem
Portuguesa no Mundo.
6. Por que oratórios foram construídos nas ruas?
O povo mineiro é exemplo de devoção.
Tamanha foi a devoção no século XVIII que o
medo de assombrações foi motivo de preces e
instalações de oratórios das ruas.
Com o pavor e o medo que se espalhava entre
os moradores, a Igreja Católica acabou
permitindo a construção dos oratórios nas
casas, como o que é visto na Rua dos Paulistas,
dedicado a Nossa Senhora do Bonsucesso, e o
Oratório da Rua Barão de Ouro Branco.
7. Qual é a Rua Direita?
Assim como várias cidades mineiras históricas, Ouro Preto
também possui uma “Rua Direita”. Trata-se da Rua Conde de
Bobadela, que fica próxima à Praça Tiradentes.
O nome surgiu por estas ruas estarem localizadas ao lado
direito da principal igreja da cidade, no caso de Ouro Preto, da
principal praça. Por isso, a Rua Direita era muito visada e
importante nesses locais. Era comum a população mais rica e
nobre das cidades terem propriedades na Ruas Direitas.
8. Como surgiu a Rua São José?
A Rua São José, conhecida popularmente como “Rua dos
Bancos” foi construída por volta de 1732, pelos membros da
Irmandade dos Homens Pretos de Nossa Senhora do Rosário
para passagem do Triunfo Eucarístico. Naquela época tinha o
nome de Rua Nova do Sacramento. Desde o início do século XX
é um dos principais pontos comerciais de Ouro Preto.
9. O Barroco em Ouro Preto
O Barroco é um movimento artístico que começou na Europa no
final do século XVI. No Brasil, ele foi trazido pelos colonizadores
cerca de um século mais tarde. As principais características desse
período são o exagero, a riqueza de detalhes e principalmente
o contraste.
Entre o claro e o escuro, o bem e o mal, a carne e espírito; o
Barroco está sempre colocando o homem diante de um conflito
muito maior que ele. É um movimento que se opõe à
racionalidade e à estética de seu antecessor, o renascentismo,
reforçando a ideia de Deus como o centro do universo.
Barroco mineiro em Ouro Preto
O Barroco também é uma maneira da Igreja Católica se
posicionar contra a Reforma Protestante. Os artistas barrocos
foram estimulados pelo clero e pelos nobres a produzirem obras
com essa temática.
Por isso, não é de se estranhar que Ouro Preto, símbolo do
barroco mineiro, seja uma cidade cheia de igrejas e homenagens
religiosas.
10. As Minas de Ouro Preto
Ouro Preto é uma cidade de contrastes. Se por um lado ela
esbanjava riqueza em suas igrejas ornamentadas em ouro, de
outro, os escravos eram massacrados pelos trabalhos nas minas.
Os senhores tentavam evitar o contrabando de ouro, vigiavam
os seus escravos constantemente. Como você pode imaginar,
trabalhar com mineração não é um trabalho fácil. Muitos
escravos morreram sufocados ou afogados dentro das minas de
Ouro Preto.
Hoje, algumas delas estão abertas para a visitação, como a
Mina de Chico Rei. Diz a lenda que essa mina foi comprada por
um escravo liberto, Chico Rei, que foi coroado pelos seus
companheiros na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
11. Marília de Dirceu e Ouro Preto
Outra figura importantíssima na história de Ouro Preto é o
poeta Tomás Antônio Gonzaga. Nascido em Portugal, ele veio
para o Brasil para exercer o cargo de Ouvidor de Vila Rica. Aqui,
ele se apaixonou duas vezes: primeiro pelo arcadismo,
movimento literário que se opunha aos exageros do Barroco, e
depois por Maria Dorotéia.
Os dois chegaram a noivar-se, porém, após ser preso por
participar da Inconfidência Mineira, Gonzaga foi exilado na
África. Sendo assim, ele foi obrigado a abandonar sua noiva em
Vila Rica.
Com o pseudônimo de Dirceu, ele escreveu o poema Marília de
Dirceu, dividido em três partes. Essa uma homenagem dele à
Maria Dorotéia, que na obra é a Marília, e narra tanto sua
paixão quanto o seu sofrimento ao ser separado de sua amada.
A Casa de Tomás Antônio Gonzaga é uma atração muito famosa
em Ouro Preto. O casarão onde o poeta morou é aberto à
visitação, e de lá também dá pra ver a casa de Maria Dorotéia.
 Expressões típicas que vieram do Barroco Mineiro
Algumas expressões famosas da nossa língua também
nasceram dessa época.
Com certeza você já ouviu dizer que alguém dissimulado é santo
do pau oco. Isso porque algumas pessoas costumavam
confeccionar santos de madeira oca para passar pela
fiscalização e contrabandear ouro e diamantes. Basicamente,
era a sonegação fiscal do ciclo do ouro.
Outra expressão que surge nesse período é pé rapado, uma
maneira pejorativa de se chamar uma pessoa de origem
humilde. Historicamente, essa expressão veio de quando as
igrejas (principalmente) costumavam ter um lugar onde os
visitantes limpavam a lama das solas dos sapatos. Os mais
pobres eram os que tinham os pés mais sujos, pois não tinham
como se locomover a não ser andando, e os escravos, por
exemplo, andavam descalços. Então, ao entrar nos
estabelecimentos eles raspavam a sola dos próprios pés para
limpá-los.
Ainda desta época, falavam também em sem eira e nem beira.
Essa expressão refere-se a pessoas que não tem avantajadas
condições financeiras. Eram consideradas pessoas pobres
quando suas casas não tinham aqueles telhados pomposos, com
detalhes que saíam para fora do telhado. As casas que não as
tinham, eram consideradas casas sem eira e nem beira, ou seja,
casa de pobre. São três tipos de detalhes. As eiras, beiras e
tribeiras. Cada uma tem seu significado, ligado a poder, cultura
e abonança.
E por último, uma expressão comum, ligada historicamente ao
Barroco Brasileiro, o feito nas coxas. Uma expressão
geralmente associada a coisas mal feitas, surgiu da época da
colonização, onde as telhas de barro eram feitas por escravos,
que as mediam em suas próprias coxas para fazer o molde.
Assim, cada telha saía de um tamanho e espessura diferente,
fazendo com os telhados da época fossem super desalinhados.
Essa expressão também pode estar associada a “filho feito nas
coxas”, ou seja, uma relação sexual sem penetração, mas que
supostamente gerou uma criança. E aí, qual você acha que é a
opção que mais faz sentido para tal expressão?
Muito próximo da Praça Tiradentes
fica uma das Igrejas mais
importantes de Ouro Preto e a
atração mais visitada da cidade, a
Igreja de São Francisco de Assis.
Considerada a obra prima de
Aleijadinho e um exemplar do
barroco brasileiro. Tanto o projeto
como grande parte das esculturas são assinadas pelo artista.
Nela também existem trabalhos do Mestre Ataíde (celebrado
pintor e decorador brasileiro). O monumento também é um dos
primeiros bens de Ouro Preto tombado pelo IPHAN e faz parte
das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa do Mundo.
(Entrada: R$ 8,00 por pessoa – inteira).
Imagine só a beleza de uma igreja
que é toda trabalhada em Ouro?
Pois bem, a Igreja Matriz de Nossa
Senhora do Pilar é trabalhada em
ouro e ainda possui diversas obras
de arte em seu interior. Essa
visitação é cheia de muita beleza e
um ar de luxo.
Sem contar que é uma experiência única, afinal você não
encontrará muitas fotos do interior da igreja, já que é proibido
a retirada de fotos por lá. Para visitação, é cobrada uma
pequena taxa, que com certeza vale a pena, diante da beleza
do local.
Sua construção teve início em 1766 e finalizou em 1772. O projeto
inicial foi realizado por Manuel Francisco Lisboa e
posteriormente modificado por seu filho, nosso tão conhecido
Aleijadinho, trata-se de uma construção em estilo rococó.
O grande destaque está nas
paredes, onde há azulejos trazidos
de Portugal, com imagens alusivas
à Ordem do Carmo e esse é o único
exemplar que você encontrará em
todo o estado mineiro, então tenho
certeza que ficará encantado com
tanta beleza.
Essa igreja que também é conhecida apenas por
Nossa Senhora do Rosário, e é tombada pelo
IPHAN . Quanto ao seu estilo, há controvérsias,
pois algumas vezes considerada como rococó e
outras como maneirista. O nome faz referência
a sua construção, pois foi uma igreja construída
e frequentada pelos escravos e chama atenção
pelas linhas curvas da fachada. Ao contrário da
fachada, o interior é bastante singelo.
É uma igreja tombada pelo IPHAN que
fica um pouco mais afastada do centro
histórico e para alcança-la é preciso
encarar uma ladeira íngreme, mas vale
o esforço.
Sua construção que começou em 1733
pelo negros escravizados, teve fim
apenas em 1770.
A Igreja, além de possuir obras de
aleijadinho e toda uma história
relacionada a libertação dos escravos,
ainda desbrava uma bela vista de Ouro
Preto.
A Praça Tiradentes é um bom local para começar o seu roteiro
de Ouro Preto, já que ela concentra além de vários atrativos, o
Centro Cultural e Turístico, onde você pode conseguir um mapa
da cidade.
Lá estão alguns dos pontos que falaremos a seguir como o
Museu da Inconfidência, o SESI Ouro Preto – Centro Cultural e
Turístico do Sistema FIEMG, a Câmara Municipal de Ouro Preto,
o Museu da Ciência e Técnica, além de bares e restaurantes.
Para os amantes de história, vale saber que foi nessa praça que
em 1792, a cabeça de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes,
mártir da Independência, foi exposta depois de seu
enforcamento.
A praça é palco de muitos eventos importantes para a cidade,
como as celebrações de no feriado de Corpus Christi,
festividades carnavalescas e outros eventos.
Construído entre os anos de 1785 e 1855,
inicialmente para ser cede da Casa de
Câmara e Cadeia pública. Com estilo
renascentista, está localizada na Praça
Tiradentes. Depois de alguns anos,
passou a ser utilizada somente como prisão. Em 1938 foi
transformada em Museu da Inconfidência, onde um dos salões
abriga as relíquias de alguns dos inconfidentes.
Visitas de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00, valor do
ingresso R$ 10,00. Caso visite o Museu de Ciência e Técnica
primeiro, o ingresso é gratuito.
Ainda na Praça Tiradentes fica
o Museu da Ciência e Técnica
(R$ 6,00 por pessoa – inteira),
que também funciona como
escola e Universidade
Federal.
O Museu é imenso, divido em várias seções. As duas seções que
me chamaram mais atenção foram a sala de pedras preciosas,
com inúmeros tipos de pedras, e a parte de física interativa, onde
se pode brincar e mexer com os objetos.
Uma outra ala importante é a que explica como se desenvolveu
a principal atividade comercial da cidade.
Terça-feira a domingo, das 12h00 às 17h00. O ingresso custa R$ 10,00
e dá direito a visitar o Museu da Inconfidência.
Atrás da Igreja São Francisco de Assis
fica a Feira do Largo de Coimbra (ou
feirinha de pedra sabão). Lá são
vendidos artesanatos como tabuleiros
de jogos, esculturas e vasos esculpidos
em pedra sabão.
Apesar do nome e da predominância
de produtos em pedra sabão, na feira também são encontradas
camisetas, colares, pulseiras, filtros dos sonhos, entre outros
artigos.
A mina fica próxima a Matriz Nossa
Senhora da Conceição, e foi uma das
maiores minas de extração de Ouro do
estado de Minas Gerais. Possui mais de
80 quilômetros quadrados de extensão e
foi desativada no ano de 1888.
Apenas 300 metros são iluminados e
abertos a visitação, e nesses 300 metros dá para entender um
pouco sobre como era a dinâmica do trabalho dos escravos na
mina. Vale a pena conhecer. Valor: R$ 40,00 por pessoa, na
ocasião.
Sobre Chico Rei
Embora não exista comprovação histórica
de sua existência, é um personagem
lendário presente na tradição oral mineira
desde o século 18. Galanga era rei do
Congo, mas acabou capturado com a
família por portugueses e enviado ao Brasil
para ser vendido como escravo. Durante o trajeto, sua mulher,
rainha Djalô, e a filha, princesa Itulo, foram lançadas ao mar.
Galanga chegou ao Rio de Janeiro em 1740 e foi rebatizado
Francisco. Ele e o filho Muzinga foram levados por um Major
para trabalhar na Mina da Encardideira, em Vila Rica (atual
Ouro Preto). Durante muito tempo, Chico trabalhou duro e pôde
comprar a própria liberdade e a de Muzinga. Há quem diga que
ele escondia ouro em pó nos cabelos e ao fim da jornada de
trabalho lavava os fios para recuperar o metal.
Na sequência, Chico comprou a alforria de outros escravos e,
com o passar do tempo, de olho nas dívidas do patrão, foi capaz
de adquirir a Mina da Encardideira, agora mina de Francisco, o
rei. Com a prosperidade alcançada pelo garimpo, libertou mais
escravos com quem teria chegado ao Brasil, muitos deles seus
súditos no Congo. Os alforriados o chamavam “rei”.
A Mina Felipe dos Santos proporciona ao turista algo diferente:
a existência de uma cascata em meio às rochas escavadas da
antiga mina. Passada de geração a geração e herdada pela
atual família do Sr. Geraldo, a mina hoje não possui documentos
precisos sobre a datação de abertura ou finalidade de
exploração. Entretanto, geólogos apontam que o local foi
utilizado no século XVIII para a retirada
do ocre (óxido metálico terroso,
portador de ferro) utilizado na pintura
de obras, artesanato e monumentos da
cidade.
Telefone de Reservas: (31) 3551-4575
Antiga galeria subterrânea utilizada
para extração de ouro nos séculos XVIII
e XIX que atualmente foi adaptada para
visitação turística. As visitas são guiadas
e durante o trajeto são repassadas
informações sobre o ciclo do ouro, que
moldou nosso país. É dada ênfase
especial ao mineradores africanos que
realizaram os trabalhos e nunca eram lembrados. mostramos o
protagonismo, o conhecimento e origem dos africanos que
vieram sequestrados para os trabalhos da mineração
setecentista. Na recepção há loja de arte, artesanato e joalheria,
além de sanitários para os visitantes.
A casa é construída em dois pavimentos.
Pela sua arquitetura, é fácil perceber
que o pavimento térreo foi feito para
funcionar como comércio. Nele existem
quatro vãos e acesso lateral à área de
serviços. A residência ficava no pavimento superior que conta
com três vãos. Foi moradia da família Barão de Camargos, uma
das mais ilustres de Vila Rica.
O interior da casa mostra exatamente como era a vida social da
época. Pertences originais dos Barão de Camargos estão
dispostos pelos cômodos. A impressão é de que os moradores
vão chegar a qualquer momento, convidar-nos para sentar e
tomar um café torrado na hora.
No quintal, uma carruagem que pertence ao Museu da
Inconfidência. É fácil deduzir que era o meio de transporte que
levava damas e cavalheiros da família em suas saídas. Mesmo
antiga e um pouco danificada, parece poder sair a qualquer
momento. Em um passeio típico do século XVIII, quase dá para
ouvir o som agudo das grandes rodas, em atrito com o chão de
pedra sabão ouro-pretano.
Mas a Casa da Baronesa não é uma simples casa antiga
tombada pelo Patrimônio Cultural. Quem visita o lugar pode
conhecer mais a fundo uma história de riquezas e opulência.
Escavações arqueológicas no local deixaram à mostra um
patrimônio incalculável da arquitetura da cidade. Ali, a história
pulsa no espaço de observação do ambiente de exploração dos
primeiros mineradores das Minas Gerais.
Também é possível ver o antigo dreno de águas pluviais em
pedra e restos da estrutura da casa de alvenaria em pedra.
Instalado em um casarão histórico
de três andares, o Museu conta com
um acervo de mais de 160 estilos de
oratório e 300 imagens sacras. As
peças foram doadas pela presidente
do instituto ao IPHAN e
caracterizam-se pela diversidade de
tipos, tamanhos e materiais.
Detalhes valiosos da arquitetura,
pintura, vestuário e costumes dos
séculos XVII ao XX.
O museu funciona diariamente das 9:30hs às 17:30hs e o valor
pago foi de R$ 4,00 por pessoa, na ocasião.
Esse é o teatro mais antigo
das Américas em
funcionamento, construído em
1769 e inaugurado em 1770.Três
pisos distintos, nos quais se
distribuem plateia,
camarotes, frisas e galerias,
totalizam 300 lugares.
No porão, existem ainda
camarins e sala de recepção
para artistas e técnicos. Vale a
pena fazer uma visita guiada.
Aberto para visitas de segunda-feira a sexta-feira, das 12h00 às
17h00, o valor da entrada é de R$ 4,00.
Antes de virar a Casa dos Contos, o prédio
serviu para diversos fins, inclusive de cárcere
para os inconfidentes, hoje abriga o Centro de
Estudos do Ciclo do Ouro, o Museu da Moeda e do Fisco, salas
de exposições, além do acesso central ao Parque Horto dos
Contos. Terça-feira a sábado, das 10h00 às 17h00, domingo e
feriados das 10h00 às 15h00. A entrada é gratuita.
Inaugurado em maio de 1987 e está instalado em um casarão
construído no final do século XVIII. É um museu que reúne as
obras do autor Alberto da Veiga Guignard, além de objetos por
ele pintados e peças que ilustram sua vida e oferece visão ampla
sobre a trajetória dele. Valor R$ 2,00 por pessoa – inteira.
Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) nasceu em Nova Friburgo,
a 142 quilômetros do Rio de Janeiro, e estudou Arte na Europa.
De volta ao país, conheceu artistas como Cândido Portinari (1903-
1962) e participou de movimentos para a modernização da arte
brasileira. Em 1944, mudou-se para Minas Gerais, onde
permaneceu até sua morte.
Um espaço dedicado ao grande mestre da arte barroca no
Brasil. Fundado em 1968 pelo então pároco Francisco Barroso
Filho, o museu passou por completa revitalização e
modernização museológica e museográfica em 2007. Para
visitação, o Museu do Aleijadinho integra um circuito que
abrange outras três igrejas históricas de Ouro Preto: Igreja
Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias, onde estão as
salas do Museu, Igreja de São Francisco de Assis, considerada
uma das obras-primas do barroco brasileiro, além de ser uma
das maiores realizações do Aleijadinho; e Igreja de Nossa
Senhora das Mercês e Perdões, que atualmente encontra-se em
reformas. O ingresso é válido para a visitação do Museu do
Aleijadinho, Igreja Nossa Senhora da Conceição do Antônio
Dias, Nossa Senhora das Mercês e São Francisco.
O Museu Casa dos Inconfidentes é o único museu municipal de
Ouro Preto. Inaugurado em 2010, a casa, que antes funcionava
como alojamento para hóspedes da Prefeitura, agora abriga
acervo mobiliário que visa demonstrar aos visitantes parte do
cotidiano de uma residência da Ouro Preto oitocentista.
O Museu conta com uma programação extensa e inovadora,
promovendo ações culturais que valorizem a comunidade ouro-
pretana. Dentre as atividades a serem realizadas estão oficinas
variadas, palestras, tardes culturais e outros eventos voltados,
sobretudo, à comunidade local.
Telefone: 3551-2739
Horário de Funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 16h.
Escola de Farmácia de Ouro Preto criada em 1839 e hoje
integrada à Universidade Federal de Ouro Preto é pioneira no
país no ensino de Farmácia desvinculado das Faculdades de
Medicina e uma das pioneiras no Ensino Superior.
Ao longo de sua existência preservou um acervo formado por
material didático de origem européia, mobiliário, drogas e
equipamentos do final do século XIX, documentos com registro
de vida acadêmica e administrativa da Instituição, livros,
periódicos e teses com ênfase no século XIX e início do século
XX.
Este conjunto encontra-se em prédio onde funcionou o
Congresso Mineiro e onde foi promulgada a primeira
Constituição Republicana do Estado, ocupado pela Escola de
Farmácia desde o início do século XX.
Utilizando parte deste acervo, o Museu de Pharmacia abriga a
mostra "Ensino e prática profissional de Farmácia em Ouro Preto
no final do séc. XIX e início do séc. XX" que pretende propor
mecanismos de análise do presente e de compreensão das
tendências do futuro da profissão farmacêutica, através da
interação dos visitantes com o seu passado.
TELEFONE: (31) 3559-1644
