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NR.35 – TRABALHO EM ALTURA
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APRESENTAÇÃO
DELIMITAÇÃO DO TEMA:
Gestão de Saúde na NR.35 – (Trabalho em Altura)
PROBLEMA:
Levando em consideração as exigências NR35 é válido o protocolo da ANAMT para trabalhos em altura?
OBJETIVO GERAL:
Comprovar a eficácia do protocolo da ANAMT para trabalhos em altura fundamentando-o cientificamente, testando seu custo-
benefício
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Atender as exigências atuais da NR35
 Padronizar uma conduta médica que seja segura em termos de redução do risco de morte súbita e queda nos trabalhos em
altura
 Não expor os trabalhadores a realização de exames que não são relevantes
 Evitar que as empresas façam gastos desnecessários com exames
 Começar a criar estudos de referência em saúde ocupacional estimulando os médicos a criarem seu próprio banco de dados
em relação à prevalência das doenças que afetam a população que eles assistem.
CONCEITO DE TRABALHO EM ALTURA E ÁREAS COM GRANDE RISCO
DE QUEDA
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 metros do nível
inferior, onde haja risco de queda (superfície de referência). *íten 1.2 da NR35.
OBJETIVO DA NR 35
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho em altura de empregados e
contratados,com intuito de minimizar ou eliminar os riscos de queda e
morte.
DIRETRIZES GERAIS DA NR35
A NR 35 determina que o trabalho em altura não pode mais ser praticado sem supervisão
direta e demanda a elaboração de um programa de resgate que permita a realização dos primeiros
socorros de maneira satisfatória (no ar e em terra)
Os trabalhadores devem receber treinamento específico antes de assumirem os trabalhos em
altura
Protocolos específicos de saúde deverão ser elaborados pelo médico do trabalho para os
trabalhadores em altura visando evitar mal súbito na execução da tarefa e acrofobia e rotinas de
acompanhamento diário também devem ser criadas com essa finalidade
A liberação para trabalho em altura deve constar expressamente no ASO
ESTATÍSTICA DE MORTE NOS TRABALHOS EM ALTURA
O trabalho em altura é uma das principais causas de morte por acidentes envolvendo
queda de pessoas e materiais. Cerca de 30% dos acidentes de trabalho ocorridos ao ano
são decorrentes de quedas (* Fonte MTE). Na construção civil, o trabalho em altura
responde por 49% dos acidentes fatais e incluem quedas de trabalhadores e de materiais
sobre outros empregados. Mais de 50% dos acidentes fatais, decorrentes de queda,
ocorrem a uma altura inferior a 10 metros (Robson Rodrigues da Silva engenheiro de
segurança da Fundacentro da Bahia)
“O trabalho em altura é hoje vice-recordista de óbitos nas estatísticas de acidentes laborais. As
quedas são a segunda maior causa de acidentes fatais no trabalho, afirma o engenheiro
Gianfranco Pampalon” (auditor fiscal da DRT/SP).
PONTOS COMUNS EXISTENTES ENTRE A NR35 E O
PROTOCOLO DA ANAMT
1. Investigação psicossocial para identificação de fatores predisponentes para queda e morte
súbita
2. Instituição de uma rotina de rastreio que seja segura para garantir a higidez e segurança nos
trabalhos em altura
ANAMT: PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM
ALTURA
(Fonte: ANAMT - Sugestão de conduta médico administrativa – SCMA – Nº 1/2004)
Objetivo do protocolo: preservar a vida dos trabalhadores
Fatores que contribuem para queda : problemas de ordem física e mental do trabalhador (* condições prévias)
Condições psíquicas:
1. acrofobia
2. problemas familiares
3. estresse
4. uso de drogas psicoativas (medicamentos, drogas ilícitas e álcool)
5. depressão, ansiedade,síndrome do pânico,distúrbio bipolar e outras patologias neurológicas e psiquiátricas
Condições físicas:
1. alimentação inadequada
2. hidratação insuficiente
3. exposição ao calor levando a indisposição física nos trabalhos a céu aberto
4. distúrbios do sono levando a fadiga e falta de atenção
5. infecções das VAS (Vias aéreas superiores,como por exemplo: sinusite aguda)
6. presença de doenças clínicas pré-existentes descompensadas ou não que inviabilizem trabalho em altura
7. obesidade - *IMC ≥ 30 Kg/m², conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde).
• ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM
ALTURA
Contra –indicações para trabalho em altura :
1. Epilepsia
2. Sintomas de vertigem, tontura, distúrbios do equilíbrio e da movimentação
3. Cardiovasculares e suas consequências (hipertensão arterial, arritmias
cardíacas, insuficiência coronariana, IAM (infarto agudo do miocárdio)
4. Acidentes Vasculares Cerebrais anteriores
5. Insuficiência venosa profunda de membros inferiores com ocorrência de úlceras
6. Otoneurológicos (labirintite)
7. Patologias de ordem psiquiátrica (distúrbio bipolar, esquizofrenia, depressão,
etc...) ou psicológicas (ansiedade, acrofobia etc...)
