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Alagoas l 16 a 22 de agosto I ano 08 I nº 390 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
No ano passado, a farra
foi boa para os vereadores de
Maceió. Eles gastaram R$ 2,1
milhões de recursos públicos
que poderiam sobrar. Uns
gastaram mais, outros menos,
mas todos torraram o dinheiro
daverbaindenizatóriamensal.
Cada vereador tem salário de
R$ 15 mil, mas recebe R$ 10,5
mildessaverbalegal.Osgastos
vão de filmagem, fotografias,
internet, cópia de documento
até alimentação. É legal, mas
soa como imoral.
VAGADEAMÉLIONOTCE:DISPUTAPELAINDICAÇÃOPODE LEVARPODERESEXECUTIVOELEGISLATIVOÀBATALHAJURÍDICA
ESPECIAL
Seguro dá
cobertura a
caminhoneiros
para problemas
causados pela
Covid-19
Diuvlgação
RECURSOS são da verba de gabinete, liberados mediante apresentação de notas de supostos gastos do parlamentar
VEREADORES TORRAM
MAIS DE R$ 2 MILHÕES
Conquista do Governo deAlagoas:voos diretos à Lisboa expandem o turismo
Os voos regulares sema-
nais que irão ligar Maceió à
Lisboa, em Portugal, estão
confirmados. A companhia
aérea TAP fez o comunicado
à imprensa brasileira na
quarta-feira (12). Com início
previsto para 2 de outubro,
serão dois voos ligando as
duas capitais inicialmente
às sextas-feiras e domingos,
em aeronaves modelo A321,
com capacidade para até 168
passageiros.
Apesar de o momento de
crise e recessão econômica,
a política de incentivos do
Governo de Alagoas tem atra-
ído o interesse de diferentes
empreendimentos para o
Estado. Em reunião ordinária,
o Conselho de Desenvolvi-
mento Econômico (Conedes)
aprovou, na sexta-feira (14), a
concessão de benefícios fiscais
e locacionais para 15 novas
empresas. Juntas irão injetar
mais de R$ 235,7 milhões na
economiaalagoanacomagera-
çãode1.081postosdetrabalho,
representando4.385empregos
entre diretos e indiretos.
Voos entre Maceió e
Lisboa em outubro
Conselho atrai 15
empresas para AL
TURISMO
EMPREGOS
4
6
4
EM PILAR
Ex-secretário é vítima
de um atentado à balaGeraldo Cavalcante, de 67
anos, ex-secretário de Comu-
nicaçãoedeTurismodePilar,
foi vítima de um atentado à
bala, no bairro Pernambuco
Novo, na cidade. O crime
foi cometido por Willa-
mes da Silva e teria sido por
vingança. Quando foi bale-
ado, Geraldo tinha acabado
de parar o carro, o EcoSport
vermelho de placa MVJ-6162/
AL, em frente à sede do Dire-
tório do MDB. Quatro tiros
de revólver 38 atingiram o
carrodavítima,quefoisocor-
rida para o Hospital Geral
do Estado (HGE). Willames
fugiu numa bicicleta. Ele é
sobrinhodeAloísiodeCarva-
lho,morto nodia14deagosto
de2019,emPilar.Essecrimeé
atribuído ao ex-sargento PM
PetrúcioCavalcante,irmãode
Geraldo. O ex-PM está preso.
Geraldo Cavalcante é secretário do MDB em Pilar e foi baleado em atentado
Quatro disparos de revólver calibre 38 foram feitos contra o secretário do MDB em Pilar; polícia admite vingança
2 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
EXPRESSÃO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com)
O
s bastidores
de uma escola
trazem profis-
sionais de suma importância
para o desempenho exitoso
da instituição de ensino. Em
tempos de aulas remotas,
os professores e professoras
precisam se reinventar cons-
tantemente para trabalhar
com seus alunos de maneira
motivanteeestimulante.Além
dos professores, um profis-
sional é de suma importância
para o desenvolvimento das
aulas: o (a) coordenador(a)
pedagógico(a). Esse profissio-
nal tem que ir além do conhe-
cimento teórico, pois para
acompanhar o trabalho peda-
gógico e estimular os profes-
sores é preciso percepção e
sensibilidade para identificar
asnecessidadesdosdocentese
discentes,tendoquesemanter
sempre atualizado, buscando
fontes de informação e refle-
tindo sobre sua prática.
Amaioriadosprofissionais
de educação da atualidade,
em suas diversas funções, não
foi preparada para trabalhar
exclusivamente de maneira
digital, tecnológica, virtual.
A situação educacional que
se instaurou devido à pande-
mia do coronavírus, obrigou
os professores, coordenado-
res e demais profissionais da
educação a se adaptarem de
maneira brusca à nova reali-
dade que se estabeleceu. A
educação não podia parar. As
aulas precisavam continuar.
Os estudantes tinham direto
de construir seu conheci-
mento. Iniciou-se uma árdua
e incessante batalha para se
adaptar aos novos tempos
tecnológicos educacionais e
inserir o aluno na nova reali-
dade e demais profissionais
da educação.
A coordenação pedagógica
passou por uma transição na
década de 1990, a partir da Lei
deDiretrizeseBasesdaEduca-
ção Nacional(Lei 9394/1996).
Desse modo, o (a) coordena-
dor (a)pedagógico(a) acabou
deixando para trás o aspecto
controlador e fiscalizador para
assumir a corresponsabilidade
pela sala de aula, tirando a
exclusividade desse trabalho
do professor, e atuando a seu
lado no acompanhamento
do desempenho dos alunos.
Concentrou também a função
de “coordenação de pais”
estreitando os vínculos entre
a família e escola. Atualmente,
na maioria das escolas o (a)
coordenador(a) pedagógico(a)
é visto (a) com um profissional
parceiroeintegrantedaescola.
Ajuda, coopera, vincula,
assessora a prática educativa.
Quase não se atribui a visão
de inspetor, especulador, de
“capitão do mato”. Contudo,
sua principal função é tornar o
processo de ensino-aprendiza-
gem mais significativo.Assim,
todo o trabalho do coordena-
dorévoltadoparaqueogrupo
atinja os resultados desejados,
onde todos possam ser atores
do processo educativo.
Cabeaocoordenadorpeda-
gógico a função de formador/
articulador de seu grupo de
professores. Estudos, pesqui-
sas, reflexões e avaliação do
processo ensino aprendiza-
gem e levantamento de seus
sucessos ou insucessos devem
ser analisados periodicamente
por todos os responsáveis
pela escola. O coordenador
pedagógico é um profissional
de relevância para que toda a
escola, juntos com seus profes-
sores, alunos, gestores e
demaisprofissionaisconsigam
a melhoria da educação brasi-
leira. Parabéns aos professores
por tanta garra e determina-
ção nesse período de transição
digital.Parabénsaoscoordena-
dores e coordenadoras peda-
gógicas pela reinvenção, pela
colaboração,pelaconexãocom
seus parceiros profissionais do
cotidiano escolar.
Coordenação Pedagógica: cooperativismo,
colaboração e parceria em tempos remotos
D
ois municí-
pios alagoa-
nos – velhos
conhecidos por tratarem
embates políticos no mesmo
fórum em que tratam as
contendas policiais – já estão
mostrando como será daqui
até as eleições municipais,
que ocorrem na primeira
semana de novembro.
Até lá, muita gente vai
usar máscara não apenas
pela imposição sanitária do
momento, mas, para escon-
der o rosto durante a execu-
ção de pessoas. É assim que
muitas desavenças políticas
são “resolvidas” em algu-
mas cidades alagoanas.
Notadamente, em Rio Largo
e Pilar. Como se invejassem
as disputas políticas dignas
dos rincões no sertão alago-
ano.
Aliás, a vítima nem
precisa ser um poten-
cial “tirador de votos” do
suposto desafeto. Basta que
se apresente como alguém
que sabe algum “podre”
do político que “vai para a
espingarda”, termo chulo
e covarde para dizer que
alguém deve morrer.
As cidades de Pilar e Rio
Largo se transformam, com
todo exagero, em “terra de
ninguém”quandoaseleições
estão se aproximando. Prin-
cipalmente a disputa muni-
cipal. Uma vaga na Câmara
Municipal ou na Prefeitura
pode valer uma vida. Quan-
tas forem necessárias para
garantir o mandato.
Tem sido assim ao longo
dos últimos anos. Por fica-
rem na região metropoli-
tana, as forças policiais de
Maceió têm se garantido na
cobertura policial durante
a votação ou na semana
da eleição. Ocorre que as
execuções ligadas direta-
mente ao pleito eleitoral
– portanto, os crimes com
conotação política – come-
çam um pouco mais cedo.
Nas proximidades das
convenções, por exemplo.
Antes desse período,
previsto no calendário elei-
toral, os estampidos das
balas começam a ser ouvi-
dos. O chumbo quente e
fatal anuncia a eliminação de
mais um “título de eleitor”.
A campanha eleitoral ainda
não foi aberta, mas, até o
momento, Rio Largo e Pilar,
cada uma já abriu a conta-
gem dos crimes com conota-
ção política. Cada município
está com um caso violento,
onde as arestas são aparadas
com chumbo quente.
No momento, os organis-
mos de segurança estão às
voltas com situações pontu-
ais em municípios alagoa-
nos. Buscam-se estratégias.
O tribunal do medo tem
imperado nessas duas cida-
des ao longo das eleições de
hoje e de ontem. E, numa
avaliação rasa, somam-se
ao fenômeno as denúncias
de roubalheira – que inva-
riavelmente acontece – o
medo de perder o poder ou
a necessidade premente de
conquistá-lo.
Q u e m s i m b o l i z a o
mínimo de ameaça a esse
plano de “ascensão” ou de
manutenção desse poder,
passa a ter, no período elei-
toral, a vida tão longeva
quanto a de uma borboleta.
Faroeste político
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3O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
AgênciaTatu
C
ada vereador
d e M a c e i ó
recebe todos os
meses um salário de R$ 15 mil.
No entanto, esse não é o único
custo que o município tem com
os parlamentares. Além dos
vencimentos, cada legislador
temdireitoaumaverbaindeni-
zatóriamensaldeatéR$10,5mil
paragastoscomtelefonia,cópia
de documentos, alimentação,
entreoutros.
A Agência Tatu analisou os
dados existentes no portal da
transparênciadaCâmaraeveri-
ficou que, somente em 2019, os
legisladores da Câmara Muni-
cipal receberam um total de R$
2,14 milhões dos cofres públi-
cos a título de ressarcimento
por despesas no exercício da
atividade parlamentar. Veja no
gráficoabaixoquantocadaparla-
mentarrecebeunoúltimoano.
OQUEDIZALEI
Obenefício,maisconhecido
como verba de gabinete, não é
exclusividadedosvereadoresde
Maceió. Senadores, deputados
estaduaisefederaistambémtêm
direito ao reembolso por gastos
parlamentares. Na capital, a lei
que institui a Verba Indeniza-
tória deAtividade Parlamentar
dos Vereadores (VIAP) passou
a vigorar em 2010 e estabelece
diversos critérios para que
o reembolso seja concedido.
Conheça as regras no quadro
abaixo.
Apesar de cada vereador
poder solicitar qualquer valor
para reembolso, a legislação
municipal estabelece um limite
mensaldeR$10,5milporparla-
mentar,sendoosaldoexcedente
transferidoparaomêsseguinte,
nolimitedoquadrimestre.
Somente em 2019 o portal
da transparência da Câmara
passou a informar o valor soli-
citado e a verba efetivamente
concedida. Anos anteriores
possuem apenas o registro do
valor solicitado pelos verea-
dores, não permitindo saber
quanto efetivamente saiu dos
cofrespúblicos.
Amaiorsolicitaçãodereem-
bolso mensal de toda a legisla-
tura atual foi de R$ 16.754, em
maiode2018efoirealizadapela
vereadora Simone Andrade
(DEM). No detalhamento dos
gastos, mais de R$ 6mil não
foram especificados, constando
apenas como “Outra despesa
não especificada anterior-
mente”. Pelo portal da transpa-
rência não é possível saber se
a solicitação de reembolso foi
atendida.Vejaabaixo.
A reportagem tentou entrar
emcontato,pore-mailetelefone,
como(a)svereadore(a)s:Simone
Andrade, José Márcio Filho,
Siderlane Mendonça, Samyr
Malta,AntonioHollanda,Fran-
cisco Filho,AparecidaAugusta,
Fátima Santiago e Kelmann
Vieira. Até a publicação desta
matéria não foram enviadas
respostas.
Em nota, a assessoria de
comunicação da vereadora
Silvania Barbosa disse que se
esforça para recorrer às verbas
indenizatórias somente em
últimocasoequeomaisimpor-
tantenãoéomontante,massua
destinação, legitimidade e lega-
lidade.
4 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
PODER redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Disputa pela vaga de Cícero
Amélio pode ser judicializada
CONSELHEIRO DO TCE
Ariel Cipola
Repórter
Após a aposentadoria do
agora ex-conselheiro Cícero
Amélio, o Governador e a
Assembleia Legislativa de
Alagoas (ALE) estão de olho
nacadeiraqueagoraseencon-
tra desocupada – oficialmente
- no Tribunal de Contas (TCE-
AL). O embate deve parar na
Justiça. Marcelo Victor (Soli-
dariedade), atual presidente
da Casa de Tavares Bastos,
afirma que não abrirá mão da
indicação, e agora também
está como pretenso candidato
à vaga. Renan Filho (MDB)
embora não tenha se manifes-
tado, nos bastidores, entende
que a indicação é de sua livre
escolha, e a vaga seria do seu
tio, o deputado Olavo Calhei-
ros(MDB).NavisãodoProcu-
rador-Geral do Ministério
Público de Contas (MPC/AL),
Gustavo Santos, a indicação
deve partir dos deputados.
De acordo com a Súmula
653 do Supremo Tribunal
Federal (STF) e a Constitui-
ção do Estado de Alagoas no
artigo 95, § 2º, os Tribunais de
Contas devem ser compostos
por sete conselheiros: quatro
escolhidos pela Assembleia
Legislativa e três pelo gover-
nador do Estado. Das três
vagas indicadas pelo gover-
nador estão as dos conse-
lheiros; Rodrigo Siqueira,
indicado por membros do
MPC/AL, a partir da lista
tríplice; Anselmo Brito, indi-
cação do corpo técnico do
TCE; e Otávio Lessa, atual
presidente, indicado por livre
escolha do governador.
Os quatro indicados pela
ALE são; Rosa Albuquer-
que, Fernando Toledo, Maria
Cleide e Cícero Amélio –
aposentado.
Segundo o MPC/AL, em
Alagoas, as três vagas indica-
das pelo governador já foram
preenchidas. “Sendo assim, o
Ministério Público de Contas
entende que a vaga em aberto,
decorrente da aposentadoria
do conselheiro Cícero Amélio
deve ser preenchida por uma
pessoa indicada pela Assem-
bleia Legislativa”, afirma
Gustavo Santos, atual Procu-
rador-Geral do MPC/AL.
Ele explica que, no Tribu-
nal de Contas, as cadeiras
são cativas. Ou seja, Cícero
Amélio se tornou conselheiro
por uma indicação da ALE,
portanto, a vaga deixada por
ele deve ser preenchida por
alguém escolhido pelo Legis-
lativo, que pode indicar qual-
querpessoa.“Seogovernador
fizer essa nova indicação, terá
quatro escolhas e, portanto, a
composição ficará despropor-
cional conforme a CF”, disse o
procurador.
O presidente do TCE/AL,
Otávio Lessa, preferiu não
se manifestar. Disse apenas,
através de sua assessoria, que
o TC irá aguardar as posições
do Governo e da ALE, e seja
qual for a decisão “será bem
recebida pelo Tribunal”.
O que parece estar mais
próximo é um embate jurídico
sobre o tema. Marcelo Victor
já afirmou que não abrirá mão
da indicação, e disse inclusive
que já entregou uma docu-
mentação ao Tribunal Regio-
nal Federal da 5ª Região, que
comprovaria sua posição.
Não será o primeiro embate
entre Renan Filho e Marcelo
Victor. O primeiro foi na elei-
ção da Mesa Diretora da ALE,
daqualMarceloVictorlevoua
melhor. Haverá revanche?
LISTA AUMENTOU
Mas, na lista do Palácio
do Governo, Olavo Calheiros
estaria, hoje, com a cotação
baixa. Novos nomes fortes
surgiram na órbita do gover-
nador Renan Filho.
Entre eles, o do secretário
deGabineteCivil,FábioFarias.
Esse seria o nome, inclusive,
do agrado da Casa de Tavares
Bastos. FF, como é chamado
nos bastidores, atua nas ques-
tões mais embaraçosas que
surgem para a gestão Renan
Filho. E ele resolve mesmo.
Quem está caladinho e
costurando bem a sua indi-
cação para o cargo é Ademir
Cabral, que tem trânsito livre
entre os Calheiros de várias
gerações. É uma espécie de
“cara legal” na família do
senador Renan Calheiros e
companheiro de longas datas.
Na gestão, Ademir Cabral é
assessor do governador para
todos os assuntos, sem dia
nem hora. Conta a seu favor,
a amizade estreita com o arti-
culado Adeílson Bezerra, que
está colado no governador.
Vereadores de Maceió gastaram
mais de R$ 2 milhões em 2019
VERBA DE GABINETE: Parlamentares fazem a festa com recursos públicos só com ressarcimento de “gastos” questionáveis
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5O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
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ESPECIAL
O DIA ALAGOAS l 166
Valdete Calheiros
Repórter
A procura pelo seguro de carro não andou
no mesmo ritmo acelerado da contaminação
causada pelo coronavírus. No início, houve uma
desaceleração natural do serviço em decorrência da queda
acentuada na compra de automóveis, com recuo de 83,9%,
segundo dados da indústria automobilística, um dos setores
mais importantes da indústria brasileira.
A mesma indústria aposta,, no entanto, em uma rápida
retomada nas vendas, uma vez que andar de carro será uma
forma de proteção contra as aglomerações.
Uma das pessoas que faz o Seguro de Carro estar sempre
em alta é o aposentado Milton Peixoto, que entre os seguros
que possui, o de carros foi um dos primeiros a ser adquirido.
“Não dá para colocar o carro em um trânsito complicado
sem estar com o bem segurado”, alertou.
Os números do setor automotivo refletem diretamente no
mercado de seguros e lançam novos desafios para o setor
nos próximos meses. Isto porque, os seguros de automóveis
representam cerca de 25% dos prêmios da maior parte
das seguradoras e até 60% da receita dos corretores de
seguros.
