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Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

Escrito por Lenilson Guedes
Qui, 21 de Abril de 2011 09:24




 Em um trabalho de pesquisa realizado por  Ênedy Dias de Araújo, tenente coronel da Polícia
Militar do Estado de Rondônia, saiba tudo sobre o patrono das Polícias Militares Brasileiras,
Tiradentes.




 




Nome: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER




 




Alcunha: O TIRADENTES




 




Data de Nascimento: 12 de novembro de 1746 – esta data também é mencionada como o
dia do seu batismo, não havendo registro preciso do dia do seu nascimento.




 



                                                                                          1 / 10
Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

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Local de Nascimento: Fazenda Pombal situada na circunscrição territorial da Vila de São Del
Rei, localizada entre as cidades mineiras de São João Del Rei e São José, hoje a cidade de
Tiradentes, no Estado de Minas Gerais.




 




Filiação: Pai – Domingos da Silva Santos, português (nascido no Brasil), pequeno
fazendeiro – homem de algumas posses – pertencia a elite branca civil e servira como
Almotecê na Câmara da Vila de São José Del Rei.
Mãe
–
Antonia da Encarnação Xavier
, brasileira. Por ser filho de português nascido na terra, Tiradentes pertencia a raça dos
MAZOMBOS.




 




Família:  Ficou órfão de mãe aos noves anos e de pai aos onze anos. Dos onze aos dezoitos
anos ficou aos cuidados de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era
cirurgião-dentista registrado, foi quando aprendeu os conhecimentos básicos de odontologia e
medicina, por isto conseguiu a profissão de dentista prático. Foi o quarto de sete irmãos, dois
dos quais, Domingos e Antônio, mais velhos que ele, se ordenaram padres. O mais moço,
José, seguiu a carreira militar, chegando ao Posto de Capitão de Milícias. Morreu solteiro,
contudo, teve relacionamento com uma viúva, Antonia do Espírito Santo, moradora nos
arredores de Vila Rica, da qual teve uma filha natural, chamada Joaquina.




 




Educação: Aprendeu as primeiras letras com o irmão mais velho. Mesmo sem ter feito estudos
regulares, adquiriu razoável soma de conhecimentos: recibos e petições por ele assinados
apresentam boa redação.              Em sua maturidade, revelou interesse pelas idéias
avançadas da época, em particular pelas que inspiraram a independência dos E.U.A.,



                                                                                             2 / 10
Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

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cuja constituição estudava atentamente                                        Com o seu tio
e padrinho a aprendeu as noções básicas de medicina e odontologia, de onde lhe adveio o
apelido de Tiradentes, conforme afirmou um contemporâneo seu: “
Tirava com efeito os dentes com a mais sutil ligeireza, e ornava a boca de novos dentes,
feitos por ele mesmo, que pareciam naturais.”
Além da odontologia e da medicina, interessou-se também pela engenharia. Foi autor de
um projeto pioneiro de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, mediante a
canalização dos rios Andaraí e Maracanã, e projetou construir, na mesma cidade,
armazéns e um trapiche para embarque de gado. Também tinha idéia de instalar em
Minas Gerais uma fábrica de ferro.




 




Profissões: Exerceu várias profissões: tropeiro – mascate – minerador – dentista. Dedica
ndo-se por conta própria ao serviço de viajante comercial fazendo freqüentes viagens entre
São João Del Rei, Vila Rica, Rio de Janeiro e a Bahia, travando um profundo conhecimento
com a vastidão dos sertões e a magnifica potencialidade da terra brasileira e nesses trajetos
intermináveis, desenvolveu a prática de cirurgião-dentista a que só podia dedicar-se sem
estabelecer-se, e por não ser licenciado levava a vida cuidando de escravos e agregados
humildes das grandes propriedades rurais. Mal remunerado nessas profissões, ingressou no
Regimento dos Dragões, Corpo de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais.