Horário de Funcionamento: terça e sexta, das 13h às 17h.
Ficou conhecida como a “Ponte dos Suspiros” em alusão à obra
de Tomás Antônio Gonzaga, poeta que ficou famoso pelos
textos dirigidos à sua amada, Maria Dorotéia. Seus nomes
fictícios eram Marília de Dirceu, como não podiam trocar
carinhos, restava suspirar de paixão um pelo outro.
Estão ali duas lanchonetes uma de nome Marília e outra de
nome Dirceu.
AGÊNCIA TURIMINAS
CASA COM SENZALA (QUANTO MAIOR A SENZALA MAIS
RIQUEZA)
FAMÍLIA ESPANHOLA ---) JANELA TRIANGULAR
FAMÍLIA HOLANDESA ---) JANELA REDONDA
FAMÍLIA PORTUGUESA ---) JANELA QUADRADA / RETANGULAR
A história de Mariana é marcada pelo pioneirismo: foi a
primeira vila, a primeira cidade e a primeira capital planejada
do Estado de Minas Gerais. Nascida em 1696, como arraial de
Nossa Senhora do Carmo, e elevada à cidade em 1745, Mariana
abriga até hoje riquezas dos tempos do Brasil Colônia ligadas à
religiosidade, à produção de ouro, à projeção artística e muitas
descobertas.
Ao caminhar pelas ruas, quase todas com linhas retas e praças
retangulares, logo se percebe a forte herança da fé. São
dezenas de igrejas e capelas, muitas construídas ainda no século
XVIII sob forte influência da arte barroca e com pedras
extraídas das minas de ouro. A cidade também possui dois
seminários. Aliás Mariana foi o primeiro centro religioso de
Minas e sede do primeiro bispado do Estado.
Em Mariana também nasceram personagens expoentes da
cultura brasileira:
o pintor sacro Mestre Ataíde,
o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa
os poetas Alphonsus de Guimarães e Frei Santa Rita Durão,
autor do poema “Caramuru”.
CURIOSIDADES GERAIS
 O nome Mariana foi uma homenagem à rainha Maria Ana
D’Austria, esposa do rei D. João V, que em 1745 elevou a vila
à cidade.
 Mariana também integra a Trilha dos Inconfidentes e o
Circuito Estrada Real.
 Em 1945 foi tombada como Monumento Nacional.
Abriga obras raras e revolucionárias do século XVIII e período
da Inconfidência Mineira.
Rua Barão de Camargos, s/nº.
Construído em 1770. O acervo, com
cerca de 2 mil itens, inclui peças de
Aleijadinho e Ataíde, com
pinturas, esculturas, mobiliários,
talha em madeira e pedra, além
da túnica de Nossa Senhora das
Dores, doada por D. Pedro II.
Tel: (31) 3557-2581.
Terça a Sábado: de 08h30 às 12h e de 13h30 às 17h; Domingos e
Feriados: de 8h30 às 14h
Funciona no antigo Palácio dos
Bispos. Possui o mais importante
acervo latino-americano de
música sacra manuscrita dos
séculos 18 e 19, sendo o único do
gênero no país. É palco de
concertos, oficinas e exposições.
Tel: (31) 3557-2778.
Terça a Sábado: de 08h30 às 12h Domingos e Feriados: de 9h às
12h
Erguida entre 1768 e 1798 para abrigar a Câmara, no pavimento
superior, e a Cadeia, no inferior, costume do período colonial.
Feita em cantaria e alvenaria de pedra, com portais e cimalhas.
Construída pelo mestre pedreiro José Pereira Arouca, que
ergueu quase todas as edificações em Mariana.
Localizada no centro da cidade é onde estão as casas mais
antigas e os principais comércios, com arquitetura conservada.
É considerada uma das mais antigas
de Mariana, datada de 1720. No local
ocorriam as reuniões da Ordem
Terceira de São Francisco de
Mariana.
Preserva um dos mais ricos conjuntos de ornamentação do
barroco luso-brasileiro, com altares em madeira talhada e
coberta de ouro. O lavabo da sacristia é autoria de Aleijadinho
e o teto com afrescos de Ataíde. Abriga o órgão alemão
ArpSchnitger, o único exemplar fora da Europa e um dos três
únicos do mundo, usado para concertos públicos.
Tel: (31) 3558-2785.
É a maior mina de ouro aberta à
visitação no Brasil.
Foi nessa mina que trabalhou
Giuseppe Biguzzi, avô de Milton Bigucci. A descida para as
galerias subterrâneas é feita por um trolley (espécie de vagão
suspenso por um cabo de aço, indo à profundidade de 120m).
Preserva maquinários utilizados na extração do ouro.
A área da mina possui restaurante, loja de artesanato,
arborismo e museu com peças do ciclo do ouro.
“Dizem que os escravos entravam na mina trazendo um
passarinho e trabalhavam até que ele morresse por falta de ar.
Só então podiam sair, demorasse horas ou dias”, contou nossa
guia. “Muita gente morreu aqui dentro devido a desabamentos
e condições precárias de trabalho”.
Tanto sofrimento deu origem a lendas de fantasmas que
assolam as galerias. Em uma delas, uma imagem de Santa
Bárbara, a protetora dos mineradores, ainda abençoa o local e
recebe oferendas dos visitantes.
As paredes brilham douradas, mas não se engane, são cobertas
de pirita, o ouro dos tolos. Ainda há ouro de verdade no local,
mas em quantidades muito pequenas, que não justificam mais a
exploração do metal.
Por isso, os atuais detentores dos direitos da Mina da Passagem
resolveram apostar na atividade turística. Ao que parece, foi
uma boa ideia: cerca de 300 pessoas passam por ali todos os dias.
As visitas duram cerca de meia hora e abrangem 11 quilômetros
quadrados – os demais espaços estão fechados por razões de
segurança. Todos os grupos são acompanhados por um guia, já
incluso no preço do ingresso.
Eles nos contam a história e as curiosidades da Mina, que
começou a ser explorada em 1719 e só foi desativada em 1985 e
rendeu mais de 35 toneladas de ouro durante o período.
Funcionamento: Segundas e terças de 9h às 17 horas, e quartas a
domingos de 9h às 17:30 horas.
Preço: R$ 120 – Leve dinheiro, porque mesmo com esse valor eles
não aceitam cartões
1- Congonhas reúne o maior conjunto da arte barroca do
Mundo. Ao todo são 78 esculturas assinadas pelo Mestre
Aleijadinho.
2- Por serem feitas em pedra sabão, as esculturas dos Doze
Profetas são motivo de grande preocupação para a cidade.
Afinal, com o passar do tempo elas sofrerão um desgaste
natural.
3- O nome dos Doze Profetas representados por Aleijadinho
são: Naum, Habacuque, Jonas, Amós, Abdias, Joel, Oséias,
Daniel, Ezequiel, Baruc, Jeremias e Isaías.
4- Guias locais ficam na região da Basílica e estão à disposição
para serem contratados. Com grande bagagem cultural, eles são
capazes de contar sobre a história do escultor, sua postura
política, personalidade e, claro, sobre as obras.
5- As esculturas dos Doze Profetas foram criadas em apenas
cinco anos. Ao longo desse período o Mestre Aleijadinho já
sofria sérias limitações físicas por causa de uma doença
degenerativa.
6- Dentre as doze esculturas dos Profetas, a de Daniel é uma
das mais importantes. Afinal, ela foi feita com uma única pedra,
ou seja, é monolítica. Além disso, ela é a maior do conjunto.
7- O nome da cidade de Congonhas significa “Zona em que o
mato desaparece: campo.” Isso porque no município existe a
planta congonha, um arbusto medicinal e ornamental. A palavra
Congõi (Congonhas) é de origem Tupi-guarani, mas em outras
versões ela significa, COA=mato; NHONHA=sumido.
A chegada ao Santuário do
Senhor Bom Jesus de
Matosinhos é discreta. A
pequena área de
estacionamento fica na parte de
trás da igreja. Por ali, se
misturam os carros de turistas e
os cavalos dos romeiros.
O estacionamento dá acesso ao adro, uma espécie de pátio que
circunda toda a igreja. É na parte da frente desse adro que estão
os famosos 12 profetas de Aleijadinho.
Sala dos Milagres ou Ex-Votos
Primeiro, entramos na Sala dos Milagres ou Sala dos Ex-votos,
do lado direito do adro. Trata-se de um espaço de devoção, onde
os fiéis que receberam graças vem prestar sua homenagem na
forma de um ex-voto.
Repleta de quadros, esculturas ou outros objetos, pedaços da
história de tanta gente. Agradecimentos por graças, orações por
almas.
Impressionante e até um pouco assustador. Além dos quadros,
a sala está repleta de depoimentos de milagres, histórias
(bonitas e tristes) e pedidos de oração. Pertences ali depositados
há mais de um século, testemunhando a fé de um povo.
Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
Quando sair da sala dos milagres, entre na Basílica do Senhor
Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas pela porta lateral.
Já fazem alguns anos que a Igreja do Senhor Bom Jesus de
Matosinhos vem passando por um longo processo de
restauração, por isso a porta principal está fechada há muito
tempo.
Os 12 profetas de Aleijadinho
Chegamos enfim na frente da igreja. É difícil descrever o encanto
de ver aquele bonito frontão, também trabalhado em pedra-
sabão, que já vinha inaugurar o estilo rococó que seguiria em
voga pelos anos seguintes no Brasil.
E lá estão eles, ao longo do parapeito e escadarias: os 12
profetas de Aleijadinho, verdadeiras obras de arte em pedra-
sabão.
As 12 estátuas estão dispostas de forma que os profetas parecem
estar envolvidos numa animada conversa nas escadarias. O
diálogo parece ter ficado acalorado, convidando a todos a subir
o Morro do Maranhão e visitar o Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos.
As estátuas dos doze profetas de Aleijadinho são nada menos
que as obras-primas do maior artista do barroco brasileiro.
Expressões, detalhes da arte esculpida na pedra, tudo
impressiona.
Os 12 profetas de Congonhas foram esculpidas quando
Aleijadinho já estava muito doente, debilitado por uma doença
que deformou suas mãos.
Mesmo com a deficiência física, o gênio não foi interrompido.
Aleijadinho seguiu esculpindo com habilidade e uma dose de
criatividade também.
O mestre tirou vida da pedra, mas teve o cuidado de esculpir
estátuas que, fisicamente, não se parecem com nenhum retrato
dos santos católicos da igreja de influência europeia.
Os 12 profetas são inteiramente originais. Em nenhuma outra
parte do mundo você encontrará imagens similares
representando as figuras conhecidas de Isaías, Jeremias,
Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Abdias, Amós, Jonas,
Habacuque e Naum.
Profetas nascidos na mente de Aleijadinho e trazidos à vida em
pedra-sabão – os profetas de Congonhas.
Por conta dessa diferença para as imagens “tradicionais”, por
muitos anos os profetas de Aleijadinho em Congonhas foram
considerados horrendos, de mau gosto. Uma verdadeira ofensa
à arte da escultura religiosa clássica.
Mas veio o modernismo, veio a mente mais aberta dos
artistas da Semana de Arte Moderna de 1922.
E a partir dali, o gênio de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho,
ganhou o merecido reconhecimento, não só no Brasil, mas no
mundo todo.
Capelas dos Passos da Paixão
Descendo as escadarias da igreja, passe pelo jardim de
palmeiras imperiais. Vá direto até o final do terreno onde está
o antigo portão de entrada do santuário.
Olhe para cima do Morro do Maranhão e tenha a primeira visão
da obra completa, a igreja com seus 12 profetas no adro. Aposto
que isso vai te arrancar um suspiro!
Agora comece a caminhar até a igreja e preste atenção ao redor.
Você está no Jardim dos Passos. Ali, verá as 6 capelas dos Passos
da Paixão espalhadas pelo jardim de palmeiras.
As pequenas capelas dos passos de Congonhas guardam um
grande tesouro. Elas foram construídas bem depois da igreja.
Abrigam 64 esculturas em cedro que representam a Via Sacra,
esculpidas pelo próprio Aleijadinho e seus ajudantes no ateliê, e
pintadas pelo Mestre Ataíde e outros artistas.
A primeira capela, no pé do morro, foi a primeira a ser
construída e a única planejada por Aleijadinho.
Ela retrata a Santa Ceia, com 12 apóstolos ao redor da mesa,
Cristo ao centro e dois criados nas laterais. É um dos cenários
mais bonitos, pelas expressões dos personagens.
Museu de Congonhas
No caminho entre o Jardim dos Passos e a Romaria, você vai
passar por outro grande ponto turístico de Congonhas: o Museu
de Congonhas.
A arquitetura moderna faz contraste com os prédios históricos e
não deixa o Museu de Congonhas passar despercebido dos
viajantes.
Recomendo muito a visita, o Museu de Congonhas é imperdível
para quem gosta de história e quer aprender mais sobre a
cidade e a obra de Aleijadinho.
A entrada é paga (R$10,00, atualizado em agosto 2019). A visita
começa relatando a história de Congonhas como destino de
peregrinação. Foi ali que aprendi muito sobre como a devoção
ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos chegou ao Brasil.
Também há espaço para a história da construção da igreja de
Congonhas e muitas informações sobre as obras de Aleijadinho
e o processo de conservação das estátuas ao ar livre.
A história de Cordisburgo tem seu início com o Padre João de
Santo António. Nascido em 1824, no distrito de Morro Vermelho,
Caeté, estudou e ordenou-se no seminário de Mariana, onde
exerceu o magistério. Ali, Padre João se tornou um grande
devoto do Sagrado Coração de Jesus, devoção essa difundida
em Minas Gerais pelo primeiro bispo da Capitania das Minas,
D.Frei Manuel da Cruz. Designado missionário por D. Viçoso,
Padre João de Santo António percorreu quase toda Minas
Gerais, de 1860 a 1880 .No início da década de 80, comprou a
Fazenda do Melo por dois contos de réis. Era um desejo antigo
do padre ter um local onde pudesse dedicar e exercitar a
devoção ao Sagrado Coração de Jesus. “Aos 21 de Agosto de
1883, vim dar começo à fundação da povoação da Vista Alegre,
começando por edificar uma capela ao patriarca São José...”
Essa capela é que deu origem à cidade de Cordisburgo, pois, ao
seu redor, Padre João foi distribuindo os lotes. Em 1884 a capela
já estava pronta e uma imagem do Sagrado Coração de Jesus,
vinda da França, chegou ao local que passa a ser conhecido por
Coração de Jesus da Vista Alegre. Em 1885 era a vez de dar início
à construção da Matriz, que foi inaugurada em 1894 pelo
primeiro arcebispo de Mariana, D. Silvério Gomes Pimenta.
Padre João, então com setenta anos, pode, com regozijo, ver seu
sonho realizado. Dez anos após, a Diocese de Diamantina
recebeu como doação de Padre João de Santo António 40
alqueires de terra. Depois, se recolheu à comunidade de
Macaúbas, em Santa Luzia, onde faleceu. Nessa época (Junho de
1890), já tinha sido criado o distrito com nome de Cordisburgo da
Vista Alegre e a localidade já possuía uma estação telegráfica.
A estação central foi inaugurada em 1904 e, em 1917, os
franciscanos assumiram a responsabilidade da paróquia.
SIGNIFICADO DO NOME :
O nome Cordisburgo é uma palavra híbrida formada por cordis
do latim, coração e burgo, do alemão, cidade. Daí o significado
– Cidade do Coração.
A Casa Elefante começou a ser
construída em 2009 pelo escultor
Stamar, popularmente
conhecido como “Tazico”.
Depois da construção do
“Zoológico de Pedra Peter
Lund”, o artista percebeu que
com sua técnica, era capaz de
produzir estatuárias maiores e
daí, utilizando de muita
criatividade, decidiu esculpir uma casa em forma de elefante,
animalejo este escolhido por ser o maior mamífero da terra.
Buscando tornar sua obra mais atrativa, houve a caracterização
do elefante seguindo a temática indiana, cujos artefatos
ganham muitas cores e brilho.
A escultura se tornou a 7ª casa mais inusitada do mundo, um
levantamento feito pela Rede Record de televisão. Localiza-se
na entrada da cidade, e não há quem chegue pela primeira vez
e não pare para tirar pelo menos uma foto.
Dias e horários de funcionamento: Diariamente de 08 às 17:00
horas
Taxa de visitação: Adulto R$2,00, Criança R$1,00
O Museu Casa Guimarães Rosa (MCGR), unidade vinculada à
Superintendência de Museus do Estado de Minas, foi criado
através da Lei nº 5775 de 30 de setembro de 1971. Sua criação foi
idealizada no contexto de dois fatos distintos: o inesperado
falecimento de Guimarães Rosa em novembro de 1967 e a criação
do IEPHA, que materializava o sonho preservacionista, vigente
à época, no âmbito do Estado. Foi inaugurado em 30 de março
de 1974, na casa onde nasceu o escritor e passou sua infância em
Cordisburgo, cenário de experiências que irão servir da matéria-
prima para a sua obra. Concebido como centro de referência da
vida e obra do escritor, o Museu preserva um acervo de vários
objetos, composto de registros de sua vida profissional como
médico e diplomata, objetos de uso pessoal, vestuário, utensílios
domésticos, mobiliário e fragmentos do universo rural descrito
por Rosa, a exemplo de objetos de montaria e relacionados à
atividade pecuária. Também está sob a guarda do Museu uma
coleção de cerca de 700 documentos textuais entre os quais
merecem referência os registros de caráter pessoal (certidões,
correspondência recebida e emitida, documentos escolares),
discursos, artigos em periódicos e originais manuscritos ou
datilografados, a exemplo de “Tutaméia”, sua última obra
publicada.
Na década de 1980, o Museu sofreu algumas intervenções onde
foram organizados seus documentos textuais e executado um
novo projeto expográfico, com a reconstituição do
estabelecimento comercial mantido pelo seu Fulo, pai do
escritor, que funcionava em um cômodo integrado à residência
da família, como era de costume nas pequenas cidades do
interior de Minas.
Concretamente, o turismo cultural e de pesquisadores em
Cordisburgo, aliado à participação efetiva da comunidade nas
atividades do Museu, resultaram em projetos e atividades que
vêm ampliando a atuação museológica para além dos limites
estritamente institucionais. São projetos, eventos e atividades
desenvolvidos pela Associação dos Amigos do Museu Casa
Guimarães Rosa (AAMCGR), e que visam divulgar a obra do
escritor para o turista e, sobretudo, para a população local.
“Cordisburgo era pequenina terra sertaneja, trás montanhas, no
meio de Minas Gerais. Só quase lugar, mas tão de repente
bonito: lá se desencerra a Gruta do Maquine, milmaravilha…”
(Guimarães Rosa)
Dias e horários de funcionamento: De terça a domingo das 9 às
17 horas.
Inaugurado no dia 27 de junho de 2010, o Portal Grande Sertão é
fruto da parceria do Governo de Minas Gerais, por intermédio
da Secretaria de Estado de Cultura/Superintendência de Museus,
e a Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa
(AAMCGR), com a participação da Prefeitura de Cordisburgo.
Está localizado na Praça Miguilim e é composto por
representações de figuras humanas esculpidas em bronze. São
seis vaqueiros, trajados à moda sertaneja e montados a cavalo.
Há também o próprio Guimarães Rosa saudando os sertanejos
e a figura de um cachorro, personagem sempre presente nas
obras do autor. Esta cena é emoldurada por um pórtico de chapa
de aço e as estátuas que inicialmente foram esculpidas em barro,
receberam uma fundição que utilizou 3.500 quilos de bronze.
Criação e execução do artista Leo Santana, também escultor da
estátua de Carlos Drummond de Andrade em Copacabana no
Rio de Janeiro.
Idealizado para ser extensão do Museu Casa Guimarães Rosa e
marco de entrada para o sertão mineiro, o Portal Grande Sertão
representa, para os habitantes e visitantes de Cordisburgo, o
cenário e a alma de João Guimarães Rosa.
O povoado de Serra dos Alves surgiu por volta de 1850, quando
bandeirantes começaram a explorar ouro e cristais na região. A
localidade encontra-se na vertente Leste da Cadeia do Espinhaço
e conserva seus costumes mineiros típicos, hábitos simples e
modo de vida tranquilo da época de seus primeiros moradores.
A construção de maior expressão é a Capela de São José que,
juntamente com o cruzeiro e as casas de estilo e alinhamentos
iguais e voltados para a Igreja, compõem o conjunto histórico e
paisagístico da Serra dos Alves, tombado pelo patrimônio
municipal.
Guia Minas Gerais (2021)
Guia Minas Gerais (2021)
Guia Minas Gerais (2021)
Guia Minas Gerais (2021)
Guia Minas Gerais (2021)
Guia Minas Gerais (2021)
Guia Minas Gerais (2021)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Guia Minas Gerais (2021)

