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III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar
07 - 09 DE JUNHO DE 2017
ISSN: 2446-5194
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NARRATIVAS SOBRE A ESCOLA: AS EXPERIÊNCIAS NAS OFICINAS
NARRATIVAS DO PIBID PEDAGOGIA DO DEDC I /UNEB
Mônica de Santana Dias/PIBID/UNEB/DEDC-I
monicasdias2009@hotmail.com
Suelane dos Santos Bonfim/PIBID/UNEB /DEDC-I
Suelanesb30@gmail.com
Ana Cristina Castro do Lago/PIBID/UNEB/DEDC-I
acclago@gmail.com
RESUMO
Este trabalho traz um relato de experiência nas oficinas de narrativas com crianças que foi
desenvolvida em uma das escolas parceira do subprojeto de Pedagogia da UNEB do DEDC–I
que faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O objetivo
deste trabalho de narrativas com as crianças foi em saber o que elas pensam sobre a escola.
Participaram dessa atividade com narrativas na escola educandos de turmas de 1ºano e 2º ano
do ensino fundamental dos anos iniciais. As narrativas ocorreram em duas etapas assim como
foi realizada nas oficinas com os pibidianos, sendo que na primeira as crianças tinham que falar
sobre a escola sem palavras e a segunda fase oralmente. Temos como base teórica as ideias de
Passeggi, Souza e Vicentini (2011), Frison e Simão (2011), Moraes (2004) e Sennett (2012).
PALAVRAS-CHAVE: Oficinas narrativas. Experiência. Pibid.
INTRODUÇÃO
O artigo ‘narrativas sobre a escola: as experiências nas oficinas narrativas do Pibid
Pedagogia do DEDC I/UNEB’ decorrem da reflexão desenvolvida em uma das atividades
desenvolvidas na experiência formativa do subprojeto de Pedagogia da UNEB do DEDC-I
“Entre a Universidade e a Escola: a mediação do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
potencializando a práxis pedagógica”. De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes) o PIBID tem a finalidade de incentivar o aperfeiçoamento e
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valorizar a formação de professores para a educação básica. Para isso, o programa oferece
bolsas aos estudantes de nível superior que cursa licenciatura que se vinculam a projetos que
são desenvolvidos em Instituições de níveis Superiores.
O subprojeto do curso de Pedagogia da Uneb tem objetivo de aproximar a Universidade
da Educação Básica, como afirma Lago et al (2011) e para isso conta com um banco de aulas
que segundo Almeida et al (2012,p.2) consiste em um ambiente virtual de aprendizagem, sendo
que nesse espaço ocorre ‘a navegação virtual e mediação didática’ possibilitando a interação
entre os participantes do subprojeto de Pedagogia a partir de tópicos como por exemplo o
‘banco de aulas’ que contém situações didáticas desenvolvidas nas escolas parceiras do
subprojeto.
O funcionamento do citado subprojeto ocorre dentro da dinâmica de um percurso
formativo que é realizado em ciclos de formação. Nele temos a oportunidade de trabalhar em
conjunto, isso é muito importante para nós, participantes do PIBID/UNEB, pois, aprendemos a
resgatar valores como a colaboração. E, isso faz com que o processo desenvolvido ao longo da
formação seja dinâmico, de aprendizagem mútua e que gera uma condição que podem ser ao
mesmo tempo dialética e dialógica (SENNETT, 2012) e, portanto, enriquecedora no processo
formativo.
Este trabalho apresenta o relato de duas bolsistas do subprojeto de Pedagogia referente
à participação nas oficinas de formação de narrativas realizadas no 6º ciclo formativo do
subprojeto de Pedagogia da UNEB do DEDC-I. Falaremos sobre como foi viver a experiência
de participar das oficinas de narrativas no subprojeto, enquanto bolsistas ID’s.Foram abordadas
como base teórica as ideias de Passeggi, Souza e Vicentini (2011), Frison e Simão (2011) e
Moraes (2004) além de filmes que trazem abordagens semelhantes.
Nessas oficinas, os pibidianos aprenderam sobre o desenvolvimento das etapas práticas
de construção de narrativas com as crianças na escola da Educação básica e as orientações da
oficina na escola ao ouvirmos os relatos das crianças sobre a escola, sendo que esses relatos
proporcionaram um olhar diferenciado sobre como a escola interfere,colabora e transforma a
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vida de seus educandos. As atividades com narrativas foram realizadas em turmas distintas de
primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental dos anos iniciais.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A atividade de narrativas com as crianças ocorreu no sexto ciclo e compreendeu a
primeira fase do ciclo de formação que consiste no processo de colaboração. Tivemos no início
do ciclo uma oficina sobre narrativas autobiográficas ministradas pelas professoras Maria do
Socorro da Costa e Almeida e Ana Cristina Castro do Lago que teve a finalidade de entender o
que são as narrativas assim como os processos metodológicos para sua aplicação com crianças.
Sobre a oficina podemos destacar a relevância desse período de aprendizagem, no qual fomos
orientadas em como ouvir as crianças, o que foi muito significativo para o desenvolvimento das
experiências com narrativas na escola. Entendemos que, o objetivo da oficina foi de
vivenciarmos o que as crianças iriam experimentar com as narrativas por isso ao ouvir as
crianças tínhamos a sensação de estarmos naquela situação.