Carreira militar: Encontrei dois relatos sobre a carreira militar de Tiradentes. Um destes
relatos foi citado apenas uma vez. O outro foi citado em vários outros textos pesquisados e que
considero o mais certo. No histórico encontrado                      apenas uma vez em nossas
pesquisas, descreve o seguinte: Aos dezoito anos de idade optou pela carreira das armas,
alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 diretamente no posto de Alferes no Regimento de
Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia, onde foi aceito pelo fato
de pertencer a elite branca e de possuir uma utilíssima habilidade técnica, que era a de
dentista. Durante o período de 1777 a 1779 esteve morando no Rio de Janeiro em missão
oficial. Servindo nas forças de defesa contra possíveis invasões espanhola e no ano de 1780
estava na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais como Comandante do Destacamento local
encarregado da guarda do registro da porta de entrada do Vale Médio do Rio São Francisco,
onde estabeleceu correspondência com o contratador João Rodrigues de Macedo sobre alguns
problemas na administração dos seus contratos naquela região e em 9 de Abril de 1781 o
Alferes foi nomeado como Comandante do Destacamento do Caminho Novo com o objetivo de
construir uma variante no caminho de Vila Rica para o Rio de Janeiro, e em 26 de Junho de
1781, iniciou as picadas com a pequena tropa e mais oito escravos pertencentes ao Tenente
Coronel Manoel do Vale, devido a pouca mão de obra empregada, os trabalhos se tornaram
lentos, porém em ritmo intenso, com isto o Alferes conseguiu fazer chegar a picada até o lugar



                                                                                          3 / 10
Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

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em que foi instalado o Quartel de Porto de Meneses, onde permaneceu destacado como
comandante da tropa militar de guarda do novo caminho. No ano de 1784 por indicação do
Governador, o alferes é designado pela Portaria de 16 de Abril de 1784 para tomar
providencias e guarnecer as fronteiras a leste da Capitania de Minas Gerais nos limites com o
Rio de Janeiro.




           Na segunda história encontrada, e que aparece nos demais textos pesquisados,
informa o seguinte:             Com pouco mais de trinta anos, sentou praça no
Regimento de Dragões das Minas Gerais, sendo, em 1781, nomeado pela rainha Maria I,
comandante da patrulha do Caminho Novo, que conduzia ao Rio de Janeiro e por onde
se escoavam o ouro e os diamantes extraídos na capitania. O cargo exigia bravura e
vigor físico, pois o caminho, que atravessava serras e florestas, era sujeito a assaltos de
índios, escravos fugidos e malfeitores.




Do posto de Alferes (equivalente hoje, ao posto de Tenente), entretanto, não saiu Tiradentes,
que se queixava de haver sido preterido quatro vezes, enquanto outros, mais jovens e de
menor mérito, logravam ascender na hierarquia. Acredita-se que isso se devesse ao fato de ser
ele mazombo (filho de português, nascido na terra), condição que inspirava receio à metrópole.
Mas, de qualquer modo, era individualmente um elemento de confiança, tanto assim que foi
indicado, em julho de 1788, para chefiar a guarda da viscondessa de Barbacena em sua
viagem até Vila Rica.




 




Personalidade: Sonhador e idealista, era ao mesmo tempo um espírito, prático.
Qualificou-o o visconde de Barbacena como "                     homem sem temor algum".
Alto, magro, espadaúdo, de "olhar espantado", era eloqüente e facilmente se arrebatava
ao discorrer sobre os seus planos de emancipação da terra natal. Para o cônego Luís
Vieira da Silva, co-réu do processo da Inconfidência,
"era um homem animoso, e se houvessem muitos assim o Brasil seria uma república
florente"
. Para o frei Raimundo de Pertaforte, seu confessor na prisão, “
foi um daqueles indivíduos da espécie humana que poêm em espanto a própria
natureza... Afoito e destemido, sem prudência às vezes, e outras temeroso ao ruído da
caída de uma folha.”
Tiradentes andava por todos os lados com livros sobre a Independência norte-americana e
cada vez mais procurava ler tudo que se relacionasse ao assunto de modo aberto e sem
preocupação, pois estava entusiasmado pelo assunto, ele era loquaz e procurava convencer as



                                                                                          4 / 10
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pessoas das suas idéias, sempre andava apressado e agitado e devido a esse modo de ser e
de agir, demonstrava o reflexo de uma personalidade exaltada e por esta razão recebeu os
apelidos de além da própria palavra
tira-dente
s, chamam-lhe de
corta-vento
,
Gramático
,o
República
,o
Liberdade
.




 