Aristides de Sousa Mendes
Aristides de Sousa MendesAristides de Sousa Mendes
Aristides de Sousa MendesJorge Almeida
 
Jb news informativo nr. 2194
Jb news   informativo nr. 2194Jb news   informativo nr. 2194
Jb news informativo nr. 2194JB News
 
Tiradentes
TiradentesTiradentes
Tiradentesecsette
 
Biografia eça de queiroz
Biografia  eça de queirozBiografia  eça de queiroz
Biografia eça de queirozstcnsaidjv
 
Linha de tempo da vida de monteiro lobato
Linha de tempo da vida de monteiro lobatoLinha de tempo da vida de monteiro lobato
Linha de tempo da vida de monteiro lobatoEscola Costa e Silva
 
Vultos de nossa história
Vultos de nossa históriaVultos de nossa história
Vultos de nossa históriaJúnior Rosiane
 
InconfidêNcia Mineira
InconfidêNcia MineiraInconfidêNcia Mineira
InconfidêNcia Mineiraecsette
 
Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018
Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018
Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018LOURIVAL AUGUSTO
 
Grandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileiraGrandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileiraKel Silva
 
Grandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileiraGrandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileiraKel Silva
 
Jb news informativo nr. 0124
Jb news   informativo nr. 0124Jb news   informativo nr. 0124
Jb news informativo nr. 0124JB News
 
Relatorio ii.teresinha.corrigido
Relatorio ii.teresinha.corrigidoRelatorio ii.teresinha.corrigido
Relatorio ii.teresinha.corrigidoLuana Gabryelly
 
Jb news informativo nr. 2202
Jb news   informativo nr. 2202Jb news   informativo nr. 2202
Jb news informativo nr. 2202JB News
 
historiografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptxhistoriografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptxWilianeBarbosa2
 
historiografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptxhistoriografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptxWilianeBarbosa2
 
Trabalhos Alunos Grupo A
Trabalhos Alunos Grupo ATrabalhos Alunos Grupo A
Trabalhos Alunos Grupo Amariasrt4
 
Érico Veríssimo Vida e Obra
Érico Veríssimo Vida e ObraÉrico Veríssimo Vida e Obra
Érico Veríssimo Vida e ObraJuSiilvah
 
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borgesArtigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borgesJoão Carlos Borges
 

Semelhante a Guia Minas Gerais (2021) (20)

Aristides de Sousa Mendes
Aristides de Sousa MendesAristides de Sousa Mendes
Aristides de Sousa Mendes
 
Jb news informativo nr. 2194
Jb news   informativo nr. 2194Jb news   informativo nr. 2194
Jb news informativo nr. 2194
 
2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro
 
Tiradentes
TiradentesTiradentes
Tiradentes
 
Biografia eça de queiroz
Biografia  eça de queirozBiografia  eça de queiroz
Biografia eça de queiroz
 
Linha de tempo da vida de monteiro lobato
Linha de tempo da vida de monteiro lobatoLinha de tempo da vida de monteiro lobato
Linha de tempo da vida de monteiro lobato
 
Vultos de nossa história
Vultos de nossa históriaVultos de nossa história
Vultos de nossa história
 
InconfidêNcia Mineira
InconfidêNcia MineiraInconfidêNcia Mineira
InconfidêNcia Mineira
 
Claudio manuel da costa
Claudio manuel da costaClaudio manuel da costa
Claudio manuel da costa
 
Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018
Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018
Vida e obra de bezerra de menezes palestra lourival 18 08-2018
 
Grandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileiraGrandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileira
 
Grandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileiraGrandes personalidades negras na história brasileira
Grandes personalidades negras na história brasileira
 
Jb news informativo nr. 0124
Jb news   informativo nr. 0124Jb news   informativo nr. 0124
Jb news informativo nr. 0124
 
Relatorio ii.teresinha.corrigido
Relatorio ii.teresinha.corrigidoRelatorio ii.teresinha.corrigido
Relatorio ii.teresinha.corrigido
 
Jb news informativo nr. 2202
Jb news   informativo nr. 2202Jb news   informativo nr. 2202
Jb news informativo nr. 2202
 
historiografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptxhistoriografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptx
 
historiografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptxhistoriografia slides- história.....pptx
historiografia slides- história.....pptx
 
Trabalhos Alunos Grupo A
Trabalhos Alunos Grupo ATrabalhos Alunos Grupo A
Trabalhos Alunos Grupo A
 
Érico Veríssimo Vida e Obra
Érico Veríssimo Vida e ObraÉrico Veríssimo Vida e Obra
Érico Veríssimo Vida e Obra
 
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borgesArtigo anpuh 2013   joão carlos de freitas borges
Artigo anpuh 2013 joão carlos de freitas borges
 

Mais de Paula Meyer Piagentini

Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.Paula Meyer Piagentini
 
Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.Paula Meyer Piagentini
 
Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)Paula Meyer Piagentini
 
Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)Paula Meyer Piagentini
 
Jogo de Revisão Primeira Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Primeira  Série (Primeiro Trimestre)Jogo de Revisão Primeira  Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Primeira Série (Primeiro Trimestre)Paula Meyer Piagentini
 
Jogo Literário: Do Trovadorismo ao Romantismo
Jogo Literário: Do Trovadorismo ao RomantismoJogo Literário: Do Trovadorismo ao Romantismo
Jogo Literário: Do Trovadorismo ao RomantismoPaula Meyer Piagentini
 
Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Paula Meyer Piagentini
 
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Paula Meyer Piagentini
 
Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e Quinhentismo
Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e QuinhentismoTrovadorismo, Humanismo, Classicismo e Quinhentismo
Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e QuinhentismoPaula Meyer Piagentini
 
Escritores pertencentes ao Pré-Modernismo no Brasil
Escritores pertencentes ao Pré-Modernismo no BrasilEscritores pertencentes ao Pré-Modernismo no Brasil
Escritores pertencentes ao Pré-Modernismo no BrasilPaula Meyer Piagentini
 
Tabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIX
Tabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIXTabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIX
Tabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIXPaula Meyer Piagentini
 
Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)
Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)
Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)Paula Meyer Piagentini
 
Mapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino Médio
Mapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino MédioMapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino Médio
Mapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino MédioPaula Meyer Piagentini
 
Mapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino Médio
Mapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino MédioMapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino Médio
Mapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino MédioPaula Meyer Piagentini
 
Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)
Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)
Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)Paula Meyer Piagentini
 

Mais de Paula Meyer Piagentini (20)

Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Primeira Série do E.M.
 
Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.
Estudo Dirigido de Literatura / Terceira Série do E.M.
 
Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Terceira Série (Primeiro Trimestre)
 
Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Segunda Série (Primeiro Trimestre)
 
Jogo de Revisão Primeira Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Primeira  Série (Primeiro Trimestre)Jogo de Revisão Primeira  Série (Primeiro Trimestre)
Jogo de Revisão Primeira Série (Primeiro Trimestre)
 
Jogo Literário: Do Trovadorismo ao Romantismo
Jogo Literário: Do Trovadorismo ao RomantismoJogo Literário: Do Trovadorismo ao Romantismo
Jogo Literário: Do Trovadorismo ao Romantismo
 
Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Arcadismo (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
 
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
Barroco (Contexto Histórico, Arte, Literatura)
 
Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e Quinhentismo
Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e QuinhentismoTrovadorismo, Humanismo, Classicismo e Quinhentismo
Trovadorismo, Humanismo, Classicismo e Quinhentismo
 
Escritores pertencentes ao Pré-Modernismo no Brasil
Escritores pertencentes ao Pré-Modernismo no BrasilEscritores pertencentes ao Pré-Modernismo no Brasil
Escritores pertencentes ao Pré-Modernismo no Brasil
 
Tabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIX
Tabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIXTabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIX
Tabela Escolas Literárias Segunda Metade do século XIX
 
Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)
Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)
Escolas Literárias (Segunda Metade do século XIX)
 
Mapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino Médio
Mapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino MédioMapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino Médio
Mapa Mental (Humanismo e Classicismo) / Ensino Médio
 
Mapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino Médio
Mapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino MédioMapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino Médio
Mapa Conceitual Trovadorismo / Literatura Ensino Médio
 
Interpretação Textual (Sétimo Ano)
Interpretação Textual (Sétimo Ano)Interpretação Textual (Sétimo Ano)
Interpretação Textual (Sétimo Ano)
 
Síndromes
Síndromes Síndromes
Síndromes
 
Dia Internacional das Mulheres
Dia Internacional das MulheresDia Internacional das Mulheres
Dia Internacional das Mulheres
 
Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)
Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)
Atividade de Interpretação (Projeto Poesia)
 
Projeto Poesia
Projeto PoesiaProjeto Poesia
Projeto Poesia
 
Projeto Interdisciplinar
Projeto Interdisciplinar Projeto Interdisciplinar
Projeto Interdisciplinar
 

Guia Minas Gerais (2021)