Nessa oficina fomos orientados a construir nossas próprias narrativas sobre a escola da
nossa infância o que possibilitou ampliar o nosso conhecimento sobre as narrativas
autobiográficas e como essa prática pode influenciar as nossas vidas profissionais, pois segundo
Passeggi et al (2011) com a necessidade de formação continua exigida pela Lei n. 9.394/1996
aos professores que ensinavam no primeiro ciclo, as narrativas autobiográficas possibilitaram a
reflexão sobre as situações vivenciadas durante a trajetória docente atribuindo sentido a
profissão. E para a formação inicial, como é o caso dos bolsistas do Pibid, as narrativas
possibilitam uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula, o que está de
acordo com o proposto pelo subprojeto em ciclos formativos, porque as narrativas têm sido
consideradas um trabalho formativo de acordo com Moraes (2004), pois permite a reflexão de
forma organizada sobre suas experiências, no caso da docência, das experiências profissionais.
EXPERIÊNCIA DA NARRATIVA PARA O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA
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Primeiro passamos pela oficina autobiográfica. De acordo com Passeggi et al (2011)
autobiografia não se limita apenas a linguagem escrita e a oral, mas entra em outras linguagens
como, por exemplo: a fotobiografia, audiobiografia.Por isso, antes das gravações das narrativas
em dupla durante a oficina foi feita uma atividade em que iríamos falar sobre as escolas da
infância sem utilizar as palavras sendo escolhida a linguagem imagética pelos bolsistas para
falar sobre essa escola, mostrando que o trabalho com autobiografia pode ser realizada com
outras linguagens.
Esse aprendizado a partir das linguagens quer seja oral ou imagética, conduz a uma
reflexão interior que se transformar em uma autorregulação do processo de aprendizagem
enquanto futuros docentes como no diz Frison e Simão (2011, p.202) “O aprendiz de professor,
ao construir sua própria narrativa, mostrou regular e sistematizar ações que envolvem o pensar
sobre si e seu meio ambiente, com o objetivo de autorregular suas aprendizagens” e essa ação
de autorregulação oportuniza ao futuro docente uma prática de ensino autônoma e capacitada
para exercer sua profissão. Além disso, a produção de narrativas nas oficinas proporcionou o
conhecimento de técnicas sobre a autobiográfica como uma forma de compreender os
movimentos da escola a partir do que pensa os estudantes ao abordar inicialmente sobre a escola
da infância e a prática que iríamos desenvolver dentro das escolas parceiras do subprojeto
cumprindo o propósito do PIBID enquanto programa de formação de docentes.
Com o término da oficina de narrativas autobiográfica, foi o momento de nos
direcionarmos a escola e ao chegar à instituição escolar fomos conduzidas para a turma do 1ºano
do ensino fundamental- I que tinha faixa etária entre 07 a 10 anos, na qual ouviríamos os relatos
sobre a escola das crianças. A atividade de narrativas com as crianças foi de acordo com a
disponibilidade da professora regente para não impedir as atividades pedagógicas diária dos
estudantes, pois a nossa intenção era saber o que representava a escola para as crianças e o
trabalho com as narrativas possibilitou que ouvíssemos os educandos sobre o que pensam desse
ambiente, reconhecendo que a escola é um local de construção das relações sociais.
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Após o diálogo com a professora regente sobre nossa atividade e de saber qual seria o
melhor momento para iniciarmos, finalmente chegou o momento de ouvir as crianças, como
eram muitos alunos optamos por sair com quatro para a primeira fase das narrativas como fomos
orientadas durante a oficina. Ao sair da sala e chegarmos à biblioteca local indicado pela
supervisora do Pibid começamos a conversar com as crianças que se mostravam muito curiosas
com o que seria realizado naquele espaço, após o diálogo com as crianças pedíamos a elas que
nos contassem o que era a escola para elas sem palavras e todas desenhavam o que era mais
significativo dentro da escola.
Depois do período da narrativa sem palavras, fomos para a segunda etapa que foi a
gravação do que era a escola para elas individualmente, o que causava um misto de alegria para
os mais falantes e de timidez para as crianças mais reservadas. Podíamos perceber, durante os
relatos que algumas das crianças se reportavam ao desenho criado na etapa anterior, mas outras
não as utilizavam para falar sobre a escola. Sobre essa etapa com as narrativas a bolsista ID diz
que:
Cada narrativa das crianças me fazia refletir sobre a escola da minha infância e as
interações que ocorria com os professores além de me fazer refletir na profissão
que havia escolhido, porque cada narrativa vinha carregada de emoção ora pelo
afeto pela professora regente, ora pelo desejo de aprender ou apenas para diversão.
(narrativa de bolsista ID)
Assim o trabalho de narrativas com crianças nos fez refletir sobre o que Freire (1987, p.
68) diz: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo”, pois à medida que ouvíamos as crianças podíamos entender a
importância do diálogo e dá escuta para o processo de ensino aprendizagem.
NARRATIVAS DE VIDA NO PIBID E AUTOFORMAÇÃO DOCENTE
O percurso formativo do aluno do curso de pedagogia integrado ao Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência se desenvolveu em vivências empolgantes e
criativas que permitiram aperfeiçoar o trabalho pedagógico e ampliar os conhecimentos de
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formação para ter compromisso, colaboração e ética com a docência. Uma etapa do PIBID que
agregou na formação lembranças da escola na infância foi à narrativa autobiográfica. Essa
atuação ajudou na reflexão da infância na escola, lembranças dos professores, das paredes, do
cheiro são marcadas e foi contada por história de vida que se tornou voz no PIBID.