A Aparência: Se não serve para a história, serve para a cultura geral demonstrar a aparência
pessoal de um personagem. Em todos os países civilizados os vultos nacionais estão em telas
espalhados pelos museus, escolas e instituições culturais. Infelizmente no Estado do Brasil a
arte pictórica não se desenvolveu acentuadamente no século XVIII, aquela tendência verificada
na Europa de se guardar as cenas familiares, por este motivo os quadros referentes a
Tiradentes são todos imaginários e feitos no final do Império ou no início da República, ou seja
mais de um século depois de sua existência. E o único modo de se conseguir a descrição física
de Tiradentes são as referências documentais encontradas no Arquivo Histórico Ultramarino
em Lisboa, em 1789 ele estava com quarenta e dois anos de idade, era branco, usava bigode e
muito provavelmente não usava barba, andava com uma farda azul forrada de vermelho e
adornada com fios prateados, e alguns historiadores afirmam que ele tinha uma cicatriz no
rosto. Pesquisa nos Autos da Devassa, divulgada no ano do bicentenário da morte do alferes,
em 1992, diz que todas as imagens do líder apresentadas até agora são fictícias. De acordo
com essa pesquisa, Tiradentes não usava barba, pelo menos na época da Inconfidência. Dos
autos constam a apreensão, em sua casa, em 25/11/1789, de duas navalhas e um espelho.
Esses mesmos objetos foram encontrados na cela onde ficou preso por três anos. O estudo diz
também que os presos eram proibidos de usar barba e cabelos longos. A imagem histórica,
consagrada                   em vários quadros, seria então explicada pelo fato de que, na falta
de registros precisos, os pintores teriam preferido retratar Tiradentes com fisionomia
semelhante à de Cristo, mais favorável a um herói nacional.




 




                                                                                           5 / 10
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A Inconfidência Mineira: A idéia de uma revolução libertadora, a exemplo da que havia
sido feita na América do Norte, amadureceu no pensamento de Tiradentes à medida que
tomava consciência da riqueza de sua terra e da exploração de que era vítima o seu
povo por parte da metrópole. A 2 de março de 1787 pediu licença de seu regimento e
viajou para o Rio de Janeiro a fim de tentar levar à prática os seus projetos de
canalização de água e outros, dos quais esperava auferir recursos para tornar realidade
os seu planos políticos. Para muitas pessoas começou então a falar com ardor e sem
cautela sobre esses planos. No Rio de Janeiro permaneceu mais de um ano, trabalhando
como dentista. Cada vez mais se apaixonava pelas idéias dos filósofos franceses e dos
revolucionários norte-americanos. Entretanto, os requerimentos que encaminhara às
autoridades sobre os seus projetos de obras públicas não tinham andamento. Já estava
esgotado o prazo de sua licença quando foi requisitado para acompanhar a Minas Gerais
a família do visconde de Barbacena, que acabava de chegar de Portugal. Às vésperas de
viajar, conheceu José Álvares Maciel (1760-1802), recém-chegado da Europa, onde
estudara filosofia, química e metalurgia, homem versado nas novas idéias políticas e
também interessado na emancipação do Brasil. Com esse encontro fortaleceu-se
decisivamente a vocação política do alferes Joaquim José. Sua chegada a Vila Rica, em
setembro de 1788, marca o início da articulação do levante, que ele passou a anunciar
abertamente, apesar já ser “conversa proibidíssima". Começa a tomar corpo o
movimento que passou à história com o nome de                                Inconfidência
Mineira.
Denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, a 15 de março de 1789, Tiradentes teve
durante todo o processo, até sua morte, um comportamento de exemplar dignidade e
heroísmo. Honrou o que prometera, ao declarar numa das reuniões preparatórias do
frustrado levante:
"
0 papel mais arriscado, quero-o para mim
".




A Prisão: Sua prisão ocorreu a 10 de maio de 1789, no Rio de Janeiro, para onde se
deslocara novamente e onde já estava sendo seguido por espiões. Ficaria preso durante
quase três anos, numa masmorra escura, totalmente incomunicável, não vendo senão o
seu padre confessor. Foi ouvido quatro vezes na devassa (nome do processo ao qual foi
submetido) e acareado com os seus denunciantes e os co-réus. Inicialmente negou tudo,
mas em vista dos demais depoimentos, assumiu toda a responsabilidade do movimento,
inocentando os demais conspiradores. Dizem os autos da devassa, reproduzindo suas
declarações, que              "ele, respondente, confessa ter sido quem ideou tudo, sem
que nenhuma outra pessoa o movesse nem lhe inspirasse coisa alguma
".
O Alferes Silva Xavier tinha uma caráter excepcionalmente elevado, pois suas respostas no
primeiro depoimento em 22 de Maio de 1789 foram firmes, sem medo, não comprometeu a
ninguém, não deu nenhum detalhe, não confirmou nada a respeito sobre a sua participação na
conjuração, negou tudo, e cinco dias depois foi interrogado novamente e continuou negando