  • 1. GUIA MINAS GERAIS Paula Meyer / 2021
  • 2. Sumário Mapa de Minas ......................................................................03 Roteiro ........................................................................................04 Curiosidades de Minas Gerais Curiosidades Gerais .............................................................05 Personalidades .......................................................................06 Pratos Locais ............................................................................15 Guia São João Del Rei ...................................................................17 Tiradentes .................................................................................24 Bichinhos ...................................................................................30 Itabira .........................................................................................33 Barbacena ................................................................................40 Barão de Cocais .....................................................................46 Ouro Preto ................................................................................48 Mariana .....................................................................................65 Congonhas................................................................................70 Cordisburgo .............................................................................75 Brumadinho .............................................................................83
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6. 1) Libertas Quae Sera Tamen, o lema na bandeira do estado, significa Liberdade Ainda que Tardia. 2) UAI – Uma das teorias que explica que essa era uma expressão usada durante a Inconfidência Mineira para que seus membros se identificassem e não fossem achados pela polícia portuguesa. Significa União, Amor e Independência. 3) O território de Minas Gerais é maior do que o francês. 4) Minas é o segundo estado mais populoso, com 20 milhões de habitantes. O primeiro é São Paulo, com 40 milhões. 5) Minas é o estado com maior número de municípios: 853. 6) A primeira cidade de Minas Gerais foi Mariana. À propósito… Você sabia que Mariana foi a primeira capital mineira? 7) A menor cidade do Brasil é a mineira Santa Cruz de Minas. 8) Inhotim é o maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo. Localizado em Brumadinho, o Instituto Cultural Inhotim expõem, em seus pavilhões, galerias e jardins, obras de relevantes artistas nacionais e internacionais. 9) A menor basílica do mundo fica em Minas. Singela e encantadora, a Basílica Ermida da Padroeira de Minas Gerais – Nossa Senhora da Piedade é a menor do mundo. 10) O Catupiry (que, na verdade, é um queijo cremoso) é uma criação brasileira. Ele foi criado por Mário e Isaíra Silvestrini, um casal de imigrantes italianos, em 1911, em Lambari, Minas Gerais. A palavra catupiry tem origem tupi-guarani e significa “excelente”. https://www.portaltresmarias.com.br/post/10-curiosidades-sobre-minas-gerais https://www.bing.com/search?q=curiosidades+de+minas+gerais&cvid=eab85e19539b44efacc6564f912055cb&aqs=edge.0.0j69i57j69i60l2.3771j0j9&PC=U531&first=1&FORM=PERE
  • 7. Tomás Antônio Gonzaga (1744 – 1810) Patrono da cadeira no 37 da Academia Brasileira de Letras, nasceu na cidade do Porto, em Portugal. Era filho do brasileiro dr. João Bernardo Gonzaga e de dona Tomásia Isabel Clark. Passou parte da infância no Recife e na Bahia, onde o pai servia na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal para completar os estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso de direito aos 24 anos. Depois de formado, exerceu alguns cargos de natureza jurídica e candidatou-se a uma cadeira na Universidade de Coimbra, apresentando a tese "Tratado de Direito Natural". Em 1778, foi nomeado juiz-de-fora na cidade de Beja, com exercício até 1781. No ano seguinte, no Brasil, foi indicado para ocupar o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (atual Ouro Preto), em Minas Gerais. Nessa época, o poeta, aos 40 anos, dedicava poesias a Maria Doroteia Joaquina de Seixas, de apenas 17 anos, que iriam fazer parte do livro "Marília de Dirceu". A família da moça, muito tradicional, opunha-se ao romance, mas aos poucos a resistência foi cedendo. Em 1789, Tomás Antônio Gonzaga foi acusado de participação na Inconfidência Mineira. Detido, foi enviado para a Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, partindo depois para Moçambique, onde conheceu Juliana de Sousa Mascarenhas de Sousa Mascarenhas, filha de um rico comerciante de escravos, e teve um casal de filhos. Faleceu no exílio em dia desconhecido, no mês de fevereiro de 1810. Tomás Antônio Gonzaga, cujo nome arcádico é Dirceu, escreveu poesias líricas, típicas do arcadismo, com temas pastoris e de galanteio, dirigidas à sua amada, a pastora Marília. As "liras" refletem a trajetória do poeta. Antes da prisão, apresentam a ventura do amor e a satisfação com o momento presente. Depois, trazem o infortúnio, a justiça e o destino. As "Cartas Chilenas" correspondem a uma coleção de doze cartas, poemas satíricos que circularam em Vila Rica poucos antes da Inconfidência Mineira.
  • 8. Cláudio Manuel da Costa (1729 – 1789) Foi um dos mais importantes poetas do Arcadismo no Brasil. A publicação de “Obras Poéticas” (1768) representa o marco inicial do movimento no País. Além de escritor, ele foi advogado, jurista brasileiro e participou do movimento da Inconfidência Mineira. Cláudio Manuel da Costa é patrono da cadeira n.º 8, na Academia Brasileira de Letras (ABL). Cláudio Manuel da Costa nasceu em 5 de junho de 1729 na Vila do Ribeirão do Carmo (atual Mariana), Minas Gerais. Era filho de João Gonçalves da Costa e de Teresa Ribeiro de Alvarenga. Iniciou seus estudos em Vila Rica (atual Ouro Preto), e mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou filosofia no Colégio dos Jesuítas. Com 20 anos de idade viaja para Portugal com o intuito de estudar na Universidade de Coimbra. Em 1753, formou-se em Cânones por essa Universidade. Retorna ao Brasil e passa a viver em Vila Rica. Ali trabalhou com advogado, secretário do Governo da Província e foi juiz medidor de terras da Câmara de Vila Rica. Em 1768, fundou uma Arcádia chamada “Colônia Ultramarina”, na cidade de Vila Rica. A partir disso e da publicação de Obras Poéticas, Cláudio Manuel da Costa é considerado o introdutor do movimento arcadista no Brasil. Vale ressaltar que Cláudio Manuel da Costa foi amigo do pintor Aleijadinho e de Tiradentes, o líder da Inconfidência Mineira. Foi grande amigo do escritor árcade Tomás Antônio Gonzaga e, como ele, esteve envolvido no movimento da Inconfidência Mineira. Por conta disso, foi interrogado e preso em 1789. Chegou a denunciar seus amigos, suicidando-se em 4 de julho de 1789 na cadeia de Ouro Preto, Minas Gerais. Faleceu com 60 anos.
  • 9. Tiradentes (Ritápolis 1746 – 1792) 1. Segundo o professor de história João Ribeiro Netto, Tiradentes nunca foi cabeludo. “Pesquisas da época mostram que Tiradentes nunca usou barba nem cabelo comprido. No dia em que foi enforcado estava, inclusive, sem barba e com a cabeça raspada, pois era assim que ficavam os presos para evitar a proliferação de piolhos”, diz o especialista. 2. Depois de ser enforcado, no dia 21 de abril de 1792, seu corpo foi esquartejado. Sua cabeça foi levada para Vila Rica, em Minas Gerais, e exposta em um poste, em praça pública. O mais interessante (e sinistro) é que três dias depois ela foi roubada e nunca mais foi encontrada. 3. Apesar de ficar conhecido como dentista, Tiradentes também foi tropeiro, minerador, engenheiro e militar. Ele chegou até a ser segundo-tenente da Sexta Companhia de Dragões de Minas Gerais. 4. Apesar de ser conhecido no mundo pelo nome de Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier odiava arrancar os dentes das pessoas. “Ele já era um dentista a frente do seu tempo. Naquela época era comum extrair um dente por qualquer motivo, mas Tiradentes não concordava com isso. Dizem que ele procurava várias formas de fazer as pessoas manterem seus dentes originais”, diz o professor. 5. Apesar de ter tido dois filhos, Tiradentes nunca se casou. Ele teve João, com a mulata Eugênia e Joaquina, com Antônia Maria do Espírito Santo. A única vez que se apaixonou de verdade já tinha 40 anos e foi por uma menina de 15, que já estava prometida para outro homem. 6. Como Tiradentes foi condenado por Inconfidência (traição à coroa), os sinos da igreja da cidade não poderiam tocar durante sua execução. “No entanto, diz a história, que no momento de seu enforcamento, o sino badalou cinco vezes”, diz João. 7. Depois da sua execução, a casa de Tiradentes em Vila Rica foi queimada, jogaram sal grosso no chão para que nunca mais crescesse nada naquelas terras e seus parentes foram todos condenados infames. 8. Tiradentes é o único brasileiro que teve sua data de morte transformada em feriado nacional. É também o mais citado no Google, existem hoje mais de 2 milhões de páginas que citam seu nome.
  • 10. Aleijadinho (1738 – 1814) Antônio Francisco Lisboa nasceu em Bom Sucesso, subúrbio de Vila Rica, hoje Ouro Preto, Minas Gerais. Era filho do arquiteto português Manuel Francisco Lisboa e da escrava Isabel. Manuel Francisco Lisboa chegou à Vila Rica em 1728 e passou a trabalhar em carpintaria, arquitetura e escultura; era casado com Antônia de São Pedro e tinha quatro filhos desse casamento. Logo ao nascer, Antônio Francisco recebeu carta de alforria de seu pai, e alguns anos depois teve com ele as suas primeiras lições de arquitetura e escultura. Recebeu ainda instruções do artista português João Gomes Batista, que trabalhava como gravador de moedas em uma casa de fundição de Vila Rica. Algum tempo depois Antônio Lisboa foi trabalhar por conta própria, fazendo esculturas e planejando igrejas. Seus trabalhos já chamavam a atenção de todos, até das cidades vizinhas, mas não assinava seus trabalhos e nem os livros de registros de pagamentos por ser mestiço. No auge da fama, foi acometido por duas graves doenças: porfiria e hanseníase, quando perdeu os dedos dos pés e foi obrigado a andar de joelhos, perdendo também alguns dedos das mãos, restando apenas os dedos indicadores e polegares. Por causa da doença foi apelidado de Aleijadinho. Mesmo doente, Aleijadinho continuou trabalhando, com a ajuda de três escravos. Um deles, chamado Justino, um dia fugiu levando o dinheiro de um grande trabalho. Outro escravo e discípulo seu, chamado Maurício, ajudava-o amarrando às suas mãos o cinzel e o martelo com uma correia de couro. Vivia sempre isolado; saía de casa de madrugada e retornava tarde da noite para que ninguém reparasse a sua deformidade. Morreu aleijado, cego e na miséria, no dia18 de novembro de 1814. Foi sepultado numa vala comum da Confraria da Boa Morte, em Vila Rica.
  • 11. Alphonsus de Guimaraens (1870 – 1921) Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães, nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 24 de julho de 1870. Filho do comerciante português Albino da Costa Guimarães e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, fez os cursos básicos em Minas Gerais. Aos 17 anos se apaixonou pela prima Constança, filha do escritor Bernardo Guimarães seu tio-avô. Com a morte prematura da prima, em 1888, o poeta abandona o curso de Engenharia e se entrega a vida boêmia. Nessa época, Alphonsus de Guimaraens já colaborava no Almanaque Administrativo, Mercantil, Industrial, Científico e Literário do município de Ouro Preto. Em 1891 resolve viajar para São Paulo com o amigo José Severino de Resende, e Inicia o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, entrando em contato com os poetas simbolistas. De volta para Ouro Preto, em 1893, continua o curso de Direito na recém-criada Academia Livre de Direito de Minas Gereis, colando grau em 1895.  Cruz e Souza (Negro / Simbolismo)
  • 12. Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) 1. Drummond foi expulso do internato que frequentava por "insubordinação mental" aos 17 anos, porque se desentendeu com o seu professor de português. Nessa época, o poeta era conhecido como "general" por causa de seu jeito altivo. 2. Em 1923, Carlos Drummond resolveu fazer uma faculdade e se matriculou na Escola de Odontologia e Farmácia, em Belo Horizonte. 3. Os primeiros contatos entre Drummond e os modernistas aconteceram em 1924. Conheceu os poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade e a pintora Tarsila do Amaral. Apesar do sobrenome comum, Mário, Oswald e Carlos não tinham nenhum parentesco. 4. Ele lançou seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em 1930. Foram publicados apenas 500 exemplares. 5. Drummond nunca aceitou fazer parte da Academia Brasileira de Letras. 6. A cidade natal de Drummond, Itabira, tem 44 poemas do escritor espalhados pelas ruas. Eles foram colocados nos locais que inspiraram os versos. 7. Já velho e magro, costumava caminhar todas as tardes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Mesmo assim, como bom mineiro, não gostava do mar. 8. Drummond morreu no dia 17 de agosto de 1987, doze dias depois da morte de sua filha, Maria Julieta. Ela tinha 59 anos e passou dois lutando contra o câncer. Pai e filha chegaram a travar uma disputa para ver quem morreria primeiro. Assim, o primeiro não sofreria com a perda do outro. No velório de Maria Julieta, Drummond disse a um amigo: "Isto não está certo, ela deveria ficar para fechar os meus olhos". 9. Drummond era agnóstico e pediu que nenhuma homenagem ou oração fossem feitas durante o seu sepultamento. Também não queria cruz ou símbolos religiosos. Seu enterro, realizado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 800 pessoas, entre amigos, parentes, artistas, políticos e fãs. Seu corpo foi enterrado ao lado do da filha. 10. FASE GAUCHE / FASE SOCIAL / FASE DO NÃO / FASE MEMORIALISTA
  • 13. Guimarães Rosa (1908 – 1967) João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo em 1908. Antes de se tornar um grande escritor, foi também médico e diplomata, mas nunca se afastou de sua paixão pela escrita, cultivada desde a infância. Ainda criança, começou a estudar várias línguas: inglês, espanhol, francês, russo, esperanto, alemão, italiano, latim e grego. Sua obra teve como elemento central o sertão brasileiro e uma de suas principais características é o uso de uma linguagem inovadora, cheia de arcaísmos e neologismos. Guimarães Rosa foi um dos principais expoentes da Terceira Geração Modernista, com obras aclamadas como “Grande Sertão: Veredas” (romance), “Corpo de Baile” (livro de novelas) “Sagarana” e “Primeiras Estórias” (livros de contos). Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963, só tomou posse em 1967. Adiou-a por 4 anos pois temia ser tomado por uma forte emoção, e faleceu 3 dias após, vitimado por um ataque cardíaco. Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977)
  • 14. Nasceu em 1914 em Sacramento, uma comunidade rural do interior de Minas, onde morou até os 16 anos. Vivendo na favela, em São Paulo, ganhava a vida como catadora de papel — e escrevia em cadernos encontrados em meio ao material que recolhia. Alguns de seus livros — no total, escreveu 8 — só foram publicados após sua morte, em 1977. “Quarto de despejo”, o mais conhecido, revela detalhes de sua vida sofrida e das dificuldades que passou para garantir seu sustento e de seus 3 filhos. Em “Diário de Bitita”, compilou lembranças de sua infância e adolescência em Minas Gerais. Sua sensibilidade aguçada e a maneira incisiva de abordar questões sociais importantes, como a desigualdade e o racismo, contribuem para que a obra de Carolina seja cada vez mais reconhecida na literatura brasileira. Darcy Ribeiro (1922 – 1997) Darcy Ribeiro foi um sociólogo, antropólogo, educador, escritor e indigenista brasileiro, defensor da causa indígena e da educação pública e de qualidade. Seus estudos publicados em vasta produção bibliográfica são centrais para o entendimento da cultura indígena e da formação do povo brasileiro. O antropólogo Darcy Ribeiro também escreveu romances e entrou para a Academia Brasileira de Letras por suas contribuições literárias. Dentre seus grandes feitos, estão a criação do Museu do Índio, a fundação da Universidade de Brasília (UnB), a criação de um amplo projeto de educação em tempo integral no Rio de Janeiro (os Cieps) junto ao governador Leonel Brizola, a fundação do Parque Nacional do Xingu e a participação na criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB.
  • 15.  O que foi o Clube da Esquina? O encontro das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, forma a esquina mais famosa das Minas Gerais. O espaço físico de um clube ― como sugerido pela exportação do termo Corner Club ― nunca existiu, mas o ponto de encontro, sim. Foi então, literalmente em uma esquina de BH, que um grupo de jovens músicos começou a se reunir para criar, antes de mais nada, a amizade que foi a fundação do movimento musical do Clube da Esquina. Era 1983 quando a amizade entre Milton Nascimento e os irmãos Marilton, Marcio e Lô Borges, aliada à suas afinidades artísticas e poéticas, os fizeram dar início ao Clube da Esquina. Com o tempo, outros integrantes chegaram para compor o Clube. Entre eles, estavam Flávio Venturini, Tavinho Moura, Toninho Horta, Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Murilo Antunes. Outros nomes de peso para Literatura nacional: Bernardo Guimarães, Fernando Sabino, Ziraldo, Rubem Braga, Autran Dourado, Rubem Alves, Paulo Mendes Campos, Murilo Rubião, Murilo Mendes, Henriqueta Lisboa, Abgar Renault, Cyro dos Anjos, Oswaldo França Jr., Bartolomeu Campos de Queirós, Lúcia Machado de Almeida, Laís Corrêa de Araújo, Alaíde Lisboa, Pedro Nava, Roberto Drummond, Otto Lara Resende, Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves, dentre outros.
  • 16. Bambá de couve Tradicional da região de Ouro Preto, o bambá de couve é feito à base de fubá de milho. Sua origem está ligada aos tempos da escravidão. Acredita-se que os escravos aproveitavam o resto do mingau de fubá da casa grande, e para dar mais saciedade, o incrementavam com couve rasgada, pé e orelha de porco. Ainda hoje, o formato da couve é um dos itens que caracterizam um legítimo bambá. A diferença é que, ao longo do tempo, as carnes foram substituídas por linguiça. Ora-Pro-Nobis Muito característica das comidas típicas de Minas Gerais, a ora-pro- nobis é uma hortaliça usada em refogados, saladas, sopas, tortas e omeletes. Entretanto, seu preparo mais tradicional é em forma cozido, junto com o frango caipira. Na cidade de Sabará, inclusive, acontece um evento anual que recebe o nome de Festival de Oro-pro-nobis e apresenta diversos pratos com a verdura. A título de curiosidade, o nome da planta vem do latim, e quer dizer “orai por nós”. Frango ao Molho Pardo Aqui vai um divisor de opiniões. Alguns dizem que o frango ao molho pardo é bem forte, outros que o prato é o melhor de Minas Gerais.A receita é herança portuguesa, a galinha cabidela. O preparo orienta que a ave, cortada em pedaços, tenha o caldo engrossado pelo próprio sangue, acrescido de vinagre, para evitar que coagule.
  • 17.