Histórias são próprias de cada sujeito cada um carrega a sua na construção de sua
identidade. Na formação do professor a abordagem autobiográfica é uma maneira de conhecer
e refletir no seu papel na sociedade.
A abordagem biográfica, também chamada história de vida, tem variações de
denominações entre diferentes estudiosos, aos quais nela acreditam e defendem
seu uso na pesquisa socioeducacional como uma alternativa capaz de resgatar a
riqueza e a importância das histórias narradas por pessoas anônimas ou
desconhecidas desenvolvendo ás mesma o seu lugar fundamental de fazedoras da
historias. (MORAES, 2004, p.168).
A escola guarda momentos inesquecíveis, principalmente na infância, essa descoberta
desse mundo marca nossas vidas e passamos a refletir na formação e porque escolhemos a
profissão docente sobre isso a bolsista ID diz:
No meu caso, vejo uma explicação porque passei a amar aquele ambiente, pois
encontrava afetividade nos professores, a alegria de fazer as pinturas e desenhos
e espalhar nas paredes como algo importante, mostrando como o letramento é
importante para o desenvolvimento das crianças. (narrativa de bolsista ID)
Lembrar como era a escola da infância nos faz refletir como a educação é importante
em nossas vidas, deve está presente em todos os momentos da existência e não precisa ser
esquecida por nossas crianças. Por isso, o trabalho docente exige de cada professor em formação
o esforço e a dedicação indispensáveis na atuação no processo de educação. E o resultado dessa
dedicação docente se apresenta por meio dessa narrativa da bolsista ID
A narrativa de como era minha escola na infância foi um resgate da criança que
não gostava da escola para uma que se encantou com seu espaço, nesse ambiente
onde as brincadeiras, os desenhos, as amizades e o carinho dos professores
conquistaram aquela criança que vivia em seu mundo de imaginação e passou a
gostar de ir à escola e ter alegria de conviver no cotidiano escolar. (narrativa de
bolsista ID)
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A segunda narrativa que fizermos no PIBID foi sobre a nossa opção pela docência. Essa
narrativa foi especial para cada um dos pibidianos, pois foi o momento de pensarmos o que nos
entusiasmou na escolha pela profissão docente e sobre essa decisão a bolsista ID relata.
Falar da docência, de como ela me alcançou não foi tarefa fácil, afinal foi uma
escolha de vida que vai definir minha futura profissão. Resumido, a docência me
alcançou quando eu descobri como ensinar me deixava feliz, como ensinar a uma
criança ler me deixou com a satisfação e a sensação de dever cumprido, que de
alguma forma, ajudar aquela criança me fez enxergar um mundo de
possibilidades, esse mundo que me levou à pedagogia na UNEB. Esse mundo que
está ampliando meu horizonte, minha visão de mundo ao sair da “caixinha” de
minha casa e caminhar na direção da docência,me faz enxergar um mundo de
conhecimentos diversos que modificou minha maneira de enxergar a
educação.(narrativa de bolsista ID)
O processo de ouvir o outro não é tarefa fácil, mas no programa desenvolvemos essa
habilidade tão importante na docência, principalmente quem está em formação e precisa dessa
qualidade para um entendimento dos componentes curriculares, especialmente os mais
complexos que exigem uma atenção e aprofundamento como é o caso do estudo do currículo,
da didática e da Alfabetização e letramentos dentre outros disciplinas, esses conhecimentos
teóricos vai dar base na atuação da prática na sala de aula. O PIBID está entrelaçando todos os
componentes curriculares para que seu funcionamento seja pleno na nossa formação, seja a
teoria e a prática que são interligadas na execução da práxis.
Os momentos em que podíamos escutar as narrativas dos bolsistas foi uma etapa rica e
prazerosa para nossa formação, aprendemos com cada uma das vozes e discursos durante a
oficina. Os relatos de vida desses futuros docentes foram ocasiões de reflexão e de diálogo com
as histórias que não foram silenciadas e sim compartilhadas.
Ouvir a história de vida do professor vem se apresentado como uma alternativa,
entre outras, para formar o professor. Entretanto, é importante salientar que não é
suficiente somente dar voz ao professor: é necessário fazê-lo refletir sobre as
nuances que teceram essa formação. É necessário oportunizar momentos nos
quais, a partir da reflexão, seja possível enxergar com mais clareza e consciência
como ele vem se tornando professor. (MORAES, 2004, p.169).
Dar voz a todos do PIBID realmente é uma experiência de ensino e aprendizagem nesse
diálogo rico de conhecimento. Os pibidianos e pibidianas já estavam apropriados de suas
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narrativas, de suas histórias de vida de como era sua escola da infância, de como a docência nos
alcançou, compartilhamos as experiências, refletimos nos momentos dos relatos, apreciamos
todos e obtivemos esses conhecimentos únicos e relevantes.
Toda essa preparação não foi em vão, porque estava se aproximado à prática, o período
da narrativa com as crianças e o que iríamos perguntar para as crianças como elas viam a escola.
As orientações foram dadas nas oficinas e as experiências foram compartilhadas entre os
pibidianos, quando passamos a entrevistar uns ao outro como se fossemos as crianças, o que
gerou mais expectativas para irmos à escola. Essas oficinas nos aqueceram para o que seria a
entrevista com as crianças nas escolas parceiras. O que vivenciamos nessas oficinas foi mais
uma etapa de conhecimento e aprendizagem, fazendo-nos crescer como pessoas e profissionais,
a partir das experiências, com as visões distintas que ampliavam nossos sentidos para a
percepção sobre a escola.