                                                                                     6 / 10
Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

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tudo, levando o depoimento para detalhes sem importância, resistindo tudo e a todos
bravamente. No terceiro interrogatório, em 30 de Maio de 1789 continuou negando firmemente,
porém quando acareado com Joaquim Silvério dos Reis, sofre um forte abalo, pois até o
presente momento, Tiradentes não sabia que Silvério dos Reis havia delatado a conspiração e
neste momento descobriu que a revolução e os revolucionários já eram do conhecimento dos
devassantes e após mais de seis meses incomunicável, ele é novamente interrogado em 18 de
Janeiro de 1790, foi quando resolveu confessar a participação no movimento revolucionário,
assumindo sozinho a culpa, isenta os demais participantes; diz que planejou a revolução por
motivos pessoais, com isto o radical revolucionário iluminista do século XVIII lavara a alma e
entregara sua vida. A estrutura moral de Tiradentes revelada por seus depoimentos é que lhe
conferiu a grandeza de líder da fracassada revolução mineira de 1789, pois em todos os
depoimentos que prestou até o seu enforcamento,
 
continuou despistando e negando a participação de outras pessoas e revelando apenas o que
os ministros já sabiam.




 




A Sentença: Lida a 18 de abril de 1792: “Condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier,
por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que com
baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte
natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica,
onde em o lugar mais público dela será pregada, em um poste alto até que o tempo a
consuma; e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregado em postes, pelo Caminho
de Minas,                                             no Sítio da Varginha e das Cebolas , onde
o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações até que o
tempo também os consuma; declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo-os, e seus
bens aplicam para o fisco e câmara real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada,
para que nunca mais no chão se edifique, e, não sendo própria, será avaliada e paga a seu
dono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levantará um padrão, pelo qual se conserve
a memória desse abominável réu”.




 




A Morte: A sentença condenou à morte Tiradentes e mais seis réus. Estes tiveram logo a
seguir sua pena comutada para degredo perpétuo. Apenas o alferes deveria pagar com a
vida o seu 'crime'. Ao saberem do ato da rainha, dito de clemência, os réus, que haviam
sido todos reunidos numa sala, irromperam em exclamações de júbilo. Tiradentes



                                                                                          7 / 10
Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

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manteve-se sereno, felicitou os demais pela graça que haviam alcançado e, voltando-se
para o seu confessor, disse-lhe:           "Dez vidas daria se as tivesse, para salvar as
deles!                                            ". Segundo a sentença, seria enforcado,
decapitado e esquartejado; a cabeça exibida em Vila Rica no alto de um poste, e os
quatro quartos pregados em postes, pelo caminho de Minas Gerais, que ele tantas vezes
percorrera; seus bens seriam confiscados, as casas em que morara arrasadas e
salgadas, para que nunca mais naquele chão se edificasse; e sua memória declarada
infame. Joaquim José da Silva Xavier foi executado em forca erguida no campo da
Lampadosa (atual praça Tiradentes), no Rio de Janeiro. Depois de penosa caminhada
sob o sol,                                                      na manhã do sábado do dia
21 de Abril de 1792                                                               , subiu
ao patíbulo sem sombra de medo. O carrasco, um criminoso comum, montou-lhe nos
ombros para abreviar o fim. A cena, segundo depoimento do padre confessor, presente
à execução, causou grande consternação entre o povo, que contribuiu com substancial
quantia em esmolas a fim de serem rezadas missas pela alma do condenado.
As suas últimas palavras foram:
Cumpri a minha palavra! Morro pela Liberdade!
Além de enforcado, Tiradentes foi decapitado e esquartejado e a sua cabeça exposta em Vila
Rica e os quatro quartos do corpo pendurados em postes ao longo do Caminho Novo, que ele
tantas vezes havia percorido. Os seus bens foram confiscados e sua memória declarada
infame.




 




Reconhecimento: Durante a propaganda republicana, a imagem histórica de Tiradentes
começou a ser recomposta como um paladino da liberdade. Assim o descreve Silva
Jardim, que foi o mais notável dos oradores da campanha:




Não era belo. Não lhe coubera instrução fora do comum, porém era sagaz, podendo de
um olhar apreender o valor e a extensão de uma idéia; era um coração bem formado,
generoso cheio de bondade... Sua ambição tinha os mais nobres fins; seu amor e
veneração à pátria foi sem limites. Sua franqueza selvagem, sua indignação por toda
vileza, seu anseio era idéia que o possuíra, eram tais que os vulgares o consideravam-no
louco, e os bem nascidos estimavam-no herói.




Não foi imediato, após a independência, o reconhecimento do mérito de Tiradentes: só
em 1867 é que veio a ser-lhe erguido um monumento em Ouro Preto, por iniciativa do
então presidente da província, Joaquim Saldanha Marinho, que seria pouco depois um



                                                                                     8 / 10
Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

Escrito por Lenilson Guedes
Qui, 21 de Abril de 2011 09:24

dos fundadores do Partido Republicano. Mais tarde, já sob a república, é que o 21 de
abril foi declarado feriado nacional; e pela lei 4.897, de 9 de dezembro de 1965, ele foi
proclamado “Patrono Cívico da Nação Brasileira”. Ele também é o Patrono de todas as
Polícias Militares do Brasil.