  • 18. São João Del Rei que a princípio se chamava Arraial Novo do Rio das Mortes, foi fundada entre 1704 e 1705 naquela época a corrida do ouro deu origem a cidade que tinha como objetivo ser um ponto de entreposto entre Paraty-RJ e as cidades da região central de Minas Gerais (Ouro Preto, Mariana, Conselheiro Lafaiete entre outras), mas a descoberta de ouro da região fez com que São João Del Rei também se tornasse ponto de mineração. Com mais de 300 anos de história São João Del Rei está entre as cidades históricas mineiras que mais se desenvolveu economicamente. Quem chega a cidade se depara com trânsito e comércio movimentados. Entretanto ela ainda conserva bela parte do seu patrimônio que é cheio de belezas arquitetônicas, como a igreja de São Francisco de Assis e a Catedral Nossa Senhora do Pilar, mas têm ainda o moderno Memorial Tancredo Neves, figura ilustre que nasceu na cidade. O museu possui recursos digitais que contam a vida do ex-presidente juntamente a história de Minas Gerais. Além disso, na antiga área geográfica do município, ficava a Fazenda do Pombal, onde nasceu Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira. Depois, em 1962, mudou-se o mapa da região e essa fazenda passou a fazer parte do município de Ritápolis.
  • 19. A arquitetura é uma das principais características do centro histórico, em torno de 700 prédios foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para preservar a história da antiga cidade colonial. Nesses prédios funcionam restaurantes, lojas ou bares. Rua das Casas Tortas, seu nome original é Rua Santo Antônio, mas, devido a uma característica da época ela se tornou a famosa Rua das Casas Tortas. Anos atrás, as ruas de São João Del Rei eram de barro e devido a isso, as casas costumavam se adaptar ao deslocamento da terra devido as chuvas e o vai e vem das carroças e cavalos que passavam por ali. Daí, as casas costumavam ser construídas obedecendo aos desníveis ou a formação do barranco onde iriam ser edificadas. Com isso, a rua ganhou diversas casas que possuem paredes tortas que se consegue observar a olho nu. A rua é uma das grandes atrações que São João Del Rei apresenta ao visitante. Com um acervo de 484 peças, o Museu Regional de São João del Rei é um passeio imperdível para os amantes da cultura e da história do nosso país. Localizado em um casarão antigo de três andares, o acervo conta mobílias, utensílios domésticos, pinturas, instrumentos musicais e até meios de transportes que os mineiros utilizavam nos séculos XVIII e XIX, que ficam exposto durante todo o ano.
  • 20. O Theatro Municipal[1] de São João del-Rei foi construído em 1893. Passou por uma grande reforma entre 1922 e 1925. Palco difusor da cultura regional até a década de 1970, chegou aos anos 1990 abandonado e sem condições técnicas de receber espetáculos. Em 1998, através do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, contando com o apoio da iniciativa privada, foi possível a sua recuperação e modernização. As obras foram finalizadas em junho de 2003. Construído em homenagem ao político, o Memorial Tancredo Neves é outra opção de atração cultural para incluir na lista de passeios em São João del Rei. Contando a história de vida de Tancredo, o museu é bem amplo, dividido em 9 salas e com um lindo jardim externo, famoso pelo banco com uma estátua sentada de Tancredo. E para aproveitar os cenários perfeitos para milhares de fotos, visite também o Solar dos Neves, um casarão lindíssimo que fica do ladinho do museu – pertencente também à família Neves. SOBRE TANCREDO NEVES Tancredo Neves foi um político brasileiro que ficou muito conhecido por ter sido o primeiro civil eleito à presidência depois de 21 anos de Ditadura Militar. A trajetória política de Tancredo iniciou-se na década de 1930, foi interrompida pelo Estado Novo e retomada no final da década de 1940. Ele participou ativamente dos governos de Getúlio Vargas e João Goulart. Durante a ditadura, Tancredo fez parte da oposição aos militares, filiando-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Na década de 1980, foi um dos grandes nomes que
  • 21. lutaram pela redemocratização do Brasil. Apoiou as Diretas Já e foi eleito presidente no Colégio Eleitoral de 1985, mas acabou morrendo antes de assumir a presidência da República. CURIOSIDADES  Tinha 11 irmãos.  Tancredo tentou cursar engenharia; depois, tentou ingressar na Escola Naval e na Faculdade de Medicina, mas não passou em ambas as seletivas; por fim, para não ficar desocupado, escolheu Direito.  Esteve envolvido em dois acontecimentos importantes de sua época: a Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932. Na primeira, envolveu-se diretamente; no segundo caso, apenas participou de manifestações de apoio aos rebelados em São Paulo.  O político mineiro faleceu no dia 21 de abril de 1985, após passar por sete cirurgias e ficar internado por semanas, primeiro em Brasília e, depois, em São Paulo. Às sextas e sábados, a visitação é feita das 9h às 17h30. E aos domingos, o museu funciona das 9h às 15h30. Importante referência na arquitetura religiosa colonial, a Igreja de São Francisco de Assis foi projetada por Aleijadinho, enquanto, a reforma foi executada pelo mestre Francisco de Lima Cerqueira, iniciada em 1774 e finalizada em 1804. A portada é esculpida em pedra sabão e possui magnificas talhas que se organizam formado um formidável desenho. Em seu interior é possível observar nitidamente a influência do rococó, que é marcado pela capela-mor, com a composição em relevo da Santíssima Trindade, seis altares nave, os púlpitos e um gigantesco lustre de cristal Bacarat, todos ricamente trabalhados em madeira. Ela está localizada em um lindo jardim de palmeiras imperiais, com um adro delimitado por um muro de mármore branco vindo diretamente de Portugal. Além disso, no cemitério da igreja, encontra-se o túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, natural da cidade. Vale ressaltar que, aos domingos, a missa é acompanhada por música barroca.
  • 22. É a mais antiga igreja de São João del-Rei, é datada de 1708. Nos anos de 1751 e 1936 a igreja foi substancialmente modificada. A primeira capela de Nossa Senhora do Rosário foi benta pelo Vigário da Vara Padre Dr. Manuel Cabral Camelo, em 1719, no mesmo local onde hoje se encontra. Onze anos antes, em primeiro de junho de 1708, quando São João del- Rei ainda era arraial, foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. No dia 7 de Julho de 1720 foi colocada neste templo a imagem de Nossa Senhora do Rosário. A história da Basílica está intimamente ligada à história da cidade e inicia em princípios do século XVIII, quando foi levantada entre 1703 e 1704 uma capela de taipa coberta de palha no alto do Morro da Forca dedicada à Virgem do Pilar. Em torno desta capela, a primeira do povoado, formou-se um arraial. Em 1709 esta capela foi incendiada durante a Guerra dos Emboabas. Poucos anos mais tarde a Irmandade do Santíssimo Sacramento, fundada em 1711 e reservada aos homens brancos mais abastados da povoação, desejou erguer novo templo para substituir a capela primitiva que fora destruída, mas localizando-o no centro da vila. A licença para a construção foi concedida em 12 de setembro de 1721, com um desenho de Francisco de Lima Cerqueira para a fachada. O prédio da Basílica foi erguido em alvenaria de pedra, e embora guarde muitos traços barrocos da construção primitiva, mostra alguma influência da estética neoclássica, introduzida nas extensas reformas a que foi submetido no século XIX. Em sua frente foi construído um adro com pavimentação de pedra, ao qual se tem acesso por uma escadaria, sendo cercado por grade de ferro e pilastras de pedra.
  • 23. Ainda que faça parte do município de Ritápolis, a Fazenda do Pombal não pode ficar de fora do roteiro da sua viagem para São João del Rei. Localizada a 12 km do centro, é conhecida por ser o lugar de nascimento de Tiradentes, em 1746, e onde passou parte de sua infância, até os 11 anos de idade. A casa original conta apenas com as paredes preservadas, mas possui murais e outras instalações que contam a história de Tiradentes. A visitação pode ser feita diariamente das 7h30 às 16h30. Como chegar | a fazenda faz parte da Floresta Nacional de Ritápolis, localizada no km 4,5 da BR-494.
  • 24.
  • 25. Tiradentes é uma das cidades mais lindas do Brasil, a pequena cidade localizada no estado de Minas Gerais une construções históricas, pousadas aconchegantes e ótima gastronomia em um só lugar. Todo o charme da cidade pode ser admirado através de seus casarões, igrejas e museus e um tour pelo Centro Histórico de Tiradentes é essencial para ver de perto, tudo o que a cidade tem a oferecer a seus visitantes. Uma das cidades mais importantes de Minas Gerais, Tiradentes foi fundada por volta de 1702, quando os paulistas descobriram ouro nas encostas da Serra de São José. Durante todo o século XVIII, a cidade que era chamada na época de Vila de São José viveu de exploração de ouro, sendo um dos mais importantes centros produtores de Minas Gerais. Mesmo após tanto tempo, a cidade ainda possui excelentes exemplares de arquitetura civil do século XVIII. A partir de 1889, a cidade passou a se chamar Tiradentes, em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Hoje, a maior fonte de renda da cidade é o turismo, tendo em vista que o conjunto arquitetônico colonial da cidade está muito bem preservado, quase inalterado. A cidade foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1938 pelo IPHAN. Museu Casa Padre Toledo: ocorreu a primeira reunião dos inconfidentes, em 1788.
  • 26. O Largo das Forras é a praça principal de Tiradentes e um dos lugares mais gostosos para passar uma tarde tranquila. Além disso, o local também é ponto de encontro para uma série de eventos, shows e outras atividades culturais da cidade. Então você pode aproveitar para dar uma volta pelo centro histórico e, em seguida, passar algumas horinhas no Largo das Forras. A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é um local que precisa visitado, sobretudo se você gosta de história. Essa igreja é muito interessante, não apenas por ter uma arquitetura diferente, mas também por ter sido frequentada apenas por negros. Além disso, toda a parte de ouro da construção e decoração foi feita a partir dos desvios dos minérios explorados na cidade. Por isso mesmo, a porta frontal da igreja ficava fechada e os frequentadores entravam pela porta lateral. Construída em 1708, é a igreja mais antiga da cidade. Nos altares folheados a ouro, as imagens de santos negros ganham destaque. Elementos da religião católica se misturam aos das religiões africanas, principalmente do candomblé, o que evidencia o contato com diversos credos por parte de seus frequentadores. Santo Elesbão é retratado em uma das imagens mais relevantes da igreja, tendo sido um rei negro e cristão que viveu na Etiópia no século VI. Segunda, Terça, Quarta: 09:00 - 16:00 Quinta, Sexta, Sábado, Domingo, Feriado: Fechado
  • 27. O Instituto Mario Mendonça é uma ótima opção para quem gosta de artes. Isso porque o local abriga obrar caríssimas e muito valiosas. São 900 esculturas e cerca de 1600 quadros de artistas como Tarsila do Amaral, Botero, Di Cavalcanti, Portinari e muitos outros. O local é pouco frequentado, inclusive, porque muita gente acha que o local permanece fechado. Mas a verdade é que as portas precisam permanecer fechadas por medidas de segurança. O melhor desse passeio é que, para conhecer essa obras, não é necessário pagar nenhum ingresso, pois a entrada é gratuita. Quinta até Sábado: 13h/17h Inaugurado em 2014, ele é dedicado à mãe de Maria e avó de Jesus, que na religião católica é considerada a protetora dos lares, da família e dos mineradores. Antes de ser tornar museu, era aqui que ficava a Cadeia Pública de Tiradentes. Hoje o local abriga mais de 300 imagens da santa, datadas entre os séculos XVII e XIX, que foram trazidas pela colecionadora Ângela Gutierrez, há quatro décadas. O museu funciona de segunda à sábado e feriados, das 10h às 18h. Entrada paga.
  • 28. Considerado um dos casarões mais importantes de Tiradentes, o Museu Casa Padre Toledo foi o local onde ocorreu a primeira reunião dos inconfidentes, em 1788. Ao entrar no museu, você fica impressionado ao ver de perto os móveis, itens e pinturas da época. O nome do casarão, entretanto, ficou para homenagear o padre, pois há relatos que ele foi o grande responsável pelo movimento. O museu funciona de terça à sábado, das 10h às 17h, e aos domingos das 9h às 15h. Entrada paga. O Chafariz de São José é mais um ponto turístico de Tiradentes que carrega a história da cidade, construído há mais de 270 anos. Repleto de elementos barrocos e detalhes em quartzo, o chafariz foi construído em 1749 e era a única fonte de água potável de Tiradentes – ele era responsável pelo fornecimento de água para os moradores. Era ali que as pessoas bebiam a água e ainda lavavam suas roupas – na parte de trás, há dois tanques. Ele também servia como bebedouro dos animais. Acima do chafariz, há uma imagem de São José de Botas, e por isso ele possui esse nome. Sua água vem direto da nascente Mãe D’água, e até hoje ela é limpinha. Inclusive, ela também pode ser visitada. Como chegar | O chafariz fica na Rua Francisco Cândido Barbosa, número 34.
  • 29. O Passeio de Maria Fumaça é, sem dúvidas, uma das experiências mais legais da cidade! A atração sai de Tiradentes e vai até a lindíssima São João Del- Rei na mais antiga Maria Fumaça em funcionamento no Brasil! Em geral, são 45 minutos em 12 km de trilhos com paisagens incríveis. Além disso, você ainda pode aproveita o passeio para conhecer São João Del-Rei, cidadezinha história que também possui todo o seu charme. O trajeto custa por volta de R$80,00 e os bilhetes podem ser adquiridos diretamente na bilheteria. Entretanto, como é um passeio bastante concorrido, o ideal é adquirir os tickets com antecedência através do site Guichê Virtual. Quinta-feira, sexta-feira e sábado: 8h às 12h; 13h às 17h; Domingo: 8h às 12h.
  • 30.
  • 31. O povoado de Bichinho, MG, chama-se oficialmente Vitoriano Veloso. Ele fica ao lado de sua vizinha Tiradentes, e é destino certo para aqueles turistas que buscam passar alguns dias e entender melhor o Brasil; além de admirar a arquitetura, gastronomia e a arte que essa região de Minas Gerais proporciona aos viajantes. A pequena Bichinho é um distrito que ficou famoso por seu artesanato, que é revendido para outros estados e até mesmo fora do Brasil. A Oficina de Agosto e as obras de seu artesão, trouxeram ainda mais fama para a região. Criada pelos irmãos Toti e Sônia em 19 de agosto de 1991, nasceu como uma oficina itinerante, mas ganhou fama internacional e hoje traz muitos turistas e comerciantes para Bichinho. Esse encantador vilarejo de Minas Gerais fica bem localizado, sendo que a distância de BH a cidade de Bichinho é de 198 km ao sul da capital. Trata-se de uma dos destinos que compõem a região da Estrada Real, que era o caminho que os colonizadores faziam para extrair e transportar o ouro do estado. É sem dúvidas um dos lugares mais interessantes para se visitar no Brasil, pois preserva a alma, a arquitetura e os costumes da história brasileira. Na verdade o distrito se chama Vitoriano Veloso, mas a lenda diz que recebeu o curioso apelido devido aos caminhantes, que na rota a partir de Tiradentes, chegavam com bicho-de-pé. Desci do carro e fomos caminhar para conhecer mais sobre o artesanato local. Andando pelas ruas de Bichinho, acabei descobrindo que além do nome, também existem outras curiosidades que cercam o distrito. Fiquei intrigado ao saber que a grande maioria das casas não são construídas com tijolos comuns, e sim com adobe, um dos antecedentes históricos do tijolo que conhecemos. O adobe é constituído de barro e palha moldados em fôrmas, sendo um material que se mostra benéfico do ponto de vista ecológico, pois é mais econômico e regula a temperatura interna da construção.
  • 32. Idealizada e criada pelo casal de atores carioca Renato Maia e Lu Gatelli, fundadores da Cia Entreato, a Casa Torta de Bichinho foi construída com o objetivo de abrigar um centro cultural e sede para o grupo de teatro. A casa ficou tão linda que virou um dos principais atrativos turísticos do pequeno distrito, tornando um espaço lúdico e interativo, para estimular a imaginação e criatividade. A entrada custa R$15, funciona de Horário de Funcionamento: de quinta a domingo das 10 às 18 horas A loja do alambique Tabaroa fica em frente a Casa Torta e possui o formato de barril (ou pipa, como quiser chamar). Há 4 garrafões de cachaças diferentes para provar, algumas especiais em garrafas normais, outras menores e vários produtos diferentes como queijos e doces. É possível visitar a fábrica logo na entrada do vilarejo. A Mazuma Mineira é o projeto de aposentadoria do Fabio e da Sandra, como eles mesmos gostam de apelidar. O casal que há cerca de 30 anos tem uma casa de veraneio em Tiradentes, bem pertinho de Bichinho, se jogou em um curso de mestre alambiqueiro apenas por hobby, assim que os dois se aposentaram. Mas o que era apenas passatempo se aprofundou e após mais estudos surgiu a cachaçaria. O nome escolhido é bem interessante e remete às tradições linguísticas de Minas Gerais. No dicionário mineirês, Mazuma é o jeitinho carinhoso de se pedir “mais uma”. Além disso, também significa “fortuna” em hebraico e é uma gíria para “dinheiro” no inglês.
  • 33.
  • 34. O nome "Itabira" se origina da antiga língua tupi, significando "pedra que brilha", através da junção dos termos itá ("pedra") e byra ("que brilha"). Terra do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, o ponto forte de Itabira é o turismo cultural. Mas as belezas naturais não ficam para trás, já que a cidade faz parte do Circuito Turístico do Ouro, coração da Estrada Real e região de maior visibilidade turística de Minas Gerais. Quem passa pela cidade logo nota seu belo patrimônio cultural que conta com rico acervo arquitetônico que forma seu centro histórico, incluindo sobrados e casarões construídos no final do século 18 e início do século 19, erguidos em estrutura autônoma de madeira com vedação em alvenaria de adobe e pau-a-pique. Quando o assunto é economia, o destaque fica por conta da mineração. Ainda mais que a história da cidade foi marcada pela antiga Companhia Vale do Rio Doce, a maior mineradora do Brasil. Carlos Drummond de Andrade Nasceu em Itabira, Minas Gerais Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. — Trecho do poema Confidência do Itabirano Foi expulso do colégio Quando tinha 15 anos, Estudou na capital mineira e depois em um colégio jesuíta de Nova Friburgo (RJ). Foi lá onde publicou seu primeiro texto, em 14 de abril de 1918, no jornal do colégio. Um ano depois, foi expulso por 'insubordinação mental', após uma briga com seu professor de Português. Ele não pôde se despedir de ninguém e teve de deixar o colégio durante a madrugada. Mais tarde, em sua autobiografia, Drummond afirmou: 'Perdi a fé. Perdi tempo. E sobretudo perdi a confiança na justiça daqueles que me julgavam'. Ao jornalista Geneton Morais, naquela que seria sua última entrevista, disse: 'Não tenho trauma, não. Já falei tanto mal dos padres que me expulsaram, já esculhambei tanto que hoje estamos quites'.
