SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Trabalho realizado por Nízia Costa
P.I.L.
Lembro-me de começar a minha primeira introdução
do P.I.L. por dizer que a maioria dos livros que se
encontram á venda não me chamam á atenção e por
mais estranho que isto possa parecer, a leitura de
cinco obras não mudou em nada o meu ponto de vista
sobre o assunto.
Este ano está a ser novamente um grande desafio
mas felizmente devido á experiência adquirida no ano
passado este ano sinto-me mais preparada.
Ao longo do P.I.L. vão estar expostos a minha criativi-
dade e o meu gosto pela escrita.
Os meus principais objectivos são ler todas as devidas
obras e poder constatar uma melhoria geral em
relação ao ano passado.
INTRODUÇÃO
CALENDARIZAÇÃO
Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...
POEMA ESCOLHIDO
No mundo sou só mais uma pétala de uma flor
Uma espécie no meio de muitas
Uma brisa passageira num dia de calor
A dor é minha amiga pois nunca me deixa só
E tal como a minha alma, a minha simples alma
Que o meu amor amou, também a luz me abandonou
Vagueio sem rumo neste sitio a que chamam mundo
Na esperança de me sentir viva outra vez
Nem que seja por um segundo
CRIAÇÃO DE UM POEMA
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
que não tem coração dentro do peito.
POEMA ESCOLHIDO
Chamo aos gritos por ti - não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
-Lembras-te de quando eu te levei ao zoo pela primeira vez?
Estavas tão contente que nem querias ir embora.- disse a
minha mãe durante a nossa última conversa.
O rosto da minha mãezinha de tão velinho que estava já não
lhe permitia sorrir pois as dobras do seu sorriso
misturavam-se com as suas rugas.
Foi um dia triste, dia esse em que ela tentou atenuar a
minha dor contando-me histórias de quando eu era criança.
Mal ela sabia de que agora também elas ficaram para me
assombrar juntamente com o vazio que ficou dentro de mim
quando ela me abandonou.
Naquela cama de hospital eu não via a minha mãe e sim algo
que se apoderou dela e fez dela o que ela se tornou.
CRIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA
Por mais que ela tentasse, nenhuma história foi capaz de
me adverter do facto de que passado algumas horas, dias ou
até semanas ela já não estaria comigo.
Tentei ficar distante e manter uma postura de indiferença
mas de tão distante que estava acabei por me aproximar.
Falhei?Sim, falhei. Não consegui fazer com que o seu
desaparecimento deste mundo fosse uma coisa banal.
Quando ela deu o seu último suspiro chorei. Chorei como
nunca tinha chorado antes. Mais uma vez quebrei uma
promessa que lhe tinha feito, a promessa de viver como se
nenhuma tragédia tivesse acontecido.
Ela disse-me que estaria comigo mesmo que não fosse
fisicamente mas se isso é verdade então porquê que me
sinto tão só?
CRIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA
Cheguei a uma conclusão, uma mãe também mente.
Mente para proteger, mente porque tem de ser mas
acima de tudo mente porque sente que o tem de fazer
para não ver os que ama sofrer.
A minha mãe foi embora com um ar contente mas sei
que no fundo ela sofreu e foi quando lhe fechei os
olhos que o meu amor pelo mundo morreu.
CRIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA
Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...
ESCOLHA DE DOIS POEMAS
Miguel Torga, “Súplica”
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Pedro Homem de Mello, i
n "Eu Hei-de Voltar um Dia"
Ó frágil felicidade!
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Não perturbes a paz que me foi dada.
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
E, contigo, em mar de azeite
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
JUNÇÃO DE DOIS POEMAS
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.
P.I.L.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (17)

Dia Mundial Poesia
Dia Mundial PoesiaDia Mundial Poesia
Dia Mundial Poesia
 
Maes nao morrem
Maes nao morremMaes nao morrem
Maes nao morrem
 
Maes Nao Morrem
Maes Nao MorremMaes Nao Morrem
Maes Nao Morrem
 
Maes nao morrem
Maes nao morremMaes nao morrem
Maes nao morrem
 
Maes Nao Morrem Mara
Maes Nao Morrem MaraMaes Nao Morrem Mara
Maes Nao Morrem Mara
 
Maes nao morrem
Maes nao morremMaes nao morrem
Maes nao morrem
 
Maes Nao Morrem
Maes Nao MorremMaes Nao Morrem
Maes Nao Morrem
 
Maes nao morrem
Maes nao morremMaes nao morrem
Maes nao morrem
 
Mães não morrem!
Mães não morrem!Mães não morrem!
Mães não morrem!
 