 




 




 




Fontes de pesquisa:                                                




 




- Almanaque Abril




 




- Enciclopédia Universal Paumape – volume 12




 




- Vários sites da internet do Brasil e de Portugal.




                                                                                      9 / 10
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Tiradentes. patrono das polícias militares brasileiras

  • 1. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24  Em um trabalho de pesquisa realizado por  Ênedy Dias de Araújo, tenente coronel da Polícia Militar do Estado de Rondônia, saiba tudo sobre o patrono das Polícias Militares Brasileiras, Tiradentes.   Nome: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER   Alcunha: O TIRADENTES   Data de Nascimento: 12 de novembro de 1746 – esta data também é mencionada como o dia do seu batismo, não havendo registro preciso do dia do seu nascimento.   1 / 10
  • 2. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 Local de Nascimento: Fazenda Pombal situada na circunscrição territorial da Vila de São Del Rei, localizada entre as cidades mineiras de São João Del Rei e São José, hoje a cidade de Tiradentes, no Estado de Minas Gerais.   Filiação: Pai – Domingos da Silva Santos, português (nascido no Brasil), pequeno fazendeiro – homem de algumas posses – pertencia a elite branca civil e servira como Almotecê na Câmara da Vila de São José Del Rei. Mãe – Antonia da Encarnação Xavier , brasileira. Por ser filho de português nascido na terra, Tiradentes pertencia a raça dos MAZOMBOS.   Família:  Ficou órfão de mãe aos noves anos e de pai aos onze anos. Dos onze aos dezoitos anos ficou aos cuidados de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião-dentista registrado, foi quando aprendeu os conhecimentos básicos de odontologia e medicina, por isto conseguiu a profissão de dentista prático. Foi o quarto de sete irmãos, dois dos quais, Domingos e Antônio, mais velhos que ele, se ordenaram padres. O mais moço, José, seguiu a carreira militar, chegando ao Posto de Capitão de Milícias. Morreu solteiro, contudo, teve relacionamento com uma viúva, Antonia do Espírito Santo, moradora nos arredores de Vila Rica, da qual teve uma filha natural, chamada Joaquina.   Educação: Aprendeu as primeiras letras com o irmão mais velho. Mesmo sem ter feito estudos regulares, adquiriu razoável soma de conhecimentos: recibos e petições por ele assinados apresentam boa redação. Em sua maturidade, revelou interesse pelas idéias avançadas da época, em particular pelas que inspiraram a independência dos E.U.A., 2 / 10
  • 3. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 cuja constituição estudava atentamente Com o seu tio e padrinho a aprendeu as noções básicas de medicina e odontologia, de onde lhe adveio o apelido de Tiradentes, conforme afirmou um contemporâneo seu: “ Tirava com efeito os dentes com a mais sutil ligeireza, e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais.” Além da odontologia e da medicina, interessou-se também pela engenharia. Foi autor de um projeto pioneiro de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, mediante a canalização dos rios Andaraí e Maracanã, e projetou construir, na mesma cidade, armazéns e um trapiche para embarque de gado. Também tinha idéia de instalar em Minas Gerais uma fábrica de ferro.   Profissões: Exerceu várias profissões: tropeiro – mascate – minerador – dentista. Dedica ndo-se por conta própria ao serviço de viajante comercial fazendo freqüentes viagens entre São João Del Rei, Vila Rica, Rio de Janeiro e a Bahia, travando um profundo conhecimento com a vastidão dos sertões e a magnifica potencialidade da terra brasileira e nesses trajetos intermináveis, desenvolveu a prática de cirurgião-dentista a que só podia dedicar-se sem estabelecer-se, e por não ser licenciado levava a vida cuidando de escravos e agregados humildes das grandes propriedades rurais. Mal remunerado nessas profissões, ingressou no Regimento dos Dragões, Corpo de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais. Carreira militar: Encontrei dois relatos sobre a carreira militar de Tiradentes. Um destes relatos foi citado apenas uma vez. O outro foi citado em vários outros textos pesquisados e que considero o mais certo. No histórico encontrado apenas uma vez em nossas pesquisas, descreve o seguinte: Aos dezoito anos de idade optou pela carreira das armas, alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 diretamente no posto de Alferes no Regimento de Cavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia, onde foi aceito pelo fato de pertencer a elite branca e de possuir uma utilíssima habilidade técnica, que