O maior público consumidor de seguro de carro são, em
média, as pessoas acima de 30 anos.
O corretor José Ailton Alves da Silva explicou que para
tornar o seguro de carro relevante no momento da retomada
da economia é preciso estar atento às necessidades do
consumidor.
“O cliente irá procurar alternativas de cobertura adequa-
das à sua realidade econômica e financeira. Isto pode vir
com a oferta de produtos mais simples, mais enxutos e que
possibilitam ao consumidor esta adequação”, avaliou.
O carro ainda é um patrimônio, um bem valioso. Repre-
senta uma grande conquista. Depois da casa própria parece
figurar como um dos maiores troféus para uma família.
Segundo o corretor, em Alagoas, apenas 50% da frota de
veículos é segurada.
“Quanto mais a pessoa olha pro passado e vê o quanto
demorou para conquistar seus sonhos, mais quer garanti-lo.
Nesse jogo, onde há busca pela consciência em segurança e
proteção financeira, o seguro é o caminho por ser a ferra-
menta mais eficaz. Mas essa equação tem que caber no
bolso. Surge então, a importância de soluções com custo
muito competitivo e com uma qualidade de alto padrão”,
explicou.
Segurosobrequatrorodas
caminhoneirosdeproblema
AUTOMOTIVO:modalidadetrazgarantiasparabemqueéutilizadop
Artes:Rodrigues
7a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
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Reformasdãomelhorescondiçõesaosrodoviários
E a rotina não foi nem está
sendo fácil para esses profis-
sionais do volante. Segundo
uma pesquisa da Confederação
Nacional dos Transportadores
Autônomos (CNT), os camin-
honeiros trabalham em média
11,5 horas por dia e 5,7 dias por
semana. A mesma pesquisa
sobre o perfil dos caminho-
neiros indicou também que a
média de idade é de 44,8 anos.
Aspessoascommaisde60anos
representam 13% da categoria.
Dezoito por cento dos camin-
honeiros tem pressão arterial
elevada, outro dos problemas
de saúde apresentados pela
OMS (Organização Mundial
de Saúde) como fator de risco
paraoagravamentodascompli-
cações da covid-19.
Houve desaceleração
da economia o que causou
grande impacto no trabalho
dos caminhoneiros. Eles amar-
garam redução da demanda
de trabalho. Isso sem falar nos
caminhoneiros autônomos, que
ficaramentreguesàprópriasorte
porseremseusprópriospatrões.
Ainda de acordo com
a pesquisa CNT Perfil dos
Caminhoneiros 2019, 65% dos
entrevistados participaram da
paralisaçãoem2018e56%deles
não ficaram satisfeitos com as
conquistas da categoria.
Dototaldecargatransportada
no Brasil, 61% é feito pelo modo
rodoviário. Cerca de 20%, pelo
modoferroviário,sendoqueneste,
80% são minérios; e o restante,
grãos,comosojaemilho.Otrans-
porte rodoviário é fundamental
em qualquer lugar do mundo,
masnoBrasilessadependênciaé
extremamentemaior.
Os caminhoneiros, também
heróis anônimos dessa
pandemia, tiveram que tomar
todos os cuidados para não
serem contaminados nem
contaminarem terceiros com o
vírus causador da covid-19.
Em algumas estradas,
caminhoneiros encontram
ajuda de moradores que doam
refeições, café da manhã,
marmitas e água. Apenas na
divisa entre Pernambuco e
Piauí, na barreira fiscal, houve
higienização em partes do
caminhão com álcool e orien-
tação sobre cuidados. Muitas
cidadesnãoandamrespeitando
o isolamento.
De passagem, os caminho-
neiros repararam que, mesmo
com comércio de portas fecha-
das, a circulação e aglomeração
de pessoas na rua é grande.
Caminhões têm papel
de protagonismo no
combate à Covid-19
Apólices vão desde
coberturas básicas
até itens especiais
Do outro lado da rua, nas
rodovias, entre as mudanças
repentinas causadas pelos
reflexos da covid-19 veio a
brusca interrupção da rotina de
idas e vindas nas rodovias. Por
pouco, o transporte de cargas
não foi atingido. De carona com
esse movimento, veio o receio,
por parte da população, de um
desabastecimento de produtos
essenciais. O que, felizmente,
não aconteceu.
Felizmente mesmo, pois o
país ainda trazia, na memória
recente, os efeitos da greve
dos caminhoneiros em 2018,
quando o pesadelo do desa-
bastecimento passou a rondar
novamente a cabeça da popu-
lação.
Nesse momento em que o
Brasil e o mundo enfrentam a
pandemia, os caminhoneiros
figuraram como trabalhadores
essenciais. A pandemia não
trouxe reflexos sobre os trans-
portesdecarga.Pelomenos,não
de forma a deixar a população
desabastecida de insumos.
É fato que muitos motoris-
tas considerados dos grupos
de risco botarem o pé no freio e
suspenderam a rotina puxada
das estradas. Houve também
registros pontuais sobre as
dificuldades de caminhonei-
ros com alimentação e higiene
pessoal, já que muitos pontos
foram fechados às margens das
estradas.
A necessidade de ver os
caminhões conduzindo os
produtosnecessáriosàscasasou
aoshospitaisbrasileirosfoitanta
que o governo federal consid-
erou, por decreto, o transporte
de cargas como uma atividade
essencial, ou seja, que não deve
ser interrompida no período de
combateaocoronavírus.
Para garantir maior tran-
quilidade aos caminhoneiros,
o Ministério da Infraestrutura
defendeu que Estados fizessem
ajustes em decretos que restrin-
giram o comércio e circulação
de bens a fim de assegurar que
serviços de suporte nas estra-
das, como oficinas, borracha-
rias e pontos de alimentação
pudesse funcionar de acordo
com as medidas de segurança
adotadascontraadisseminação
dos vírus.
Pensado não somente para
os caminhoneiros que trabal-
ham de forma autônoma, mas
também para os donos de
transportadoras e/ou frotas,
o seguro para caminhão vem
paraprotegerquemlevaavida
na estrada, assim como o seu
veículo.A ideia é levar pratici-
dade no dia a dia e segurança
em cada quilômetro rodado.
As coberturas básicas do
seguro caminhão estão rela-
cionadas com o veículo e desti-
nam-se ao reembolso de danos
ao caminhão segurado, em
duas modalidades básicas: a
compreensiva, protege contra
riscosderoubooufurtoparcial
do caminhão; colisão, danos a
terceiros, enchentes, incên-
dio ou explosão. A segunda
modalidade básica – incêndio
e roubo- protege contra danos
materiais causados ao veículo
como perda total por roubo
e furto, colisão, incêndio ou
explosão.
Há coberturas adicionais
de seguro para caminhões
para partes do veículo como
carrocerias (parte do veículo
fixada permanentemente
como estruturas de madeira
ou metal fechadas ou abertas,
guinchos; betoneiras; baú de
alumínio; etc) e partes inte-
grantes do veículo relaciona-
das na nota fiscal do veículo
zero quilômetro como antena
elétricaeair-bag,porexemplo.
O corretor de seguros,
Ailton Júnior, explicou que
o setor de seguros surpreen-
deu o mercado econômico
e mostrou que a proteção é
e sempre será essencial em
qualquer circunstância.
“Quanto maior a crise
maior tem que ser a proteção”,
avaliou o profissional, que é
um dos diretores do Sindicato
dos Corretores de Seguros,
Capitalização, Previdência
Privada e de Saúde e Empre-
sas Corretoras de Seguros e
Agentes de Seguros no Estado
de Alagoas (Sincor-AL.)
Para fazer qualquer tipo
de seguro, é importante antes
procurar o Sincor, cujo tele-
fone é 3326-1029, e saber se o
profissional tem capacidade
técnica para buscar a melhor
avaliação para seu bem.O corretor JoséAiltonAlves lembra que há vários tipos de seguros para todo perfil de consumidor e para todos os bolsos
Divulgação
protegemotoristase
ascausadospelaCovid-19
paragarantirrendaparaasfamíliasetransportedeitensessenciais
8 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
SOCIAL redação 82 3023.2092
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3522-2662 / 99944-8050
NOVO SERVIÇO ON-LINE PARA RG
O Instituto de Identificação de Alagoas está sempre buscando alternativas
seguras de desburocratizar o atendimento à população alagoana e acabou
de lançar, na última quinta-feira (13), um serviço inovador em Alagoas que
recebeu o nome de RG ON-LINE que permitirá a solicitação da reimpressão
do RG por meio da plataforma digital, sem precisar ir até um dos postos de
atendimento.A novidade foi divulgada pelo superintendente do órgão,Roney
Presbítero, e estará disponível no site da Perícia Oficial: www.periciaoficial.
al.gov.br
ÁLCOOL EM GEL
Antes da pandemia de coronavírus, o álcool em gel para higienização das
mãos era um produto que a grande maioria da população nem consumia.
Não que o produto não fosse eficaz para o que se destina, mas porque não
se tinha o costume de usá-lo. Mas, este ano, a procura foi tamanha que o
álcool em gel acabou faltando no mercado.Daí surgiram vários tipos de álcool
em gel, até de fabricação caseira e muitos pela sua composição não tiveram
tanta aceitação por parte da população. Tudo porque a maioria mais parece
uma gosma grudenta e ,por conta disso, o povo tem preferido o álcool em
liquido 70% mesmo.
EMCENA|Quemrecebeuhomenagensnaúltimaterça-feira,dia11,porconta
desuasolenidadedepossefoiaprefeitadeArapiraca,FabianaPessoa.#puroluxo
Oseguro de vida é um importante
aliado no planejamento finan-
ceiro das pessoas.Engana-se quem
pensa que este tipo de produto é
destinado apenas para cobertura de
morte ou custa muito caro.As segu-
radoras têm se modernizado a cada
ano e oferecem proteção para as
inúmeras necessidades e diferentes
fases da vida de forma personali-
zada para cada pessoa.
Além disso, vale destacar que esta-
mos vivendo cada vez mais em razão
do aumento contínuo da expectativa
de vida do brasileiro ao nascer. A
longevidade nos traz inúmeras opor-
tunidades, mas, também, desafios,
como o de contar com um sólido
planejamento financeiro.
O seguro de vida existe para auxi-
liar financeiramente as pessoas
e os corretores de seguros, ofere-
cem soluções para os riscos em
que todos estão expostos: a morte,
a invalidez, a aposentadoria sem
recursos e a perda da qualidade de
vida
ENTÃOVAMOSENTENDER
ASDIFERENTESCOBERTURAS
DESEGURODEVIDA:
Cuidados financeiros para sua
saúde
Ninguém desejaterasuaqualidadede
vida comprometida por problemas de
saúde.Planejar a sua saúde financeira
hoje é um importante passo para ter a
tranquilidadenecessáriaparacuidarda
saúde física em casos de diagnóstico
de uma das doenças graves cobertas,
além de uma série de serviços que
ajudamnocuidadocomasaúdenodia
adia.
Soluçãoparaquemnãopodeparar
detrabalhar
O seguro de Diária por Incapacidade
Temporária, é a proteção ideal para
cuidar da sua renda em momentos
de afastamento temporário do traba-
lho, causado por acidente ou doença.
Com ele,você recebe um valor que vai
contribuir para a manutenção do seu
padrão de vida e dos compromissos
assumidos.
Tranquilidade em caso de impre-
vistos
Os seguros voltados para casos de
invalidez contribuem para que você
arque com as suas despesas caso
fique impossibilitado de trabalhar.Você
ainda pode contar com uma série de
serviços de acordo com a cia de segu-
rosescolhida.
Cuidado para você e o futuro de
quemama
O seguro de vida também contribui
para que a pessoa planeje o futuro da
família.Istoporqueeleauxilianagaran-
tir de um valor em caso de falecimento
do segurado para a manutenção do
padrão de vida, estudo dos filhos ou
realização de sonhos ou projetos.Você
aindacontacomaproteçãodeInvalidez
por Acidente e optar em ter uma série
de assistências que vão ajudar no seu
diaadia.
Proteçãoemtodasasfasesdavida
De acordo com Ministério da Saúde,
70% das quedas de idosos aconte-
cem dentro da própria casa e que,pelo
menos,40%dessesacidentescausam
algum tipo de lesão grave. Por isso, é
também preciso pensar em proteção
financeira para as idades mais avan-
çadas. Uma opção para este tipo de
situação é a contratação de um seguro
voltado para a necessidade de prote-
ção nesta fase da vida,como o seguro
MasterAcidentesDomiciliares.
Conclusão
Em suma, há inúmeras soluções de
seguros de vida e elas são sob medida
para cada perfil de necessidade,bolso
e podem ser contratadas de forma
simples e rápida, sempre com a
máxima segurança.Para isso é neces-
sárioconsultarumprofissionalcorretor
de seguros. Ele está habilitado para
lhe fornecer todas as informações e
apresentar a melhor proposta para sua
necessidade.
Entãoéissopessoal!Esperoquetenha
gostadodotemadessasemana.Agora
anovidadeé:nossaestreianestaúltima
quinta-feira (13) do quadro“Momento
Seguro”,notelejornalTVMarNews,na
TVMAR (Canal 525 NET),o quadro vai
aoartodasasquintas-feirasapartirdas
9h. Também na próxima quinta-feira
(20/8) entraremos na ondas do rádio,
a partir das 7h45,na Rádio 98FM.Não
deixem de acompanhar. Participem
com suas perguntas!Até a próxima se
Deusquiser!Bomfinaldesemanapara
todos!Grandeabraço!
9O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
DjaildoAlmeida
Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com
Seguro de Vida aliado no planejamento financeiro das pessoas
10 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
ESPORTES redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Covid-19 tira CSA da Série B do
Brasileiro por algumas rodadas
DOS 31 ATLETAS, 20 TESTARAM POSITIVO, mas problema não é “privilégio” do Azulão; mais de 150 atletas foram infectados
JOGODuro Jorge Moraes
jorgepontomoraes@gmail.com
Thiago Luiz
Estagiário
D
u r a n t e o
período de
quarentena,
o grande público que gosta,
trabalha e vive do futebol
esperou e pediu o retorno
do esporte. Mas, nem na
cabeça desses, nem dos que se
opunham à ideia, a retomada
das competições profissionais
seria tão complicada. Durante
o término dos campeonatos
estaduais, apenas no Catari-
nense os casos de Covid-19
fizeram a Federação paralisar
novamente as atividades. Mas
bastou um fim de semana
de Brasileirão para apontar
os impactos causados pela
doença. Só em Alagoas, o
CSA já suspendeu dois jogos
e corre o risco de ter, por três
rodadas,umtimecompletono
Departamento Médico (DM).
Alguns casos de “explo-
são” de testes positivos para a
Covid-19chamaramaatenção
da imprensa, das equipes, dos
especialistas, mas não pare-
ceu afetar a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF),
responsável pela organização
e planejamento da competi-
çãonacional.Ocasomaisalar-
mante foi o do CSA.
Às vésperas da primeira
rodada da Série B e logo
depois da decisão do Campe-
onatoAlagoano,contraoCRB,
foram detectados nove joga-
dores com Covid-19 no elenco
do Azulão. Já a partir desse
momento, a diretoria azulina
tentou suspender a partida de
estreia, contra o Guarani. Por
outro lado, a CBF relevou e
determinou a manutenção da
partida. O detalhe importante
é que foram oito testes posi-
tivos inicialmente. O nono
atleta foi retirado da concen-
tração já na noite anterior ao
jogo.Ouseja:continuoutendo
contato com os companheiros
e possivelmente contaminou
outros.
Dias depois, a suspeita foi
confirmada. Mais nove joga-
dores acometidos pelo coro-
navírus. Depois, mais dois.
Dos 31 profissionais inscritos
pelo Azulão, 20 não podiam
atuar. Dos 11 restantes, três
eram goleiros.
Com a volta do Campe-
onato Brasileiro, o risco de
contágio aumentou. De
acordo com o chefe do Depar-
tamento Médico do CSA,
Dr. Fábio Lima, a rotina de
viagens, permanência em
hotéis, restaurantes e o confi-
namentopormeiodasconcen-
trações elevou os riscos.
O protocolo sanitário
montado pela CBF inicial-
mente apresentou inúmeras
“falhas”. Entre elas, a princi-
pal era permitir que a delega-
ção das equipes viajasse para
jogar fora de seus estados
antesdadivulgaçãodosresul-
tados dos exames.
“Temos uma janela de
contaminação e detecção
pelos métodos laboratoriais.
Uma vez contaminado, sem
sintomas, qualquer pessoa
pode transmitir. A contami-
nação pode ter ocorrido até 14
dias antes da data de divulga-
ção dos testes”, afirmou Fábio
Lima.
Emesmodiantedocenário
no CT Nelson Peixoto Feijó,
a CBF continuou insistindo
na manutenção da partida
contra o Cuiabá. Aconselhou
ao CSA que inscrevesse pelo
menos mais nove jogadores
e “ignorasse” a situação do
restante do elenco, sob a pres-
são de perder o jogo por W.O.
Depois de muito relutar, o
clube conseguiu a suspensão
do confronto.
A atitude da entidade
ganhou repercussão nacio-
nal. Representando o Azulão,
o vice-presidente, Omar
Coêlho, afirmou que o clube
já tinha preparado o seu
setor jurídico para acionar o
Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD).
AaçãodaCBFrefletecomo
serátodoorestantedacompe-
tição: sob quaisquer circuns-
tâncias, o maior objetivo de
2020 é concluir o Brasileirão.
Pandemia: nenhuma novidade
Desde o momento em que o futebol brasileiro começou a
voltar com os campeonatos estaduais, a Confederação
Brasileira de Futebol trabalhou com a ideia fixa de que o
Brasileirãodeveriaseriniciado,dentrodeumprotocolorígido,
tendo como base as recomendações da área de saúde.Nesse
sentido, a CBF ampliou o seu departamento médico, com o
Dr. Jorge Pagura chefiando esse setor, e começou a traba-
lhar o esquema da volta, com testes semanais da Covid-19
de jogadores e pessoas diretamente ligadas ao segmento,
diminuição no número de gente no campo, inclusive com a
reduçãodrásticadeprofissionaisdaimprensanascoberturas
nos estádios.
