O Ministério da Saúde ampliará a assistência a pacientes com AVC no Brasil através da incorporação do medicamento trombolítico
alteplase e da criação de Centros de Atendimento de Urgência. O documento descreve os detalhes da nova política, incluindo a
criação de leitos hospitalares e investimentos de R$437 milhões até 2014 para melhorar o atendimento a vítimas de AVC.
Ministério da Saúde passa a oferecer assistência integral a pacientes com AVC
1. Boletim informativo do Ministério da Saúde Ano 2 nº 71 Abril 2012
MINISTÉRIO DA SAÚDE PASSA A OFERECER
ASSISTÊNCIA INTEGRAL A PACIENTES COM AVC
Publicado novo protocolo que amplia a assistência aos pacientes com a doença, inclusive
o fornecimento do trombolítico alteplase nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS)
O Ministério da Saúde vai ampliar a assistência às vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico e
hemorrágico. A partir de agora, os pacientes com a doença passarão a ter assistência integral pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). A garantia está prevista pela portaria 664/2012, publicada no Diário Oficial da União. O
documento garante a incorporação de um novo medicamento, o trombolítico alteplase, além do fornecimento
de serviços habilitados para assistência às vítimas de AVC.
Outra portaria (665/2012) prevê a criação dos Centros de Atendimento de Urgência, classificados em três tipos,
dependendo do porte e capacidade de atendimento. Eles desempenharão um papel de referência no tratamento aos pacientes
com AVC. A criação dos centros será articulada entre governo federal, estados e municípios.
O nosso esforço é ampliar a rede de atenção básica, de prevenção e de tratamento com o objetivo
de reduzir casos e óbitos. A linha de cuidado do AVC é uma das nossas prioridades e a incorporação
tecnológica de qualquer procedimento ou medicamentos tem padrões para ser realizada. É este
conjunto de ações, estruturação e incorporação de medicamento, que irá ampliar a assistência
Ministro Alexandre Padilha
2. INCORPORAÇÃO DO TROMBOLÍTICO – O medicamento será fornecido pelos hospitais habilitados e ajudará a reduzir os riscos
de sequelas e de mortalidade. O alteplase diminui em 31% o risco de sequelas do AVC, isso significa a recuperação do quadro
neurológico de mais pacientes comparando com aqueles que não recebem o tratamento com alteplase.
O atendimento em Unidade de AVC com o uso do alteplase poderá reduzir em até 18% a mortalidade e 29% a chance
do paciente ficar dependente de outra pessoa para as atividades diárias.
ATENDIMENTO NO BRASIL – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a terceira maior causa de morte natural
na população adulta no mundo (atrás do câncer e do infarto) e a primeira no Brasil (cerca de 100 mil óbitos ao ano). No Brasil,
somente em 2011, foram realizadas 172.298 internações por AVC (isquêmico e hemorrágico). Em 2010, foram registrados 99.159
óbitos pela doença. De acordo com a nova portaria, a Linha do Cuidado do AVC deve incluir, necessariamente, a rede básica de
saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial, ambulatório especializado,
programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.
INVESTIMENTOS – Até 2014, serão investidos R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de AVC. Do total de recursos,
R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Serão criados 1.225 novos leitos nos 151 municípios onde se localizam os 231
pronto-socorros, responsáveis pelo atendimento de urgência e emergência especializado em AVC. Outra parcela, R$ 96 milhões,
será aplicada na oferta do tratamento com o uso de alteplase.