Finalmente, chegamos à escola e entrevistamos as crianças, o processo foi vivenciado
como o aprendido na oficina, lápis de cor e um pedaço de papel A4 foram distribuídos entre as
crianças como ocorreu conosco, eram os instrumentos para que as crianças pudessem contar
como é sua escola sem escrever e usar as palavras, depois de expressarem em forma de desenho
a sua escola, chegou à hora de contar como elas contaram como é sua escola nos desenhos e
para essa etapa foram usados os celulares para gravação dos diálogos.
Entrevistar crianças é uma mistura de sentimentos, predomina a surpresa e a alegria que
nos enlaça e enche as nossas vidas de emoção. Descobrir a sensibilidade, a confiança, e a
cumplicidade nesses meninos e meninas nos tornou pessoas maduras, poder ver naquelas
crianças as lembranças de nossa infância assim como a escola são sentimentos fortes que
desperta e nos faz refletir sobre o papel do docente. Um choque, porque acordamos para a
realidade e passamos a ver a importância de nosso papel como educadores na vida desses
meninos e meninas. Refletir nessa etapa foi uma aprendizagem significativa que trouxe novos
sentidos para nossa formação docente, lembrarmos-nos de nossas memórias na escola marcou
a vida dos pibidianos assim como a vida das crianças entrevistadas, nos fazendo adquirir
responsabilidades na formação e um compromisso maior com a docência.
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Quando conta a sua história, o sujeito narra o seu percurso de vida e passa a
retomar alguns sentidos dados ao longo dessa trajetória; mas não é só isso: passa
a redefini-los, a reorienta-los e, principalmente, a construir novos sentidos para
essa história. A narrativa não é um simples narrar de acontecimentos, ela permite
uma atitude reflexiva, identificado fatos que foram, realmente, constitutivos da
própria formação. Partilhar histórias de vida permite, a quem conta a sua história,
refletir e avaliar um percurso, compreendendo o sentido do mesmo, entendendo
as nuances desse caminho percorrido e reaprendendo com ele. E a quem ouve (ou
lê) a narrativa, permite perceber que a sua história entrecruza-se de alguma forma
(ou em algum sentido ou lugar) com aquela narrada (e/ou com outras). Além
disso, abre possibilidade de aprender com as experiências que constituem não
somente uma história de vida, mas o cruzamento de umas com as outras.
(MORAES, 2004, p.170).
Aprender com as crianças, revivermos as nossas memórias da infância, ouvir as
narrativas de vida de nossos colegas pibidianos, podermos ter voz nas nossas narrativas, refletir
sobre esse processo foi uma aprendizagem que ficou marcada no nosso percurso de formação
docente e pessoal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As experiências de vida são tão intensas, que nos recordamos delas mesmo após anos
vividos, como o cheiro do perfume de uma pessoa importante, o abraço no momento de
desespero, o colorido das flores no jardim da escola e nome da professora da alfabetização.
Freire (1986) nos fala de suas recordações da infância quando cita as suas primeiras leituras, a
leitura de mundo em a importância de o ato ler. Diante disso, pode se considerar o trabalho com
narrativas um momento de reconhecimento de si mesmo, quando recordamos nosso percurso
de vida seja pessoal ou profissional e a partir dessas lembranças fazemos uma reflexão da
realidade nos formamos e transformamos.
As narrativas realizadas na oficina do subprojeto de Pedagogia foram de extrema
relevância para pensarmos sobre a escola da nossa infância, as metodologias dos nossos
professores e a importância que a instituição escolar representou em nossas vidas além de nos
fazer refletir sobre a escolha da nossa profissão enquanto futuras professoras.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria do Socorro da Costa; LAGO. Ana Cristina Castro do; OLIVEIRA, José
Severino de. A experiência brasileira do ‘banco de aulas’: construindo Aprendizagens no
Ambiente Virtual. Anais do VII Congresso Iberoamericano de Docência: Ensino Superior –
Inovação e Qualidade na Docência. Porto (Portugal), 2012.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três textos que se completam. São Paulo,
1986.
____________. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo; VEIGA SIMÃO, Ana Margarida da. Abordagem (auto)
biográfica–narrativas de formação e de autorregulação da aprendizagem reveladas em
portfólios reflexivos. Educação, v. 34, n. 2, 2011.
LAGO, Ana Cristina Castro do; ALMEIDA, Maria do Socorro Costa; OLIVEIRA, José
Severino de. Entre a Universidade e a escola: investigando o trabalho docente a partir da
experiência do PIBID na licenciatura em pedagogia. In: I Encontro Luso-Brasileiro sobre
Trabalho Docente e VI Encontro Brasileiro da Rede Estrado, 2011, Maceió - AL. Anais do I
Encontro Luso-brasileiro sobre Trabalho Docente, 2011.
MORAES, Ana Alcídia de Araujo. Histórias de vida e autoformação de professores:
alternativas de investigação do trabalho docente. Pro-Posições, v. 15, n.2, Amazonas, 2004.
PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino de; VICENTINI, Paula Perin.
Entre a vida e a formação: pesquisa (auto) biográfica, docência e profissionalização.
Educação em Revista, 2011.
PASSEGGI, Maria da Conceição et al. Narrativas de crianças sobre as escolas da infância:
cenários e desafios da pesquisa (auto) biográfica. Educação (UFSM), v. 39, n. 1, p. 85-104,
2014.
Portaria nº 260, de 30 de dezembro de 2010. Das Normas do Programa institucional
de Bolsas de Iniciação à docência – PIBID .Disponível
em:<http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid.>Acesso em: 17/03/2017.