era a de dentista. Durante o período de 1777 a 1779 esteve morando no Rio de Janeiro em missão oficial. Servindo nas forças de defesa contra possíveis invasões espanhola e no ano de 1780 estava na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais como Comandante do Destacamento local encarregado da guarda do registro da porta de entrada do Vale Médio do Rio São Francisco, onde estabeleceu correspondência com o contratador João Rodrigues de Macedo sobre alguns problemas na administração dos seus contratos naquela região e em 9 de Abril de 1781 o Alferes foi nomeado como Comandante do Destacamento do Caminho Novo com o objetivo de construir uma variante no caminho de Vila Rica para o Rio de Janeiro, e em 26 de Junho de 1781, iniciou as picadas com a pequena tropa e mais oito escravos pertencentes ao Tenente Coronel Manoel do Vale, devido a pouca mão de obra empregada, os trabalhos se tornaram lentos, porém em ritmo intenso, com isto o Alferes conseguiu fazer chegar a picada até o lugar 3 / 10
  • 4. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 em que foi instalado o Quartel de Porto de Meneses, onde permaneceu destacado como comandante da tropa militar de guarda do novo caminho. No ano de 1784 por indicação do Governador, o alferes é designado pela Portaria de 16 de Abril de 1784 para tomar providencias e guarnecer as fronteiras a leste da Capitania de Minas Gerais nos limites com o Rio de Janeiro.            Na segunda história encontrada, e que aparece nos demais textos pesquisados, informa o seguinte: Com pouco mais de trinta anos, sentou praça no Regimento de Dragões das Minas Gerais, sendo, em 1781, nomeado pela rainha Maria I, comandante da patrulha do Caminho Novo, que conduzia ao Rio de Janeiro e por onde se escoavam o ouro e os diamantes extraídos na capitania. O cargo exigia bravura e vigor físico, pois o caminho, que atravessava serras e florestas, era sujeito a assaltos de índios, escravos fugidos e malfeitores. Do posto de Alferes (equivalente hoje, ao posto de Tenente), entretanto, não saiu Tiradentes, que se queixava de haver sido preterido quatro vezes, enquanto outros, mais jovens e de menor mérito, logravam ascender na hierarquia. Acredita-se que isso se devesse ao fato de ser ele mazombo (filho de português, nascido na terra), condição que inspirava receio à metrópole. Mas, de qualquer modo, era individualmente um elemento de confiança, tanto assim que foi indicado, em julho de 1788, para chefiar a guarda da viscondessa de Barbacena em sua viagem até Vila Rica.   Personalidade: Sonhador e idealista, era ao mesmo tempo um espírito, prático. Qualificou-o o visconde de Barbacena como " homem sem temor algum". Alto, magro, espadaúdo, de "olhar espantado", era eloqüente e facilmente se arrebatava ao discorrer sobre os seus planos de emancipação da terra natal. Para o cônego Luís Vieira da Silva, co-réu do processo da Inconfidência, "era um homem animoso, e se houvessem muitos assim o Brasil seria uma república florente" . Para o frei Raimundo de Pertaforte, seu confessor na prisão, “ foi um daqueles indivíduos da espécie humana que poêm em espanto a própria natureza... Afoito e destemido, sem prudência às vezes, e outras temeroso ao ruído da caída de uma folha.” Tiradentes andava por todos os lados com livros sobre a Independência norte-americana e cada vez mais procurava ler tudo que se relacionasse ao assunto de modo aberto e sem preocupação, pois estava entusiasmado pelo assunto, ele era loquaz e procurava convencer as 4 / 10
  • 5. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 pessoas das suas idéias, sempre andava apressado e agitado e devido a esse modo de ser e de agir, demonstrava o reflexo de uma personalidade exaltada e por esta razão recebeu os apelidos de além da própria palavra tira-dente s, chamam-lhe de corta-vento , Gramático ,o República ,o Liberdade .   A Aparência: Se não serve para a história, serve para a cultura geral demonstrar a aparência pessoal de um personagem. Em todos os países civilizados os vultos nacionais estão em telas espalhados pelos museus, escolas e instituições culturais. Infelizmente no Estado do Brasil a arte pictórica não se desenvolveu acentuadamente no século XVIII, aquela tendência verificada na Europa de se guardar as cenas familiares, por este motivo os quadros referentes a Tiradentes são todos imaginários e feitos no final do Império ou no início da República, ou seja mais de um século depois de sua existência. E o único modo de se conseguir a descrição física de Tiradentes são as referências documentais encontradas no Arquivo Histórico Ultramarino em Lisboa, em 1789 ele estava com quarenta e dois anos de idade, era branco, usava bigode e muito