MÃES NÃO MORREM
MÃES NÃO MORREMMÃES NÃO MORREM
MÃES NÃO MORREM
 
Reflexão
ReflexãoReflexão
Reflexão
 
0 maes morrem
0  maes morrem0  maes morrem
0 maes morrem
 
Maes morrem
Maes morremMaes morrem
Maes morrem
 
Maes morrem
Maes morremMaes morrem
Maes morrem
 
Maes morrem
Maes morremMaes morrem
Maes morrem
 
Pre m'aturo
Pre m'aturoPre m'aturo
Pre m'aturo
 
Mães não morrem
Mães não morremMães não morrem
Mães não morrem
 

Destaque

Pil - Projecto Individual de Leitura
Pil - Projecto Individual de LeituraPil - Projecto Individual de Leitura
Pil - Projecto Individual de LeituraAna Tapadas
 
Projeto individual de leitura
Projeto individual de leituraProjeto individual de leitura
Projeto individual de leituraLuis Martins
 
Lista de verificação do portefólio pil 10º 11º
Lista de verificação do portefólio pil 10º 11ºLista de verificação do portefólio pil 10º 11º
Lista de verificação do portefólio pil 10º 11ºMaria Manuela Torres Paredes
 
Análise do livro A Viagem do Elefante de José Saramago
Análise do livro A Viagem do Elefante de José SaramagoAnálise do livro A Viagem do Elefante de José Saramago
Análise do livro A Viagem do Elefante de José SaramagoProfessor Rômulo Viana
 
Jane Austen-biografia
Jane Austen-biografiaJane Austen-biografia
Jane Austen-biografiaVivian Silva
 
Jane Austen
Jane AustenJane Austen
Jane AustenBeckyine
 
Orgulho e preconceito mª josé
Orgulho e preconceito   mª joséOrgulho e preconceito   mª josé
Orgulho e preconceito mª joséfantas45
 
Orgulho e preconceito mariana afonso
Orgulho e preconceito   mariana afonsoOrgulho e preconceito   mariana afonso
Orgulho e preconceito mariana afonsofantas45
 
Análise assobiando à vontade
Análise assobiando à vontadeAnálise assobiando à vontade
Análise assobiando à vontadeSandra Machado
 
Portfólio portugues
Portfólio portuguesPortfólio portugues
Portfólio portuguesjuliaayea
 
O artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaO artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaFernanda Monteiro
 

Destaque (20)

Pil - Projecto Individual de Leitura
Pil - Projecto Individual de LeituraPil - Projecto Individual de Leitura
Pil - Projecto Individual de Leitura
 
Projeto individual de leitura
Projeto individual de leituraProjeto individual de leitura
Projeto individual de leitura
 
Lista de verificação do portefólio pil 10º 11º
Lista de verificação do portefólio pil 10º 11ºLista de verificação do portefólio pil 10º 11º
Lista de verificação do portefólio pil 10º 11º
 
Cao Como Nos, Manuel Alegre
Cao Como Nos, Manuel AlegreCao Como Nos, Manuel Alegre
Cao Como Nos, Manuel Alegre
 
Ligue para um livro
Ligue para um livroLigue para um livro
Ligue para um livro
 
Análise do livro A Viagem do Elefante de José Saramago
Análise do livro A Viagem do Elefante de José SaramagoAnálise do livro A Viagem do Elefante de José Saramago
Análise do livro A Viagem do Elefante de José Saramago
 
A Viagem do Elefante - José Saramago - 3ª B - 2011
A Viagem do Elefante - José Saramago - 3ª B - 2011A Viagem do Elefante - José Saramago - 3ª B - 2011
A Viagem do Elefante - José Saramago - 3ª B - 2011
 
Last PP - Inês
Last PP - InêsLast PP - Inês
Last PP - Inês
 
Jane Austen-biografia
Jane Austen-biografiaJane Austen-biografia
Jane Austen-biografia
 
Jane Austen
Jane AustenJane Austen
Jane Austen
 
Pride & prejudice
Pride & prejudicePride & prejudice
Pride & prejudice
 
Cão como Nós
Cão como NósCão como Nós
Cão como Nós
 
Orgulho e preconceito mª josé
Orgulho e preconceito   mª joséOrgulho e preconceito   mª josé
Orgulho e preconceito mª josé
 
Mário dionísio
Mário dionísioMário dionísio
Mário dionísio
 
Orgulho e preconceito mariana afonso
Orgulho e preconceito   mariana afonsoOrgulho e preconceito   mariana afonso
Orgulho e preconceito mariana afonso
 
Jane Austen
Jane AustenJane Austen
Jane Austen
 
Análise assobiando à vontade
Análise assobiando à vontadeAnálise assobiando à vontade
Análise assobiando à vontade
 
Portfólio portugues
Portfólio portuguesPortfólio portugues
Portfólio portugues
 
Jane Austen
Jane AustenJane Austen
Jane Austen
 
O artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaO artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação crítica
 

Semelhante a P.I.L.