8. Ortopédicas que possam levar ao desequilíbrio (desnivelamentos dos quadris por
diferença de MMII acentuada ,entre outras)
9. Obesidade
10. Diabetes
11. Anemia
1. Exame clínico
2. Exames complementares:
a) EEG com fotoestimulação e hiperpnéia
b) ECG
c) Glicemia de jejum
d) Hemograma
*Na legislação trabalhista e médica não ocorre obrigatoriedade de qualquer tipo de exame
específico para quem vai executar tarefa em altura.
(Fonte: ANAMT - Sugestão de conduta médico administrativa – SCMA – Nº 1/2004)
ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM
ALTURA
PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
CLASSIFICAÇÃO IMC
Baixo peso < 18,5 Kg/m²
Peso normal 18,5 a 24,9 kg/m²
Sobrepeso ≥ 25 kg / m²
Pré –obeso 25,1 a 29,9 Kg/m²
Obesidade Grau I 30 a 34,9 Kg/m²
Obesidade Grau II 35 a 39,9 Kg/m²
Obesidade Grau III ≥40 Kg/m²
AVALIAÇÃO DE OBESIDADE:
 Por que fazer?
a) Trabalho em altura exige destreza, mobilização fácil e segura, massa magra em maior proporção do que o tecido adiposo para
manter condições de força principalmente nos membros inferiores
b) Para facilitar o resgate em altura nas situações de emergência: *trabalhador obeso é mais complicado o resgate
c) Para evitar estafa física rápida por falta de massa magra suficiente
 Quais são as ferramentas utilizadas?
a. Índice de massa corpórea (IMC) = Peso em KG
Altura ²
Tabela de avaliação aplicada:
Não avalia gordura visceral
Não distingue massa magra do tecido adiposo
Utilização de padrões internacionais:foi idealizada para
adultos descendentes de europeus (Classificação adaptada
World Health Organization)
RECOMENDA-SE:
Seja usada com a medição da circunferência abdominal (mínimo)e
Preferencialmente associada também a bioimpedância
PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
AVALIAÇÃO DE OBESIDADE:
 Quais são as ferramentas utilizadas?
b. Medição da circunferência abdominal : também tem índice da falha porque foi elaborada
para avaliar obesidade em homens e mulheres caucasianos.
Adotou-se no Brasil como normalidade :
 Mulheres- 80 a 88 cm de circunferência
 Homens - 94 a 102 cm de circunferência
c. Medição da espessura das pregas cutâneas
CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA
Ótima < 120 mm Hg < 80 mm Hg
Normal < 130 mm Hg < 85 mm Hg
Limítrofe 130 a 139 mm Hg 85 a 89 mm Hg
1. Controle da PA diário medição imediatamente antes da subida e verificar se o trabalhador relata alguma queixa
clínica ,se teve noite de sono adequada,se fez uso de alguma medicação que não está acostumado,se usou alguma
droga lícita ou ilícita no dia ou na véspera
2. Em relação à pressão arterial (PA) os parâmetros aceitos atualmente são para medida casual no consultório em
indivíduos maiores de 18 anos : *Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão : vol.17 (1) - 2010
Consideraremos níveis anormais da PA as seguintes alterações abaixo relacionadas :
CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA
Hipertensão Estágio I
(leve)
140 a 159 mm Hg 90 a 99 mm Hg
Hipertensão Estágio
II (moderada)
160 a 179 mm Hg 100 a 109 mm Hg
Hipertensão Estágio
III (grave)
> 180 mm Hg > 110 mm Hg
PROCEDIMENTOS CLÍNICOS DIÁRIOS (NR35)
ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
(EXAMES COMPLEMENTARES)
 EEG com Foto estimulação e Hiperpnéia (Pontos importantes) :
1. Nenhum estudo científico autoriza seu emprego como teste de screening de doença epiléptica ou de qualquer outra patologia
cerebral.
POR QUÊ?
a. Baixa sensibilidade (*NICE: National Institute for Clinical Excelence)
b. Número de falso- negativos é MAIOR do que falso-positivos
c. Resultados Positivos NÃO representam DOENÇA e Resultados Negativos NÃO excluem doença
d. 90% dos diagnósticos de epilepsia são clínicos. Na suspeita de epilepsia encaminhar para o especialista
e. O tempo de exame é CURTO demais para detectar anormalidades. Aparecimento de crise durante o exame é RARO.
f. Traçado que mais interessa para diagnóstico de EPILEPSIA é a ALTERAÇÃO INTERICTAL (Chatrial et al,1974; Noachtar
et al.,1999; Flink et al.,2002)
g. Uso reservado do EEG para avaliação de crises NÃO EPILÉPTICAS.
Para que serve o EEG? (* FONTE: Centro Hospitalar do Porto (Portugal:08/03/2011/ 4 neurofisiologistas)
1. Somente para acompanhar a evolução de uma doença já conhecida:
a. Serve para classificá-la
b. Verificação se está bem controlada por meio de medicação
c. Aspecto comparativo entre o exame atual e o anterior
IMPORTÂNCIA DE SEU USO EM MEDICINA DO TRABALHO ?