Nada disso adiantou.Entre a semana que antecedeu a rodada
de abertura e a segunda rodada, quase 150 profissionais
foram testados positivos.Em alguns lugares com um número
pequeno,em outros,bem maior,como foi o caso do CSA,com
um total de 27 pessoas, sendo 20 jogadores, um membro
da comissão técnico e seis pessoas de apoio. Essa situação
forçou o CSA a solicitar o cancelamento de seu segundo jogo,
contra a Chapecoense, em Chapecó/SC, meio que a contra-
-gosto da entidade que cuida do futebol nacional.A CBF está
recomendando que os clubes com situações mais complica-
das contratem jogadores ou regularizem os amadores para
fechar o grupo e não suspender os jogos.
Acho isso de uma indelicadeza com os clubes,com os proble-
mas,discriminatóriaeumafaltaderespeitoaosfamiliaresdos
contaminados e aos torcedores. Como a CBF só olha o lado
financeiro do futebol, que sem dúvida é um grande negócio
para a entidade, que não torce pela paralisação das compe-
tições. Acredito que se os clubes ou entidades dos jogado-
res profissionais forem à justiça desportiva, a tendência é
a paralisação das competições. Nas três séries promovidas
pela CBF - A, B e C - temos problemas com a contaminação,
culpatambémdaflexibilizaçãodosdecretosgovernamentais.
Abrindo shopping, comércio, bares, restaurantes e muitas
outras atividades, o futebol achou também que podia voltar.
Outro jogo cancelado
Finalmente a CBF entendeu que o jogo do CSA contra o
Cuiabá não deveria ser realizado neste final de semana.
Demorou para decidir, mas decidiu, com a ameaça do CSA
de ir à justiça desportiva.Tudo isso por conta da contami-
nação dos jogadores, gente da comissão técnica e colabo-
radores do clube. Agora são 20 jogadores, um da CT e seis
de apoio. A CBF aproveitou para confirmar que o próximo
jogo, terça-feira (18), está mantido, diante do Operário, em
Ponta Grossa/PR.
Venceu e não convenceu
Mesmo com a vitória por 1 a 0 diante do Oeste/SP, o CRB
mostrou que ainda tem muitos problemas para acertar a
casa. O time está sendo escalado errado, onde já foi provado
que Diego Torres e Magno Cruz não podem jogar juntos.
Depois que eles chegaram ao CRB, em todos os jogos são
substituídos no segundo tempo, e no último jogo foi no inter-
valo. Com as alterações o time cresce e passa a ocupar
todos os espaços possíveis no campo de jogo, com uma
melhora no rendimento, mesmo que ainda acanhada.
Contra o Náutico
Com dois jogos pela Série B, uma derrota e uma vitória,
o CRB vai enfrentar neste sábado o time do Náutico, em
Recife, que demitiu seu treinador. Sem convencer dentro de
campo, nem na vitória, o time precisa jogar melhor para não
correr o risco de mais uma derrota, diante de um adversário
que vem de uma derrota e um empate, numa situação até
pior. O técnico Marcelo Cabo precisa decidir, urgentemente,
um substituto para o Diego Torres, que pode ser o Felipe
Menezes, que tem entrado bem, ou para o lugar do Magno
Cruz. Juntos os dois não podem atuar. Deixa o CRB com
dificuldade de organizar as jogadas pela direita e o time
bate-cabeça pelo meio.
Decisão
Finalmente sai neste domingo o dono da terceira vaga
da Copa do Brasil para 2021, ASA ou Murici. Na primeira
partida o resultado foi 2 a 2 e ninguém tem vantagem na
final em caso de novo empate. A decisão vai para os tiros
livres da marca do pênalti.A seletiva foi necessária porque o
ASA ganhou a Copa Alagoas, lá no mês de janeiro, e o Murici
ficou com a terceira colocação do Campeonato Alagoano.
Em campo muita igualdade entre os dois times, sem favo-
ritismo. O time de ASA montou uma estrutura nova para a
volta do estadual, enquanto o Murici manteve a base que
lhe deixou algumas rodadas na liderança do campeonato.
l Com Covid ou sem Covid
as diretorias de CSA e CRB
precisam apressar a contra-
tação de mais alguns jogado-
res e reforçar seus grupos. O
CSA com mais urgência, pois
alguns já provaram que não
vão corresponder na temporada. O CRB, talvez com um
número menor de reforços,também precisa melhorar;
l Há muita tempo não vejo uma grande apresentação de
CSA e CRB. Foi assim durante toda a temporada e, a cada
dia que passa, parece que está piorando. A prova do que
escrevoestánorendimentodosdoistimesemjogoscontra
Guarani e Oeste,respectivamente;
l Anoteaí:CSAeCRBvãocontratarejáestãocomarela-
ção dos dispensados.Só não foi divulgada porque,no caso
do CSA, tem que indenizar e é muita gente. Falta dinheiro.
Oclubeestátentandoemprestaralgunsjogadores.NoCRB,
um número menor,está dentro do conceito do acordo,que
pode sair a qualquer momento.
ALFINETADAS...
Com20jogadorescontaminadospelocoronavírus,CSA nãotemelencoparajogos
AugustoOliveira/AscomCSA
11O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
Estudarláfora redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Alyshia Gomes
alyshiagomes.ri@gmail.com
Nova programação do Encontro sobre Educação da Times Higher Education
Semana passada, ao ser informada sobre o encontro da Times
Higher Education (THE( deste ano, publiquei imediatamente a
prévia da programação e as orientações sobre como fazer para se
inscrever.A novidade para hoje é que estarei participando deste
evento e,com certeza,trazendo todas as informações para você.
O World Academic Summit, que este ano será virtual, objetiva
reunir centenas de líderes no ensino superior de todo o mundo
para discutir temas tais como os desafios criados ou acelerados
pelapandemia,bemcomoparaidentificarnovasoportunidadesde
reformas progressivas na Educação Superior.
A programação do encontro que disponibilizei anterior-
mentejáfoimodificadapeloacréscimodenovosspeakers:
* Vijayakunar BHAGAVATULA, Diretor da Carnegie Mellon Univer-
sityAfrica
* David GARZA,Prisidente do Monterrey Institute ofTechnology
* Joyce Msuya Secretária-Geral Adjunta / ONU, Diretor Executivo
Adjunto / ONU MeioAmbiente
*JoannaNewman,ChefeExecutivaeSecretária-GeraldaAssocia-
tion of Commonwealth Universities
* Clay ShirkyVice-reitor de tecnologias educacionais Universidade
de NovaYork
* BinYang Reitor e vice-presidente Universidade deTsinghua
Antecipo,aqui,os títulos de algumas sessões:
*Asuniversidadesserãoforçadasareduzirsuasambiçõesglobais?
* Qual a relevância do lugar no mundo digital?
* Entrevista:C19 libertará instituições de ensino superior?
* A corrida por uma vacina está nos unindo - ou fraturando o
mundo?
* Debate:esta é a década do impacto?
*Masterclassdedadoserevelação:THEWorldUniversityRankings
2021
* O painel da CúpulaAcadêmica Mundial:Esta é uma nova aurora
para o ensino superior?
* Uma inovação em‘excelência’ - novos conceitos da África
* Um mundo digitalizado do ensino superior reproduz desigualda-
des analógicas?
O evento acontecerá nos dias 1 e 2 de setembro de 2020 e as
inscrições poderão ser feitas através do site https://www.timeshi-
ghereducation.com/summits/worldacademic/2020/. Não se
esqueça que você poderá acompanhar toda a cobertura do evento
no jornal impresso,no jornal digital e no site.
Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional, Educa-
ção Global e temas correlacionados no jornal “O DIA ALAGOAS” e
no site “O Dia Mais”. Dúvidas, comentários e sugestões, entre em
contato através do email alyshiagomes.ri@gmail.com .
Seleção para Cátedras em todas as disciplinas da UC Davis
Fonte: Comissão Fulbright Brasil
Esta cátedra busca professores e pesquisadores de todas
as áreas do conhecimento para bolsa na Universidade
da Califórnia Davis, com duração de quatro meses, para
ministrar curso e realizar pesquisa. Os candidatos devem
elaborar uma proposta de curso detalhada sobre como
contribuirá para o ensino no campus da UC Davis e um
projeto de pesquisa que deve incluir um plano de pesquisa
detalhado, incluindo cronograma, necessidades de recur-
sos esperados, local de pesquisa ou laboratório proposto e
afiliação proposta.
Requisitos:
* Ternacionalidadebrasileiraenãoternacionalidadenorte-
-americana;
* Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de
2012;
* Ter dez anos de experiência profissional na área;
* Ter fluência em inglês;
* Nãoreceberbolsaoubenefíciofinanceirodeagênciacom
o mesmo objetivo; e
*PermanecernoBrasilduranteaseleção,afiliaçãoepartida
aos EUA.
Benefícios recebidos pelo bolsista:
* US$32.400paracobrirasdespesasdepassagemaérea,
moradia e manutenção nos EUA;
* Seguroparaacidentesedoençaslimitado(ASPEAccident
and Sickness Program for Exchanges);
* Taxa do visto J-1; e
* Acesso às instalações e serviços na UC Davis tais como:
escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessá-
rios à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou
pesquisa.
Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/
catedra-na-uc-davis/ .
Seleção para Cátedra Saúde Global
na Rutgers University - Estados Unidos
Fonte: Comissão Fulbright Brasil
Esta cátedra busca professores e pesquisadores para bolsa na Universidade
Rutgers, em New Jersey, com duração de quatro meses, para ministrar curso e
realizar pesquisa na área de Saúde Global. Os candidatos podem ter formação
nas áreas de ciências da saúde ou ciências sociais.
Requisitos:
* Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana;
* Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012;
* Ter dez anos de experiência profissional na área;
* Ter fluência em inglês;
* Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e
* Permanecer no Brasil durante a seleção,afiliação e partida aos EUA.
Benefícios recebidos pelo bolsista:
* US$ 22.000 para cobrir as despesas de passagem aérea e manutenção nos
EUA;
*MoradiacompatívelcomopadrãooferecidoaprofessoresvisitantesporRutgers
(até US$ 1.200 por mês);
* Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Accident and Sickness
Program for Exchanges);
* Taxa do visto J-1; e
* Acesso às instalações e serviços da Rutgers, tais como: escritório, internet,
bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de
ensino e/ou pesquisa.
Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/catedra-fulbright-
-em-saude-global-em-rutgers/ .
Mais uma vez a CaoaCh-
ery investe pesado em
propaganda. Em áudio e
vídeo, a voz continua sendo
a do locutor publicitário
mais caro do Brasil, Ferreira
Martins. Porém, o produto
é inédito. Trata-se do Tiggo
8, o novo SUV da marca que,
posicionado acima do Tiggo
7, chega em única versão
de acabamento com motor
turbo a gasolina e preço a
partir de R$ 168.600. Mas
tem promoção, com valor de
lançamento por R$ 156.900.
O Tiggo 8 (vendido na China
desde 2018) é feito na fábrica
da CaoaChery em Anápolis
(GO). O primeiro modelo com
sete lugares produzido local-
mente começa a chegar à rede
de concessionários da marca a
partir de hoje (13). A estima-
tiva é emplacar cerca de 300
unidades por mês. Mas a ideia
é dobrar a produção e chegar
às 600 unidades mensais.Na
ficha técnica, dados como 187
cvetorquemáximode28mkgf
(disponíveljáapartirdas2.000
rotações) até empolgam. O 0 a
100 km/h é feito em 9,9 segun-
dos. A efeito de comparação,
o rival direto Volkswagen
TiguanAllSpace tem motor
250 TSI (1.4 turbo) Flex com
150cvecâmbioautomáticode
seis velocidades.
12 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA
Jeep Compass
bate marca de
200 mil
Veículo mais tecnológico
produzido no Brasil,
o SUV médio menos
desvalorizado do País e
líder do segmento nos
acumulados dos últimos 3
anos, o Jeep® Compass
é sucesso em vários
quesitos. Isso pode ser
comprovado também
nas vendas, tanto é que
acaba de atingir a marca
de 200 mil unidades
comercializadas no Brasil.
Ele vende mais do que
todos os concorrentes
diretos somados.“O
Compass representa
a união de design,
sofisticação e tecnologia
ao espírito Jeep. Ele
chegou para ditar um novo
rumo para a categoria
dos SUVs médios com um
projeto de classe mundial
e foi o que fez. Seus
resultados, juntamente ao
êxito do Jeep Renegade.
Na China o Tiggo
2 tem visual
renovado
Na China, ele será
chamado de Tiggo 3x Plus.
Essa é a denominação
para a atualização de
estilo do crossover
Tiggo 2, vendido no
Brasil pela CaoaChery. O
modelo adota um visual
completamente renovado,
inspirado no Tiggo 7
renovado recentemente
por lá. Dessa forma, o
Tiggo 3x Plus aparece com
repetidores de direção
e luzes diurnas em LED
separados dos faróis.
Estes migraram para o
para-choque, ficando
nas molduras laterais do
mesmo, onde também
estão faróis de neblina.A
grade central hexagonal
ficou maior e adota
elementos cromados com
efeito tridimensional. O
logotipo da Chery é o novo
também, adotando assim
o padrão atual da marca
chinesa.A grade inferior
ainda tem um aplique
cromado.A traseira não
foi revelada nos flagrantes,
mas deve receber alguma
mudança.
ACONTECE
esta semana
FORD INICIA A
PRÉ-VENDA DO
TERRITORY
A Ford iniciou a pré-venda
do Territory, SUV médio
que chega para ampliar a
sua linha e elevar o padrão
no segmento. O modelo
foi finalmente revelado
para a imprensa em uma
apresentação online,
com todos os detalhes
de configuração, versões
e preço. Como principais
credenciais, o Territory
chega para ser a nova
referência da categoria
em espaço interno e
conforto, tecnologias de
assistência ao motorista
e conectividade, trazendo
recursos exclusivos.O
Territory chega como
modelo 2021 em duas
versões, SEL e Titanium,
ambas com motor 1.5 Turbo
EcoBoost GTDI a gasolina,
de 150 cv, e transmissão
automática CVT.
Seguro grátis
para modelos
premium da Honda
Comprar uma moto nova
e ainda receber o seguro
de presente parece bom,
não? Pois para aqueles
que comparem os modelos
CB 1000R,AfricaTwin e
GoldWing da Honda até
o final do mês de agosto
(31/08) terão cobertura
total gratuita por um ano.
A ação comercial da
Honda Motos em parceria
com a Seguros Honda é
válida em todo o território
nacional, até o final do mês
(31/08). Contudo, a marca
ressalta que a condição
especial será aplicada
somente mediante análise
e aprovação do perfil
do cliente.A campanha
contempla três modelos de
motos diferentes da Honda.
RODASDUAS
A força da Nova Fiat
Strada continua a se refletir na
confiança do consumidor pela
segunda geração da picape.
Com pouco mais de um mês
de sua chegada ao mercado,
a Fiat contabilizou mais de 23
mil pedidos e uma procura
crescente pelo modelo desde
seu lançamento, em 26/6.
Apenas em julho, no primeiro
mês completo de vendas, a
demanda total do veículo
chegou à incrível marca de
17 mil carros.Para se ter uma
ideiadaincrívelreceptividade
alcançada pela Nova Fiat
Strada, hoje a demanda média
diária é de 770 unidades.
Isso significa vendas 3,5
vezes maiores comparadas a
2019, e uma procura quatro
vezes superior ao previsto à
época do lançamento.Com
inovações que pautaram o
mercado durante toda sua
trajetória, o modelo não cansa
de quebrar recordes. Com
os emplacamentos de julho
em 6.534 unidades, a picape
chegou a 63% de participação
de mercado em seu segmento,
a melhor marca da história.
CaoaChery lança o Tiggo 8
Nova Fiat Strada mira pódio
entre os mais vendidos
INVESTIMENTO
SUCESSO
MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA
Alagoas l 16 a 22 de agosto I ano 08 I nº 390 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
PedroCabr
al
Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
Agradecemos ao Alberto a oportunidade de publicar um texto de memória, falando
sobre algo que vai sumindo, substituído por lojas de conveniência e mercadinhos.
Um passeio em sua juventude que termina sendo a de todos nós. Agradecemos ao Pedro
Cabral por nos permitir usar uma de suas obras, como capa.
Vamos ler!
Um abraço!
Sávio de Almeida
A INFÂNCIA E A MEMÓRIA:
ARMADILHAS PARA
GUARDAR O PASSADO
D
iasatrásreali-
zava faxina
no rol dos
contatos telefônicos em meu
celular, quando de repente
me assustei: estava ainda, na
letra “C”, quando notei que
para concluir o intento, have-
ria de remover cinco registros,
todos amigos perdidos para o
coronavírus, nos últimos três
meses.
Preocupei-me,pois,apesar
de consciente da existência de
momentos na vida em que é
necessário excluir pessoas,
apagar lembranças, jogar fora
o que machuca, abandonar
o que nos faz mal, libertar
de coisas que nos prendem,
não me encontrava prepa-
rado para vivenciar tamanha
perda.
Acontece,queumdosfale-
cidos a quem estava a pensar,
era meu amigo desde a infân-
cia. Juntos tanto estudamos
no colégio e universidade,
quantoparticipamosdediver-
sas atividades outras que se
tornam inesquecíveis.
E na oportunidade, de
olhos fechados, debruçado
nos alpendres do tempo,
notei-me caminhando ou
correndo com meu colega
pela velha rua onde cresce-
mos. Tudo era diferente e
aqueles dias me tornavam o
menino mais realizado que
pude ser.
Ainda parado, me via,
juntamente ao meu amigo,
brincando de chutar bola de
borracha marca Pelé, tendo os
postes da calçada como trave,
de garrafão e queimado, boli-
nhadegudequechamávamos
ximbra, e até com a coleção de
figurinhas que vinham nos
chicletes.
Como não me emocionar
de ver um mundo que era tão
diferente? Como posso esque-
cer daqueles gritos amados
da minha mãe Marlene,
chamando para entrar porque
já era a hora do banho? Fomos
felizesdeverdadeeaproveita-
mos cada momento um com o
outro, sendo apenas crianças.
Por tal razão, jamais haverei
de deletar o número do seu
telefone gravado em meu
aparelho celular.
Mexernobaúdaslembran-
ças, me permitiu encontrar
pequenos pedaços que me
fizeram feliz. Residi, grande
parte da minha infância e
início da juventude, na Rua
Santa Cruz, bairro Farol, em
um primeiro momento no
trecho próximo a ladeira dos
Martírios, época em que não
existia o prédio da Embratel e
posteriormente no segmento,
ainda sem pavimentação,
que liga a Rua Comendador
Palmeira à Avenida Tomás
Espindola.