Semelhante a P.I.L. (20)

Hipótese de um mundo perdido
Hipótese de um mundo perdidoHipótese de um mundo perdido
Hipótese de um mundo perdido
 
Hipótese de um mundo perdido
Hipótese de um mundo perdidoHipótese de um mundo perdido
Hipótese de um mundo perdido
 
Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02
Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02
Diamundialpoesia 100503060711-phpapp02
 
Desejos obscuros livro i
Desejos obscuros livro iDesejos obscuros livro i
Desejos obscuros livro i
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andrade
 
Dia mundialpoesia
Dia mundialpoesiaDia mundialpoesia
Dia mundialpoesia
 
Concurso FaçA Lá Um Poema
Concurso  FaçA Lá Um PoemaConcurso  FaçA Lá Um Poema
Concurso FaçA Lá Um Poema
 
Concurso FaçA Lá Um Poema
Concurso  FaçA Lá Um PoemaConcurso  FaçA Lá Um Poema
Concurso FaçA Lá Um Poema
 
Pinturas poesias
Pinturas poesiasPinturas poesias
Pinturas poesias
 
Imagens e Poesias
  Imagens e Poesias  Imagens e Poesias
Imagens e Poesias
 
Pinturas E Poesias
Pinturas E  PoesiasPinturas E  Poesias
Pinturas E Poesias
 
Imagens e poesias
Imagens e poesiasImagens e poesias
Imagens e poesias
 
Outras estorias
Outras estoriasOutras estorias
Outras estorias
 
Lettya nologia impirica (SER)
Lettya nologia impirica (SER)Lettya nologia impirica (SER)
Lettya nologia impirica (SER)
 
Poemas de amor
Poemas de amorPoemas de amor
Poemas de amor
 
Para minha mãe minha rainha
Para minha mãe minha rainha Para minha mãe minha rainha
Para minha mãe minha rainha
 
As mais belas poesias ok
As mais belas poesias   okAs mais belas poesias   ok
As mais belas poesias ok
 
Concurso FaçA Lá Um Poema
Concurso  FaçA Lá Um PoemaConcurso  FaçA Lá Um Poema
Concurso FaçA Lá Um Poema
 
Isadora e outros amores
Isadora e outros amoresIsadora e outros amores
Isadora e outros amores
 
Pinturase Poesias
Pinturase PoesiasPinturase Poesias
Pinturase Poesias
 

Mais de Nizia Costa

Mais de Nizia Costa (15)

Maias
MaiasMaias
Maias
 
Shopaholic
ShopaholicShopaholic
Shopaholic
 
Mental Disorders
Mental DisordersMental Disorders
Mental Disorders
 
P.i.l
P.i.lP.i.l
P.i.l
 
A pesca
A pescaA pesca
A pesca
 
Filosofia-Publicidade
Filosofia-PublicidadeFilosofia-Publicidade
Filosofia-Publicidade
 
O renascimento
O renascimentoO renascimento
O renascimento
 
P.i.l
P.i.lP.i.l
P.i.l
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
English
English English
English
 
English
English English
English
 
English presentationn
English presentationnEnglish presentationn
English presentationn
 
English presentation
English presentationEnglish presentation
English presentation
 
Plano Individual de Leitura
Plano Individual de LeituraPlano Individual de Leitura
Plano Individual de Leitura
 
My musical evolution
My musical evolutionMy musical evolution
My musical evolution
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 

P.I.L.