NENHUM
ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
(EXAMES COMPLEMENTARES)
 ECG: *Fonte Revista da sociedade de cardiologia do Estado de SP ,2006)
1. Não existe nenhum estudo científico que autorize a validade desse exame como ferramenta de triagem de doença cardiovascular
em grandes populações de maneira indiscriminada.( *exceto se existirem fatores de risco,embora tenha eficácia limitada em
prever evento futuro)
2. Diagnóstico de patologias cardíacas que causem MORTE SÚBITA por meio do ECG é BAIXO
IMPORTÂNCIA DESSE EXAME?
a. Na CLÍNICA MÉDICA para acompanhamento de doenças cardíacas já conhecidas
O QUE SERIAM OS CHAMADOS FATORES DE RISCO?
a. Antecedentes Pessoais: obesidade, tabagismo, sedentarismo, SOMP, diabetes gestacional, RN macrossômico, diabetes,
dislipidemia,alterações anteriores da glicemia
b. Antecedentes Familiares: história de doença cardíaca e diabetes em parente de primeiro grau (mãe ,pai,irmão e filho). No
caso de doença cardíaca valorizar o aparecimento da doença nas mulheres abaixo de 65 anos e nos homens abaixo de 55
anos.
APLICAÇÃO DO ECG EM MEDICINA DO TRABALHO:
a. SOMENTE se existirem fatores de risco com objetivo de predizer evento presente
COMPLEMENTAÇÃO COM TESTE ERGOMÉTRICO: *fora do protocolo da ANAMT
a. Quando o ECG apresentar alterações que indiquem ser necessária essa complementação
b. CORRENTE DO INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA: Teste ergométrico deve ser feito em todos os
homens acima de 45 anos e mulheres acima de 55 anos com ou sem fatores de risco e para todos os trabalhadores que atuam
em profissões de risco e aqueles que tem responsabilidade com a coletividade. Ainda nos diabéticos e obesos (*doença coronariana)
LEMBRANDO QUE ECG E TESTE DE ESFORÇO NORMAIS NÃO AFASTAM, EVENTO FUTURO DE MORTE
SÚBITA!
ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
(EXAMES COMPLEMENTARES)
 GLICEMIA DE JEJUM:
a. Valor utilizado como normal: Até 100 mg/dl
b. Diagnóstico de diabetes: 2 glicemias acima de 126mg/dl (* uma medida alterada)
c. Requer 8 horas de jejum e sofre influência do exercício e dieta
d. Avalia momentaneamente a glicemia
INDICAÇÕES DO EXAME CLÍNICA MÉDICA:
1. Na presença de fatores de risco:
a. Diabetes em parente de primeiro grau (pai,mãe,irmão e filho)
b. Alteração da glicemia em exame anterior
c. Obesidade (IMC acima de 25)
d. Sedentarismo
e. Dislipidemia
f. Hipertensão arterial e/ou doença cardíaca associada
g. Circunferência abdominal acima de 88cm para mulheres e 102 cm para homens
h. SOMP,diabetes gestacional e RN com 4 kg ou mais
2. Na ausência de fatores de risco : Como rotina pelo menos uma glicemia anual em adultos acima de 45 anos
APLICAÇÃO NA MEDICINA DO TRABALHO:
Pode ser utilizada, mas por espelhar somente a glicemia momentânea e exigir preparo tem sido substituída pela
HEMOGLOBINA GLICADA que não está no protocolo da ANAMT.
VANTAGENS DA HEMOGLOBINA GLICADA:
Não sofre variação da dieta e exercício, espelha a glicemia dos 3 últimos meses,sendo que 50% dela corresponde aos níveis do
último mês.Valores de normalidade: 4 a 6%. Diagnóstico de diabetes: 2 avaliações acima de 6%. Falha: anemia e hemorragia
ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
(EXAMES COMPLEMENTARES)
 HEMOGRAMA:
a. Vantagens: baixo custo,simples execução, resultado rápido
b. Rastreio: infecção, imunodepressão, anemia, possibilidade de trombose pelo aumento das plaquetas e de sangramento
pela baixa das mesmas
c. Valores hematológicos da série vermelha: variam sexo, idade, raça, hemodiluição (gravidez, hiperhidratação,
anasarca) hemoconcentração (desidratação,uso de diuréticos). Valores normais espelham : a variação em 95% da
população estudada
ANEMIA X TRABALHO EM ALTURA
a. Anemias carenciais (Ferro,Vit.B12 e Ácido Fólico) inaptidão temporária para trabalho em altura(*valorizar q clínica:
astenia, anorexia, tonteira,sensação de frio ou insensibilidade nas mãos e nos pés,dor torácica,palidez cutâneo-mucosa,entre outros)
b. Contra-indicação absoluta para trabalho em altura:
 Hemolítica de origem genética (talassemias e falciforme) e as adquiridas
 Sideroblástica (defeito no HEME da hemoglobina, ligado ao cromossoma X ou adquirida por uso abusivo de álcool e
drogas)
 Anemia Aplástica (HIV, radioterapia,quimioterapia, anemia de Fanconi) e as anemias hemolíticas adquiridas: (distúrbios
imunes (anemia hemolítica auto-imune); reações transfusionais (incompatibilidade sanguínea); provocadas por
medicamentos (uso de penicilina);destruição física das hemácias (por uma válvula cardíaca artificial ),hemoglobinúria
paroxística noturna (anemia hemolítica,baixa dos três tipos de elementos do sangue,é genética ,mas não é hereditária)
c. Anemias provenientes de doenças clínicas crônicas: assim que ocorrer a reversão pode trabalhar em altura
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
1. Incluída por força da NORMA REGULAMENTADORA (NR35)
a. O contexto do laudo NÃO deve ter cunho assistencial , deve ter foco em PREVENÇÃO e ser voltado para tarefa que
será executada pelo trabalhador.