provavelmente não usava barba, andava com uma farda azul forrada de vermelho e adornada com fios prateados, e alguns historiadores afirmam que ele tinha uma cicatriz no rosto. Pesquisa nos Autos da Devassa, divulgada no ano do bicentenário da morte do alferes, em 1992, diz que todas as imagens do líder apresentadas até agora são fictícias. De acordo com essa pesquisa, Tiradentes não usava barba, pelo menos na época da Inconfidência. Dos autos constam a apreensão, em sua casa, em 25/11/1789, de duas navalhas e um espelho. Esses mesmos objetos foram encontrados na cela onde ficou preso por três anos. O estudo diz também que os presos eram proibidos de usar barba e cabelos longos. A imagem histórica, consagrada   em vários quadros, seria então explicada pelo fato de que, na falta de registros precisos, os pintores teriam preferido retratar Tiradentes com fisionomia semelhante à de Cristo, mais favorável a um herói nacional.   5 / 10
  • 6. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 A Inconfidência Mineira: A idéia de uma revolução libertadora, a exemplo da que havia sido feita na América do Norte, amadureceu no pensamento de Tiradentes à medida que tomava consciência da riqueza de sua terra e da exploração de que era vítima o seu povo por parte da metrópole. A 2 de março de 1787 pediu licença de seu regimento e viajou para o Rio de Janeiro a fim de tentar levar à prática os seus projetos de canalização de água e outros, dos quais esperava auferir recursos para tornar realidade os seu planos políticos. Para muitas pessoas começou então a falar com ardor e sem cautela sobre esses planos. No Rio de Janeiro permaneceu mais de um ano, trabalhando como dentista. Cada vez mais se apaixonava pelas idéias dos filósofos franceses e dos revolucionários norte-americanos. Entretanto, os requerimentos que encaminhara às autoridades sobre os seus projetos de obras públicas não tinham andamento. Já estava esgotado o prazo de sua licença quando foi requisitado para acompanhar a Minas Gerais a família do visconde de Barbacena, que acabava de chegar de Portugal. Às vésperas de viajar, conheceu José Álvares Maciel (1760-1802), recém-chegado da Europa, onde estudara filosofia, química e metalurgia, homem versado nas novas idéias políticas e também interessado na emancipação do Brasil. Com esse encontro fortaleceu-se decisivamente a vocação política do alferes Joaquim José. Sua chegada a Vila Rica, em setembro de 1788, marca o início da articulação do levante, que ele passou a anunciar abertamente, apesar já ser “conversa proibidíssima". Começa a tomar corpo o movimento que passou à história com o nome de Inconfidência Mineira. Denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, a 15 de março de 1789, Tiradentes teve durante todo o processo, até sua morte, um comportamento de exemplar dignidade e heroísmo. Honrou o que prometera, ao declarar numa das reuniões preparatórias do frustrado levante: " 0 papel mais arriscado, quero-o para mim ". A Prisão: Sua prisão ocorreu a 10 de maio de 1789, no Rio de Janeiro, para onde se deslocara novamente e onde já estava sendo seguido por espiões. Ficaria preso durante quase três anos, numa masmorra escura, totalmente incomunicável, não vendo senão o seu padre confessor. Foi ouvido quatro vezes na devassa (nome do processo ao qual foi submetido) e acareado com os seus denunciantes e os co-réus. Inicialmente negou tudo, mas em vista dos demais depoimentos, assumiu toda a responsabilidade do movimento, inocentando os demais conspiradores. Dizem os autos da devassa, reproduzindo suas declarações, que "ele, respondente, confessa ter sido quem ideou tudo, sem que nenhuma outra pessoa o movesse nem lhe inspirasse coisa alguma ". O Alferes Silva Xavier tinha uma caráter excepcionalmente elevado, pois suas respostas no primeiro depoimento em 22 de Maio de 1789 foram firmes, sem medo, não comprometeu a ninguém, não deu nenhum detalhe, não confirmou nada a respeito sobre a sua participação na conjuração, negou tudo, e cinco dias depois foi interrogado novamente e continuou negando 6 / 10
