A família Montenegro originou-se da Espanha e se estabeleceu no Brasil no século XIX. Ovídio de Melo Montenegro foi o primeiro tabelião da região do Assú no Rio Grande do Norte. Sua família construiu a residência Itú em 1845. Manoel Montenegro foi um importante líder político na região do Vale do Açu no século XX.
2. A tradicional família Montenegro é originária da Espanha, pertence à
quarta ramificação de imigrantes que chegaram ao Brasil instalando-se na
Ilha de Itamaracá – Pernambuco.
Em 1822, o Imperador designou para ocupar a 2ª Comarca do Assú
Estado do Rio Grande do Norte, como primeiro tabelião, Ovídio de Melo
Montenegro.
Em 1835, Ovídio de Melo Montenegro, arrendou do Senhor Cristóvão da
Rocha Pita a propriedade denominada Itú, uma sesmaria de 6 (seis) por 6
(seis), léguas.
Em 1845 comprou a propriedade e construiu a residência da família
Montenegro.
Ovídio Montenegro nasceu na Fazenda Itú a 16 de novembro de 1835.
Em 1893 tornou-se 1º Deputado Constituinte do Rio Grande do Norte.
Notável líder político, com prestígio em toda região, residiu na casa
grande da Picada. Casou-se com Dona Amélia Caldas. Dessa união
nasceram dois filhos. Maria Beatriz de Melo Montenegro e Manoel de
Melo Montenegro.
3. O título de Coronel foi concedido pela Guarda
Nacional.
Deputado por várias legislaturas, mas ao romper
relações políticas com o Governador Pedro Velho
renunciou a seu cargo de Deputado.
Intendente por duas vezes e também prefeito
constitucional, do município de Santana dos Matos.
Foi Presidente da Assembléia Legislativa na gestão do
Governador Mário Câmara.
Por ser considerado como um homem íntegro e austero
tornou-se um dos chefes político mais respeitado no
Vale do Açú.
4. Sua residência era uma verdadeira fortaleza
democrática, por onde circulava personalidades
expressivas da política estadual e nacional. E se
deliciavam em banquetes oferecidos a
governadores e políticos que visitavam o Vale do
Açú em campanhas políticas democráticas e
memoráveis. Uma característica marcante e
conhecida de todos era o fato de não haver
distinção de classes por parte da família
Montenegro. Do mais humilde trabalhador da
fazenda a grandes personalidades, todos eram
tratados da mesma maneira.
5. Nasceu no dia 25 de setembro de 1894 na Fazenda
Itú, município de Santana dos Matos.
Por uma fatalidade do destino ficou órfão aos sete
anos de idade, teve três tutores, mas ficou aos
cuidados da avó materna Dona Marola Caldas.
Aos 23 de setembro de 1913, casou-se com a Maria
Cândida Borges, uma mossoroense e com ela teve
os 10 filhos: Maria Consuelo (faleceu ainda criança,
José e Antonio faleceram jovens), Nelson
Montenegro, Ovídio Montenegro, Edgard
Montenegro, Manoel Montenegro Junior, João
Batista Montenegro, José Montenegro e Antonio de
Pádua Montenegro.
6. Como era comum naquela época comprou o
titulo de major da Guarda Nacional, passando
a ser conhecido como Major Montenegro.
Era tão respeitado que sua palavra valia por
uma sentença judicial. Foram inúmeros os
casos litigiosos que resolveu.
Costumava trocar produtivas correspondências
com grandes expoentes da política norte-
riograndense e mantinha saudável amizade
com: Juvenal Lamartine, João Câmara, Dinarte
Diniz e Aluisio Alves.
7. Pela sua forte liderança política foi um grande
articulador para o desmembramento da Vila de
Sacramento, hoje Ipanguaçu do Município de Santana
dos Matos.
Residindo na Fazenda Itú (Picada), como grande
proprietário de terras dedicou-se a agricultura e a
pecuária, criando a MASA – Montenegro Agropastoril
S. A.
Seu senso de cidadania e civismo levou-o a votar para
eleição de prefeito de Ipanguaçu aos 95 anos de idade.