b. Avaliação de preferência individual
c. Mínimas condições devem ser constar no laudo: cognição para desempenho da tarefa, iniciativa,comportamento em
situação de emergência,grau de liderança e pró-atividade,rastreio de acrofobia e de alterações mentais prévias pessoais
e/ ou familiares , verificação de condições mínimas sociais e grau de instrução,relação familiar e interpessoal, verificar
tas e ilícitas e avaliar de forma dinâmica como o trabalhador se comportaria frente a situações que envolvem
segurança individual e coletiva
PROFISSIONAL HABILITADO:
1. Psicólogo do trabalho ou psiquiatra que tenha formação em medicina do trabalho
INTERVALO DO EXAME:
a. Admissional
b. Retorno ao trabalho
c. A cada 2 anos , salvo situação de ordem médica que demande revisão em prazo mais curto
AVALIAÇÃO VISUAL
 MOTIVOS PARA SER REALIZADA:
a. Conforto para o trabalhador porque o trabalho em altura exige habilidade de visão,principalmente em tarefas de precisão.
A visão é responsável por cerca de 50% de reconhecimento dos elementos do meio
b. Dificuldades visuais podem trazer cefaléia, desatenção, lacrimejamento, prurido e irritabilidade por apresentar menor
habilidade em executar a tarefa.
TIPOS DE AVALIAÇÃO QUE PODEM SER REALIZADAS:
1. Acuidade visual :Teste de Snellen (avaliação da visão de longe, N= 20/20) e Teste de Cores Ishiara (defeitos
congênitos:daltonismo; e os adquiridos : alterações dos cones para vermelho,verde e azul/alteração do cristalino ou da
pupila e dos pigmentos maculares).
2. Exame oftalmológico completo: acuidade visual,teste de cores, biomicroscopia com tonometria ( verifica cristalino,córnea
,conjuntivas,etc..),com lentes adicionais dá para fazer até fundo de olho, exame de refração subjetiva e *esquiascopia
(medição do diâmetro vertical e horizontal dos olhos). *pode ser substituída pela refração computadorizada (maior margem de erro (70%)
,porque não leva em consideração a acomodação visual do avaliado). A refração subjetiva consiste na escolha da lente corretiva pelo
examinado, o oftalmo só faz o ajuste
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A AVALIAÇÃO VISUAL:
A escolha do método a ser empregada dependerá :da IDADE do trabalhador (40 anos), do tipo de atividade econômica a que
ele tiver ligado,porém todas as vezes que a acuidade visual estiver alterada é MADATÓRIA a realização do exame
oftalmológico completo
SUGESTÃO ATUAL DE PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM
ALTURA
1. Exame clínico detalhado
2. Hemograma
3. Hemoglobina glicada (* se alterada repete)
4. Avaliação psicológica
5. Acuidade visual (anual) ou exame oftalmológico completo (a cada 2 anos,sendo que acima de 40 anos
recomenda-se que seja anual)
6. Na presença de fatores de risco realizar ECG e teste ergométrico para avaliação momentânea
CASO CONCRETO NR 35
TRABALHADOR OBESO: RESPONSABILIDADE DA EMPRESA POR ACIDENTE DE TRABALHO
Função: meio oficial de ponte
Tipo físico do trabalhador :1,75 metros e 105 quilos (*IMC do caso apresentado = 30 kg/m², obesidade de Grau
II no limite do parâmetro estabelecido pele OMS (Organização Mundial de Saúde) ).
Tarefa: incluía a subida e descida em escada reta de sete a oito metros todos os dias
Fato : queda
O pedido judicial: Danos Morais
Diferencial: sistema de EPC (sistema de proteção contra queda na escada) e cumprimento de outras regras em
segurança
Evidenciou-se: Culpa concorrente, mesmo assim não eximiu a responsabilidade objetiva da empresa
Sentença: pagamento de R$ 20.000,00 da empresa ao empregado.
Fundamento da sentença: A empresa não está livre de sua responsabilidade pela observância de normas técnicas,
porque tinha a obrigação de se certificar a respeito das condições físicas do trabalhador, para o exercício de suas
funções de forma segura e íntegra. A empresa não realizou o exame do trabalhador.
PENSAMENTO FILOSÓFICO
“O maior bem que o homem pode ter é a sua integridade física e mental”. “Para
salvaguardar esse bem são necessárias boas práticas de Segurança e Saúde no
trabalho em altura, pois homem aranha só existe na ficção”.