Muitos acontecimentos
inesquecíveis que enfeita-
ram aquela época, e que esta-
vam escondidos em minha
memória, foram aos poucos
sendo resgatados. Lembrei
dos nomes de todos os vizi-
nhos, da sede da Igreja Batista
com os seus cultos diários,
rotineiramente, às dezenove
horas,quebrandoosilêncioda
região, das praças da redon-
deza onde passeávamos de
bicicleta.
Recordei também dos
baleiros giratórios (hoje objeto
de decoração) onde ficavam
todas as opções dos confei-
tos que mais desejava, sem
falar nos pirulitos em forma
de chupeta, peão ou cônica,
estes últimos, acomodados
em uma tábua de aproxima-
damenteummetroquadrado,
cheia de furinhos, tudo isso;
sempre expostos nas bodegas
quetantofrequentavaquando
tinha um trocadinho no bolso
para comprar guloseimas.
Nas redondezas de onde
habitava, funcionavam três
estabelecimentos do tipo,
também conhecidos por
Venda: a Bodega do Pedro
Rico, na Praça Sergipe, a do
Crente na própria Rua Santa
Cruz próximo a Avenida
Moreira e Silva e a de Dona
Lenita na Rua Comendador
Palmeira, bem em frente à
Praça Gonçalves Ledo...
Recordo que as bodegas
assimilavam o nome do dono
e a freguesia era composta por
moradores da redondeza e
colegas de trabalho. Os bode-
gueiros, em geral, tinham
outra profissão. Praticamente
todas possuíam as mesmas
características: balcão de
madeira, com uma balança de
prato, um jogo de peso, papel
manilha na cor parda, em
bobina, usado para embru-
lho, também uma caderneta,
para anotar o fiado, depósi-
tos de vidro com confeitos
(bala), uma manta de charque
e outra de bacalhau (que a
época era alimento acessível
a todos), algumas garrafas
na prateleira, lata de quero-
sene, munido de bomba para
a comercialização no retalho,
alguns sacos com farinha,
feijão, milho, açúcar e outros
produtos não tão visíveis.
C o s t u m e i r a m e n t e ,
frequentava com maior assi-
duidade a Venda de Dona
Lenita, casada com o Senhor
João, genitores de Daia,
eles amigos de meus pais,
enquanto a filha, professora
de minha única irmã, Marci-
nha. Lembro de um inesque-
cível bolinho de chocolate de
receita própria que era dispo-
nibilizado aos clientes no final
das tardes. Sempre que podia,
degustava uma dessas deli-
cias acompanhado de refresco
(que era oferecido como
garapa) de maracujá bem
geladinho, fabricação caseira,
usando frutos do próprio
quintal da casa.
A Bodega do Crente,
apesar de ser localizada quase
defronteàminhacasa,eserem
seus filhos Marcos, Dinho e
Jane, meus amigos, eu pouco
frequentava, pois o achava
muito sério e não dava muito
cabimento às crianças. Ali,
recordo que comprava quebra
queixo e chicletes Ping-Pong.
A Bodega do Pedro Rico,
apesar de funcionar na sala
principal da sua própria resi-
dência, era a maior de todas
nos arredores, quando preci-
sávamos de algo, lá encon-
trávamos, desde agulha,
alimentos,roupas,atébicicleta
novinha em folha, que ficava
em exposição dependurada
no madeiramento do telhado
aparente. Quando as crianças
queriam ver novidades iam
até lá e ficavam a admirar.
Já Dona Lenita era de
conversar, simpaticamente,
com todos. Lembro que uma
vez ela segredou para a minha
mãe, que não raro, alguns
fregueses deixavam de pagar
suas dívidas ou, então, tenta-
vam driblar o controle a partir
da análise de apontamentos
em folhas de papel que manti-
nhacomolembrete,eopior:às
vezes eram pessoas ligadas à
famílias conhecidas.
Esse problema não era
uma prerrogativa somente
dela; os filhos do “Crente”,
tambémcontavamqueseupai
se preocupava muito, pois a
caderneta do fiado era a única
segurança que tinha. Mas,
às vezes dava problema, não
era bem segura. Sempre exis-
tiam, os que metido a esperto,
compravam a crédito e depois
diziam haverem pago a conta
integralmente. Porém, a
grande maioria dos compra-
dores era decente.
Já a Bodega do Pedro Rico,
como o nome já explicita, era
um estabelecimento diferen-
ciado, chegando a admitir
funcionário que não perten-
cia a família do dono. Guga,
hoje responde pela gerencia
deumadasagênciasdoBanco
do Brasil em Alagoas, era
nosso vizinho de rua, e nas
férias escolares do Colégio
Marista, trabalhava no balcão
da lojinha, atendendo à clien-
tela; e em contrapartida, rece-
bia uma ajuda de custo, com
a qual nos fazia inveja, pois
podia frequentar parque de
diversão, circos mambembes,
que se instalavam por perto, e
também o cinema São Luiz, o
melhor e mais caro da cidade,
sem pedir dinheiro ao pai.
Guga nos contou que o seu
patrão era muito esperto, pois
possuía um livro caixa com
mais de quinhentos nomes
de fregueses e que contro-
lava, minuciosamente, a
entrada e saída dos itens secos
ou molhados que vendia,
e, também os pagamentos
dos que adquiriam fiado, até
porque sabia de cor os dias
em que cada freguês recebia
o seu ordenado, e já esperava
o pagamento das dívidas do
mês naquela data, que se não
acontecesse fazia valer a frase:
“fiado, só amanhã!”.
CAMPUS
2 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Alberto RostandLanverly, Engenheiro Civil, Professor da Universidade Federal de
Alagoas, autor de 13 livros sendo 5 deles voltados para o público infantil e que tem
seus netos como protagonista das aventuras. Membro de diversas instituições acadêmi-
cas. Presidente da Academia Alagoana de Letras.
Quem
é
quem?
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
Alberto Rostand Lanverly
Bodegas da minha infância
Interior de uma bodega
Domíniopúblico/Pesquisadajuntoainternetem19/06/2020
A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.
CAMPUS
3O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Na construção desses
versos, o poeta Jessier Quirino
registra o que foi visto por
ele; ele apresenta a bodega
como o grande supermercado
popular, onde tudo se vende.
Conforme o autor, costu-
mava-se adquirir naqueles
estabelecimentos todo tipo de
mercadoria: querosene, óleo
de cozinha, cigarro, bolacha,
pão doce, meia quarta de café,
farinha, doces e as mais varia-
das quinquilharias.
Realmente, o termo
bodega, como uma variação
linguística bastante singular,
à época servia para designar
lugares onde de tudo se podia
encontrar. Na vida, sentimos
saudade de tantas coisas, da
infância, do cheiro do pai, do
sorriso da mãe, da alegria de
colorir no papel um céu azul.
Eu também sinto falta das
bodegas, de uma época em
que falar em supermercado
era o sonho de estar no Rio de
JaneiroouSãoPaulo.Poraqui,
quando muito, frequentáva-
mos os armazéns.
E assim, conversando com
um amigo cujo pai foi bode-
gueiro, aprendi o seguinte:
“A bodega era um espaço
livre que se transformava na
dispensa da casa dos mora-
dores vizinhos: dente de alho,
pacote de arroz, garrafa de
manteiga, nas prateleiras de
madeira,estavam disputando
o mesmo espaço, com canos,
torneiras, alicates, serrotes,
prego, martelo e arame, enfim
uma variedade de mercado-
rias que satisfaziam à clien-
tela no preço, no prazo e,
sobretudo, no atendimento
personalizado oferecido pelos
donos do estabelecimento”
Nas bodegas de outrora,
a diferença estava no aten-
dimento disse-me ele. “lá
podíamos comprar, por
um exemplo, meio quilo de
cimento, cinquenta centavos
da margarina, meio pacote
de café, uma colher de extrato
de tomate, um copo de azeite,
lamparina do século passado,
pipa, estilingue, anzol e uma
cabeça de alho e até, somente,
uma correia de sandália ou
um cigarro acompanhado de
um palito de fósforo.”,
Os alimentos eram comer-
cializados a pesos e medidas,
istoé,fragmentados.Asemba-
lagens não tinham a regula-
mentação do comércio atual.
Os itens eram pesados pelo
próprio dono numa balança
de prato com pesos compa-
rativos, ou utilizava-se de um
recipientedezincoparamedir
o produto, denominado litro,
que segundo ele, equivalia a
um quilo.
O negociante tinha male-
abilidade; era ele que lidava
com as mercadorias, prepa-
rando-as para a transação.
Produtos como tempero,
farinhas, grãos, arroz, sabão
eram manipulados pelo bode-
gueiro, que pesava, embalava
e dava o preço. Não vinham
prontos como no comércio
urbano atual, com peso e
preços fixos, podendo ser,
facilmente, comparados de
local para local.
Nesse sentido, não existia
uma uniformização dos pesos
e medidas. O litro utilizado
na Venda de Dona Lenita, por
exemplo, poderia ser maior
ou menor do que o empre-
gado nas Bodegas do Crente
e Pedro Rico, o que afetava
diretamente a quantidade dos
alimentos.
Se por um lado, as vendi-
nhas, que frequentei como
criança, eram como templos
que ornamentavam ruas e
esquinas, aromatizando as
calçadas. Elas eram, tanto,
local de abastecimento de
gêneros alimentícios; repre-
sentava como também, um
ponto de encontro para jogar
conversa fora, se inteirar dos
últimos acontecimentos da
cidade ou falar da vida alheia,
pois o bodegueiro era sempre
uma pessoa bem informada.
Tem uma placa de Fanta
encardida
A Bodega da rua enladei-
rada
Meia dúzia de portas
arqueadas
E uma grande ingazeira
naesquina
A ladeira pra frente se
declina
E a calçada vai reta nive-
lada
Forma palmos de altura
decalçada
Que nos dias de feira o
bodegueiro
Faz comércio rasteiro e
barateiro
Num assoalho de lona
amarelada.
Se espalha uma colcha de
mangalho:
É cabestro, é cangalha e é
peixeira
Urupema, pilão, desnata-
deira
Candeeiro, cabaço e
armador
Enxadeco,fueiro,eamola-
dor
Alpercata, chicote e
landuá
Arataca,bisacoealguidar
Pé de cabra, chocalho e
dobradiça
Seolhardumavezdáuma
doidiça
Que é capaz do matuto se
endoidar.
É Bodega pequena cor de
gis
Sortimento surtindo
grandeefeito
Meia dúzia de frascos de
confeito
Carrossel de açúcar dos
guris
Querosene se encontra
nosbarris
Onde a gata amamenta a
gataiada
Sacaria de boca arrega-
çada
Gargarejo de milhos e
farelos
Dois ou três tamboretes
emflagelo
Pro conforto de toda
freguesada.
No balcão de madeira
descascada
Duas torres de vidro são
vitrines
A de cá mais parece um
magazine
Comperfumeecartelasde
Gillete
Brilhantina safada, cani-
vete
Sabonete, batom... tudo
entrempado
Filizolla balança bem ao
lado
Seus dois pratos com
pesosreluzentes
Dá justeza de peso a toda
gente
Convencendo o freguês
desconfiado.
ASegundavitrineédepão
doce
É tareco, siquilho e coco-
rote
Broa, solda, bolacha de
pacote
Bolofofoejaúesfarofado
Umporreteserradoelapi-
dado
Faz o peso prum março de
papel
Se embrulha de tudo a
granel
E por dentro se encontra
umagaveta
Donde desembainha-se a
caderneta
Dofreguêspagadoremais
fiel.
Prateleiras são tábuas
enjanbradas
Com um caibro servindo
deescora
Tem também não sei qual
NossaSenhora
Comumjarrinhodelouça
bemdolado
Um trapézio de flandres
areados
Umjiraucommanteigade
latão
Encostado ao lado do
balcão
Um caneiro embicando
umalapada
Passa as costas da mão
pelasbeiçadas
Se apruma e sai dando
trupicão.
Tem cabides de copos
pendurados
E um curral de cachaça e
deconhaque
Logoaoladosevêcarnede
charque
Tira gosto dos goles cane-
ados
Pelotões de garrafas bem
fardados
Nas paredes e dentro dos
caixotes
Uma rodilha de fumo
dandoumbote
E um trinchete enfiado
numsabão
E o bodegueiro despacha
aoartesão
Um parafuso de cabo de
serrote
Guga, segredou um
acontecimento que nos
levou a sorrir muito: “certa
vez, chegou um vendedor
oferecendo ao senhor Pedro
Rico, “arapuca para pegar
caranguejo”. O proprietá-
rio agradeceu a oferta, afir-
mando não existir mercado
para tal, pois a sua clientela
era mais exigente e dificil-
mente se interessaria por tal
produto.
O representante, muito
astuto, caminhou até a
Praça Centenário, que se
situava próximo de onde
tentara negociar, ali contra-
tando alguns meninos que
perambulavam nas redon-
dezas, para que fossem na
Venda do Senhor Pedro e
questionassem se ele vendia
“arapuca para caranguejo”.
Nos dias seguintes umas
vinte pessoas passaram
por lá perguntando pelo
apetrecho, sendo a resposta
sempre negativa.
O bodegueiro ficou preo-
cupado, pois possuía em seu
estoque, desde remédio para
mordida de cobra até elixir
para curar dor por traição de
mulher, e estava perdendo
clientes. Semana seguinte,
o arguto vendedor cami-
nhou pela calçada existente
no lado oposto da rua, onde
situava-se o pequeno comér-
cio, anunciando aos gritos
a armadilha para pegar os
bichos na Lagoa Mundaú.
O Senhor Pedro, mais
do que depressa, correu,
chamouocidadãoecomprou
t oda as a rapucas que
possuía. O tempo passou e
nenhuma foi vendida. Logo
depois, a trama foi desco-
berta. O Pedro Rico não ficou
pobre, mas sim muito brabo
por haver sido enganado.
Voltando ao presente,
mas de olho em minha
meninice, deparei com
a composição do poeta
nordestino de Campina
Grande, Jessier Quirino
que diz assim:
Domíniopúblico
Meditando sobre as
minhas experiencias com as
bodegas, restou a certeza de
todos termos nossas máqui-
nas do tempo. Algumas nos
levam para trás, são chama-
das de memórias. Outras nos
empurram para frente, são
visitadas por sonhos. Conti-
nuarei reverenciando ambas,
sem nunca deletar do registro
do meu celular o número de
contato daqueles que um dia
foram importantes para mim.
FATOS PITORESCOS
Em recente encontro
virtual da Academia Alago-
ana de Letras, um dos sócios
declamou a seguinte estrofe
dapoesiadeCeciliaMeireles:
“De que são feitos os dias?
De pequenos desejos,
Vagarosas saudades
Silenciosas lembranças...”
Neste instante, inspirado
pela palavra “lembranças”,
informei que estava a escre-
ver sobre “as bodegas da
minha infância”, relatando
uma época em que nem o
Supermercado CEIA existia
em Maceió, quando adorava
visitar as vendinhas das vizi-
nhanças, e por fim questionei
o que tinham a dizer sobre o
tema.As seguintes pérolas em
forma de dialogo surgiram:
Acadêmico
Carlos Mero
Eu me lembro, sim, de
algumas delas. Aqui em
Maceió, recordo-me da
bodega do Seu Edmundo, lá
na Saldanha da Gama, Como
eu morava bem perto, de vez
emquandoiapapearmiolode
pote. Já em Penedo, comprei
muito quebra-queixo da
BodegadaBenaefigurinhana
Bodega do Seu Domingos, as
duas na Ladeira do Cajueiro
Grande. Mas também havia,
entre outras, a do Seu Jason,
na Rua da Penha, que ficava
na esquina que dava para a
janela de Seu Filadelfo Luz,
um devoto terceiro francis-
cano.
Eita Penedo para dar
saudades.LembrodeLeninha,
como se fosse hoje, na janela
dacasadasuaavó,comaquele
olhar distante de moçoila
sonhadora. Mas também me
lembro de você e do Mário
Aloísio por aquelas bandas. A
venda do “açúcar cande” era
a do seu Jason, bem pertinho
da casa da Mércia e da casa
da Cláudia Cristina Correia
Mousinho.Adasuaavóficava
um pouco acima, olhando ou
quase olhando para o oitão da
Rádio Difusora.
Esqueci de uma coisa: a
bodega do Seu Jason era vizi-
nhaàcasadoGarapaedistante
unssessentametrosdacasade
Dona Flor e seu Quelé e mais
um pouco da casa de Dona
Zefinha, mãe do Fred Tomp-
son e doAmaroApara-raio.
Nem fale no cheiro do
pão assando enquanto o sol
começa a mostrar o rosto
afogueado. Houve um tempo
em que, lá no Penedo, mora-
mos quase vizinhos à padaria
de Dona Toinha Calçola (isso
mesmo!!!), na Rua da Penha.
Nos dias de Educação Física
acordávamos com os galos
e a primeira coisa era ir até
lá, pegar um pão quentinho,
abri-lo ao meio, recheá-lo com
uma fatia generosa de goia-
bada e ir rasgando Ladeira do
Cajueiro Grande afora. Coisas
da meninez.
Acadêmica
Heloisa Moraes
Lembro sim da venda do
seu Pedro Rico, e também das
bodegas em Penedo, onde
passava todas as minhas
férias quando criança.
Sempre que a avó e os tios
davam um dinheirinho (era
uma forma de mostrar afeto,
naquela época!), ia a uma
venda comprar um docinho
que não sei exatamente de
que era feito, mas cujo sabor
está vivo na minha memória.
Lembro que a gente chamava
“açúcar candi”. Essa bodega
ficava numa esquina da rua
da Penha, pertinho da casa da
minha vó, no lado contrário
da Ladeira da Preguiça. Boas
lembranças!
Acadêmica
Vera Romariz
Amigos, lembro a bodega
de seu Pedro Rico, pai de
Alba, que fazia arranjos. E a
de dona Lenita, pois morei,
entre 17 e 20 anos na Comen-
dador Palmeira. E namorava
com Augusto no Parque
Gonçalves Ledo.