  • 35. Traduziu músicas da banda The Beatles Era fã de Chico Buarque Morreu 12 dias depois da filha Drummond morreu em 17 de agosto de 1987, doze dias após a morte de sua única filha, Maria Julieta, aos 59 anos. Aos 25 anos, drummond perdeu seu primeiro filho, Carlos Flávio, falecido poucos meses após o nascimento. Drummond faleceu de ataque cardíaco no dia 17 de agosto. "Pai e filha chegaram a travar uma disputa para ver quem morreria primeiro. Assim, o primeiro não sofreria com a perda do outro. No velório de Maria Julieta, Drummond disse a um amigo: 'Isto não está certo, ela deveria ficar para fechar os meus olhos'". Não fez parte da ABL O escritor sempre rejeitou o título de imortal atribuído aos membros da Academia Brasileira de Letras. Isso porque Drummond nunca sequer se inscreveu para candidatar-se para ocupar uma cadeira. Desentendimento com Mário de Andrade Com 22 anos, o poeta lançou seu livro “Os 25 poemas da Triste Alegria”, de forma artesanal. Uma das pessoas que ele mostrou sua obra recém-lançada foi Mário de Andrade, que devolveu fortes críticas. Um ano depois, conta-se que quando se encontraram Drummond recusou o abraço de Mário – mas muitos atribuem o gesto à timidez de Drummond. Agnóstico Drummond era agnóstico e pediu que nenhuma homenagem ou oração fossem feitas durante o seu sepultamento. Também não queria cruz ou símbolos religiosos. Seu enterro, realizado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 800 pessoas, entre amigos, parentes, artistas, políticos e fãs. Seu corpo foi enterrado ao lado do da filha.
  • 36. O Museu foi criado em 1971, por meio da Lei Estadual Nº 5.664, como “Museu do Ferro”, tendo como principais objetivos pesquisar, recolher, classificar e expor os produtos característicos das jazidas de minério de ferro; e os objetos de valor histórico e artístico que se relacionem com a mineração e a siderurgia. Ainda de acordo com a Lei 5.664, em seu artigo 2º, o museu deveria ser instalado em um dos casarões históricos do município. Somente em 1993, a entidade foi instalada, definitivamente, na antiga casa de Câmara e Cadeia de Itabira, à praça do Centenário, 116. Enfim, após 22 anos cumpria-se o artigo 2º da sua lei de criação. Ainda na década 1990, o Museu assumiu um novo conceito sobre sua vocação ao buscar uma identidade mais próxima da história do município. Com isso, o Museu do Ferro se transformou no Museu de Itabira. Em meados de 2010, o prédio foi fechado para reforma, sendo reaberto em 2018 com a exposição Uma Maravilha Itabirana: Elke. Na época, roupas, acessórios, objetos pessoais e fotos da artista foram expostos na parte superior do sobrado. O acervo, cedido pela família de Elke Maravilha com supervisão de sua irmã Francisca Grunnupp, chegou a Itabira por meio da ex- superintendente da FCCDA, Myriam Brandão (amiga da família e madrinha de Francisca) e inaugurou a primeira exposição oficial da artista no Brasil.
  • 37. O Museu de Território Caminhos Drummondianos resgata a história de Itabira permitindo uma viagem pela obra do Poeta Maior. As placas com poemas referenciam os fatos, locais e personagens que fizeram parte da vida de Carlos Drummond de Andrade em Itabira ou nas lembranças de sua terra natal. Possibilitam, assim, um contato do público com a poesia Drummondiana, ao mesmo tempo em que mostra a preservação do patrimônio histórico e arquitetônico local. É formado por 44 pontos com poemas de Carlos Drummond de Andrade e, para melhor vivência do museu de território, recomenda-se que a visita seja feita com o acompanhamento dos guias credenciados para tal trabalho. O Parque Natural Municipal do Intelecto fica localizado na área central da cidade, na Rua Gerson Guerra, nº 162, Bairro Santo Antônio, entre os bairros Campestre, São Pedro, Centro e Penha. Horário de visitação de 07 às 17 horas.
  • 38. O Memorial por si só já é uma obra de arte que merece ser visitada. Do lado de fora, uma poética vista de Itabira faz pano de fundo para sua estátua em bronze. Construído em uma área de aproximadamente 2 mil metros, o projeto, desenvolvido por Oscar Niemeyer, grande amigo do poeta, tem formato curvilíneo, um desafio para os engenheiros e mestres de obras acostumados a planos retos. Para tirar o projeto do papel, eles tiveram que usar ferramentas e métodos que fizessem o prédio ser curvado. Abriga um grande acervo sobre a vida de Drummond, doados pela Fundação Cultural do Banco do Brasil, pela biblioteca da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, familiares e amigos. Lá, estão a primeira máquina de datilografia do poeta- cronista; uma coleção de cartas, recebidas de grandes autores e familiares; prêmios literários e obras de artes feitas em sua homenagem, rádio de pilha. O visitante também pode conhecer um exemplar da revista que ele gostava de ler na infância e certificados do colégio em que estudou; cartas em que ele trocava com os amigos da pequena cidade, os poemas que não foram publicados e o recadinho da mãe, que de tão valioso ficou guardado até amarelar. Os recortes das crônicas que o poeta escreveu para o Jornal “O Cometa” foram emolduradas na parede. Elas tiveram significado importante na vida do poeta. O jornal surgiu em 1979 quando a relação entre Drummond e a cidade estava estremecida, por causa da interpretação distorcida de uma das frases do poema “Confidência do Itabirano”, que diz: “Itabira é apenas um retrato na parede”. Ainda bem que tudo foi resolvido! Ao acompanhar este programa especial, você também vai conferir a mostra assinada pela artista plástica Sandra Bianchi, que apresenta a biografia do poeta por meio de delicadas aquarelas. Ah, e um detalhe curioso: localizado em um ponto privilegiado da cidade, para chegar ao Memorial é preciso percorrer uma estradinha de pedras. Carro só pode entrar com autorização da direção do museu. Para o visitante, a dica é ir a pé e deixar o carro na praça que fica ao lado do Memorial.
  • 39. Muito interessante esse museu, bem estruturado e conta de forma muito organizada a história dos tropeiros em Minas. Muitas peças históricas, mostrando os costumes, crenças e valores morais dos homens e mulheres que desbravaram de Minas ao Rio. Nossa "Estrada Real". Mas, o mais interessante são as poesias de Carlos Drummond de Andrade, presentes entre uma peça, sala e período histórico. Além disso tem o trabalho artístico cultural da comunidade que estão vivos nesse museu. O artesanato que é produzido e vendido ajudam nas obras sociais.
  • 40.
  • 41. Em 12 de outubro de 1903, o governo de Minas Gerais inaugurou a instituição psiquiátrica: Hospital Colônia de Barbacena e, a partir desta construção, a cidade mineira ganhou a alcunha de “Cidade dos Loucos”. O manicômio de Barbacena fez parte de uma construção de 7 prédios que abrigavam diferente unidades de tratamento, onde os pacientes eram separados por sexo, idade e características físicas. A instituição foi fundada com capacidade para 200 leitos, porém contava com cerca de cinco mil internos em 1961. Esta instituição não era responsável somente por pessoas da cidade de Barbacena, o hospital recebia diariamente pessoas de diferentes locais do país e todos chegavam até o local de trem, conhecido como “trem de doido”, nomeado pelo escritor Guimarães Rosa, que trabalhou brevemente como médico neste local. Além dessa menção de Guimarães Rosa, este trem levou as pessoas fazerem comparações com os campos de concentração nazista, os quais também usavam trens. As pessoas eram internadas pela própria família e tais internações eram justificadas pelo decreto presidencial 24.559 de 1934 baixado por Getúlio Vargas, portanto, qualquer pessoa tinha a liberdade de solicitar a internação de alguém em um hospital psiquiátrico, bastava ter um atestado médico. As pessoas internadas e esquecidas no Manicômio de Barbacena e nos demais do país eram aquelas indesejadas pela sociedade, como mulheres abandonadas pelos maridos, pessoas com deficiência, homossexuais, alcoólatras, militantes políticos, mães solteiras, mendigos, negros, pobres, indígenas, prostitutas, entre outros. Os hospitais psiquiátricos eram instituições para esconder todos que não pertenciam à normalidade determinada pela sociedade. As torturas físicas eram rotina em qualquer manicômio no Brasil, entre as mais conhecidas estavam banhos por máquinas de alta pressão, tratamentos de choque, banheira com gelo, agressões físicas. Além disso, muitos internos sofreram estupros. Em Barbacena, o período de maior mortalidade foi registrado durante a Ditadura Militar. Estima-se que 60 mil vidas
  • 42. foram perdidas neste manicômio e 70% dos internados sequer foram diagnosticados com doenças mentais. O Hospital Colônia de Barbacena foi fechado somente nos anos 80 e, em 1996, um dos pavilhões transformou-se no Museu da Loucura, com o objetivo de manter viva essa triste e dolorida história, para que nunca mais tais crimes sejam cometidos. Atualmente, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) é a responsável pelo hospital que acolhe 200 sobreviventes, porque após o fechamento do manicômio, muitos internos foram transferidos para abrigos com melhores condições e passaram a receber indenização do Estado. “QUINCAS BORBA” – MACHADO DE ASSIS Quincas Borba foi escrito a partir de 1886, sendo publicado em capítulos na revista A Estação e em volume em 1891. Publicado dez anos depois de Memórias, romance de que se originou – seria um spin of – Quincas Borba é o filósofo, criador do Humanitismo, amigo de Brás Cubas, em cuja casa morreu. Em Quincas Borba, Machado de Assis retoma o filósofo em sua viagem a Barbacena, interior de Minas Gerais, anunciada nas Memórias. É, pois, um desdobramento de sua problemática e de sua narrativa. O romance compõe a trilogia realista de Machado de Assis, com Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, sendo também uma narrativa de ruptura com o Romantismo. Sai de cena o mundo idealizado dos românticos e entram as imperfeições, os defeitos do mundo burguês. Quincas Borba prende-se mais aos aspectos prosaicos, ao cotidiano da vida na Corte, não tendo a tensão filosófica de Memórias Póstuma nem a tensão psicológica de Dom Casmurro. A construção da narrativa de Quincas Borba difere em dois pontos essenciais de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Este transgrediu as características realistas, por começar o enredo pelo fim/a morte do protagonista e pelo narrador em primeira pessoa. Quincas Borba manteve a tradição realista da terceira pessoa e inicia o enredo in media res/no meio da coisa, mais convencional. Mas ambos apresentam enredo fragmentado e recorrência aos tempos cronológico e psicológico.
  • 43. O Hospital começou a funcionar em 1903, com o nome de Azylo Central de Barbacena. Em 1911, transformou-se em Hospital Colônia de Barbacena. A partir daí, milhares de pessoas eram encaminhadas para, teoricamente, serem tratadas naquele hospital. Trens chamados de “trens de loucos” chegavam cheios de pessoas para serem internadas, muitas abandonas pelas famílias. Com capacidade para 200 pessoas, já chegou a receber 5000! Superlotação, condições desumanas, doenças. Fácil entender porque cerca de 700 pacientes morriam por ano. Logo, outro fato começou a ficar comum: corpos começaram a desaparecer “sem explicação” – iniciou-se um comércio ilegal para faculdades de medicina. Quanto mais entrávamos no museu, mais mergulhávamos nessa história tão triste. Os pacientes eram trancados em celas, algemados, tinham que comer com as mãos e muitos ficavam nus. Em 1930, um diretor sugeriu o chamado “leito único”: camas foram retiradas e todos dormiam no chão ou em esteiras de capim. Dizem que o modelo de leito único deu tão certo que o próprio governo o recomendou, em 1959, para outros hospitais mineiros. As condições a que eram submetidos os pacientes eram a mais degradantes possíveis. Banhos gelados, eletrochoque, lobotomia. Não havia dignidade. Não havia cuidado. Não havia esperança. O hospital chegou a ser comparado a um campo de concentração nazista por um psiquiatra italiano que o visitou.
  • 44. Tornou-se um verdadeiro de depósito de gente. Pessoas rejeitadas, excluídas, indesejadas. Pessoas que eram torturadas. Vimos as algemas, o aparelho de eletrochoque, o picador de gelo usado para se chegar até o cérebro na lobotomia, cirurgia irreversível que desconecta algumas áreas do cérebro. Ouvimos áudios de pacientes gravados pela imprensa, quando as denúncias começaram a surgir. Gritos, cantos e também relatos aparentemente bem lúcidos de pessoas contando como foram parar ali, já que com o tempo qualquer ser indesejado, como alcoólatras, mendigos, homossexuais, meninas solteiras que não eram mais virgens e esposas traídas (para que os homens ficassem com as amantes) eram mandados para lá. Estima-se de 60 mil pessoas tenham morrido e quase 2000 corpos tenham sido vendidos. Em 1958, começaram as primeiras denúncias. Em uma sala dedicada a este fim, podemos ver as notícias do jornal da época, como a famosa matéria “Nos porões da loucura”. Foi feito também um documentário chamado Em Nome da Razão. Em 1958, começaram as primeiras denúncias. Em uma sala dedicada a este fim, podemos ver as notícias do jornal da época, como a famosa matéria “Nos porões da loucura”. Foi feito também um documentário chamado Em Nome da Razão. Como as coisas demoram, foram 10 anos de discussão para somente após 10 anos, em 2001, ser assinada a Lei 10216, conhecida como Lei Antimanicomial. O Museu das Loucura é daqueles espaços, assim como museus dedicados à inquisição, ao holocausto, à escravidão e à ditadura, que são necessários para nos fazer refletir e lutar para que atrocidades como as foram cometidas não se repitam jamais. Foi difícil montar esse museu, pois temiam que fosse ruim para a imagem da cidade e achavam que era uma história que devia ser esquecida. Conhecer a história, porém, é importante para não deixar acontecer novamente. Telefone (32) 3339-1611.
  • 45. No prédio que era a antiga Cadeia Pública, hoje funciona a Casa da Cultura da cidade de Barbacena. Abriga o Arquivo Municipal, a Biblioteca Pública Municipal e Academia Barbacenense de Letras. O IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) tombou o local há alguns anos. Esta foi a primeira indústria de fabricação de seda de teor natural no Brasil. Data do século XIX, e abriga hoje a Universidade de Música Popular (Bituca). Esta é uma iniciativa inclusiva do Centro Regional de Saúde e do Grupo Ponto de Partida de Barbacena. A antiga mansão de João Fernandes de Oliveira Pena, comendador, é agora o Museu Municipal. Datando de 1810, a construção é totalmente no estilo mineiro colonial. Nele está abrigado um grande acervo com: Peças dos titulares do Império; Objetos de cunho pessoal de ilustres políticos; Mobiliário do século XIX; Centenas de fotos de Barbacena dos 100 últimos anos; Entre outros objetos de valor cultural.
  • 46.
  • 47. Um dos atrativos mais visitados em Barão de Cocais é o Santuário de São João Batista, igreja do século XVII que contou com a participação intensa do mestre Aleijadinho em sua construção e ornamentação, os altares são folheados a ouro. A Serra do Garimpo possui relevante diversidade biológica, geomorfológica e histórica, além de vistas panorâmicas de onde se podem avistar seis cidades vizinhas. O Distrito de Cocais é também bastante procurado pelos turistas. O local é aconchegante, acolhedor e perfeito para caminhadas, trekking e passeios a cavalo. Dentre seus atrativos, destacam-se a Igreja de Sant’ana, o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada com pinturas rupestres de cerca de seis mil anos, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Cachoeira de Cocais ou Pedra Pintada. Dicas de Viagem: O Parque Nacional do Caraça, a 26 quilômetros de distância de Barão de Cocais, localizado nos municípios de Santa Bárbara e Catas Altas, é uma visita imperdível. O Centro Histórico é composto pelo Santuário Nossa Senhora Mãe dos Homens, o prédio do antigo Colégio, o Claustro com a Catacumba e o Relógio de Sol e o Calvário. O Santuário do Caraça também possui atrativos naturais como cachoeiras e trilhas. A pedra do Caraça é um dos pontos mais visitados e dá nome ao Santuário. À noite, com sorte, o turista pode ver de perto os lobos-guará que comem nas mãos dos padres da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens.
  • 48.
  • 49. 1. Por que o nome Ouro Preto? O nome Ouro Preto foi adotado em 20 de maio de 1823, quando a antiga Vila Rica foi elevada a cidade. Segundo reza a lenda, os exploradores encontraram pedras de granito pretas dentro do rio que banhava a região e levaram algumas pedras para averiguar o que seria, por isso o nome “Ouro Preto”. O primeiro nome da cidade foi Vila Rica. É bacana observar que Vila Rica se tornou Ouro Preto no ano seguinte ao da independência do Brasil. 2. O sumiço da cabeça do Tiradentes Primeiramente, temos que falar que o Tiradentes não é uma lenda. Joaquim José da Silva Xavier realmente participou da Inconfidência Mineira e foi morto para que servisse de exemplo aos demais traidores da Coroa Portuguesa. Segundo a história, ele foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro. A cabeça de Tiradentes foi exposta na Praça que hoje leva seu nome em Ouro Preto. A intenção é que ela ficasse ali até que fosse consumida pelo tempo. Porém, a cabeça do Tiradentes sumiu depois do primeiro dia de exposição e até hoje, ninguém sabe do paradeiro dela. A praça onde a cabeça foi exposta, no centro de Ouro Preto, hoje se chama Praça de Tiradentes. É lá que fica o Museu da Inconfidência. O prédio de arquitetura colonial era antes a Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Hoje ele é dedicado a preservar a memória dos inconfidentes e da sociedade mineira do século XVIII.
  • 50. 3. Aleijadinho realmente existiu? Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, é conhecido como o maior artista da Arte Colonial Brasileira. A ele são atribuídas obras não apenas em Ouro Preto, mas também em Sabará, São João del-Rei e Congonhas, outras cidades históricas mineiras. No entanto, conta a história, ele passou a conviver com uma doença que o fez perder os dedos das mãos e todos os dedos dos pés. Foi assim que o artista ganhou seu apelido: Aleijadinho. Apesar de toda genialidade, há quem defenda que a figura do Aleijadinho foi criada décadas mais tarde, justamente para preencher o papel de herói nacional. A tese é defendida por Guiomar de Grammont, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Ouro Preto, que afirma: “muitas obras que são de outros artistas acabaram sendo atribuídas para Aleijadinho”. 4, Ouro Preto foi a vila mais desenvolvida da colônia no século XVIII Pelo menos é isso que garantem alguns historiadores. Numa época em que São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador eram pequenas, Ouro Preto – ainda chamada de Vila Rica – chegou ao auge populacional. De acordo com o livro “Boa Ventura” de Lucas Figueiredo, “Em meio século de existência, período em que sua população branca passou de zero a 30 mil, o berço da corrida do ouro se transformara numa pequena metrópole. Em 1732, Francisco Tavares de Brito, conhecedor das Minas Gerais, informava à Coroa que Vila Rica — “um Potosí de ouro”, segundo ele — era “mais soberba e opulenta que todas” as vilas da região. Era mais que isso: era a urbe mais desenvolvida da colônia, um canteiro de obras em permanente evolução.” 5. Título de Patrimônio Cultural da Humanidade Uma curiosidade interessante é que em 2 de setembro de 1980 a cidade de Ouro Preto foi declarada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade!