CONTATO PROFISSIONAL
E-mail: medicinaocupacional@uol.com.br
Rede social: Linkedin- Monica Pinheiro
Formação acadêmica: Médica do Trabalho, Ergonomista, Assistente Técnico em
Perícia Judicial e Bacharel em Direito. MBA em QSMS
MUITO OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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Segurança em altura: protocolo da ANAMT x NR35

  • 1. NR.35 – TRABALHO EM ALTURA Site dessa imagem : biotera.blogspot.com
  • 2. APRESENTAÇÃO DELIMITAÇÃO DO TEMA: Gestão de Saúde na NR.35 – (Trabalho em Altura) PROBLEMA: Levando em consideração as exigências NR35 é válido o protocolo da ANAMT para trabalhos em altura? OBJETIVO GERAL: Comprovar a eficácia do protocolo da ANAMT para trabalhos em altura fundamentando-o cientificamente, testando seu custo- benefício OBJETIVOS ESPECÍFICOS:  Atender as exigências atuais da NR35  Padronizar uma conduta médica que seja segura em termos de redução do risco de morte súbita e queda nos trabalhos em altura  Não expor os trabalhadores a realização de exames que não são relevantes  Evitar que as empresas façam gastos desnecessários com exames  Começar a criar estudos de referência em saúde ocupacional estimulando os médicos a criarem seu próprio banco de dados em relação à prevalência das doenças que afetam a população que eles assistem.
  • 3. CONCEITO DE TRABALHO EM ALTURA E ÁREAS COM GRANDE RISCO DE QUEDA Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 metros do nível inferior, onde haja risco de queda (superfície de referência). *íten 1.2 da NR35.
  • 4. OBJETIVO DA NR 35 Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho em altura de empregados e contratados,com intuito de minimizar ou eliminar os riscos de queda e morte.
  • 5. DIRETRIZES GERAIS DA NR35 A NR 35 determina que o trabalho em altura não pode mais ser praticado sem supervisão direta e demanda a elaboração de um programa de resgate que permita a realização dos primeiros socorros de maneira satisfatória (no ar e em terra) Os trabalhadores devem receber treinamento específico antes de assumirem os trabalhos em altura Protocolos específicos de saúde deverão ser elaborados pelo médico do trabalho para os trabalhadores em altura visando evitar mal súbito na execução da tarefa e acrofobia e rotinas de acompanhamento diário também devem ser criadas com essa finalidade A liberação para trabalho em altura deve constar expressamente no ASO
  • 6. ESTATÍSTICA DE MORTE NOS TRABALHOS EM ALTURA O trabalho em altura é uma das principais causas de morte por acidentes envolvendo queda de pessoas e materiais. Cerca de 30% dos acidentes de trabalho ocorridos ao ano são decorrentes de quedas (* Fonte MTE). Na construção civil, o trabalho em altura responde por 49% dos acidentes fatais e incluem quedas de trabalhadores e de materiais sobre outros empregados. Mais de 50% dos acidentes fatais, decorrentes de queda, ocorrem a uma altura inferior a 10 metros (Robson Rodrigues da Silva engenheiro de segurança da Fundacentro da Bahia) “O trabalho em altura é hoje vice-recordista de óbitos nas estatísticas de acidentes laborais. As quedas são a segunda maior causa de acidentes fatais no trabalho, afirma o engenheiro Gianfranco Pampalon” (auditor fiscal da DRT/SP).
  • 7. PONTOS COMUNS EXISTENTES ENTRE A NR35 E O PROTOCOLO DA ANAMT 1. Investigação psicossocial para identificação de fatores predisponentes para queda e morte súbita 2. Instituição de uma rotina de rastreio que seja segura para garantir a higidez e segurança nos trabalhos em altura
  • 8. ANAMT: PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA (Fonte: ANAMT - Sugestão de conduta médico administrativa – SCMA – Nº 1/2004) Objetivo do protocolo: preservar a vida dos trabalhadores Fatores que contribuem para queda : problemas de ordem física e mental do trabalhador (* condições prévias) Condições psíquicas: 1. acrofobia 2. problemas familiares 3. estresse 4. uso de drogas psicoativas (medicamentos, drogas ilícitas e álcool) 5. depressão, ansiedade,síndrome do pânico,distúrbio bipolar e outras patologias neurológicas e psiquiátricas Condições físicas: 1. alimentação inadequada 2. hidratação insuficiente 3. exposição ao calor levando a indisposição física nos trabalhos a céu aberto 4. distúrbios do sono levando a fadiga e falta de atenção 5. infecções das VAS (Vias aéreas superiores,como por exemplo: sinusite aguda) 6. presença de doenças clínicas pré-existentes descompensadas ou não que inviabilizem trabalho em altura 7. obesidade - *IMC ≥ 30 Kg/m², conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde).