Acadêmica
Rosiane Rodrigues
Lembro-me com sauda-
des do comércio de Piranhas
e que era quase totalmente
composto pelas bodegas:
Bodega, padaria e Bar no
Reservado, do meu saudoso
papai Antônio Rodrigues,
Bodega de seu Eviládio, meu
tio,BodegadeSeuJoãoAmân-
cio, Bodega de seu Antônio
Campos, Bodega de Seu
Piano, Bodega de Seu Bene-
dito, Bodega de Tio Chiqui-
nho, Loja de Tecidos de Tio
Joãozinho, Bodega de Seu Zé
deCorujaeBodegaeBilharde
Seu Pedro Chico e para fina-
lizar Bodega de Seu Arthur
Palmeira. Que tal?
Acadêmico
Vinícius Maia Nobre
Conheci todas citadas por
Rostand. Outras da rua da
Areia a do Seu Humberto, a
de Dona Lídia e a conhecida
pela meninada da Fernandes
Lima que ficava bem recuada
cujo proprietário era Sr João.
Essa vendia o lanche mais
procurado por nós: Chipaca ,
futuroVice-GovernadorFran-
cisco Holanda , Beba , futuro
usineiro da Coruripe Vitor
Wanderley, Bobó , Ambró-
sio Gusmão filho do saudoso
Acadêmico nosso Carlos de
Gusmão, Tuíta , também o
mais escrachado de todos e
famosopelos“foras“queelee
seus irmãos davam cujo nome
Nilson Souza poucos conhe-
ciam e sim seu apelido!
Acadêmico
Jorge Tenório
Lembro-me de algumas
bodegas, mas duas ficaram
indelevelmente marcadas na
minha memória. A primeira
localizava-se no povoado
Anum Velho, onde nasci,
bodega de Seu Alfredo. Certo
dia, minha mãe encarregou-
-me de ir comprar meia barra
desabãoemeioquilodeaçúcar
e eu troquei as bolas: “Seu
Alfredo, minha mãe disse pro
senhor mandar meio quilo de
sabão e meia barra de açúcar
“. A outra bodega pertencia
ao meu próprio pai, ficava
no Alto dos Bodes, bairro de
Palmeira dos Índios. Meu pai
era político, então a bodega
faliudetantascontasanotadas
no caderno de “fiados”.
E assim, encerramos
aquela reunião virtual, felizes
como sempre, e cada vez mais
certos de que nossas digitais
não se apagam das vidas que
tocamos.
CAMPUS
4 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
FICHA TÉCNICA
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COORDENADORIAS SETORIAIS
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Coordenador de Campus
Cícero Rodrigues
Ilustração
Jobson Pedrosa
Diagramação
Iracema Ferro
Edição e Revisão
CíceroAlbuquerque
Semiárido
Eduardo Bastos
Artes Plásticas
Amaro Hélio da Silva
Índios
Lúcio Verçoza
Ciências Sociais
Renildo Ribeiro
Letras e Literatura
Visite o Blog do SávioAlmeida
Pessoas que fazem Campus
Iracema Ferro,edição e revisão
Domíniopúblico

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O Dia Digital - VEREADORES TORRAM MAIS DE R$ 2 MILHÕES

  • 1. Alagoas l 16 a 22 de agosto I ano 08 I nº 390 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br No ano passado, a farra foi boa para os vereadores de Maceió. Eles gastaram R$ 2,1 milhões de recursos públicos que poderiam sobrar. Uns gastaram mais, outros menos, mas todos torraram o dinheiro daverbaindenizatóriamensal. Cada vereador tem salário de R$ 15 mil, mas recebe R$ 10,5 mildessaverbalegal.Osgastos vão de filmagem, fotografias, internet, cópia de documento até alimentação. É legal, mas soa como imoral. VAGADEAMÉLIONOTCE:DISPUTAPELAINDICAÇÃOPODE LEVARPODERESEXECUTIVOELEGISLATIVOÀBATALHAJURÍDICA ESPECIAL Seguro dá cobertura a caminhoneiros para problemas causados pela Covid-19 Diuvlgação RECURSOS são da verba de gabinete, liberados mediante apresentação de notas de supostos gastos do parlamentar VEREADORES TORRAM MAIS DE R$ 2 MILHÕES Conquista do Governo deAlagoas:voos diretos à Lisboa expandem o turismo Os voos regulares sema- nais que irão ligar Maceió à Lisboa, em Portugal, estão confirmados. A companhia aérea TAP fez o comunicado à imprensa brasileira na quarta-feira (12). Com início previsto para 2 de outubro, serão dois voos ligando as duas capitais inicialmente às sextas-feiras e domingos, em aeronaves modelo A321, com capacidade para até 168 passageiros. Apesar de o momento de crise e recessão econômica, a política de incentivos do Governo de Alagoas tem atra- ído o interesse de diferentes empreendimentos para o Estado. Em reunião ordinária, o Conselho de Desenvolvi- mento Econômico (Conedes) aprovou, na sexta-feira (14), a concessão de benefícios fiscais e locacionais para 15 novas empresas. Juntas irão injetar mais de R$ 235,7 milhões na economiaalagoanacomagera- çãode1.081postosdetrabalho, representando4.385empregos entre diretos e indiretos. Voos entre Maceió e Lisboa em outubro Conselho atrai 15 empresas para AL TURISMO EMPREGOS 4 6 4 EM PILAR Ex-secretário é vítima de um atentado à balaGeraldo Cavalcante, de 67 anos, ex-secretário de Comu- nicaçãoedeTurismodePilar, foi vítima de um atentado à bala, no bairro Pernambuco Novo, na cidade. O crime foi cometido por Willa- mes da Silva e teria sido por vingança. Quando foi bale- ado, Geraldo tinha acabado de parar o carro, o EcoSport vermelho de placa MVJ-6162/ AL, em frente à sede do Dire- tório do MDB. Quatro tiros de revólver 38 atingiram o carrodavítima,quefoisocor- rida para o Hospital Geral do Estado (HGE). Willames fugiu numa bicicleta. Ele é sobrinhodeAloísiodeCarva- lho,morto nodia14deagosto de2019,emPilar.Essecrimeé atribuído ao ex-sargento PM PetrúcioCavalcante,irmãode Geraldo. O ex-PM está preso. Geraldo Cavalcante é secretário do MDB em Pilar e foi baleado em atentado Quatro disparos de revólver calibre 38 foram feitos contra o secretário do MDB em Pilar; polícia admite vingança
  • 2. 2 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 EXPRESSÃO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com) O s bastidores de uma escola trazem profis- sionais de suma importância para o desempenho exitoso da instituição de ensino. Em tempos de aulas remotas, os professores e professoras precisam se reinventar cons- tantemente para trabalhar com seus alunos de maneira motivanteeestimulante.Além dos professores, um profis- sional é de suma importância para o desenvolvimento das aulas: o (a) coordenador(a) pedagógico(a). Esse profissio- nal tem que ir além do conhe- cimento teórico, pois para acompanhar o trabalho peda- gógico e estimular os profes- sores é preciso percepção e sensibilidade para identificar asnecessidadesdosdocentese discentes,tendoquesemanter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refle- tindo sobre sua prática. Amaioriadosprofissionais de educação da atualidade, em suas diversas funções, não foi preparada para trabalhar exclusivamente de maneira digital, tecnológica, virtual. A situação educacional que se instaurou devido à pande- mia do coronavírus, obrigou os professores, coordenado- res e demais profissionais da educação a se adaptarem de maneira brusca à nova reali- dade que se estabeleceu. A educação não podia parar. As aulas precisavam continuar. Os estudantes tinham direto de construir seu conheci- mento. Iniciou-se uma árdua e incessante batalha para se adaptar aos novos tempos tecnológicos educacionais e inserir o aluno na nova reali- dade e demais profissionais da educação. A coordenação pedagógica passou por uma transição na década de 1990, a partir da Lei deDiretrizeseBasesdaEduca- ção Nacional(Lei 9394/1996). Desse modo, o (a) coordena- dor (a)pedagógico(a) acabou deixando para trás o aspecto controlador e fiscalizador para assumir a corresponsabilidade pela sala de aula, tirando a exclusividade desse trabalho do professor, e atuando a seu lado no acompanhamento do desempenho dos alunos. Concentrou também a função de “coordenação de pais” estreitando os vínculos entre a família e escola. Atualmente, na maioria das escolas o (a) coordenador(a) pedagógico(a) é visto (a) com um profissional parceiroeintegrantedaescola. Ajuda, coopera, vincula, assessora a prática educativa. Quase não se atribui a visão de inspetor, especulador, de “capitão do mato”. Contudo, sua principal função é tornar o processo de ensino-aprendiza- gem mais significativo.Assim, todo o trabalho do coordena- dorévoltadoparaqueogrupo atinja os resultados desejados, onde todos possam ser atores do processo educativo. Cabeaocoordenadorpeda- gógico a função de formador/ articulador de seu grupo de professores. Estudos, pesqui- sas, reflexões e avaliação do processo ensino aprendiza- gem e levantamento de seus sucessos ou insucessos devem ser analisados periodicamente por todos os responsáveis pela escola. O coordenador pedagógico é um profissional de relevância para que toda a escola, juntos com seus profes- sores, alunos, gestores e demaisprofissionaisconsigam a melhoria da educação brasi- leira. Parabéns aos professores por tanta garra e determina- ção nesse período de transição digital.Parabénsaoscoordena- dores e coordenadoras peda- gógicas pela reinvenção, pela colaboração,pelaconexãocom seus parceiros profissionais do cotidiano escolar. Coordenação Pedagógica: cooperativismo, colaboração e parceria em tempos remotos D ois municí- pios alagoa- nos – velhos conhecidos por tratarem embates políticos no mesmo fórum em que tratam as contendas policiais – já estão mostrando como será daqui até as eleições municipais, que ocorrem na primeira semana de novembro. Até lá, muita gente vai usar máscara não apenas pela imposição sanitária do momento, mas, para escon- der o rosto durante a execu- ção de pessoas. É assim que muitas desavenças políticas são “resolvidas” em algu- mas cidades alagoanas. Notadamente, em Rio Largo e Pilar. Como se invejassem as disputas políticas dignas dos rincões no sertão alago- ano. Aliás, a vítima nem precisa ser um poten- cial “tirador de votos” do suposto desafeto. Basta que se apresente como alguém que sabe algum “podre” do político que “vai para a espingarda”, termo chulo e covarde para dizer que alguém deve morrer. As cidades de Pilar e Rio Largo se transformam, com todo exagero, em “terra de ninguém”quandoaseleições estão se aproximando. Prin- cipalmente a disputa muni- cipal. Uma vaga na Câmara Municipal ou na Prefeitura pode valer uma vida. Quan- tas forem necessárias para garantir o mandato. Tem sido assim ao longo dos últimos anos. Por fica- rem na região metropoli- tana, as forças policiais de Maceió têm se garantido na cobertura policial durante a votação ou na semana da eleição. Ocorre que as execuções ligadas direta- mente ao pleito eleitoral – portanto, os crimes com conotação política – come- çam um pouco mais cedo. Nas proximidades das convenções, por exemplo. Antes desse período, previsto no calendário elei- toral, os estampidos das balas começam a ser ouvi- dos. O chumbo quente e fatal anuncia a eliminação de mais um “título de eleitor”. A campanha eleitoral ainda não foi aberta, mas, até o momento, Rio Largo e Pilar, cada uma já abriu a conta- gem dos crimes com conota- ção política. Cada município está com um caso violento, onde as arestas são aparadas com chumbo quente. No momento, os organis- mos de segurança estão às voltas com situações pontu- ais em municípios alagoa- nos. Buscam-se estratégias. O tribunal do medo tem imperado nessas duas cida- des ao longo das eleições de hoje e de ontem. E, numa avaliação rasa, somam-se ao fenômeno as denúncias de roubalheira – que inva- riavelmente acontece – o medo de perder o poder ou a necessidade premente de conquistá-lo. Q u e m s i m b o l i z a o mínimo de ameaça a esse plano de “ascensão” ou de manutenção desse poder, passa a ter, no período elei- toral, a vida tão longeva quanto a de uma borboleta. Faroeste político
  • 3. PUBLICIDADE 3O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 4. AgênciaTatu C ada vereador d e M a c e i ó recebe todos os meses um salário de R$ 15 mil. No entanto, esse não é o único custo que o município tem com os parlamentares. Além dos vencimentos, cada legislador temdireitoaumaverbaindeni- zatóriamensaldeatéR$10,5mil paragastoscomtelefonia,cópia de documentos, alimentação, entreoutros. A Agência Tatu analisou os dados existentes no portal da transparênciadaCâmaraeveri- ficou que, somente em 2019, os legisladores da Câmara Muni- cipal receberam um total de R$ 2,14 milhões dos cofres públi- cos a título de ressarcimento por despesas no exercício da atividade parlamentar. Veja no gráficoabaixoquantocadaparla- mentarrecebeunoúltimoano. OQUEDIZALEI Obenefício,maisconhecido como verba de gabinete, não é exclusividadedosvereadoresde Maceió. Senadores, deputados estaduaisefederaistambémtêm direito ao reembolso por gastos parlamentares. Na capital, a lei que institui a Verba Indeniza- tória deAtividade Parlamentar dos Vereadores (VIAP) passou a vigorar em 2010 e estabelece diversos critérios para que o reembolso seja concedido. Conheça as regras no quadro abaixo. Apesar de cada vereador poder solicitar qualquer valor para reembolso, a legislação municipal estabelece um limite mensaldeR$10,5milporparla- mentar,sendoosaldoexcedente transferidoparaomêsseguinte, nolimitedoquadrimestre. Somente em 2019 o portal da transparência da Câmara passou a informar o valor soli- citado e a verba efetivamente concedida. Anos anteriores possuem apenas o registro do valor solicitado pelos verea- dores, não permitindo saber quanto efetivamente saiu dos cofrespúblicos. Amaiorsolicitaçãodereem- bolso mensal de toda a legisla- tura atual foi de R$ 16.754, em maiode2018efoirealizadapela vereadora Simone Andrade (DEM). No detalhamento dos gastos, mais de R$ 6mil não foram especificados, constando apenas como “Outra despesa não especificada anterior- mente”. Pelo portal da transpa- rência não é possível saber se a solicitação de reembolso foi atendida.Vejaabaixo. A reportagem tentou entrar emcontato,pore-mailetelefone, como(a)svereadore(a)s:Simone Andrade, José Márcio Filho, Siderlane Mendonça, Samyr Malta,AntonioHollanda,Fran- cisco Filho,AparecidaAugusta, Fátima Santiago e Kelmann Vieira. Até a publicação desta matéria não foram enviadas respostas. Em nota, a assessoria de comunicação da vereadora Silvania Barbosa disse que se esforça para recorrer às verbas indenizatórias somente em últimocasoequeomaisimpor- tantenãoéomontante,massua destinação, legitimidade e lega- lidade. 4 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 PODER redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Disputa pela vaga de Cícero Amélio pode ser judicializada CONSELHEIRO DO TCE Ariel Cipola Repórter Após a aposentadoria do agora ex-conselheiro Cícero Amélio, o Governador e a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) estão de olho nacadeiraqueagoraseencon- tra desocupada – oficialmente - no Tribunal de Contas (TCE- AL). O embate deve parar na Justiça. Marcelo Victor (Soli- dariedade), atual presidente da Casa de Tavares Bastos, afirma que não abrirá mão da indicação, e agora também está como pretenso candidato à vaga. Renan Filho (MDB) embora não tenha se manifes- tado, nos bastidores, entende que a indicação é de sua livre escolha, e a vaga seria do seu tio, o deputado Olavo Calhei- ros(MDB).NavisãodoProcu- rador-Geral do Ministério Público de Contas (MPC/AL), Gustavo Santos, a indicação deve partir dos deputados. De acordo com a Súmula 653 do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Constitui- ção do Estado de Alagoas no artigo 95, § 2º, os Tribunais de Contas devem ser compostos por sete conselheiros: quatro escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo gover- nador do Estado. Das três vagas indicadas pelo gover- nador estão as dos conse- lheiros; Rodrigo Siqueira, indicado por membros do MPC/AL, a partir da lista tríplice; Anselmo Brito, indi- cação do corpo técnico do TCE; e Otávio Lessa, atual presidente, indicado por livre escolha do governador. Os quatro indicados pela ALE são; Rosa Albuquer- que, Fernando Toledo, Maria Cleide e Cícero Amélio – aposentado. Segundo o MPC/AL, em Alagoas, as três vagas indica- das pelo governador já foram preenchidas. “Sendo assim, o Ministério Público de Contas entende que a vaga em aberto, decorrente da aposentadoria do conselheiro Cícero Amélio deve ser preenchida por uma pessoa indicada pela Assem- bleia Legislativa”, afirma Gustavo Santos, atual Procu- rador-Geral do MPC/AL. Ele explica que, no Tribu- nal de Contas, as cadeiras são cativas. Ou seja, Cícero Amélio se tornou conselheiro por uma indicação da ALE, portanto, a vaga deixada por ele deve ser preenchida por alguém escolhido pelo Legis- lativo, que pode indicar qual- querpessoa.“Seogovernador fizer essa nova indicação, terá quatro escolhas e, portanto, a composição ficará despropor- cional conforme a CF”, disse o procurador. O presidente do TCE/AL, Otávio Lessa, preferiu não se manifestar. Disse apenas, através de sua assessoria, que o TC irá aguardar as posições do Governo e da ALE, e seja qual for a decisão “será bem recebida pelo Tribunal”. O que parece estar mais próximo é um embate jurídico sobre o tema. Marcelo Victor já afirmou que não abrirá mão da indicação, e disse inclusive que já entregou uma docu- mentação ao Tribunal Regio- nal Federal da 5ª Região, que comprovaria sua posição. Não será o primeiro embate entre Renan Filho e Marcelo Victor. O primeiro foi na elei- ção da Mesa Diretora da ALE, daqualMarceloVictorlevoua melhor. Haverá revanche? LISTA AUMENTOU Mas, na lista do Palácio do Governo, Olavo Calheiros estaria, hoje, com a cotação baixa. Novos nomes fortes surgiram na órbita do gover- nador Renan Filho. Entre eles, o do secretário deGabineteCivil,FábioFarias. Esse seria o nome, inclusive, do agrado da Casa de Tavares Bastos. FF, como é chamado nos bastidores, atua nas ques- tões mais embaraçosas que surgem para a gestão Renan Filho. E ele resolve mesmo. Quem está caladinho e costurando bem a sua indi- cação para o cargo é Ademir Cabral, que tem trânsito livre entre os Calheiros de várias gerações. É uma espécie de “cara legal” na família do senador Renan Calheiros e companheiro de longas datas. Na gestão, Ademir Cabral é assessor do governador para todos os assuntos, sem dia nem hora. Conta a seu favor, a amizade estreita com o arti- culado Adeílson Bezerra, que está colado no governador. Vereadores de Maceió gastaram mais de R$ 2 milhões em 2019 VERBA DE GABINETE: Parlamentares fazem a festa com recursos públicos só com ressarcimento de “gastos” questionáveis