  • 51. Além disso, alguns dos pontos turísticos de Ouro Preto possuem reconhecimentos especiais, como a Igreja de São Francisco de Assis. Ela é considerada uma das 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. 6. Por que oratórios foram construídos nas ruas? O povo mineiro é exemplo de devoção. Tamanha foi a devoção no século XVIII que o medo de assombrações foi motivo de preces e instalações de oratórios das ruas. Com o pavor e o medo que se espalhava entre os moradores, a Igreja Católica acabou permitindo a construção dos oratórios nas casas, como o que é visto na Rua dos Paulistas, dedicado a Nossa Senhora do Bonsucesso, e o Oratório da Rua Barão de Ouro Branco. 7. Qual é a Rua Direita? Assim como várias cidades mineiras históricas, Ouro Preto também possui uma “Rua Direita”. Trata-se da Rua Conde de Bobadela, que fica próxima à Praça Tiradentes. O nome surgiu por estas ruas estarem localizadas ao lado direito da principal igreja da cidade, no caso de Ouro Preto, da principal praça. Por isso, a Rua Direita era muito visada e importante nesses locais. Era comum a população mais rica e nobre das cidades terem propriedades na Ruas Direitas. 8. Como surgiu a Rua São José? A Rua São José, conhecida popularmente como “Rua dos Bancos” foi construída por volta de 1732, pelos membros da Irmandade dos Homens Pretos de Nossa Senhora do Rosário para passagem do Triunfo Eucarístico. Naquela época tinha o nome de Rua Nova do Sacramento. Desde o início do século XX é um dos principais pontos comerciais de Ouro Preto.
  • 52. 9. O Barroco em Ouro Preto O Barroco é um movimento artístico que começou na Europa no final do século XVI. No Brasil, ele foi trazido pelos colonizadores cerca de um século mais tarde. As principais características desse período são o exagero, a riqueza de detalhes e principalmente o contraste. Entre o claro e o escuro, o bem e o mal, a carne e espírito; o Barroco está sempre colocando o homem diante de um conflito muito maior que ele. É um movimento que se opõe à racionalidade e à estética de seu antecessor, o renascentismo, reforçando a ideia de Deus como o centro do universo. Barroco mineiro em Ouro Preto O Barroco também é uma maneira da Igreja Católica se posicionar contra a Reforma Protestante. Os artistas barrocos foram estimulados pelo clero e pelos nobres a produzirem obras com essa temática. Por isso, não é de se estranhar que Ouro Preto, símbolo do barroco mineiro, seja uma cidade cheia de igrejas e homenagens religiosas. 10. As Minas de Ouro Preto Ouro Preto é uma cidade de contrastes. Se por um lado ela esbanjava riqueza em suas igrejas ornamentadas em ouro, de outro, os escravos eram massacrados pelos trabalhos nas minas. Os senhores tentavam evitar o contrabando de ouro, vigiavam os seus escravos constantemente. Como você pode imaginar, trabalhar com mineração não é um trabalho fácil. Muitos escravos morreram sufocados ou afogados dentro das minas de Ouro Preto. Hoje, algumas delas estão abertas para a visitação, como a Mina de Chico Rei. Diz a lenda que essa mina foi comprada por um escravo liberto, Chico Rei, que foi coroado pelos seus companheiros na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. 11. Marília de Dirceu e Ouro Preto Outra figura importantíssima na história de Ouro Preto é o poeta Tomás Antônio Gonzaga. Nascido em Portugal, ele veio
  • 53. para o Brasil para exercer o cargo de Ouvidor de Vila Rica. Aqui, ele se apaixonou duas vezes: primeiro pelo arcadismo, movimento literário que se opunha aos exageros do Barroco, e depois por Maria Dorotéia. Os dois chegaram a noivar-se, porém, após ser preso por participar da Inconfidência Mineira, Gonzaga foi exilado na África. Sendo assim, ele foi obrigado a abandonar sua noiva em Vila Rica. Com o pseudônimo de Dirceu, ele escreveu o poema Marília de Dirceu, dividido em três partes. Essa uma homenagem dele à Maria Dorotéia, que na obra é a Marília, e narra tanto sua paixão quanto o seu sofrimento ao ser separado de sua amada. A Casa de Tomás Antônio Gonzaga é uma atração muito famosa em Ouro Preto. O casarão onde o poeta morou é aberto à visitação, e de lá também dá pra ver a casa de Maria Dorotéia.  Expressões típicas que vieram do Barroco Mineiro Algumas expressões famosas da nossa língua também nasceram dessa época. Com certeza você já ouviu dizer que alguém dissimulado é santo do pau oco. Isso porque algumas pessoas costumavam confeccionar santos de madeira oca para passar pela fiscalização e contrabandear ouro e diamantes. Basicamente, era a sonegação fiscal do ciclo do ouro. Outra expressão que surge nesse período é pé rapado, uma maneira pejorativa de se chamar uma pessoa de origem humilde. Historicamente, essa expressão veio de quando as igrejas (principalmente) costumavam ter um lugar onde os visitantes limpavam a lama das solas dos sapatos. Os mais pobres eram os que tinham os pés mais sujos, pois não tinham como se locomover a não ser andando, e os escravos, por exemplo, andavam descalços. Então, ao entrar nos estabelecimentos eles raspavam a sola dos próprios pés para limpá-los. Ainda desta época, falavam também em sem eira e nem beira. Essa expressão refere-se a pessoas que não tem avantajadas condições financeiras. Eram consideradas pessoas pobres
  • 54. quando suas casas não tinham aqueles telhados pomposos, com detalhes que saíam para fora do telhado. As casas que não as tinham, eram consideradas casas sem eira e nem beira, ou seja, casa de pobre. São três tipos de detalhes. As eiras, beiras e tribeiras. Cada uma tem seu significado, ligado a poder, cultura e abonança. E por último, uma expressão comum, ligada historicamente ao Barroco Brasileiro, o feito nas coxas. Uma expressão geralmente associada a coisas mal feitas, surgiu da época da colonização, onde as telhas de barro eram feitas por escravos, que as mediam em suas próprias coxas para fazer o molde. Assim, cada telha saía de um tamanho e espessura diferente, fazendo com os telhados da época fossem super desalinhados. Essa expressão também pode estar associada a “filho feito nas coxas”, ou seja, uma relação sexual sem penetração, mas que supostamente gerou uma criança. E aí, qual você acha que é a opção que mais faz sentido para tal expressão?
  • 55. Muito próximo da Praça Tiradentes fica uma das Igrejas mais importantes de Ouro Preto e a atração mais visitada da cidade, a Igreja de São Francisco de Assis. Considerada a obra prima de Aleijadinho e um exemplar do barroco brasileiro. Tanto o projeto como grande parte das esculturas são assinadas pelo artista. Nela também existem trabalhos do Mestre Ataíde (celebrado pintor e decorador brasileiro). O monumento também é um dos primeiros bens de Ouro Preto tombado pelo IPHAN e faz parte das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa do Mundo. (Entrada: R$ 8,00 por pessoa – inteira). Imagine só a beleza de uma igreja que é toda trabalhada em Ouro? Pois bem, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar é trabalhada em ouro e ainda possui diversas obras de arte em seu interior. Essa visitação é cheia de muita beleza e um ar de luxo. Sem contar que é uma experiência única, afinal você não encontrará muitas fotos do interior da igreja, já que é proibido a retirada de fotos por lá. Para visitação, é cobrada uma pequena taxa, que com certeza vale a pena, diante da beleza do local. Sua construção teve início em 1766 e finalizou em 1772. O projeto inicial foi realizado por Manuel Francisco Lisboa e posteriormente modificado por seu filho, nosso tão conhecido Aleijadinho, trata-se de uma construção em estilo rococó.
  • 56. O grande destaque está nas paredes, onde há azulejos trazidos de Portugal, com imagens alusivas à Ordem do Carmo e esse é o único exemplar que você encontrará em todo o estado mineiro, então tenho certeza que ficará encantado com tanta beleza. Essa igreja que também é conhecida apenas por Nossa Senhora do Rosário, e é tombada pelo IPHAN . Quanto ao seu estilo, há controvérsias, pois algumas vezes considerada como rococó e outras como maneirista. O nome faz referência a sua construção, pois foi uma igreja construída e frequentada pelos escravos e chama atenção pelas linhas curvas da fachada. Ao contrário da fachada, o interior é bastante singelo. É uma igreja tombada pelo IPHAN que fica um pouco mais afastada do centro histórico e para alcança-la é preciso encarar uma ladeira íngreme, mas vale o esforço. Sua construção que começou em 1733 pelo negros escravizados, teve fim apenas em 1770. A Igreja, além de possuir obras de aleijadinho e toda uma história relacionada a libertação dos escravos, ainda desbrava uma bela vista de Ouro Preto.
  • 57. A Praça Tiradentes é um bom local para começar o seu roteiro de Ouro Preto, já que ela concentra além de vários atrativos, o Centro Cultural e Turístico, onde você pode conseguir um mapa da cidade. Lá estão alguns dos pontos que falaremos a seguir como o Museu da Inconfidência, o SESI Ouro Preto – Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG, a Câmara Municipal de Ouro Preto, o Museu da Ciência e Técnica, além de bares e restaurantes. Para os amantes de história, vale saber que foi nessa praça que em 1792, a cabeça de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Independência, foi exposta depois de seu enforcamento. A praça é palco de muitos eventos importantes para a cidade, como as celebrações de no feriado de Corpus Christi, festividades carnavalescas e outros eventos. Construído entre os anos de 1785 e 1855, inicialmente para ser cede da Casa de Câmara e Cadeia pública. Com estilo renascentista, está localizada na Praça Tiradentes. Depois de alguns anos, passou a ser utilizada somente como prisão. Em 1938 foi transformada em Museu da Inconfidência, onde um dos salões abriga as relíquias de alguns dos inconfidentes. Visitas de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00, valor do ingresso R$ 10,00. Caso visite o Museu de Ciência e Técnica primeiro, o ingresso é gratuito.
  • 58. Ainda na Praça Tiradentes fica o Museu da Ciência e Técnica (R$ 6,00 por pessoa – inteira), que também funciona como escola e Universidade Federal. O Museu é imenso, divido em várias seções. As duas seções que me chamaram mais atenção foram a sala de pedras preciosas, com inúmeros tipos de pedras, e a parte de física interativa, onde se pode brincar e mexer com os objetos. Uma outra ala importante é a que explica como se desenvolveu a principal atividade comercial da cidade. Terça-feira a domingo, das 12h00 às 17h00. O ingresso custa R$ 10,00 e dá direito a visitar o Museu da Inconfidência. Atrás da Igreja São Francisco de Assis fica a Feira do Largo de Coimbra (ou feirinha de pedra sabão). Lá são vendidos artesanatos como tabuleiros de jogos, esculturas e vasos esculpidos em pedra sabão. Apesar do nome e da predominância de produtos em pedra sabão, na feira também são encontradas camisetas, colares, pulseiras, filtros dos sonhos, entre outros artigos. A mina fica próxima a Matriz Nossa Senhora da Conceição, e foi uma das maiores minas de extração de Ouro do estado de Minas Gerais. Possui mais de 80 quilômetros quadrados de extensão e foi desativada no ano de 1888. Apenas 300 metros são iluminados e abertos a visitação, e nesses 300 metros dá para entender um
  • 59. pouco sobre como era a dinâmica do trabalho dos escravos na mina. Vale a pena conhecer. Valor: R$ 40,00 por pessoa, na ocasião. Sobre Chico Rei Embora não exista comprovação histórica de sua existência, é um personagem lendário presente na tradição oral mineira desde o século 18. Galanga era rei do Congo, mas acabou capturado com a família por portugueses e enviado ao Brasil para ser vendido como escravo. Durante o trajeto, sua mulher, rainha Djalô, e a filha, princesa Itulo, foram lançadas ao mar. Galanga chegou ao Rio de Janeiro em 1740 e foi rebatizado Francisco. Ele e o filho Muzinga foram levados por um Major para trabalhar na Mina da Encardideira, em Vila Rica (atual Ouro Preto). Durante muito tempo, Chico trabalhou duro e pôde comprar a própria liberdade e a de Muzinga. Há quem diga que ele escondia ouro em pó nos cabelos e ao fim da jornada de trabalho lavava os fios para recuperar o metal. Na sequência, Chico comprou a alforria de outros escravos e, com o passar do tempo, de olho nas dívidas do patrão, foi capaz de adquirir a Mina da Encardideira, agora mina de Francisco, o rei. Com a prosperidade alcançada pelo garimpo, libertou mais escravos com quem teria chegado ao Brasil, muitos deles seus súditos no Congo. Os alforriados o chamavam “rei”. A Mina Felipe dos Santos proporciona ao turista algo diferente: a existência de uma cascata em meio às rochas escavadas da antiga mina. Passada de geração a geração e herdada pela atual família do Sr. Geraldo, a mina hoje não possui documentos precisos sobre a datação de abertura ou finalidade de exploração. Entretanto, geólogos apontam que o local foi utilizado no século XVIII para a retirada do ocre (óxido metálico terroso, portador de ferro) utilizado na pintura de obras, artesanato e monumentos da cidade. Telefone de Reservas: (31) 3551-4575
  • 60. Antiga galeria subterrânea utilizada para extração de ouro nos séculos XVIII e XIX que atualmente foi adaptada para visitação turística. As visitas são guiadas e durante o trajeto são repassadas informações sobre o ciclo do ouro, que moldou nosso país. É dada ênfase especial ao mineradores africanos que realizaram os trabalhos e nunca eram lembrados. mostramos o protagonismo, o conhecimento e origem dos africanos que vieram sequestrados para os trabalhos da mineração setecentista. Na recepção há loja de arte, artesanato e joalheria, além de sanitários para os visitantes. A casa é construída em dois pavimentos. Pela sua arquitetura, é fácil perceber que o pavimento térreo foi feito para funcionar como comércio. Nele existem quatro vãos e acesso lateral à área de serviços. A residência ficava no pavimento superior que conta com três vãos. Foi moradia da família Barão de Camargos, uma das mais ilustres de Vila Rica. O interior da casa mostra exatamente como era a vida social da época. Pertences originais dos Barão de Camargos estão dispostos pelos cômodos. A impressão é de que os moradores vão chegar a qualquer momento, convidar-nos para sentar e tomar um café torrado na hora. No quintal, uma carruagem que pertence ao Museu da Inconfidência. É fácil deduzir que era o meio de transporte que levava damas e cavalheiros da família em suas saídas. Mesmo antiga e um pouco danificada, parece poder sair a qualquer momento. Em um passeio típico do século XVIII, quase dá para ouvir o som agudo das grandes rodas, em atrito com o chão de pedra sabão ouro-pretano. Mas a Casa da Baronesa não é uma simples casa antiga tombada pelo Patrimônio Cultural. Quem visita o lugar pode conhecer mais a fundo uma história de riquezas e opulência.
  • 61. Escavações arqueológicas no local deixaram à mostra um patrimônio incalculável da arquitetura da cidade. Ali, a história pulsa no espaço de observação do ambiente de exploração dos primeiros mineradores das Minas Gerais. Também é possível ver o antigo dreno de águas pluviais em pedra e restos da estrutura da casa de alvenaria em pedra. Instalado em um casarão histórico de três andares, o Museu conta com um acervo de mais de 160 estilos de oratório e 300 imagens sacras. As peças foram doadas pela presidente do instituto ao IPHAN e caracterizam-se pela diversidade de tipos, tamanhos e materiais. Detalhes valiosos da arquitetura, pintura, vestuário e costumes dos séculos XVII ao XX. O museu funciona diariamente das 9:30hs às 17:30hs e o valor pago foi de R$ 4,00 por pessoa, na ocasião. Esse é o teatro mais antigo das Américas em funcionamento, construído em 1769 e inaugurado em 1770.Três pisos distintos, nos quais se distribuem plateia, camarotes, frisas e galerias, totalizam 300 lugares. No porão, existem ainda camarins e sala de recepção para artistas e técnicos. Vale a pena fazer uma visita guiada. Aberto para visitas de segunda-feira a sexta-feira, das 12h00 às 17h00, o valor da entrada é de R$ 4,00.
  • 62. Antes de virar a Casa dos Contos, o prédio serviu para diversos fins, inclusive de cárcere para os inconfidentes, hoje abriga o Centro de Estudos do Ciclo do Ouro, o Museu da Moeda e do Fisco, salas de exposições, além do acesso central ao Parque Horto dos Contos. Terça-feira a sábado, das 10h00 às 17h00, domingo e feriados das 10h00 às 15h00. A entrada é gratuita. Inaugurado em maio de 1987 e está instalado em um casarão construído no final do século XVIII. É um museu que reúne as obras do autor Alberto da Veiga Guignard, além de objetos por ele pintados e peças que ilustram sua vida e oferece visão ampla sobre a trajetória dele. Valor R$ 2,00 por pessoa – inteira. Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) nasceu em Nova Friburgo, a 142 quilômetros do Rio de Janeiro, e estudou Arte na Europa. De volta ao país, conheceu artistas como Cândido Portinari (1903- 1962) e participou de movimentos para a modernização da arte brasileira. Em 1944, mudou-se para Minas Gerais, onde permaneceu até sua morte. Um espaço dedicado ao grande mestre da arte barroca no Brasil. Fundado em 1968 pelo então pároco Francisco Barroso Filho, o museu passou por completa revitalização e modernização museológica e museográfica em 2007. Para visitação, o Museu do Aleijadinho integra um circuito que abrange outras três igrejas históricas de Ouro Preto: Igreja Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias, onde estão as salas do Museu, Igreja de São Francisco de Assis, considerada uma das obras-primas do barroco brasileiro, além de ser uma das maiores realizações do Aleijadinho; e Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões, que atualmente encontra-se em reformas. O ingresso é válido para a visitação do Museu do Aleijadinho, Igreja Nossa Senhora da Conceição do Antônio Dias, Nossa Senhora das Mercês e São Francisco.
  • 63. O Museu Casa dos Inconfidentes é o único museu municipal de Ouro Preto. Inaugurado em 2010, a casa, que antes funcionava como alojamento para hóspedes da Prefeitura, agora abriga acervo mobiliário que visa demonstrar aos visitantes parte do cotidiano de uma residência da Ouro Preto oitocentista. O Museu conta com uma programação extensa e inovadora, promovendo ações culturais que valorizem a comunidade ouro- pretana. Dentre as atividades a serem realizadas estão oficinas variadas, palestras, tardes culturais e outros eventos voltados, sobretudo, à comunidade local. Telefone: 3551-2739 Horário de Funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 16h. Escola de Farmácia de Ouro Preto criada em 1839 e hoje integrada à Universidade Federal de Ouro Preto é pioneira no país no ensino de Farmácia desvinculado das Faculdades de Medicina e uma das pioneiras no Ensino Superior. Ao longo de sua existência preservou um acervo formado por material didático de origem européia, mobiliário, drogas e equipamentos do final do século XIX, documentos com registro de vida acadêmica e administrativa da Instituição, livros, periódicos e teses com ênfase no século XIX e início do século XX. Este conjunto encontra-se em prédio onde funcionou o Congresso Mineiro e onde foi promulgada a primeira Constituição Republicana do Estado, ocupado pela Escola de Farmácia desde o início do século XX. Utilizando parte deste acervo, o Museu de Pharmacia abriga a mostra "Ensino e prática profissional de Farmácia em Ouro Preto no final do séc. XIX e início do séc. XX" que pretende propor mecanismos de análise do presente e de compreensão das tendências do futuro da profissão farmacêutica, através da interação dos visitantes com o seu passado. TELEFONE: (31) 3559-1644 Horário de Funcionamento: terça e sexta, das 13h às 17h.