  • 9. • ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA Contra –indicações para trabalho em altura : 1. Epilepsia 2. Sintomas de vertigem, tontura, distúrbios do equilíbrio e da movimentação 3. Cardiovasculares e suas consequências (hipertensão arterial, arritmias cardíacas, insuficiência coronariana, IAM (infarto agudo do miocárdio) 4. Acidentes Vasculares Cerebrais anteriores 5. Insuficiência venosa profunda de membros inferiores com ocorrência de úlceras 6. Otoneurológicos (labirintite) 7. Patologias de ordem psiquiátrica (distúrbio bipolar, esquizofrenia, depressão, etc...) ou psicológicas (ansiedade, acrofobia etc...) 8. Ortopédicas que possam levar ao desequilíbrio (desnivelamentos dos quadris por diferença de MMII acentuada ,entre outras) 9. Obesidade 10. Diabetes 11. Anemia
  • 10. 1. Exame clínico 2. Exames complementares: a) EEG com fotoestimulação e hiperpnéia b) ECG c) Glicemia de jejum d) Hemograma *Na legislação trabalhista e médica não ocorre obrigatoriedade de qualquer tipo de exame específico para quem vai executar tarefa em altura. (Fonte: ANAMT - Sugestão de conduta médico administrativa – SCMA – Nº 1/2004) ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA
  • 11. PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA CLASSIFICAÇÃO IMC Baixo peso < 18,5 Kg/m² Peso normal 18,5 a 24,9 kg/m² Sobrepeso ≥ 25 kg / m² Pré –obeso 25,1 a 29,9 Kg/m² Obesidade Grau I 30 a 34,9 Kg/m² Obesidade Grau II 35 a 39,9 Kg/m² Obesidade Grau III ≥40 Kg/m² AVALIAÇÃO DE OBESIDADE:  Por que fazer? a) Trabalho em altura exige destreza, mobilização fácil e segura, massa magra em maior proporção do que o tecido adiposo para manter condições de força principalmente nos membros inferiores b) Para facilitar o resgate em altura nas situações de emergência: *trabalhador obeso é mais complicado o resgate c) Para evitar estafa física rápida por falta de massa magra suficiente  Quais são as ferramentas utilizadas? a. Índice de massa corpórea (IMC) = Peso em KG Altura ² Tabela de avaliação aplicada: Não avalia gordura visceral Não distingue massa magra do tecido adiposo Utilização de padrões internacionais:foi idealizada para adultos descendentes de europeus (Classificação adaptada World Health Organization) RECOMENDA-SE: Seja usada com a medição da circunferência abdominal (mínimo)e Preferencialmente associada também a bioimpedância
  • 12. PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA AVALIAÇÃO DE OBESIDADE:  Quais são as ferramentas utilizadas? b. Medição da circunferência abdominal : também tem índice da falha porque foi elaborada para avaliar obesidade em homens e mulheres caucasianos. Adotou-se no Brasil como normalidade :  Mulheres- 80 a 88 cm de circunferência  Homens - 94 a 102 cm de circunferência c. Medição da espessura das pregas cutâneas
  • 13. CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA Ótima < 120 mm Hg < 80 mm Hg Normal < 130 mm Hg < 85 mm Hg Limítrofe 130 a 139 mm Hg 85 a 89 mm Hg 1. Controle da PA diário medição imediatamente antes da subida e verificar se o trabalhador relata alguma queixa clínica ,se teve noite de sono adequada,se fez uso de alguma medicação que não está acostumado,se usou alguma droga lícita ou ilícita no dia ou na véspera 2. Em relação à pressão arterial (PA) os parâmetros aceitos atualmente são para medida casual no consultório em indivíduos maiores de 18 anos : *Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão : vol.17 (1) - 2010 Consideraremos níveis anormais da PA as seguintes alterações abaixo relacionadas : CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA Hipertensão Estágio I (leve) 140 a 159 mm Hg 90 a 99 mm Hg Hipertensão Estágio II (moderada) 160 a 179 mm Hg 100 a 109 mm Hg Hipertensão Estágio III (grave) > 180 mm Hg > 110 mm Hg PROCEDIMENTOS CLÍNICOS DIÁRIOS (NR35)
  • 14. ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA (EXAMES COMPLEMENTARES)  EEG com Foto estimulação e Hiperpnéia (Pontos importantes) : 1. Nenhum estudo científico autoriza seu emprego como teste de screening de doença epiléptica ou de qualquer outra patologia cerebral. POR QUÊ? a. Baixa sensibilidade (*NICE: National Institute for Clinical Excelence) b. Número de falso- negativos é MAIOR do que falso-positivos c. Resultados Positivos NÃO representam DOENÇA e Resultados Negativos NÃO excluem doença d. 90% dos diagnósticos de epilepsia são clínicos. Na suspeita de epilepsia encaminhar para o especialista e. O tempo de exame é CURTO demais para detectar anormalidades. Aparecimento de crise durante o exame é RARO. f. Traçado que mais interessa para diagnóstico de EPILEPSIA é a ALTERAÇÃO INTERICTAL (Chatrial et al,1974; Noachtar et al.,1999; Flink et al.,2002) g. Uso reservado do EEG para avaliação de crises NÃO EPILÉPTICAS. Para que serve o EEG? (* FONTE: Centro Hospitalar do Porto (Portugal:08/03/2011/ 4 neurofisiologistas) 1. Somente para acompanhar a evolução de uma doença já conhecida: a. Serve para classificá-la b. Verificação se está bem controlada por meio de medicação c. Aspecto comparativo entre o exame atual e o anterior IMPORTÂNCIA DE SEU USO EM MEDICINA DO TRABALHO ? NENHUM