SENNETT, Richard. Juntos: Os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Tradução:
Clóvis Marques. Rio de Janeiro, Record, 2012.

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Experiências escolares de crianças

  • 1. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 852 NARRATIVAS SOBRE A ESCOLA: AS EXPERIÊNCIAS NAS OFICINAS NARRATIVAS DO PIBID PEDAGOGIA DO DEDC I /UNEB Mônica de Santana Dias/PIBID/UNEB/DEDC-I monicasdias2009@hotmail.com Suelane dos Santos Bonfim/PIBID/UNEB /DEDC-I Suelanesb30@gmail.com Ana Cristina Castro do Lago/PIBID/UNEB/DEDC-I acclago@gmail.com RESUMO Este trabalho traz um relato de experiência nas oficinas de narrativas com crianças que foi desenvolvida em uma das escolas parceira do subprojeto de Pedagogia da UNEB do DEDC–I que faz parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O objetivo deste trabalho de narrativas com as crianças foi em saber o que elas pensam sobre a escola. Participaram dessa atividade com narrativas na escola educandos de turmas de 1ºano e 2º ano do ensino fundamental dos anos iniciais. As narrativas ocorreram em duas etapas assim como foi realizada nas oficinas com os pibidianos, sendo que na primeira as crianças tinham que falar sobre a escola sem palavras e a segunda fase oralmente. Temos como base teórica as ideias de Passeggi, Souza e Vicentini (2011), Frison e Simão (2011), Moraes (2004) e Sennett (2012). PALAVRAS-CHAVE: Oficinas narrativas. Experiência. Pibid. INTRODUÇÃO O artigo ‘narrativas sobre a escola: as experiências nas oficinas narrativas do Pibid Pedagogia do DEDC I/UNEB’ decorrem da reflexão desenvolvida em uma das atividades desenvolvidas na experiência formativa do subprojeto de Pedagogia da UNEB do DEDC-I “Entre a Universidade e a Escola: a mediação do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) potencializando a práxis pedagógica”. De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o PIBID tem a finalidade de incentivar o aperfeiçoamento e
  • 2. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 853 valorizar a formação de professores para a educação básica. Para isso, o programa oferece bolsas aos estudantes de nível superior que cursa licenciatura que se vinculam a projetos que são desenvolvidos em Instituições de níveis Superiores. O subprojeto do curso de Pedagogia da Uneb tem objetivo de aproximar a Universidade da Educação Básica, como afirma Lago et al (2011) e para isso conta com um banco de aulas que segundo Almeida et al (2012,p.2) consiste em um ambiente virtual de aprendizagem, sendo que nesse espaço ocorre ‘a navegação virtual e mediação didática’ possibilitando a interação entre os participantes do subprojeto de Pedagogia a partir de tópicos como por exemplo o ‘banco de aulas’ que contém situações didáticas desenvolvidas nas escolas parceiras do subprojeto. O funcionamento do citado subprojeto ocorre dentro da dinâmica de um percurso formativo que é realizado em ciclos de formação. Nele temos a oportunidade de trabalhar em conjunto, isso é muito importante para nós, participantes do PIBID/UNEB, pois, aprendemos a resgatar valores como a colaboração. E, isso faz com que o processo desenvolvido ao longo da formação seja dinâmico, de aprendizagem mútua e que gera uma condição que podem ser ao mesmo tempo dialética e dialógica (SENNETT, 2012) e, portanto, enriquecedora no processo formativo. Este trabalho apresenta o relato de duas bolsistas do subprojeto de Pedagogia referente à participação nas oficinas de formação de narrativas realizadas no 6º ciclo formativo do subprojeto de Pedagogia da UNEB do DEDC-I. Falaremos sobre como foi viver a experiência de participar das oficinas de narrativas no subprojeto, enquanto bolsistas ID’s.Foram abordadas como base teórica as ideias de Passeggi, Souza e Vicentini (2011), Frison e Simão (2011) e Moraes (2004) além de filmes que trazem abordagens semelhantes. Nessas oficinas, os pibidianos aprenderam sobre o desenvolvimento das etapas práticas de construção de narrativas com as crianças na escola da Educação básica e as orientações da oficina na escola ao ouvirmos os relatos das crianças sobre a escola, sendo que esses relatos proporcionaram um olhar diferenciado sobre como a escola interfere,colabora e transforma a
  • 3. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 854 vida de seus educandos. As atividades com narrativas foram realizadas em turmas distintas de primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental dos anos iniciais. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A atividade de narrativas com as crianças ocorreu no sexto ciclo e compreendeu a primeira fase do ciclo de formação que consiste no processo de colaboração. Tivemos no início do ciclo uma oficina sobre narrativas autobiográficas ministradas pelas professoras Maria do Socorro da Costa e Almeida e Ana Cristina Castro do Lago que teve a finalidade de entender o que são as narrativas assim como os processos metodológicos para sua aplicação com crianças. Sobre a oficina podemos destacar a relevância desse período de aprendizagem, no qual fomos orientadas em como ouvir as crianças, o que foi muito significativo para o desenvolvimento das experiências com narrativas na escola. Entendemos que, o objetivo da oficina foi de vivenciarmos o que as crianças iriam experimentar com as narrativas por isso ao ouvir as crianças tínhamos a sensação de estarmos naquela situação. Nessa oficina fomos orientados a construir nossas próprias narrativas sobre a escola da nossa infância o que possibilitou ampliar o nosso conhecimento sobre as narrativas autobiográficas e como essa prática pode influenciar as nossas vidas profissionais, pois segundo Passeggi et al (2011) com a necessidade de formação continua exigida pela Lei n. 9.394/1996 aos professores que ensinavam no primeiro ciclo, as narrativas autobiográficas possibilitaram a reflexão sobre as situações vivenciadas durante a trajetória docente atribuindo sentido a profissão. E para a formação inicial, como é o caso dos bolsistas do Pibid, as narrativas possibilitam uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula, o que está de acordo com o proposto pelo subprojeto em ciclos formativos, porque as narrativas têm sido consideradas um trabalho formativo de acordo com Moraes (2004), pois permite a reflexão de forma organizada sobre suas experiências, no caso da docência, das experiências profissionais. EXPERIÊNCIA DA NARRATIVA PARA O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA
  • 4. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 855 Primeiro passamos pela oficina autobiográfica. De acordo com Passeggi et al (2011) autobiografia não se limita apenas a linguagem escrita e a oral, mas entra em outras linguagens como, por exemplo: a fotobiografia, audiobiografia.Por isso, antes das gravações das narrativas em dupla durante a oficina foi feita uma atividade em que iríamos falar sobre as escolas da infância sem utilizar as palavras sendo escolhida a linguagem imagética pelos bolsistas para falar sobre essa escola, mostrando que o trabalho com autobiografia pode ser realizada com outras linguagens. Esse aprendizado a partir das linguagens quer seja oral ou imagética, conduz a uma reflexão interior que se transformar em uma autorregulação do processo de aprendizagem enquanto futuros docentes como no diz Frison e Simão (2011, p.202) “O aprendiz de professor, ao construir sua própria narrativa, mostrou regular e sistematizar ações que envolvem o pensar sobre si e seu meio ambiente, com o objetivo de autorregular suas aprendizagens” e essa ação de autorregulação oportuniza ao futuro docente uma prática de ensino autônoma e capacitada para exercer sua profissão. Além disso, a produção de narrativas nas oficinas proporcionou o conhecimento de técnicas sobre a autobiográfica como uma forma de compreender os movimentos da escola a partir do que pensa os estudantes ao abordar inicialmente sobre a escola da infância e a prática que iríamos desenvolver dentro das escolas parceiras do subprojeto cumprindo o propósito do PIBID enquanto programa de formação de docentes. Com o término da oficina de narrativas autobiográfica, foi o momento de nos direcionarmos a escola e ao chegar à instituição escolar fomos conduzidas para a turma do 1ºano do ensino fundamental- I que tinha faixa etária entre 07 a 10 anos, na qual ouviríamos os relatos sobre a escola das crianças. A atividade de narrativas com as crianças foi de acordo com a disponibilidade da professora regente para não impedir as atividades pedagógicas diária dos estudantes, pois a nossa intenção era saber o que representava a escola para as crianças e o trabalho com as narrativas possibilitou que ouvíssemos os educandos sobre o que pensam desse ambiente, reconhecendo que a escola é um local de construção das relações sociais.
  • 5. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 856 Após o diálogo com a professora regente sobre nossa atividade e de saber qual seria o melhor momento para iniciarmos, finalmente chegou o momento de ouvir as crianças, como eram muitos alunos optamos por sair com quatro para a primeira fase das narrativas como fomos orientadas durante a oficina. Ao sair da sala e chegarmos à biblioteca local indicado pela supervisora do Pibid começamos a conversar com as crianças que se mostravam muito curiosas com o que seria realizado naquele espaço, após o diálogo com as crianças pedíamos a elas que nos contassem o que era a escola para elas sem palavras e todas desenhavam o que era mais significativo dentro da escola. Depois do período da narrativa sem palavras, fomos para a segunda etapa que foi a gravação do que era a escola para elas individualmente, o que causava um misto de alegria para os mais falantes e de timidez para as crianças mais reservadas. Podíamos perceber, durante os relatos que algumas das crianças se reportavam ao desenho criado na etapa anterior, mas outras não as utilizavam para falar sobre a escola. Sobre essa etapa com as narrativas a bolsista ID diz que: Cada narrativa das crianças me fazia refletir sobre a escola da minha infância e as interações que ocorria com os professores além de me fazer refletir na profissão que havia escolhido, porque cada narrativa vinha carregada de emoção ora pelo afeto pela professora regente, ora pelo desejo de aprender ou apenas para diversão. (narrativa de bolsista ID) Assim o trabalho de narrativas com crianças nos fez refletir sobre o que Freire (1987, p. 68) diz: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, pois à medida que ouvíamos as crianças podíamos entender a importância do diálogo e dá escuta para o processo de ensino aprendizagem. NARRATIVAS DE VIDA NO PIBID E AUTOFORMAÇÃO DOCENTE O percurso formativo do aluno do curso de pedagogia integrado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência se desenvolveu em vivências empolgantes e criativas que permitiram aperfeiçoar o trabalho pedagógico e ampliar os conhecimentos de
  • 6. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 857 formação para ter compromisso, colaboração e ética com a docência. Uma etapa do PIBID que agregou na formação lembranças da escola na infância foi à narrativa autobiográfica. Essa atuação ajudou na reflexão da infância na escola, lembranças dos professores, das paredes, do cheiro são marcadas e foi contada por história de vida que se tornou voz no PIBID. Histórias são próprias de cada sujeito cada um carrega a sua na construção de sua identidade. Na formação do professor a abordagem autobiográfica é uma maneira de conhecer e refletir no seu papel na sociedade. A abordagem biográfica, também chamada história de vida, tem variações de denominações entre diferentes estudiosos, aos quais nela acreditam e defendem seu uso na pesquisa socioeducacional como uma alternativa capaz de resgatar a riqueza e a importância das histórias narradas por pessoas anônimas ou desconhecidas desenvolvendo ás mesma o seu lugar fundamental de fazedoras da historias. (MORAES, 2004, p.168). A escola guarda momentos inesquecíveis, principalmente na infância, essa descoberta desse mundo marca nossas vidas e passamos a refletir na formação e porque escolhemos a profissão docente sobre isso a bolsista ID diz: No meu caso, vejo uma explicação porque passei a amar aquele ambiente, pois encontrava afetividade nos