  • 5. PUBLICIDADE 5O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 6. ESPECIAL O DIA ALAGOAS l 166 Valdete Calheiros Repórter A procura pelo seguro de carro não andou no mesmo ritmo acelerado da contaminação causada pelo coronavírus. No início, houve uma desaceleração natural do serviço em decorrência da queda acentuada na compra de automóveis, com recuo de 83,9%, segundo dados da indústria automobilística, um dos setores mais importantes da indústria brasileira. A mesma indústria aposta,, no entanto, em uma rápida retomada nas vendas, uma vez que andar de carro será uma forma de proteção contra as aglomerações. Uma das pessoas que faz o Seguro de Carro estar sempre em alta é o aposentado Milton Peixoto, que entre os seguros que possui, o de carros foi um dos primeiros a ser adquirido. “Não dá para colocar o carro em um trânsito complicado sem estar com o bem segurado”, alertou. Os números do setor automotivo refletem diretamente no mercado de seguros e lançam novos desafios para o setor nos próximos meses. Isto porque, os seguros de automóveis representam cerca de 25% dos prêmios da maior parte das seguradoras e até 60% da receita dos corretores de seguros. O maior público consumidor de seguro de carro são, em média, as pessoas acima de 30 anos. O corretor José Ailton Alves da Silva explicou que para tornar o seguro de carro relevante no momento da retomada da economia é preciso estar atento às necessidades do consumidor. “O cliente irá procurar alternativas de cobertura adequa- das à sua realidade econômica e financeira. Isto pode vir com a oferta de produtos mais simples, mais enxutos e que possibilitam ao consumidor esta adequação”, avaliou. O carro ainda é um patrimônio, um bem valioso. Repre- senta uma grande conquista. Depois da casa própria parece figurar como um dos maiores troféus para uma família. Segundo o corretor, em Alagoas, apenas 50% da frota de veículos é segurada. “Quanto mais a pessoa olha pro passado e vê o quanto demorou para conquistar seus sonhos, mais quer garanti-lo. Nesse jogo, onde há busca pela consciência em segurança e proteção financeira, o seguro é o caminho por ser a ferra- menta mais eficaz. Mas essa equação tem que caber no bolso. Surge então, a importância de soluções com custo muito competitivo e com uma qualidade de alto padrão”, explicou. Segurosobrequatrorodas caminhoneirosdeproblema AUTOMOTIVO:modalidadetrazgarantiasparabemqueéutilizadop Artes:Rodrigues
  • 7. 7a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Reformasdãomelhorescondiçõesaosrodoviários E a rotina não foi nem está sendo fácil para esses profis- sionais do volante. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNT), os camin- honeiros trabalham em média 11,5 horas por dia e 5,7 dias por semana. A mesma pesquisa sobre o perfil dos caminho- neiros indicou também que a média de idade é de 44,8 anos. Aspessoascommaisde60anos representam 13% da categoria. Dezoito por cento dos camin- honeiros tem pressão arterial elevada, outro dos problemas de saúde apresentados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como fator de risco paraoagravamentodascompli- cações da covid-19. Houve desaceleração da economia o que causou grande impacto no trabalho dos caminhoneiros. Eles amar- garam redução da demanda de trabalho. Isso sem falar nos caminhoneiros autônomos, que ficaramentreguesàprópriasorte porseremseusprópriospatrões. Ainda de acordo com a pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2019, 65% dos entrevistados participaram da paralisaçãoem2018e56%deles não ficaram satisfeitos com as conquistas da categoria. Dototaldecargatransportada no Brasil, 61% é feito pelo modo rodoviário. Cerca de 20%, pelo modoferroviário,sendoqueneste, 80% são minérios; e o restante, grãos,comosojaemilho.Otrans- porte rodoviário é fundamental em qualquer lugar do mundo, masnoBrasilessadependênciaé extremamentemaior. Os caminhoneiros, também heróis anônimos dessa pandemia, tiveram que tomar todos os cuidados para não serem contaminados nem contaminarem terceiros com o vírus causador da covid-19. Em algumas estradas, caminhoneiros encontram ajuda de moradores que doam refeições, café da manhã, marmitas e água. Apenas na divisa entre Pernambuco e Piauí, na barreira fiscal, houve higienização em partes do caminhão com álcool e orien- tação sobre cuidados. Muitas cidadesnãoandamrespeitando o isolamento. De passagem, os caminho- neiros repararam que, mesmo com comércio de portas fecha- das, a circulação e aglomeração de pessoas na rua é grande. Caminhões têm papel de protagonismo no combate à Covid-19 Apólices vão desde coberturas básicas até itens especiais Do outro lado da rua, nas rodovias, entre as mudanças repentinas causadas pelos reflexos da covid-19 veio a brusca interrupção da rotina de idas e vindas nas rodovias. Por pouco, o transporte de cargas não foi atingido. De carona com esse movimento, veio o receio, por parte da população, de um desabastecimento de produtos essenciais. O que, felizmente, não aconteceu. Felizmente mesmo, pois o país ainda trazia, na memória recente, os efeitos da greve dos caminhoneiros em 2018, quando o pesadelo do desa- bastecimento passou a rondar novamente a cabeça da popu- lação. Nesse momento em que o Brasil e o mundo enfrentam a pandemia, os caminhoneiros figuraram como trabalhadores essenciais. A pandemia não trouxe reflexos sobre os trans- portesdecarga.Pelomenos,não de forma a deixar a população desabastecida de insumos. É fato que muitos motoris- tas considerados dos grupos de risco botarem o pé no freio e suspenderam a rotina puxada das estradas. Houve também registros pontuais sobre as dificuldades de caminhonei- ros com alimentação e higiene pessoal, já que muitos pontos foram fechados às margens das estradas. A necessidade de ver os caminhões conduzindo os produtosnecessáriosàscasasou aoshospitaisbrasileirosfoitanta que o governo federal consid- erou, por decreto, o transporte de cargas como uma atividade essencial, ou seja, que não deve ser interrompida no período de combateaocoronavírus. Para garantir maior tran- quilidade aos caminhoneiros, o Ministério da Infraestrutura defendeu que Estados fizessem ajustes em decretos que restrin- giram o comércio e circulação de bens a fim de assegurar que serviços de suporte nas estra- das, como oficinas, borracha- rias e pontos de alimentação pudesse funcionar de acordo com as medidas de segurança adotadascontraadisseminação dos vírus. Pensado não somente para os caminhoneiros que trabal- ham de forma autônoma, mas também para os donos de transportadoras e/ou frotas, o seguro para caminhão vem paraprotegerquemlevaavida na estrada, assim como o seu veículo.A ideia é levar pratici- dade no dia a dia e segurança em cada quilômetro rodado. As coberturas básicas do seguro caminhão estão rela- cionadas com o veículo e desti- nam-se ao reembolso de danos ao caminhão segurado, em duas modalidades básicas: a compreensiva, protege contra riscosderoubooufurtoparcial do caminhão; colisão, danos a terceiros, enchentes, incên- dio ou explosão. A segunda modalidade básica – incêndio e roubo- protege contra danos materiais causados ao veículo como perda total por roubo e furto, colisão, incêndio ou explosão. Há coberturas adicionais de seguro para caminhões para partes do veículo como carrocerias (parte do veículo fixada permanentemente como estruturas de madeira ou metal fechadas ou abertas, guinchos; betoneiras; baú de alumínio; etc) e partes inte- grantes do veículo relaciona- das na nota fiscal do veículo zero quilômetro como antena elétricaeair-bag,porexemplo. O corretor de seguros, Ailton Júnior, explicou que o setor de seguros surpreen- deu o mercado econômico e mostrou que a proteção é e sempre será essencial em qualquer circunstância. “Quanto maior a crise maior tem que ser a proteção”, avaliou o profissional, que é um dos diretores do Sindicato dos Corretores de Seguros, Capitalização, Previdência Privada e de Saúde e Empre- sas Corretoras de Seguros e Agentes de Seguros no Estado de Alagoas (Sincor-AL.) Para fazer qualquer tipo de seguro, é importante antes procurar o Sincor, cujo tele- fone é 3326-1029, e saber se o profissional tem capacidade técnica para buscar a melhor avaliação para seu bem.O corretor JoséAiltonAlves lembra que há vários tipos de seguros para todo perfil de consumidor e para todos os bolsos Divulgação protegemotoristase ascausadospelaCovid-19 paragarantirrendaparaasfamíliasetransportedeitensessenciais
  • 8. 8 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 SOCIAL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br EM SOCIEDADE Jailthon Sillva jailthonsilva@yahoo.com.br Contatos: 3522-2662 / 99944-8050 NOVO SERVIÇO ON-LINE PARA RG O Instituto de Identificação de Alagoas está sempre buscando alternativas seguras de desburocratizar o atendimento à população alagoana e acabou de lançar, na última quinta-feira (13), um serviço inovador em Alagoas que recebeu o nome de RG ON-LINE que permitirá a solicitação da reimpressão do RG por meio da plataforma digital, sem precisar ir até um dos postos de atendimento.A novidade foi divulgada pelo superintendente do órgão,Roney Presbítero, e estará disponível no site da Perícia Oficial: www.periciaoficial. al.gov.br ÁLCOOL EM GEL Antes da pandemia de coronavírus, o álcool em gel para higienização das mãos era um produto que a grande maioria da população nem consumia. Não que o produto não fosse eficaz para o que se destina, mas porque não se tinha o costume de usá-lo. Mas, este ano, a procura foi tamanha que o álcool em gel acabou faltando no mercado.Daí surgiram vários tipos de álcool em gel, até de fabricação caseira e muitos pela sua composição não tiveram tanta aceitação por parte da população. Tudo porque a maioria mais parece uma gosma grudenta e ,por conta disso, o povo tem preferido o álcool em liquido 70% mesmo. EMCENA|Quemrecebeuhomenagensnaúltimaterça-feira,dia11,porconta desuasolenidadedepossefoiaprefeitadeArapiraca,FabianaPessoa.#puroluxo
  • 9. Oseguro de vida é um importante aliado no planejamento finan- ceiro das pessoas.Engana-se quem pensa que este tipo de produto é destinado apenas para cobertura de morte ou custa muito caro.As segu- radoras têm se modernizado a cada ano e oferecem proteção para as inúmeras necessidades e diferentes fases da vida de forma personali- zada para cada pessoa. Além disso, vale destacar que esta- mos vivendo cada vez mais em razão do aumento contínuo da expectativa de vida do brasileiro ao nascer. A longevidade nos traz inúmeras opor- tunidades, mas, também, desafios, como o de contar com um sólido planejamento financeiro. O seguro de vida existe para auxi- liar financeiramente as pessoas e os corretores de seguros, ofere- cem soluções para os riscos em que todos estão expostos: a morte, a invalidez, a aposentadoria sem recursos e a perda da qualidade de vida ENTÃOVAMOSENTENDER ASDIFERENTESCOBERTURAS DESEGURODEVIDA: Cuidados financeiros para sua saúde Ninguém desejaterasuaqualidadede vida comprometida por problemas de saúde.Planejar a sua saúde financeira hoje é um importante passo para ter a tranquilidadenecessáriaparacuidarda saúde física em casos de diagnóstico de uma das doenças graves cobertas, além de uma série de serviços que ajudamnocuidadocomasaúdenodia adia. Soluçãoparaquemnãopodeparar detrabalhar O seguro de Diária por Incapacidade Temporária, é a proteção ideal para cuidar da sua renda em momentos de afastamento temporário do traba- lho, causado por acidente ou doença. Com ele,você recebe um valor que vai contribuir para a manutenção do seu padrão de vida e dos compromissos assumidos. Tranquilidade em caso de impre- vistos Os seguros voltados para casos de invalidez contribuem para que você arque com as suas despesas caso fique impossibilitado de trabalhar.Você ainda pode contar com uma série de serviços de acordo com a cia de segu- rosescolhida. Cuidado para você e o futuro de quemama O seguro de vida também contribui para que a pessoa planeje o futuro da família.Istoporqueeleauxilianagaran- tir de um valor em caso de falecimento do segurado para a manutenção do padrão de vida, estudo dos filhos ou realização de sonhos ou projetos.Você aindacontacomaproteçãodeInvalidez por Acidente e optar em ter uma série de assistências que vão ajudar no seu diaadia. Proteçãoemtodasasfasesdavida De acordo com Ministério da Saúde, 70% das quedas de idosos aconte- cem dentro da própria casa e que,pelo menos,40%dessesacidentescausam algum tipo de lesão grave. Por isso, é também preciso pensar em proteção financeira para as idades mais avan- çadas. Uma opção para este tipo de situação é a contratação de um seguro voltado para a necessidade de prote- ção nesta fase da vida,como o seguro MasterAcidentesDomiciliares. Conclusão Em suma, há inúmeras soluções de seguros de vida e elas são sob medida para cada perfil de necessidade,bolso e podem ser contratadas de forma simples e rápida, sempre com a máxima segurança.Para isso é neces- sárioconsultarumprofissionalcorretor de seguros. Ele está habilitado para lhe fornecer todas as informações e apresentar a melhor proposta para sua necessidade. Entãoéissopessoal!Esperoquetenha gostadodotemadessasemana.Agora anovidadeé:nossaestreianestaúltima quinta-feira (13) do quadro“Momento Seguro”,notelejornalTVMarNews,na TVMAR (Canal 525 NET),o quadro vai aoartodasasquintas-feirasapartirdas 9h. Também na próxima quinta-feira (20/8) entraremos na ondas do rádio, a partir das 7h45,na Rádio 98FM.Não deixem de acompanhar. Participem com suas perguntas!Até a próxima se Deusquiser!Bomfinaldesemanapara todos!Grandeabraço! 9O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br DjaildoAlmeida Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com Seguro de Vida aliado no planejamento financeiro das pessoas
  • 10. 10 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 ESPORTES redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Covid-19 tira CSA da Série B do Brasileiro por algumas rodadas DOS 31 ATLETAS, 20 TESTARAM POSITIVO, mas problema não é “privilégio” do Azulão; mais de 150 atletas foram infectados JOGODuro Jorge Moraes jorgepontomoraes@gmail.com Thiago Luiz Estagiário D u r a n t e o período de quarentena, o grande público que gosta, trabalha e vive do futebol esperou e pediu o retorno do esporte. Mas, nem na cabeça desses, nem dos que se opunham à ideia, a retomada das competições profissionais seria tão complicada. Durante o término dos campeonatos estaduais, apenas no Catari- nense os casos de Covid-19 fizeram a Federação paralisar novamente as atividades. Mas bastou um fim de semana de Brasileirão para apontar os impactos causados pela doença. Só em Alagoas, o CSA já suspendeu dois jogos e corre o risco de ter, por três rodadas,umtimecompletono Departamento Médico (DM). Alguns casos de “explo- são” de testes positivos para a Covid-19chamaramaatenção da imprensa, das equipes, dos especialistas, mas não pare- ceu afetar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pela organização e planejamento da competi- çãonacional.Ocasomaisalar- mante foi o do CSA. Às vésperas da primeira rodada da Série B e logo depois da decisão do Campe- onatoAlagoano,contraoCRB, foram detectados nove joga- dores com Covid-19 no elenco do Azulão. Já a partir desse momento, a diretoria azulina tentou suspender a partida de estreia, contra o Guarani. Por outro lado, a CBF relevou e determinou a manutenção da partida. O detalhe importante é que foram oito testes posi- tivos inicialmente. O nono atleta foi retirado da concen- tração já na noite anterior ao jogo.Ouseja:continuoutendo contato com os companheiros e possivelmente contaminou outros. Dias depois, a suspeita foi confirmada. Mais nove joga- dores acometidos pelo coro- navírus. Depois, mais dois. Dos 31 profissionais inscritos pelo Azulão, 20 não podiam atuar. Dos 11 restantes, três eram goleiros. Com a volta do Campe- onato Brasileiro, o risco de contágio aumentou. De acordo com o chefe do Depar- tamento Médico do CSA, Dr. Fábio Lima, a rotina de viagens, permanência em hotéis, restaurantes e o confi- namentopormeiodasconcen- trações elevou os riscos. O protocolo sanitário montado pela CBF inicial- mente apresentou inúmeras “falhas”. Entre elas, a princi- pal era permitir que a delega- ção das equipes viajasse para jogar fora de seus estados antesdadivulgaçãodosresul- tados dos exames. “Temos uma janela de contaminação e detecção pelos métodos laboratoriais. Uma vez contaminado, sem sintomas, qualquer pessoa pode transmitir. A contami- nação pode ter ocorrido até 14 dias antes da data de divulga- ção dos testes”, afirmou Fábio Lima. Emesmodiantedocenário no CT Nelson Peixoto Feijó, a CBF continuou insistindo na manutenção da partida contra o Cuiabá. Aconselhou ao CSA que inscrevesse pelo menos mais nove jogadores e “ignorasse” a situação do restante do elenco, sob a pres- são de perder o jogo por W.O. Depois de muito relutar, o clube conseguiu a suspensão do confronto. A atitude da entidade ganhou repercussão nacio- nal. Representando o Azulão, o vice-presidente, Omar Coêlho, afirmou que o clube já tinha preparado o seu setor jurídico para acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). AaçãodaCBFrefletecomo serátodoorestantedacompe- tição: sob quaisquer circuns- tâncias, o maior objetivo de 2020 é concluir o Brasileirão. Pandemia: nenhuma novidade Desde o momento em que o futebol brasileiro começou a voltar com os campeonatos estaduais, a Confederação Brasileira de Futebol trabalhou com a ideia fixa de que o Brasileirãodeveriaseriniciado,dentrodeumprotocolorígido, tendo como base as recomendações da área de saúde.Nesse sentido, a CBF ampliou o seu departamento médico, com o Dr. Jorge Pagura chefiando esse setor, e começou a traba- lhar o esquema da volta, com testes semanais da Covid-19 de jogadores e