  • 15. ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA (EXAMES COMPLEMENTARES)  ECG: *Fonte Revista da sociedade de cardiologia do Estado de SP ,2006) 1. Não existe nenhum estudo científico que autorize a validade desse exame como ferramenta de triagem de doença cardiovascular em grandes populações de maneira indiscriminada.( *exceto se existirem fatores de risco,embora tenha eficácia limitada em prever evento futuro) 2. Diagnóstico de patologias cardíacas que causem MORTE SÚBITA por meio do ECG é BAIXO IMPORTÂNCIA DESSE EXAME? a. Na CLÍNICA MÉDICA para acompanhamento de doenças cardíacas já conhecidas O QUE SERIAM OS CHAMADOS FATORES DE RISCO? a. Antecedentes Pessoais: obesidade, tabagismo, sedentarismo, SOMP, diabetes gestacional, RN macrossômico, diabetes, dislipidemia,alterações anteriores da glicemia b. Antecedentes Familiares: história de doença cardíaca e diabetes em parente de primeiro grau (mãe ,pai,irmão e filho). No caso de doença cardíaca valorizar o aparecimento da doença nas mulheres abaixo de 65 anos e nos homens abaixo de 55 anos. APLICAÇÃO DO ECG EM MEDICINA DO TRABALHO: a. SOMENTE se existirem fatores de risco com objetivo de predizer evento presente COMPLEMENTAÇÃO COM TESTE ERGOMÉTRICO: *fora do protocolo da ANAMT a. Quando o ECG apresentar alterações que indiquem ser necessária essa complementação b. CORRENTE DO INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA: Teste ergométrico deve ser feito em todos os homens acima de 45 anos e mulheres acima de 55 anos com ou sem fatores de risco e para todos os trabalhadores que atuam em profissões de risco e aqueles que tem responsabilidade com a coletividade. Ainda nos diabéticos e obesos (*doença coronariana) LEMBRANDO QUE ECG E TESTE DE ESFORÇO NORMAIS NÃO AFASTAM, EVENTO FUTURO DE MORTE SÚBITA!
  • 16. ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA (EXAMES COMPLEMENTARES)  GLICEMIA DE JEJUM: a. Valor utilizado como normal: Até 100 mg/dl b. Diagnóstico de diabetes: 2 glicemias acima de 126mg/dl (* uma medida alterada) c. Requer 8 horas de jejum e sofre influência do exercício e dieta d. Avalia momentaneamente a glicemia INDICAÇÕES DO EXAME CLÍNICA MÉDICA: 1. Na presença de fatores de risco: a. Diabetes em parente de primeiro grau (pai,mãe,irmão e filho) b. Alteração da glicemia em exame anterior c. Obesidade (IMC acima de 25) d. Sedentarismo e. Dislipidemia f. Hipertensão arterial e/ou doença cardíaca associada g. Circunferência abdominal acima de 88cm para mulheres e 102 cm para homens h. SOMP,diabetes gestacional e RN com 4 kg ou mais 2. Na ausência de fatores de risco : Como rotina pelo menos uma glicemia anual em adultos acima de 45 anos APLICAÇÃO NA MEDICINA DO TRABALHO: Pode ser utilizada, mas por espelhar somente a glicemia momentânea e exigir preparo tem sido substituída pela HEMOGLOBINA GLICADA que não está no protocolo da ANAMT. VANTAGENS DA HEMOGLOBINA GLICADA: Não sofre variação da dieta e exercício, espelha a glicemia dos 3 últimos meses,sendo que 50% dela corresponde aos níveis do último mês.Valores de normalidade: 4 a 6%. Diagnóstico de diabetes: 2 avaliações acima de 6%. Falha: anemia e hemorragia
  • 17. ANAMT : PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA (EXAMES COMPLEMENTARES)  HEMOGRAMA: a. Vantagens: baixo custo,simples execução, resultado rápido b. Rastreio: infecção, imunodepressão, anemia, possibilidade de trombose pelo aumento das plaquetas e de sangramento pela baixa das mesmas c. Valores hematológicos da série vermelha: variam sexo, idade, raça, hemodiluição (gravidez, hiperhidratação, anasarca) hemoconcentração (desidratação,uso de diuréticos). Valores normais espelham : a variação em 95% da população estudada ANEMIA X TRABALHO EM ALTURA a. Anemias carenciais (Ferro,Vit.B12 e Ácido Fólico) inaptidão temporária para trabalho em altura(*valorizar q clínica: astenia, anorexia, tonteira,sensação de frio ou insensibilidade nas mãos e nos pés,dor torácica,palidez cutâneo-mucosa,entre outros) b. Contra-indicação absoluta para trabalho em altura:  Hemolítica de origem genética (talassemias e falciforme) e as adquiridas  Sideroblástica (defeito no HEME da hemoglobina, ligado ao cromossoma X ou adquirida por uso abusivo de álcool e drogas)  Anemia Aplástica (HIV, radioterapia,quimioterapia, anemia de Fanconi) e as anemias hemolíticas adquiridas: (distúrbios imunes (anemia hemolítica auto-imune); reações transfusionais (incompatibilidade sanguínea); provocadas por medicamentos (uso de penicilina);destruição física das hemácias (por uma válvula cardíaca artificial ),hemoglobinúria paroxística noturna (anemia hemolítica,baixa dos três tipos de elementos do sangue,é genética ,mas não é hereditária) c. Anemias provenientes de doenças clínicas crônicas: assim que ocorrer a reversão pode trabalhar em altura