professores, a alegria de fazer as pinturas e desenhos e espalhar nas paredes como algo importante, mostrando como o letramento é importante para o desenvolvimento das crianças. (narrativa de bolsista ID) Lembrar como era a escola da infância nos faz refletir como a educação é importante em nossas vidas, deve está presente em todos os momentos da existência e não precisa ser esquecida por nossas crianças. Por isso, o trabalho docente exige de cada professor em formação o esforço e a dedicação indispensáveis na atuação no processo de educação. E o resultado dessa dedicação docente se apresenta por meio dessa narrativa da bolsista ID A narrativa de como era minha escola na infância foi um resgate da criança que não gostava da escola para uma que se encantou com seu espaço, nesse ambiente onde as brincadeiras, os desenhos, as amizades e o carinho dos professores conquistaram aquela criança que vivia em seu mundo de imaginação e passou a gostar de ir à escola e ter alegria de conviver no cotidiano escolar. (narrativa de bolsista ID)
  • 7. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 858 A segunda narrativa que fizermos no PIBID foi sobre a nossa opção pela docência. Essa narrativa foi especial para cada um dos pibidianos, pois foi o momento de pensarmos o que nos entusiasmou na escolha pela profissão docente e sobre essa decisão a bolsista ID relata. Falar da docência, de como ela me alcançou não foi tarefa fácil, afinal foi uma escolha de vida que vai definir minha futura profissão. Resumido, a docência me alcançou quando eu descobri como ensinar me deixava feliz, como ensinar a uma criança ler me deixou com a satisfação e a sensação de dever cumprido, que de alguma forma, ajudar aquela criança me fez enxergar um mundo de possibilidades, esse mundo que me levou à pedagogia na UNEB. Esse mundo que está ampliando meu horizonte, minha visão de mundo ao sair da “caixinha” de minha casa e caminhar na direção da docência,me faz enxergar um mundo de conhecimentos diversos que modificou minha maneira de enxergar a educação.(narrativa de bolsista ID) O processo de ouvir o outro não é tarefa fácil, mas no programa desenvolvemos essa habilidade tão importante na docência, principalmente quem está em formação e precisa dessa qualidade para um entendimento dos componentes curriculares, especialmente os mais complexos que exigem uma atenção e aprofundamento como é o caso do estudo do currículo, da didática e da Alfabetização e letramentos dentre outros disciplinas, esses conhecimentos teóricos vai dar base na atuação da prática na sala de aula. O PIBID está entrelaçando todos os componentes curriculares para que seu funcionamento seja pleno na nossa formação, seja a teoria e a prática que são interligadas na execução da práxis. Os momentos em que podíamos escutar as narrativas dos bolsistas foi uma etapa rica e prazerosa para nossa formação, aprendemos com cada uma das vozes e discursos durante a oficina. Os relatos de vida desses futuros docentes foram ocasiões de reflexão e de diálogo com as histórias que não foram silenciadas e sim compartilhadas. Ouvir a história de vida do professor vem se apresentado como uma alternativa, entre outras, para formar o professor. Entretanto, é importante salientar que não é suficiente somente dar voz ao professor: é necessário fazê-lo refletir sobre as nuances que teceram essa formação. É necessário oportunizar momentos nos quais, a partir da reflexão, seja possível enxergar com mais clareza e consciência como ele vem se tornando professor. (MORAES, 2004, p.169). Dar voz a todos do PIBID realmente é uma experiência de ensino e aprendizagem nesse diálogo rico de conhecimento. Os pibidianos e pibidianas já estavam apropriados de suas
  • 8. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 859 narrativas, de suas histórias de vida de como era sua escola da infância, de como a docência nos alcançou, compartilhamos as experiências, refletimos nos momentos dos relatos, apreciamos todos e obtivemos esses conhecimentos únicos e relevantes. Toda essa preparação não foi em vão, porque estava se aproximado à prática, o período da narrativa com as crianças e o que iríamos perguntar para as crianças como elas viam a escola. As orientações foram dadas nas oficinas e as experiências foram compartilhadas entre os pibidianos, quando passamos a entrevistar uns ao outro como se fossemos as crianças, o que gerou mais expectativas para irmos à escola. Essas oficinas nos aqueceram para o que seria a entrevista com as crianças nas escolas parceiras. O que vivenciamos nessas oficinas foi mais uma etapa de conhecimento e aprendizagem, fazendo-nos crescer como pessoas e profissionais, a partir das experiências, com as visões distintas que ampliavam nossos sentidos para a percepção sobre a escola. Finalmente, chegamos à escola e entrevistamos as crianças, o processo foi vivenciado como o aprendido na oficina, lápis de cor e um pedaço de papel A4 foram distribuídos entre as crianças como ocorreu conosco, eram os instrumentos para que as crianças pudessem contar como é sua escola sem escrever e usar as palavras, depois de expressarem em forma de desenho a sua escola, chegou à hora de contar como elas contaram como é sua escola nos desenhos e para essa etapa foram usados os celulares para gravação dos diálogos. Entrevistar crianças é uma mistura de sentimentos, predomina a surpresa e a alegria que nos enlaça e enche as nossas vidas de emoção. Descobrir a sensibilidade, a confiança, e a cumplicidade nesses meninos e meninas nos tornou pessoas maduras, poder ver naquelas crianças as lembranças de nossa infância assim como a escola são sentimentos fortes que desperta e nos faz refletir sobre o papel do docente. Um choque, porque acordamos para a realidade e passamos a ver a importância de nosso papel como educadores na vida desses meninos e meninas. Refletir nessa etapa foi uma aprendizagem significativa que trouxe novos sentidos para nossa formação docente, lembrarmos-nos de nossas memórias na escola marcou a vida dos pibidianos assim como a vida das crianças entrevistadas, nos fazendo adquirir responsabilidades na formação e um compromisso maior com a docência.