Manoel Montenegro falesceu em 1991 na capital
pernambucana aos 97 anos de idade, lúcido e ativo.
Profetizou sua própria morte ao declarar. “Vou morrer
no dia do meu aniversario”.
8. A família Medeiros é oriunda de Portugal, que
teve em Rui Gonçalves de Medeiros o seu mais
antigo e ilustre antepassado. Foi membro do
Conselho Real de Dom Afonso III, 1º Conde de
Verlongo. Recebeu seu Brasão de Armas em
1285.
Mesmo antes do descobrimento do Brasil,
muitos membros da família Medeiros
emigraram para as ilhas portuguesas de Açores
e Madeira.
9. Lá se estabeleceram, partindo ao longo de três
séculos para a Ásia e América do Sul e do Norte.
Há cerca de 200 anos, parte da família veio para o
Brasil. Alguns membros foram para o Rio Grande
do Sul e mais tarde outros membros emigraram
para a região do Seridó, estabelecendo-se no Rio
Grande do Norte e Paraíba.
Filho de João da Mata de Araújo Melo e Enedina C.
de Medeiros Neta, nasceu em 15 de abril de 1888
em Vila Nova, atualmente Pedro Velho.Faleceu em
17 de julho de 1953.
10. Em 1905 José Lúcio Medeiros ou, simplesmente
José Medeiros, chegou em nossa cidade em
companhia da família vislumbrando dias
melhores.Em 1908, munido de coragem e ambição,
abdicando da segurança familiar, partiu para a
Amazônia em busca de trabalho e fortuna.Aos
vinte e sete anos, retornou a Açú, após ter perdido
o que havia ganho e também a saúde, vítima de
beri-beri, doença neurológica causada pela falta de
vitamina “B”, quase paralítico e pobre.
Graças ao clima e a boa alimentação, José Medeiros
aos poucos recuperou a saúde. No comércio
encontrou uma atividade possível e, assim, em
1915 abriu uma bodega – A Paulistinha- que
rapidamente cresceu , transformando-se em ponto
de encontro obrigatório da cidade.
11. Em 15 de abril de1919, José Medeiros casa-se com
Maria Francisca Caldas de Medeiros, filha do
patriarca de Sacramento, e tiveram dois filhos João
Moacir de Medeiros em 1921 e Maria Zaira em
1928.
No mesmo ano, muda-se com a esposa para o
pequeno povoado que aqui existia com o nome de
Sacramento, passando a residir na casa que depois
a família herdaria do seu sogro e que na época era
a sede da propriedade agrícola “Veneza de Baixo”.
Era o início de suas atividades agrícola e
participação na construção de nossa Evolução
Histórica
12. Nasceu em Viana do Castelo em Portugal e aos
12 anos emigrou para o Brasil. Desembarcou no
Rio de Janeiro, foi para Recife e algum tempo
depois veio morar no Vale do Açu, na Ilha de
São Francisco, no município de Macau.
Fixou residência na Fazenda Arapuá, na época
município de Santana dos Matos onde, em 1932
construiu sua residência em estilo português,
relembrando sua origem. Instalou uma oficina
de descaroçamento de algodão, gerando mão-
de-obra agrícola.
13. Fabricava também para exportação, matéria-
prima para cera de carnaúba.
Casou-se com Maria Madalena da Fonseca
Montenegro e tiveram oito filhos. Com o
falecimento de sua esposa, contraiu novas
núpcias que geraram mais quatro filhos.
Faleceu em Açu em 1981, deixando um legado
de trabalho e amor ao país que adotou como
seu.
14. Vindo de Apodi, chegou à Vila de Sacramento
em 1930. De imediato, percebeu a necessidade
de uma assistência melhor na área da saúde.
Procurou estudar prática farmacêutica por
correspondência. Em 1938, na epidemia de
impaludismo foi um lutador, visitando todas as
casas do povoado a cavalo. Implantou um
socorro farmacêutico, atendendo a todos sem
distinção.