pessoas diretamente ligadas ao segmento, diminuição no número de gente no campo, inclusive com a reduçãodrásticadeprofissionaisdaimprensanascoberturas nos estádios. Nada disso adiantou.Entre a semana que antecedeu a rodada de abertura e a segunda rodada, quase 150 profissionais foram testados positivos.Em alguns lugares com um número pequeno,em outros,bem maior,como foi o caso do CSA,com um total de 27 pessoas, sendo 20 jogadores, um membro da comissão técnico e seis pessoas de apoio. Essa situação forçou o CSA a solicitar o cancelamento de seu segundo jogo, contra a Chapecoense, em Chapecó/SC, meio que a contra- -gosto da entidade que cuida do futebol nacional.A CBF está recomendando que os clubes com situações mais complica- das contratem jogadores ou regularizem os amadores para fechar o grupo e não suspender os jogos. Acho isso de uma indelicadeza com os clubes,com os proble- mas,discriminatóriaeumafaltaderespeitoaosfamiliaresdos contaminados e aos torcedores. Como a CBF só olha o lado financeiro do futebol, que sem dúvida é um grande negócio para a entidade, que não torce pela paralisação das compe- tições. Acredito que se os clubes ou entidades dos jogado- res profissionais forem à justiça desportiva, a tendência é a paralisação das competições. Nas três séries promovidas pela CBF - A, B e C - temos problemas com a contaminação, culpatambémdaflexibilizaçãodosdecretosgovernamentais. Abrindo shopping, comércio, bares, restaurantes e muitas outras atividades, o futebol achou também que podia voltar. Outro jogo cancelado Finalmente a CBF entendeu que o jogo do CSA contra o Cuiabá não deveria ser realizado neste final de semana. Demorou para decidir, mas decidiu, com a ameaça do CSA de ir à justiça desportiva.Tudo isso por conta da contami- nação dos jogadores, gente da comissão técnica e colabo- radores do clube. Agora são 20 jogadores, um da CT e seis de apoio. A CBF aproveitou para confirmar que o próximo jogo, terça-feira (18), está mantido, diante do Operário, em Ponta Grossa/PR. Venceu e não convenceu Mesmo com a vitória por 1 a 0 diante do Oeste/SP, o CRB mostrou que ainda tem muitos problemas para acertar a casa. O time está sendo escalado errado, onde já foi provado que Diego Torres e Magno Cruz não podem jogar juntos. Depois que eles chegaram ao CRB, em todos os jogos são substituídos no segundo tempo, e no último jogo foi no inter- valo. Com as alterações o time cresce e passa a ocupar todos os espaços possíveis no campo de jogo, com uma melhora no rendimento, mesmo que ainda acanhada. Contra o Náutico Com dois jogos pela Série B, uma derrota e uma vitória, o CRB vai enfrentar neste sábado o time do Náutico, em Recife, que demitiu seu treinador. Sem convencer dentro de campo, nem na vitória, o time precisa jogar melhor para não correr o risco de mais uma derrota, diante de um adversário que vem de uma derrota e um empate, numa situação até pior. O técnico Marcelo Cabo precisa decidir, urgentemente, um substituto para o Diego Torres, que pode ser o Felipe Menezes, que tem entrado bem, ou para o lugar do Magno Cruz. Juntos os dois não podem atuar. Deixa o CRB com dificuldade de organizar as jogadas pela direita e o time bate-cabeça pelo meio. Decisão Finalmente sai neste domingo o dono da terceira vaga da Copa do Brasil para 2021, ASA ou Murici. Na primeira partida o resultado foi 2 a 2 e ninguém tem vantagem na final em caso de novo empate. A decisão vai para os tiros livres da marca do pênalti.A seletiva foi necessária porque o ASA ganhou a Copa Alagoas, lá no mês de janeiro, e o Murici ficou com a terceira colocação do Campeonato Alagoano. Em campo muita igualdade entre os dois times, sem favo- ritismo. O time de ASA montou uma estrutura nova para a volta do estadual, enquanto o Murici manteve a base que lhe deixou algumas rodadas na liderança do campeonato. l Com Covid ou sem Covid as diretorias de CSA e CRB precisam apressar a contra- tação de mais alguns jogado- res e reforçar seus grupos. O CSA com mais urgência, pois alguns já provaram que não vão corresponder na temporada. O CRB, talvez com um número menor de reforços,também precisa melhorar; l Há muita tempo não vejo uma grande apresentação de CSA e CRB. Foi assim durante toda a temporada e, a cada dia que passa, parece que está piorando. A prova do que escrevoestánorendimentodosdoistimesemjogoscontra Guarani e Oeste,respectivamente; l Anoteaí:CSAeCRBvãocontratarejáestãocomarela- ção dos dispensados.Só não foi divulgada porque,no caso do CSA, tem que indenizar e é muita gente. Falta dinheiro. Oclubeestátentandoemprestaralgunsjogadores.NoCRB, um número menor,está dentro do conceito do acordo,que pode sair a qualquer momento. ALFINETADAS... Com20jogadorescontaminadospelocoronavírus,CSA nãotemelencoparajogos AugustoOliveira/AscomCSA
  • 11. 11O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 Estudarláfora redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alyshia Gomes alyshiagomes.ri@gmail.com Nova programação do Encontro sobre Educação da Times Higher Education Semana passada, ao ser informada sobre o encontro da Times Higher Education (THE( deste ano, publiquei imediatamente a prévia da programação e as orientações sobre como fazer para se inscrever.A novidade para hoje é que estarei participando deste evento e,com certeza,trazendo todas as informações para você. O World Academic Summit, que este ano será virtual, objetiva reunir centenas de líderes no ensino superior de todo o mundo para discutir temas tais como os desafios criados ou acelerados pelapandemia,bemcomoparaidentificarnovasoportunidadesde reformas progressivas na Educação Superior. A programação do encontro que disponibilizei anterior- mentejáfoimodificadapeloacréscimodenovosspeakers: * Vijayakunar BHAGAVATULA, Diretor da Carnegie Mellon Univer- sityAfrica * David GARZA,Prisidente do Monterrey Institute ofTechnology * Joyce Msuya Secretária-Geral Adjunta / ONU, Diretor Executivo Adjunto / ONU MeioAmbiente *JoannaNewman,ChefeExecutivaeSecretária-GeraldaAssocia- tion of Commonwealth Universities * Clay ShirkyVice-reitor de tecnologias educacionais Universidade de NovaYork * BinYang Reitor e vice-presidente Universidade deTsinghua Antecipo,aqui,os títulos de algumas sessões: *Asuniversidadesserãoforçadasareduzirsuasambiçõesglobais? * Qual a relevância do lugar no mundo digital? * Entrevista:C19 libertará instituições de ensino superior? * A corrida por uma vacina está nos unindo - ou fraturando o mundo? * Debate:esta é a década do impacto? *Masterclassdedadoserevelação:THEWorldUniversityRankings 2021 * O painel da CúpulaAcadêmica Mundial:Esta é uma nova aurora para o ensino superior? * Uma inovação em‘excelência’ - novos conceitos da África * Um mundo digitalizado do ensino superior reproduz desigualda- des analógicas? O evento acontecerá nos dias 1 e 2 de setembro de 2020 e as inscrições poderão ser feitas através do site https://www.timeshi- ghereducation.com/summits/worldacademic/2020/. Não se esqueça que você poderá acompanhar toda a cobertura do evento no jornal impresso,no jornal digital e no site. Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional, Educa- ção Global e temas correlacionados no jornal “O DIA ALAGOAS” e no site “O Dia Mais”. Dúvidas, comentários e sugestões, entre em contato através do email alyshiagomes.ri@gmail.com . Seleção para Cátedras em todas as disciplinas da UC Davis Fonte: Comissão Fulbright Brasil Esta cátedra busca professores e pesquisadores de todas as áreas do conhecimento para bolsa na Universidade da Califórnia Davis, com duração de quatro meses, para ministrar curso e realizar pesquisa. Os candidatos devem elaborar uma proposta de curso detalhada sobre como contribuirá para o ensino no campus da UC Davis e um projeto de pesquisa que deve incluir um plano de pesquisa detalhado, incluindo cronograma, necessidades de recur- sos esperados, local de pesquisa ou laboratório proposto e afiliação proposta. Requisitos: * Ternacionalidadebrasileiraenãoternacionalidadenorte- -americana; * Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012; * Ter dez anos de experiência profissional na área; * Ter fluência em inglês; * Nãoreceberbolsaoubenefíciofinanceirodeagênciacom o mesmo objetivo; e *PermanecernoBrasilduranteaseleção,afiliaçãoepartida aos EUA. Benefícios recebidos pelo bolsista: * US$32.400paracobrirasdespesasdepassagemaérea, moradia e manutenção nos EUA; * Seguroparaacidentesedoençaslimitado(ASPEAccident and Sickness Program for Exchanges); * Taxa do visto J-1; e * Acesso às instalações e serviços na UC Davis tais como: escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessá- rios à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou pesquisa. Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/ catedra-na-uc-davis/ . Seleção para Cátedra Saúde Global na Rutgers University - Estados Unidos Fonte: Comissão Fulbright Brasil Esta cátedra busca professores e pesquisadores para bolsa na Universidade Rutgers, em New Jersey, com duração de quatro meses, para ministrar curso e realizar pesquisa na área de Saúde Global. Os candidatos podem ter formação nas áreas de ciências da saúde ou ciências sociais. Requisitos: * Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana; * Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012; * Ter dez anos de experiência profissional na área; * Ter fluência em inglês; * Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e * Permanecer no Brasil durante a seleção,afiliação e partida aos EUA. Benefícios recebidos pelo bolsista: * US$ 22.000 para cobrir as despesas de passagem aérea e manutenção nos EUA; *MoradiacompatívelcomopadrãooferecidoaprofessoresvisitantesporRutgers (até US$ 1.200 por mês); * Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Accident and Sickness Program for Exchanges); * Taxa do visto J-1; e * Acesso às instalações e serviços da Rutgers, tais como: escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou pesquisa. Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/catedra-fulbright- -em-saude-global-em-rutgers/ .
  • 12. Mais uma vez a CaoaCh- ery investe pesado em propaganda. Em áudio e vídeo, a voz continua sendo a do locutor publicitário mais caro do Brasil, Ferreira Martins. Porém, o produto é inédito. Trata-se do Tiggo 8, o novo SUV da marca que, posicionado acima do Tiggo 7, chega em única versão de acabamento com motor turbo a gasolina e preço a partir de R$ 168.600. Mas tem promoção, com valor de lançamento por R$ 156.900. O Tiggo 8 (vendido na China desde 2018) é feito na fábrica da CaoaChery em Anápolis (GO). O primeiro modelo com sete lugares produzido local- mente começa a chegar à rede de concessionários da marca a partir de hoje (13). A estima- tiva é emplacar cerca de 300 unidades por mês. Mas a ideia é dobrar a produção e chegar às 600 unidades mensais.Na ficha técnica, dados como 187 cvetorquemáximode28mkgf (disponíveljáapartirdas2.000 rotações) até empolgam. O 0 a 100 km/h é feito em 9,9 segun- dos. A efeito de comparação, o rival direto Volkswagen TiguanAllSpace tem motor 250 TSI (1.4 turbo) Flex com 150cvecâmbioautomáticode seis velocidades. 12 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA Jeep Compass bate marca de 200 mil Veículo mais tecnológico produzido no Brasil, o SUV médio menos desvalorizado do País e líder do segmento nos acumulados dos últimos 3 anos, o Jeep® Compass é sucesso em vários quesitos. Isso pode ser comprovado também nas vendas, tanto é que acaba de atingir a marca de 200 mil unidades comercializadas no Brasil. Ele vende mais do que todos os concorrentes diretos somados.“O Compass representa a união de design, sofisticação e tecnologia ao espírito Jeep. Ele chegou para ditar um novo rumo para a categoria dos SUVs médios com um projeto de classe mundial e foi o que fez. Seus resultados, juntamente ao êxito do Jeep Renegade. Na China o Tiggo 2 tem visual renovado Na China, ele será chamado de Tiggo 3x Plus. Essa é a denominação para a atualização de estilo do crossover Tiggo 2, vendido no Brasil pela CaoaChery. O modelo adota um visual completamente renovado, inspirado no Tiggo 7 renovado recentemente por lá. Dessa forma, o Tiggo 3x Plus aparece com repetidores de direção e luzes diurnas em LED separados dos faróis. Estes migraram para o para-choque, ficando nas molduras laterais do mesmo, onde também estão faróis de neblina.A grade central hexagonal ficou maior e adota elementos cromados com efeito tridimensional. O logotipo da Chery é o novo também, adotando assim o padrão atual da marca chinesa.A grade inferior ainda tem um aplique cromado.A traseira não foi revelada nos flagrantes, mas deve receber alguma mudança. ACONTECE esta semana FORD INICIA A PRÉ-VENDA DO TERRITORY A Ford iniciou a pré-venda do Territory, SUV médio que chega para ampliar a sua linha e elevar o padrão no segmento. O modelo foi finalmente revelado para a imprensa em uma apresentação online, com todos os detalhes de configuração, versões e preço. Como principais credenciais, o Territory chega para ser a nova referência da categoria em espaço interno e conforto, tecnologias de assistência ao motorista e conectividade, trazendo recursos exclusivos.O Territory chega como modelo 2021 em duas versões, SEL e Titanium, ambas com motor 1.5 Turbo EcoBoost GTDI a gasolina, de 150 cv, e transmissão automática CVT. Seguro grátis para modelos premium da Honda Comprar uma moto nova e ainda receber o seguro de presente parece bom, não? Pois para aqueles que comparem os modelos CB 1000R,AfricaTwin e GoldWing da Honda até o final do mês de agosto (31/08) terão cobertura total gratuita por um ano. A ação comercial da Honda Motos em parceria com a Seguros Honda é válida em todo o território nacional, até o final do mês (31/08). Contudo, a marca ressalta que a condição especial será aplicada somente mediante análise e aprovação do perfil do cliente.A campanha contempla três modelos de motos diferentes da Honda. RODASDUAS A força da Nova Fiat Strada continua a se refletir na confiança do consumidor pela segunda geração da picape. Com pouco mais de um mês de sua chegada ao mercado, a Fiat contabilizou mais de 23 mil pedidos e uma procura crescente pelo modelo desde seu lançamento, em 26/6. Apenas em julho, no primeiro mês completo de vendas, a demanda total do veículo chegou à incrível marca de 17 mil carros.Para se ter uma ideiadaincrívelreceptividade alcançada pela Nova Fiat Strada, hoje a demanda média diária é de 770 unidades. Isso significa vendas 3,5 vezes maiores comparadas a 2019, e uma procura quatro vezes superior ao previsto à época do lançamento.Com inovações que pautaram o mercado durante toda sua trajetória, o modelo não cansa de quebrar recordes. Com os emplacamentos de julho em 6.534 unidades, a picape chegou a 63% de participação de mercado em seu segmento, a melhor marca da história. CaoaChery lança o Tiggo 8 Nova Fiat Strada mira pódio entre os mais vendidos INVESTIMENTO SUCESSO
  • 13. MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA MEMÓRIA BODEGA Alagoas l 16 a 22 de agosto I ano 08 I nº 390 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS PedroCabr al Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com Dois dedos de prosa Agradecemos ao Alberto a oportunidade de publicar um texto de memória, falando sobre algo que vai sumindo, substituído por lojas de conveniência e mercadinhos. Um passeio em sua juventude que termina sendo a de todos nós. Agradecemos ao Pedro Cabral por nos permitir usar uma de suas obras, como capa. Vamos ler! Um abraço! Sávio de Almeida A INFÂNCIA E A MEMÓRIA: ARMADILHAS PARA GUARDAR O PASSADO