  • 1. Trabalho realizado por Nízia Costa P.I.L.
  • 2. Lembro-me de começar a minha primeira introdução do P.I.L. por dizer que a maioria dos livros que se encontram á venda não me chamam á atenção e por mais estranho que isto possa parecer, a leitura de cinco obras não mudou em nada o meu ponto de vista sobre o assunto. Este ano está a ser novamente um grande desafio mas felizmente devido á experiência adquirida no ano passado este ano sinto-me mais preparada. Ao longo do P.I.L. vão estar expostos a minha criativi- dade e o meu gosto pela escrita. Os meus principais objectivos são ler todas as devidas obras e poder constatar uma melhoria geral em relação ao ano passado. INTRODUÇÃO
  • 4. Nunca fui como todos Nunca tive muitos amigos Nunca fui favorita Nunca fui o que meus pais queriam Nunca tive alguém que amasse Mas tive somente a mim A minha absoluta verdade Meu verdadeiro pensamento O meu conforto nas horas de sofrimento não vivo sozinha porque gosto e sim porque aprendi a ser só... POEMA ESCOLHIDO
  • 5. No mundo sou só mais uma pétala de uma flor Uma espécie no meio de muitas Uma brisa passageira num dia de calor A dor é minha amiga pois nunca me deixa só E tal como a minha alma, a minha simples alma Que o meu amor amou, também a luz me abandonou Vagueio sem rumo neste sitio a que chamam mundo Na esperança de me sentir viva outra vez Nem que seja por um segundo CRIAÇÃO DE UM POEMA
  • 6. Mãe: Que desgraça na vida aconteceu, Que ficaste insensível e gelada? Que todo o teu perfil se endureceu Numa linha severa e desenhada? Como as estátuas, que são gente nossa Cansada de palavras e ternura, Assim tu me pareces no teu leito. Presença cinzelada em pedra dura, que não tem coração dentro do peito. POEMA ESCOLHIDO Chamo aos gritos por ti - não me respondes. Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio. Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes Por detrás do terror deste vazio. Mãe: Abre os olhos ao menos, diz que sim! Diz que me vês ainda, que me queres. Que és a eterna mulher entre as mulheres. Que nem a morte te afastou de mim!
  • 7. -Lembras-te de quando eu te levei ao zoo pela primeira vez? Estavas tão contente que nem querias ir embora.- disse a minha mãe durante a nossa última conversa. O rosto da minha mãezinha de tão velinho que estava já não lhe permitia sorrir pois as dobras do seu sorriso misturavam-se com as suas rugas. Foi um dia triste, dia esse em que ela tentou atenuar a minha dor contando-me histórias de quando eu era criança. Mal ela sabia de que agora também elas ficaram para me assombrar juntamente com o vazio que ficou dentro de mim quando ela me abandonou. Naquela cama de hospital eu não via a minha mãe e sim algo que se apoderou dela e fez dela o que ela se tornou. CRIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA
  • 8. Por mais que ela tentasse, nenhuma história foi capaz de me adverter do facto de que passado algumas horas, dias ou até semanas ela já não estaria comigo. Tentei ficar distante e manter uma postura de indiferença mas de tão distante que estava acabei por me aproximar. Falhei?Sim, falhei. Não consegui fazer com que o seu desaparecimento deste mundo fosse uma coisa banal. Quando ela deu o seu último suspiro chorei. Chorei como nunca tinha chorado antes. Mais uma vez quebrei uma promessa que lhe tinha feito, a promessa de viver como se nenhuma tragédia tivesse acontecido. Ela disse-me que estaria comigo mesmo que não fosse fisicamente mas se isso é verdade então porquê que me sinto tão só? CRIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA
  • 9. Cheguei a uma conclusão, uma mãe também mente. Mente para proteger, mente porque tem de ser mas acima de tudo mente porque sente que o tem de fazer para não ver os que ama sofrer. A minha mãe foi embora com um ar contente mas sei que no fundo ela sofreu e foi quando lhe fechei os olhos que o meu amor pelo mundo morreu. CRIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA
  • 10. Felicidade, agarrei-te Como um cão, pelo cachaço! E, contigo, em mar de azeite Afoguei-me, passo a passo... Dei à minha alma a preguiça Que o meu corpo não tivera. E foi, assim, que, submissa, Vi chegar a Primavera... Quem a colher que a arrecade (Há, nela, um segredo lento...) Ó frágil felicidade! — Palavra que leva o vento, E, depois, como se a ideia De, nos dedos, a ter tido Bastasse, por fim, larguei-a, Sem ficar arrependido... ESCOLHA DE DOIS POEMAS Miguel Torga, “Súplica” Agora que o silêncio é um mar sem ondas, E que nele posso navegar sem rumo, Não respondas Às urgentes perguntas Que te fiz. Deixa-me ser feliz Assim, Já tão longe de ti como de mim. Perde-se a vida a desejá-la tanto. Só soubemos sofrer, enquanto O nosso amor Durou. Mas o tempo passou, Há calmaria... Não perturbes a paz que me foi dada. Ouvir de novo a tua voz seria Matar a sede com água salgada. Pedro Homem de Mello, i n "Eu Hei-de Voltar um Dia"
  • 11. Ó frágil felicidade! Não respondas Às urgentes perguntas Que te fiz. Não perturbes a paz que me foi dada. Dei à minha alma a preguiça Que o meu corpo não tivera Agora que o silêncio é um mar sem ondas, E que nele posso navegar sem rumo, E, contigo, em mar de azeite Deixa-me ser feliz Assim, Já tão longe de ti como de mim. JUNÇÃO DE DOIS POEMAS