  • 7. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 tudo, levando o depoimento para detalhes sem importância, resistindo tudo e a todos bravamente. No terceiro interrogatório, em 30 de Maio de 1789 continuou negando firmemente, porém quando acareado com Joaquim Silvério dos Reis, sofre um forte abalo, pois até o presente momento, Tiradentes não sabia que Silvério dos Reis havia delatado a conspiração e neste momento descobriu que a revolução e os revolucionários já eram do conhecimento dos devassantes e após mais de seis meses incomunicável, ele é novamente interrogado em 18 de Janeiro de 1790, foi quando resolveu confessar a participação no movimento revolucionário, assumindo sozinho a culpa, isenta os demais participantes; diz que planejou a revolução por motivos pessoais, com isto o radical revolucionário iluminista do século XVIII lavara a alma e entregara sua vida. A estrutura moral de Tiradentes revelada por seus depoimentos é que lhe conferiu a grandeza de líder da fracassada revolução mineira de 1789, pois em todos os depoimentos que prestou até o seu enforcamento,   continuou despistando e negando a participação de outras pessoas e revelando apenas o que os ministros já sabiam.   A Sentença: Lida a 18 de abril de 1792: “Condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em o lugar mais público dela será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma; e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregado em postes, pelo Caminho de Minas,   no Sítio da Varginha e das Cebolas , onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo-os, e seus bens aplicam para o fisco e câmara real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada, para que nunca mais no chão se edifique, e, não sendo própria, será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levantará um padrão, pelo qual se conserve a memória desse abominável réu”.   A Morte: A sentença condenou à morte Tiradentes e mais seis réus. Estes tiveram logo a seguir sua pena comutada para degredo perpétuo. Apenas o alferes deveria pagar com a vida o seu 'crime'. Ao saberem do ato da rainha, dito de clemência, os réus, que haviam sido todos reunidos numa sala, irromperam em exclamações de júbilo. Tiradentes 7 / 10
  • 8. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 manteve-se sereno, felicitou os demais pela graça que haviam alcançado e, voltando-se para o seu confessor, disse-lhe: "Dez vidas daria se as tivesse, para salvar as deles! ". Segundo a sentença, seria enforcado, decapitado e esquartejado; a cabeça exibida em Vila Rica no alto de um poste, e os quatro quartos pregados em postes, pelo caminho de Minas Gerais, que ele tantas vezes percorrera; seus bens seriam confiscados, as casas em que morara arrasadas e salgadas, para que nunca mais naquele chão se edificasse; e sua memória declarada infame. Joaquim José da Silva Xavier foi executado em forca erguida no campo da Lampadosa (atual praça Tiradentes), no Rio de Janeiro. Depois de penosa caminhada sob o sol, na manhã do sábado do dia 21 de Abril de 1792 , subiu ao patíbulo sem sombra de medo. O carrasco, um criminoso comum, montou-lhe nos ombros para abreviar o fim. A cena, segundo depoimento do padre confessor, presente à execução, causou grande consternação entre o povo, que contribuiu com substancial quantia em esmolas a fim de serem rezadas missas pela alma do condenado. As suas últimas palavras foram: Cumpri a minha palavra! Morro pela Liberdade! Além de enforcado, Tiradentes foi decapitado e esquartejado e a sua cabeça exposta em Vila Rica e os quatro quartos do corpo pendurados em postes ao longo do Caminho Novo, que ele tantas vezes havia percorido. Os seus bens foram confiscados e sua memória declarada infame.   Reconhecimento: Durante a propaganda republicana, a imagem histórica de Tiradentes começou a ser recomposta como um paladino da liberdade. Assim o descreve Silva Jardim, que foi o mais notável dos oradores da campanha: Não era belo. Não lhe coubera instrução fora do comum, porém era sagaz, podendo de um olhar apreender o valor e a extensão de uma idéia; era um coração bem formado, generoso cheio de bondade... Sua ambição tinha os mais nobres fins; seu amor e veneração à pátria foi sem limites. Sua franqueza selvagem, sua indignação por toda vileza, seu anseio era idéia que o possuíra, eram tais que os vulgares o consideravam-no louco, e os bem nascidos estimavam-no herói. Não foi imediato, após a independência, o reconhecimento do mérito de Tiradentes: só em 1867 é que veio a ser-lhe erguido um monumento em Ouro Preto, por iniciativa do então presidente da província, Joaquim Saldanha Marinho, que seria pouco depois um 8 / 10
  • 9. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24 dos fundadores do Partido Republicano. Mais tarde, já sob a república, é que o 21 de abril foi declarado feriado nacional; e pela lei 4.897, de 9 de dezembro de 1965, ele foi proclamado “Patrono Cívico da Nação Brasileira”. Ele também é o Patrono de todas as Polícias Militares do Brasil.       Fontes de pesquisa:                                                   - Almanaque Abril   - Enciclopédia Universal Paumape – volume 12   - Vários sites da internet do Brasil e de Portugal. 9 / 10
  • 10. Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24                                    10 / 10