  • 18. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 1. Incluída por força da NORMA REGULAMENTADORA (NR35) a. O contexto do laudo NÃO deve ter cunho assistencial , deve ter foco em PREVENÇÃO e ser voltado para tarefa que será executada pelo trabalhador. b. Avaliação de preferência individual c. Mínimas condições devem ser constar no laudo: cognição para desempenho da tarefa, iniciativa,comportamento em situação de emergência,grau de liderança e pró-atividade,rastreio de acrofobia e de alterações mentais prévias pessoais e/ ou familiares , verificação de condições mínimas sociais e grau de instrução,relação familiar e interpessoal, verificar tas e ilícitas e avaliar de forma dinâmica como o trabalhador se comportaria frente a situações que envolvem segurança individual e coletiva PROFISSIONAL HABILITADO: 1. Psicólogo do trabalho ou psiquiatra que tenha formação em medicina do trabalho INTERVALO DO EXAME: a. Admissional b. Retorno ao trabalho c. A cada 2 anos , salvo situação de ordem médica que demande revisão em prazo mais curto
  • 19. AVALIAÇÃO VISUAL  MOTIVOS PARA SER REALIZADA: a. Conforto para o trabalhador porque o trabalho em altura exige habilidade de visão,principalmente em tarefas de precisão. A visão é responsável por cerca de 50% de reconhecimento dos elementos do meio b. Dificuldades visuais podem trazer cefaléia, desatenção, lacrimejamento, prurido e irritabilidade por apresentar menor habilidade em executar a tarefa. TIPOS DE AVALIAÇÃO QUE PODEM SER REALIZADAS: 1. Acuidade visual :Teste de Snellen (avaliação da visão de longe, N= 20/20) e Teste de Cores Ishiara (defeitos congênitos:daltonismo; e os adquiridos : alterações dos cones para vermelho,verde e azul/alteração do cristalino ou da pupila e dos pigmentos maculares). 2. Exame oftalmológico completo: acuidade visual,teste de cores, biomicroscopia com tonometria ( verifica cristalino,córnea ,conjuntivas,etc..),com lentes adicionais dá para fazer até fundo de olho, exame de refração subjetiva e *esquiascopia (medição do diâmetro vertical e horizontal dos olhos). *pode ser substituída pela refração computadorizada (maior margem de erro (70%) ,porque não leva em consideração a acomodação visual do avaliado). A refração subjetiva consiste na escolha da lente corretiva pelo examinado, o oftalmo só faz o ajuste CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A AVALIAÇÃO VISUAL: A escolha do método a ser empregada dependerá :da IDADE do trabalhador (40 anos), do tipo de atividade econômica a que ele tiver ligado,porém todas as vezes que a acuidade visual estiver alterada é MADATÓRIA a realização do exame oftalmológico completo
  • 20. SUGESTÃO ATUAL DE PROTOCOLO EM SAÚDE PARA TRABALHO EM ALTURA 1. Exame clínico detalhado 2. Hemograma 3. Hemoglobina glicada (* se alterada repete) 4. Avaliação psicológica 5. Acuidade visual (anual) ou exame oftalmológico completo (a cada 2 anos,sendo que acima de 40 anos recomenda-se que seja anual) 6. Na presença de fatores de risco realizar ECG e teste ergométrico para avaliação momentânea
  • 21. CASO CONCRETO NR 35 TRABALHADOR OBESO: RESPONSABILIDADE DA EMPRESA POR ACIDENTE DE TRABALHO Função: meio oficial de ponte Tipo físico do trabalhador :1,75 metros e 105 quilos (*IMC do caso apresentado = 30 kg/m², obesidade de Grau II no limite do parâmetro estabelecido pele OMS (Organização Mundial de Saúde) ). Tarefa: incluía a subida e descida em escada reta de sete a oito metros todos os dias Fato : queda O pedido judicial: Danos Morais Diferencial: sistema de EPC (sistema de proteção contra queda na escada) e cumprimento de outras regras em segurança Evidenciou-se: Culpa concorrente, mesmo assim não eximiu a responsabilidade objetiva da empresa Sentença: pagamento de R$ 20.000,00 da empresa ao empregado. Fundamento da sentença: A empresa não está livre de sua responsabilidade pela observância de normas técnicas, porque tinha a obrigação de se certificar a respeito das condições físicas do trabalhador, para o exercício de suas funções de forma segura e íntegra. A empresa não realizou o exame do trabalhador.
  • 22. PENSAMENTO FILOSÓFICO “O maior bem que o homem pode ter é a sua integridade física e mental”. “Para salvaguardar esse bem são necessárias boas práticas de Segurança e Saúde no trabalho em altura, pois homem aranha só existe na ficção”.
  • 23. CONTATO PROFISSIONAL E-mail: medicinaocupacional@uol.com.br Rede social: Linkedin- Monica Pinheiro Formação acadêmica: Médica do Trabalho, Ergonomista, Assistente Técnico em Perícia Judicial e Bacharel em Direito. MBA em QSMS MUITO OBRIGADA PELA ATENÇÃO!