  • 14. D iasatrásreali- zava faxina no rol dos contatos telefônicos em meu celular, quando de repente me assustei: estava ainda, na letra “C”, quando notei que para concluir o intento, have- ria de remover cinco registros, todos amigos perdidos para o coronavírus, nos últimos três meses. Preocupei-me,pois,apesar de consciente da existência de momentos na vida em que é necessário excluir pessoas, apagar lembranças, jogar fora o que machuca, abandonar o que nos faz mal, libertar de coisas que nos prendem, não me encontrava prepa- rado para vivenciar tamanha perda. Acontece,queumdosfale- cidos a quem estava a pensar, era meu amigo desde a infân- cia. Juntos tanto estudamos no colégio e universidade, quantoparticipamosdediver- sas atividades outras que se tornam inesquecíveis. E na oportunidade, de olhos fechados, debruçado nos alpendres do tempo, notei-me caminhando ou correndo com meu colega pela velha rua onde cresce- mos. Tudo era diferente e aqueles dias me tornavam o menino mais realizado que pude ser. Ainda parado, me via, juntamente ao meu amigo, brincando de chutar bola de borracha marca Pelé, tendo os postes da calçada como trave, de garrafão e queimado, boli- nhadegudequechamávamos ximbra, e até com a coleção de figurinhas que vinham nos chicletes. Como não me emocionar de ver um mundo que era tão diferente? Como posso esque- cer daqueles gritos amados da minha mãe Marlene, chamando para entrar porque já era a hora do banho? Fomos felizesdeverdadeeaproveita- mos cada momento um com o outro, sendo apenas crianças. Por tal razão, jamais haverei de deletar o número do seu telefone gravado em meu aparelho celular. Mexernobaúdaslembran- ças, me permitiu encontrar pequenos pedaços que me fizeram feliz. Residi, grande parte da minha infância e início da juventude, na Rua Santa Cruz, bairro Farol, em um primeiro momento no trecho próximo a ladeira dos Martírios, época em que não existia o prédio da Embratel e posteriormente no segmento, ainda sem pavimentação, que liga a Rua Comendador Palmeira à Avenida Tomás Espindola. Muitos acontecimentos inesquecíveis que enfeita- ram aquela época, e que esta- vam escondidos em minha memória, foram aos poucos sendo resgatados. Lembrei dos nomes de todos os vizi- nhos, da sede da Igreja Batista com os seus cultos diários, rotineiramente, às dezenove horas,quebrandoosilêncioda região, das praças da redon- deza onde passeávamos de bicicleta. Recordei também dos baleiros giratórios (hoje objeto de decoração) onde ficavam todas as opções dos confei- tos que mais desejava, sem falar nos pirulitos em forma de chupeta, peão ou cônica, estes últimos, acomodados em uma tábua de aproxima- damenteummetroquadrado, cheia de furinhos, tudo isso; sempre expostos nas bodegas quetantofrequentavaquando tinha um trocadinho no bolso para comprar guloseimas. Nas redondezas de onde habitava, funcionavam três estabelecimentos do tipo, também conhecidos por Venda: a Bodega do Pedro Rico, na Praça Sergipe, a do Crente na própria Rua Santa Cruz próximo a Avenida Moreira e Silva e a de Dona Lenita na Rua Comendador Palmeira, bem em frente à Praça Gonçalves Ledo... Recordo que as bodegas assimilavam o nome do dono e a freguesia era composta por moradores da redondeza e colegas de trabalho. Os bode- gueiros, em geral, tinham outra profissão. Praticamente todas possuíam as mesmas características: balcão de madeira, com uma balança de prato, um jogo de peso, papel manilha na cor parda, em bobina, usado para embru- lho, também uma caderneta, para anotar o fiado, depósi- tos de vidro com confeitos (bala), uma manta de charque e outra de bacalhau (que a época era alimento acessível a todos), algumas garrafas na prateleira, lata de quero- sene, munido de bomba para a comercialização no retalho, alguns sacos com farinha, feijão, milho, açúcar e outros produtos não tão visíveis. C o s t u m e i r a m e n t e , frequentava com maior assi- duidade a Venda de Dona Lenita, casada com o Senhor João, genitores de Daia, eles amigos de meus pais, enquanto a filha, professora de minha única irmã, Marci- nha. Lembro de um inesque- cível bolinho de chocolate de receita própria que era dispo- nibilizado aos clientes no final das tardes. Sempre que podia, degustava uma dessas deli- cias acompanhado de refresco (que era oferecido como garapa) de maracujá bem geladinho, fabricação caseira, usando frutos do próprio quintal da casa. A Bodega do Crente, apesar de ser localizada quase defronteàminhacasa,eserem seus filhos Marcos, Dinho e Jane, meus amigos, eu pouco frequentava, pois o achava muito sério e não dava muito cabimento às crianças. Ali, recordo que comprava quebra queixo e chicletes Ping-Pong. A Bodega do Pedro Rico, apesar de funcionar na sala principal da sua própria resi- dência, era a maior de todas nos arredores, quando preci- sávamos de algo, lá encon- trávamos, desde agulha, alimentos,roupas,atébicicleta novinha em folha, que ficava em exposição dependurada no madeiramento do telhado aparente. Quando as crianças queriam ver novidades iam até lá e ficavam a admirar. Já Dona Lenita era de conversar, simpaticamente, com todos. Lembro que uma vez ela segredou para a minha mãe, que não raro, alguns fregueses deixavam de pagar suas dívidas ou, então, tenta- vam driblar o controle a partir da análise de apontamentos em folhas de papel que manti- nhacomolembrete,eopior:às vezes eram pessoas ligadas à famílias conhecidas. Esse problema não era uma prerrogativa somente dela; os filhos do “Crente”, tambémcontavamqueseupai se preocupava muito, pois a caderneta do fiado era a única segurança que tinha. Mas, às vezes dava problema, não era bem segura. Sempre exis- tiam, os que metido a esperto, compravam a crédito e depois diziam haverem pago a conta integralmente. Porém, a grande maioria dos compra- dores era decente. Já a Bodega do Pedro Rico, como o nome já explicita, era um estabelecimento diferen- ciado, chegando a admitir funcionário que não perten- cia a família do dono. Guga, hoje responde pela gerencia deumadasagênciasdoBanco do Brasil em Alagoas, era nosso vizinho de rua, e nas férias escolares do Colégio Marista, trabalhava no balcão da lojinha, atendendo à clien- tela; e em contrapartida, rece- bia uma ajuda de custo, com a qual nos fazia inveja, pois podia frequentar parque de diversão, circos mambembes, que se instalavam por perto, e também o cinema São Luiz, o melhor e mais caro da cidade, sem pedir dinheiro ao pai. Guga nos contou que o seu patrão era muito esperto, pois possuía um livro caixa com mais de quinhentos nomes de fregueses e que contro- lava, minuciosamente, a entrada e saída dos itens secos ou molhados que vendia, e, também os pagamentos dos que adquiriam fiado, até porque sabia de cor os dias em que cada freguês recebia o seu ordenado, e já esperava o pagamento das dívidas do mês naquela data, que se não acontecesse fazia valer a frase: “fiado, só amanhã!”. CAMPUS 2 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alberto RostandLanverly, Engenheiro Civil, Professor da Universidade Federal de Alagoas, autor de 13 livros sendo 5 deles voltados para o público infantil e que tem seus netos como protagonista das aventuras. Membro de diversas instituições acadêmi- cas. Presidente da Academia Alagoana de Letras. Quem é quem? CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas Alberto Rostand Lanverly Bodegas da minha infância Interior de uma bodega Domíniopúblico/Pesquisadajuntoainternetem19/06/2020
  • 15. A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus. CAMPUS 3O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Na construção desses versos, o poeta Jessier Quirino registra o que foi visto por ele; ele apresenta a bodega como o grande supermercado popular, onde tudo se vende. Conforme o autor, costu- mava-se adquirir naqueles estabelecimentos todo tipo de mercadoria: querosene, óleo de cozinha, cigarro, bolacha, pão doce, meia quarta de café, farinha, doces e as mais varia- das quinquilharias. Realmente, o termo bodega, como uma variação linguística bastante singular, à época servia para designar lugares onde de tudo se podia encontrar. Na vida, sentimos saudade de tantas coisas, da infância, do cheiro do pai, do sorriso da mãe, da alegria de colorir no papel um céu azul. Eu também sinto falta das bodegas, de uma época em que falar em supermercado era o sonho de estar no Rio de JaneiroouSãoPaulo.Poraqui, quando muito, frequentáva- mos os armazéns. E assim, conversando com um amigo cujo pai foi bode- gueiro, aprendi o seguinte: “A bodega era um espaço livre que se transformava na dispensa da casa dos mora- dores vizinhos: dente de alho, pacote de arroz, garrafa de manteiga, nas prateleiras de madeira,estavam disputando o mesmo espaço, com canos, torneiras, alicates, serrotes, prego, martelo e arame, enfim uma variedade de mercado- rias que satisfaziam à clien- tela no preço, no prazo e, sobretudo, no atendimento personalizado oferecido pelos donos do estabelecimento” Nas bodegas de outrora, a diferença estava no aten- dimento disse-me ele. “lá podíamos comprar, por um exemplo, meio quilo de cimento, cinquenta centavos da margarina, meio pacote de café, uma colher de extrato de tomate, um copo de azeite, lamparina do século passado, pipa, estilingue, anzol e uma cabeça de alho e até, somente, uma correia de sandália ou um cigarro acompanhado de um palito de fósforo.”, Os alimentos eram comer- cializados a pesos e medidas, istoé,fragmentados.Asemba- lagens não tinham a regula- mentação do comércio atual. Os itens eram pesados pelo próprio dono numa balança de prato com pesos compa- rativos, ou utilizava-se de um recipientedezincoparamedir o produto, denominado litro, que segundo ele, equivalia a um quilo. O negociante tinha male- abilidade; era ele que lidava com as mercadorias, prepa- rando-as para a transação. Produtos como tempero, farinhas, grãos, arroz, sabão eram manipulados pelo bode- gueiro, que pesava, embalava e dava o preço. Não vinham prontos como no comércio urbano atual, com peso e preços fixos, podendo ser, facilmente, comparados de local para local. Nesse sentido, não existia uma uniformização dos pesos e medidas. O litro utilizado na Venda de Dona Lenita, por exemplo, poderia ser maior ou menor do que o empre- gado nas Bodegas do Crente e Pedro Rico, o que afetava diretamente a quantidade dos alimentos. Se por um lado, as vendi- nhas, que frequentei como criança, eram como templos que ornamentavam ruas e esquinas, aromatizando as calçadas. Elas eram, tanto, local de abastecimento de gêneros alimentícios; repre- sentava como também, um ponto de encontro para jogar conversa fora, se inteirar dos últimos acontecimentos da cidade ou falar da vida alheia, pois o bodegueiro era sempre uma pessoa bem informada. Tem uma placa de Fanta encardida A Bodega da rua enladei- rada Meia dúzia de portas arqueadas E uma grande ingazeira naesquina A ladeira pra frente se declina E a calçada vai reta nive- lada Forma palmos de altura decalçada Que nos dias de feira o bodegueiro Faz comércio rasteiro e barateiro Num assoalho de lona amarelada. Se espalha uma colcha de mangalho: É cabestro, é cangalha e é peixeira Urupema, pilão, desnata- deira Candeeiro, cabaço e armador Enxadeco,fueiro,eamola- dor Alpercata, chicote e landuá Arataca,bisacoealguidar Pé de cabra, chocalho e dobradiça Seolhardumavezdáuma doidiça Que é capaz do matuto se endoidar. É Bodega pequena cor de gis Sortimento surtindo grandeefeito Meia dúzia de frascos de confeito Carrossel de açúcar dos guris Querosene se encontra nosbarris Onde a gata amamenta a gataiada Sacaria de boca arrega- çada Gargarejo de milhos e farelos Dois ou três tamboretes emflagelo Pro conforto de toda freguesada. No balcão de madeira descascada Duas torres de vidro são vitrines A de cá mais parece um magazine Comperfumeecartelasde Gillete Brilhantina safada, cani- vete Sabonete, batom... tudo entrempado Filizolla balança bem ao lado Seus dois pratos com pesosreluzentes Dá justeza de peso a toda gente Convencendo o freguês desconfiado. ASegundavitrineédepão doce É tareco, siquilho e coco- rote Broa, solda, bolacha de pacote Bolofofoejaúesfarofado Umporreteserradoelapi- dado Faz o peso prum março de papel Se embrulha de tudo a granel E por dentro se encontra umagaveta Donde desembainha-se a caderneta Dofreguêspagadoremais fiel. Prateleiras são tábuas enjanbradas Com um caibro servindo deescora Tem também não sei qual NossaSenhora Comumjarrinhodelouça bemdolado Um trapézio de flandres areados Umjiraucommanteigade latão Encostado ao lado do balcão Um caneiro embicando umalapada Passa as costas da mão pelasbeiçadas Se apruma e sai dando trupicão. Tem cabides de copos pendurados E um curral de cachaça e deconhaque Logoaoladosevêcarnede charque Tira gosto dos goles cane- ados Pelotões de garrafas bem fardados Nas paredes e dentro dos caixotes Uma rodilha de fumo dandoumbote E um trinchete enfiado numsabão E o bodegueiro despacha aoartesão Um parafuso de cabo de serrote Guga, segredou um acontecimento que nos levou a sorrir muito: “certa vez, chegou um vendedor oferecendo ao senhor Pedro Rico, “arapuca para pegar caranguejo”. O proprietá- rio agradeceu a oferta, afir- mando não existir mercado para tal, pois a sua clientela era mais exigente e dificil- mente se interessaria por tal produto. O representante, muito astuto, caminhou até a Praça Centenário, que se situava próximo de onde tentara negociar, ali contra- tando alguns meninos que perambulavam nas redon- dezas, para que fossem na Venda do Senhor Pedro e questionassem se ele vendia “arapuca para caranguejo”. Nos dias seguintes umas vinte pessoas passaram por lá perguntando pelo apetrecho, sendo a resposta sempre negativa. O bodegueiro ficou preo- cupado, pois possuía em seu estoque, desde remédio para mordida de cobra até elixir para curar dor por traição de mulher, e estava perdendo clientes. Semana seguinte, o arguto vendedor cami- nhou pela calçada existente no lado oposto da rua, onde situava-se o pequeno comér- cio, anunciando aos gritos a armadilha para pegar os bichos na Lagoa Mundaú. O Senhor Pedro, mais do que depressa, correu, chamouocidadãoecomprou t oda as a rapucas que possuía. O tempo passou e nenhuma foi vendida. Logo depois, a trama foi desco- berta. O Pedro Rico não ficou pobre, mas sim muito brabo por haver sido enganado. Voltando ao presente, mas de olho em minha meninice, deparei com a composição do poeta nordestino de Campina Grande, Jessier Quirino que diz assim: Domíniopúblico
  • 16. Meditando sobre as minhas experiencias com as bodegas, restou a certeza de todos termos nossas máqui- nas do tempo. Algumas nos levam para trás, são chama- das de memórias. Outras nos empurram para frente, são visitadas por sonhos. Conti- nuarei reverenciando ambas, sem nunca deletar do registro do meu celular o número de contato daqueles que um dia foram importantes para mim. FATOS PITORESCOS Em recente encontro virtual da Academia Alago- ana de Letras, um dos sócios declamou a seguinte estrofe dapoesiadeCeciliaMeireles: “De que são feitos os dias? De pequenos desejos, Vagarosas saudades Silenciosas lembranças...” Neste instante, inspirado pela palavra “lembranças”, informei que estava a escre- ver sobre “as bodegas da minha infância”, relatando uma época em que nem o Supermercado CEIA existia em Maceió, quando adorava visitar as vendinhas das vizi- nhanças, e por fim questionei o que tinham a dizer sobre o tema.As seguintes pérolas em forma de dialogo surgiram: Acadêmico Carlos Mero Eu me lembro, sim, de algumas delas. Aqui em Maceió, recordo-me da bodega do Seu Edmundo, lá na Saldanha da Gama, Como eu morava bem perto, de vez emquandoiapapearmiolode pote. Já em Penedo, comprei muito quebra-queixo da BodegadaBenaefigurinhana Bodega do Seu Domingos, as duas na Ladeira do Cajueiro Grande. Mas também havia, entre outras, a do Seu Jason, na Rua da Penha, que ficava na esquina que dava para a janela de Seu Filadelfo Luz, um devoto terceiro francis- cano. Eita Penedo para dar saudades.LembrodeLeninha, como se fosse hoje, na janela dacasadasuaavó,comaquele olhar distante de moçoila sonhadora. Mas também me lembro de você e do Mário Aloísio por aquelas bandas. A venda do “açúcar cande” era a do seu Jason, bem pertinho da casa da Mércia e da casa da Cláudia Cristina Correia Mousinho.Adasuaavóficava um pouco acima, olhando ou quase olhando para o oitão da Rádio Difusora. Esqueci de uma coisa: a bodega do Seu Jason era vizi- nhaàcasadoGarapaedistante unssessentametrosdacasade Dona Flor e seu Quelé e mais um pouco da casa de Dona Zefinha, mãe do Fred Tomp- son e doAmaroApara-raio. Nem fale no cheiro do pão assando enquanto o sol começa a mostrar o rosto afogueado. Houve um tempo em que, lá no Penedo, mora- mos quase vizinhos à padaria de Dona Toinha Calçola (isso mesmo!!!), na Rua da Penha. Nos dias de Educação Física acordávamos com os galos e a primeira coisa era ir até lá, pegar um pão quentinho, abri-lo ao meio, recheá-lo com uma fatia generosa de goia- bada e ir rasgando Ladeira do Cajueiro Grande afora. Coisas da meninez. Acadêmica Heloisa Moraes Lembro sim da venda do seu Pedro Rico, e também das bodegas em Penedo, onde passava todas as minhas férias quando criança. Sempre que a avó e os tios davam um dinheirinho (era uma forma de mostrar afeto, naquela época!), ia a uma venda comprar um docinho que não sei exatamente de que era feito, mas cujo sabor está vivo na minha memória. Lembro que a gente chamava “açúcar candi”. Essa bodega ficava numa esquina da rua da Penha, pertinho da casa da minha vó, no lado contrário da Ladeira da Preguiça. Boas lembranças! Acadêmica Vera Romariz Amigos, lembro a bodega de seu Pedro Rico, pai de Alba, que fazia arranjos. E a de dona Lenita, pois morei, entre 17 e 20 anos na Comen- dador Palmeira. E namorava com Augusto no Parque Gonçalves Ledo. Acadêmica Rosiane Rodrigues Lembro-me com sauda- des do comércio de Piranhas e que era quase totalmente composto pelas bodegas: Bodega, padaria e Bar no Reservado, do meu saudoso papai Antônio Rodrigues, Bodega de seu Eviládio, meu tio,BodegadeSeuJoãoAmân- cio, Bodega de seu Antônio Campos, Bodega de Seu Piano, Bodega de Seu Bene- dito, Bodega de Tio Chiqui- nho, Loja de Tecidos de Tio Joãozinho, Bodega de Seu Zé deCorujaeBodegaeBilharde Seu Pedro Chico e para fina- lizar Bodega de Seu Arthur Palmeira. Que tal? Acadêmico Vinícius Maia Nobre Conheci todas citadas por Rostand. Outras da rua da Areia a do Seu Humberto, a de Dona Lídia e a conhecida pela meninada da Fernandes Lima que ficava bem recuada cujo proprietário era Sr João. Essa vendia o lanche mais procurado por nós: Chipaca , futuroVice-GovernadorFran- cisco Holanda , Beba , futuro usineiro da Coruripe Vitor Wanderley, Bobó , Ambró- sio Gusmão filho do saudoso Acadêmico nosso Carlos de Gusmão, Tuíta , também o mais escrachado de todos e famosopelos“foras“queelee seus irmãos davam cujo nome Nilson Souza poucos conhe- ciam e sim seu apelido! Acadêmico Jorge Tenório Lembro-me de algumas bodegas, mas duas ficaram indelevelmente marcadas na minha memória. A primeira localizava-se no povoado Anum Velho, onde nasci, bodega de Seu Alfredo. Certo dia, minha mãe encarregou- -me de ir comprar meia barra desabãoemeioquilodeaçúcar e eu troquei as bolas: “Seu Alfredo, minha mãe disse pro senhor mandar meio quilo de sabão e meia barra de açúcar “. A outra bodega pertencia ao meu próprio pai, ficava no Alto dos Bodes, bairro de Palmeira dos Índios. Meu pai era político, então a bodega faliudetantascontasanotadas no caderno de “fiados”. E assim, encerramos aquela reunião virtual, felizes como sempre, e cada vez mais certos de que nossas digitais não se apagam das vidas que tocamos. CAMPUS 4 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de agosto I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br FICHA TÉCNICA CAMPUS COORDENADORIAS SETORIAIS L. Sávio deAlmeida Coordenador de Campus Cícero Rodrigues Ilustração Jobson Pedrosa Diagramação Iracema Ferro Edição e Revisão CíceroAlbuquerque Semiárido Eduardo Bastos Artes Plásticas Amaro Hélio da Silva Índios Lúcio Verçoza Ciências Sociais Renildo Ribeiro Letras e Literatura Visite o Blog do SávioAlmeida Pessoas que fazem Campus Iracema Ferro,edição e revisão Domíniopúblico