  • 64. Ficou conhecida como a “Ponte dos Suspiros” em alusão à obra de Tomás Antônio Gonzaga, poeta que ficou famoso pelos textos dirigidos à sua amada, Maria Dorotéia. Seus nomes fictícios eram Marília de Dirceu, como não podiam trocar carinhos, restava suspirar de paixão um pelo outro. Estão ali duas lanchonetes uma de nome Marília e outra de nome Dirceu. AGÊNCIA TURIMINAS CASA COM SENZALA (QUANTO MAIOR A SENZALA MAIS RIQUEZA) FAMÍLIA ESPANHOLA ---) JANELA TRIANGULAR FAMÍLIA HOLANDESA ---) JANELA REDONDA FAMÍLIA PORTUGUESA ---) JANELA QUADRADA / RETANGULAR
  • 65.
  • 66. A história de Mariana é marcada pelo pioneirismo: foi a primeira vila, a primeira cidade e a primeira capital planejada do Estado de Minas Gerais. Nascida em 1696, como arraial de Nossa Senhora do Carmo, e elevada à cidade em 1745, Mariana abriga até hoje riquezas dos tempos do Brasil Colônia ligadas à religiosidade, à produção de ouro, à projeção artística e muitas descobertas. Ao caminhar pelas ruas, quase todas com linhas retas e praças retangulares, logo se percebe a forte herança da fé. São dezenas de igrejas e capelas, muitas construídas ainda no século XVIII sob forte influência da arte barroca e com pedras extraídas das minas de ouro. A cidade também possui dois seminários. Aliás Mariana foi o primeiro centro religioso de Minas e sede do primeiro bispado do Estado. Em Mariana também nasceram personagens expoentes da cultura brasileira: o pintor sacro Mestre Ataíde, o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa os poetas Alphonsus de Guimarães e Frei Santa Rita Durão, autor do poema “Caramuru”. CURIOSIDADES GERAIS  O nome Mariana foi uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, esposa do rei D. João V, que em 1745 elevou a vila à cidade.  Mariana também integra a Trilha dos Inconfidentes e o Circuito Estrada Real.  Em 1945 foi tombada como Monumento Nacional.
  • 67. Abriga obras raras e revolucionárias do século XVIII e período da Inconfidência Mineira. Rua Barão de Camargos, s/nº. Construído em 1770. O acervo, com cerca de 2 mil itens, inclui peças de Aleijadinho e Ataíde, com pinturas, esculturas, mobiliários, talha em madeira e pedra, além da túnica de Nossa Senhora das Dores, doada por D. Pedro II. Tel: (31) 3557-2581. Terça a Sábado: de 08h30 às 12h e de 13h30 às 17h; Domingos e Feriados: de 8h30 às 14h Funciona no antigo Palácio dos Bispos. Possui o mais importante acervo latino-americano de música sacra manuscrita dos séculos 18 e 19, sendo o único do gênero no país. É palco de concertos, oficinas e exposições. Tel: (31) 3557-2778. Terça a Sábado: de 08h30 às 12h Domingos e Feriados: de 9h às 12h Erguida entre 1768 e 1798 para abrigar a Câmara, no pavimento superior, e a Cadeia, no inferior, costume do período colonial. Feita em cantaria e alvenaria de pedra, com portais e cimalhas. Construída pelo mestre pedreiro José Pereira Arouca, que ergueu quase todas as edificações em Mariana.
  • 68. Localizada no centro da cidade é onde estão as casas mais antigas e os principais comércios, com arquitetura conservada. É considerada uma das mais antigas de Mariana, datada de 1720. No local ocorriam as reuniões da Ordem Terceira de São Francisco de Mariana. Preserva um dos mais ricos conjuntos de ornamentação do barroco luso-brasileiro, com altares em madeira talhada e coberta de ouro. O lavabo da sacristia é autoria de Aleijadinho e o teto com afrescos de Ataíde. Abriga o órgão alemão ArpSchnitger, o único exemplar fora da Europa e um dos três únicos do mundo, usado para concertos públicos. Tel: (31) 3558-2785.
  • 69. É a maior mina de ouro aberta à visitação no Brasil. Foi nessa mina que trabalhou Giuseppe Biguzzi, avô de Milton Bigucci. A descida para as galerias subterrâneas é feita por um trolley (espécie de vagão suspenso por um cabo de aço, indo à profundidade de 120m). Preserva maquinários utilizados na extração do ouro. A área da mina possui restaurante, loja de artesanato, arborismo e museu com peças do ciclo do ouro. “Dizem que os escravos entravam na mina trazendo um passarinho e trabalhavam até que ele morresse por falta de ar. Só então podiam sair, demorasse horas ou dias”, contou nossa guia. “Muita gente morreu aqui dentro devido a desabamentos e condições precárias de trabalho”. Tanto sofrimento deu origem a lendas de fantasmas que assolam as galerias. Em uma delas, uma imagem de Santa Bárbara, a protetora dos mineradores, ainda abençoa o local e recebe oferendas dos visitantes. As paredes brilham douradas, mas não se engane, são cobertas de pirita, o ouro dos tolos. Ainda há ouro de verdade no local, mas em quantidades muito pequenas, que não justificam mais a exploração do metal. Por isso, os atuais detentores dos direitos da Mina da Passagem resolveram apostar na atividade turística. Ao que parece, foi uma boa ideia: cerca de 300 pessoas passam por ali todos os dias. As visitas duram cerca de meia hora e abrangem 11 quilômetros quadrados – os demais espaços estão fechados por razões de segurança. Todos os grupos são acompanhados por um guia, já incluso no preço do ingresso. Eles nos contam a história e as curiosidades da Mina, que começou a ser explorada em 1719 e só foi desativada em 1985 e rendeu mais de 35 toneladas de ouro durante o período. Funcionamento: Segundas e terças de 9h às 17 horas, e quartas a domingos de 9h às 17:30 horas. Preço: R$ 120 – Leve dinheiro, porque mesmo com esse valor eles não aceitam cartões
  • 70.
  • 71. 1- Congonhas reúne o maior conjunto da arte barroca do Mundo. Ao todo são 78 esculturas assinadas pelo Mestre Aleijadinho. 2- Por serem feitas em pedra sabão, as esculturas dos Doze Profetas são motivo de grande preocupação para a cidade. Afinal, com o passar do tempo elas sofrerão um desgaste natural. 3- O nome dos Doze Profetas representados por Aleijadinho são: Naum, Habacuque, Jonas, Amós, Abdias, Joel, Oséias, Daniel, Ezequiel, Baruc, Jeremias e Isaías. 4- Guias locais ficam na região da Basílica e estão à disposição para serem contratados. Com grande bagagem cultural, eles são capazes de contar sobre a história do escultor, sua postura política, personalidade e, claro, sobre as obras. 5- As esculturas dos Doze Profetas foram criadas em apenas cinco anos. Ao longo desse período o Mestre Aleijadinho já sofria sérias limitações físicas por causa de uma doença degenerativa. 6- Dentre as doze esculturas dos Profetas, a de Daniel é uma das mais importantes. Afinal, ela foi feita com uma única pedra, ou seja, é monolítica. Além disso, ela é a maior do conjunto. 7- O nome da cidade de Congonhas significa “Zona em que o mato desaparece: campo.” Isso porque no município existe a planta congonha, um arbusto medicinal e ornamental. A palavra Congõi (Congonhas) é de origem Tupi-guarani, mas em outras versões ela significa, COA=mato; NHONHA=sumido.
  • 72. A chegada ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é discreta. A pequena área de estacionamento fica na parte de trás da igreja. Por ali, se misturam os carros de turistas e os cavalos dos romeiros. O estacionamento dá acesso ao adro, uma espécie de pátio que circunda toda a igreja. É na parte da frente desse adro que estão os famosos 12 profetas de Aleijadinho. Sala dos Milagres ou Ex-Votos Primeiro, entramos na Sala dos Milagres ou Sala dos Ex-votos, do lado direito do adro. Trata-se de um espaço de devoção, onde os fiéis que receberam graças vem prestar sua homenagem na forma de um ex-voto. Repleta de quadros, esculturas ou outros objetos, pedaços da história de tanta gente. Agradecimentos por graças, orações por almas. Impressionante e até um pouco assustador. Além dos quadros, a sala está repleta de depoimentos de milagres, histórias (bonitas e tristes) e pedidos de oração. Pertences ali depositados há mais de um século, testemunhando a fé de um povo. Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos Quando sair da sala dos milagres, entre na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas pela porta lateral. Já fazem alguns anos que a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos vem passando por um longo processo de restauração, por isso a porta principal está fechada há muito tempo. Os 12 profetas de Aleijadinho Chegamos enfim na frente da igreja. É difícil descrever o encanto de ver aquele bonito frontão, também trabalhado em pedra- sabão, que já vinha inaugurar o estilo rococó que seguiria em voga pelos anos seguintes no Brasil.
  • 73. E lá estão eles, ao longo do parapeito e escadarias: os 12 profetas de Aleijadinho, verdadeiras obras de arte em pedra- sabão. As 12 estátuas estão dispostas de forma que os profetas parecem estar envolvidos numa animada conversa nas escadarias. O diálogo parece ter ficado acalorado, convidando a todos a subir o Morro do Maranhão e visitar o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. As estátuas dos doze profetas de Aleijadinho são nada menos que as obras-primas do maior artista do barroco brasileiro. Expressões, detalhes da arte esculpida na pedra, tudo impressiona. Os 12 profetas de Congonhas foram esculpidas quando Aleijadinho já estava muito doente, debilitado por uma doença que deformou suas mãos. Mesmo com a deficiência física, o gênio não foi interrompido. Aleijadinho seguiu esculpindo com habilidade e uma dose de criatividade também. O mestre tirou vida da pedra, mas teve o cuidado de esculpir estátuas que, fisicamente, não se parecem com nenhum retrato dos santos católicos da igreja de influência europeia. Os 12 profetas são inteiramente originais. Em nenhuma outra parte do mundo você encontrará imagens similares representando as figuras conhecidas de Isaías, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Abdias, Amós, Jonas, Habacuque e Naum. Profetas nascidos na mente de Aleijadinho e trazidos à vida em pedra-sabão – os profetas de Congonhas. Por conta dessa diferença para as imagens “tradicionais”, por muitos anos os profetas de Aleijadinho em Congonhas foram considerados horrendos, de mau gosto. Uma verdadeira ofensa à arte da escultura religiosa clássica. Mas veio o modernismo, veio a mente mais aberta dos artistas da Semana de Arte Moderna de 1922. E a partir dali, o gênio de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, ganhou o merecido reconhecimento, não só no Brasil, mas no mundo todo. Capelas dos Passos da Paixão
  • 74. Descendo as escadarias da igreja, passe pelo jardim de palmeiras imperiais. Vá direto até o final do terreno onde está o antigo portão de entrada do santuário. Olhe para cima do Morro do Maranhão e tenha a primeira visão da obra completa, a igreja com seus 12 profetas no adro. Aposto que isso vai te arrancar um suspiro! Agora comece a caminhar até a igreja e preste atenção ao redor. Você está no Jardim dos Passos. Ali, verá as 6 capelas dos Passos da Paixão espalhadas pelo jardim de palmeiras. As pequenas capelas dos passos de Congonhas guardam um grande tesouro. Elas foram construídas bem depois da igreja. Abrigam 64 esculturas em cedro que representam a Via Sacra, esculpidas pelo próprio Aleijadinho e seus ajudantes no ateliê, e pintadas pelo Mestre Ataíde e outros artistas. A primeira capela, no pé do morro, foi a primeira a ser construída e a única planejada por Aleijadinho. Ela retrata a Santa Ceia, com 12 apóstolos ao redor da mesa, Cristo ao centro e dois criados nas laterais. É um dos cenários mais bonitos, pelas expressões dos personagens. Museu de Congonhas No caminho entre o Jardim dos Passos e a Romaria, você vai passar por outro grande ponto turístico de Congonhas: o Museu de Congonhas. A arquitetura moderna faz contraste com os prédios históricos e não deixa o Museu de Congonhas passar despercebido dos viajantes. Recomendo muito a visita, o Museu de Congonhas é imperdível para quem gosta de história e quer aprender mais sobre a cidade e a obra de Aleijadinho. A entrada é paga (R$10,00, atualizado em agosto 2019). A visita começa relatando a história de Congonhas como destino de peregrinação. Foi ali que aprendi muito sobre como a devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos chegou ao Brasil. Também há espaço para a história da construção da igreja de Congonhas e muitas informações sobre as obras de Aleijadinho e o processo de conservação das estátuas ao ar livre.
  • 75.
  • 76. A história de Cordisburgo tem seu início com o Padre João de Santo António. Nascido em 1824, no distrito de Morro Vermelho, Caeté, estudou e ordenou-se no seminário de Mariana, onde exerceu o magistério. Ali, Padre João se tornou um grande devoto do Sagrado Coração de Jesus, devoção essa difundida em Minas Gerais pelo primeiro bispo da Capitania das Minas, D.Frei Manuel da Cruz. Designado missionário por D. Viçoso, Padre João de Santo António percorreu quase toda Minas Gerais, de 1860 a 1880 .No início da década de 80, comprou a Fazenda do Melo por dois contos de réis. Era um desejo antigo do padre ter um local onde pudesse dedicar e exercitar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. “Aos 21 de Agosto de 1883, vim dar começo à fundação da povoação da Vista Alegre, começando por edificar uma capela ao patriarca São José...” Essa capela é que deu origem à cidade de Cordisburgo, pois, ao seu redor, Padre João foi distribuindo os lotes. Em 1884 a capela já estava pronta e uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, vinda da França, chegou ao local que passa a ser conhecido por Coração de Jesus da Vista Alegre. Em 1885 era a vez de dar início à construção da Matriz, que foi inaugurada em 1894 pelo primeiro arcebispo de Mariana, D. Silvério Gomes Pimenta. Padre João, então com setenta anos, pode, com regozijo, ver seu sonho realizado. Dez anos após, a Diocese de Diamantina recebeu como doação de Padre João de Santo António 40 alqueires de terra. Depois, se recolheu à comunidade de Macaúbas, em Santa Luzia, onde faleceu. Nessa época (Junho de 1890), já tinha sido criado o distrito com nome de Cordisburgo da Vista Alegre e a localidade já possuía uma estação telegráfica. A estação central foi inaugurada em 1904 e, em 1917, os franciscanos assumiram a responsabilidade da paróquia. SIGNIFICADO DO NOME : O nome Cordisburgo é uma palavra híbrida formada por cordis do latim, coração e burgo, do alemão, cidade. Daí o significado – Cidade do Coração.
  • 77. A Casa Elefante começou a ser construída em 2009 pelo escultor Stamar, popularmente conhecido como “Tazico”. Depois da construção do “Zoológico de Pedra Peter Lund”, o artista percebeu que com sua técnica, era capaz de produzir estatuárias maiores e daí, utilizando de muita criatividade, decidiu esculpir uma casa em forma de elefante, animalejo este escolhido por ser o maior mamífero da terra. Buscando tornar sua obra mais atrativa, houve a caracterização do elefante seguindo a temática indiana, cujos artefatos ganham muitas cores e brilho. A escultura se tornou a 7ª casa mais inusitada do mundo, um levantamento feito pela Rede Record de televisão. Localiza-se na entrada da cidade, e não há quem chegue pela primeira vez e não pare para tirar pelo menos uma foto. Dias e horários de funcionamento: Diariamente de 08 às 17:00 horas Taxa de visitação: Adulto R$2,00, Criança R$1,00 O Museu Casa Guimarães Rosa (MCGR), unidade vinculada à Superintendência de Museus do Estado de Minas, foi criado através da Lei nº 5775 de 30 de setembro de 1971. Sua criação foi
  • 78. idealizada no contexto de dois fatos distintos: o inesperado falecimento de Guimarães Rosa em novembro de 1967 e a criação do IEPHA, que materializava o sonho preservacionista, vigente à época, no âmbito do Estado. Foi inaugurado em 30 de março de 1974, na casa onde nasceu o escritor e passou sua infância em Cordisburgo, cenário de experiências que irão servir da matéria- prima para a sua obra. Concebido como centro de referência da vida e obra do escritor, o Museu preserva um acervo de vários objetos, composto de registros de sua vida profissional como médico e diplomata, objetos de uso pessoal, vestuário, utensílios domésticos, mobiliário e fragmentos do universo rural descrito por Rosa, a exemplo de objetos de montaria e relacionados à atividade pecuária. Também está sob a guarda do Museu uma coleção de cerca de 700 documentos textuais entre os quais merecem referência os registros de caráter pessoal (certidões, correspondência recebida e emitida, documentos escolares), discursos, artigos em periódicos e originais manuscritos ou datilografados, a exemplo de “Tutaméia”, sua última obra publicada. Na década de 1980, o Museu sofreu algumas intervenções onde foram organizados seus documentos textuais e executado um novo projeto expográfico, com a reconstituição do estabelecimento comercial mantido pelo seu Fulo, pai do escritor, que funcionava em um cômodo integrado à residência da família, como era de costume nas pequenas cidades do interior de Minas. Concretamente, o turismo cultural e de pesquisadores em Cordisburgo, aliado à participação efetiva da comunidade nas atividades do Museu, resultaram em projetos e atividades que vêm ampliando a atuação museológica para além dos limites estritamente institucionais. São projetos, eventos e atividades desenvolvidos pela Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa (AAMCGR), e que visam divulgar a obra do escritor para o turista e, sobretudo, para a população local. “Cordisburgo era pequenina terra sertaneja, trás montanhas, no meio de Minas Gerais. Só quase lugar, mas tão de repente bonito: lá se desencerra a Gruta do Maquine, milmaravilha…” (Guimarães Rosa) Dias e horários de funcionamento: De terça a domingo das 9 às 17 horas.
  • 79. Inaugurado no dia 27 de junho de 2010, o Portal Grande Sertão é fruto da parceria do Governo de Minas Gerais, por intermédio da Secretaria de Estado de Cultura/Superintendência de Museus, e a Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa (AAMCGR), com a participação da Prefeitura de Cordisburgo. Está localizado na Praça Miguilim e é composto por representações de figuras humanas esculpidas em bronze. São seis vaqueiros, trajados à moda sertaneja e montados a cavalo. Há também o próprio Guimarães Rosa saudando os sertanejos e a figura de um cachorro, personagem sempre presente nas obras do autor. Esta cena é emoldurada por um pórtico de chapa de aço e as estátuas que inicialmente foram esculpidas em barro, receberam uma fundição que utilizou 3.500 quilos de bronze. Criação e execução do artista Leo Santana, também escultor da estátua de Carlos Drummond de Andrade em Copacabana no Rio de Janeiro. Idealizado para ser extensão do Museu Casa Guimarães Rosa e marco de entrada para o sertão mineiro, o Portal Grande Sertão representa, para os habitantes e visitantes de Cordisburgo, o cenário e a alma de João Guimarães Rosa. O povoado de Serra dos Alves surgiu por volta de 1850, quando bandeirantes começaram a explorar ouro e cristais na região. A localidade encontra-se na vertente Leste da Cadeia do Espinhaço e conserva seus costumes mineiros típicos, hábitos simples e modo de vida tranquilo da época de seus primeiros moradores. A construção de maior expressão é a Capela de São José que, juntamente com o cruzeiro e as casas de estilo e alinhamentos iguais e voltados para a Igreja, compõem o conjunto histórico e paisagístico da Serra dos Alves, tombado pelo patrimônio municipal.