  • 9. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 860 Quando conta a sua história, o sujeito narra o seu percurso de vida e passa a retomar alguns sentidos dados ao longo dessa trajetória; mas não é só isso: passa a redefini-los, a reorienta-los e, principalmente, a construir novos sentidos para essa história. A narrativa não é um simples narrar de acontecimentos, ela permite uma atitude reflexiva, identificado fatos que foram, realmente, constitutivos da própria formação. Partilhar histórias de vida permite, a quem conta a sua história, refletir e avaliar um percurso, compreendendo o sentido do mesmo, entendendo as nuances desse caminho percorrido e reaprendendo com ele. E a quem ouve (ou lê) a narrativa, permite perceber que a sua história entrecruza-se de alguma forma (ou em algum sentido ou lugar) com aquela narrada (e/ou com outras). Além disso, abre possibilidade de aprender com as experiências que constituem não somente uma história de vida, mas o cruzamento de umas com as outras. (MORAES, 2004, p.170). Aprender com as crianças, revivermos as nossas memórias da infância, ouvir as narrativas de vida de nossos colegas pibidianos, podermos ter voz nas nossas narrativas, refletir sobre esse processo foi uma aprendizagem que ficou marcada no nosso percurso de formação docente e pessoal. CONSIDERAÇÕES FINAIS As experiências de vida são tão intensas, que nos recordamos delas mesmo após anos vividos, como o cheiro do perfume de uma pessoa importante, o abraço no momento de desespero, o colorido das flores no jardim da escola e nome da professora da alfabetização. Freire (1986) nos fala de suas recordações da infância quando cita as suas primeiras leituras, a leitura de mundo em a importância de o ato ler. Diante disso, pode se considerar o trabalho com narrativas um momento de reconhecimento de si mesmo, quando recordamos nosso percurso de vida seja pessoal ou profissional e a partir dessas lembranças fazemos uma reflexão da realidade nos formamos e transformamos. As narrativas realizadas na oficina do subprojeto de Pedagogia foram de extrema relevância para pensarmos sobre a escola da nossa infância, as metodologias dos nossos professores e a importância que a instituição escolar representou em nossas vidas além de nos fazer refletir sobre a escolha da nossa profissão enquanto futuras professoras.
  • 10. III COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar 07 - 09 DE JUNHO DE 2017 ISSN: 2446-5194 861 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Maria do Socorro da Costa; LAGO. Ana Cristina Castro do; OLIVEIRA, José Severino de. A experiência brasileira do ‘banco de aulas’: construindo Aprendizagens no Ambiente Virtual. Anais do VII Congresso Iberoamericano de Docência: Ensino Superior – Inovação e Qualidade na Docência. Porto (Portugal), 2012. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três textos que se completam. São Paulo, 1986. ____________. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo; VEIGA SIMÃO, Ana Margarida da. Abordagem (auto) biográfica–narrativas de formação e de autorregulação da aprendizagem reveladas em portfólios reflexivos. Educação, v. 34, n. 2, 2011. LAGO, Ana Cristina Castro do; ALMEIDA, Maria do Socorro Costa; OLIVEIRA, José Severino de. Entre a Universidade e a escola: investigando o trabalho docente a partir da experiência do PIBID na licenciatura em pedagogia. In: I Encontro Luso-Brasileiro sobre Trabalho Docente e VI Encontro Brasileiro da Rede Estrado, 2011, Maceió - AL. Anais do I Encontro Luso-brasileiro sobre Trabalho Docente, 2011. MORAES, Ana Alcídia de Araujo. Histórias de vida e autoformação de professores: alternativas de investigação do trabalho docente. Pro-Posições, v. 15, n.2, Amazonas, 2004. PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino de; VICENTINI, Paula Perin. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto) biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista, 2011. PASSEGGI, Maria da Conceição et al. Narrativas de crianças sobre as escolas da infância: cenários e desafios da pesquisa (auto) biográfica. Educação (UFSM), v. 39, n. 1, p. 85-104, 2014. Portaria nº 260, de 30 de dezembro de 2010. Das Normas do Programa institucional de Bolsas de Iniciação à docência – PIBID .Disponível em:<http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid.>Acesso em: 17/03/2017. SENNETT, Richard. Juntos: Os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Tradução: Clóvis Marques. Rio de Janeiro, Record, 2012.